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10/07/2019 Cinemateca tem modelo de negócio para laboratório e pensa cenários para futuro

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Cinemateca tem modelo de negócio


para laboratório e pensa cenários
para futuro
LUSA APRIL 03, 2019

Foto
Cinemateca gmw guilherme marques

A Cinemateca Portuguesa criou um modelo de negócio para manter e


rentabilizar o laboratório fílmico, “que está à beira da ruptura”, e vai analisar
qual o melhor modelo de gestão do organismo, disse esta quarta-feira a
direcção da instituição.

A informação foi avançada esta quarta-feira pela direcção da Cinemateca aos


deputados da comissão parlamentar de Cultura que fizeram uma visita
oficial às instalações do organismo cultural, em Lisboa.

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Segundo o director, José Manuel Costa, o Ministério da Cultura deu parecer


favorável a uma proposta apresentada pela Cinemateca para “salvar o
laboratório” de restauro fílmico, localizado no Arquivo Nacional de Imagens
em Movimento (ANIM), em Bucelas, e que aguarda confirmação do
Ministério das Finanças.

A Cinemateca espera que a salvaguarda do laboratório, o único na Península


Ibérica, possa ser garantida nos próximos meses. É uma “salvação de último
minuto do laboratório”, disse.

“É uma unidade muito especializada, pequena, muito específica, cuja


manutenção é muito dificultada por causa da questão das regras de
contratação. [O modelo de negócio proposto] é uma oportunidade imensa
que vem da possibilidade de podermos fornecer serviços especializados para
parceiros internacionais”, afirmou o director da Cinemateca à agência Lusa,
no final da visita dos deputados.

José Manuel Costa explicou que objectivo é que o laboratório passe a ser
uma entidade de direito privado gerida pela Cinemateca, para que possa
vender mais serviços especializados a parceiros internacionais que já não têm
aquela valência de restauro de película.

“Nós estamos inseridos, nacional e internacionalmente, numa área que só


nós é que representamos. Esta conjugação da conservação e a difusão
patrimonial do cinema implica toda uma série de valências muito específicas
e também necessidades e oportunidades com o contexto actual”, sublinhou
o director.

Aos deputados, José Manuel Costa e o subdirector, Rui Machado, revelaram


ainda que vão criar um grupo de trabalho para “exaustivamente ver vários

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modelos de funcionamento da Cinemateca”, porque a tutela descartou a


proposta apresentada em Maio de , de transformação em fundação
pública de direito privado.

“Neste momento não é previsível que, no horizonte de curto prazo, mesmo


na nova legislatura, haja para já abertura para pensar numa fundação, mas há
abertura para pensar noutras soluções orgânicas. Para nós é uma tarefa
urgente o estudo detalhado dos vários cenários possíveis”, disse José Manuel
Costa à Lusa.

Há muito tempo que a actual direcção tem alertado para a ineficácia do


actual modelo de instituto público da Cinemateca, por “falta de flexibilidade
administrativa” na gestão corrente, por “uma carga burocrática específica” e
por constrangimentos legais, por exemplo, para a contratação de
trabalhadores muito especializados.

Reconhecendo o “intensíssimo diálogo” e entendimento com a actual


ministra da Cultura, Graça Fonseca, sobre o futuro da Cinemateca, José
Manuel Costa e Rui Machado reconheceram que a solução para o
organismo terá de ser pensada a longo prazo.

“Vamos equacionar todas as possibilidades e quais as vantagens e


desvantagens relativamente à questão da burocracia, das aquisições. E há
uma componente política associada. Nesta fase é importante a componente
técnico-jurídica: O que é que se pode obter de cada um dos cenários
possíveis”, disse Rui Machado à Lusa.

A visita da comissão parlamentar de Cultura aos espaços da Cinemateca


contou com a participação de deputados do PS, PSD e PCP.

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O actual director da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, e o


subdirector, Rui Machado, foram reconduzidos em Março por mais cinco
anos.

A decisão de recondução aconteceu numa altura em que a Cinemateca


assinala  anos e a actual direcção reclama mais meios e melhores condições
no trabalho de preservação e divulgação do património cinematográfico.

Em Janeiro deste ano, a ministra da Cultura admitiu no parlamento que


estava empenhada em “dotar a Cinemateca Portuguesa das condições
necessárias para o cumprimento da sua missão”.

“Queremos definir um novo modelo de funcionamento que agilize e


autonomize o laboratório, um dos únicos no mundo, através de uma política
responsável que potencie o conhecimento e experiência dos seus
profissionais, se possa constituir como fonte de receita própria e, finalmente,
saiba estar à altura do tanto que a Cinemateca tem para oferecer à memória
do país”, disse.

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