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CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO

UNIFAI

Débora Octavio e Sales

Animê e mangá mediados em ações culturais.


(Projeto de Pesquisa)

São Paulo
2019
Sumário

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 3

2.1 OBJETIVOS GERAIS........................................................................................................................ 3

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................................... 3

3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 3

4 METODOLOGIA .................................................................................................................. 4

5 CRONOGRAMA ................................................................................................................... 5

6 LEVANTAMENTO REFERENCIAL ................................................................................. 5


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1 INTRODUÇÃO

O animê e mangá (animação e quadrinhos japoneses, respectivamente) são


produtos culturais base da cultura pop japonesa, eles estão presentes no Brasil desde
a década 1960, principalmente entre o povo imigrante japonês, porém houve um
período na mídia que era recorrente encontra o desenho e quadrinho japonês sendo
consumido pela massa brasileira, o boom animê. Esse fenômeno ocorreu na década
de 1990 com a transmissão dos Cavaleiros Zodíacos ou Saint Seiya de Kurumada
Masami pela falecida rede TV Manchete por causa da condição de novidade sem
similar, visto que o Brasil estava quase uma década sem desenhos recentes.
Posteriormente os desenhos japoneses mais assistidos foram a saga Dragon
Ball, Sailor Moon, Yuyu Hakusho, Evangelion, Samuari X, Sakura Card Captors,
Cowboy Bebop,Tenshi Muyo e Pokémon (LUYTEN,2000; SATO, 2007). Estes títulos
eram exibidos em programas reservados somente para este estilo de animação em
horário de grande audiência ou em horários reservados para desenho. Alguns destes
e novos títulos de animês seguiram por anos sendo transmitidos até meados de 2010
nas emissoras de canal aberto: rede SBT e rede Globo, geralmente no horário da
manhã, e na parte da tarde pela rede Band.
Apesar dos quadrinhos japoneses terem títulos lançados regularmente na
década de 1980, foi somente com o sucesso dos animês que impulsionou as editoras
brasileiras a começaram a traduzir e publicar os mangás com maior variedade e
frequência, tal como a ter um publico consumidor regular e lucrativo. CARLOS (2010)
afirma que a partir do sucesso dos desenhos japoneses, o volume de historias
nipônica aumentou nas bancas e livrarias, e podem ser encontrado cerca de 200
títulos publicados pela editora JBC, Conrand, Panini e NewPop, as principais do ramo.
Para deixar compreensível e explicito, a seguir veremos a definição de mangá e
animê.
Mangá significa história em quadrinhos, para os orientais esta palavra é
utilizada para qualquer obra no formato quadrinhos, independentemente da sua
origem (americana, chinesa, brasileira, etc), pois os japoneses preferem usar as
expressões de seu próprio idioma. No ocidente Mangá significa histórias em
quadrinhos de estilo japonês. O estilo é caracterizado por personagens estilizados, de
cabelos coloridos e/ou pontudos, de olhos grandes (SATO, 2007). Outra característica
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recorrente nos mangá nas traduções para o português, geralmente, é encontradas


palavras em japonês, romanizadas, ou grafias aportuguesadas como: itadakimasu
(utilizada antes das refeições), onii-chan (significa irmão), quimono e saquê (ao invés
de Kimono e Sake, na grafia Hepburn).
Animê significa animação (desenho). Para os japonese, qualquer animação é
um animê. Para os ocidentais, os animês são animações oriundas do Japão ou que
tem o estilo japonês. O estilo utilizado nas animações é o mesmo do mangá, visto que
os animês são geralmente adaptações dos quadrinhos japoneses para o traço técnico
da animação. (SATO, 2007)
As características marcantes do estilo japonês atraíram o interesse da indústria
midiática de países do exterior levando-os a importar obras e investir em traduções e
dublagens para seus respectivos idiomas, pois um publico consumidor estava se
formando permitindo mais tipo mercado midiático. Essa exportação de mangá e animê
resultou para o Japão os produtos mais financeiramente rendáveis e populares da
cultura pop japonesa (j-pop ou japop). A Japop, assim como outras culturas pop, é
uma cultura que visa se tornar hit instantâneo entre a população; manter e atrair novos
consumidores; se tronar referencia comum entre os grupos de jovens; e inserir de
forma adaptada/natural alguns costumes e tradições da cultura popular japonesa. Que
de acordo com Sato (2007) a cultura popular (também chamada de folclore) tem por
caráter atemporal, passado de geração em geração sem grandes interferências ou
destaque na mídia. São, por exemplo, as tradições, costumes cotidianos locais, lendas
e histórias, formas de comportamentos sociais, etc.
Atualmente no Brasil os produtos da Japop não recebem o mesmo destaque
que os outros produtos culturais no cotidiano brasileiro, como os da cultura pop
americana com seus HQ, filmes e series de super-heróis, mesmo tendo mercado e
qualidade. Ela é pouco divulgada e consumida entre a população geral, mesmo sendo
direcionada ao público de massa, tornando-se algo restrito a fãs da cultura oriental ou
grupos específicos. E de acordo com as pesquisas realizadas e vivencia como
frequentadora de biblioteca pública da autora, o animê e mangá são pouco vistos em
ações culturais ou eventos dentro das bibliotecas publicas, mesmo que existam
eventos de grande porte, como Anime Friends e Animecon. Igualmente são poucas
as produções acadêmicas sobre este tema na área de biblioteconomia, o comum é
encontrar na área de comunicação e ciências sociais.
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Posto isso, o intuito de desenvolver a presente pesquisa é termina-la com a


projeção de um repertório de conhecimento formal de forma que esse material possa
instigar as pessoas, principalmente profissionais da área da biblioteconomia, a
quererem realizar ou participar de ações culturais utilizando o animê e mangá.

1.1 TEMA
Animê e mangá mediados em ações culturais.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS


A pesquisa tem por finalidade verificar a formação das características do Animê
e Mangá que estão inseridos na Cultura Pop Japonesa e como ela é compreendida
no Brasil.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


 Investigar o que são mangás e animês e sua história no Japão e Brasil.
 Analisar os conceitos de cultura popular e cultura pop
 Averiguar as definições de mediação e ação cultura
 Estudar casos de ações culturais.

3 JUSTIFICATIVA

O presente trabalho reforçar o pensamento de quadrinhos e animações, desde


que devidamente estudado e planejado, podem ser mediado em ações culturais
dentro das bibliotecas e resultar em novos frequentadores da biblioteca, visto que
existe um pulico consumidor de produtos.
Defende o outro perfil de bibliotecário aquele que atua para além das técnicas
de classificação, catalogação e organização informacional e documental. Uma vez
que segundo Vieira (2012) o bibliotecário “tem duas funções primordiais: a primeira a
educativa e a segunda cultural” e como lembra Raimundo (2009), “o bibliotecário é um
profissional importante nesse processo [formação de leitores], embora pouco
lembrado”. E que os quadrinhos podem ser uma fonte para o incentivo à leitura, pois
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o imagético atrai a atenção, aguça a curiosidade e atende a necessidade do lúdico


das crianças e adolescentes. Assim se expressa Alves (2001)
A leitura de histórias em quadrinhos pode contribuir para a formação do gosto
pela leitura porque ao ler histórias em quadrinhos a criança envolve-se numa
atividade solitária e não movimentada por determinado período de tempo, que
são características pouco frequentes nas atividades de crianças pré-
escolares ou no início da escolarização. Também porque, estando mais
próximas da forma de raciocinar destas crianças, elas podem mais facilmente
lê-las, no sentido de retirar delas significados, o que seria menos provável
com outros tipos de leitura. Além disso, pode-se esperar que uma criança
para quem a leitura tenha se tornado uma atividade espontânea e divertida,
esteja mais motivada a explorar outros tipos de textos (com poucas
ilustrações), do que uma criança para quem esta atividade tenha sido imposta
e se tornado enfadonha.

O mangá e posteriormente o animê, (no Brasil o mais comum encontrar


legendado) auxiliam na formação de leitores e a continuar sendo, pois para os leitores
é importante entrar em contato com objetos de diferentes tipos, que tenha qualidade
e traga o lúdico ou o envolvimento emocional, requisitos estes que o mangá e o animê
tem.
Posto isso, o presente trabalho pretende trazer reflexões sobre os variados
papeis do bibliotecário, a atrair novos usuários/leitores, no incentivo a leitura e a inovar
no tema de ações culturais.

4 METODOLOGIA

Como metodologia para o desenvolvimento da pesquisa irei utilizar a


fundamentação teórica por meio de livros especializados em animê e mangá, assim
como livros que abordam a cultura pop japonesa. Os livros referencia neste assunto
são os da Sonia Luyten “Mangá” “Cultura pop Japonesa” e da Cristiane Sato “Japop:
O poder da cultura pop Japonesa”
Para os conceitos relacionados cultura e ação cultural usarei os livros do
Teixara Coelho “O que é Ação Cultural”, “O que é indústria Cultural” “O que é cultura”
que são referência neste assunto e teses e periódicos relacionados a esta área.
Posteriormente estudar casos de ações culturais realizadas na esfera de
bibliotecas publicas e escolares como base para sugerir três ações culturais que tem
por objeto o mangá e animê.
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5 CRONOGRAMA
Atividades Ano
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov
Levantamento x x x x
bibliografico
Fichamento x x x
Estudo de x x
caso
Escrever x x x x

6 LEVANTAMENTO REFERENCIAL

ALVES, J.M. Histórias em quadrinhos e educação infantil. Psicologia:


Ciência e Profissão, v.21, n.3, 2001. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932001000300002#end>. Acesso em: 18 mai. 2019
CARLOS, Giovana S. Identidade(s) no consumo da cultura pop japonesa.
Lumina: Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade
Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, vol.4, nº 2, p. 3-12, dezembro de 2010.
LUYTEN, Sonia M. B. (org.). Cultura pop japonesa. São Paulo: Hedra, 2005
RAIMUNDO, Ana Paula Peres. A Mediação na Formação do Leitor. Colóquio
de Estudos Linguísticos e Literários (CELLI). 2007. Anais do 3º CELLI – Universidade
Estadual de Maringá. Maringá, 2009, p. 107-117.
SATO, Cristiane A. Japop: O poder da cultura pop japonesa. São Paulo: NSP-
Hakkosha,2007.
VIEIRA, Darci Rodrigo Mengue. O Bibliotecário Como Mediador da Leitura:
Entre o Livro e os Usuários de Três Bibliotecas Escolares Públicas Estaduais de Porto
Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2012. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Biblioteconomia) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.

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