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Resumo das Aulas de Percepção e Cognição (2016)

Aula Resumo6yt

1.Processamento de Estrutura da Imagem (Marcelo) OK Horácio (Goldstein -


Capítulos 4 e 5)

2. Percepção de cores e formas em função da Bru Souza, Camila


aprendizagem, motivação e cultura OK

3.Constâncias e ilusões perceptuais (Mirella) (notas da aula)

4.Percepção de Profundidade (Marcelo) Gabi (Goldstein - Capítulo


10)

5.Atenção e Desempenho (Marcelo) OK Bru Souza (Goldstein -


Capítulo 6)

6.Organização Perceptual de Objetos e Cenas (Marcelo) Não tem mais

7.Memória: retenção e recuperação de informação (Marcelo) Camila (Goldstein -


Capítulo 6) Commented [1]: Pessoal, perdi algumas partes da
aula. Se puderem, completem!
8.Percepção e Arte (Marcelo) OK Kelly (Sem Referências) Vou tentar olhar o capítulo do livro pra ver se consigo
completar...
9.Representação de Conhecimentos… (Mirella) Ju Pessoal, esse é o capítulo indicado no fim dos slides
dessa aulas, mas não entendi oq tem a ver com
memória kkkkkk
10.Estados de Consciência (Marcelo) OK Bru Lanzoni (Sfbem
Referências)
*Legenda: Em roxo: a aula TEM slides no Psicopatinhos 2014*

*PS: a Beth postou o livro do Goldstein no Psicopatinhos 2014*

Aula 1
Processamento de Estrutura da Imagem

- O núcleo geniculado lateral (tálamo) é a primeira área visual


- O quiasma óptico é onde ocorre o cruzamento das vias do nervo óptico (há, porém,
vias que não chegam ao núcleo geniculado lateral - vias “inconsciência”, “respostas
emocionais”. São o comportamento ocular inconsciente, essas vias vão para o
colículo superior, e correspondem a 10% do total. Os outros 90% vão para o núcleo
geniculado lateral.
- Cada célula do núcleo geniculado lateral recebe informações da retina e do tronco
encefálico (informações mais elaboradas, não provém apenas da retina - “além da
retina”)
- Corpo geniculado lateral
- camadas 1-2: magnocelulares (células que processam tempo, movimento…)
- camadas 4-6: parvocelulares (células que processam frequência espacial,
detalhes, cores…)
- As camadas são ipsilaterais e contralaterais (metade recebe vias da direita e
metade recebe vias da esquerda)
- Organização retinotópica: cada ponto da retina vai para uma região específica do
núcleo geniculado, que vai para uma parte específica do córtex (ou seja, a
organização da retina é mantida no núcleo geniculado e no córtex)
- Fator de Magnificação Cortical: uma maior área cortical para regiões centrais da
visão (exemplo: fóvea - área pequena na retina, porém, ampla no córtex)
- Colunas de Dominância Ocular: para cada olho e para cada orientação (cima, baixo,
diagonal), há uma área específica no córtex estriado, com células que respondem
preferencialmente àquele estimulo.
- Modelo do cubo de gelo (teoria proposta na década de 1960)

- Hoje, modelo mais complexo (cada cor representa uma orientação espacial
específica (há diferentes arranjos espaciais de organização celular)

- A seletividade para direção do movimento e tamanho do estímulo resulta


num aumento da complexidade da resposta das células (há também o
processo de convergência das informações, que também aumenta a
complexidade das respostas das células)
- Propriedades dos neuronios no nervo optico, no nucleo geniculado lateral e no
cortex:
- Fibras do nervo óptico (celulas ganglionares): receptivos centro-periferia,
respondem melhor a pequenos pontos, mas também responde a outros
estímulos.
- Celulas do nucleo geniculado lateral: receptivos centro-periferia, muito similar
ao campo receptivo das células ganglionares.
- Células simples do cortex visual primario: celulas organizadas lado a lado em
áreas de excitação e inibição. Respondem melhor a algumas orientações
específicas.
- Células complexas do córtex visual primário e secundário: Respondem
melhor a algumas orientações específicas, muitas células respondem melhor
a uma direção de movimento específica.
- Células hipercomplexas (ou celulas end-stopped) do cortex visual
secundario: Respondem a cantos, angulos ou a comprimentos de
movimentos numa direção particular.
- Área V1: após essa região, há um aumento das especificidades (por exemplo, passa
a haver uma área de reconhecimento de face)
- Há duas vias funcionais principais
- via ventral (via “o quê?”): parvocelular (cor, detalhe, discriminação local)
- via dorsal (via “onde/como?”) magnocelular (tempo, movimento,
discriminação global)
- Processo integrativo dessas duas vias também resulta num aumento de
complexidade funcional
- Lobo temporal é responsável pelas funções de reconhecimento e categorização
- Efeito da experiência: plasticidade nas áreas de associação neural (aprendizagem)

Princípios Perceptuais:
- A entrada sensorial é muito ambígua, a imagem retiniana é bidimensional. O
problema da projeção inversa ilustra isso, um retângulo e um quadrado, levemente
inclinado, podem produzir a mesma imagem na retina.

-
- O processamento pós-receptoral (após a retina) deve dar conta da ambiguidade.
Para isso, fazemos uso de diferentes estratégias. Nosso sistema perceptual
obedece às “leis da organização perceptual” propostas por psicólogos da Gestalt.
(Outras estratégias: efeito da experiência, ser capaz de conhecer diferentes pontos
de vistas e integrá-los).
- Piscar estroboscópico gera ilusão de movimento contínuo
- Há 8 leis, que explicam o agrupamento perceptual - agrupamento ativo de elementos
sensoriais para formar imagens únicas maiores.
- 1) Simplicidade (Pragnaz): tendência de perceber padrões da forma mais
simples possível.

- 2) Similaridade: estímulos semelhantes são percebidos como agrupados.


- 3) Melhor continuação: pontos que, quando conectados, resultam em linhas
são vistos como pertencentes a essa linha.

- 4) Simetria: estímulos com formas parecidas são processados como


pertencentes a um mesmo grupo.

- 5) Fechamento: tendência à criação de uma unidade perceptual (fechar


figuras incompletas).

- 6) Proximidade: estímulos próximos são percebidos como pertencendo a um


mesmo grupo.

- 7) Destino Comum: estímulos se modificando na mesma direção são


processados como pertencentes a um mesmo grupo.

- 8) Familiaridade: estímulos que formam padrões familiares são percebidos


como esses padrões.
- Segregação Perceptual: para se perceber um estímulo, antes é necessário se
separar o que é figura e o que é fundo
- Figura tem características mais significativas (assume uma sobreposição em
relação ao fundo)
- Contorno parece pertencer à figura
- Fundo parece ruidoso e afastado
- Teoria do Reconhecimento por Componentes:
- Reconhecimento se dá por características básicas (“geons” - geometric ions)
- Cada geon tem um grupo de propriedades não-acidentais (ex. Retângulo tem
3 linhas paralelas)
- Sem geons não há capacidade de reconhecimento
- Geon depende do ponto de vista (ex. Chaleira vista de cima e de lado)

Aula 2
Percepção de cores e formas em função da aprendizagem, motivação e cultura

Ferramentas para descrever uma experiência perceptual podem modificá-la?


- Sim e não já foram respostas dadas em pesquisas;
- Para pensar essa pergunta e os conceitos, usaremos situações (experimentos
como exemplos).

Aspectos de aprendizagem e cultura combinados na linguagem:


- Comparar duas línguas diferentes: Inglês (11 termos para cores) x Berimno (5
termos para cores).
↳ Estudo articulou aprendizagem e cultura no campo da linguagem para
nomear cores. Pegaram 2 culturas com línguas diferentes e os termos que usam
para designar cores.
↳ Concluíram que há influência da linguagem. Esta facilita tarefas de
memória e categorização de similaridade entre estímulos
- Diferença entre povos com a mesma quantidade de termos básicos.
↳ Nesse estudo foram comparados o povo Himba e o povo Berinmo. Ambos
possuem 5 termos básicos para designação de cores.
↳ Foram encontradas diferenças e semelhanças.
↳ Autores sugerem diferença na dieta visual e na organização cognitiva para
cores

Influência do ambiente e da cultura na organização cognitiva

E para as formas? Influência da linguagem na nomeação/categorização das formas


geométricas
- Estudo com povo Himba (esse povo não tem os termos “quadrado”, “triângulo” e
“círculo”).
↳ colocaram as pessoas para categorizar as formas. Primeiro pediram para
agrupar livremente. Eram dadas as imagens e as pessoas deveriam criar grupos, da
forma que lhes parecesse melhor. Houve discrepâncias e o número de categorias
criadas livremente variou de 3 a 11. Num segundo momento deveriam agrupar a
imagens por similaridade (dentro das imagens apresentadas, retirar aquela que é
diferente) e nesse momento aos agrupamentos foram parecidos entre si (menos
discrepância). Na primeira tarefa evidencia-se mais a parte linguística. Na segunda,
a parte perceptual.
↳ nenhuma evidência de que haja protótipos naturais para formas.

E com múltiplas modalidades?

Correspondência crossmodal: é a tendência para associar estímulos entre os diferentes


sentidos.
- Efeito Bouba-Kiki
- Pode ser de natureza estrutural, estatística ou linguística
-Estrutural: resultam de codificações em comum entre os sentidos
-Estatística: devido à co-esposição repetida de estímulos/dimensões pareadas ao
longo da vida
-Linguística:

- Associação de formas e cores a gostos diferentes. Estudo feito em cross-cultural,


com várias culturas diferentes e as comparando.

CONCLUSÃO: a linguagem interfere na experiência perceptual, assim como o ambiente


(dieta sensorial) no qual se vive. Não há evidência de preponderância ou universalidade
entre a experiência perceptual do ambiente ou da cultura, ambas influenciam.

Aula 3
Constâncias e ilusões perceptuais Commented [2]: pelas anotações que tenho achei
uma boa parte muito parecida com a aula de
percepção de profundidade, então, não sei se anotei
tudo muito errado ou se é repetitivo mesmo kkkk
Constância perceptual: correspondev2pinte perceptual que não varia, mesmo com
Commented [3]: Eu tenho umas anotações no
a variação de atributos físicos do estímulo caderno. vou passar pra ca o/
Commented [4]: Mas elas tão bem ruins hahaha
Ilusões perceptuais: discrepâncias consistentes entre aspectos físicos e aspectos
Commented [5]: Do tipo de ter frases que não fazem
percebidos de um dado estímulo mt sentido hahahahaha

● Constância de tamanho: independente da distância, o tamanho permanece. E o


que acontece quando as pessoas tiram foto com outra pessoa “na mão”, por
exemplo, ou olhamos alguém lá longe e está do tamanho de um dedo? Há um fator
cognitivo. Sabemos que aquela pessoa não tem 5cm. Se pedirmos que alguém dê
uma estimativa de tamanho, ninguém vai responder 5cm.
↳ alguns fatores dão dicas de distância: disparidade retiniana (os dois olhos
estão distantes entre si); convergência/divergência - ajustamento muscular (ajuste
de foco); perspectiva; sobreposição de imagens.
● Constância de cor: tem um fator aprendido (memória)
- Exemplo: caneca branca vista metade na sombra (mesmo assim,
sabemos que ela é inteira branca)

● Observação: Não capturamos o mundo externo, construímos representações


internas desse mundo (influência botton-up e controle top-down, por parte do SNC)

● Observação 2: “Combinamos” artificialmente som e imagem (que, na prática, são


recebidos separados) - primeiro, sempre percebemos os estímulos visuais e só
depois os outros estímulos

↳ ilusão da Lua: no horizonte parece maior porque está mais perto do ponto
de fuga e há prédios etc ao redor.
↳ ilusão de Ponzo: A chave da ilusão de Ponzo é que as linhas oblíquas
convergentes indicam distância na imagem, como se elas convergissem no
horizonte. Então, ao se colocar duas linhas paralelas de mesmo tamanho a de cima
parecerá estar mais distante e dessa forma será percebida como maior.

● Mecanismo central da Constância de tamanho


- Células V1 e V2 seletivas a tamanho retiniano com ativação que depende da
distância
↳ Aumento de disparos das “células de aproximação” quando a
distância diminui
↳ Aumento de disparos das “células de afastamento” quando a
distância aumenta
- Observação: uma mesma extensão da retina estimulada pode ocupar áreas
de tamanhos diferentes de células V1 e V2 (a depender da distância Commented [6]: tenho a impressão de que isso não
percebida) faz mt sentido hahaha
Commented [7]: hahahahahhahaha
- Lei de Emmert: É o cérebro que toma as formas e cores que vemos com os nossos
olhos para torná-los objetos compreensíveis (cria modelos onde os objetos que
vemos se encaixam). É por isso que às vezes você pode ver uma imagem clara de
uma pessoa ou animal com o canto do olho e, em seguida, voltar-se para ver que é
apenas uma sombra (o cérebro cria uma forma em um objeto e nos avisa sobre o
que viu. É só quando nos voltamos para obter mais informações é que nós o vemos
como ele realmente é.)

● Ilusões (situações práticas)


↳ Membro fantasma e plasticidade: há um ajuste cerebral no homúnculo
(representação do corpo no córtex) para sinalizar que aquele membro não está mais
ali. Durante esse processo de ajustamento, entretanto, pode haver alguns episódios
de membro fantasma (ex.: a pessoa não tem um dos braços, mas o sente).
↳ ilusão saltatória

Aula 4
Percepção de profundidade
-Permite a construção da Tridimensionalidade
-Permite o julgamento de distâncias
Pergunta central: se a retina é bidimensional, como essas coisas são possíveis?
-A teoria que visa explicar isso é a “Abordagem das Pistas” (traduzi do livro), que diz que a
princípio não temos essas capacidades, mas vamos aprendendo-as através de pistas que o
ambiente nos dá. Assim, quando as aprendemos, elas viram automáticas, e podemos ver o
mundo de maneira diferente.

1.0. Percepção Monocular de Distância (Pistas percebidas por um olho)


-Pistas pictóricas: informações observadas em uma imagem visual.
1.1. Tamanho relativo (+altura)
Dois objetos, do mesmo tamanho, ocuparão espaços diferentes dependendo da distância
que se encontram, o “maior” está mais perto, e o “menor” está mais longe. Nossa percepção
induz distância e profundidade com base no tamanho relativo das imagens.
1.2. Tamanho familiar
Utilizamos nossa memória para julgar se um objeto está mais longe porque parece menor,
ou se ele realmente é menor. Quando vemos uma pessoa muito pequena, sabemos que
essa pessoa está longe, porque é impossível que +6+uma pessoa seja daquele tamanho.
1.3. Oclusão
Quando um objeto “tampa” o outro, assumimos que este se encontra na frente do objeto
tampado.
1.4. Luz e Sombra
Luz e Sombra ajudam definir a tridimensionalidade dos objetos, e também a posicioná-los
no espaço. As bolinhas da figura (a), são tridimensionais devido ao uso de luz e sombra (a
luz geralmente vem de cima, e o ponto contrário fica sombreado).

Podemos ver na figura (b), com a adição de sombras, sem mudar a posição das bolinhas,
temos uma nova posição em relação à superfície. As bolinhas da direita parecem estar
flutuando.
1.5. Claridade e Elevação (Perspectiva Atmosférica)
Devido a reflexão dos fótons (objetos mais próximos refletem mais fótons, pois a luz
encontra menos obstáculos no caminho, enquanto objetos mais distantes refletem menos
fótons pois encontram mais obstáculos no caminho), as imagens mais próximas são mais
nítidas, enquanto as imagens mais distantes são menos nítidas - mais borrada, com menos
detalhes.
Além disso, objetos mais distantes tendem a caminhar para o horizonte. (Não entendi essa
parte) Commented [8]: será que tem a ver com a
1.6. Perspectiva Linear perspectiva linear, em que há tendência de
confluências das linhas para um único ponto? Como
Imagens próximas são mais largas que as distantes. essas linhas confluem pro "ponto de fuga" da imagem,
1.7. Textura o que está mais distante, provavelmente está no
horizonte?
Tamanho dos detalhes diminui com a distância. Mais perto do observador, a textura é mais
(tbm fiquei confusa nessa parte e não anotei...)
espaçada, mais longe do observador, ela é mais concentrada. (Tem a ver com o tamanho
relativo, pois a textura de longe é “menor” que a textura de perto)
1.8. Ângulo de Declínio
Relação entre horizonte e objeto.
1.9. Profundidade por Movimento - as pistas anteriores funcionam se o observador está
parado, porém se ele está em movimento uma complexidade nova é adicionada.
1.9.1. Paralax de Movimento
Quando em movimento, objetos mais próximos parecem passar pelo observador mais
rápido, enquanto objetos mais distantes parecem passar mais lentamente. Podemos ver Commented [9]: gentes, façam o teste no metrô!!
esse efeito pelo trajeto da imagem na retina: Foquem o olhar no movimento dos muros do metrô,
passa tudo bem rápido. E se vc olhar pros prédios lá
fora, parece que tá indo bem mais devagar.
(dica pra quem anda atrasada: olhar para os muros
diminui a ansiedade, parece que tá indo tão rápido!
kkkkkkk)
Commented [10]: hahahahahah melhor técnica contra
a ansiedade

No objeto mais próximo, a distância percorrida é maior, portanto a velocidade parece ser
maior.
Esse mecanismo é um dos mais importantes para captar informações sobre profundidade
em diversas espécies.

2.0. Percepção Binocular de Distância


A percepção binocular envolve as imagens dos dois olhos, que são diferentes (disparidade
ocular), devido à distância entre os dois olhos. (6cm aproximadamente). Essas informações
discretamente diferentes passam por uma construção perceptual.
O Horóptero - linha virtual que liga todos os objetos com mesma distância dos olhos, as
imagens desses objetos são correspondentes na retina. Podemos ver isso na figura abaixo:
Um ponto fora do Horóptero porém, não terá locais na retina correspondentes entre os dois
olhos. Na figura acima, Carole não está no Horóptero, portanto sua imagem será localizada
em pontos diferentes da retina, havendo diplopia. Se colocássemos uma retina em cima da
outra, e medíssemos o ângulo da distância, nós temos a disparidade absoluta. Essa
disparidade nos informa sobre a distância do Horóptero, portanto, nos dá a profundidade.
Quanto maior a disparidade, maior a profundidade. A área fusional de Panum, integra
pontos não correspondentes da retina.
O processo da integração cortical dessa imagem se dá pela especificidade, com algumas
células (chamadas células v2) respondendo à disparidade visual, que ocorre quando ambos
os olhos são estimulados.
Esse processamento conta com a contribuição das vias visuais magno e parvocelular.
*Os filmes em 3d, funcionam, criando uma disparidade retiniana artificial, as imagens de
cada olho são colocadas levemente deslocadas, uma verde e outra vermelha, com os
óculos tendo as lentes opostas nas cores verde e vermelha, por exemplo.
*A rivalidade binocular: na maior parte do tempo não há dominância específica entre os
olhos, a entrada da info sensorial se alterna.
A Estereopsia, é a impressão de profundidade que resulta da informação provida pela
disparidade binocular.
-Percebemos melhor com a visão binocular, porque através dos mecanismos já citados, ela
permite uma visão mais precisa de distâncias e profundidades.

3.0. Desenvolvimento da Visão de Profundidade

4.0. Ilusões de Óptica

Aula 5
Atenção e Desempenho

Fisiologia e Psicologia
Genética Comportamental
Atenção e memória
Fisiologia Integrativa (Sistêmica)
Bases Neurais: Comportamento Social e Afetivo; Linguagem; Emoção e Motivação;
Sono e Sonhos; Estresse e Doença;
4 relações entre Fisiologia e Psicologia
1-Efeito Psicofisiológico: mudanças no fisiológico em função do psicológico, menor
sensibilidade, maior especificidade;
2-Marcador Psicofisiológico: mudanças no psicológico em função do fisiológico;
menor sensibilidade, maior especificidade;
3-Correlato Psicofisiológico: mudanças no fisiológico em função do psicológico,
maior sensibilidade, menor especificidade;
4-Invariância Psicofisiológica: mudanças no psicológico em função do fisiológico;
maior sensibilidade, menor especificidade;

-O que é a atenção?
Atenção é o meio pelo qual nós ativamente processamos uma quantidade limitada de
informação, dentre uma quantidade enorme de informação oferecida a nós pelos nossos
sentidos, memórias e outros processos cognitivos, ela envolve processos conscientes e
inconscientes.

-Por que ela é importante?


A atenção, permite que usemos nossos recursos mentais limitados eficientemente, fazendo
com que ofusquemos muitos dos estímulos de fora (sensações), e de dentro (pensamentos
e memórias), podendo assim salientar estímulos interessantes para nós. Esse foco maior,
permite que possamos responder com mais rapidez e precisão a estímulos interessantes

Há diferentes níveis de funções conscientes, como:


-os estados e níveis de alerta: relaciona-se com os níveis de atenção e TDAH, p. e.
-a orientação atencional: (des)engajamento e depressão/ansiedade (a pessoa com
depressão tende a prestar mais atenção no “lado ruim”).
-a atenção executiva: percepção-ação

Quantidade de informação disponível aos sistemas sensoriais é muito maior do que nosso
cérebro pode lidar, por isso temos necessidade seletiva de alta restrição.
Temos que selecionar as informações às quais nos atentamos por que precisamos
mudar a linha de raciocínio e porque temos dificuldade de nos atentar para diferentes
eventos
Ponto crítico é a seletividade: interação ativa c/ o mundo
- Porque selecionamos algumas informações e descartamos outras?

Diferentes teorias se dão por contarem com diferentes paradigmas experimentais:


Teoria do Gargalo: filtragem sensorial ou perceptual precoce
Processamento em paralelo para posterior construção perceptual (para cor e orientação
espacial);
Teoria da atenuação: atenuação da entrada de estímulos não-atentados, seleção ocorreria
após a identificação;

Teoria da Dupla Filtragem: as filtragens podem ocorrer em dois períodos, dependendo do


tipo de informação que chega.
Peso das filtragens: seleção precoce em situação de alta carga perceptual e seleção tardia
em situação de baixa carga perceptual;
Estágio pré-atencional: Automático; espacialmente amplo e em paralelo; capacidade
ilimitada; não depende da atenção; percebe estímulos irrelevantes; preliminar;
Estágio atencional: Voluntário (tem objetivos e intenções); espacialmente restrito;
capacidade limitada; depende da atenção; seleção de partes da informação; agrupamento
perceptual;

Efeitos do agrupamento perceptual (agrupamento ativo de elementos sensoriais para


formar imagens únicas maiores; leis da Gestalt):

Similaridade: estímulos semelhantes são agrupados


Proximidade: estímulos próximos são agrupados
Continuação: pontos que, quanto juntos, resultam em linhas, são vistos como linhas
Fechamento (Symmetry) (não sei se o marcelo quis dizer o princípio do fechamento
ou da simetria, mas enfim): formas parecidas são caracterizadas como iguais/pertencentes
ao mesmo grupo; tendência ao fechamento, formar imagens;
Outros princípios da Gestalt que se relacionam ao agrupamento perceptuais
(e que não foram citados no slide) são: simplicidade, fechamento, destino comum e
familiaridade.
Faz com que certas partes do campo visual sejam percebidas como associadas
Agrupamento perceptual se impõe sobre outros estímulos

Seleção atencional permanece como pergunta aberta


-Fatores que direcionam a atenção:
-Movimentos oculares e de cabeça. (Focalizar a imagem na fóvea)
-A memória (mas ao mesmo tempo, memorizamos melhor as coisas à que prestamos
atenção - bottom-up e top-down, explicados abaixo), objetivos, contexto, planejamento.
-Motivação
-Destaques físicos da imagem.
Efeito da saliência perceptual: saliência se refere a características do ambiente que
se destacam por conta de propriedades físicas como cor, brilho, contraste ou
orientação. “Capturing attention by stimulus salience is a bottom up process—it
depends solely on the pattern of stimulation falling on the receptors. [...] But attention
is not just based on what is bright or stands out. Cognitive factors are important as
well.”

Processos bottom-up e top-down Commented [11]: camila achou explicação sobre no


- Bottom-up: afetado pela entrada de estímulos. “Bottom-up processing (also called data- livro do goldstein, p. 10 e 135 (:
based processing) is processing that is based on incoming data. Incoming data always
provide the starting point for perception because without incoming data, there is no
perception.”

- Top-down: influenciado pelas expectativas de conhecimento do indivíduo. “Top-down


processing (also called knowledge-based processing) refers to processing that is based on
knowledge.”

Exemplo que dão no livro para diferenciar top-down e bottom-up: quando um farmacêutico
vai ler uma receita prescrita por um médico e que nós pacientes não entendemos, mesmo
sabendo ler. Ele usa mecanismos bottom-up porque ele vê as letras antes de lê-las, mas
também usa mecanismos top-down que o ajudam a decifrar qual é a substância. Ele usa
conhecimento prévio de nomes de medicamentos ou até mesmo experiência prévia com a
grafia daquele médico.
Nem sempre o mecanismo top-down acompanha uma percepção. Por exemplo, pra ver
uma luz não é necessário ter experiência prévia.

Efeitos na atenção:
Localização espacial
Seleção temporal
Piscar atencional

Área V2: atenção para área preferida aumenta a resposta; atenção para área não preferida
a diminui;

Spot atencional: existência de pesos diferentes de atenção para diferentes áreas. Área
focal (maior atenção), área de penumbra e área escura (menor atenção). Quanto menor o
spot, maior a penumbra. A troca de perspectivas de atenção é gerenciada pela atenção.
Sistema Reticular Ativador relaciona-se com o TDAH
- Apresenta maior quantidade de núcleos de neurônios, que controlam a passagem de
informação do cérebro para o corpo e vice-versa. É um centro controlador (portão do SN).
- Desenvolvimento final próximo aos 8 anos de idade.
- O TDAH pode ser a expressão de uma possível alteração nessa estrutura - criança nao
consegue controlar os estímulos.

7.Memória: retenção e recuperação de informação (Marcelo)

- É importante para muitas funções, como aprendizagem, linguagem, raciocínio etc.


- Há um forte (50%) componente genético e hereditário para memória.

- Para estudar memória, que é muito complexa, podemos dividir em:

1. Transiente (curto prazo; dura no máximo 1 semana)


a. Memória sensorial
b. Memória de curto prazo

2. Duradoura (permanece por mais tempo, desde semanas até anos. Se durar
mais que uma semana já é considerada memória duradoura)
a. Memória semântica
b. Memória episódica
c. Memória autobiográfica
d. Memória de procedimento

1.a. Memória sensorial:


● Tem curtíssima duração, dura algumas centenas de milisegundos, no
máximo 1 ou 2 segundos.
● É uma resposta fisiológica.
● É o prolongamento de eventos atuais; uma reverberação no tempo de um
estímulo.
● Exemplo (experimento de mascaramento anterógrado): se você mostrar uma
imagem X pra uma pessoa e muito rapidamente uma outra imagem, Y, a
pessoa não consegue distinguir a imagem Y. A pessoa só consegue
distinguir a imagem Y quando há um intervalo mínimo entre os estímulos
(imagens X e Y). Isso ocorre porque o primeiro estímulo permanece por
algum tempo.
● Organismo precisa de um tempo para processar o estímulo e estar disponível
para um novo.
1.b. Memória de curto prazo
● É conhecida como memória de trabalho; usada para resolver um problema
imediato.
● Necessária para a atividade mental consciente, para recolher e manter
memórias armazenadas e para que haja uma continuidade da atividade. Por
exemplo: numa conversa, para desenvolver um raciocínio é preciso manter
algumas informações.
● É representada em termos de código acústico (voz interna) → pessoas
surdas podem ter algum problema de memória de curto prazo,
principalmente as pessoas que têm lesão a nível cortical.
● Tem um limite de itens guardados (span) que é de 9-10 dígitos. Pode-se
fazer a analogia com a memória RAM de um computador.
● Também há um limite temporal de apresentação de 3-18 segundos. Os
estímulos precisam aparecer perto (temporalmente) o suficiente para serem
mantidos.
● Se os estímulos apresentados, dentro dos limites, são recorrentes e
aparecem várias vezes, eles podem ser “mandados” para outro sistema,
onde são retidos a longo prazo.

2.a. Memória semântica:


● Linguagem e conhecimento
● Conhecimento conectado temporalmente ou espacialmente ou identificado
nas experiências pessoais.
● O significado das palavras são armazenados como uma coleção de
características. Ex: pássaro-voar-asas
● Não se refere apenas à linguagem, une significados das palavras com
informações sensoriais e perceptuais. Por isso, pode haver reconhecimento
de objetos tanto pela sua descrição quanto pelas suas entradas de
informação (visuais, p ex., como aparecem nas imagens em que na aula
tentamos adivinhar a que objeto se referia.).
2.b. Memória episódica:
● Tem a ver com o tempo.
● Memória para eventos.
● Possibilita a viagem pregressa (reviver experiências) e o planejamento do
futuro, a partir dessa viagem pregressa.
● Esse planejamento acontece apenas nos humanos.
3.c. Memória autobiográfica:
● É +/- uma memória episódica (há algumas diferenças de armazenamento),
mas para aquilo que acontece comigo mesmo.
3.d. Memória de procedimento:
● Importante para aquisição de habilidades (dirigir, tocar um instrumento etc),
nos âmbitos perceptuais, cognitivos e motores.
I. Habilidades perceptuais: Discriminar estímulos com base em
propriedades sensório-perceptuais; fundamental em esportes.
II. Habilidades cognitivas: Escolha de estímulos; tomadas de decisão;
correção do valor perceptual; planejamento ações motoras/
comportamentos.
III. Habilidades motoras: Papel central no estudo de habilidades;
execução motora apropriada; organização hierárquica do
comportamento; informação sobre desempenho (feedback). Commented [12]: Pessoal, essa parte eu perdi.
● Com o tempo vai se tornando cada vez mais automático. P. ex.: dirigir. Coloquei exatamente oq tá no slide, não tenho
anotações dessa parte.
● Regularidade, eficiência e precisão são bases para a melhora de
desempenho na atividade.

- As memórias de longo prazo dependem das de curto prazo para serem


armazenadas (ao serem exibidas com recorrência, as de curto prazo podem ser
consolidadas), mas também influenciam as de curto prazo (a depender do que já
está armazenado, determinada informação será privilegiada).
- A memória de curto prazo está baseada em sinapses fracas.
- Quando a memória é consolidada (curto → longo prazo) há uma mudança fisiológica
e até anatômica. Os neurônios vão se juntar fortemente e não se separarão
facilmente.
- O stress (fisiológico) é o que “aumenta” essa consolidação, influenciando as
mudanças fisiológicas.
- Emoção tem papel importante na consolidação de memórias. Commented [13]: Nessa parte das imagens eu perdi
bastante coisa também. Complementem se puderem,
por favor.
8.Percepção e Arte (Marcelo)

A arte pode ser definida como “toda produção bela através de um ser consciente”.
Seria uma manifestação estética e comunicativa humana que por meio da manipulação de
técnicas e habilidades tentaria passar percepções estéticas de uma sensação interna. É
uma criação/representação do interno para o mundo externo. É um meio de comunicação
que tenta ser percebido e expresso abarcando o mesmo conceito de forma que todos
apreendem o sentido da representação.

De acordo com essa definição, apenas humanos produzem arte, pois há uma
intenção de modificação, diferentemente de objetos naturais.
A estética é relativa à qualidade emocional, à sensação, ao sentimento. É o
julgamento e a percepção ligada com a produção das emoções. Assim, a emoção é
representada pela estética na arte; a emoção estaria ligada à natureza da beleza.

O conceito de estética muda: o que é bonito em uma época, não é em outra.

Então, a arte está ligada aos conceitos de: beleza e percepção.

Prazer estético

A beleza é uma qualidade a mais, como forma, cor, distância.

O Marcelo disse que a arte parece diferente, mas não é. Tem um comum, uma
regularidade em toda obra de arte. Tem algo que evoca beleza a todos, assim como outra
coisa evoca a feiúra. Assim, em geral existe um consenso para beleza, mas a variabilidade
individual é maior do que para outros atributos perceptuais.

N.K. Humpfrey:

● O princípio da estética é a rima: a diferença na semelhança. A rima é a base


para a classificação. O comportamento de classificar estimula o prazer no ser
humano, assim, julgar uma obra de arte está ligado ao prazer.
● Fractais: unidade física ‘infinita’ -> diferentes características de uma mesma
coisa

Gustav Fechner (1876): Estética Experimental

● Relação entre características do sujeito e do objeto:

*julgamentos verbais
- análise fatorial para fatores como complexidade, simetria, quantidade de
informação,...
*registros psico-fisiológicos
- registros de ondas α ou outras atividades cerebrais
- GSR, batimento cardíaco, etc.
*comportamento não-verbal (comportamento exploratório)
- exploração: livre escolha, escolha forçada, etc
*análise estatística das obras de arte
- análise de obras de arte em diferentes culturas, épocas
- análise em função de concepções teóricas (Gestalt)

Representações Pictóricas

Existem duas posições quanto à representação pictórica (quadros)

1- esquemas artísticos existentes permitem criar quadros que são vistos por critérios sociais
aceitos (GRegory, Gombrich), ou seja, consigo representar, fazer uma releitura, mas é uma
captação da realidade de acordo com os estereótipos do tempo, cultura,...

2- quadros contém o mesmo tipo de informação que o mundo externo e por isso criam
ilusões (Gibson, Hagen, Haber), ou seja, trabalha-se com transformação.

Trompe l’oeil (técnica)


Representação pictórica como uma ilusão da realidade

Equilíbrio:
Todos os objetos são percebidos em relação aos outros. Todo ato visual é um
julgamento comparativo.
O equilíbrio é regido pela atração das bordas, que correspondem a pontos de
equilíbrio. A posição central é a mais equilibrada, pois existe uma atração por igual.
O equilíbrio físico é diferente do equilíbrio psicológico. Equilíbrio físico não garante
equilíbrio psicológico (ex. retrato da mulher nua segurando baldinho de água nas costas: ela
tá toda torta, e deve ter sido super desconfortável, mas há equilíbrio ‘psi’).
Equilíbrio não significa igualdade.
O equilíbrio é usado com intenções, pois cria impressões, diferenças e pontos de
força.
Visão periférica:

Considerando a nossa visão foveal, aquilo que estamos prestando atenção fica
nítido, enquanto que o restante perde nitidez (visão periférica). Um quadro ao simular esse
modelo, dirige a atenção do espectador ao garantir um conforto na visão.

Cor:
Transmitem impressões;
Mesmo com cores que não condizem com a realidade, conseguimos captar a
relação de brilhos que trabalha o aspecto tridimensional; O brilho é o contraste cromático, o
que pode definir a profundidade;
O contraste da cor é parecido com o contraste do brilho, sendo possível induzir a cor
dependendo do brilho que está em volta;
A cor do iluminante em geral não é percebida conscientemente.

Movimento:

A imprecisão espacial gera movimento, pois a imagem reflete um instante. Isto


estimula a visão periférica que possui menos resolução espacial. Há outros modos de
expressar movimentos como a postura, contexto, desvio da posição de repouso, rastros,...

Somação espacial:

Quanto mais os elementos são separados, menos consigo ver suas diferenças,
especificidades. Ex.: técnica do pontilhismo.

9.Representação de Conhecimentos… (Mirella)

10.Estados de Consciência (Marcelo)

Composição da consciência: Todas as sensações, percepções, lembranças e sentimentos dos


quais temos ciência a qualquer momento (Farthing, 1992)
A consciência pode estar em Estado desperto, quando há percepção de momentos, locais e
eventos como reais, ou alterado (fadiga, delírio, Hipnose, Drogas, sonhos distração, coma –
estado mínimo de consciência -, sonolência), ou seja, todas as demais percepções que diferem
da DESPERTA.

Algumas outras definições de consciência:


- Capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente abrangendo qualificações como
subjetividade, sapiência e autopercepção;
- A consciência é composta por duas entidades: 1. Fenomenal (como saber se meu
comportamento está adequado) 2. Processamento das coisas que vivenciamos durante a
experiência. (refletir sobre essa inadequação)
- Pinker: função mental de perscrutar o mundo e, portanto, uma faculdade de 2º momento, já
que ninguém pode ter consciência de alguma coisa no exato momento em que entra em
contato com ela.

Nos estados de consciência alterados há modificações nos aspectos quantitativos:


rebaixamento do nível de consciência compreendido por GRAUS, obnubilação da
consciência (grau leve a moderado – compreensão dificultada), sopor ( incapacidade de ação
espontânea, responde a comandos, mas não consegue fazer nada sozinho), coma (grau
profundo – impossível qualquer atividade voluntária consciente e ausência de qualquer
indício de consciência).
Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de consciência:
DELIRIUM (≠ delírio) – desorientação tempo-espacial com surtos de ansiedade, além de
ilusões e/ou alucinações visuais;
ESTADO ONÍRICO – o indivíduo entra em um estado semelhante a um sonho muito vívido;
AMÊNCIA - Privação ou falta de entendimento, ausência de razão, loucura;demência,
confusão mental;
SÍNDROME DO CATIVEIRO – destruição da base da ponte – paralisia total dos nervos
cranianos, baixos e dos membros- sistema reticular ascendente afetado (prejuízo da atenção).

E nos aspectos qualitativos:


ESTADOS CREPUSCULARES - Estado de consciência perturbado, no qual um
comportamento complexo e irracional pode ocorrer sem nenhuma recordação posterior. Os
estados crepusculares podem ocorrer associados com despertar do sono, epilepsia,
intoxicação alcoólica e delirium. – surge e aparece de forma abrupta e tem duração variável;
DISSOCIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA – perda da unidade psíquica comum do ser humano,
na qual o indivíduo “desliga da realidade pra parar de sofrer;
TRANSE – espécie de sonho acordado com a presença de atividade motora automática e
estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários;
ESTADO HIPNÓTICO – transe induzido – técnica refinada de concentração da atenção e de
alteração induzida do estado de consciência.

Estados de consciência alterado: modificações na qualidade e nos padrões de funcionamento


cerebral, inclusive mudanças em outras dimensões subjetivas, como emoções, memória,
noção de tempo, raciocínio, no autocontrole, na sugestionabilidade.
Para que serve a consciência? Muitas espécies não a tem:
– Flexibilizar nossas ações e maior controle sobre nossos pensamentos e ações;
- Maioria de nossas tomadas de decisão são realizadas em pleno inconsciente;
- Percepções e cognições são acompanhadas de consciência;
- Amplia o nosso entendimento sobre nossos sentimentos e ações.

SONO

O sono é um ritmo biológico inato, pode ser adiado temporariamente, e sua privação traz
consequências psicológicas e fisiológicas:

- Insônia familiar fatal (IFF)

Doença rara de perda de sono


Primeira vez descrita em 1986
Transmitida geneticamente/ autossômica dominante
Mais comum em homens
Início por volta dos 50 anos de idade
Tempo de doença entre 7-36 meses
Leva ao estupor, coma e morte

- Em experimentos com animais em esteira, em que se impedia que dormissem, constataram


que o sono sempre vence ao verificarem a presença de microcochilos. A privação do sono
tem limite, sendo que os sintomas aparecem após 4 dias.

- Questão de saúde pública: 2% dos acidentes fatais em estradas são causados por falta de
sono

Caso Peter Tripp (Luce, 1965)


200 horas sem dormir
Depois de 100 horas
Inicialmente alucinações
Pesadelos desperto
Perda de reconhecimento entre sonho e realidade
Fala ininteligível
Não nomeava objetos simples e comuns
Tremor nas mãos
Irritabilidade
Aumento de sensibilidade à dor
Recuperou-se depois de 14 horas de sono

- Num curto período (2-3 dias), a privação de sono causa diminuição da atenção, da memória,
dificuldade de permanecer alerta e com atividades de rotina, mesmo as repetitivas. O maior
perigo para a privação de sono está nas tarefas monótonas (Ex: piloto, motorista, operador de
máquinas)
PADRÕES DE SONO
Ciclos de dormir e acordar
Ritmos estáveis (endógenos)
Perduram mesmo sem referências
Ciclos de 24 horas e 10 minutos (Czeisler, 1999)
Fontes externas de sincronismo - Ciclo claro/ escuro
Tempo médio de sono 7-8 horas (McCann, 1988) - 8% dorme menos 5-6 horas, 10% dorme 9
horas ou mais

Evolução do sono com a idade (diminui conforme aumenta a idade):

Hormônio do sono:

Melatonina, que age diferentemente em dois sistemas (alerta/vigília e sono):


Células Ganglionares Retina -> Trato retino- Hipotalâmico ->
Núcleo supraquiasmático → Outras áreas do SNC
Glândula Pineal

Mudança de padrão de ativação: Quantidade de ativação permanece constante – muita luz


impede a liberação de melatonina

FASES DO SONO

Estado de alerta – ondas cerebrais beta (pequenas e rápidas)


Estado de relaxamento – ondas cerebrais alfa (maiores e lentas)
O sono tem 4 fases independentes, havendo várias transições entre elas durante o sono:
Fase 1 – SONO LEVE
Perda de consciência
Redução de batimento cardíaco
Relaxamento da musculatura
EEG – ondas pequenas e irregulares com ondas algumas alfa

Fase 2: FUSO DO SONO

Verdadeira fronteira do sono


Explosões de atividades cerebrais distintas

Fase 3: FASE DELTA

Aparecimento onda cerebral delta – muito grande e lenta


Perda de consciência mais profunda

Fase 4: SONO PROFUNDO

Após 1 hora após dormir


Ondas puramente delta
Ausência total de consciência

Mesmo uma boa noite de sono não é uma jornada estável, ininterrupta. O sono toma conta do
encéfalo por um percurso de repetidas variações de atividade. Aproximadamente 75% do
tempo total do sono são gastos no so-no não-REM e 25% em sono REM, com ciclos
periódicos entre estes estágios por toda a noite. [1]
Durante o sono, o individuo passa, geralmente por ciclos repetitivos, começando pelo estágio
1 do sono não-REM, progredindo até o estágio 4, regride para o estágio 2, e entra em sono
REM. O ciclo se repete a cada 90-110 minutos, 4 a 6 vezes por noite. [8]
Esses estágios não-REM do sono são divididos de acordo com a atividade elétrica cerebral
em cada momento do sono, captada no EEG. O registro do EEG é um conjunto de muitos
traçados irregulares simultâneos, que indica alterações de voltagem nas correntes que fluem
durante a excitação sináptica dos dendritos de muitos neurônios do córtex cerebral. São
distintos 4 tipos de ondas no EEG, denominadas alfa, beta, teta e delta. [1]
As ondas alfa situam-se aproximadamente entre 8 e 13Hz e estão associadas com estimulação
síncrona do tálamo aos neurônios do córtex; presentes em estados de vigília, em repouso e
sonolência. As ondas beta são as mais rápidas, maiores que 14Hz, e sinalizam um córtex
ativado, com neurônios disparando de forma assíncrona. As ondas teta situam-se de 4 a 7Hz e
ocorrem durante alguns estados de sono. Já as delta, muito lentas e menores que 4Hz,
indicam um sono profundo, resultante de mecanismo de ativação intrínseco do córtex. [8]
Habitualmente quando um adulto saudável torna-se sonolento e começa a dor-mir, ele entra
primeiramente no estágio 1 do sono não-REM. O estágio 1 é o sono transicional, quando os
ritmos alfa do EEG da vigília relaxada vão se tornando menos regulares e acabam
minguando, os olhos fazem movimentos de rotação lentos. Começa com uma sonolência e
depois de aproximadamente cinco minutos, a pessoa adormece. Trata-se de um estágio
passageiro, e também o estágio de sono mais leve, estando o indivíduo facilmente
despertável. Predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, mioclonias das mãos e
dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a atividade onírica está sempre
relacionada com acontecimentos vividos recentemente. [1] [8]
O estágio 2 é levemente mais profundo e pode durar 5 a 15 minutos. Caracteriza-se por a
pessoa já dormir, porém não profundamente. O EEG mostra freqüências de ondas mais
lentas, aparecendo o complexo K, e a oscilação ocasional do EEG de 8 a 14 Hz, o chamado
fuso do sono, o qual se sabe que é gerado por um marca-passo talâmico. Nessa fase, despertar
por estimulação tátil, fala ou movimentos corporais são mais difíceis do que no estágio
anterior. Aqui a atividade onírica já pode surgir sob a forma de sonho com uma história
integrada. [1] [8]
Na se-qüência, o estágio 3 e o EEG inicia ritmos delta lentos, de grande amplitude: os
movimentos dos olhos e do corpo estão ausentes. Tem muitas semelhanças com o estágio 4,
porém, nesse estágio as ondas delta não predominam, diferente do estágio 4. Nessas fases, os
estímulos necessários para acordar são maiores. Do estágio 3 para o estágio 4, há uma
progressão da dificuldade de despertar. O estágio 3 tem a duração de cerca de quinze a vinte
minutos. [1] [8]
O 4 é o estágio de sono mais profundo, com ritmos do EEG de grande amplitude. Duran-te o
primeiro ciclo de sono, o estágio 4 pode persistir por 20 a 40 minutos. Este estágio não-REM
do sono caracteriza-se pela secreção do hormônio do crescimento em grandes quantidades,
promovendo a síntese protéica, o crescimento e reparação tecidual, inibindo, assim, o
catabolismo.
Após o estágio 4, o sono começa a se tornar mais leve novamente, ascende até o estágio 3 por
5 minutos e ao 2 por 10 a 15 minutos e entra, repentinamente, em um breve período de sono
REM, com seus ritmos beta no EEG e movimentos nítidos e freqüentes dos olhos.
À medida que a noite progride e a pessoa fica mais descansada, principalmente a partir da
metade do sono total, ocorre uma redução geral na duração do sono não-REM,
particularmente dos estágios 3 e 4, e um aumento dos períodos REM. [9]
Metade do sono REM de uma noite ocorre durante o seu último terço e os ciclos REM mais
longos podem durar de 30 a 50 minutos. Parece haver, ainda, um pe-ríodo refratário
obrigatório, de aproximadamente 30 minutos, entre os períodos de REM; em outras palavras,
cada ciclo REM é seguido por pelo menos 30 minu-tos de sono não-REM antes que o
próximo período de sono REM possa se iniciar.
O sono causa dois tipos principais de efeitos fisiológicos; primeiro, efeitos no próprio sistema
nervoso, e, segundo, em outros sistemas funcionais do corpo. Os efeitos no sistema nervoso
parecem ser os mais importantes, já que, uma pessoa com medula seccionada a nível cervical
não tem alterações no ciclo sono-vigília. [2]
Nenhuma teoria da função do sono é completamente aceita, mas a falta de sono certamente
afeta as funções do sistema nervoso central. A vigília prolongada está geralmente associada à
má função progressiva no processo de pensamento, diminuição da capacidade intelectual,
perda de memória e reflexos e algumas vezes pode causar atividades comportamentais
anormais como aumento da ansiedade, irritabilidade, depressão e reações emocionais
diversas. Portanto, podemos presumir que o sono restaura de muitas formas tanto os níveis
normais da atividade cerebral como o equilíbrio normal entre as diferentes funções do
sistema nervoso central. [1][2]
Essa é uma das teorias mais razoáveis da função do sono: teoria de restauração, a qual postula
que a principal função do sono é restaurar o equilíbrio natural entre os centros neuronais.
A segunda, teoria de adaptação, é menos óbvia: vê o sono como adaptação para conservação
de energia. Enquanto dorme, o corpo trabalha o suficiente para manter-se vivo. A temperatura
interna do corpo cai e a taxa de consu-mo de calorias é mantida baixa. Assim o organismo
entra em um estado de repouso, recuperando energias para uma próxima vigília
Além de o sono restaurar as capacidades mentais, as memórias podem ser consolidadas e
processadas durante o sono.
O processamento das informações é sugerido pelos neurônios hipocampais, que codificam a
localização espacial e estão ativos durante a vigília, sendo ativados principalmente em
períodos de sono REM subseqüentes quando comparados a neurônios que não estão ativos na
vigília. A inferência é que memórias estão sendo relacionadas a outras informações cerebrais,
constituindo um processamento off-line de informações adquiridas durante o dia ao longo da
vida do individuo. [3]
Para consolidação das memórias, as informações devem ser coletadas no hipocampo, onde
são armazenadas temporariamente, e transmitidas ao neocórtex, para se tornarem memória de
longo prazo. Durante o sono REM, há uma redução da atividade da acetilcolina, substância
responsável pela retenção de informações no hipocampo. Dessa forma, é facilitada essa
transferência das informações.
Cada fase do sono é usada pelo cérebro para estocar determinado tipo de informação. Nas
duas fases mais leves do sono, informações motoras, relacionadas a atividades como tocar um
instrumento musical ou praticar um esporte. Nas fases 3 e 4, o cérebro se encarregaria de
armazenar memória espacial. E a memória intelectual, ligada ao pensamento lógico e
matemático, estaria relacionada ao sono REM. Fonte:
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1924

TIPOS DE SONO:
REM
Movimentos rápidos dos olhos
Volta aos padrões da fase 1 (quase alerta)
90 minutos por noite de sono
Aumento de atividade em hipocampo e sistema límbico
85% das pessoas quando acordadas relatam sonhos (Hobson, 1998) – quando há lembrança
do sonho, estávamos no sono REM.

Do inglês Rapid Eye Movement, um estado de sono que se caracteriza pelo movimento rápido
dos olhos; também chamado de sono paradoxal, pois o EEG (eletroencefalograma) parece
quase indistinguí-vel daquele de um encéfalo ativo, em vigília, com oscilações rápidas e de
baixa voltagem, muito mais semelhante com o do estado acorda-do que com o de dormindo.
Embora os períodos REM sejam responsáveis pela menor parte do sono, esta é a parte em que
temos sonhos intrigantes e enigmáticos. Alguém que é acordado durante o sono REM,
provavelmente relatará episódios visuais detalhados, freqüentemente com histórias bizarras.
A fisiologia do sono REM também é especial. O consumo de oxigênio pelo encéfalo (uma
medida de sua utilização de energia) é mais elevado no sono REM do que quando estamos
acordados e con-centrados. Há uma perda quase total do tônus muscular esquelético, ou
atonia. A maior parte do corpo está realmente incapaz de movimentação. Os músculos que
controlam o movimento dos olhos e os pequenos músculos do ouvido interno são exceções;
eles estão nitidamente ativos. Com as pálpebras fechadas, os olhos ocasionalmente movem-se
com rapidez de um lado para o outro. Estes sur-tos de movimentos rápidos dos olhos são os
melhores indícios dos sonhos vívi-dos, e 90 a 95% das pessoas acordadas durante ou após
estes momentos relatam sonhos.
Os sistemas fisiológicos de controle são dominados pela atividade simpática durante o sono
REM. A temperatura interna começa a ser direcio-nada para níveis mais baixos. As
freqüências cardíaca e respiratória aumentam, mas tornam-se irregulares. Fonte:
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1924

NREM

Ocorre durante as outras fases


Sonhos são menos vívidos (Hobson, 2000)
Recuperação da fadiga corporal

O sono não-REM parece estar projetado para o repouso. Este sono é excepcionalmente
relaxante e está associado à diminuição do tônus vascular periférico e de muitas outras
funções vegetativas do corpo. Ocorre uma diminuição de 10 a 30% na pressão arterial, na
freqüência respiratória e na taxa metabólica basal. [1] [2]
A tensão muscular está reduzida em todo o corpo e o movimento é mínimo. O corpo é capaz
de mo-vimentos durante o sono não-REM, mas só o faz raramente, sob o comando
en-cefálico, geralmente para ajustar a posição corporal.
A temperatura e o consumo de energia do corpo estão reduzidos. Em decorrência de um
aumento na ativida-de da divisão parassimpática do sistema neurovegetativo, a freqüência
cardíaca, a respiração e a função renal ficam mais lentas, enquanto os processos digestivos
aumentam. O encéfalo também parece repousar. Sua taxa de uso de energia e as taxas de
disparo de seus neurônios em geral estão no nível mais baixo de todo o dia.
Em-bora não exista uma maneira de se saber com certeza o que as pessoas estão pensando
quando estão dormindo, os estudos indicam que os processos mentais também atingem seu
nível diário mais baixo durante o estágio não-REM.
Quan-do acordadas, as pessoas normalmente não se recordam de nada ou somente recordam
de pensamentos muito vagos, isto não quer dizer que não haja sonhos, mas ocorre porque não
há a consolidação de sonhos na memória durante o sono não-REM. [1]
Quando presentes, os relatos de sonhos na fase não-REM tendem a ser mais curtos, menos
nítidos, com menor conteúdo emocional e mais coerentes que os ocorridos durante o sono
REM. Fonte: http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1924

SONHOS

Triar e integrar lembranças (memória curto-longo prazo)


Busca de estratégia para solução de problemas
Processar eventos emocionais
Sonho reflete eventos cotidianos (Halt, 1982)
10 mil sonhos – maioria dos eventos que aconteceram no dia
Ação entre pessoas com vínculos emocionais
Metade dos sonhos tem elementos sexuais
Voar, flutuar e cair aparecem com pouca frequencia

Teoria de Freud (1900)


Expressam desejos e conflitos inconscientes
Símbolos oníricos

Teoria McCarley (1999)

Teoria Ativação-Síntese
- Ativação de várias áreas associadas ao impedimento motor causa conflitos fisiológicos
internos – cérebro cria uma cena para completar o quadro
Córtex frontal não ativado
- Imagens e cenas primitivas e bizarras
- Funciona como um raciocínio descontrolado

Por trazer emoções e lembranças passadas


- Associação com experiência pessoal
- Exploração superficial e desordenada destas atividades mentais
Teoria para a qual os sonhos são vistos como associações e memórias do córtex ce-rebral
causadas por descargas aleatórias da ponte durante o sono REM. Assim, os neurônios
pontinos, através do tálamo, ativam várias áreas do córtex cerebral e provocam imagens ou
emoções bem conhecidas e o córtex tenta sintetizar as imagens discrepantes em um todo com
sentido, gerando o sonho. Fonte: http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1924
HIPNOSE

Definição: Estado alterado de consciência caracterizado pelo estreitamento de atenção e


aumento da abertura para a sugestão (Kosslyn, 2000)
Suscetibilidade para hipnose
8/10 pessoas
Muito imaginativas
Fantasiosas
Escala de Suscetibilidade à Hipnose de Stanford
12 itens – maior pontuação, maior sucetibilidade

Indução da hipnose
Alguns passos
Concentrar a atenção
Relaxar e sentir-se cansado
Deixar se levar
Utilizar a imaginação

Mudanças de sensações, percepções


Flutuar
Anestesia
Separação do corpo
Sensação de automação das sugestões
Efeitos da hipnose

Atos de força sobre-humanos


Não são verdadeiros
Limites pessoais extremos

Memória
Aumenta quantidade de lembranças reais e falsas

Amnésia
Breves durante período sob hipnose

Alívio de dor
Útil em casos de dor crônica que não responde a remédios
Membro fantasma

Regressão na idade
Inconclusivo. . . . Representação do papel sugerido?

Mudanças sensoriais
São as mais eficazes
Olfativas mais evidentes
Noção de tempo, visão de cores, sensibilidade auditiva

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