Equipe: Ricardo Pereira (13849); Rodrigo Comunian Amaro

Universidade Federal de Itajubá (13194); Francisco Márcio (13676); Tiago Gavioli; Marco
Santos; Bruno Simão; Tales
Trabalho de condicionamento de energia EEL805

Baterias
RESUMO pedaço de carbono (C) e um pedaço de zinco
Este artigo tratará sobre baterias, (Zn) imersos em um recipiente que contém
desde o detalhamento de seus componentes uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4) como
até o dimensionamento de baterias para eletrólito.
sistemas ininterruptos. Ao longo do mesmo
ficará claramente esclarecido o
funcionamento das baterias assim como as
mais variadas aplicações das mesmas.

1.0 Introdução
Em 1800, o italiano Alessandro Volta
inaugurou uma nova era na geração de
eletricidade ao inventar a pilha elétrica
constituída por chapas de cobre e zinco
separadas por discos de feltro embebidos em Figura 1 - Representação esquemática de uma célula
ácido sulfúrico diluído. eletroquímica padrão
A pilha de Volta tem dois elétrodos
sólidos mergulhados num líquido, chamado A célula é a unidade fundamental da
eletrólito. O líquido é ácido sulfúrico em bateria. Uma célula simples consiste em dois
solução aquosa. A força eletromotriz entre os eletrodos inseridos em um recipiente, sendo
dois elétrodos é cerca de 1 Volt (nome dado que em algumas células o recipiente age como
em homenagem a Volta). eletrodo.
Uma bateria consiste em várias células
ligadas conjuntamente em um recipiente 2.2 - Eletrodos
comum. Este artigo introduz a teoria básica e Os eletrodos são os condutores. Numa
características das baterias. As baterias célula simples, o eletrodo positivo é de
discutidas são representativas dos muitos carbono e o eletrodo negativo é de zinco. Na
modelos e tipos. célula seca (Figura 2), eles são a barra de
Baterias são extensamente usadas carbono no centro e o recipiente de zinco.
como fontes de energia elétrica em
automóveis, barcos, aeronaves, computadores
portáteis, e sistemas no-breaks. Em algumas
instâncias, baterias são usadas como a única
fonte de energia. Em outras, elas são usadas
como um secundário ou fonte de energia de
emergência.

2.0 Componentes da Bateria

2.1 - A Célula
A célula é o dispositivo que
transforma energia química em energia
elétrica. A Figura 1 exemplifica uma célula
simples, conhecida como uma célula
galvânica ou célula voltaica. Consiste em um
Figura 2 - Secção de uma célula seca.
2.3 - Eletrólito
O eletrólito é a solução que reage com
os eletrodos. O eletrólito provê um caminho

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para fluxo de elétrons. Pode ser um sal, um
ácido, ou uma solução alcalina. Na célula
galvânica simples, o eletrólito é um líquido.
Na célula seca, o eletrólito é uma pasta.
3.0 - Células Primárias e Secundárias
3.1 - Célula Primária
Em uma célula primária, a ação
química ocorre em um dos eletrodos,
normalmente no eletrodo negativo. Quando a
reação química é completada, o eletrodo deve
ser substituído ou a célula deve ser
descartada.
3.2 - Célula Secundária
Em uma célula secundária, os
eletrodos e eletrólitos são alterados pela ação
química que acontece quando a célula entrega
corrente. Uma célula secundária pode ser
restabelecida a sua condição original forçando
uma corrente elétrica na direção contrária a de
descarga.
4.0 - Ação Eletroquímica
Quando é conectada uma carga aos
eletrodos de uma célula carregada, elétrons
moverão do ânodo (eletrodo negativo) para o
cátodo (eletrodo positivo). A conversão da
energia da substância química da célula para
energia elétrica é chamada ação
eletroquímica.
A tensão nos eletrodos depende dos
materiais que os eletrodos são feitos e a
composição do eletrólito.
4.1 - Célula Primária
Quando circula corrente por uma
célula primária que tem eletrodos de carbono
e zinco e uma solução diluída de ácido
sulfúrico e água (combinação para formar o
eletrólito), a seguinte reação química
acontece. O fluxo atual pela carga é o
movimento de elétrons do eletrodo negativo
(zinco) para o eletrodo positivo (carbono).
Isto causa uma diminuição de elétrons no
zinco e um aumento de elétrons no carbono.
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A figura 1 mostra os íons de hidrogênio (H2)
do ácido sulfúrico serem atraídos pelo
eletrodo de carbono. Considerando que os
íons de hidrogênio são carregados
positivamente, eles são à carga negativa no
eletrodo de carbono. O eletrodo de zinco tem
uma carga positiva porque perdeu elétrons
para o eletrodo de carbono. Esta carga
positiva atrai os íons negativos (SO4) do ácido
sulfúrico. Os íons negativos combinam com o
zinco para formar sulfato de zinco. Esta ação
sobre o eletrodo de zinco causa o seu
corroimento.
O processo em que o zinco é corroído
e o ácido sulfúrico que muda a hidrogênio e
sulfato de zinco causa o descarregamento da
célula.
4.2 - Célula Secundária
Uma célula secundária pode ser
recarregada. Este é o processo de inverter a
ação química que acontece com o
descarregamento da célula. Para recarregar a
célula, é conectada uma fonte de tensão. O
terminal negativo da fonte de tensão é
conectado ao cátodo da célula, e o terminal
positivo da fonte de tensão é conectado ao
ânodo da célula. Este arranjo quimicamente
faz o processo inverso do descarregamento da
célula e daí consegue-se novamente fazer o
ciclo de descarga da célula.
5.0 – Tipos de células
O desenvolvimento de tipos novos e
diferentes de células na última década foi tão
rápido e quase impossível ter um
conhecimento completo de todos os diversos
tipos. Alguns lançamentos são os de prata-
zinco, níquel-zinco, níquel-cádmio, prata-
cádmio, orgânico, inorgânico e células de
mercúrio.
5.1 - Célula Primária Seca
A célula seca é o tipo mais popular de
célula primária. É ideal para aplicações
simples onde é uma barata e estável fonte de
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eletricidade. A célula seca não é realmente

seca, mas sim é uma pasta úmida. Se essa
pasta úmida tornar-se totalmente seca não tem
como transformar energia química em energia
elétrica.

5.2 - Célula Secundária Molhada

Células secundárias às vezes são
conhecidas como células molhadas. Há quatro
tipos básicos de células molhadas: ácido-
condutora, níquel-cádmio, prata-zinco, e Figura 3 – Bateria ácido-condutora.
prata-cádmio. São usadas combinações
diferentes de materiais para formar o
eletrólito, cátodo, e ânodo de diferentes
células. Estas combinações provêem células
com qualidades diferentes para diversas
aplicações.

6.0 – Construção das Baterias

A figura 3 mostra uma bateria ácido-
condutora. O recipiente aloja as células
separadas. A maioria dos recipientes são de
borracha dura, plástico, ou algum outro
material que é resistente ao eletrólito, choque
mecânico e podem resistir a temperaturas
extremas. O recipiente (caso da bateria) tem
aberturas para permitir que os gases que
formam dentro das células escapem. Na
figura 4, os pratos são interlaçados com um
terminal prendido a cada grupo de pratos. Os
terminais das células individuais são
conectados juntos através de conectores de
vínculo, como mostrado na figura 4. Nessa
bateria as células são conectadas em série ao
terminal positivo. O lado oposto ao do ligado
o terminal positivo se liga o terminal negativo
da bateria.
Figura 4 – Vista interna e uma bateria ácido-condutora.
Normalmente são identificados os
terminais de uma bateria de ácido-condutora
pelo tamanho deles e por marcações. O
terminal positivo, marcado (+), é algumas
vezes vermelho e é fisicamente maior que o
terminal negativo, marcado (-). As células
individuais da bateria ácido-condutora não
são substituíveis; assim se uma célula falha, a
bateria deve ser substituída.
A construção da bateria de níquel-
cádmio é semelhante à construção da bateria
ácido-condutora, a não ser que as baterias de
níquel-cádmio têm células individuais que
podem ser substituídas. A figura 5
exemplifica uma célula de uma bateria de
níquel-cádmio.

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Figura 5 – Célula de uma bateria de níquel-
cádmio.
A construção de baterias de células
secundárias é tão semelhante que é difícil de
distinguir o tipo de bateria olhando-se
simplesmente para as figuras. Antes da
utilização de uma bateria, seu tipo deve ser
conhecido, já que cada bateria distinta tem
suas características elétricas diferentes.
7.0 – Características elétricas Básicas
7.1 - Tensão Nominal
Geralmente, o equipamento que vai
utilizar a C.C. é especificado para uma dada
tensão nominal. As tensões nominais usuais
(dependendo da aplicação) são:
12, 24, 48, 60, 125 e 220 volts
7.2 - Tensão Máxima do Equipamento
Geralmente, o equipamento suporta
uma tensão total superior à tensão nominal.
Este Maximo permissível depende das
recomendações do fabricante ou do usuário.
Usualmente pode atingir valores + 5% ou +
10% ou + 20% acima da tensão nominal.
7.3 - Tensão Mínima do Equipamento
Podemos dizer, da mesma forma, que
o equipamento pode utilizar uma tensão
mínima, sem prejuízo de suas funções, em
relação à tensão nominal. Os valores
aceitáveis para esta tensão mínima são os da
tensão nominal – 5% ou –10% ou – 20%,
dependendo do fabricante do equipamento ou
do usuário.
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7.4 - Tensão de Flutuação por Elemento
Quando se instala uma bateria
conforme a figura 1, diz-se que a bateria
trabalha em regime de flutuação. Para se
manter a bateria sempre carregada, torna-se
necessário alimenta-la com uma tensão
superior a 2V por elemento no caso das
baterias chumbo-ácidas, e superior a 1,25V no
caso das baterias alcalinas.
Escolhe-se uma tensão ideal, de
acordo com a indicação do fabricante, para
que a bateria mantenha sempre carregada.
Esta tensão é denominada tensão de flutuação.
Com estes dados, geralmente se aceita
como tensão de flutuação, para as baterias
chumbo-ácidas um valor compreendido entre
2,15 a 2,25 volts e alcalinas entre 1,38 a 1,42
volts.
7.5 - Tensão Final de Descarga do
Elemento
A capacidade total teórica de um
acumulador nunca pode ser obtida por
diversos motivos.
Assim, à medida que o acumulador se
descarrega, a tensão nos seus terminais cai
lentamente no inicio e no fim da descarga
rapidamente.
7.6 - Tensão de Equalização por Elemento
A carga de equalização é uma carga
dada em períodos fixos e continuada até a
capacidade máxima da bateria ser atingida. É
empregada como corretora de uma carga
inadequada.
A tensão total para uma “carga de
equalização” de uma bateria de acumuladores
é sempre igual a:
n x Veq
onde:
n = nº de elementos da bateria
Veq=tensão de equalização por elemento
8.0 – Capacidade de uma Bateria
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A capacidade de uma bateria é medida

em amperes-hora. A unidade amperes-hora é
igual ao produto da corrente em amperes e o
tempo em horas durante as quais a bateria
proverá esta corrente. A unidade amperes-
hora varia inversamente com a descarga atual.
Por exemplo, uma bateria de 400 amperes-
hora entregará 400 amperes para uma hora ou
100 amperes durante quatro horas.
Baterias são avaliadas de acordo com
Figura 6 – Esquema de montagem de células em série
a taxa de descarga e a capacidade nominal em
amperes-hora. Todas as baterias standarts ADVERTÊNCIA: Quando conectadas
entregam 100 por cento da capacidade células em série, SEMPRE deve haver dois
disponível em 20 horas ou mais, mas eles terminais em aberto. Esses dois terminais
entregarão menos que a capacidade disponível devem ser conectados a cada lado de uma
se ela for imposta a descarregar mais carga. Caso contrário, se curto-circuitados
rapidamente. esses terminais, existe risco de dano físico ao
banco de bateria ou perigo até de explosão.
9.0 – Baterias como fonte de energia
Uma bateria é uma fonte de tensão que 9.2 - Células Conectadas em Paralelo
usa ação química para produzir uma tensão. O Assuma que uma carga elétrica requer
termo "bateria" é aplicado freqüentemente a só 1.5 volts, mas requererá 1/2 ampere de
uma única célula, como essas baterias corrente. (Assume que uma única célula só
usualmente utilizadas em lanternas, controles pode prover 1/8 ampere.) Para satisfazer esta
remotos. Em uma lanterna que usa uma exigência, as células são conectadas em
bateria de 1.5 volts, a bateria é uma única paralelo, como mostrado na figura 7 visão (A)
célula. Em muitos casos, um dispositivo e esquematicamente representada na visão
acionado por bateria requer uma tensão mais (B).
alta do que uma célula pode prover, ou uma
capacidade mais alta, ou, em alguns casos,
ambos. Células conectadas em série provêem
uma tensão mais alta, enquanto que células
conectadas em paralelo provêem uma
capacidade mais alta.

9.1 - Células Conectadas em Série

Assuma que uma carga requer 6 volts
e uma capacidade atual de 1/8 ampere. Sendo
que uma única célula normalmente provê uma
tensão de 1.5 volts, então precisamos de mais
de uma célula. Para obter a tensão mais alta,
conecta-se as células em série, como
mostrado na figura 6.
Figura 7 – Esquema de células em paralelo.
10.0 – Montagem do banco de baterias
As baterias devem receber atenção
especial uma vez que se tornam perigosas
quando são manuseadas, instaladas e operadas
inadequadamente.

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Assim sendo, é importantíssimo que se
esteja familiarizado com medidas de
segurança e as particularidades de cada
projeto e, como referência, pode-se consultar
a norma ANSI/IEEE std 937/1987 - práticas
recomendadas para instalação de baterias do
tipo chumbo ácida em sistemas fotovoltaicos.
A instalação das baterias deve ser
executada de acordo com as instruções
contidas no manual do fabricante e atendendo
os códigos e regulamentação local.
As baterias devem ser condicionadas
em local adequado, ou seja, em uma caixa ou
sala de fácil acesso (somente para pessoas
autorizadas), seguro para manutenção,
protegidos de variações extremas de
temperatura (recomenda-se que a temperatura
local esteja entre 20 e 25ºC) e com ventilação
adequada que, caso este cuidado não seja
tomado, existe sério risco de explosão devido
aos gases emanados pela bateria durante sua
recarga.
A caixa deve ser construída
preferencialmente em material não condutivo,
resistente ao ácido, e resistente
mecanicamente a impactos.
A montagem das baterias não deve ser
feita diretamente sobre o piso de concreto,
pois, isto minimiza os efeitos da auto-
descarga ocasionada pela umidade do mesmo.
Outras considerações na montagem
das baterias tais como, estarem totalmente
carregadas, serem instaladas próximas dos
painéis solares (minimizar perdas),
interligações entre baterias com cabos de
mesmo comprimento e fiação cruzada,
atenção com as polaridades para não invertê-
las ou curto-circuitá-la, proteger os pólos
evitando a sua oxidação e etc, devem ser
tomadas.
11.0 - Banco de Baterias Inteligente
A grande novidade da atualidade é o
Banco de Baterias Inteligente. O equipamento
controla as baterias utilizadas nos no-breaks,
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sinalizando o seu estado, inclusive avisando
quando sua vida útil está chegando ao fim.
O ponto de partida do
desenvolvimento deste aparelho foi encontrar
uma solução para empresas que não podem
parar seus servidores e precisavam de uma
previsão para o término da vida útil de suas
baterias. Essa é uma garantia de segurança e
tranqüilidade para os usuários.
Outra grande vantagem do Banco de
Baterias Inteligente é a possibilidade de
realizar testes nas baterias sem a necessidade
de desligar o no-break, ou seja, não é preciso
exigirmos descarga no banco de baterias para
que sejam efetuados os testes. Além disso,
outro importante benefício é que o Banco de
Baterias Inteligente pode ser instalado em
qualquer no-break, independentemente do
fabricante, possibilitando sua atuação em
qualquer sistema de alimentação de energia
ininterrupta.
Figura 8-Banco de baterias
11.1 – Principais vantagens de ter um
Banco de Baterias Inteligente
Segurança e tranqüilidade. Como você
poderá monitorar o estado das baterias em
períodos pré-programados, terá condições de
acompanhar o desempenho do no-break e do
banco de baterias;
Fácil instalação e operação. Apresenta
display de cristal líquido e memória RAM
não-volátil, na qual são armazenados os
resultados dos últimos testes.
Conforto e agilidade.
Versatilidade. Pode ser instalado em
conjunto com qualquer No-break.

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12.0 – Dimensionamento de Banco de
Bateria Para Sistema Ininterrupto de
Energia
12.1 - Analisando e Obtendo os dados do
Sistema
Existem formas diferentes para o
cálculo e dimensionamento de um banco de
baterias para um Sistema Ininterrupto de
Energia, mas em primeiro lugar é necessário
obter todos os dados do Sistema e da
criticidade da aplicação / consumidor.
12.1.1 Dados do Sistema
De um fabricante de Sistema para
outro, existem diferenças importantes que
afetam os cálculos de dimensionamento das
baterias, como por exemplo a quantidade de
elementos interligados em série e
que determinam a tensão do barramento CC
do equipamento.
Os principais dados do Sistema para o
cálculo e dimensionamento do banco de
baterias são:
Potência Aparente de Saída do Sistema de
Potência Ininterrupto (VA)
Fator de Potência de Saída do Sistema (fp)
Rendimento do Inversor (η inv)
Número de elementos interligados em série
(n)
12.1.2 Cálculo da Potência Ativa por
Elemento de Bateria
Levando-se em consideração que em
um UPS (Sistemas Ininterruptos de Energia),
a descarga da bateria ocorre com potência
constante, este passa a ser o método mais
recomendado para otimizar o atendendo plenamente as necessidades do
dimensionamento do banco.
onde:
(Pap) Potência Aparente de Saída
(VA)
(η inv) Rendimento do Inversor
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(fp) Fator de Potência de Saída
(n) Número de elementos
12.2 - Dados de criticidade
O nível de criticidade é determinado
através de uma análise das necessidades do
consumidor, e
também, da infra-estrutura e qualidade
da energia da instalação.
Em resumo, podemos classificar o
nível de criticidade em:
Alta: quando o consumidor necessita
de 100% de confiabilidade e disponibilidade
de energia.
Média: quando o consumidor
necessita de 100% de confiabilidade de
qualidade de energia (energia condicionada),
porém pode ser interrompido, desde que seja
de uma forma programada.
Baixa: quando o consumidor necessita
apenas de confiabilidade na qualidade de
energia (energia
condicionada), porém não sofre e nem gera
prejuízos com as interrupções prolongadas de
energia. Este é um caso típico de consumidor
sensível a variações da má qualidade de
energia, tais como, micro interrupções,
transitórios e oscilações da energia, entre
outros.
12.3 Escolhendo o tipo de bateria em
função da criticidade
Atualmente, a tendência Mundial,
pelas suas características técnicas e
mecânicas, é a utilização de baterias reguladas
à válvula (VRLA), que simplificam muito as
instalações e manutenções, reduzindo custos e
UPS. As VRLAs são estruturadas em 4
grupos.
Mais de 10 anos - High Integrity
(telecomunicações, Usinas de Energia
convencional e nuclear, Indústria de
Petróleo).
10 anos - High Performance - As
exigências para desempenho e segurança, em

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alguns casos, não são tão severos para esse
caso.
5 a 8 anos - General Purpose - Em
alguns casos, os critérios para exigências de
segurança não são tão rigorosos.
3 a 5 anos - Standard Comercial - Esse
grupo de baterias é geralmente indicado para
aplicações de baixa criticidade e uso geral,
onde as exigências de segurança e
confiabilidade não são determinantes.
12.4 Dimensionamento passo a passo
Após estudadas e definidas todas as
etapas anteriores, é possível apresentarmos
um exemplo de cálculo e dimensionamento.
12.4.1 Dados do Sistema
Potência Aparente de Saída , Pap=
100kVA
Rendimento do Inversor, η inv = 93%
Fator de Potência de Saída , fp = 0,8
Número de elementos, n = 240
12.4.2 Cálculo da potência por elemento
12.4.3 Dados de Criticidade
Aplicação em um Sistema de Potência
Ininterrupto para uma sala cirúrgica (UTI),
onde requer 100% de disponibilidade de
qualidade e continuidade de energia, portanto
é uma aplicação de criticidade
Alta. Desta forma, é indicado a utilização de
uma bateria de Alta Integridade, para uma
autonomia de
5 horas, com 1 nível de redundância.
Como a infra-estrutura tem Grupo
Motor Gerador para as ausências de energia
da concessionária, a redundância pode ser
feita dividindo o banco de baterias em dois,
onde cada um terá a autonomia de 2,5 horas
quando isolados, mas em condições normais
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serão descarregados em 5 horas com metade
da potência.
Portanto, deve ser considerado: Pat =
358,4 / 2 = 179,2 W/elemento
12.4.4 Dimensionando a Capacidade da
Bateria
Calculada a potência ativa por
elemento e determinado a autonomia e tipo de
bateria necessária, pode-se dimensionar a
capacidade da bateria cruzando estas
informações com as especificações dos
fabricantes das baterias, conforme segue:
Adotando a Curva de Descarga da
Bateria abaixo, em W/elemento, de um
fabricante tradicional do Mercado, modelos
de Alta Integridade (figura 9).
Para a coluna de 5 horas, observamos
que a bateria de 2Vcc 600Ah tem condições
de fornecer 226
W/elemento, até uma tensão final de descarga
de 1,75Vcc. Como, pelos cálculos,
necessitamos de
apenas 179,2 W/elemento, este modelo atende
com muita segurança.
Observamos, que o UPS deverá ser
configurado para uma tensão final de
descarga de 1,75Vcc por elemento, mesmo
tendo condições de funcionar em valores
menores, pois pelas recomendações do
fabricante da bateria, este é o valor mínimo
que o elemento pode atingir, para estas
condições de uso, sem prejudicar sua vida
útil. Fica claro, pela tabela de descarga, que
para autonomias menores, a profundidade de
descarga pode ser maior, e isto varia de um
modelo para outro, de bateria.

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Figura 9 – Ratings in kilowatts at 77F (25ºC) (per cell)
13.0 Conclusão
Para o exemplo apresentado, o
resultado do dimensionamento é a utilização
de 2 bancos em paralelo, da bateria
estacionária regulada à válvula, de 2Vcc
600Ah, cuja autonomia inicial será maior que
5 horas.
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Para o dimensionamento do banco de
baterias, é necessário conhecer bem as
necessidades do
consumidor, as características do UPS e os
tipos e características das baterias.
O trabalho aqui apresentado, é uma
maneira simples e prática para o
dimensionamento das baterias,
mas quanto mais complexo e crítico for o
UPS, o melhor é recorrer aos profissionais
especializados
dos fabricantes e distribuidores de
equipamentos e baterias.
14.0 Bibliografia
-http://www.inovacaotecnologica.com.br
- Dimensionamento de bateria para sistema
ininterrupto de energia. - Eng° Walter Sidnei
Soares
- www.google.com.br