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DEPRESSÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Diagramação e Arte:
Junio Amaro

ISMAEL SOBRINHO
Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução e compartilhamento, ainda que parcial, sem
autorização prévia (Lei 9.610/98)
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Sumário

DEPRESSÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES...................................................... 5


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DEPRESSÃO EM
CRIANÇAS E
ADOLESCENTES

A depressão em crianças e adolescentes tem sido


cada vez mais diagnosticada. Estima-se que em torno
de 2% das crianças e 10% dos adolescentes apresentem
sintomas depressivos significativos.

Um quarto dos adultos referem que tiveram os


primeiros sintomas de depressão antes dos dezoito
anos. Apesar disso, a depressão nas crianças e
adolescentes costuma ser negligenciada e não tratada.
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Infelizmente, a taxa de suicídio em crianças e


adolescentes tem aumentado muito nos últimos anos.
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A depressão prejudica o desenvolvimento escolar,


afetivo e relacional das crianças, trazendo sequelas
que podem persistir por toda a vida.
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Em relação aos fatores de risco, normalmente


a depressão na infância e na adolescência esta
relacionada a fatores genéticos ou estresse emocional
vivenciado pela criança.
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Em crianças pré-escolares (até sete anos) os


sintomas mais comuns são as queixas físicas. É
comum sentir dores frequentes e inespecíficas (como
dor de cabeça e dor de barriga). Em 70% dos casos de
depressão nessa faixa etária as crianças manifestam
queixas físicas de fundo emocional. Outros sintomas
comuns nessa faixa etária são perda de prazer em
brincar e ir à escola, ansiedade, retraimento social,
hiperatividade, irritabilidade, perda de apetite e
dificuldades para dormir.
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Em crianças escolares (entre sete até dez anos de


idade) a tristeza já é mais verbalizada e é comum a
criança referir esse sentimento, além de irritabilidade
e tédio. Nessa idade já é comum choro fácil,
desânimo, isolamento dos amigos e dificuldades de
aprendizagem escolar. Podem ocorrer dificuldades
de concentração, aumento da ansiedade e, em alguns
casos, a criança passa a manifestar desejo de morrer.
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A baixa autoestima pode ser um dos primeiros sinais


de depressão nessa idade, bem como a dificuldade de
relacionamentos com amigos e familiares. É comum
a criança dizer que os colegas não gostam dela ou que
não tem amigos. As queixas somáticas (dores) já são
menos frequentes nesta faixa etária.

Em escolares e pré-escolares é muito importante


que os pais observem as informações fornecidas
pela escola e sejam mais atentos a mudanças de
comportamento dos filhos. Pela dificuldade de
verbalizar, é muito difícil que a própria criança
expresse de maneira adequada os sintomas.
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A depressão em adolescentes apresenta sintomas


muito parecidos com a depressão de adultos.
Entretanto, o quadro traz algumas particularidades.
Os adolescentes com depressão nem sempre estão
tristes. Podem ficar irritados, instáveis, com crises
de agressividade e raiva. O que normalmente é
visto como rebeldia pode ser o início de sintomas
depressivos.

Adolescentes deprimidos podem abusar de álcool,


drogas, ter baixa autoestima, insônia, perda de peso
e, em alguns casos, podem machucar a eles mesmos
(cortar os braços com lâminas ou objetos cortantes).
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Em casos mais intensos, o humor se torna deprimido


a maior parte do tempo, surgindo um quadro muito
parecido com o de adultos.

Adolescentes têm um risco alto de suicídio. Dessa


forma, todo relato de pensamentos de morte não deve
ser visto como manipulação ou tentativa de chamar a
atenção, mas como algo importante e que demanda
cuidados médicos e psicológicos. Sentimentos
também comuns são o medo, desesperança, culpa,
isolamento e problemas graves de comportamento.

As causas da depressão em crianças e adolescentes


são genéticas e psicossociais. Normalmente crianças
com depressão grave apresentam história de depressão
na família. Ter um dos pais com depressão aumenta
o risco de uma criança ter depressão em três vezes.
Histórico de abuso físico, sexual, emocional, bullying,
morte dos pais, amigos ou familiares aumentam o
risco de depressão infantil.

É comum crianças com depressão apresentarem


outros problemas emocionais como transtorno
de pânico, transtorno de ansiedade generalizada e
transtorno obsessivo compulsivo. Quanto mais cedo
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se inicia o tratamento, melhor é a resposta clínica e a


evolução, evitando-se sequelas comportamentais.
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