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Introdução

O tema liderança nos dias atuais tem um forte apelo tanto aos que lideram,
como àqueles que são liderados. Livros, artigos, teses acadêmicas querem e tentam
descrever de diversas maneiras e formas o modelo ideal do líder do século XXI.

Mas como encontrar esse líder? Como posso identificá-lo e me tornar um


verdadeiro líder?

Todo indivíduo pode ser tornar um grande líder, treinamento certo é o


caminho mais eficaz para o se alcançar o êxito. As organizações podem e devem
formar e desenvolver novos líderes, a base para isso é a formação e capacitação
desse pessoal dentro do meio em que se está atuando.

Vivemos hoje os novos tempos. O futuro chegou. E é necessário para que


tenhamos boa administração em toda e qualquer organização e para isso
precisamos formar, bons líderes. Liderar não é apenas questão de status ou usufruir
dos benefícios de um cargo ou função com finalidades próprias. Liderança vai muito
mais além e iniciando essa caminhada, podemos dizer entre tantas outras definições
que;

Liderar é ajudar as pessoas a desenvolverem o seu potencial.

A máxima de um verdadeiro líder está em ajudar as pessoas, nesse caso


seus liderados a desenvolverem o máximo de seu potencial.

O verdadeiro líder estará sempre buscando aumentar o seu conhecimento e


então através de várias abordagens e técnicas, usará o conhecimento acadêmico e
também o conhecimento empírico para conduzir seus liderados a novos níveis.

No entanto essa não é uma tarefa fácil, exigirá do líder uma conduta
exemplar, dedicação, tempo e acima de tudo terá que conquistar a confiança
daqueles a quem está ministrando.

Nos dias hodiernos está provado que palavras tem poder para convencer,
mas o exemplo é poderoso para arrastar.

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Na desenvoltura dessa pesquisa trataremos de outros aspectos concernentes
à liderança que abrirão nosso horizonte e irão nos nortear nesse assunto. Contudo
nessa fase introdutória, onde estamos expondo a plataforma por onde
caminharemos nessa pesquisa, temos como maior exemplo e base sólida, a
liderança de Jesus.

Cristo exerceu durante três anos o seu ministério aqui na terra e durante esse
tempo Ele formou grandes líderes. O material humano usado por Ele não era dos
melhores. Ele pegou homens simples, indoutos, incautos, sisudos e até truculentos,
porém com muito treinamento e habilidade, Jesus os transformou e apóstolos.
Homens que deram continuidade à sua visão, foram seus sucessores. Sobre isso
falaremos mais à frente.

Mas a prova de que o método de liderança de Jesus é eficaz está em que Ele
começa sua igreja com apenas doze e hoje dois mil anos depois, sua igreja
compreende milhares e milhares de pessoas, como podemos ver no mundo inteiro.

O objetivo dessa obra não é esgotar o assunto liderança, mas trazer à tona
um tema altamente relevante e atual para os nossos dias, como se propõe o tema
dessa obra. Quando citamos liderança estamos nos referindo à todos que em seus
ambientes de trabalho, igreja, etc, independente do segmento tem sobre seus
ombros o privilégio de ser um líder ou ser liderado, na maioria das vezes as duas ao
mesmo tempo.

Portanto, podemos afirmar de forma concisa e sólida que o objetivo dessa


pesquisa é dar ferramentas aos líderes para que possam minimizar seus desgastes
físicos, emocionais, espirituais e familiares etc. Afirmando que a liderança é um dom
que está intrínseco dentro de cada ser humano e precisa ser ativado e trabalhado
dia após dia.

Entenderemos também que ordenação e a unção não capacita ninguém a ser


um verdadeiro Líder. A unção não faz de você um líder.

Verdadeiros líderes precisam de treinamento. Jesus treinou trinta anos pra


exercer um ministério de três anos. O primeiro Adão nasceu adulto e quando foi para
o seu primeiro teste, ele falhou, foi desqualificado. O segundo Adão (Jesus) foi

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treinado. Nasceu, aprendeu a andar, a falar, escrever, comer, foi para o deserto e no
seu primeiro teste foi aprovado.

O treinamento prepara os líderes e a unção os capacita. Então é sobre isso


que iremos discorrer nesse trabalho, trazendo assim alguns esclarecimentos que
nos facilitará para uma liderança mais eficaz.

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1. LIDERANÇA
1.1 Definindo Liderança

Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem


entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio
da força do caráter.

Para darmos início ao assunto liderança, primeiramente torna-se necessário


defini-la para que possamos nos ambientar e assim teremos consciência daquilo que
estamos tratando.

Queremos deixar bem claro que orçamento, organização, relatórios,


desenvolvimento de estratégias e várias outras coisas que fazemos, tudo isso é
gerenciamento.

Liderança é quem somos. “Assim como não podemos confundir tesoureiro


com secretário de finanças. ”

Podemos afirmar é claro que, liderar não é gerenciar. Sabemos de dezenas


de casos e exemplos de gerentes que quando vão fazer algum tipo de treinamento
de liderança, sua visão é sempre egocêntrica buscando apenas o resultado final.
Não conseguem enxergar nas pessoas potencial e nem talento para que de alguma
forma elas possam ser trabalhadas e assim desenvolverem e produzirem frutos para
que suas empresas ou organizações possam avançar por meio do talento desses
indivíduos. Fato é que existem excelentes gerentes que que sucumbiram,
naufragaram quando se viram diante da tarefa de liderar pessoas, inspirando-as a
fazerem grandes coisas. Não podemos negar também que o inverso é verdadeiro.
Muitos líderes de excelência sairiam como péssimos gerentes, porque o modelo de
gerente atual é centralizador e autoritário. Pensa-se num indivíduo que sabe de
todas as respostas, consegue resolver todos os problemas e acima de tudo, tem o
controle de todas as coisas. Com certeza isso é fake .

Liderança não é ser chefe. Não podemos confundir os altos cargos de chefia
com verdadeira liderança. Infelizmente ainda nos dias hodiernos confundimos bons
profissionais com bons líderes. Existem hoje grandes visionários, com estratégias
refinadas, gurus organizacionais e gênios táticos como coaching que no mercado

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está em alta, esses possuem importantes habilidades gerenciais, mas tem pouca ou
nenhuma relação com a arte de liderar e de influenciar pessoas a darem o melhor de
si.

Não é preciso ter um cargo de chefia ou uma patente hierarquicamente


importante para ser um líder e influenciar outras pessoas a terem mais entusiasmo,
mais empenho e mais disposição, enfim, para se tornarem o melhor que podem ser.

Há mais de vinte anos faço parte de uma organização religiosa e em um


passado não tão distante o que vi foi que tínhamos líderes que eram verdadeiros
coronéis, chefes como os citados acima, que controlavam tudo de seus liderados.
Controlavam as finanças, as pessoas, suas itinerárias, queriam ter o controle total
sobre seus liderados. Somente a palavra deles é que estava certa. Desculpe a
redundância, mas graças a Deus que esse passado ficou para trás e hoje
conseguimos respirar ares de mudança. Não que esses ditos coronéis ou chefes,
como citado anteriormente agiam por má fé ou falta de caráter, mas acredito que por
falta de conhecimento mesmo. E hoje nos dias atuais temos contemplado os ares da
mudança, uma geração de líderes que Deus tem levantado e os levado ao
entendimento de que o treinamento é necessário. E a resposta a esse apelo é que
na mesma organização da qual faço parte, vejo homens e mulheres nas faculdades,
nos cursos técnicos, se pós-graduando, mestrando, doutorando, enfim, buscando
ferramentas para servirem melhor e ajudarem os seus liderados a serem pessoas
melhores.

1.2 Desafio de exercer uma liderança eficaz

Quando o assunto liderança é tratado dentro de uma perspectiva raza e


superficial, poderemos ficar sem entender de fato o propósito original do tema e
acabaremos aprisionados numa cosmovisão medíocre e inoperante. Nada funciona
sem liderança. Em todos os seguimentos da sociedade, para tudo que se faz ou se
almeja realizar é necessário que haja liderança. Nenhuma organização funcionará
sem liderança, ainda que essa seja ineficaz e esteja a caminho do caos é necessário
que haja a figura de um líder, mesmo que esse momentaneamente não esteja

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desempenhando sua função corretamente. Liderar na etimologia da palavra,
significa “ter ou estar na posição de líder”, e líder é aquele que representa um grupo
determinado.

Hoje nos pós modernidade, as pessoas no mundo inteiro têm sofrido por
estarem sob o governo de maus líderes. As nações têm vivido dias de incertezas e
inseguranças, fomes, desemprego, falta de saneamento básico, atendimento
médico-hospitalar etc. Todo esse cenário global caótico que estamos vivenciando,
podemos afirmar que por parte se dá por estarmos sob a gerência de maus líderes.
Pessoas que não passaram por um treinamento de liderança eficaz e na ânsia de
ocupar um cargo ou função que irá massagear seu ego e saciar sua ganância, irão
tomar posse ou serão consagrados para tal função estando totalmente
despreparados para tal. Infelizmente ou quase sempre esse governo levará as
pessoas ou comunidade em que estão liderando à ruína. Devemos também salientar
que nem sempre a ruína e fracasso a que se levou esse grupo, foi premeditado,
trata-se de falta de treinamento, ausência de ferramentas certas para se lidar com as
adversidades e revezes que a liderança naturalmente enfrenta no seu cotidiano.

Em seu livro; Como se tornar um líder servidor. O autor James Hunter, faz
uma série de comentários e observações e com muita sensibilidade e clareza
consegue nortear de forma serena e lúcida o leitor sobre os princípios básicos do
cristianismo, para todo aquele que almeja se equipar para exercer ou já esteja
exercendo o dom de liderança.

Verdadeiros líderes precisam todos os dias melhorar em alguma área de suas


vidas e estão sempre buscando o crescimento e reconhecem que aprender nunca é
demais. Líderes precisam aprender a lidar com o poder. Existe um adágio que diz:
“Quer conhecer um homem dê-lhe poder, quer conhecê-lo verdadeiramente tira-lhe
esse poder. ”

Autoridade e poder são atributos de um verdadeiro líder, porém é preciso ter


muito tato e sensibilidade ao lidarmos com esses atributos, para que não incorramos
no erro de fazermos da autoridade um autoritarismo e por consequência uma
ditadura, gerando opressão e assim subjugarmos o grupo ou comunidade sob um
fardo pesado, resultando em tragédia e ruína para ambos.
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Para uma liderança eficaz precisaremos diariamente observar vários fatores
externos e internos, ao nosso redor, no ambiente onde estamos exercendo a
liderança e também interiormente, dentro dos nossos corações. Existe uma frase, de
autoria desconhecida que diz: “Sirva com o coração de um rei e reine com o coração
de um servo. ”

Verdadeiramente essa precisa ser a mentalidade dos verdadeiros líderes.


Esse foi um dos princípios que Jesus nos deu, como está descrito em Filipenses
capítulo 2 versículos 3 ao 11, que diz:

3. Nada façais por rivalidade nem por vaidade; pelo contrário, cada um
considere, com toda a humildade, as demais pessoas superiores a si
mesmo. 4. Cada um zele, não apenas por seus próprios interesses, mas
igualmente pelos interesses dos outros. 5. Tende em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6. o qual, tendo
plenamente a natureza de Deus, não reivindicou o ser igual a Deus, 7. mas,
pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo plenamente a forma de
servo e tornando-se semelhante aos seres humanos. 8. Assim, na forma de
homem, humilhou-se a si mesmo, entregando-se à obediência até a morte,
e morte de cruz. 9. Por isso, Deus também o exaltou sobremaneira à mais
elevada posição e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome;
10. para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos
céus, na terra e debaixo da terra, 11. e toda a língua confesse que Jesus
Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Nessa narrativa do apóstolo Paulo aos irmãos da igreja que estava em


Felipos, fica claro a mensagem de Paulo e precisamos tomar esse nobre exemplo e
praticá-lo também. Aqui o apóstolo afirma que Jesus se esvaziou, Ele era Deus e o
próprio Deus visando atingir os objetivos comuns, inspirar confiança, trabalhar o
entusiasmo e reforçar o caráter, se esvaziou assumindo forma de servo. O próprio
Deus, Senhor e dominador de todas as coisas, desce à terra para servir à
humanidade. Que lindo exemplo!!!

A liderança para ser eficaz precisa ser seguida de exemplos; por mais que o
líder fale, dê palestras, use todas as técnicas possíveis e existentes, nada substitui o
exemplo. Precisamos sempre ter em mente como dizia um sábio chinês “que as
palavras convencem, mas o exemplo arrasta”.

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A liderança eficaz também precisa estar firmada em valores insubstituíveis e
atemporais, como o amor, a responsabilidade e o caráter.

Para ser um líder eficaz acima de tudo precisamos amar as pessoas, amar o
desempenho das pessoas, enxergar o potencial delas e fazê-las enxergar o que
nem elas próprias veem.

1.3 Desafio de desatar as pessoas

Verdadeiros líderes estão sempre buscando o crescimento dos seus


liderados. Eles querem desatar essas pessoas para que elas possam gozar de tudo
aquilo que lhes está proposto. Desatar pessoas não é somente lançar essas
pessoas no mar da vida, mas sim prepará-las, dar estrutura, física, emocional e
espiritual para que elas avancem de maneira correta, sempre firmadas em alicerce
sólido.

Vivemos dias em que o homem está à procura de reconhecimento isso é fato!


Tudo que se faz, a tônica é sempre o eu. O egocentrismo aflorado se revela na
redes sociais em busca dos likes.

Quanto mais nossas fotos e postagens forem curtidas ou visualizadas, melhor


nos tornamos. Quanto maior o número de seguidores, sinal de que somos figura
pública e nos convencemos de que, nosso status no perfil das redes sociais, nos
fará pessoas bem quistas.

Na verdade estamos nos referindo a pessoas rasas e sem conteúdo, olhando


para os seus próprios umbigos, dando voltas em torno de si mesmas e no mais
longe que irão chegar, será no vazio de si mesmas e de suas vãs maneira de viver.

Mas sem falar nos vícios digitais, das prisões das redes sociais, também
estão sobre nosso ciclo de liderados, pessoas cativas nas drogas, pornografia,
álcool, depressão, opressão, conflitos conjugais, traumas familiares e muitas outras
mazelas e a função do verdadeiro líder é desatar essas pessoas.

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Colocá-las novamente em seu desígnio original, para que possam viver a
plenitude do propósito de Deus para suas vidas. E isso não é uma tarefa das mais
fáceis.

Em seu livro; As doze leis da liderança; John Maxuel, fala sobre a lei da
tampa. “Líderes ineficazes que se colocam como impedimento para o crescimento
dos outros, são verdadeiras tampas que impedem os seus liderados de avançar e de
crescerem.” Não deixam que eles desatem e avancem para o próximo nível.

Verdadeiros líderes tem o poder de desatar as pessoas, são verdadeiras


bússolas que orientam, cuidam e fazem com que sua equipe, família, igreja ou
organização cresça, desatem, avancem, rompam seus limites e vivam tudo aquilo
que lhes está preparado no presente e no futuro.

Para desatar as pessoas, em alguns casos, teremos que colocá-las e testá-


las sobre pressão, elas terão que vencer seus medos, superar seus limites e confiar
integralmente em seus líderes.

Fato é que sobre pressão, nos momentos de adversidade, quando o dia mal
se apresenta, é bem verdade que o medo tenta se apoderar de nós. Nesse
momento precisamos ter muita coragem e confiar incondicionalmente naqueles que
estão nos forjando.

Podemos citar a passagem do evangelho de Mateus capítulo 14. 28-32:

Ao que Pedro exclamou: “Senhor! Se és tu, manda-me ir ao teu encontro


por sobre as águas”. 29. Então Jesus lhe responde: “Vem!” E Pedro,
deixando o barco, andou por sobre as águas e foi na direção de Jesus. 30.
Todavia, reparando na força do vento, teve medo, e começando a afundar,
gritou: “Senhor! Salva-me!” 31. Jesus estendeu imediatamente a mão,
segurou-o e lhe disse: “Homem de pequena fé, por que duvidaste?” 32.
Assim que ambos entraram no barco, cessou o vento.”

Naquele momento Jesus estava testando seus liderados por meio de uma
grande tempestade. Um vento forte soprava e o mar estava agitado. Então o
escolhido para avançar no teste foi Pedro e ele até começou muito bem, mas no
meio do caminho ele não confiou incondicionalmente no seu líder (Jesus), logo o
que aconteceu seria inevitável, Pedro começara a afundar. O medo tomou conta
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daquela situação, fazendo aquele discípulo perder o foco. Porém Pedro não perdeu
a confiança em seu líder, pois quando este lhe estendeu a mão, ele entendeu que
ainda não estava pronto para aquela fase, mas que continuou segurando na mão do
seu líder e com ELE retornou à embarcação.

Também Jesus como um verdadeiro líder, deu uma tarefa para Pedro e ficou
bem pertinho, pois uma vez a que a tarefa não fosse cumprida com êxito ELE estaria
ali para garantir que seu liderado não iria morrer afogado.

Verdadeiros líderes são assim como Jesus, eles distribuem as tarefas, mas
depois ficam bem de perto acompanhando, para ver se está indo tudo bem. Caso
não esteja eles entram em cena, redirecionam suas equipes, mas nunca impedem
de que eles cresçam.

Que sejamos assim; Líderes que desatam e jamais impeçamos o crescimento


dos nossos liderados.

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2. O DESAFIO DE SER UM LÍDER VISIONÁRIO

Durante toda a história da humanidade sempre destacaram pessoas que


muitas vezes não eram compreendidas, porque conseguiam enxergar algo, onde
ninguém mais conseguia. Isso a princípio já as isolava, porém essa percepção
diferenciada e minuciosa acerca de algo, futuramente seria um bem comum para
toda a comunidade em que esse indivíduo estava inserido. Todavia esse indivíduo
enfrentava a barreira do tempo. Porque até que suas perspectivas a respeito de algo
se consolidassem, ele enfrentaria não poucas críticas, seria desacreditado e taxado
até mesmo com insanidade mental.

Sem contar as inúmeras vezes em que, até que suas percepções a respeito
de algo, virassem convicções, suas convicções em experiências e suas experiências
em algo visível, concreto e convincente, esse indivíduo iria percorrer um longo e
doloroso caminho.

Fatos dessa natureza acontecem também na vida de um verdadeiro líder.

O verdadeiro líder ele é um visionário.

Um visionário se define por aquele que acredita em ver além do natural. Um


sonhador, um projetista, que acredita em algo de forma muito intensa e só descansa
quando vê seus sonhos e projetos concluídos. Não podemos omitir é claro que, no
caminho da visão e da construção, várias vezes falharemos. Caçadores profissionais
afirmam que, um leão quando sai a procura de sua caça, ele naturalmente falha de
sete a oito vezes, das dez vezes em que investiu contra sua vítima.

O aviador Santos Dummont, finalizou e alçou vôo com o seu projeto 14Bis,
somente após os outros treze não terem alcançado êxito. Não podemos deixar de
registrar que na jornada de um verdadeiro líder, os revezes se levantaram, várias
dificuldades e indisposições de várias naturezas, tentaram ofuscar a sua visão. Mas
o verdadeiro líder sempre será apaixonado pela visão. Todo líder de excelência tem
uma visão e quando ele consegue implantar a visão no coração de seus liderados,
logo os projetos serão concluídos porque nada pode parar a visão.

No início dos anos dois mil, havia no Oriente, mais exatamente na região do
Paquistão um líder rebelde chamado Bin Laden. Esse homem dominava toda a
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região montanhosa do Afeganistão, Paquistão e todo o entorno e por onde ele
passava, além de espalhar o terror ele arrebanhava muitos seguidores. Bin Laden
construiu um exército de guerrilheiros e lhes deu uma visão, o terrorismo. Sua maior
conquista através da implantação de sua visão foi convencer seus liderados, a
sequestrarem várias aeronaves americanas e a lançarem essas aeronaves sobre
diversos alvos americanos, provocando assim a morte de centenas de pessoas.
Meses depois o exército dos (EUA) decide então por fim à vida de Bin Laden para
assim banirem o terrorismo naquele local. Mataram Bin Laden, mas o terrorismo
continua vivo. Porque o terrorismo é uma visão. E não se pode matar uma visão.
Líderes visionários, ainda que eles morram, sua visão continua.

Há uma passagem descrita em Genesis 11. 1-8.

1. Em todo o mundo, as pessoas se serviam de uma mesma língua, e de


uma única maneira de falar.2. Quando os seres humanos emigraram para o
Oriente, encontraram uma planície em Sinear e ali se estabeleceram.
3. Combinaram uns com os outros: “Vinde! Façamos tijolos e cozamo-los ao
fogo!” O tijolo lhes serviu de pedra e o betume de argamassa.
4. E decidiram mais: “Vinde! Construamos uma cidade e uma torre cujo
ápice penetre nos céus! Dessa forma, nosso nome será honrado por todos
e jamais seremos dispersos pela face da terra!”.
5. O SENHOR desceu para observar a cidade e a torre que os homens
estavam erguendo.
6. Então declarou o SENHOR: “Eis que a humanidade se constitui em um
só povo e falam todos a mesma língua, e essa construção é apenas o início
de suas iniciativas! Em breve nada poderá impedi-los de realizar o que
quiserem!
7. Portanto, vinde! Desçamos! Confundamos a linguagem dos seres
humanos, a fim de que não mais se entendam uns com os outros!”.
8. E foi dessa maneira que o SENHOR os espalhou dali por toda a terra, e
pararam de erguer a cidade.
9. Por isso ficou conhecida como Babel, porquanto ali o SENHOR confundiu
a língua de todo o mundo. E, assim, desde a Babilônia, o SENHOR
dispersou a humanidade sobre a face da terra.

No início da construção o povo tem apenas uma visão e as coisas andam de


vento em popa. Há uma liderança no controle, há uma construção alta, estruturada e
imponente sendo erguida. Mas de repente eles não conseguem mais se entender,
não estão olhando mais na mesma direção. Agora o cenário é que existem várias
visões.

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A visão original foi fragmentada, segmentada, reduzida a frações. Então logo,
como vemos no texto acima o projeto é parado, a obra é encerrada e a visão acaba
se apagando.

Ao contrário do exemplo de Bin Laden que citamos acima, agora a narrativa


bíblica nos ensina que por haverem vários pontos de vista, por haverem duas ou
mais visões acerca de um determinado projeto, o que se viu foi que a obra parou.

Líderes visionários precisam estar convictos de seus projetos e sonhos.


Mesmo entendendo que ser visionário não é ser autoritário. Numa liderança de
excelência autoritarismo não tem vez e nunca terá. O que estamos afirmando é que
quando a visão nasce no coração de um líder, esse líder precisa acender a chama
da visão nos corações dos seus liderados. A partir desse ponto, quando os liderados
entenderem e enxergarem a visão e se apaixonarem por ela também, então só irão
parar quando tiver concluído a visão.

Jesus durante o seu ministério, sempre pregou a visão do Reino.

Ainda que entendamos e precisamos de nos reunir em templos e passarmos


momentos de comunhão e adoração juntos, como uma grande família. Todavia
Jesus não dava ênfase à implantação de igrejas, mas sim implantação do Reino do
céu. Hoje mais de dois mil anos depois da morte e ressureição de Jesus, através da
bíblia, o cristianismo segue vivo e forte nos corações dos seus liderados sobre toda
a terra, porque a visão de Jesus continua a mesma.

A visão de Jesus concernente a qualquer tema que o homem tenha dúvidas,


Ele deixou nas escrituras, por isso a importância da visão na liderança.

2.1 Termômetro ou termostato

Que a arte de liderar no século XXI não é uma tarefa fácil, isso nós já
podemos constatar. Exercer uma verdadeira liderança no cenário atual exigirá de
nós, muito mais do que palavras. Será necessário estarmos impregnados com essa
visão de que vale a pena investir em pessoas e auxiliar nesse processo para que
elas se tornem melhores do que antes. O verdadeiro líder terá que abrir mão de

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horas de lazer, sono, terá que investir tempo e às vezes até recursos financeiros
para que sua equipe, empresa, igreja possam alcançar e concluir suas metas
estabelecidas através da visão.

Liderança é processo evolutivo, prazeroso, mais que também exigirá bastante


do líder até que esse consiga desenvolver naturalmente todas as especificidades
para as quais está designado. Durante esse processo o verdadeiro líder irá
desenvolver hábitos que serão essenciais para sustento dessa nobre tarefa.

Como citamos acima um verdadeiro líder terá sempre o desafio de manter-se


focado em sua visão pessoal. Ele terá sempre que ser expoente da visão e nunca
permitir que alguém a roube ou que ela seja deturpada. Farão parte dos desafios da
liderança do século XXI, manter-se sempre proativo, saindo sempre na frente,
produzindo e interagindo com seu público alvo para que encontrem nele um exemplo
a ser seguido.

O líder moderno e atuante nesse presente século terá um grande desafio de


ser sempre termostato e nunca, jamais termômetro. É óbvio que encontraremos vez
em sempre um cenário de letargia, marasmo e desânimo incomuns ao nosso redor.
Na comunidade dos cristãos esses fatores são bastante corriqueiros. Volta e meia
nos deparamos com pessoas que estão pensando em desistir, convencidas de que
jogar a toalha, lançar mão do arado e olhar para trás, verdadeiramente lhes será a
melhor opção. E assim como o líder faz parte desse contexto e está diuturnamente
nesse ambiente, é bem provável que essa temperatura tende a envolvê-lo também.
Por isso é imprescindível que o verdadeiro líder tenha sempre seus objetivos em
mente, faça sempre uma leitura do ambiente ao chegar, procure sempre
compreender a causa e não o efeito. Somente assim, como muita sensibilidade e de
forma empática, conversando com as pessoas, poderá identificar os fatores que
estão causando essa disfunção no meio de seus liderados e poderá aplicar o
tratamento eficaz. Uma vez que o verdadeiro líder não é termômetro, não se
identifica e nem assume a temperatura do ambiente que lidera, ele automaticamente
se torna um termostato e tem por obrigação determinar a temperatura em que sua
organização, comunidade, pessoas que influencia ou está dando treinamento tem
que estar.

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Verdadeiros líderes são termostatos e não termômetros, eles não são
indicadores de temperaturas, mas são eles é quem ditam a temperatura.
Verdadeiros líderes não são influenciados porque eles são influenciadores,
formadores de opinião, conseguem derreter a dureza do coração das pessoas,
transformando corações congelados em água no estado de efervescência,
conseguem com muita maestria transformar as vidas da água para o vinho, fazendo
delas pessoas muito melhores do que antes.

2.2 Lealdade versus deslealdade

Durante a maratona da vida cristã, estaremos expostos a muitos desafios.


Fato esse que não ocorre apenas na vida cristã, mais enquanto vivermos teremos
que vencer desafios em diversas áreas de nossas vidas.

Seguimos então como verdadeiros líderes e nessa empreitada sabemos que


influenciar pessoas não é uma tarefa das mais fáceis.

Como líderes teremos o desafio de lidar com pessoas e os seus problemas.


E sempre dentro de nós surgirá aquela dúvida; será que fui benigno demais ou
áspero demais ao lidar com os problemas dessa pessoa?

Penso, que como verdadeiros líderes cristãos, o caminho da benignidade será


sempre o mais viável, segundo os mandamentos de Jesus.

Escopo escreveu uma fábula na qual o vento e o sol discutiam sobre quem
seria o mais forte.

O vento perguntou ao sol: Você vê aquele senhor ali? Posso fazer com que
ele tire o casaco, mais rápido que você! O sol concordou em encontra-se
atrás de uma nuvem, enquanto o vento formava uma tempestade.
Entretanto com esta, o homem permaneceu exatamente no mesmo estado.
Na verdade, quanto mais o vento soprava, mais o indivíduo se protegia com
o próprio casaco. Então o vento cessou e sol reapareceu sorrindo
benignamente sobre ele. Pouco tempo depois, aquele senhor enxuga a
testa, tira o casaco e segue o seu caminho. O sol sabia o segredo; o calor
da cordialidade e da benignidade é sempre mais poderoso que a força e a
fúria. (Covey R. Stephen. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes)

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Semelhantemente, a pessoa de influência deve aprender a motivar os outros
mediante o calor humano. Uma das maiores marcas da liderança e uma das chaves
para desenvolver relacionamentos duradouros é a benignidade.

Ser simpático é importante, mas ser benigno é fundamental.

Se não exercermos a benignidade, fracassaremos diante desse desafio que


enfrentaremos agora, pois ele está muito latente no século vinte um, pois seremos
desafiados a identificar, tratar e erradicar no seio de nossa equipe, organização,
comunidade de fé, etc, àqueles que são leais e os desleais que estão entre nós.
Trataremos esses dois tipos de pessoas comuns em nosso meio, mas entendemos
que tanto um como o outro devem ser tratados com benignidade, mas sempre sem
perder a firmeza.

2.3 Formar sucessores, um grande desafio

Liderança sem sucessão é um fracasso. Uma das maiores frustrações na


carreira de um líder é quando ele apesar de não medir esforços para formar sua
equipe de liderança e depois de longo tempo de trabalho e investimentos, como
citamos anteriormente, esse líder tiver que se ausentar por meios naturais ou por
algum incidente e então ele não tiver um sucessor direto. Alguém pra dar
continuidade à sua visão e as tarefas triviais.

Portanto afirmamos que liderança sem sucessão é um fracasso. Faz parte da


mentalidade de liderança formar sucessores, que darão continuidade à visão na sua
ausência. Identificamos um verdadeiro líder, quando sua organização funciona cem
por cento na sua ausência.

Quando ele não está presente, por motivos diversos e mesmo assim tudo
funciona na mais perfeita normalidade, então podemos afirmar que seu método de
trabalho está sim funcionando.

Entendemos que para isso ele precisará contar com pessoas leais, que foram
preparadas para realizar as tarefas triviais.

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É imprescindível que qualquer um que não esteja preparado para realizar as
tarefas triviais pode ser grandioso demais para ser um líder servidor.

Os discípulos de Jesus realizam tarefas triviais, eles eram porteiros, garçons,


mensageiros e garis. Sem constrangimentos eles coletaram cestos de sobras de
farelos de pão e ossos de peixes diante de milhares de pessoas. Eles eram
enviados para realizarem tarefas simples como comprar comida e enviar recados.
Observo muito seriamente os indivíduos que são altivos e poderosos, que acham
que certas tarefas estão abaixo de seu potencial.

A lealdade de um líder se revela nas pequenas coisas.

Por outro lado, também, veremos que muitas vezes após educar,
desenvolver, preparar, desatar, nossos sucessores, esses poderão se rebelar contra
nosso ministério.

Então precisaremos estar atentos para podermos identificar alguns sinais de


deslealdade em nosso meio.

Listamos dez sinais bastante evidentes; citados por Dag H. Mills em seu livro;
Lealdade e Deslealdade.

1. Um líder que o decepciona em tempos de crise.


2. Líderes que decepcionam você quando eles estão sob pressão.
3. Líderes com fraqueza morais.
4. Líderes que tem fraquezas financeiras.
5. Líderes que pensam que pode fazer o que você está fazendo, melhor do que
você.
6. Líderes feridos, que nunca curaram suas feridas.
7. Líderes que não foram preparados para serem treinados para o ministério.
8. Líderes com o casamento persistentemente turbulento.
9. Líderes que se irritam ou reagem toda vez que você o corrige.
10. Um líder que compete por promoção ou reconhecimento.

Em 2 Samuel 15. 1 - 6 temos um relato bem interessante a respeito disso:

1. E aconteceu depois disso que Absalão conseguiu para si uma


carruagem, cavalos e uma escolta de cinquenta homens. 2.
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Levantando-se ao raiar do dia, Absalão plantava-se à beira da
estrada principal que levava à porta da cidade. E assim, sempre que
alguém vinha trazer uma causa para ser julgada pelo rei, Absalão
abordava essa pessoa e questionava: “De que cidade és?” E,
invariavelmente, a resposta era: “O teu servo é de uma das cidades
de Israel!” 3. Então Absalão aproveitava a oportunidade e comentava:
“A tua causa é válida e justa, mas, infelizmente, não há nenhum
representante do rei que te escute.” 4. E Absalão sugeria: “Quem me
dera ser designado juiz desta terra! Todas as pessoas que tivessem
uma causa ou demanda legal viriam a mim, e eu lhes faria justiça!” 5.
E sempre que alguém se aproximava para se prostrar diante dele, ele
estendia-lhe a mão, puxava-o para si e o beijava. 6. Absalão, deste
modo, ia seduzindo o coração da população de Israel e, dia a dia,
conquistando a lealdade dos israelenses que vinham pedir que o rei
lhes fizesse justiça.

Na narrativa acima encontramos um exemplo bíblico de deslealdade. Absalão


nas portas da cidade, falando mal de seu pai Davi. Nascido e criado no palácio,
agora se encontra mancomunado, tramando contra seu próprio pai. Essa realidade
um dos grandes desafios que encontramos em nossos dias, dentro das nossas
organizações.

A solução para deslealdade é quando uma vez identificada, você liberar logo
esse indivíduo desleal, antes que contamine todo o seu ministério.

Seja benigno, mas seja rápido, seja energético sem ser deselegante. A
deslealdade é um grande desafio para os líderes do século XXI.

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CONCLUSÃO

Após todos os escritos citados acima, teorias e práticas, experiências


relevantes de homens renomados, bem como áreas práticas da complexidade dos
novos modelos de liderança, somando a junção de fatores prós e contras, podemos
concluir que liderança vai muito além daquilo que temos visto e praticado em nosso
meio eclesial, não que estejamos errados naquilo que fazemos, de modo algum,
porém há sem sombra de dúvidas muitas áreas em que precisamos nos aperfeiçoar.
Como fizemos nos capítulos anteriores citando vários pontos de observação,
podemos também concluir que liderar no meio eclesial não é uma tarefa das mais
fáceis.

Todos os fatores, autores e teorias que citamos acima partem sempre do


homem para o homem e aprendemos que liderança na comunidade dos cristãos
parte de Deus para o homem. A liderança eclesial vai muito além de teorias,
teologias, estudos acadêmicos, palestras, livros ou toda imensidão de materiais que
conseguiremos pesquisar. Podemos concluir também, que a liderança cristã não
deve seguir a cultura grega no ato de formar líderes. Cultura essa que parte de
pressupostos onde apenas os amigos mais chegados, familiares, aqueles de pele e
olhos claros, de beleza natural inegável, por serem privilegiados por fatores
genéticos, esses serão os líderes, que não façamos dessa maneira, pois àqueles
que assim eram vistos na cultura grega, tinham lugar de destaque, cargos e tarefas
especiais. Também entendemos que após uma consagração ou ordenação, esse
indivíduo não se tornará automaticamente um verdadeiro líder, como podemos
observar em nossa comunidade eclesial.

Liderança é algo que está intrínseco em cada um de nós, por vezes posso
afirmar que se encontra adormecida dentro de cada indivíduo. No Éden, a ordem de
Deus foi que o homem dominasse sobre toda criatura e não sobre outro homem. Daí
a dificuldade que vemos em certos indivíduos de obedecer à liderança.

Uma vez que a unção recebida não traz capacitação para o exercício da
liderança e originalmente a ordem não foi mesmo para que exercêssemos domínio
sobre o nosso semelhante, todavia com a entrada do pecado também vieram o caos
e a desordem e agora para que novamente Deus pudesse colocar as coisas em
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ordem, novamente, homens receberam d’Ele treinamento e instrução para agirem
como verdadeiros líderes, mediadores, porta vozes do Senhor para a humanidade,
para que essa voltasse a caminhar com o Seu Criador pelo caminho original que os
conduziria para a redenção. Desse modo, milhares de anos se passaram e nós
continuaremos buscando sempre o aperfeiçoamento na arte de liderar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDO, JOSÉ. Líder Adolescente, Santo André: Salva Vidas, 2010.

BÍBLIA SAGRADA; Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e


Atualizada no Brasil. 2 ed. Barueri – SP: Saciedade Bíblica do Brasil, 1999. 896p

BRUNET TIAGO; O DNA de um líder. E-book www.casadedestino.org

COVEY, STEPHEN R. Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Franklin


Covey Co; 2016.

HUNTER JAMES C. Como se tornar um líder servidor. Central Gospel, 1 edição, Rio
de Janeiro, 2006;

HUNTER, JAMES C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro, Sextante, 2014;

MERRIT, JAMMES. Como impactar e influenciar pessoas, nove chaves para uma
liderança de sucesso. Central Gospel, 1 edição., Rio de Janeiro, 2012;

MUNROE, MYLES. O poder do caráter na liderança. Central Gospel, 2015;

MURDOCK, MIKE. O ministro fora do comum, Rio de Janeiro: Central Gospel, 2007.
296p.

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