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1. ESTAT UT O DA CIDADE
contem plados pelo Estatuto da C idade, nesta aula, a professora falará sobre a outorga
im pacto de vizinhança.
Para falar sobre a outorga onerosa do direito de construir, é preciso exam inar
im óvel depende dos parâm etros ou índices fixados pela legislação urbanística
m unicipal, em decorrência direta do princípio da função social. Por isso, afirm a-se que
por exem plo. O estudo da propriedade im obiliária urbana é radicalm ente distinto do
estudo dado pelo civilista. O direito de propriedade im obiliária urbana não é visto com o
um direito absoluto, tal com o visto pelos civilistas em razão da herança do direito
unidade territorial m ínim a edificada) e segundo a zona de uso fixada para a área em
que ele se localiza pela Lei de Z oneam ento. Assim , a fixação de parâm etros
São exem plos de parâm etros e índices urbanísticos que conform am o direito de
construir:
estabelecer, para aquela zona de uso, um gabarito m áxim o. Por exem plo, em razão da
proxim idade com aeroporto, para preservar a paisagem . Bairros estritam ente
residenciais, por exem plo, tendem a ter lim itação de gabarito para im pedir alteração
sobre o terreno e a área do terreno. Em outros term os, a taxa de ocupação m ede a
porcentagem do terreno que pode ser edificada. Q uando a Lei de Uso, O cupação e
Parcelam ento do Solo fixa a taxa de ocupação, trata de volum etria. Tenta lim itar a
iii) Recuos m ínim os: são recuos de frente, de fundos e laterais que representam a
distância m ínim a a ser observada entre a edificação e os lim ites do terreno lim ite. O
intuito dos recuos é o de, além de garantir um a uniform idade da paisagem , assegurar
m aneira com o o sol incide sobre os edifícios, prevenindo a incidência de som bra
iv) Taxa de perm eabilidade: essa taxa elege a porcentagem de terreno que tem
que ser m antida perm eável, isto é, de solo natural que possa absorver água da chuva.
água de chuva a lote, com o tam bém a prevenir enchentes, prom over a drenagem
urbana, preservar áreas para plantio de árvores, de gram a e de arbustos, que são
elem entos que protegem o m icroclim a urbano. C ontribuem , assim , para a preservação
da tem peratura na cidade. A taxa de perm eabilidade é o índice que dim inui a área
construtiva adm issível para o terreno e tem funções am bientais relevantes ligadas à
visto que a flora é um elem ento que abriga a fauna urbana; e, por fim ,
área construída adm itida em um determ inado lote. O coeficiente de aproveitam ento
do terreno expressa a relação entre a área que pode ser edificada, a área edificável e a
construída na cidade com o um todo, e tam bém o núm ero de pessoas que se espera
que ocupe um a determ inada área da cidade. Assim , possui um a dupla função. Q uando
se fala que a lei estabeleceu, para um determ inado lote, o coeficiente de
aproveitam ento "1.0", significa que o proprietário pode construir um a edificação com
m etros m etros. Fosse dois, poderia ter até quinhentos m etros quadrados de área
construída. Eventualm ente, porém , pode não ser possível alcançar esses quinhentos
contribuem para a form ação da volum etria naquele lote específico, de m odo que não
som ente o coeficiente de aproveitam ento determ ina a área m áxim a que se pode
construir.
A lei urbanística de um a determ inada cidade norm alm ente trabalha com essas
gratuita. Logo, corresponde àquele coeficiente de aproveitam ento que a lei m unicipal
estabeleçam para toda a cidade o coeficiente de aproveitam ento básico "um ". Isso
infraestrutura na cidade.
O coeficiente de aproveitam ento m áxim o, por sua vez, é aquele que só pode ser
alcançado m ediante pagam ento de outorga onerosa. Incum be ao Plano Diretor fixar o
patam ar m áxim o que pode ser alcançado pelo coeficiente de aproveitam ento na
Por exem plo, na cidade de São Paulo, o coeficiente de aproveitam ento m áxim o
aproveitam ento seis. Em alguns lugares da cidade com preendidos na operação urbana
centro, já foi possível chegar a doze vezes a área do terreno. Hoje, reitera-se, o
uso, é possível que o coeficiente de aproveitam ento m áxim o seja m enor (três ou dois).
O coeficiente de aproveitam ento básico - aquele que qualquer pessoa pode exercer
aproveitam ento básico do terreno (ou seja, ir além do que é gratuito), observando o
aproveitam ento básico, o proprietário terá que pagar duas vezes a área do terreno em
controversa. Há autores que defendem que a outorga onerosa tem natureza jurídica de
construir; outros, que possui natureza tributária sim ilar a das taxa. A professora filia-se à
prim eira corrente, que defende que possui a natureza de um preço público. Afinal,
sabe-se, são constituídos numerus clausus, de m odo que som ente é direito real aquilo
que o C ódigo C ivil expressam ente determ ina com o direito real. Não é o caso da
outorga onerosa.
específica estabelecer (i) a form a de cálculo da cobrança, (ii) os casos de isenção nos
quais a cobrança não vai incidir - por exem plo, a outorga onerosa dada para a
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário. Norm alm ente, a contrapartida será
prestada em dinheiro. Eventualm ente, a lei pode adm itir que seja prestada in natura,
com o, por exem plo, pela doação de terrenos. É possível, m as pouco com um .
ganho a ser experim entado pelo proprietário do im óvel por construir acim a do
coeficiente de aproveitam ento básico. Assim , a outorga onerosa tam bém se coloca
terreno, o seu im óvel valerá m ais. Assim , é justo que devolva à coletividade um a parte
desse ganho especial conferido pela legislação urbanística. O raciocínio baseia-se nos
onerosa e utilizado o im óvel por alguns anos, se o proprietário dem olir e quiser
novam ente recolher a outorga onerosa. Ela é recolhida por projeto e não se incorpora
valor recolhido a título de outorga onerosa. Afinal, é recolhida por projeto e - repisa-se -
im óvel que, em geral, de acordo com a legislação ordinária, não seria perm itida pela
lei m unicipal para a zona de uso específico. Por exem plo, um a zona m ista na qual, de
m aneira ordinária, não se adm ite a instalação de bares por ser um a zona de uso de
m édia densidade. Eventualm ente, naquela zona de uso, a lei pode autorizar o
particular a instalá-lo, desde que haja o recolhim ento da contrapartida para obter a
fixar as áreas em que será adm itida a alteração onerosa de uso, porque a Lei de
Z oneam ento e a Lei de Uso, O cupação e Parcelam ento do Solo distribui usos da cidade
adm itir a alteração nervosa de uso em razão dos im pactos que podem ser ensejados
quanto pela alteração de uso devem ser aplicados obrigatoriam ente nas finalidades
Art. 26. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público
necessitar de áreas para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico;
IX – (VETADO)
Parágrafo único. A lei municipal prevista no § 1o do art. 25 desta Lei deverá
enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das
finalidades enumeradas por este artigo.
fundiária (um a reserva de terrenos do Município, por exem plo, para a futura construção
de equipam entos públicos para regulação do valor do solo na cidade); ordenam ento e
urbana, por exem plo); im plem entar equipam entos urbanos e com unitários; im plantar
conta única do Tesouro Municipal, devendo ser recolhidos a esse fundo específico,
estruturado por lei (norm alm ente, pelo Plano Diretor) e gerido m ediante participação
Norm alm ente, são designados Fundo de Desenvolvim ento Urbano (FUNDURB).
Essa designação é bastante com um nas diferentes cidades. Adem ais, os recursos
recolhidos nesse fundo devem ser destinados para financiam ento de despesas de
capital, isto é, para investim ento, e não para despesas de custeio, despesas ordinárias
do Município.
porque congrega as dim ensões social, econôm ica e am biental nesse processo.
privados).
governo e o setor privado dá-se principalm ente pela venda de índices ou parâm etros
urbanísticos flexíveis para o setor privado, com o fim de (i) atrair novos negócios para
ser realizadas para transform ar o território. Por exem plo, financiar obras, instalação de
no Plano Diretor - que, por sua vez, deverá apontar as áreas que entende sejam
lei m unicipal específica cabe indicar o perím etro, a área efetivam ente em que serão
operação urbana não está necessariam ente obrigado a aderir à operação: pode
reform ar o seu im óvel de acordo com os parâm etros básicos da Lei de Parcelam ento,
Uso e O cupação do Solo. Porém , se optar por aprovar um projeto que ultrapasse esses
índices básicos, terá que aderir aos term os da operação urbana. C aso contrário, o seu
diferenciados de construção som ente podem ser aplicados na própria operação urbana
área do perím etro, em que se arrecada contrapartida, e (ii) a área de perím etro
expandido, onde não se arrecada contrapartida e para onde são direcionados recursos,
visto que àquela área de perím etro interessa a transform ação urbana que está
expressa.
i) definição do perím etro, isto é, a área a ser atingida pela operação urbana.
Lem bre-se que algum as operações urbanas consorciadas m ais recentes elegem ,
tam bém , um perím etro expandido na qual são realizadas intervenções com dinheiro
arrecadado, m as onde não é possível construir a m ais nos parâm etros da operação
ser construído, que atividades vão ser privilegiados, que atividades vão ser elim inadas
daquele território);
fundiária, as fam ílias que forem rem ovidas devem ser acom panhadas nos term os
desse program a de atendim ento. Isto é, deverão ser inseridas na política de assistência
finalidades que se pretende obter com o m anejo desse instrum ento urbanístico;
operação urbana;
órgãos colegiados com a participação dos diferentes setores da sociedade civil para
concedidos.
pelo Município, alienados em leilão ou utilizados diretam ente no pagam ento das obras
urbanística. O preço m ínim o para leilão é calculado de acordo com a estim ativa de
urbana consorciada. São valores m obiliários negociáveis livrem ente, m as que apenas
As C EPAC s são utilizadas para pagam ento da área de construção que supere os
padrões estabelecidos pela legislação ordinária até o m áxim o adm itido pela Lei de
O peração Urbana.
com plem entar estadual, que devem ser aprovadas por leis estaduais específicas.
legislação am biental exigir estudo de im pacto am biental (EIA), ele precisará ser
com preendido com o qualquer alteração das propriedades do m eio am biente causada
por atividade hum ana e que o afete direta ou indiretam ente. O EIV, por sua vez,
dedica-se à vizinhança, não ao m eio am biente. O EIA deve ser elaborado antes da
realizar EIA.
Finalm ente, em com paração: o EIA pode ser realizado pelos entes federativos
das três esferas e tem finalidade atrelada à proteção do m eio am biente, enquanto o
EIA é de com petência som ente dos Municípios e tem com o escopo o urbanism o.