ONDA
O som é uma onda produzida pela vibração de uma fonte de energia e precisa de
um meio material para se propagar (onda mecânica). Na maioria das vezes o som
é propagado pelo ar, mas também pode ser propagado por outros meios, sólidos,
líquidos ou gasosos.
Volt
Pegue como exemplo uma corda de guitarra, que vibra a partir do momento
da primeira palhetada (fonte sonora) gerando uma energia em forma de onda
mecânica na corda. Esse campo magnético gerado pela vibração da corda é
transmitido aos captadores, que através dos imãs captam a vibração e através
da bobina gera-se uma pequena tensão elétrica, que passa pelo cabo da guitarra
até chegar no amplificador, que por sua vez é alimentado pela corrente elétrica,
amplificando esse sinal, chegando na bobina do alto falante, vibrando o cone,
convertendo novamente em ondas mecânicas amplificadas, que percorrem pelas
moléculas de ar em forma longitudinal e chegam até o sistema auditivo vibrando
nossos tímpanos, causando a sensação sonora.
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AMPLITUDE:
Palhete bem forte a corda da sua guitarra. Repare que essa energia extra fará com
que a corda vibre com mais intensidade, mas não mudará a afinação (frequência)
da nota.
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A intensidade do som é medida através da escala chamada decibel (db), criada nos
primórdios da telefonia, em homenagem a Graham Bell, considerado o inventor do
telefone.
Vamos usar como exemplo um amplificador de 30W com alto falante de 30W (que
é o máximo de potência que o alto falante pode suportar) e sensibilidade de 90 db:
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Nunca coloque um alto falante com menor potência do que o amplificador, pois a
quantidade de watts indicado no alto falante se refere a potência suportada sem o
risco de queimar.
Tome cuidado com volumes excessivos pois a perda auditiva pode ser irreversível.
Muitos músicos famosos (Pete Townsend, Phill Collins, Eric Johnson, Steve
Lukather, etc.) estão parcialmente surdos devido a exposição contínua em altos
volumes.
Quem utiliza muito fone de ouvido tem mais risco de perder a audição pois a
distância entre o som e o nosso ouvido é muito menor. Músicos que utilizam
sistemas in ear (monitores de ouvido) também precisam tomar muito cuidado.
O ideal é sempre usar protetores auriculares feitos especialmente para músicos.
Empresas como a UE Ultimate Ears e CTM Clear Tone Monitors produzem produtos
que protegem os ouvidos sem abafar o som.
140db Disparo de tiro Nosso tímpano é como um cone de alto falante, que com
tempo vai perdendo a rigidez, fazendo com que as membranas
120db Jato de avião que captam as ondas sonoras passem a não sentir mais as
110db Show de rock vibrações. Estudos afirmam que músicos eruditos tendem
a perder a audição mais rapidamente do que músicos de
90db Trânsito
rock, por causa dos estrondos, que pegam nosso tímpano de
60db Conversa normal surpresa. Como os shows de rock costumam ser mais lineares,
40db Sussurro nosso tímpano acaba se acostumando com o barulho e acaba
produzindo uma proteção, uma espécie de “anestesia” contra o
10db Respiração tranquila
volume alto e constante.
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FREQUÊNCIA:
Frequência é a quantidade de vezes que a onda vibra por segundo. Por exemplo,
para afinar a guitarra em afinação padrão, temos que ajustar o afinador para 440Hz
(Hertz). A 5ª corda da guitarra (nota lá) possui 110Hz, ou seja, 110 ciclos por
segundo.
Quanto maior for a frequência, mais fino será o som. Podemos dizer que a voz
de uma mulher tem um som mais fino que a voz de um homem, portanto, a
voz feminina tem uma frequência mais alta, ou seja, mais aguda do que a voz
masculina por possuir mais vibrações por segundo.
O ouvido humano é capaz de captar frequências entre 20Hz até 20.000Hz ou 20Khz
(kilohertz). Abaixo de 20Hz temos o infra-som e acima de 20Khz temos o ultra-som.
Elefantes conseguem ouvir infra-som e cachorros e gatos conseguem ouvir ultra-
sons.O termo Hz foi dado em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolph Hertz.
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Corda Frequência
E 82 Hz
A 110 Hz
D 146 Hz
G 196 Hz
B 247 Hz
E (aguda) 330 Hz
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Os harmônicos são partes essenciais do timbre, pois cada timbre (voz, instrumento,
efeitos, etc.) possui uma determinada quantidade e intensidade de harmônicos.
Na guitarra é fácil detectar os harmônicos. Eles se encontram dividindo a distância
entre o nut e a ponte em 2 partes, 3 partes, 4 partes, etc.
Resumindo, quando tocamos uma nota avulsa, além da nota principal, outras notas
também estão sendo tocadas em menores proporções. Quem descobriu essas
vibrações secundárias da onda foi o matemático grego Pitágoras, que usou um
instrumento chamado monocórdio e descobriu que ao tocar uma corda, a sua
vibração gerava sub-ondas, com entrelaçamentos em 2 partes iguais, 3 partes, etc.
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TIMBRE:
O timbre é a “impressão digital” de cada instrumento. É o que faz você distinguir um
som de um piano e um som de violino. Um exemplo muito comum é quando você
atende o telefone e reconhece a voz da pessoa que está do outro lado da linha.
Você está reconhecendo o timbre de voz dessa pessoa.
Cada instrumento ou voz possui o seu timbre, ou seja, a sua quantidade particular
de harmônicos e frequências, como se cada instrumento fosse uma “montanha”
diferente com a mesma altura (afinação), mas com vegetação e rochas diferente
(harmônicos e amplitudes de frequências diferentes).
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Isso acontece com a qualidade de certos instrumentos. Quando dizemos que tal
instrumento possui mais ressonância, mais som, mais sustain, na verdade possui
mais harmônicos. Num instrumento de baixa qualidade, a “montanha” é mais
estreita, empobrecendo o timbre.
- Onda senoidal
- Número de harmônicos
- Distribuição de harmônicos
- Intensidade de cada harmônico
- Duração de cada harmônico
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Som analógico
Quando um determinado corpo vibra, essa vibrações são passadas ao ar na
mesma frequência em que o corpo está vibrando, causando o fenômeno físico de
compressão e descompressão que formam uma onda sonora, fazendo pequenas
membranas (como se fossem sensores) dos nossos tímpanos se moverem,
causando a sensação sonora.
Quando o sinal da sua guitarra passa por uma cadeia analógica (sem passar por
nenhum processador digital), a forma da onda continua intacta.
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Som digital
Ao passar por um processador digital (pedaleira digital por exemplo), o sinal
que chega no dispositivo passa por um conversor AD/DA pegando o sinal
analógico (produzido pela guitarra), transformando em sinal digital, passando pelo
processador do dispositivo, convertendo novamente para o analógico. O som digital
não recria a curva da onda perfeitamente, gerando uma onda quadrada, chamada
de bit.
O que irá definir a qualidade do audio processado será a quantidade de bits e a taxa
de amostragem.
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Bit
Nos computadores, o som não é caracterizado por uma onda mas sim por
sequência de valores (código binário).
Quanto maior for a quantidade de bits, mais a onda vai ser parecida com a onda
analógica. Como se fossem os pixels de uma foto digital, que quando ampliamos,
conseguimos ver os “quadradinhos” da foto. O bit é para a onda senoidal o que o
pixel é para a fotografia digital.
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Taxa de amostragem
Quanto maior a taxa de amostragem, maior será a reprodução do espectro sonoro.
Num CD físico industrial, usa-se a taxa de amostragem de 44,1 Khz. Significa que
temos 44.100 ciclos por segundo sendo convertidos em amostras digitais. Para
que a amostra tenha a mesma qualidade que o som original, ela dever o dobro de
ciclos do som original.
Por exemplo 44,1 Khz foi definido como padrão da indústria por ser o dobro de 20
Khz, que é o máximo de frequências do espectro sonoro que o ouvido consegue
ouvir.
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Conclusão:
Na guitarra, é muito comum utilizarmos pedaleiras, simuladores e efeitos digitais.
Por exemplo, é muito difícil recriar digitalmente um timbre crunch (limiar do som
limpo e do som quando começa a saturar). Num timbre mais high gain, como a
onda fica mais quadrada, fica mais fácil reproduzir esse timbre digitalmente, por
isso muitos guitarristas que tocam som pesado utilizam simuladores e distorções
digitais, pela ausência de dinâmica.
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