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Ano: 10º
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“O 25 de Abril e os direitos humanos assegurados pela Constituição de 1976”
• Conheces a História do teu país?
A história do nosso país é caracterizada por vários acontecimentos. Um dos
mais marcantes foi a Revolução dos Cravos ou de Abril, no dia 25 de Abril de 1974,
que derrubou por completo o regime ditatorial do Estado Novo em que a
sociedade portuguesa vivia até então.
Nasceu, assim, um movimento militar liderado por MFA - Movimento das
Forças Armadas- acabando por juntar a população que saiu à rua para demonstrar
a sua revolta para com a situação em que se encontrava. Salgueiro Maia foi das
figuras mais relevantes deste grandioso acontecimento sendo um dos capitães e
estrategas mais impressionantes desde o planear à execução deste.
O que provocou este episódio revolucionário foi a falta de liberdade de
expressão; o descontentamento com o governo; o desgaste pelas Guerras Coloniais
e a sujeição às precárias condições que a população vivia tal como o medo à PIDE e
das suas ações.
Após este faustoso acontecimento implantou-se a democracia, onde o
poder é exercido pelo voto através do sufrágio universal e os direitos da população
eram exercidos como a sua respeitável liberdade de expressão, dando fim ao
Estado Novo. Tal como a extinção da censura, a legalização dos partidos e a criação
da Junta de Salvação Nacional dirigido por António Spínola. Dois anos depois criou-
se uma nova constituição (2.04.1976) e o I Governo Constitucional liderado por
Mário Soares (23.07.1976).
Recuando quarenta e um anos antes do glorioso da revolução, Portugal
vivia num regime político autoritário, absoluto e corporativista fundado por
António de Salazar, denominado Estado Novo. Esta época foi marcada pelo seu
estilo de governação, pela famosa trilogia “Deus, Pátria, Família” e pela censura da
liberdade de se expressar. Quando se sucedeu a sua “queda da cadeira”, Marcelo
Caetano (1968) subiu ao poder.
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Durante esta época estava a decorrer a Guerra Colonial- entre a FAP-Forças
Armadas Portuguesas- e forças organizadas pelos movimentos de libertação das
colónias de Angola, Moçambique e Guiné. E como o nome indica estas lutavam
pela sua independência, algo que recuperaram em 1974, ou seja, tratou-se de um
processo de descolonização em que várias colónias adquirem a sua independência
ou por um acordo entre a potência nacional e um partido político ou por motivos
de libertação pacífica ou violenta.
Viver num estado de censura foi um tempo muito difícil para a população
portuguesa. Ver os filhos a ir para guerra, para uma luta que não tinha razão de
existir. As pessoas viviam de maneira humilde e a pobreza via-se a todos os níveis.
Mas ainda no meio desta amargura eles conseguiam arranjar maneira de esquecer
essa dor trabalhando. Era proibido diálogos entre grupos e a mistura entre pessoas
de diferentes sexos era algo totalmente fora de questão.
Desde o 25 de Abril até à atualidade houve grandes mudanças a todos os
níveis na sociedade. O fim da PIDE, permitiu ao povo o poder de se expressar
depois de um longo tempo, incluindo o resgate dos seus direitos como cidadãos
passando a poder escolher os seus representantes e diminuir também a
desigualdade de géneros.
Foi então possível as manifestações perante algo que a sociedade pense
que não esta bem, lutando por um país melhor, por uma vida melhor.
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• Poetas a descobrir
Alexandre O’Neill
Alexandre O'Neill de Bulhões nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa e
morreu a 21 de agosto de 1986 na mesma cidade. Este fez os estudos liceais,
frequentou a Escola Náutica (Curso de Pilotagem), trabalhou na Previdência, no ramo
dos seguros, nas bibliotecas itinerantes da Fundação Gulbenkian, e foi técnico de
publicidade. Para além de se ter dedicado à poesia foi um dos fundadores do Grupo
Surrealista de Lisboa. Criou livros como a Tempo de Fantasmas, No Reino da
Dinamarca, Abandono Vigiado, entre outros. Recebeu, pelas suas Poesias Completas, o
Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos
Literários (1983).
Foi várias vezes preso pela polícia política, a PIDE.
As posições antineorrealistas eram frontais e provocatórias, tal como as atitudes
contra o regime. Em abril, o grupo retira a sua colaboração da III Exposição Geral de
Artes Plásticas, por recusar a censura prévia que a comissão organizadora decidira
impor. Mesmo sendo um oposicionista, não militou em nenhum partido político, nem
durante o Estado Novo, nem a seguir ao 25 de Abril – conhece-se-lhe uma breve
ligação ao MUD juvenil, na altura em que abandona o Grupo Surrealista de Lisboa. Os
seus textos caraterizam-se por uma intensa sátira a Portugal e aos portugueses,
destruindo a imagem de um proletariado heroico criada pelo neorrealismo, a que
contrapõe a vida mesquinha, a dor do quotidiano, vista, no entanto, sem dramatismos,
ironicamente, numa alternância entre a constatação do absurdo da vida e o humor
como única forma de se lhe opor.
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Perfilados de Medo
➢ Análise formal:
- Constituído por catorze versos
- Constituído por duas quadras e dois tercetos (soneto)
- Rima cruzada, interpolada e emparelhada
- Recursos estilísticos: - antítese: versos 4/5/13
- Metáfora: verso 12
- Anáfora: verso 1/6/9
- Hipérbole: verso 4/5
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- Dez silabas métricas (decassílabo)
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Sim. Eu andava no Liceu de Guimarães (Carlos Poças Falcão) e o outro na Escola
Industrial (Torcato Ribeiro), hoje conhecida como Escola Secundária Francisco de
Holanda.
3. Quais as restrições impostas antes 25 de Abril?
A censura e a divisão entre rapazes e raparigas nas escolas.
7. Na sua opinião, Salazar trouxe alguma vantagem para Portugal? Há algum aspeto
que deveria ser repetido?
Para mim, (Torcato Ribeiro) Salazar era um “tosco”, que era um mito e não tinha
capacidades de liderar já que não teria viajado e nunca teria visto outras realidades.
9. Quais eram os castigos por violar a lei? Conhece alguém que foi castigado? DE que
forma?
O meu pai (Torcato Ribeiro) foi preso por causa de uma simples fotografia e meu
avô também fora preso anos antes.
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10. Em locais públicos, quais eram os temas de conversa?
Como éramos adolescentes, as únicas coisas que falávamos era de futebol e de
raparigas, mas claro que sentíamos vontade e necessidade de nos
pronunciarmos sobre o regime.
• A arte
Júlio Pomar: Júlio Artur da Silva Pomar, nasceu em Lisboa em 10 de janeiro de 1926 e
faleceu em 22 de maio de 2018, também em Lisboa. Foi um artista plástico/ pintor
português, pertencendo à 3ª geração de pintores modernistas portugueses. Os
primeiros anos da sua carreira estiveram ligados à resistência contra o regime do
Estado Novo e à formação ao neorrealismo em Portugal. É, consensualmente,
considerado o mais destacado dos cultores do neorrealismo português.
- António Dacosta: Nasceu em Angra do Heroísmo, e viveu de 1914 a 1990. Veio a
Lisboa para participar de um concurso de pintura e é muito conhecido pelas suas obras
surrealistas e foi muitas vezes caraterizado como um pintor crítico. Algumas de suas
obras são: "Cena aberta", "Serenata Açoriana" entre muitos outros. Expôs a sua
primeira obra em 1940, com os pintores António Pedro e a artista inglesa Pamela
Boden. Algumas caraterísticas de suas obras: teor dramático, por vezes violento e
melancólico, muitas dessas caraterísticas pode ser um reflexo da sua vida, no qual o
pintor viveu uma boa parte numa ilha isolada.
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movimento surrealistas. Em 1947, depois de uma cisão com a estética neorrealista,
torna-se cofundador, em outubro, do Grupo Surrealista de Lisboa. Emergindo apenas
em 1940 no da neorrealismo e chegou ao seu ponto alto entre 1948-1952 com suas
obras intensamente pessoais e surrealistas. Após a revolução do 25 de Abril, criou o
símbolo do Movimento das Forças Armadas. A consciencialização sobre os
desequilíbrios sociais e a vontade de mudar o mundo, surgida após a Segunda Guerra
Mundial, motivam a fase seguinte da sua obra na qual se aproxima das ideias
defendidas pelo neorrealismo literário. Algumas de suas obras são: Apertado pela
fome, Carne vegetal e Porque dos Insultos. Em 2000 foi-lhe atribuído o Prémio
Nacional de Artes Plásticas da AICA.
-Mário Cesariny: Poeta, autor dramático, ficcionista, ensaísta, tradutor e artista
plástico. Nasceu a 9 de agosto de 1923 em Lisboa e faleceu em 26 de novembro de
2006. Ele foi a maior figura do surrealismo português e encontrou-se em 1947 com
André Breton, um facto determinante no seu trabalho. No mesmo ano participou com
Alexandre O`Neil, António Pedro, entre outros artistas no movimento surrealistas de
Lisboa, saindo de maneira polémica por não concordar com as ideologias cultivadas no
Estado Novo.
Obra: Carne Vegetal, Marcelino Vespeira, 1948
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Numa descrição mais generalizada, o quadro apresenta as linhas de expressão de um
corpo feminino onde em vez de se encontrar uma suposta cabeça, esta foi substituída
por dois cornos, um com a ponta ensanguentada. Como também um corno que tem
origem na coxa, este com um tom de verde cobrindo por assim dizer o que aparenta
ser um rosto humano colo da estrutura feminina.
Mostra-se, aqui nesta obra, a sua tendência da conjugação dos temas como o erotismo
e a sensualidade da morte. Vespeira objetifica o corpo da mulher dando ênfase aos
traços físicos desta e adota um conceito inovador: o andrógino, já que são cornos de
touro (masculino) implantados no corpo de uma mulher. Este touro físico tinha uma
utilidade na sociedade conservadora de Vespeira, o Estado Novo. Marcelino cristaliza
desta forma as normas do surrealismo através da violência ou da subtileza mostrando
também as relações entre os próprios elementos da obra, referidos acima, ressaltando
o panorama do surrealismo português.
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datas tao importantes como o 1 de maio, o dia do trabalhador, como podemos ver no
exemplo:
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pelos direitos das pessoas de raça negra, o que me despertou logo a atenção, pois é
dos assuntos que gosto de debater.
O fórum de leitura, além de tudo, concede-nos o poder de dar a nossa opinião
em assuntos que se vão desenrolando, o que eu acho extremamente emocionante.
Espero poder participar e falar de assuntos importantes para mime que possam ser de
interesse para outros.
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25 De Abril
25 De Abril é um dia que nos remete à liberdade. Um dia em que jovens, idosos,
crianças sentiram o gosto da liberdade que há muito não lhes era dada e que a
sociedade deixou de ser fechada e amedrontada.
Relatos na rádio envolveram os portugueses num misto de emoções. A alegria
contagiava o mar de pessoas que há muito tempo lutavam por aquilo que é hoje
chamada de liberdade. Os momentos de dor, angústia e de medo que viveram antes
desse acontecimento foram recompensados com este marco na história.
Algo simples como um convívio entre indivíduos de diferentes sexos ou o não
poder falar sobre certos temas originou várias manifestações que transpareciam a
revolta de cada ser humano sentia no seu corpo.
Isto dito, o sangue derramado nas guerras, o suor a escorrer pelas linhas dos
todos cansados e a rouquidão das vozes sofridas, tudo isto valeu a pena. Tudo o que
fizemos, por fim, valeu a pena!
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Conclusão
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Webgrafia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandre_O%27Neill
https://www.escritas.org/pt/bio/alexandre-oneill
https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcelino_Vespeira
https://www.infopedia.pt/$vespeira
https://www.academia.edu/26160552/An%C3%A1lise_Carne_Vegetal_1948_Marcelin
o_Vespeira
https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2015/04/0001_m-23.jpg
https://www.pinterest.pt/carlosbribe1067/estado-novo-propaganda/?lp=true
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