Você está na página 1de 79

REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

=ISCED-HUAMBO=

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS


SECTOR DE MATEMÁTICA

MONOGRAFIA A APRESENTAR PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Opção: Matemática

TÍTULO: PROBLEMAS E EXERCÍCIOS DE SIMPLIFICAÇÃO E CÁLCULO DE


EXPRESSÕES TRIGONOMÉTRICAS DESENVOLVENDO AS FÓRMULAS
TRIGONOMÉTRICAS E SUA APLICAÇÃO PARA OS ESTUDANTES DA 11ª
CLASSE DA ESCOLA “COMANDANTE DANGERREUX”

Autor: Francisco Barrote Saavedra José nº 66853

Tutor: Professor Doutor Bui Dac Tac

HUAMBO, 2010

10
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

=ISCED-HUAMBO=

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXACTAS


SECTOR DE MATEMÁTICA

MONOGRAFIA A APRESENTAR PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Opção: Matemática

TÍTULO: PROBLEMAS E EXERCÍCIOS DE SIMPLIFICAÇÃO E CÁLCULO DE


EXPRESSÕES TRIGONOMÉTRICAS DESENVOLVENDO AS FÓRMULAS
TRIGONOMÉTRICAS E SUA APLICAÇÃO PARA OS ESTUDANTES DA 11ª
CLASSE DA ESCOLA “COMANDANTE DANGERREUX”

Autor: Francisco Barrote Saavedra José nº 66853

Tutor: Professor Doutor Bui Dac Tac

HUAMBO, 2010

11
FICHA CATALOGRÁFICA

AUTOR:
Francisco Barrote Saavedra José Nº 66853

MONOGRAFIA A APRESENTAR PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TÍTULO: PROBLEMAS E EXERCÍCIOS DE SIMPLIFICAÇÃO E CÁLCULO DE


EXPRESSÕES TRIGONOMÉTRICAS DESENVOLVENDO AS FÓRMULAS
TRIGONOMÉTRICAS E SUA APLICAÇÃO PARA OS ESTUDANTES DA 11ª
CLASSE DA ESCOLA DO II CICLO “COMANDANTE DANGERREUX”

Opção: Matemática

Palavras-chave: Exercícios, Trigonometria, Fórmulas, Aplicação.

Orientador: Professor Doutor Bui Dac Tac

O presente trabalho contém 69 páginas

12
FICHA DE APROVAÇÃO

AUTOR:
Francisco Barrote Saavedra José Nº 66853

MONOGRAFIA A APRESENTAR PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE


LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

TÍTULO: PROBLEMAS E EXERCÍCIOS DE SIMPLIFICAÇÃO E CÁLCULO DE


EXPRESSÕES TRIGONOMÉTRICAS DESENVOLVENDO AS FÓRMULAS
TRIGONOMÉTRICAS E SUA APLICAÇÃO PARA OS ESTUDANTES DA 11ª
CLASSE DA ESCOLA DO II CICLO “COMANDANTE DANGERREUX”

Opção: Matemática

Orientador: Professor Doutor Bui Dac Tac

Data de aprovação: _____ de ____________________________________ de 2011


Presidente do Corpo de Júri: ____________________________________________
Primeiro Vogal: ______________________________________________________
Segundo Vogal: ______________________________________________________
Secretário: __________________________________________________________

13
DECLARAÇÃO

Eu, Francisco Barrote Saavedra José, declaro por minha honra que na elaboração
do presente trabalho fiz o uso dos conhecimentos que adquiri durante toda a carreira
estudantil e, como se não bastasse, da bibliografia que esteve ao meu alcance sobre
a qual fiz referência.

Declaro também que esta tese resultou da minha investigação pessoal e


independente o que faz seu conteúdo original, por nunca antes ter sido dado como
tema de trabalho de fim de curso a algum outro candidato.

O Candidato
_______________________________
Francisco Barrote Saavedra José

O Supervisor
______________________________
Professor Doutor Bui Dac Tac

14
Agradecimentos

A Deus omnipotente, omnisciente e omnipresente, Criador de todas as coisas, Pai


Eterno, a quem devo honra, glória e louvor eternamente. Aos meus pais, meus
grandes pedagogos e aos meus queridos irmãos que nunca me abandonaram. A
memoria de minha mãe que me trouxe ao mundo e ensinou os primeiros passos e
grandes passos para a vida… A toda minha família com realce ao casal Madó e
Correia e a Mana Mena. Aos meus irmãos em Cristo pelas suas orações e muito
mais. A família Da Silva, em partícula a incansável Tia Paula e ao companheiro e
irmão Pedro Joaquim… A todos professores que desde a mais tenra idade nos
seguiram com coragem, paciência e dedicação, em particular ao Phd. Bui Tac, Msc:
Delphin Kabey e Dra. Maria de Los Angeles… Aos queridos colegas, amigos e a
todos quanto directa ou indirectamente deram seu contributo para que este sonho se
tornasse realidade.

Francisco Barrote Saavedra José

15
DEDICATÓRIA

Dedico este feito a meu pai e à memória de minha mãe pelos sacrifícios que por
mim fizeram e aos meus queridos irmãos. Também à minha amada Maria Teresa e
aos pequenos Ajácio e Ilídio.

Francisco Barrote Saavedra José

16
RESUMO

O presente trabalho, propõe uma estrutura metodológica relacionada com fórmulas


trigonométricas e sua aplicação na simplificação e cálculo de expressões
trigonométricas para os alunos da 11ª classe, isto é, do II ciclo de Ensino
Secundário. Tem como objectivo principal a elaboração de um sistema de problemas
e exercícios de simplificação e cálculos de expressões trigonométricas através da
classificação das fórmulas trigonométricas para melhorar o processo de Ensino –
Aprendizagem da Trigonometria na 11ª classe. Ele é constituído de dois capítulos
sendo que: no capítulo I é apresentado um conteúdo básico sobre funções
trigonométricas, classificação das fórmulas trigonométricas e procedimentos para a
sua demonstração e, no Capítulo II constam a análise dos resultados do inquérito e
uma gama de exercícios para a aplicação de fórmulas trigonométricas e várias
técnicas de cálculo e simplificação destes. Tudo para contribuir na minimização de
problemas enfrentados na aprendizagem visando melhor qualidade de ensino.

17
SUMMARY

The present work, proposes a methodological structure related with trigonometric


formulas and its application in the simplification and calculation of trigonometric
expressions for the students of the 11 st class, that is, of II cycle of Secondary
Teaching. It has as main purpose the elaboration of a system of problems and
simplification exercises and calculations of trigonometric expressions through the
classification of the trigonometric formulas to improve the process of Teaching -
Learning of the Trigonometry in the 11 st class. It is constituted of two chapters: in the
chapter I a basic content is presented on trigonometric functions, classification of the
trigonometric formulas and procedures for its demonstration and, in the Chapter II
consist the analysis of the results of the inquiry and a range of exercises for the
application of trigonometric formulas and several calculation techniques and
simplification of these. Everything to contribute in the minimization of problems faced
in the learning seeking better teaching quality.

18
ÍNDICE
CONTEÚDO PÁGINA

Introdução................................................................................................................. 10

Capítulo I – Fundamentação teórica..........................................................................14

1. Processo de Ensino - Aprendizagem da Trigonometria..................................14

2. O ensino dos teoremas e fórmulas matemáticas............................................15

3. Teoremas sob forma de fórmulas na Trigonometria........................................17

4. Propriedades fundamentais das funções trigonométricas elementares..........18

5. Sinal das funções trigonométricas fundamentais............................................24

6. Valor das funções trigonométricas fundamentais............................................30

7. Paridade de funções trigonométricas fundamentais........................................38

8. Fórmulas trigonométricas................................................................................39

Capítulo II – Análise do inquérito e aplicação das fórmulas trigonométricas.............50

1. Análise e interpretação do inquérito................................................................48

2. Aplicação das fórmulas trigonométricas..........................................................55

2.1. Demonstração de igualdades trigonométricas...............................................55

2.2. Simplificação de expressões trigonométricas................................................59

2.3. Cálculo do valor numérico de expressões


trigonométricas............................62

Conclusões.................................................................................................................67

Recomendações........................................................................................................68

Bibliografia..................................................................................................................69

19
Anexos

20
INTRODUÇÃO

A história da trigonometria e das funções trigonométricas pode ser circunscrita em


torno de 4000 anos e faz parte de todas grandes civilizações. É um dos mais antigos
ramos da Matemática, surgida na antiguidade para medir ângulos e distâncias com o
objectivo de localizar pontos sobre a superfície terrestre a fim de resolver problemas
oriundos das necessidades.

É utilizada em várias situações práticas e teóricas envolvendo não somente


problemas internos da matemática, mas também de outras disciplinas científicas e
tecnológicas que envolvem fenómenos periódicos como electricidade,
termodinâmica, óptica, electrocardiogramas, entre outros.

Foram tantos os matemáticos que contribuíram para que hoje a Trigonometria e as


razões trigonométricas tivessem tanta precisão na actualidade. A primeira tabela
trigonométrica foi aparentemente compilada por Hiparco de Nicéia (180 a.C. – 125
a.C.), que é agora conhecido como o “pai da trigonometria”.

MOTIVOS DA ESCOLHA DO TEMA

Concentrando-nos nas dificuldades enfrentadas pelos estudantes do II ciclo de


Ensino Secundário, em particular na 11ª classe, no que tange ao tema
Trigonometria, nos vimos motivados a escolher o tema em referência com a intenção
de ajudar gerações vindouras, tanto docentes como discentes a adquirirem
habilidades em:

 Classificar e demonstrar fórmulas trigonométricas;

 Aplicar as fórmulas trigonométricas em problemas e exercícios de


simplificação e cálculos de expressões trigonométricas.

21
PROBLEMA CIENTÍFICO: Que sistema de problemas e exercícios de simplificação
e cálculos de expressões trigonométricas pode ser empregue para diminuir as
dificuldades que apresentam os estudantes da 11ª classe da escola do II ciclo
“Comandante Dangerreux” no tema de Trigonometria?

OBJECTO DE ESTUDO DO TRABALHO: Processo de Ensino - Aprendizagem da


Trigonometria.

CAMPO DE ACÇÃO DA INVESTIGAÇÃO: Desenvolvimento de habilidades na


simplificação e cálculo de expressões trigonométricas nos estudantes da 11ª classe
da escola do II ciclo “Comandante Dangerreux”

OBJECTIVO GERAL: elaborar um sistema de problemas e exercícios de


simplificação e cálculo de expressões trigonométricas através da classificação das
fórmulas trigonométricas para melhorar o processo de Ensino – Aprendizagem da
Trigonometria na 11ª classe.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Fundamentar teóricamente o objecto de investigação a partir da classificação


e demonstração das fórmulas trigonométricas (tanto fundamentais como
derivadas) a partir de procedimentos próprios.

 Diagnosticar as causas das dificuldades que apresentam os estudantes da


11ª classe da escola de II ciclo de Ensino Secundário “Comandante
Dangerreux” no estudo das fórmulas trigonométricas e sua aplicação na
simplificação e cálculo de expressões trigonométricas.

 Elaborar um sistema de problemas e exercícios de simplificado e cálculo de


expressões trigonométricas no qual se apliquem as fórmulas trigonométricas.

IDEIA A DEFENDER: Um sistema de exercícios de simplificação e cálculo de


expressões trigonométricas onde se classifiquem e demonstrem as fórmulas
trigonométricas, diminuindo com isto as dificuldades que apresentam os estudantes
da 11ª classe da escola do II ciclo de Ensino Secundário “Comandante Dangerreux”
no tema de Trigonometria.

22
METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

MÉTODOS TEÓRICOS

 Análise e síntese:

 Indução e dedução:

 Comparação:

MÉTODOS EMPÍRICOS

 Inquérito

MÉTODOS ESTATÍSTICOS

POPULAÇAO E AMOSTRA

A população foi integrada por 150 estudantes da 11ª classe da escola de II ciclo de
Ensino Secundário “Comandante Dangerreux”.

A amostra foi constituída por uma amostragem simples aleatória e foi integrada por
51 estudantes da 11ª classe da escola de II ciclo de Ensino Secundário
“Comandante Dangerreux” correspondente a 34% da população.

ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está estruturado por uma introdução, dois capítulos, conclusões,


recomendações, bibliografia e anexos. O primeiro capítulo faz um estudo sobre as
funções trigonométricas e as fórmulas trigonométricas e o segundo capítulo faz uma
análise dos resultados obtidos nos inquéritos realizados e propõe um sistema de
problemas e exercícios para simplificar e calcular expressões trigonométricas.

23
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DA TRIGONOMETRIA

O ensino da Trigonometria tem apresentado algumas deficiências, entre as quais


destacamos o pouco ou quase nenhum domínio dos alunos de conhecimentos
prévios importantes como o estudo da circunferência e seus elementos, de
semelhança de triângulos e de simetria; a pouca afinidade dos professores com o
conteúdo, sua história e sua aplicação em diversas áreas do conhecimento humano.

Para Ausubel Ausubel, (Novak e Hanesian, 1983), os factores essenciais para o


aprendizado são:

1) Disposição do aprendiz para aprender;

2) Material potencialmente significativo;

3) Existência dos subsunçores na estrutura cognitiva do aprendiz.

9. O ENSINO DOS TEOREMAS E FÓRMULAS MATEMÁTICAS

Os teoremas e conceitos matemáticos constituem o conteúdo fundamental da


disciplina matemática e servem de base para treinar o poder do raciocínio e da
demonstração.

Segundo Pietzsch (1980), há dois caminhos de ensino da demonstração dos


teoremas: O primeiro caminho é o da previsão e o segundo caminho é o do
raciocínio.

A diferença essencial entre estes caminhos consiste no facto de que no primeiro


caminho a acção de prognosticar antecede a acção de demonstrar enquanto no
segundo caminho estas duas acções combinam-se em uma.

24
10. TEOREMAS SOB FORMA DE FÓRMULAS NA TRIGONOMETRIA

Vários teoremas da Matemática expressam-se numa fórmula. Subentende-se que


cada fórmula é um conjunto de símbolos matemáticos ligados entre si pelas leis
determinadas, específicas da Matemática. Uma fórmula representa a dependência
entre duas ou mais grandezas matemáticas.

Citamos como exemplo de generalização e concretização, o teorema de Pitágoras:

Teorema 1: a 2  b 2  c 2 1 .

Teorema 2: a 2  b 2  c 2  2 bc . cos Aˆ  2  onde  é ângulo oposto ao lado a.

Nota-se que a fórmula (2) é mais geral do que a fórmula (1)

11. PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS


ELEMENTARES

Para alem da definição e a notação, apresentamos o domínio, imagem, período,


gráfico, limitação, monotonia, extremos e zeros das funções seno, co-seno, tangente
e co-tangente.

5. Sinal da função tangente e função co-tangente

O sinal da função seno é positivo no 1º e 2º quadrantes e é negativo quando x


pertence ao 3º e 4º quadrantes.

O sinal da função co-seno é positivo no 1º e 4º quadrantes e, é negativo quando x


pertence ao 2º e 3º quadrantes.

A função tangente e a função co-tangente têm valores positivos nos quadrantes


ímpares, isto é, 1º e 3º quadrantes e tem valores negativos nos quadrantes pares,
isto é, 2º e 4º quadrantes.

25
6. VALOR DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS

O seno de um arco é a ordenada do ponto extremidade na circunferência


trigonométrica, fica no eixo vertical.

O co-seno de um arco é a abcissa do ponto extremidade na circunferência


trigonométrica, fica no eixo horizontal.

Portanto, o seno e o co-seno são números compreendidos entre -1 e 1, ou seja


 1  sen x  1 e - 1  cos x  1 .

ARCOS NOTÁVEIS

ARCOS MÚLTIPLOS DE 30º

ARCOS MÚLTIPLOS DE 45º

26
TANGENTE E CO-TANGENTE

sen x
A tangente de um arco qualquer x obtém-se pela relação: tg x  cos x

cos x
A co-tangente de um arco qualquer x obtém-se pela relação: cot g x  sen x

7. PARIDADE DE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS

A função seno é uma função ímpar, pois seu gráfico é simétrico em relação à
origem, assim: sen   x    sen x, x  R .

A função co-seno é uma função par, pois seu gráfico é simétrico relativamente ao
eixo das ordenadas: cos   x   cos x, x  R .

A função tangente e a função co-tangente são funções ímpares:

tg   x   tg x, x do seu domínio


cot g   x    cot g x, x do seu domínio

8. FÓRMULAS TRIGONOMÉTRICAS

 Fórmulas fundamentais

Fórmulas da adição e subtracção de dois arcos

 Fórmulas derivadas

Arco duplo

27
Arco metade

Fórmulas da transformação da soma em produto

CAPÍTULO II – ANÁLISE DO INQUÉRITO E APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS


TRIGONOMÉTRICAS

1. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DO INQUÉRITO

Os resultados obtidos deram, de uma forma geral, um vislumbre sobre o nível de


conhecimento dos alunos da 11ª classe bem como as dificuldades que encontram
frequentemente no estudo de fórmulas trigonométricas incluindo a aplicação destas
na simplificação e cálculo de expressões trigonométricas.

TABELA 1- Conhecimento dos alunos sobre variação do sinal das funções


trigonométricas elementares.

28
TABELA 2 – Conhecimento dos alunos sobre técnicas de cálculo do valor e
simplificação de expressões trigonométricas.

TABELA 3 – Assimilação de fórmulas trigonométricas

29
Observa-se que em média são apenas 15 alunos que deram respostas satisfatórias,
o que corresponde a 29% do total.

A maior parte dos alunos deu respostas erradas a qual constitui 42% do total de
alunos e a outra parte de alunos, 29%, abstiveram-se face a uma concreta, não
podendo dizer se a resposta é certa ou errada.

Em suma, a maior dificuldade tem sido encontrada no emprego das fórmulas


trigonométricas e a maior causa da inacessibilidade do conteúdo tem sido a falta de
bibliografia de consulta.

O inquérito sugere-nos que se proporcione aos alunos um conteúdo mais objectivo


tratando sobre funções trigonométricas elementares bem como variados exercícios
concretos sobre cálculo e simplificação de expressões trigonométricas visando o
desenvolvimento de várias habilidades neste campo.

2. APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS TRIGONOMÉTRICAS

Aplicamos as fórmulas mencionadas no capítulo I nas seguintes áreas:

 Demonstração de igualdades trigonométricas;

30
 Simplificação de expressões trigonométricas;

 Cálculo do valor numérico de expressões trigonométricas.

CONCLUSÕES

 A revisão bibliográfica para a fundamentação teórica do objecto de


investigação permitiu realizar um estudo dos conteúdos básicos sobre as
funções trigonométricas para melhorar o estudo do tema de trigonometria na
11ª classe a partir da classificação das fórmulas trigonométricas e se
apresentaram procedimentos para sua demonstração

 No diagnóstico realizado constatamos as dificuldades que apresentam os


estudantes da 11ª classe no tema de Trigonometria, especificamente na
simplificação e o cálculo de expressões trigonométricas e dentre as causas
mais significativas encontra-se a falta de bibliografia de consulta;

 O sistema de problemas e exercícios elaborado em que se aplicam várias


fórmula trigonométricas, com várias técnicas de simplificação e cálculo de
expressões trigonométricas; contribuirá a minimizar as dificuldades encaradas
pelos estudantes da 11ª classe, tangentes ao tema em causa.

RECOMENDAÇÕES

Não perdendo de vista os motivos da elaboração deste trabalho, ele surge


principalmente para ajudar tanto docentes como discentes com vista a uma boa
aprendizagem, para tal se recomenda o seguinte:

 A Direcção Municipal de Educação, deve proceder a divulgação dos


resultados deste trabalho para que seja utilizado pelos professores de
Matemática de várias instituições de ensino, com realce do II ciclo de
Ensino Secundário, para sua autossuperação.

 A direcção do Departamento de Ciências Exactas ofereça mais temas de


investigação para continuar desenvolvendo outros trabalhos com uma

31
ideia semelhante em outros temas da mesma classe para que a disciplina
fique mais desenvolvida;

32
INTRODUÇÃO

A História da Trigonometria e das funções trigonométricas pode ser circunscrita em


torno de 4000 anos e faz parte de todas grandes civilizações.

A Trigonometria é um dos mais antigos ramos da Matemática, surgida na


antiguidade para medir ângulos e distâncias com o objectivo de localizar pontos
sobre a superfície terrestre a fim de resolver problemas oriundos das necessidades
humanas relativas - por exemplo, à comunicação e ao transporte, apresentando hoje
um grande número de aplicações em sectores da ciência e tecnologia. É utilizada
em várias situações práticas e teóricas envolvendo não somente problemas internos
da Matemática, mas também de outras disciplinas científicas e tecnológicas que
envolvem fenómenos periódicos como electricidade, termodinâmica, óptica,
electrocardiogramas, entre outros.

Quando foi criada na antiguidade clássica na Grécia, a Trigonometria envolvia o


estudo dos triângulos rectângulos. Nesta forma foi utilizada até o advento das
ciências modernas no século XVII, visando o traçado de curvas, movimento de
astros, distâncias astronómicas, trajectórias de móveis, cálculo de distâncias
inacessíveis, declives, confecção de mapas e tabelas.

Em seguida, com o advento da ciência moderna a Trigonometria passou a ser


estudada por meio das funções trigonométricas e suas aplicações foram centrais ao
lado do Cálculo Diferencial e Integral, como base para várias ciências e aplicações
tecnológicas. Seu último grande avanço ocorreu com os estudos das séries de
Fourier, no início do século XIX, passando a Trigonometria a ser o estudo dos
fenómenos que apresentam padrões de periodicidade, sendo estes fenómenos
representados por uma série infinita de seno e co-seno.

Foram tantos os matemáticos que contribuíram para que hoje a Trigonometria e as


razões trigonométricas tivessem tanta precisão na actualidade. A primeira tabela
trigonométrica foi aparentemente compilada por Hiparco de Nicéia (180 a.C. – 125
a.C.), que é agora conhecido como o “pai da Trigonometria”.

MOTIVOS DA ESCOLHA DO TÍTULO

33
Concentrando-nos nas dificuldades enfrentadas pelos estudantes do II ciclo de
Ensino Secundário, em particular na 11ª classe, no que tange ao tema
Trigonometria, nos vimos motivados a escolher o tema em referência com a intenção
de ajudar gerações vindouras, tanto de docentes como de discentes a adquirirem
habilidades em:

 Classificar e demonstrar fórmulas trigonométricas;

 Aplicar as fórmulas trigonométricas em problemas e exercícios de


simplificação e cálculos de expressões trigonométricas.

PROBLEMA CIENTÍFICO: Que sistema de problemas e exercícios de simplificação


e cálculos de expressões trigonométricas pode ser empregue para diminuir as
dificuldades que apresentam os estudantes da 11ª classe da escola do II ciclo
“Comandante Dangerreux” no tema de Trigonometria?

OBJECTO DE ESTUDO DO TRABALHO: Processo de Ensino - Aprendizagem da


Trigonometria.

CAMPO DE ACÇÃO DA INVESTIGAÇÃO: Desenvolvimento de habilidades na


simplificação e cálculo de expressões trigonométricas nos estudantes da 11ª classe
da escola do II ciclo “Comandante Dangerreux”

OBJECTIVO GERAL: elaborar um sistema de problemas e exercícios de


simplificação e cálculo de expressões trigonométricas através da classificação e
demonstração de fórmulas trigonométricas para melhorar o processo de Ensino –
Aprendizagem da Trigonometria na 11ª classe.

Para dar cumprimento ao objectivo geral, propõe-se os seguintes objectivos


específicos:

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

34
 Fundamentar teóricamente o objecto de investigação a partir da classificação
e demonstração das fórmulas trigonométricas (tanto fundamentais como
derivadas) através de procedimentos próprios.

 Diagnosticar as causas das dificuldades que apresentam os estudantes da


11ª classe da escola de II ciclo de Ensino Secundário “Comandante
Dangerreux” no estudo das fórmulas trigonométricas e sua aplicação na
simplificação e cálculo de expressões trigonométricas.

 Elaborar um sistema de problemas e exercícios de simplificação e cálculo de


expressões trigonométricas no qual se apliquem as fórmulas trigonométricas.

IDEIA A DEFENDER: Um sistema de exercícios de simplificação e cálculo de


expressões trigonométricas onde se classifiquem, demonstrem e se apliquem as
fórmulas trigonométricas, diminuindo com isto as dificuldades que apresentam os
estudantes da 11ª classe da escola do II ciclo de Ensino Secundário “Comandante
Dangerreux” no tema de Trigonometria.

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

MÉTODOS TEÓRICOS

 Análise e síntese: utilizou-se na análise dos fundamentos teóricos da


investigação e a sintetização das fórmulas para a simplificação e cálculo de
expressões trigonométricas;

 Indução e dedução: Operação de estabelecer uma proposição geral com


base no conhecimento de dados singulares ou o inverso, permitiu a
elaboração dos problemas e exercícios e avaliar o processo de Ensino –
Aprendizagem da Trigonometria na 11ª classe.

 Comparação: acção de estabelecer semelhanças e diferenças

MÉTODOS EMPÍRICOS

 Inquérito aos estudantes da 11ª classe: instrumento que permitiu a recolha de


informações para o estudo do objecto de investigação.
35
MÉTODOS ESTATÍSTICOS

 Processamento descritivo da informação recolhida nos inquéritos realizados.

POPULAÇAO E AMOSTRA

A população foi integrada por 150 estudantes da 11ª classe da escola de II ciclo de
Ensino Secundário “Comandante Dangerreux”.

A amostra foi constituída por uma amostragem simples aleatória e foi integrada por
51 estudantes da 11ª classe da escola de II ciclo de Ensino Secundário
“Comandante Dangerreux” correspondente a 34% da população.

ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho está estruturado por uma introdução, dois capítulos, conclusões,


recomendações, bibliografia e anexos. O primeiro capítulo faz um estudo sobre o
processo de Ensino - Aprendizagem das funções trigonométricas e as fórmulas
trigonométricas e o segundo capítulo faz uma análise dos resultados obtidos nos
inquéritos realizados e propõe um sistema de problemas e exercícios para simplificar
e calcular expressões trigonométricas.

CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Processo de Ensino - Aprendizagem da Trigonometria

O ensino da Trigonometria tem apresentado algumas deficiências, entre as quais


destacamos o pouco ou quase nenhum domínio dos alunos de conhecimentos
prévios importantes como o estudo da circunferência e seus elementos, de
36
semelhança de triângulos e de simetria; a pouca afinidade dos professores com o
conteúdo, sua história e sua aplicação em diversas áreas do conhecimento humano.

Considera-se necessário sugerir caminhos capazes de ajudar a superar estas


dificuldades e, ao mesmo tempo levar o aluno a desenvolver conhecimentos na
direcção de alcançar os objectivos propostos.

David Ausubel nas suas palavras diz que “o factor mais importante que influi na
aprendizagem é aquilo que o aluno já sabe. Isto deve ser averiguado e o ensino
deve depender desses dados” (Ausubel, Novak e Hanesian, 1983).

Ausubel se centra em saber como ocorre a aprendizagem, enfocando a relevância


do aprendizado significativo e a ordem dos conceitos a serem estudados. Este autor
define aprendizagem como uma integração entre o novo conhecimento e os
conhecimentos já existentes na organização cognitiva de quem aprende, isto é, o
conhecimento, para ser adquirido, acontecendo assim, um efectivo aprendizado,
precisa estar ancorado em conceitos prévios do aluno. A esses conceitos dá o nome
de subsunçores e classifica esse tipo de aprendizagem como significativa.

Para Ausubel, o conteúdo deve ser significativo para quem aprende, gerando
predisposição por parte do aluno. Caso não tenha sido estabelecida uma conexão
entre o novo assunto e o que o aluno já sabe (subsunçor), não há aprendizagem.

São observadas também as diferenças entre um novo conteúdo e o conteúdo já


conhecido pelo aluno. Ausubel denomina esses dois conceitos de reconciliação
integrativa e diferenciação progressiva, ocorrendo em todos os instantes da
aprendizagem.

BRIGHENTI (2003), afirma que “esses dois conceitos relevantes – reconciliação


integrativa e diferenciação progressiva, são fortalecidos e facilitados se, antes de
abordar um assunto, o professor utilizar a estratégia de estabelecer a conexão entre
o que o aluno já sabe e o novo conhecimento, utilizando conceitos organizadores da
estrutura cognitiva”.

Neste aspecto, elegemos como subsunçores para o aprendizado da Trigonometria


os seguintes tópicos: ângulo, circunferência e seus elementos, relações no triângulo,

37
simetria e funções. A partir deles, desenvolveremos o trabalho com funções e
fórmulas trigonométricas.

Para Ausubel, os factores essenciais para o aprendizado são:

1) Disposição do aprendiz para aprender;

2) Material potencialmente significativo;

3) Existência dos subsunçores na estrutura cognitiva do aprendiz.

12. O ensino dos teoremas e fórmulas matemáticas

Os teoremas e conceitos matemáticos constituem o conteúdo fundamental da


disciplina Matemática e servem de base para treinar o poder do raciocínio e da
demonstração. O ensino dos teoremas deve responder às seguintes exigências:

 Levar os alunos a perceber o sistema de teoremas e as relações existentes


entre si bem como a sua aplicação na resolução de exercícios e problemas
práticos.

 Levar os alunos a reconhecer a necessidade da demonstração dos teoremas


e saber que a actividade de demonstrar um teorema é um factor
extremamente importante na área Matemática.

 Formar e desenvolver a capacidade de demonstração Matemática nos alunos


expressando-se em reproduzir a demonstração e a seguir iniciar-se a
descobrir as maneiras de demonstração.

Segundo Pietzsch (1980), há dois caminhos de ensino da demonstração dos


teoremas: O caminho da previsão e o caminho do raciocínio.

A diferença essencial entre estes dois caminhos consiste no facto de que no primeiro
caminho a acção de prognosticar antecede a acção de demonstrar enquanto no
segundo caminho estas duas acções combinam-se em uma.

Caminho da previsão

38
Este caminho consiste nos seguintes passos:

 Motivar os alunos a aprender o teorema a partir de uma exigência nascida da


prática ou do mesmo interior da Matemática.

 Prognosticar e enunciar o teorema baseando-se nos métodos de perceber


com carácter prognóstico tais como: indução incompleta, assimilação,
generalização de um teorema já conhecido.

 Demonstrar o teorema.

 Conciliar o teorema ora demonstrado.

Embora consuma muito mais tempo, tem a vantagem de estimular os alunos a


procurar, prever ou descobrir um problema antes da sua Resolução.

Caminho do raciocínio

O ensino dos teoremas ocorre habitualmente da seguinte maneira:

 Estimular os alunos a aprender o teorema, como já dito no 1º conceito.

 Conseguir o teorema a partir de conhecimentos matemáticos aprendidos


anteriormente ou pela dedução lógica.

 Enunciar o teorema;

 Conciliar o teorema descoberto.

13. Teoremas sob forma de fórmulas na Trigonometria

Vários teoremas da Matemática expressam-se numa fórmula. Subentende-se que


cada fórmula é um conjunto de símbolos matemáticos ligados entre si pelas leis
determinadas, específicas da Matemática. Uma fórmula representa a dependência
entre duas ou mais grandezas matemáticas.

39
A demonstração de uma certa fórmula obedece as indicações mencionadas nas
alíneas acima referidas. Contudo, para fórmulas trigonométricas tem que se ter em
consideração os seguintes aspectos:

 Distinguir a diferença entre fórmulas básicas e fórmulas derivadas;

 Generalizar uma fórmula a partir de outra já demonstrada;

 Concretizar uma fórmula na justificação de casos particulares;

 Aplicar a fórmula na resolução de exercícios, especialmente em cálculos com


números concretos.

Cita-se como exemplo de generalização e concretização, o teorema de Pitágoras


(569 a.C.):

Teorema 1: Num triângulo rectângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos


quadrados dos seus catetos: a 2  b 2  c 2 1 .

Teorema 2: Num triângulo, o quadrado de um lado é igual à soma dos quadrados de


outros mais ou menos duas vezes o produto de um deles pela projecção do restante
sobre ele: a 2  b 2  c 2  2 bc . cos Aˆ  2 onde  é ângulo oposto ao lado a.

Nota-se que a fórmula (2) é mais geral do que a fórmula (1). Para demonstrar a
fórmula (2) basta se basear apenas na fórmula (1) e realizar alguns cálculos
elementares. Inversamente, quando Aˆ  90º temos ˆ 0
cos A e a fórmula (2) reduz-
se em (1).

14. Propriedades fundamentais das funções trigonométricas elementares

As funções circulares constituem o objectivo fundamental da Trigonometria circular e


são importantes devido à sua periodicidade, pois, elas podem representar
fenómenos naturais periódicos, como as variações da temperatura terrestre, o
comportamento ondulatório do som, a pressão sanguínea no coração, os níveis de
água nos oceanos, etc.

40
Antes de detalhar as propriedades destas funções, precisamos rebuscar algumas
definições e considerações sobre funções reais como se segue abaixo:

Funções reais

Devemos ter um bom conhecimento das definições e propriedades que caracterizam


a teoria de funções reais, iniciaremos então com a definição de funções:

Função: Dados dois conjuntos não vazios A e B, uma função f de A e B, é uma


correspondência que associa a cada elemento de A um único elemento de B.

O conjunto A é denominado domínio de f, o conjunto B é denominado contradomínio


de f. O elemento y de B que corresponde ao elemento x de A de acordo com a lei f,
é denominado imagem de x por f e é indicado por y  f (x ) .

O conjunto de todos elementos de B que são imagem de algum elemento de A é


denominado conjunto imagem de f.

Uma função f é denominada função real de variável real, se o domínio e o


contradomínio de f são subconjuntos do conjunto dos números reais.

Função periódica: uma função real f, com domínio em subconjunto A da recta real,
é dita periódica se existir um número real positivo T, tal que para todo x em A, vale
f  x  T  = f  x .

Podem existir muitos números reais T com esta propriedade, mas o menor número
positivo T, que satisfaz a esta condição recebe o nome de período fundamental.

Função limitada: uma função f de domínio A contido em R é limitada se existe um


número real positivo L, tal que para todo x em A, valem as desigualdades:

- L  f  x  L

Esta última expressão pode ser escrita como f ( x)  L .

Funções crescentes e decrescentes

41
Seja f uma função definida em intervalo I, x e y dois valores quaisquer pertencentes
a I, com x  y . Afirmamos que f é crescente, se f  x   f  y  e que f é decrescente,
se f  x   f  y  .

Funções trigonométricas

Função seno: A função seno é a função que associa a cada arco x R o número
sen x , já definido.

Notação: a função seno denota-se por f  x   sen x .

Propriedades

Domínio: o domínio da função seno é D=R, pois para todo x real existe sempre o
número sen x .

Imagem: para qualquer arco, o seno do arco está sempre compreendido entre -1 e
1. Ou seja, Im   y  R :  1  y  1 .

Período: a função seno é periódica T  2 , pois temos sempre sen x  sen ( x  2 ) .

Gráfico: o gráfico da função seno sempre se repete no intervalo de 0 á 2л. A sua


curva é denominada senóide.

Para construir seu gráfico basta escrever os pontos em que a função é nula, máxima
e mínima no eixo cartesiano.

Limitação: O gráfico de da função seno está inteiramente contido na faixa do plano


situada entre as rectas horizontais y  1 e y  1 . Para todo x real temos:
 1  sen x  1 .

42
Monotonia: a função seno é estritamente crescente e decrescente, por exemplo:

Intervalo      3   3 
0, 2   2 ,    , 2   2 , 2 

Função seno Crescente Decrescente Decrescente Crescente


Extremos: a função seno tem máximos relativos para x   2k ,   Z ;
2


Tem mínimos relativos para x    2k ,   Z ;
2

Zeros: a função seno tem zeros para x  k ,   Z .

Função co-seno: A função co-seno é a função que associa a cada arco x  R o


número cos x , já definido.

Notação: a função co-seno denota-se por f  x   cos x .

Propriedades

Domínio: o domínio da função co-seno é D=R..

Imagem: para qualquer arco, o co-seno do arco está sempre compreendido entre -1
e 1. Ou seja: Im   y  R :  1  y  1.

Período: a função co-seno é periódica com período 2  , pois temos sempre


cos x  cos  x  2  .

Gráfico: a função co-seno sempre se repete no intervalo de 0 a 2  , a sua curva é


denominada cossenóide.

Para construir seu gráfico basta escrever os pontos em que a função é nula, máxima
e mínima no eixo cartesiano.

43
Limitação: o gráfico da função co-seno está inteiramente contido na faixa do plano
situada entre as rectas horizontais y = -1 e y=1. Para todo x real temos:

-1  cos x  1 .

Monotonia: a função co-seno é estritamente crescente e decrescente por exemplo:

Intervalo      3   3 
0, 2   2 ,    , 2   2 , 2 

Função co-seno Decrescente Decrescente Crescente Crescente

Extremos: a função co-seno tem máximos relativos para x  2k , k  Z .


Zeros: a função co-seno tem zeros para x   k , k  Z .
2

Função tangente: A função tangente é a função que associa a cada arco x  R o


número tg x , já definido.

Notação: a função tangente denota-se por f ( x)  tg x ou ainda por y  tg x .

Propriedades


Domínio: como a função co-seno se anula para arcos da forma  k , k  Z , o
2

  
domínio da função tangente é D   x  R : x   k , k  Z  , pois, para todo arco x
 2 

44

real e diferente de  k , k  Z existe sempre o número tg x . Ou seja:
2

 
D  R \   k , k  Z  .
2 
Imagem: Im  R

Período: a função tangente é periódica de período  , pois, para x  D temos


sempre tg x  tg  x    ,  é o menor valor que satisfaz esta condição.

Gráfico: a função tangente é representada, no plano cartesiano, por uma curva


descontínua para x   k , k  Z , que passa pela origem, essa curva chama-se
2
Tangentóide.

Limitação: a função tangente não é limitada, pois, quando o ângulo se aproxima de


 k , k  Z , a função cresce (ou decresce) sem controlo.
2

k
Monotonia: a tangente é uma função crescente excepto nos pontos x  ,k  Z
2
onde a função não está definida.

Extremos: a função tangente não tem extremos.

Zeros: a função tangente tem zeros para x  k , k  Z .

Função co-tangente: A função co-tangente é a função que associa a cada arco


x  R o número cot g x , já definido.
45
Notação: a função co-tangente denota-se por f  x   cot g x ou ainda por y  cot g x .

Propriedades

Domínio: como a função seno se anula para arcos da forma   k , k  Z , temos:

D   x  R : x     k  , k  Z  ou D  R \   k, k  Z 
Imagem: Im  R

Período: a função co-tangente é periódica de período  , pois, para x  D temos


sempre cot g x  cot g  x    ,  é o menor valor que satisfaz esta condição.

Limitação: a função co-tangente não é limitada, pois, quando o ângulo se aproxima

k
de , k  Z , a função cresce (ou decresce) sem controlo.
2

Monotonia: a função co-tangente é sempre decrescente, excepto nos pontos


x  k , k  Z , onde a função não está definida.

Extremos: a função co-tangente não tem extremos.

k
Zeros: a função co-tangente tem zeros para x  ,k  Z
2

15. Sinal das funções trigonométricas fundamentais

Sinal da função seno


46
O sinal da função seno é positivo no 1º e 2º quadrantes e é negativo quando x
pertence ao 3º e 4º quadrantes como se observa na figura abaixo:

Sinal da função co-seno

O sinal da função co-seno é positivo no 1º e 4º quadrantes e, é negativo quando x


pertence ao 2º e 3º quadrantes:

Sinal da função tangente

A função tangente tem valores positivos nos quadrantes ímpares, isto é, 1º e 3º


quadrantes e tem valores negativos nos quadrantes pares, isto é, 2º e 4º
quadrantes.

Sinal da função co-tangente

47
O sinal da função co-tangente corresponde com o sinal da função tangente em todos
quadrantes, ou seja, positivo no 1º e 3º quadrantes e negativo no 2º e 4º quadrantes.

Exemplo 1: Preencher com os sinais (+) ou (-) nos quadrantes correspondentes a


cada função na tabela seguinte:

Quadrante 1º 2º 3º 4º
Quadrante Quadrante Quadrante Quadrante
Função

y  sen x + + - -

y  cos x + - - +

y  tg x + - + -

y  cot g x + - + -

Exemplo 2: Que sinal toma cada uma das seguintes expressões?

a ) sen 110 º
b) cos 280º
c ) tg 280 º
d ) sen   4º 
e) cos   1,5º 
f ) sen 250º . cos 250º . tg 250º

Resolução:

a ) sen 110 º

Como 90º  110 º  180º , o ângulo de 110º fica no 2º quadrante, segundo o exemplo
1, sen 110 º toma sinal positivo (+).

b) cos 280º

48
Como 270º  280º  360º , o ângulo de 280º fica no 4º quadrante, segundo o exemplo
1, cos 280º toma sinal positivo (+).

c ) tg 280º

Como 270º  280º  360º , o ângulo de 280º fica no 4º quadrante, segundo o exemplo
1, tg 280º toma sinal negativo (-).

d ) sen   4º 

Como  90º  4º  0º , no sentido horário, o ângulo de -4º fica no 4º quadrante,


neste caso, segundo o exemplo 1, sen   4º  toma sinal negativo (-).

e) cos   1,5º 

Como  90º  1,5º  0º , como na alínea anterior, o ângulo de -1,5º fica no 4º


quadrante, segundo o exemplo 1, cos   1,5º  toma sinal positivo (+).

sen 250º
f ) sen 250º . cos 250º . tg 250º  sen 250º . cos 250º .  sen 2 250º
cos 250º

Como o quadrado de qualquer número real não nulo é sempre positivo, sen 2 250º  0
, por isso a expressão sen 250º . cos 250º . tg 250º toma sinal positivo (+).


Exemplo 3: Determinar o sinal das funções seguintes se 0    :
2

 
a ) sen    
2 
b) tg     
 
c ) cos    
2 
d ) cos  2   

Resolução:

 
a ) sen    
 2 

49
   
Como 0    ,      , isto é,   sempre fica no 2º quadrante, segundo a
2 2 2 2

 
tabela do exemplo 1, sen     toma sinal positivo.
2 

b) tg     

 
Como 0    ,       , isto é,    fica no 2º quadrante, tg      toma
2 2
sinal negativo.

 
c ) cos    
 2 

   
Como 0    ,      , isto é,   sempre fica no 2º quadrante, segundo a
2 2 2 2

 
tabela do exemplo 1, cos     toma sinal negativo.
2 

d ) cos  2   

 3
Como 0    ,  2    2 , isto é, 2   fica no 4º quadrante, cos  2   
2 2
toma sinal positivo.

Exemplo 4: Em que sub-intervalo de  0, 2  as seguintes expressões tomam sinal


positivo?

a ) sen x cos x

b ) tg x sen x

c ) tg x cos x

Resolução:

a ) sen x cos x

Na tabela do exemplo 1 observa-se que tanto sen x como cos x tomam ambos
sinal positivo no 1º quadrante, por isso, seu produto é positivo no 1º quadrante. Do
mesmo modo, cada uma destas funções toma sinal negativo no 3º quadrante, por
50
isso, seu produto é positivo no 3º quadrante. Assim, a expressão sen x cos x é
positiva no 1º e 3º quadrantes.

b) Substituindo:

sen 2 x
tg x sen x 
cos x

Como sen 2 x é sempre positivo, então, o sinal da expressão depende apenas de


cos x . Sendo cos x positivo apenas no 1º e 4º quadrantes, isto implica dizer que a
expressão tg x sen x é positiva no 1º e 4º quadrantes.

c) Substituindo:

tg x cos x  sen x

Como sen x é positivo no 1º e 2º quadrantes, então, a expressão tg x cos x é


positiva no 1º e 2º quadrantes.

Exemplo 4: Sejam  ,  e  ângulos de um triângulo. Determinar o sinal das


seguintes expressões:

  
a ) cos  cos  cos
2 2 2
  
b) tg  tg  tg
2 2 2

Resolução:

  
a ) cos  cos  cos
2 2 2

Sendo ângulos de um triângulo,       180º e  ,  ,   0 , isto significa que:

0º    180º

0º    180º

0º    180º

51
 
 0º   90º  cos 0
2 2
 
 0º   90º  cos 0
2 2
 
 0º   90º  cos  0
2 2

  
Concluímos que cos  cos  cos  0 .
2 2 2

  
b) tg  tg  tg
2 2 2

Analogamente como na alínea a),       180º e  ,  ,   0 :

0º    180º
0º    180º
0º    180º

 
 0º   90º  tg 0
2 2
 
 0º   90º  tg 0
2 2
 
 0º   90º  tg  0
2 2

  
Do mesmo modo, tg  tg  tg  0 , ou seja, a expressão toma sinal positivo.
2 2 2

16. Valor das funções trigonométricas fundamentais

Seno e Co-seno

O seno de um arco é a ordenada do ponto extremidade na circunferência


trigonométrica, fica no eixo vertical.

O co-seno de um arco é a abcissa do ponto extremidade na circunferência


trigonométrica, fica no eixo horizontal.

1ª Consequência

52
sen x  ON  MP

cos x  OM  NP

2ª Consequência:

Pelas convenções adoptadas para qualquer ponto da circunferência, a ordenada e a


abcissa nunca são menores que -1 ou maiores que 1.

Portanto, o seno e o co-seno são números compreendidos entre -1 e 1, ou seja


 1  sen x  1 e - 1  cos x  1 .

Seno e co-seno de arcos de extremidades nas intersecções da circunferência


com os eixos.

Arcos notáveis

Devido a frequência com que aparecem, dividir-se-ão em dois grupos para os quais
calcularemos o seno e co-seno. São arcos múltiplos de 30º e arcos múltiplos de 45º.

Arcos múltiplos de 30º

Calculemos seno e co-seno de 30º.


53
Segundo a 1ª consequência de seno e co-seno, sen 30 º  MP e cos 30º  OM .

1
No triângulo OMP, temos: OP  1 (raio trigonométrico) e MP  (em triângulos
2
rectângulos de ângulos agudos 30º e 60º a medida do menor cateto é metade da
medida da hipotenusa).

Fazendo OM  x e aplicando a regra de Pitágoras, tem-se:

2
1 1 3 3
x 2     12  x 2   1  x 2   x   OM
2
  4 4 4

1 3
Portanto: sen 30º  e cos 30º 
2 2

Dividindo a circunferência em arcos de 30º, teremos 8 pontos (excluindo os pontos


de intersecção da circunferência com os eixos).

Todo arco de extremidade num dos 8 pontos é múltiplo de 30º e para ele:

1 3
 Se o valor absoluto do seno for , o do co-seno será ;
2 2

3 1
 Se o valor absoluto do seno for , o do co-seno será .
2 2

Isto porque para os outros arcos temos um triângulo congruente ao da figura cujos

1 3
catetos medem e .
2 2

54
1
Pela posição dos pontos nos eixos é fácil distinguir o número (ponto médio do
2

3
raio), o número (ponto próximo da extremidade do raio) e o respectivo sinal.
2

Em suma, para arcos múltiplos de 30º, tem-se:

Arcos múltiplos de 45º

Calculemos o seno e co-seno de 45º.

Na figura acima o sen 45º  MP e cos 45º  OM .

O triângulo OMP é rectângulo isósceles. Logo, MP  OM .

Fazendo MP  OM  x e aplicando a regra de Pitágoras, temos:

55
1 1 2
x 2  x 2  12  2 x 2  1  x 2  x racinalizando  x 
2 2 2

2 2
Portanto: sen 45º  e cos 45º 
2 2

Excluindo os arcos com extremidades nas intersecções da circunferência com os


eixos, os demais múltiplos de 45º têm extremidade nos pontos médios dos

2
quadrantes e o valor absoluto do seno e do co-seno para eles é .
2

O sinal se determina pela posição dos pontos nos eixos.

Em resumo, para arcos múltiplos de 45º, tem-se:

Tangente e Co-tangente

A tangente e a co-tangente são dois números trigonométricos que se definem


através de relações com os números seno e co-seno já conhecidos.

Tangente de um arco

sen x
A tangente de um arco qualquer x obtém-se pela seguinte relação: tg x  cos x

Eixo das tangentes


56
Co-tangente de um arco

A co-tangente de um arco qualquer x obtém-se pela seguinte relação:

cos x
cot g x 
sen x

Eixo das co-tangentes

Exemplo 1: Calcular tg 30º e cot g 30º

1
sen 30º 1 3
Resolução: tg 30º   2   racinalizando  tg 30º 
cos 30º 3 3 3
2

3
cos 30º
cot g 30º   2  3  cot g 30º  3
sen 30º 1
2

Exemplo 2: Calcular tg 45º e cot g 45º

57
Resolução:

2
sen 45º
tg 45º   2  1  tg 45º  1
cos 45º 2
2
2
cos 45º
cot g 45º   2  1  cot g 45º  1
sen 45º 2
2

Exemplo 3: Calcular tg 90º e cot g 90º

Resolução:

sen 90º 1
tg 90º    1  tg 90º não tem valor determinado no ponto x  90º
cos 90º 0

cos 90º 0
cot g 90º    0  cot g 90º  0
sen 90º 1

Exemplo 4: Calcular o valor de cada uma das seguintes expressões:

a ) 5 sen 90º 2 cos 0º  2 sen 270º 10 cos180º

3
b) 4 sen   2 cos  3 sen 2  tg 
2

c ) 2 sen  3 cos 2  5 tg 2
4

Resolução:

a ) 5 sen 90º 2 cos 0º  2 sen 270º 10 cos 180º  5 1  2 1  2   1  10   1  5  2  2  10  1

 5 sen 90º 2 cos 0º  2 sen 270º 10 cos180º  1

3 3 sen 
b) 4 sen   2 cos  3 sen 2  tg   4 sen   2 cos  3 sen 2  
2 2 cos 
0
 4  0  2  0  3  0  0
  1
3
 4 sen   2 cos  3 sen 2  tg   0
2

58
   sen 2   2 0
  2  2   3 1  5  1  
c) 2 sen  3 cos 2  5 tg 2  2 sen  3 cos 2  5     2 3
4 4  cos 2
     


 2 sen  3 cos 2  5 tg 2  2 3
4

Exemplo 5: Achar o maior e o menor valor das seguintes funções trigonométricas:

a ) 1  sen x

b ) cos x  3

c ) 2 sen x  2

Resolução:

a ) 1  sen x

Como  1  sen x  1 , então: 1  1  1  sen x  1  1  0  1  sen x  2

Assim, para 1  sen x o maior valor é 2 e o menor valor é 0.

b) cos x  3

Como  1  cos x  1 , então:  1  3  cos x  3  1  3  4  cos x  3  2

Desta feita, o maior e o menor valor de cos x  3 são respectivamente -2 e -4.

c ) 2 sen x  2

Como  1  sen x  1 , então: 2  1  2  2 sen x  2  21  2  0  2 sen x  2  4

Para 2 sen x  2 o maior e o menor valor são 4 e 0 respectivamente.

17. Paridade de funções trigonométricas fundamentais

A função seno é uma função ímpar, pois seu gráfico é simétrico em relação à
origem, assim: sen   x    sen x, x  R .

A função co-seno é uma função par, pois seu gráfico é simétrico relativamente ao
eixo das ordenadas: cos   x   cos x, x  R .

A função tangente e a função co-tangente são funções ímpares:

59
tg   x   tg x, x do seu domínio

cot g   x    cot g x, x do seu domínio

Exemplo 1: Estudar a paridade das seguintes funções trigonométricas:

a ) cos 2 x

b) cos 2 x

x
c)
sen x
sen x  cot g x
d)
cos x

Resolução:

a ) cos 2 x

Como a função co-seno é par, o seu dobro também é par.

Fazendo y  cos 2 x , temos: y   x   cos 2  x   cos   2 x   cos 2 x  y  x 

Logo, y  cos 2 x é par.

b) cos 2 x

Para cos 2 x , como a função co-seno é par, seu quadrado também é par.

 cos 2 x é par.

x
c)
sen x

x
Para sen x , como as funções x e sen x são ímpares, a sua razão é par.

x x x x x
Fazendo y  x   sen x  y   x   sen   x    sen x  sen x  y  x   sen x é par.

sen x  cot g x 1
d) Simplificando,  tg x 
cos x sen x

60
1
A função tangente e a função seno são ambas ímpares, desta feita, sen x é ímpar e

1
consequentemente: tg x  sen x como soma de duas funções ímpares, é ímpar.

sen x  cot g x
 é ímpar.
cos x

18. Fórmulas trigonométricas

Na Trigonometria encontramos várias fórmulas nas quais há que distinguir entre


fórmulas fundamentais e derivadas.

Fórmulas fundamentais

I . sen 2 a  cos 2 a  1

1 1
II . 1  
tg 2 a sen 2 a
1
III . 1  tg 2 a 
cos 2 a
sen a
IV . tg a 
cos a

cos a
V . cot g a 
sen a
1
VI . sec a 
cos a
1
VII . cos sec a 
sen a

Demonstração

Demonstra-se apenas a primeira pois que as demais são relações entre as funções
seno e co-seno.

Na circunferência trigonométrica temos:

61
sen a  MP  ON e cos a  NP  OM

Aplicando a regra de Pitágoras no triângulo OMP:

 MP  2

 OM  2

 OP  2

  sen a    cos a   1


2 2 2

 sen 2 a  cos 2 a  1

Fórmulas da adição e subtracção de dois arcos

Nesta subsecção estabelecemos simultaneamente as duas seguintes fórmulas:

 sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a


 cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b

Demonstração:


Consideremos dois arcos consecutivos de medidas a e b , ou seja, a  AB e

b  BP .

Na figura abaixo temos:

sen  a  b   QP

cos  a  b   TP

Nota: os ângulos de medida a são ˆN


MO e ˆS
NP (ângulos de lados
perpendiculares têm o mesmo valor).

62
No triângulo rectângulo ONP, temos:

NP
sen b  , como OP  1  sen b  NP
OP
ON
cos b   cos b  ON
OP

No triângulo rectângulo PSN, temos:

SN SN
sen a   sen a   SN  sen a . sen b
NP sen b

SP SP
cos a   cos a   SP  cos a . sen b
NP sen b

No triângulo rectângulo OMN, temos:

MN MN
sen a   sen a   MN  sen a . cos b
ON cos b

OM OM
cos a   cos a   OM  cos a . cos b
ON cos b

Portanto:

TP  TS  SP , como TS  MN , então: TP  MN  SP

 sen  a  b   sen a . cos b  cos a . sen b

RN  RS  SN  RS  RN  SN , como RS  QP e RN  OM , temos: QP  OM  SN

 cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b

A partir das fórmulas demonstradas acima, pode se demonstrar a seguinte fórmula:

63
sen  a  b 
tg  a  b  
cos  a  b 

sen  a  b  sen a . cos b  cos a . sen b


tg  a  b   
cos  a  b  cos a . cos b  sen a . sen b

Multiplicando tanto o numerador como o denominador do membro direito por

1
cos a . cos b
:

sen a sen b

sen  a  b  sen a . cos b  cos a . sen b cos a cos b tg a  tg b
tg  a  b     
cos  a  b  cos a . cos b  sen a . sen b sen a . sen b 1  tg a . tg b
1
cos a . cos b

tg a  tg b
 tg  a  b  
1  tg a . tg b

Analogamente demonstra-se que:

 sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a

 cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b

tg a  tg b
 tg  a  b  
1  tg a . tg b

Para tal basta substituir b por  b :

 sen  a    b    sen a . cos  b   sen   b  . cos a  sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a

 cos  a    b    cos a . cos   b   sen a . sen   b   cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b

tg a  tg   b  tg a  tg b
 tg  a    b     tg  a  b  
1  tg a . tg   b  1  tg a . tg b

Nota: a função co-seno é par: cos   x   cos x ; a função seno é ímpar:


sen   x    sen x .

Em suma, as fórmulas da adição e subtracção de arcos são:

64
 sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a

 cos  a  b   cos a . cos b sen a . sen b

tg a  tg b
 tg  a  b  
1 tg a . tg b

Fórmulas derivadas

Arco duplo

Resumindo, as fórmulas do arco duplo são:

 sen 2a  2 sen a . cos a

 cos 2a  cos 2 a  sen 2 a  1  2 sen 2 a  2 cos 2 a  1

2 tg a
 tg 2a 
1  tg 2 a

Estas fórmulas demonstram-se utilizando as fórmulas da adição e subtracção de


arcos, bastando para tal substituir b por a:

 sen 2a  sen  a  a   sen a . cos a  sen a . cos a  2 sen a . cos a


 sen 2a  2 sen a . cos a

 cos 2a  cos  a  a   cos a . cos a  sen a . sen a  cos 2 a  sen 2 a

 cos 2a  cos 2 a  sen 2 a  1  2 sen 2 a  2 cos 2 a  1

tg a  tg a 2 tg a
 tg 2a  tg  a  a   
1  tg a . tg a 1  tg 2 a
2 tg a
 tg 2a 
1  tg 2 a

Arco metade

As fórmulas do arco metade, resumidamente são:

a 1  cos a
 sen 
2 2

a 1  cos a
 cos 
2 2

a 1  cos a
 tg 
2 1  cos a

65
a
Nota: o sinal  depende do quadrante a que pertence o arco .
2

Para a sua demonstração utilizam-se as fórmulas do arco duplo:

Vamos utilizar as duas fórmulas que encontramos para cos 2a a fim de que, dado o

x x x
co-seno de um arco x qualquer, possamos obter sen , cos e tg . Para isto,
2 2 2
considera-se 2a  x .

A partir de cos 2a  1  2 sen 2 a temos:

x x 1  cos x
cos x  1  2 sen 2    sen  
2 2 2

A partir de cos 2a  2 cos 2 a  1 temos:

 x x 1  cos x
cos x  2 cos 2    1  cos  
2 2 2

x
sen
sen a x 2  tg x   1  cos x
Finalmente, sabendo que tg a  , temos: tg 
cos a 2 x 2 1  cos x
cos
2

Fórmulas da transformação da soma em produto

As fórmulas da transformação da soma em produto são:

 pq  pq
 sen p  sen q  2 sen   . cos  
 2   2 
 pq  pq
 sen p  sen q  2 sen   . cos  
 2   2 

 pq  pq
 cos p  cos q  2 cos   . cos  
 2   2 
 pq  pq
 cos p  cos q  2 sen   . sen  
 2   2 
sen  p  q 
 tg p  tg q 
cos p . cos q

Demonstração:
66
Para a sua demonstração usam-se fórmulas da adição e subtracção de ângulos:

sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a 1


sen  a  b   sen a . cos b  sen b . cos a  2 
cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b  3
cos  a  b   cos a . cos b  sen a . sen b  4 

Adicionando e subtraindo, membro a membro, as identidades acima, temos:

1   2   sen  a  b   sen  a  b   2 sen a . cos b  5


1   2   sen  a  b   sen  a  b   2 sen b . cos a  6
 3   4  cos  a  b   cos  a  b   2 cos a . cos b  7
 3   4  cos  a  b   cos  a  b   2 sen a . sen b  8

 pq
 a  b   p a 
  2
Fazendo:   
 a  b  q  pq
 b 
 2

Substituindo as relações acima em (5), (6), (7) e (8), encontramos:

 pq  pq
 5  sen p  sen q  2 sen   . cos  
 2   2 
 pq  pq
 6  sen p  sen q  2 sen   . cos  
 2   2 

 pq  pq
 7  cos p  cos q  2 cos   . cos  
 2   2 
 pq  pq
 8  cos p  cos q  2 sen   . sen  
 2   2 

Para a tangente, demonstra-se da seguinte maneira:

sen p sen q sen p . cos q  sen q . cos p sen  p  q 


tg p  tg q    
cos p cos q cos p . cos q cos p . cos q

sen  p  q 
 tg p  tg q 
cos p . cos q

Analogamente, temos:

sen  p  q 
tg p  tg q 
cos p . cos q

67
CAPÍTULO II – ANÁLISE DO INQUÉRITO E APLICAÇÃO DAS FÓRMULAS
TRIGONOMÉTRICAS

Neste capítulo figuram os resultados obtidos pelo inquérito feito aos alunos e nele
estão reflectidos, de uma forma geral, todos os problemas enfrentados pelos
estudantes da Escola do II Ciclo Comandante Dangerreux na 11ª, no tocante ao
tema em causa.

Por outra, figura também neste capítulo um sistema de exercícios já resolvido que se
elaborou partindo das fórmulas demonstradas no capítulo anterior, nos quais
encontramos várias aplicações de fórmulas trigonométricas, favorecendo a
compreensão destas pelos alunos.

3. Análise e interpretação do inquérito

Os resultados obtidos deram, de uma forma geral, um vislumbre sobre o nível de


conhecimento dos alunos da 11ª classe bem como as dificuldades que encontram
frequentemente no estudo de fórmulas trigonométricas incluindo a aplicação destas
na simplificação e cálculo de expressões trigonométricas.

O inquérito constou de 10 perguntas as quais estão subdivididas em 4 grupos, com


objectivo de explorar o nível de conhecimento dos alunos sobre:

 Variação do sinal das funções trigonométricas elementares;

 Fórmulas trigonométricas;

 Cálculo e simplificação de expressões trigonométricas fundamentais;

 Opinião dos alunos sobre o tema em causa.

A partir dos dados obtidos pelo inquérito elaboraram-se as seguintes tabelas:

TABELA 1- Conhecimento dos alunos sobre variação do sinal das funções


trigonométricas elementares.

68
Nesta tabela figura o conhecimento dos alunos sobre a variação do sinal de quatro
funções trigonométricas fundamentais, conteúdo que constitui o ponto de partida
para questões trigonométricas.

Pelos resultados, apenas 39% dos alunos possui estes conhecimentos em contraste
com 32% dos alunos que deram respostas erradas mais 29% daqueles que
preferiram não dizer se a resposta é certa ou errada.

Isto tudo nos indica que há muita dificuldade neste aspecto e se necessita uma
intervenção significativa. Se o ponto de partida já oferece dificuldades, mais difícil
ainda será o tratamento do conteúdo mais complexo, o que dificulta o processo de
aprendizagem.

69
TABELA 2 – Conhecimento dos alunos sobre técnicas de cálculo do valor e
simplificação de expressões trigonométricas.

Esta tabela oferece uma apreciação muito fraca das habilidades de cálculo e
simplificação visto que apenas 12% dos alunos é que conseguiu dar respostas
satisfatórias, 61% de alunos deu respostas erradas e o resto (27%) se absteve de
dar qualquer resposta.

Para fazer face a este incidente, é necessário pôr os alunos em contacto com vários
problemas concretos, mas com diferentes graus de complexidade, para desenvolver
aquelas habilidades.

TABELA 3 – Assimilação de fórmulas trigonométricas.


70
As fórmulas trigonométricas constituem a base para resolução de vários problemas
trigonométricos. Uma vez não dominadas estas fórmulas, será impossível assimilar
e aprofundar problemas trigonométricos mais complexos.

Segundo os resultados desta tabela, apenas 36% de alunos acertou e o resto deu
em erradas e abstenções.

Para se ultrapassar este problema é conveniente mostrar aos alunos a distinção


entre fórmulas trigonométricas fundamentais e derivadas bem como as respectivas
demonstrações.

TABELA 4 – Opinião dos alunos sobre o tema em causa.

71
A tabela 4 espelha a opinião dos alunos sobre o tema em causa. Segundo os seus
resultados:

a) 24% de alunos tem dificuldades no emprego de fórmulas trigonométricas;

72
b) 18% de alunos tem dificuldade em identificar o sinal de uma função
trigonométrica;

c) 20% de alunos tem dificuldade na assimilação dos métodos de cálculo do


valor e simplificação de expressões trigonométricas.

Para os alunos, as causas que tem interferido na aprendizagem destes conteúdos


são:

i. Para 29% deles, a falta de boa explicação;

ii. Para 39% deles, a falta de bibliografia de consulta;

iii. Para 22% deles, a pouca dedicação dos alunos.

Em suma, a maior dificuldade tem sido encontrada no emprego das fórmulas


trigonométricas e a maior causa da inacessibilidade do conteúdo tem sido a falta de
bibliografia de consulta.

Criar nos alunos o interesse pela consulta bibliográfica através de trabalhos de


pesquisa é uma boa estratégia para mudar este quadro.

TABELA 5-Média geral

73
Através das estatísticas das primeiras três tabelas, observa-se que em média são
apenas 15 alunos que deram respostas satisfatórias, o que corresponde a 29% do
total.

A maior parte dos alunos deu respostas erradas a qual constitui 42% do total de
alunos e a outra parte de alunos, 29%, abstiveram-se face a uma concreta, não
podendo dizer se a resposta é certa ou errada.

Essas insuficiências são devidas a uma fraca compreensão do tema, traduzida em


dificuldades básicas ou numa preparação deficiente no que diz respeito a fórmulas
trigonométricas, cálculo e simplificação das mesmas.

74
O inquérito sugere-nos que se proporcione aos alunos um conteúdo mais objectivo
tratando sobre funções e fórmulas trigonométricas elementares bem como variados
exercícios concretos sobre cálculo e simplificação de expressões trigonométricas
visando o desenvolvimento de várias habilidades neste campo.

Daí a grande preocupação em elaborar este trabalho objectivando a melhoria da


aprendizagem da Trigonometria nas escolas, concretamente na 11ª classe.

4. Aplicação das fórmulas trigonométricas

Há várias aplicações para fórmulas trigonométricas na resolução de problemas,


tanto na área teórica como na área prática.

Esta secção limita-se apenas na aplicação das fórmulas mencionadas no capítulo I


nas seguintes áreas:

 Demonstração de igualdades trigonométricas;

 Simplificação de expressões trigonométricas;

 Cálculo do valor numérico de expressões trigonométricas.

2.1. Demonstração de igualdades trigonométricas

Exercício 1 - Demonstre as seguintes igualdades trigonométricas aplicando as


fórmulas trigonométricas básicas:

a )  sen a  cos a    sen a  cos a 


2 2
2

b) 2 sen a cos a   sen a  cos a 


2
1

cos 3 a  sen 3 a
c)  cos a  sen a
1  sen a cos a

d ) cos 4 a  sen 4 a  2 sen 2 a cos 2 a  1

1  cos a sen a
e) 
1  cos a 1  cos a

Resolução:

75
a )  sen a  cos a    sen a  cos a 
2 2

 sen 2 a  2 sen a cos a  cos 2 a  sen 2 a  2 sen a cos a  cos 2 a  2  sen 2 a  cos 2 a   21  2

b) 2 sen a cos a  2 sen a cos a  1  1  2 sen a cos a  sen 2 a  cos 2 a  1 

  sen 2 a  2 sen a cos a  cos 2 a   1   sen a  cos a 


2
1

c) Pela fórmula a 3  b 3   a  b  .  a 2  ab  b 2  , tem-se:

cos 3 a  sen 3 a


 cos a  sena  . cos 2 a  cos a sen a  sen 2 a  
1  sen a cos a 1  sen a cos a


 cos a  sena  .  cos a
sen a  1
 cos a  sen a
1  sen a cos a

d) Como  a  b  2  a 2  2 ab  b 2 , tem-se:

cos 4 a  sen 4 a  2 sen 2 a cos 2 a  sen 4 a  2 sen 2 a cos 2 a  cos 4 a   cos 2 a  sen 2 a   1  1
2 2

1  cos a sen a 1  cos a sen 2 a sen 2 a


e)     1  cos a  
1  cos a 1  cos a 1  cos a 1  cos a  2
1  cos a

 1  cos a  . 1  cos a   sen 2 a  1  cos 2 a  sen 2 a  1  sen 2 a  cos 2 a

Exercício 2 – Prove as seguintes igualdades usando as fórmulas de adição e


subtracção de arcos:

a ) sen  a  b  . cos  a  b   sen a cos a  sen b cos b

2 sen a cos b  sen a  b 


b)  tg  a  b 
cos  a  b   2 sen a cos b

cos 2  a  b   cos 2  a  b 
c)  cot g 2 a . cot g 2 b  1
2 sen 2 a sen 2 b

d ) sen  a  b  . sen  a  b   sen 2 a  sen 2 b

Resolução:

a ) sen  a  b  . cos  a  b    sen a cos b  sen b cos a   cos a cos b  sen a sen b  

 sen a cos a cos 2 b  sen b cos b sen 2 a  sen b cos b cos 2 a  sen a cos a sen 2 b 

   
 sen a cos a cos 2 b  sen 2 b  sen b cos b sen 2 b  cos 2 b  sen a cos a  sen b cos b

76
2 sen a cos b  sen  a  b  2 sen a cos b   sen a cos b  sen b cos a 
b)  
cos  a  b   2 sen a cos b cos a cos b  sen a sen b  2 sen a cos b
sen a cos b  sen b cos a sen  a  b 
   tg  a  b 
cos a cos b  sen a sen b cos  a  b 

cos 2  a  b   cos 2  a  b   cos a cos b  sen a sen b    cos a cos b  sen a sen b 
2 2
c) 2 2
 
2 sen a sen b 2 sen 2 a sen 2 b

2 cos 2 a cos 2 b  2 sen 2 a sen 2 b cos 2 a cos 2 b  sen 2 a sen 2 b


 2 2
 
2 sen a sen b sen 2 a sen 2 b

cos 2 a cos 2 b sen 2 a sen 2 b


   cot g 2 a . cot g 2 b  1
sen 2 a sen 2 b sen 2 a sen 2 b

d ) sen  a  b  . sen  a  b    sen a cos b  sen b cos a  .  sen a cos b  sen b cos a  

 sen 2
a cos 2 b  sen 2 b cos 2 a  sen 2
   
a 1  sen 2 b  sen 2 b 1  sen 2 a 

 sen 2
a  sen 2
a sen 2 b  sen 2 b  sen 2 b sen 2 a  sen 2 a  sen 2 b

Exercício 3 – Demonstre as seguintes igualdades através das fórmulas do arco


duplo e do arco metade:

cos 2 x  1
a)  cot g 2 x
1  cos 2 x

cos 2 x  sen 2 x cot g x


b) 
sen 2 x 2

x y
c )  cos x  cos y    sen x  sen y 
2 2
 4 cos 2  
 2 

Resolução:

a)
cos 2 x  1 cos 2 x  sen 2 x  1 cos 2 x  1  sen 2 x
  
 
cos 2 x  cos 2 x cos 2 x
  cot g 2 x

1  cos 2 x 1  cos x  sen x
2 2
 2 2

1  cos x  sen x sen x  sen x
2 2 2
sen x

cos 2 x  sen 2 x cos 2 x  sen 2 x  sen 2 x cos 2 x cos x cot g x


b)    
sen 2 x 2 sen x cos x 2 sen x cos x 2 sen x 2

77
x y
c )  cos x  cos y    sen x  sen y 
2 2
 4 cos 2  
 2 
x y
 cos 2 x  2 cos x cos y  cos 2 y  sen 2 x  2 sen x sen y  sen 2 y  4 cos 2  
 2 

x y
   
 cos 2 x  sen 2 x  cos 2 y  sen 2 y  2  cos x cos y  sen x sen y   4 cos 2  
 2 

x y 2 x  y 
 2  2 cos  x  y   4 cos 2    1  cos  x  y   2 cos  
 2   2 

x y
Fazendo x  y  2   e aplicando o desenvolvimento de cos 2a  cos 2 a  sen 2 a ,
 2 
tem-se:

  x  y  2 x  y  2  x  y  2  x  y 2 x  y 
 1  cos 2    2 cos    1  cos    sen    2 cos  
  2    2   2   2   2 

x y 2  x  y   2  x  y 2  x  y 
 1  sen 2    cos    0  1   sen    cos    0 
 2   2    2   2 
 11  0  0  0

Exercício 4 – Demonstre as igualdades abaixo delineadas usando as fórmulas da


transformação da soma em produto:

a ) sen x  sen  3 x   sen  5 x   sen  7 x   4 cos x cos  2 x  sen  4 x 

sen x  sen  3 x   2 sen x cos  4 x 


b) 2
sen  2 x  cos  3 x 

Resolução:

a ) sen x  sen  3 x   sen  5 x   sen  7 x    sen x  sen  5 x     sen  3 x   sen  7 x   


 x  5x   x  5x   3x  7 x   3x  7 x 
 2 sen   . cos    2 sen   . cos  
 2   2   2   2 
 2 sen  3 x  . cos  2 x   2 sen  5 x  . cos  2 x   2 cos  2 x   sen  3 x   sen  5 x   

 3x  5 x   3x  5x 
 2 cos  2 x  . 2 sen   . cos    4 cos x cos  2 x  sen  4 x 
 2   2 

78
 x  3x   x  3x 
2 sen   . cos    2 sen x cos  4 x 
sen x  sen  3 x   2 sen x cos  4 x   2   2 
b)  
sen  2 x  cos  3 x  sen  2 x  cos  3 x 

 2x  4x   2x  4x 
2 cos   . cos  
2 sen x . cos  2 x   2 sen x cos  4 x  cos  2 x   cos  4 x   2   2  
  
2 sen x cos x cos  3 x  cos x cos  3 x  cos x cos  3 x 

2 cos x . cos  3 x 
 2
cos x cos  3 x 

2.2. Simplificação de expressões trigonométricas

Exercício 1 – Através de fórmulas trigonométricas básicas, simplifique as seguintes


expressões:

1  cot g 2 x
a)
1  cot g 2 x

1  sen 4 x  cos 4 x
b)
cos 4 x
tg x . cot g x
c)
sec 2 x  1
sec 2 x . cos 2 x
d)
cos sec 2 x  1

Resolução:

cos 2 x sen 2 x  cos 2 x


1
1  cot g x 2
sen 2
x sen 2
x sen 2 x  cos 2 x 1
a)    
1  cot g x
2
cos x sen x  cos x sen x  cos x sen x  cos 2 x
2 2 2 2 2 2
1
sen 2 x sen 2 x

1  sen 4 x  cos 4 x 1   sen 2 x   cos 4 x 1  1  cos 2 x   cos 4 x


2 2

b)   
cos 4 x cos 4 x cos 4 x
2 cos 2 x  2 cos 4 x 2 cos 2 x . 1  cos 2 x  2 1  cos 2 x  2 sen 2 x
 4
 4
 2
 2
 2tg 2 x
cos x cos x cos x cos x

c) Como tg x . cot g x  1 , tem-se:

tg x . cot g x 1 1 1 cos 2 x
     cot g 2 x
sec 2 x  1 1 1  cos x
2 2
sen x 2
sen x
1
cos 2 x 2
cos x 2
cos x

79
1
. cos 2 x
sec 2 x . cos 2 x cos 2 x 1 1 sen 2 x
d)      tg 2 x
cos sec x  1
2
1 1  sen x cos x cos x
2 2 2

2
1
sen x sen 2 x sen 2 x

Exercício 2 – Simplifique as expressões abaixo usando as fórmulas de adição e


subtracção de arcos:

tg x  tg y
a)  tg x . tg y
tg  x  y 
sen  a  b   sen  a  b 
b)
cos  a  b   cos  a  b 
cos x cos y  cos  a  b 
c)
cos  a  b   sen x sen y

Resolução:

tg x  tg y tg x  tg y
a)  tg x . tg y   tg x . tg y  1  tg x . tg y  tg x . tg y  1
tg  x  y  tg x  tg y
1  tg x . tg y

sen  a  b   sen  a  b  2 sen a cos b sen a


b)    tg a
cos  a  b   cos  a  b  2 cos a cos b cos a

cos x cos y  cos  x  y  cos x cos y   cos x cos y  sen x sen y 


c)  
cos  x  y   sen x sen y cos x cos y  sen x sen y  sen x sen y
sen x sen y
  tg x . tg y
cos x cos y

Exercício 3 – Simplifique as expressões seguintes com ajuda das fórmulas do arco


duplo:

a)
 sen x  cos x  2
1  sen 2 x

cos 2 x  sen 2 x  cos 2 x


b)
1  cos 2 x

Resolução:

a)
 sen x  cos x  2 
sen 2 x  2 sen x cos x  cos 2 x 1  2 sen x cos x
 1
1  sen 2 x 1  sen 2 x 1  2 sen x cos x

80
cos 2 x  sen 2 x  cos 2 x sen 2 x  cos 2 x  1 cos 2 x  cos 2 x cos 2 x
b)     cot g 2 x
1  cos 2 x 1  cos x  sen x
2 2
sen x  sen x
2 2 2
sen x

Exercício 4 – Empregando as fórmulas da transformação da soma em produto,


simplifique:

sen x  sen  3x 
a)
cos x  cos  3 x 

 7x   x   2x 
 2 sen   . sen    cos  
b)  12   12   3 
 x
cos  
2

Resolução:

 x  3x   x  3x 
2 sen   cos  
sen x  sen  3 x   2   2   sen 2 x  tg 2 x
a) 
cos x  cos  3 x   x  3x   x  3 x  cos 2 x
2 cos   cos  
 2   2 

 7x   x 
b) Começando por desenvolver a expressão  2 sen   . sen   , tem-se:
 12   12 

 7x   x 
 2 sen   . sen    cos p  cos q sendo
 12   12 

 pq  pq
cos p  cos q  2 sen   . sen  .
 2   2 

Calculando o valor de p e q , temos:

 p  q 7x  2x
 2  12 p  3
 
  
 pq x  x
 2  12 q 2
 

 7x   x   2x   x
Portanto:  2 sen   . sen    cos    cos   , assim temos:
 12   12   3  2

81
 7x   x   2x   2x   x  2x   2x 
 2 sen   . sen    cos   cos    cos    cos    cos  
 12   12   3   3  2  3   3   1
x  x x
cos   cos   cos  
2 2 2

2.3. Cálculo do valor numérico de expressões trigonométricas

Exercício 1 – Determine o valor das seguintes expressões trigonométricas:

a ) sen 30º  cos 60º 2 sen 45º tg 30º

cot g 90º . sec 120º


b)
cos sec 240º

Resolução:

sen 30º
a ) sen 30º  cos 60º 2 sen 45º tg 30º  sen 30º  cos 60º 2 sen 45º  
cos 30º

1
1 1  2 1 3  6 1 33 2  3
   2    2  1 2   racinaliza ndo 
2 2 
 2  3 3 3 3
2

cos 90º 1 0
. .   2
cot g 90º . sec120º sen 90º cos120º
b)   1 0
cos sec 240º 1 2

sen 240º 3

Exercício 2 – Calcular o valor de sen x , sabendo que x é um ângulo agudo e que


5
tg x  .
2

Resolução:

Da fórmula sen 2 x  cos 2 x  1 , dividindo toda expressão por sen 2 x , temos:

82
1 1 1 1 4 1 29 1
1 2
 2
 1 2
 2
 1  2
  
tg x sen x 5 sen x 25 sen x 25 sen 2 x
 
 2

25 5 29 5 29
 sen x    sen x   sendo x um ângulo agudo  sen x 
29 29 29

Exercício 3 – Calcule o valor das seguintes expressões usando as fórmulas de


adição e subtracção de arcos:

   
sen      sen    
a) 6  6 
   
sen      sen    
 4   4 
 
cos x  sen   x 
b) 2  , para x  
cos    x  6

Resolução:

   
sen      sen     sen  . cos   sen  . cos   sen  . cos   sen  . cos 
 6   6  6 6 6 6 
a)
       
sen      sen     sen . cos   sen  . cos  sen . cos   sen  . cos
4  4  4 4 4 4

  1
2 sen . cos  sen
 6  6  2  1  2
  2 2 2
2 sen . cos  sen
4 4 2

 
cos x  sen   x 
b) Para 2  , empregando as fórmulas :
cos    x 

 
sen      cos  e cos        cos 
2 

 
cos x  sen   x 
Logo: 2   cos x  cos x  2 cos x  2
cos    x   cos x  cos x


Em particular, para x  , tem-se:
6
83
   
cos  sen    cos   sen 
6 2 6  6 3  2
  7
cos     cos
 6 6

4 
Exercício 4 – Sabendo que cos a   e tg    b   2, a  IIQ e que   b  0 ,
5 2
calcule sen  a  b  .

Resolução:

Como sen  a  b   sen a cos b  sen b cos b , é necessário conhecer


sen a, sen b e cos b .

Para sen a , temos:

2
 4 9 3 3
sen 2 a  1  cos 2 a  sen 2 a  1      sen 2 a   sen a   como a  IIQ  sen a  P
 5 25 5 5

 
or outro lado: tg    b   tg b  tg b  2, donde b    2 , 0 
 

1 1 1 5
 1    2 
2
Como 1  tg 2 b   cos 2 b   cos b  
cos 2 b cos 2 b 5 5

5
como b  IVQ, cos b 
5
sen b sen b 2 5
Como tg b   2   sen b  
cos b 5 5
5

3 5  2 5   4  11 5
Logo : sen  a  b   .        sen  a  b   
5 5  5  5  25

Exercício 5 – Ache o valor das seguintes expressões trigonométricas:

cos 2 y . tg y
a) , y  60º
sen    y 


b) cos
8

Resolução:

84
a)
cos 2 y . tg y

 
cos 2 y  sen 2 y . tg y

 
cos 2 y  sen 2 y . tg y

sen    y  sen  cos y  sen y cos  sen y

 1  2  3  2 
     
 2  . 3

 
cos 2  60º   sen 2  60º  . tg 60º  2 
 
  
 1
sen 60º 3
2

    
b) Buscamos um arco notável :  2 .  cos  cos  2. 
4 8 4  8

Aplicando o desenvolvimento de cos 2a :

     2       2  
cos  cos 2    sen 2     cos 2    1  cos 2     2 cos 2    1 
4 8 8 2 8   8  2 8

2 2   2 2     22 
  2 cos 2     cos 2    cos    , pois que  IQ
2 8
  4 8
  8 2 8

Exercício 6 – Calcule o valor das seguintes expressões usando fórmulas da


transformação da soma em produto:

 7   
a ) 2 sen   . cos  
 12   12 

 3   
b) 2 cos   . cos  
 8  8

Resolução:

 7   
a ) Desenvolvendo : 2 sen   . cos    sen p  sen q
 12   12 

 pq  pq
Como sen p  sen q  2 sen   . cos  , calculando o valor de p e q, tem  se :
 2   2 

pq 7  2
 2  12 p  3
 
  
 pq   
 2  12  q 2
 

 7     2    3 32
Logo : 2 sen   . cos    sen    sen    1 
 12   12   3  2 2 2

85
 3   
b) Fazendo : 2 cos   . cos    cos p  cos q, calcula  se o valor de p e q, tem  se :
 8  8
 p  q 3  
 2  8  p 
2
 
  
 pq   
 2  8 q  4
 

 3        2
Logo : 2 cos   . cos    cos    cos   
 8  8 2 4 2

CONCLUSÕES

Depois de uma análise minuciosa, em comunhão com os objectivos propostos,


concluímos o seguinte:

 A revisão bibliográfica para a fundamentação teórica do objecto de


investigação permitiu realizar um estudo dos conteúdos básicos sobre as
funções trigonométricas para melhorar o estudo do tema de Trigonometria na
11ª classe a partir da classificação das fórmulas trigonométricas e se
apresentaram procedimentos para sua demonstração;

 No diagnóstico realizado constatamos dificuldades que apresentam os


estudantes da 11ª classe no tema de Trigonometria, especificamente na
simplificação e o cálculo de expressões trigonométricas e dentre as causas
mais significativas encontra-se a falta de bibliografia de consulta;

 O sistema de problemas e exercícios elaborado em que se aplicam várias


fórmula trigonométricas, com várias técnicas de simplificação e cálculo de
expressões trigonométricas contribuirá para minimizar as dificuldades
encaradas pelos estudantes da 11ª classe, tangentes ao tema em causa.

86
RECOMENDAÇÕES

Não perdendo de vista os motivos da elaboração deste trabalho, ele surge


principalmente para ajudar tanto docentes como discentes com vista a uma boa
aprendizagem, para tal se recomenda o seguinte:

 A Direcção Municipal de Educação, deve proceder a divulgação dos


resultados deste trabalho para que seja utilizado pelos professores de
Matemática de várias instituições de ensino, com realce do II ciclo de
Ensino Secundário, para sua auto - superação.

 A direcção do departamento de Ciências Exactas ofereça mais temas de


investigação para continuar desenvolvendo outros trabalhos com uma
ideia semelhante em outros temas da mesma classe para que a disciplina
fique mais desenvolvida;

BIBLIOGRAFIA
87
1. ANTÓNIO, A. COSTA, Compêndio de Matemática – 9º ano de escolaridade,
1ª edição, 1978;

2. ANTÓNIO, DO NASCIMENTO P. F., Exercícios de Álgebra, Trigonometria e


Aritmética Racional, 6º ano de liceus, 16ª edição, 1970;

3. CICERO DA SILVA PEREIRA, Monografia: Aprendizagem em Trigonometria:


Um Caminho Possível, São Paulo, 2010

4. CTRACHILATOV, P. V., Colecção de exercícios de Trigonometria, 6ª edição,


Moscovo, 1962;

5. Manual de fórmulas técnicas [tradução de CARLOS ANTÓNIO LAUAND]. São


Paulo, Himus, 1975;

6. MARIA AUGUSTA F. N., MARIA TERESA C. V. e ALFREDO G. A., Livro de


texto, 2º volume – Matemática 10º ano, Porto Editora;

7. MARIA AUGUSTA FERREIRA NEVES. Matemática 11ª classe – Reforma


educativa – Ministério da Educação de Angola, Portugal, 2008;

8. TERESA GRAÇA, DEOLINDA D. GOMES e MARIA HELENA RUFINO,


Matemática 12º ano – volume I, Perez-Artes Gráficas, Lisboa, 1995;

9. TIZZIOTTI, JOSÉ GUILHERME. Matemática (2º grau), volume I, São Paulo,


1977 – 1979;

10. YOLANDA LIMA e FRANCELINO G., Matemática – 11º ano, Editorial o livro,
1994;

11. Http//: www.wikilívros/matematica elementar.com, acessado aos 24 – 04 – 10;

12. http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/trigonom/Trigonometria.htm,
acessado aos 26 – 04 – 10.

88

Você também pode gostar