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TERAPIA FAMILIAR PSICANALÍTICA

Teve suas origens nas décadas de 1950 e 1960.


Suas raízes foram com Freud e Fluger, mas seu
real desenvolvimento foi ao longo das décadas de
1970 e 1980.
PRINCIPAIS
NOMES
- Nathan W. Ackerman (1908 – 1971);
- Ian Ewart Alger (1926 – 2009);
- Murray Bowen (1913 – 1990);
- Lyman C. Wynne (1923 – 2007);
- Theodore Lidz (1910 – 2001);
- Israel Zwerling (1917 – 1993);
- Ivan Boszormenyi – Nagy (1920 – 2007);
- Carl Alanson Whitaker (1912 – 1995);
- Donald deAvilla Jackson (1920 – 1968);
- Salvador Minuchin (1921 – vivo).
Em relação aos
estudos da dinâmica
de sistemas, quem
mais liderou as
pesquisas nesse
campo de trabalho
foram Donald de
Avilla Jackson e
Salvador Minuchin
(durante as décadas
de 1960 e 1970).
Devido ao uso da
dinâmica de sistemas,
por estarem fazendo
Os terapeutas se progresso ao estudar tal
afastaram da área, consideravam-se
psicodinâmica MODERNOS
(consideravam-na E
AVANÇADOS
como “velha”), e se
voltaram mais para a
dinâmica de sistemas
(que seria um
assunto mais “novo”
e menos estudado);
FORMULAÇÕES
TEÓRICAS
PSICOLOGIA DO IMPULSO

Apreciação +

Força + autoconfiança PSICOLOGIA DO SELF

+
Relacionamentos ESTUDO DOS
baseados RELACIONAMENTOS SOCIAIS
em experiências 
de relacionamentos =
anteriores
TEORIA DAS
RELAÇÕES OBJETAIS
Apetite orgânico SEXO
Relacionamentos são 
secundários

AGRESSÃO

ANSIEDADE
KLEIN 1) Mãe = qualidades
boas+más
2) Pode ferir quem
ama

Vida de
fantasia rica
POSIÇÃO Época
DEPRESSIVA Desmame

Internaliza POSIÇÃO
objetos de dor PARANÓIDE
- ansiedade

Ambiente Objetos
confirmador fragmentados/
parciais
Ronald Fairbairn EGO

Objeto
Objeto Objeto
PARTE
EGO + PARTE
OBJETO + SENTIM.
RELAC.
rejeitado excitante
Ideal
que que traz
e correto
frustra anseio

Ego
Ego Ego
Excitante
Central que rejeita
Inconsciente
Consciente Inconsciente
Anseio
Satisfeito c/ Frustrado c/
Objeto
objeto ideal objeto ideal
insatisfatório
Introjeção Identidade
Identificação
do ego

Consolidação
das
Fragmentos Imagens estruturas
sel-outro diferenciadas internas
engolidos assumindo mundo
inteiros papeis consolidado
de
representações
Spitz e Bowlby Margaret Mahler

Fase
APEGO FÍSICO autista
Fase
Se negado
= simbiótica
afastamento do mundo.

Organização
Se oferecido difefenciada e
= self integrado
adultos seguros
Processo
Separação
Conexão emocional
aberamente intensa
com a família
“O objeto nunca é
percebido como ele é.
Assim, as relações
objetais são
determinadas não
somente pela maneira
como o objeto se
comporta em relação ao
sujeito, mas também
pela maneira como o
sujeito percebe e depois
integra esse
comportamento.”
Edith Jacobson
Heinz Kohut
Anseio pela
atenção dotada de
admiração
Desenvolvimento
Familiar Normal Teoria das
relações Teorias do
objetais self
O modelo
psicanalítico
Teoria da
normal contém conexão
conceitos extraídos
das seguintes
teorias:
Narcisismo O primeiro estágio das
Primário relações objetais.
As reações do recém
nascido se limitam aos
reflexos.
Aos poucos a sensação,
a percepção e a memória
se desenvolvem,
moldando a influência do
bebê e codificando a
influência das outras
pessoas.
Depois do narcisismo
primário o processo de
crescimento depende das
relações do ego com os
objetos.
SEGUNDO A
PSICANÁLISE

O BEM ESTAR PSICOLÓGICO


da gratificação dos
instintos

do controle realista dos


impulsos primitivos;

coordenação de
estruturas psíquicas
DEPENDE

independentes.
De acordo com a teoria das
relações objetais, o
segredo do ajustamento
psicológico é conseguir e
preservar a integridade
psíquica através de boas
relações objetais.

Para que o potencial inato da criança se amadureça, é


necessário um ambiente facilitador para florescer (um
ambiente de expectativas médias e uma maternidade
razoavelmente boa).
A capacidade dos pais para proporcionar uma
maternagem razoavelmente boa e segurança
suficiente para o desenvolvimento do ego do bebê
depende dos pais se sentirem seguros.

Se o relacionamento com a mãe é seguro


e amoroso o bebê aos poucos poderá
desligar-se dela, enquanto conserva o seu
apoio amoroso sob a forma de um bom
objeto interno.
O resultado de boas relações objetais
na infância influencia numa identidade
segura e bem diferenciada.

A criança bem amada tem a capacidade de adiar a


gratificação, tolerar a frustração e adquirir um
funcionamento competente ao ego, tem um sentido
coerente e coeso com o self, capaz de conviver com
outros e ser independente.
A criança com uma
reserva de boas relações
objetais amadurece com
a capacidade de tolerar
a proximidade e também
a separação.
A proximidade física e o apego
com o objeto materno singular são
precondições necessárias a
relações objetais saudáveis na
infância e na idade adulta.
Depois das fases narcisismo
Separação
e primário e simbiótica normais entra
individuação um período de separação e
individuação.

Segundo Kernberg, as primeiras introjeções ocorrem n


processo de separação da mãe. Se a separação é bem
sucedida e negociada de maneira segura, a criança
estabelece-se como um ser independente e não
desenvolve relações objetais simbióticas.
Para a psicologia do self, a formação de um
sentido forte e coeso do self depende da
disponibilidade do self-objetos parentais,
aliviando o sentimento de desamparo.

O filho que consegue separar


sentimentos de desamparo,
reconhece que ele e a mãe são
pessoas separadas.
A criança que vê
aprovação e aceitação no
reflexo nos olhos dos pais
desenvolve um self forte,
capaz de tolerar a vitória e
a derrota, aceitação e a
rejeição, durante a vida
adulta.
Na perspectiva psicanalítica, o
destino do desenvolvimento da
família é em grande parte

determinado pelo
desenvolvimento inicial
das personagens individuais
que compõem a família.
Segundo Skynner as
características das
famílias idealmente
bem desenvolvidas Controle
são: Respeita o
flexível
através de
isolamento negociação
Associativa,
aberta e ea
individualidade Iniciativa e
disponível encorajamento
aos outros da singularidade,
Interações desenvolvimento
de um caráter
espontâneas, Possui
alegre e forte.
com humor e comunicação
imaginação Possui aberta e
divisões de clara
poder
Desenvolvimento dos
Transtornos de Comportamento

Terapeutas não Problema


psicanalíticos interaçõse nas
s
x
Terapeutas Problemas
dentro
psicanalíticos das pessoas
Teoria do conflito da psicanálise
clássica

Mas teóricos das relações objetais


acrescentam – comportamento e estrutura
psíquica desenvolvem –se a partir de
experiências com outras pessoas.
Teoria das relações objetais

Relação
objetal Psicopatologia
desfavorável

Dependência infantil e desenvolvimento


incompleto do ego – principais problemas
do desenvolvimento
Transtornos de comportamento
Psicanálise

A criança pode desenvolver


percepções distorcidas a partir
dessas relações
Identificação Projetiva

É um processo interacional,
onde o individuo percebe um
objeto como se este contivesse
elementos da personalidade do
indivíduo e evoca
comportamento e sentimentos
do objeto que estejam em
conformidade com essas
percepções projetadas
Esquizofrenia x Relações
Familiares Pertubadoras
Separação e Individuação
Separação e individuação inadequadas – bebê iniciando sua
vida – psique primitiva e subdesenvolvida, não pode
suportar a perda do objeto

Fracasso em desenvolver uma percepção coesa do self e


uma identidade diferenciada – provoca apego prolongado e
intensamente emocional com a família

Patologia limítrofe – transtorno das relações objetais


Patologia Narcisista

As introjeções patológicas não somente


criam uma auto – imagem pobre, mas
também contaminam as relações com os
outros.
Personalidades Narcisistas
Escolha Conjugal
Supervalorização do
objeto

Objeto de amor torna-se um


substituto para o nosso ideal de ego

Em sua forma mais extrema o desenvolvimento


de um falso self conduz a um comportamento
esquizoide
Família
Podem experimentar fixação
e regressão

Funcionam adequadamente
até estarem sobrecarregadas

Terapeuta Familiar precisa identificar os


pontos de fixação e os padrões regressivos
Lealdades Invisíveis
Compromissos inconscientes que as crianças
assumem para ajudar as famílias

Os psicanalistas concordam que é necessário considerar os direitos e


responsabilidades individuais dentro das famílias, mas alguns tem
observado que os limites individuais são obscurecidos por conexões
inconscientes com outros membros da família.

Mitos familiares – protegem os membros da


família de enfrentar algumas verdades
dolorosas
Objetivos da terapia
Libertar os membros da
família da restrições
inconscientes;

Sejam capazes de
interagir com o outro;

Com pessoas saudáveis


na base das realidades
atuais e não imagens
inconscientes do
passado.
• As famílias em
Compreensão
crise são
tratadas com
compreensão

• E apoia para
ajudá-las
Apoio através da
dificuldade
imediata.

• Resolvida a
crise, o
terapeuta,
espera
Envolver a
família envolver a
família em
psicoterapia
reconstrutiva a
longo prazo.
Objetivos por Kats e
Skynner

- O objetivo é descrito como separação-


individuação (Katz 1981), ou
diferenciação (Skynner 1981), ambos os
termos enfatizam a autonomia.
- Um motivo para enfatizar a separação-
individuação seja que a família unida
tendem a buscar tratamento mais
frequente do que as famílias isoladas.
- Os terapeutas abordam a separação em
termos de afastamento físico.
TERAPIA PSICANALÍTICA
A CURTO PRAZO

-Para Sifneos (1972), é essencial estreitar


o campo da exploração selecionado um
foco especifico para tratamento.

- Terapia psicanalítica de família a curto


prazo:
Christopher Dare;
Maudsley Hospital de Londres.
Os adolescentes podem ser tratados
isoladamente de sua famílias a fim de se
tornarem mais independentes. O terapeuta
familiar acredita que a melhor maneira de
obter autonomia familiar é elaborar os laços
emocionais dentro da família. Ao invés de
isolar os indivíduos os terapeutas reúnem
para ajudar os membros da família a aprender
a se separarem, de maneira que permita
que o individuo seja independente
mas ao mesmo tempo relacionados.
A individuação não requer nem
consegue separando-se os
vínculos de relacionamento.

Em vez de remover os indivíduos da


família, os terapeutas convocam a
família para ajuda lós a aprender
como se libertar um do outro de
uma maneira que permite a cada
individuo ser independente e
também relacionado.

Os terapeuta de família
acreditam que o crescimento
emocional e a autonomia são
melhor adquiridos trabalhando
os elos emocionais dentro da
família.
Terapia Contextual Nagy

- O objetivo é um equilíbrio de
justiça nos encargos e nos benefícios
da vida adulta.
- O crescimento do adulto é visto como incluindo
doação e carinho;
- Levar em conta os conflitos que conduziram as
injustiças do passado e reconhece-las e
redirecioná-las é considerado essencial para
aumentar a autovalorização e não competir com
ela.
- Nagy compartilha que a suposição de que o
crescimento e o alivio dos sintomas ocorrem
através do enfrentamento de processos
emocionais evitados.
Condições para a mudança
de comportamento
- A terapia psicanalítica consegue a
mudança de personalidade e o crescimento
através do insight;
- O insight é necessário. Mas não é
suficiente, para o tratamento psicanalítico bem
sucedido.
- Greenson 1967, sejam quais forem os
insight conseguidos, eles devem ser
subsequentemente trabalhados
completamente.
- Ou seja, traduzidos em maneiras novas
e mais produtivas de se comportar
e interagir.
Condições para a mudança
de comportamento

- Khut 1977, têm sugerido que o tratamento


psicanalítico funcione não tanto pelo insight
quanto pela redução das defesas;
- Onde os pacientes experimentam e
expressam as partes reprimidas deles
próprios.
- Deste ponto de vista, pode ser mais
importante para os membros da família
expressar as suas necessidades
inconscientes do que aprender a entendê-
las.
Condições para a mudança
de comportamento
- Conforme Ackerman 1958, a maior parte
dos terapeutas trabalha para realizar as
duas coisas, estimular o insight e encorajar
a expressão dos impulsos reprimidos.
- Naturalmente as famílias defendem-se
contra a exposição de seus sentimentos
mais íntimos.
- A importância do psicanalista criar um
clima de confiança;
- O risco da exposição é bem maior na
terapia familiar, sendo muito mais difícil
admitir sua verdade e reconhecer seus
sentimentos diante da esposa.
Condições para a mudança
de comportamento

- Os pacientes de terapia familiar estão


preocupados com a exposição pública e
também com a autoproteção, os terapeutas
precisam oferecer-lhes mais segurança.
- Essa segurança é necessária, tanto para
revelar o material para analise quanto para
trabalhar este material no interação familiar.
Condições para a mudança
de comportamento

A terapia familiar deriva dos princípios


psicanalíticos deve estabelecer um clima de
segurança suficiente para expor e analisar
imagens da relações objetais internalizadas
em um estagio anterior
- Este trabalho é doloroso e não pode ser
realizado sem a continua segurança
oferecida por um terapeuta competente,
enfatiza a necessidade de criar um
“ambiente acolhedor” para toda a família.
Transferência

Segundo Nagy (1972), a terapia familiar


oferece um campo ainda mais fértil para a
utilização da transferência do que a terapia
individual.
Nadelson (1978), escreveu:
“Como o conflito conjugal pode ser encarado, por
cada parceiro, como um resultado da projeção
mútua, de objetos internalizados, e por isso pode
torna-se o campo de batalha para o conflito
passado, o terapeuta deve estar conscienteda
projeção de transferência de cada cônjuge
sobre o parceiro e também
sobre o terapeuta
(p.123)”.
Relação Objetais
- O crescimento pessoal visado no
tratamento psicanalítico pode também ser
buscado em termos das relações objetais
melhoradas.
- Para os membros da família superarem as
ligações patológicas um com o outro, devem
ser ajudados a se tornar individuo inteiros.
- Conforme Guntrip (1971), Psicoterapia é
a reintegração do ego dividido, que se
desenvolveu a partir de relações de objetos
mas no inicio da vida, é resolvido por meio
de relações de objeto boas, primeiro na
psicoterapia e, subsequente, nas relações
com a família.
Técnicas de Manutenção da
Neutralidade Analítica

Importância de manter uma


neutralidade analítica. Para
estabelecer uma atmosfera
analítica é essencial desejar
escutar e compreender, sem
se preocupar se a família
muda, e em que ela muda.
Técnicas de Manutenção da
Neutralidade Analítica

Resistência à tentação de ser


atraído para confortar,
aconselhar ou confrontar as
famílias - em prol de uma
imersão continuada, porém
silenciosa, em sua
experiência.
Técnicas de Manutenção da
Neutralidade Analítica
Os terapeutas de família analíticos
enfatizam que grande parte do que está
oculto nos diálogos da família não é
conscientemente sonegado, mas antes
reprimido na inconsciência.
A abordagem deste material é impedida
pela resistência, e quando ele se
manifesta é frequentemente sob a
forma de transferência.
Na verdade, é justo dizer que o objeto
de qualquer forma de psicoterapia
psicanalítica é vencer a resistência e
tralhar o passado nas transferências do
presente.
Técnicas de Empatia

Na intervenção dos
terapeutas analistas, eles
expressam um compreensão
empática, para ajudar os
membros da família a se
abrirem, e fazem
interpretações para
esclarecer aspectos ocultos e
confusos da experiência.
Técnica de escuta

Apenas escutar, o que não


significa não fazer perguntas
ou que não haja interesse
seletivo, mas o FLUXO
ESPONTÂNEO é muito
importante.
Técnicas de Interpretação
Limita-se as interpretações a material
específico revelado pelos pacientes

Analisam e interpretam as representações


objetais inconscientes que desempenham um
papel importante no conflito da familia

Terapia individual x terapia familiar

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