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Aula 02
AULA 02
DIREITO SOCIETçRIO.
Sum‡rio
Sum‡rio .................................................................................................. 1
1 Ð Considera•›es Iniciais .......................................................................... 3
2 Ð Direito Societ‡rio................................................................................. 3
2.1. Conceitos introdut—rios..................................................................... 3
2.1. Sociedades dependentes de autoriza•‹o ............................................. 6
2.2. Sociedade Nacional e Sociedade Estrangeira ....................................... 6
2.3. Sociedade entre c™njuges ................................................................. 7
2.4. Desconsidera•‹o da personalidade jur’dica ......................................... 9
2.5. Sociedade Unipessoal ..................................................................... 10
2.6. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) .............. 11
2.7. Classifica•‹o das Sociedades Empres‡rias......................................... 13
3.6. Sociedades N‹o Personificadas ........................................................ 16
3.7. Sociedades Personificadas .............................................................. 19
4 Ð Opera•›es Societ‡rias ........................................................................ 29
4.1. Transforma•‹o .............................................................................. 29
4.2. Incorpora•‹o................................................................................. 30
4.3. Fus‹o ........................................................................................... 31
4.4. Cis‹o ........................................................................................... 31
4.5. Outras opera•›es entre sociedades .................................................. 32
5 Ð Dissolu•‹o, Liquida•‹o e Extin•‹o das Sociedades ................................. 38
5.1. Regime de dissolu•‹o total das sociedades contratuais ....................... 38
5.2. Regime de dissolu•‹o parcial das sociedades contratuais .................... 42
5.3. Dissolu•‹o, liquida•‹o e extin•‹o das sociedades por a•›es ................ 46
5.4. Dissolu•‹o parcial nas sociedades por a•›es ..................................... 50
6 Ð Quest›es .......................................................................................... 51
6.1. Quest›es sem Coment‡rios............................................................. 51
6.2. Gabarito ....................................................................................... 57
6.3. Quest›es comentadas .................................................................... 58
5 Ð Resumo da Aula ................................................................................ 72
2 Ð Direito Societ‡rio
2.1. Conceitos introdut—rios
O Direito Societ‡rio nada mais Ž do que o estudo das sociedades, que s‹o
pessoas jur’dicas de direito privado resultantes da uni‹o de pessoas,
constitu’das com a finalidade de explorar uma atividade econ™mica e repartir
lucros entre seus membros. Esse intuito lucrativo Ž o que diferencia as
sociedades das associa•›es, que, por sua vez, tambŽm s‹o pessoas jur’dicas
de direito privado decorrentes da uni‹o de pessoas, mas sem fins econ™micos.
Veja o que dizem os dispositivos do C—digo Civil que tratam dessas duas
modalidades de pessoas jur’dicas.
Atividade
Sociedade Ex: Sociedade
econômica não
Simples Uniprofissional
empresarial
SOCIEDADES
Sociedade Atividade
Empresária Empresarial
O C—digo Civil define, em seu art. 982, qual o objeto da sociedade empres‡ria e
da sociedade simples.
Art. 982. Salvo as exce•›es expressas, considera-se empres‡ria a sociedade que tem por
objeto o exerc’cio de atividade pr—pria de empres‡rio sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
Mesmo essa regra, porŽm, conta com exce•›es, j‡ que o par‡grafo œnico do
art. 982 determina que, independentemente do objeto social, a sociedade por
a•›es sempre ser‡ empres‡ria, e a cooperativa sempre ser‡ uma sociedade
simples.
Um exemplo de sociedade simples s‹o as chamas sociedades
uniprofissionais, formadas por profissionais intelectuais cujo objeto social Ž a
explora•‹o da respectiva profiss‹o intelectual dos seus s—cios. Nelas, em geral,
n‹o est‡ presente o requisito da organiza•‹o dos fatores de produ•‹o, da
mesma forma que ocorre com os profissionais intelectuais que exercem
individualmente suas atividades.
Lembre-se ainda, porŽm, que, nos termos do par‡grafo œnico do art. 966, caso
o exerc’cio da profiss‹o intelectual dos s—cios da sociedade uniprofissional
constitua elemento de empresa, ou seja, nos casos em que as sociedades
uniprofissionais explorarem seu objeto social com empresarialidade
(organiza•‹o dos fatores de produ•‹o), estas ser‹o consideradas sociedades
empres‡rias.
Podemos dizer, de forma resumida, que a diferen•a entre as sociedades simples
e as sociedades empres‡rias n‹o est‡ no simples fato de uma possuir finalidade
lucrativa e outra n‹o, atŽ porque as sociedades simples em geral t•m fins
lucrativos. A distin•‹o deve ser feita em fun•‹o do objeto social: a sociedade
empres‡ria tem por objeto o exerc’cio de empresa (atividade econ™mica
Art. 1.123. A sociedade que dependa de autoriza•‹o do Poder Executivo para funcionar
reger-se-‡ por este t’tulo, sem preju’zo do disposto em lei especial.
Par‡grafo œnico. A compet•ncia para a autoriza•‹o ser‡ sempre do Poder Executivo
federal.
Art. 1.126. ƒ nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira e que
tenha no Pa’s a sede de sua administra•‹o.
Par‡grafo œnico. Quando a lei exigir que todos ou alguns s—cios sejam brasileiros, as
a•›es da sociedade an™nima revestir‹o, no sil•ncio da lei, a forma nominativa. Qualquer
que seja o tipo da sociedade, na sua sede ficar‡ arquivada c—pia aut•ntica do documento
comprobat—rio da nacionalidade dos s—cios.
Art. 977. Faculta-se aos c™njuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde
que n‹o tenham casado no regime da comunh‹o universal de bens, ou no da separa•‹o
obrigat—ria.
O dispositivo do C—digo Civil sofre cr’ticas da doutrina, uma vez que muitos
autores consideram que, em homenagem ao princ’pio da livre iniciativa, n‹o
deveria haver qualquer restri•‹o ˆ constitui•‹o de sociedade entre c™njuges.
A inten•‹o do legislador foi dar alguma prote•‹o ao regime de bens do
casamento, evitando a impossibilidade de individualiza•‹o da contribui•‹o social
de cada c™njuge, no caso da comunh‹o universal, e evitando que, no caso da
separa•‹o obrigat—ria, n‹o se possa, por meio da constitui•‹o da sociedade,
unir o que a pr—pria lei determinou que fosse separado. Por outro lado, as
cr’ticas encontram algum fundamento, principalmente porque, mesmo na
comunh‹o universal, h‡ bens cuja propriedade n‹o se comunica, e, mesmo na
separa•‹o obrigat—ria, h‡ a possibilidade de aquisi•‹o de bens em condom’nio.
Deve-se ainda mencionar que o art. 977 apenas pro’be a constitui•‹o de
sociedade, nesses termos, com os dois c™njuges como s—cios, sendo
perfeitamente poss’vel e juridicamente aceit‡vel, diante de nosso ordenamento,
Art. 251. A companhia pode ser constitu’da, mediante escritura pœblica, tendo como
œnico acionista sociedade brasileira.
[...]
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada ser‡ constitu’da por uma
œnica pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que n‹o
ser‡ inferior a 100 (cem) vezes o maior sal‡rio-m’nimo vigente no Pa’s.
¤ 1¼ O nome empresarial dever‡ ser formado pela inclus‹o da express‹o "EIRELI" ap—s a
firma ou a denomina•‹o social da empresa individual de responsabilidade limitada.
¤ 2¼ A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada
somente poder‡ figurar em uma œnica empresa dessa modalidade.
¤ 3¼ A empresa individual de responsabilidade limitada tambŽm poder‡ resultar da
concentra•‹o das quotas de outra modalidade societ‡ria num œnico s—cio,
independentemente das raz›es que motivaram tal concentra•‹o.
¤ 4¼ (VETADO).
¤ 5¼ Poder‡ ser atribu’da ˆ empresa individual de responsabilidade limitada constitu’da
para a presta•‹o de servi•os de qualquer natureza a remunera•‹o decorrente da cess‹o
de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor
o titular da pessoa jur’dica, vinculados ˆ atividade profissional.
¤ 6¼ Aplicam-se ˆ empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as
regras previstas para as sociedades limitadas.
Uma das mais pol•micas regras sobre a EIRELI est‡ relacionada ˆ exig•ncia de
capital m’nimo superior a 100 vezes o valor do sal‡rio m’nimo para sua
constitui•‹o.
No ordenamento jur’dico brasileiro n‹o existe qualquer outra exig•ncia de
capital m’nimo para a constitui•‹o de sociedades empres‡rias, raz‹o pela qual
foi ajuizada a ADI 4.637 perante o Supremo Tribunal Federal, pelo Partido
Popular Socialista (PPS), contra a parte final do caput do art. 980-A. A principal
alega•‹o est‡ relacionada ˆ impossibilidade de ado•‹o do sal‡rio m’nimo como
indexador do capital m’nimo necess‡rio para abertura da EIRELI. AlŽm disso, o
dispositivo esbarraria na veda•‹o de vincula•‹o do sal‡rio m’nimo para
qualquer fim, prevista no inciso IV do art. 7o da Constitui•‹o de 1988.
Sociedade em Nome
Sociedade Simples Pura
Coletivo
Sociedade em Comandita
Sociedade Limitada
Simples
Sociedade em Comandita
por A•›es
AlŽm dos tipos trazidos pelo C—digo Civil, h‡ basicamente tr•s classifica•›es
importantes para as sociedades empres‡rias. A primeira leva em conta a
responsabilidade dos s—cios. Segundo esse critŽrio, as sociedades podem
ser de responsabilidade ilimitada (por exemplo, a sociedade em nome
coletivo), de responsabilidade limitada (por exemplo, a sociedade an™nima e
a sociedade limitada), ou mistas (por exemplo, a sociedade em comandita
simples e a sociedade em comandita por a•›es).
Nas sociedades de responsabilidade limitada, todos os s—cios respondem
limitadamente pelas obriga•›es sociais, ou seja, seu patrim™nio pessoal, ao
menos em princ’pio, n‹o pode ser executado para satisfazer d’vidas contra’das
pela sociedade. Nas sociedades de responsabilidade ilimitada, por sua vez, os
s—cios respondem ilimitadamente, ou seja, esgotado o patrim™nio da sociedade,
os credores poder‹o executar todo o restante da d’vida social sobre o
patrim™nio dos s—cios, sem limite. Nas sociedades mistas quanto ˆ
responsabilidade, teremos s—cios com responsabilidade limitada e s—cios com
responsabilidade ilimitada.
temos as rela•›es sendo reguladas pelos estatutos, que n‹o cuidam dos
interesses particulares dos s—cios, mas sim da sociedade em geral.
Quanto ˆ
- Sociedade An™nima
responsabilidade Limitada
- Sociedade Limitada
dos s—cios
Art. 986. Enquanto n‹o inscritos os atos constitutivos, reger-se-‡ a sociedade, exceto por
a•›es em organiza•‹o, pelo disposto neste Cap’tulo, observadas, subsidiariamente e no
que com ele forem compat’veis, as normas da sociedade simples.
Vale lembrar que a doutrina sempre fez distin•‹o entre a sociedade de fato e
a sociedade irregular. A sociedade de fato seria aquela que n‹o possui
instrumento escrito de constitui•‹o, ou seja, n‹o possui um contrato social
escrito. Por outro lado, sociedade irregular Ž aquela que possui um contrato
escrito, mas que n‹o est‡ registrado na Junta Comercial, e da’ sua
irregularidade. O entendimento que prevalece hoje Ž no sentido de que a
sociedade em comum disciplinada pelo atual C—digo Civil nada mais Ž do que
uma nova express‹o trazida pelo legislador para se referir ˆs sociedades de fato
e ˆs sociedades irregulares.
Outra parte da doutrina, porŽm, entende que as normas que estamos
estudando n‹o se aplicam ˆs sociedades irregulares e de fato, mas sim ˆs
sociedades contratuais que est‹o em constitui•‹o, desde a sua forma•‹o de
fato atŽ o registro de seus atos constitutivos. Da’ a distin•‹o feita pelo
legislador em rela•‹o ˆs sociedades por a•›es, cuja forma•‹o Ž detalhadamente
disciplinada pela Lei n. 6.404/1976.
Entretanto, nada impediria a aplica•‹o dessas mesmas normas a essas suas
situa•›es (sociedades irregularidades e de fato), ainda que por analogia.
Como a sociedade de comum n‹o tem personalidade jur’dica, tanto que o
pr—prio C—digo Civil a chama de sociedade despersonificada, os s—cios seriam
obrigados ilimitada e diretamente pelas obriga•›es sociais. O C—digo Civil, por
outro lado, adotou uma solu•‹o um pouco diferente em seu art. 990.
Art. 990. Todos os s—cios respondem solid‡ria e ilimitadamente pelas obriga•›es sociais,
exclu’do do benef’cio de ordem, previsto no art. 1.024, aquele que contratou pela
sociedade.
Art. 988. Os bens e d’vidas sociais constituem patrim™nio especial, do qual os s—cios s‹o
titulares em comum.
Art. 987. Os s—cios, nas rela•›es entre si ou com terceiros, somente por escrito podem
provar a exist•ncia da sociedade, mas os terceiros podem prov‡-la de qualquer modo.
Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os s—cios, e a eventual inscri•‹o
de seu instrumento em qualquer registro n‹o confere personalidade jur’dica ˆ sociedade.
Par‡grafo œnico. Sem preju’zo do direito de fiscalizar a gest‹o dos neg—cios sociais, o
s—cio participante n‹o pode tomar parte nas rela•›es do s—cio ostensivo com terceiros,
sob pena de responder solidariamente com este pelas obriga•›es em que intervier.
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular ou pœblico, que,
alŽm de cl‡usulas estipuladas pelas partes, mencionar‡:
I - nome, nacionalidade, estado civil, profiss‹o e resid•ncia dos s—cios, se pessoas
naturais, e a firma ou a denomina•‹o, nacionalidade e sede dos s—cios, se jur’dicas;
II - denomina•‹o, objeto, sede e prazo da sociedade;
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer
espŽcie de bens, suscet’veis de avalia•‹o pecuni‡ria;
IV - a quota de cada s—cio no capital social, e o modo de realiz‡-la;
V - as presta•›es a que se obriga o s—cio, cuja contribui•‹o consista em servi•os;
VI - as pessoas naturais incumbidas da administra•‹o da sociedade, e seus poderes e
atribui•›es; a
VII - a participa•‹o de cada s—cio nos lucros e nas perdas;
VIII - se os s—cios respondem, ou n‹o, subsidiariamente, pelas obriga•›es sociais.
Par‡grafo œnico. ƒ ineficaz em rela•‹o a terceiros qualquer pacto separado, contr‡rio ao
disposto no instrumento do contrato.
Como o contrato deve ser registrado no Cart—rio de Registro Civil das Pessoas
Jur’dicas, precisar‡ ser escrito. O prazo para efetiva•‹o desse registro Ž de atŽ
30 dias ap—s a constitui•‹o da sociedade.
Art. 1.022. A sociedade adquire direitos, assume obriga•›es e procede judicialmente, por
meio de administradores com poderes especiais, ou, n‹o os havendo, por intermŽdio de
qualquer administrador.
Art. 999. As modifica•›es do contrato social, que tenham por objeto matŽria indicada no
art. 997, dependem do consentimento de todos os s—cios; as demais podem ser
decididas por maioria absoluta de votos, se o contrato n‹o determinar a necessidade de
delibera•‹o un‰nime.
Art. 1.071. Dependem da delibera•‹o dos s—cios, alŽm de outras matŽrias indicadas na
lei ou no contrato:
I - a aprova•‹o das contas da administra•‹o;
II - a designa•‹o dos administradores, quando feita em ato separado;
III - a destitui•‹o dos administradores;
IV - o modo de sua remunera•‹o, quando n‹o estabelecido no contrato;
V - a modifica•‹o do contrato social;
VI - a incorpora•‹o, a fus‹o e a dissolu•‹o da sociedade, ou a cessa•‹o do estado de
liquida•‹o;
VII - a nomea•‹o e destitui•‹o dos liquidantes e o julgamento das suas contas;
VIII - o pedido de concordata.
1
Ramos, AndrŽ Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado. S‹o Paulo: MŽtodo, 2016,
p. 425.
Art. 1.045. Na sociedade em comandita simples tomam parte s—cios de duas categorias:
os comanditados, pessoas f’sicas, respons‡veis solid‡ria e ilimitadamente pelas obriga•›es
sociais; e os comandit‡rios, obrigados somente pelo valor de sua quota.
Par‡grafo œnico. O contrato deve discriminar os comanditados e os comandit‡rios.
Art. 1.092. A assembleia geral n‹o pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o
objeto essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de dura•‹o, aumentar ou diminuir o
capital social, criar deb•ntures, ou partes benefici‡rias.
4 Ð Opera•›es Societ‡rias
As opera•›es societ‡rias s‹o fen™menos por meio dos quais as sociedades se
relacionam entre si, com transfer•ncia de patrim™nio. Agora estudaremos as
consequ•ncias jur’dicas dessas opera•›es, que provocam mudan•as na
estrutura dessas sociedades.
As opera•›es societ‡rias s‹o regidas tanto pelo C—digo Civil quanto pela Lei n.
6.404/1976, conhecida como Lei das Sociedades por A•›es. Quando uma
opera•‹o envolve uma SA, tem prefer•ncia a aplica•‹o da Lei das SA, j‡ que se
trata de uma lei mais espec’fica do que o C—digo Civil, mas aqui estudaremos as
regras dos dois diplomas.
4.1. Transforma•‹o
Vamos come•ar estudando os dispositivos da Lei n. 6.404/1976.
Art. 221. A transforma•‹o exige o consentimento un‰nime dos s—cios ou acionistas, salvo
se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o s—cio dissidente ter‡ o direito
de retirar-se da sociedade.
A transforma•‹o exige, como regra geral, vota•‹o un‰nime, exceto nos casos
em que o ato constitutivo (contrato social ou estatuto) da sociedade
transformada j‡ contenha disposi•‹o expressa autorizando a opera•‹o. Por
outro lado, se a transforma•‹o for aprovada por maioria, o s—cio dissidente
pode retirar-se da sociedade. O C—digo Civil traz regras semelhantes sem eu
art. 1.114.
Art. 222. A transforma•‹o n‹o prejudicar‡, em caso algum, os direitos dos credores, que
continuar‹o, atŽ o pagamento integral dos seus crŽditos, com as mesmas garantias que o
tipo anterior de sociedade lhes oferecia.
Par‡grafo œnico. A fal•ncia da sociedade transformada somente produzir‡ efeitos em
rela•‹o aos s—cios que, no tipo anterior, a eles estariam sujeitos, se o pedirem os titulares
de crŽditos anteriores ˆ transforma•‹o, e somente a estes beneficiar‡.
4.2. Incorpora•‹o
A Lei das SA define a incorpora•‹o como a Òopera•‹o pela qual uma ou mais
sociedades s‹o absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
obriga•›esÓ. Defini•‹o semelhante pode ser encontrada no art. 1.116 do C—digo
Civil.
Podemos dizer, portanto, que na incorpora•‹o temos a extin•‹o da
sociedade incorporada, mas n‹o surge uma nova sociedade. Desaparece,
portanto, apenas a sociedade incorporada, que Ž sucedida em seus direitos e
obriga•›es pela sociedade incorporadora.
Art. 227. A incorpora•‹o Ž a opera•‹o pela qual uma ou mais sociedades s‹o absorvidas
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obriga•›es.
¤ 1¼ A assemblŽia-geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo da
opera•‹o, dever‡ autorizar o aumento de capital a ser subscrito e realizado pela
incorporada mediante vers‹o do seu patrim™nio l’quido, e nomear os peritos que o
avaliar‹o.
4.3. Fus‹o
A fus‹o Ž definida pelo art. 228 da Lei das SA como Òa opera•‹o pela qual se
unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes suceder‡
em todos os direitos e obriga•›esÓ. Defini•‹o semelhante Ž tambŽm trazida pelo
art. 1.119 do C—digo Civil.
Na fus‹o, portanto, o resultado da uni‹o das duas ou mais sociedades Ž o
surgimento de uma nova sociedade.
4.4. Cis‹o
De acordo com o art. 229 da Lei das SA, a cis‹o Ž Òa opera•‹o pela qual a
companhia transfere parcelas do seu patrim™nio para uma ou mais sociedades,
constitu’das para esse fim ou j‡ existentes, extinguindo-se a companhia
cindida, se houver vers‹o de todo o seu patrim™nio, ou dividindo-se o seu
capital, se parcial a vers‹oÓ.
A cis‹o, portanto, Ž a transfer•ncia de patrim™nio de uma sociedade para
outra. Essa opera•‹o pode resultar, ou n‹o, na extin•‹o da sociedade cindida,
a depender da quantidade de patrim™nio transferido.
Art. 229. A cis‹o Ž a opera•‹o pela qual a companhia transfere parcelas do seu
patrim™nio para uma ou mais sociedades, constitu’das para esse fim ou j‡ existentes,
extinguindo-se a companhia cindida, se houver vers‹o de todo o seu patrim™nio, ou
dividindo-se o seu capital, se parcial a vers‹o.
¤ 1¼ Sem preju’zo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela do
patrim™nio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obriga•›es relacionados no
ato da cis‹o; no caso de cis‹o com extin•‹o, as sociedades que absorverem parcelas do
patrim™nio da companhia cindida suceder‹o a esta, na propor•‹o dos patrim™nios l’quidos
transferidos, nos direitos e obriga•›es n‹o relacionados.
¤ 2¼ Na cis‹o com vers‹o de parcela do patrim™nio em sociedade nova, a opera•‹o ser‡
deliberada pela assemblŽia-geral da companhia ˆ vista de justifica•‹o que incluir‡ as
informa•›es de que tratam os nœmeros do artigo 224; a assemblŽia, se a aprovar,
nomear‡ os peritos que avaliar‹o a parcela do patrim™nio a ser transferida, e funcionar‡
como assemblŽia de constitui•‹o da nova companhia.
¤ 3¼ A cis‹o com vers‹o de parcela de patrim™nio em sociedade j‡ existente obedecer‡ ˆs
disposi•›es sobre incorpora•‹o (artigo 227).
¤ 4¼ Efetivada a cis‹o com extin•‹o da companhia cindida, caber‡ aos administradores
das sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrim™nio promover o
arquivamento e publica•‹o dos atos da opera•‹o; na cis‹o com vers‹o parcial do
PRINCIPAIS
OPERA‚ÍES
SOCIETçRIAS
opera•‹o pela qual se unem duas ou mais
Fus‹o sociedades para formar sociedade nova, que lhes
suceder‡ em todos os direitos e obriga•›es
4.5.1. Coliga•‹o
A respeito desse tema temos, mais uma vez, dispositivos muito semelhantes na
Lei das SA e no C—digo Civil. Acerca da defini•‹o de coliga•‹o, especificamente,
o C—digo Civil Ž mais espec’fico, tratando do tema em seu art. 1.097.
Art. 1.097. Consideram-se coligadas as sociedades que, em suas rela•›es de capital, s‹o
controladas, filiadas, ou de simples participa•‹o, na forma dos artigos seguintes.
Art. 1.098. ƒ controlada:
I - a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas
delibera•›es dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores;
II - a sociedade cujo controle, referido no inciso antecedente, esteja em poder de outra,
mediante a•›es ou quotas possu’das por sociedades ou sociedades por esta j‡ controlada.
Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade de cujo capital outra sociedade participa
com dez por cento ou mais, do capital da outra, sem control‡-la.
A regra dos 10% para identificar a coliga•‹o, segundo a qual a sociedade que
conte com essa propor•‹o de participa•‹o em outra ser‡ considerada coligada,
tambŽm constava na Lei das SA, mas hoje a lei passou a adotar o conceito de
influ•ncia significativa. Veja o que diz hoje o ¤1o e seguintes do art. 243.
Art. 1.100. ƒ de simples participa•‹o a sociedade de cujo capital outra sociedade possua
menos de dez por cento do capital com direito de voto.
Art. 1.101. Salvo disposi•‹o especial de lei, a sociedade n‹o pode participar de outra,
que seja sua s—cia, por montante superior, segundo o balan•o, ao das pr—prias reservas,
exclu’da a reserva legal.
Par‡grafo œnico. Aprovado o balan•o em que se verifique ter sido excedido esse limite, a
sociedade n‹o poder‡ exercer o direito de voto correspondente ˆs a•›es ou quotas em
excesso, as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta dias seguintes ˆquela
aprova•‹o.
O C—digo Civil determina, como regra geral, que, quando uma sociedade tiver
participa•‹o de menos de 10% no capital votante de outra, estaremos diante de
simples participa•‹o.
Art. 265. A sociedade controladora e suas controladas podem constituir, nos termos
deste Cap’tulo, grupo de sociedades, mediante conven•‹o pela qual se obriguem a
combinar recursos ou esfor•os para a realiza•‹o dos respectivos objetos, ou a participar
de atividades ou empreendimentos comuns.
[...]
Art. 266. As rela•›es entre as sociedades, a estrutura administrativa do grupo e a
coordena•‹o ou subordina•‹o dos administradores das sociedades filiadas ser‹o
estabelecidas na conven•‹o do grupo, mas cada sociedade conservar‡ personalidade e
patrim™nios distintos.
[...]
Art. 269. O grupo de sociedades ser‡ constitu’do por conven•‹o aprovada pelas
sociedades que o componham, a qual dever‡ conter:
I - a designa•‹o do grupo;
II - a indica•‹o da sociedade de comando e das filiadas;
III - as condi•›es de participa•‹o das diversas sociedades;
IV - o prazo de dura•‹o, se houver, e as condi•›es de extin•‹o;
V - as condi•›es para admiss‹o de outras sociedades e para a retirada das que o
componham;
VI - os —rg‹os e cargos da administra•‹o do grupo, suas atribui•›es e as rela•›es entre a
estrutura administrativa do grupo e as das sociedades que o componham;
4.5.3. Cons—rcios
A constitui•‹o de cons—rcios Ž permitida pela legisla•‹o para a execu•‹o de
empreendimentos espec’ficos, nos termos do art. 278 da Lei das SA.
Art. 278. As companhias e quaisquer outras sociedades, sob o mesmo controle ou n‹o,
podem constituir cons—rcio para executar determinado empreendimento, observado o
disposto neste Cap’tulo.
O cons—rcio n‹o tem personalidade jur’dica pr—pria, sendo constitu’do por meio
de um contrato, que obrigar‡ as consorciadas nos termos do empreendimento
espec’fico. Cada uma das sociedades responde por suas obriga•›es, sem
presun•‹o de solidariedade. AlŽm disso, a fal•ncia de uma das sociedades
consorciadas obviamente n‹o se estende ˆs demais. Nessa situa•‹o o cons—rcio
continua com as demais contratantes.
Art. 279. O cons—rcio ser‡ constitu’do mediante contrato aprovado pelo —rg‹o da
sociedade competente para autorizar a aliena•‹o de bens do ativo n‹o circulante, do qual
constar‹o:
I - a designa•‹o do cons—rcio se houver;
II - o empreendimento que constitua o objeto do cons—rcio;
III - a dura•‹o, endere•o e foro;
IV - a defini•‹o das obriga•›es e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das
presta•›es espec’ficas;
V - normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados;
VI - normas sobre administra•‹o do cons—rcio, contabiliza•‹o, representa•‹o das
sociedades consorciadas e taxa de administra•‹o, se houver;
VII - forma de delibera•‹o sobre assuntos de interesse comum, com o nœmero de votos
que cabe a cada consorciado;
VIII - contribui•‹o de cada consorciado para as despesas comuns, se houver.
Par‡grafo œnico. O contrato de cons—rcio e suas altera•›es ser‹o arquivados no registro
do comŽrcio do lugar da sua sede, devendo a certid‹o do arquivamento ser publicada.
Art. 251. A companhia pode ser constitu’da, mediante escritura pœblica, tendo como
œnico acionista sociedade brasileira.
A sociedade subsidi‡ria integral pode ainda ter sido constitu’da sobre outra
modalidade, resultando da convers‹o de uma companhia j‡ existente. Para tal
basta que todas as suas a•›es sejam adquiridas por sociedade brasileira. O art.
252 prev• ainda a possibilidade de uma subsidi‡ria integral surgir como
resultado de uma opera•‹o de incorpora•‹o societ‡ria.
4.5.6. Holding
A holding nada mais Ž do que a sociedade que Ž s—cia de outra sociedade.
Nesse sentido a doutrina faz uma diferencia•‹o que merece ser mencionada por
n—s.
HOLDING
Tem por objeto social a participa•‹o
em outras sociedades e tambŽm a
Holding mista explora•‹o de outras atividades
econ™micas
que est‡ vendendo suas a•›es de obrigar os demais s—cios a tambŽm vend•-
las, caso o comprador tenha feito a oferta de compra de toda a companhia.
Geralmente a cl‡usula drag along Ž prevista em estatutos de empreendimentos
que recebem investimentos e fundos private equity e venture capital. ƒ uma
estratŽgia para permitir a sa’da futura desses investidores, j‡ que eles
normalmente ingressam nesses empreendimentos com o objetivo de sair ap—s
determinado per’odo para procurar novas possibilidades de investimento.
Parte da doutrina diz que o art. 1.033 prev• as situa•›es que ensejam a
dissolu•‹o de pleno direito, bem como as causas de dissolu•‹o amig‡vel
da sociedade. Por outro lado, o art. 1.034, traz as causas de dissolu•‹o
judicial.
Art. 1.035. O contrato pode prever outras causas de dissolu•‹o, a serem verificadas
judicialmente quando contestadas.
A sociedade n‹o perde sua personalidade jur’dica com o ato de dissolu•‹o. Esse
ato dever‡ primeiramente ser registrado na Junta Comercial, e ent‹o a
sociedade iniciar‡ a fase de liquida•‹o, durante a qual deve ser adotada a
express‹o Òem liquida•‹oÓ em seguida ao seu nome empresarial.
Durante esse per’odo ser‡ feita a apura•‹o de haveres da sociedade, com a
importante atua•‹o do liquidante.
Art. 1.037. Ocorrendo a hip—tese prevista no inciso V do art. 1.033, o MinistŽrio Pœblico, t‹o
logo lhe comunique a autoridade competente, promover‡ a liquida•‹o judicial da
sociedade, se os administradores n‹o o tiverem feito nos trinta dias seguintes ˆ perda da
autoriza•‹o, ou se o s—cio n‹o houver exercido a faculdade assegurada no par‡grafo œnico
do artigo antecedente.
Par‡grafo œnico. Caso o MinistŽrio Pœblico n‹o promova a liquida•‹o judicial da
sociedade nos quinze dias subseqŸentes ao recebimento da comunica•‹o, a autoridade
competente para conceder a autoriza•‹o nomear‡ interventor com poderes para requerer
a medida e administrar a sociedade atŽ que seja nomeado o liquidante.
Art. 1.038. Se n‹o estiver designado no contrato social, o liquidante ser‡ eleito por
delibera•‹o dos s—cios, podendo a escolha recair em pessoa estranha ˆ sociedade.
¤ 1o O liquidante pode ser destitu’do, a todo tempo:
I - se eleito pela forma prevista neste artigo, mediante delibera•‹o dos s—cios;
II - em qualquer caso, por via judicial, a requerimento de um ou mais s—cios, ocorrendo
justa causa.
O liquidante ser‡, como regra geral, escolhido pelos s—cios, sendo poss’vel a
escolha de um n‹o s—cio para exercer a fun•‹o. A destitui•‹o do liquidante pode
dar-se da mesma forma ou por via judicial, quando ocorrer justa causa.
O procedimento de liquida•‹o est‡ descrito nos arts. 1.102 e seguintes do
C—digo Civil.
Ap—s a partilha, cabe ao liquidante prestar contas de suas atividades aos s—cios.
Aprovadas as contas, a liquida•‹o estar‡ encerrada, e a’ sim a sociedade ser‡
extinta, mediante averba•‹o do registro da assembleia de s—cios na Junta
Comercial.
Se algum s—cio discordar da presta•‹o de contas do liquidante mas terminar
sendo vencido na assembleia que a aprovou, ter‡ o prazo de 30 dias para
propor a a•‹o que entender cab’vel.
Se houver algum credor n‹o satisfeito, este poder‡ exigir dos s—cios,
individualmente, o pagamento do seu crŽdito atŽ o limite da soma recebida em
raz‹o da partilha. AlŽm disso, o credor pode tambŽm propor a•‹o de perdas e
danos contra o liquidante.
Art. 1.026. O credor particular de s—cio pode, na insufici•ncia de outros bens do devedor,
fazer recair a execu•‹o sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte
que lhe tocar em liquida•‹o.
Par‡grafo œnico. Se a sociedade n‹o estiver dissolvida, pode o credor requerer a
liquida•‹o da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, ser‡
depositado em dinheiro, no ju’zo da execu•‹o, atŽ noventa dias ap—s aquela liquida•‹o.
¤ 5o Caso n‹o haja interesse dos demais s—cios no exerc’cio de direito de prefer•ncia, n‹o
ocorra a aquisi•‹o das quotas ou das a•›es pela sociedade e a liquida•‹o do inciso III do
caput seja excessivamente onerosa para a sociedade, o juiz poder‡ determinar o leil‹o
judicial das quotas ou das a•›es.
Art. 1.029. AlŽm dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer s—cio pode retirar-se
da sociedade; se de prazo indeterminado, mediante notifica•‹o aos demais s—cios, com
anteced•ncia m’nima de sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente
justa causa.
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu par‡grafo œnico, pode o s—cio ser
exclu’do judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais s—cios, por falta grave
no cumprimento de suas obriga•›es, ou, ainda, por incapacidade superveniente.
Art. 599. A a•‹o de dissolu•‹o parcial de sociedade pode ter por objeto:
I - a resolu•‹o da sociedade empres‡ria contratual ou simples em rela•‹o ao s—cio
falecido, exclu’do ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e
II - a apura•‹o dos haveres do s—cio falecido, exclu’do ou que exerceu o direito de
retirada ou recesso; ou
III - somente a resolu•‹o ou a apura•‹o de haveres.
¤ 1o A peti•‹o inicial ser‡ necessariamente instru’da com o contrato social consolidado.
Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em rela•‹o a um s—cio, o valor da
sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-‡, salvo
disposi•‹o contratual em contr‡rio, com base na situa•‹o patrimonial da sociedade, ˆ data
da resolu•‹o, verificada em balan•o especialmente levantado.
¤ 1o O capital social sofrer‡ a correspondente redu•‹o, salvo se os demais s—cios
suprirem o valor da quota.
¤ 2o A quota liquidada ser‡ paga em dinheiro, no prazo de noventa dias, a partir da
liquida•‹o, salvo acordo, ou estipula•‹o contratual em contr‡rio.
Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos s—cios,
representativa de mais da metade do capital social, entender que um ou mais s—cios est‹o
pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de atos de ineg‡vel gravidade,
poder‡ exclu’-los da sociedade, mediante altera•‹o do contrato social, desde que prevista
neste a exclus‹o por justa causa.
Par‡grafo œnico. A exclus‹o somente poder‡ ser determinada em reuni‹o ou assembleia
especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo h‡bil para permitir
seu comparecimento e o exerc’cio do direito de defesa.
O art. 206, como voc• j‡ deve ter percebido, prev• o chamado ato de
dissolu•‹o, que d‡ in’cio ao procedimento de liquida•‹o da sociedade. Das
possibilidades mencionadas pelo dispositivo, a œnica que traz a necessidade de
esclarecimento adicional Ž a al’nea b do inciso II, que exige a
representatividade m’nima de 5% do capital social para a proposi•‹o de a•‹o
de dissolu•‹o da sociedade fundada na impossibilidade de atingimento de sua
finalidade.
Conforme a jurisprud•ncia do STJ, a titularidade de 5% do capital deve ser
comprovada no momento da propositura da a•‹o, sendo irrelevantes altera•›es
posteriores na distribui•‹o das a•›es.
III - fazer levantar de imediato, em prazo n‹o superior ao fixado pela assembleia-geral
ou pelo juiz, o balan•o patrimonial da companhia;
IV - ultimar os neg—cios da companhia, realizar o ativo, pagar o passivo, e partilhar o
remanescente entre os acionistas;
V - exigir dos acionistas, quando o ativo n‹o bastar para a solu•‹o do passivo, a
integraliza•‹o de suas a•›es;
VI - convocar a assembleia-geral, nos casos previstos em lei ou quando julgar necess‡rio;
VII - confessar a fal•ncia da companhia e pedir concordata, nos casos previstos em lei;
VIII - finda a liquida•‹o, submeter ˆ assembleia-geral relat—rio dos atos e opera•›es da
liquida•‹o e suas contas finais;
IX - arquivar e publicar a ata da assembleia-geral que houver encerrado a liquida•‹o.
Art. 209. AlŽm dos casos previstos no nœmero II do artigo 206, a liquida•‹o ser‡
processada judicialmente:
I - a pedido de qualquer acionista, se os administradores ou a maioria de acionistas
deixarem de promover a liquida•‹o, ou a ela se opuserem, nos casos do nœmero I do
artigo 206;
II - a requerimento do MinistŽrio Pœblico, ˆ vista de comunica•‹o da autoridade
competente, se a companhia, nos 30 (trinta) dias subsequentes ˆ dissolu•‹o, n‹o iniciar a
liquida•‹o ou, se ap—s inici‡-la, a interromper por mais de 15 (quinze) dias, no caso da
al’nea e do nœmero I do artigo 301.
Par‡grafo œnico. Na liquida•‹o judicial ser‡ observado o disposto na lei processual,
devendo o liquidante ser nomeado pelo Juiz.
Assim como o C—digo Civil, a Lei das SA trata o liquidante, em geral, como
administrador da companhia em liquida•‹o, conferindo a ele as prerrogativas de
representar a companhia e praticar todos os atos necess‡rios ˆ liquida•‹o,
inclusive alienar bens m—veis ou im—veis, transigir, receber e dar quita•‹o.
Lembre-se ainda de que alguns atos do liquidante dependem de expressa
autoriza•‹o da assembleia-geral. Sem essa autoriza•‹o o liquidante n‹o poder‡
gravar bens e contrair emprŽstimos, salvo quando indispens‡veis ao pagamento
de obriga•›es inadi‡veis, nem prosseguir, ainda que para facilitar a liquida•‹o,
na atividade social.
Art. 213. O liquidante convocar‡ a assembleia-geral cada 6 (seis) meses, para prestar-
lhe contas dos atos e opera•›es praticados no semestre e apresentar-lhe o relat—rio e o
balan•o do estado da liquida•‹o; a assembleia-geral pode fixar, para essas presta•›es de
contas, per’odos menores ou maiores que, em qualquer caso, n‹o ser‹o inferiores a 3
(tr•s) nem superiores a 12 (doze) meses.
¤ 1¼ Nas assembleias-gerais da companhia em liquida•‹o todas as a•›es gozam de
igual direito de voto, tornando-se ineficazes as restri•›es ou limita•›es porventura
existentes em rela•‹o ˆs a•›es ordin‡rias ou preferenciais; cessando o estado de
liquida•‹o, restaura-se a efic‡cia das restri•›es ou limita•›es relativas ao direito de voto.
¤ 2¼ No curso da liquida•‹o judicial, as assembleias-gerais necess‡rias para deliberar
sobre os interesses da liquida•‹o ser‹o convocadas por ordem do juiz, a quem compete
presidi-las e resolver, sumariamente, as dœvidas e lit’gios que forem suscitados. As atas
das assembleias-gerais ser‹o, por c—pias aut•nticas, apensadas ao processo judicial.
6 Ð Quest›es
6.1. Quest›es sem Coment‡rios
1. PGE-BA Ð Procurador do Estado Ð 2014 Ð Cespe.
A desconsidera•‹o inversa da personalidade jur’dica implica o afastamento
do princ’pio de autonomia patrimonial da sociedade, o que a torna
respons‡vel por d’vida do s—cio.
6.2. Gabarito
1. CERTO 9. C 17. C
5. C 13. C 21. E
6. E 14. D 22. D
7. D 15. B 23. D
8. D 16. B 24. B
Coment‡rios:
A desconsidera•‹o inversa ocorre quando o patrim™nio da sociedade Ž atingido
para satisfazer obriga•‹o assumida pelo s—cio. Chama-se desconsidera•‹o
inversa porque o art. 50 do C—digo Civil em princ’pio trata de uma exce•‹o ˆ
limita•‹o de responsabilidade do s—cio, permitindo que, sob certas
circunst‰ncias (abuso da personalidade jur’dica, caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confus‹o patrimonial) o patrim™nio do s—cio seja alcan•ado
para satisfazer obriga•›es da sociedade.
GABARITO: CERTO
Coment‡rios:
Opa! Veja bem, se a assertiva fosse certa, a limita•‹o de responsabilidade que
decorre da constitui•‹o da sociedade empres‡ria n‹o faria sentido algum, pois
sempre que n‹o houvesse patrim™nio suficiente, poderiam ser buscados os
bens dos s—cios. A’ em vez de limita•‹o de responsabilidade ter’amos apenas
um benef’cio de ordem, n‹o Ž mesmo!? J
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios:
Muito cuidado aqui! A desconsidera•‹o inversa ocorre quando o patrim™nio da
sociedade Ž atingido para satisfazer obriga•‹o que inicialmente cabia ao s—cio.
Se Ž o patrim™nio do s—cio que est‡ sendo atingido para satisfazer obriga•‹o da
sociedade, estamos falando da desconsidera•‹o direta.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios:
Tenho cr’ticas ˆ maneira como essa quest‹o foi formulada. De qualquer forma,
a palavra Òanula•‹oÓ est‡ sendo aplicada ˆ personalidade jur’dica, e n‹o Ž isso
que ocorre quando Ž aplicado o instituto da desconsidera•‹o. Na realidade a
desconsidera•‹o Ž epis—dica, eventual, ocorrendo apenas naquele momento
espec’fico, para aquele caso concreto.
GABARITO: ERRADO
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque somente pessoas f’sicas podem tomar
parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os s—cios, solid‡ria e
ilimitadamente, pelas obriga•›es sociais (art. 1.039 do C—digo Civil).
A alternativa B est‡ incorreta porque a sociedade an™nima ser‡ sempre
considerada empres‡ria (art. 967, par‡grafo œnico), da mesma forma que a
cooperativa ser‡ sempre uma sociedade simples.
A alternativa C Ž a nossa resposta. O C—digo Civil define em seu art. 1.098 o
que Ž uma sociedade controlada, e por consequ•ncia podemos dizer o que Ž
uma sociedade controladora. Vamos relembrar!?
Coment‡rios:
De acordo com o art. 967, par‡grafo œnico, do C—digo Civil, a cooperativa ser‡
sempre sociedade simples, enquanto a sociedade por a•›es ser‡ sempre
sociedade empres‡ria. As sociedades em comandita por a•›es s‹o modalidades
de sociedades por a•›es, assim como as sociedades an™nimas. As companhias
de economia mista s‹o, por disposi•‹o constitucional, sempre sociedades
an™nimas, assim como as subsidi‡rias integrais, cuja exist•ncia est‡ prevista no
art. 251, ¤2o, da Lei n. 6.404/1976.
GABARITO: E
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque, nos termos do art. 993 do C—digo Civil, o
contrato social da sociedade em conta de participa•‹o produz efeito somente
entre os s—cios, e a eventual inscri•‹o de seu instrumento em qualquer registro
n‹o confere personalidade jur’dica ˆ sociedade.
A alternativa B est‡ incorreta porque a sociedade simples deve ser registrada
no registro civil das pessoas jur’dicas do local de sua sede (art. 998).
A alternativa C est‡ incorreta porque a sociedade em comum est‡ prevista
justamente como aquela cujos atos constitutivos n‹o estejam ainda inscritos no
registro pr—prio. S— com esse registro Ž que a sociedade adquirir‡
personalidade jur’dica, e isso nada tem a ver com o nome empresarial.
A alternativa D est‡ correta e Ž a nossa resposta. De acordo com o art. 985, a
sociedade empres‡ria adquire personalidade jur’dica com a inscri•‹o dos seus
atos constitutivos (artigos 45 e 1.150). AlŽm disso, a constitui•‹o de uma
sociedade an™nima dever‡ ser registrada tambŽm na CVM.
A alternativa E est‡ incorreta porque o ato de dissolu•‹o somente d‡ in’cio ao
procedimento de extin•‹o, sendo seguido pela liquida•‹o da sociedade.
GABARITO: D
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque h‡ previs‹o da SCP nos arts. 991 a 996 do
C—digo Civil. Trata-se da sociedade em que temos um s—cio ostensivo e os
s—cios participantes.
Coment‡rios:
Quest‹o bem simples, n‹o Ž mesmo!? As sociedades previstas no C—digo Civil
podem ser simples ou empres‡rias, e por isso uma sociedade simples
obviamente n‹o Ž uma sociedade empres‡ria, o que j‡ elimina algumas
alternativas. AlŽm disso, temos ainda nas alternativas men•‹o ˆ sociedade
an™nima, que Ž uma das espŽcies de sociedades empres‡rias. Por outro lado,
no C—digo Civil n‹o temos men•‹o a uma modalidade chamada sociedade
ilimitada, por isso nossa resposta, por elimina•‹o, Ž a alternativa C.
GABARITO: C
Coment‡rios:
Alguns doutrinadores encaram a sociedade em comandita simples como uma e
evolu•‹o da sociedade em nome coletivo. Isso porque essa modalidade
societ‡ria h‡ duas categorias de s—cios: os comanditados, com responsabilidade
ilimitada, e os comandit‡rios, com responsabilidade limitada ˆs suas respectivas
quotas, nos termos do art. 1.045 do C—digo Civil.
GABARITO: A
Coment‡rios:
O C—digo Civil determina, como regra geral, que, quando uma sociedade tiver
participa•‹o de menos de 10% no capital votante de outra, estaremos diante de
simples participa•‹o, nos termos do art. 1.100 do C—digo Civil.
GABARITO: A
Coment‡rios:
Para acertar a quest‹o precisamos identificar os erros em cada uma das
alternativas em termos de modalidades de sociedades empres‡rias. Na
alternativa A temos men•‹o ˆ sociedade simples, que, como voc• j‡ sabe, n‹o
Ž empres‡ria. Na alternativa C temos a sociedade cooperativa que, de acordo
com disposi•‹o espec’fica do C—digo Civil, ser‡ sempre simples. A alternativa D
traz a sociedade de prop—sito espec’fico, que, apesar de ser empres‡ria, n‹o Ž
uma modalidade societ‡ria, mas apenas uma sociedade empres‡ria que tem um
œnico objeto social. Normalmente Ž uma SA institu’da por sua controladora para
atingir determinada finalidade.
GABARITO: B
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque as sociedades em nome coletivo e em
comandita simples s‹o tradicionalmente consideradas sociedades de pessoas,
em que pesem posicionamentos doutrin‡rios mais recentes no sentido de que
s— Ž poss’vel dizer se uma sociedade Ž de pessoas ou de capital analisando o
caso concreto.
A alternativa B est‡ incorreta porque sociedades de pessoas s‹o aquelas em
que as rela•›es pessoais entre os s—cios t•m maior import‰ncia, e por isso Ž
comum que a aliena•‹o de cotas depende de prŽvia autoriza•‹o dos demais
s—cios.
A alternativa C Ž a nossa resposta. A doutrina mais tradicional (que encontra
algum respaldo na jurisprud•ncia dos tribunais superiores) Ž no sentido de que,
nas sociedades de pessoas, n‹o faria sentido permitir a penhora das quotas
sociais.
Nessas sociedades, como voc• deve lembrar, o v’nculo entre os s—cios Ž muito
forte, e por isso Ž muito comum que haja cl‡usula no contrato social
condicionando a admiss‹o de novos s—cios ˆ anu•ncia. Permitir a penhora das
quotas, portanto, traria a possibilidade de sua aliena•‹o a um estranho, o que,
muito provavelmente, terminaria levando ˆ extin•‹o da sociedade por falta de
confian•a entre os s—cios.
O C—digo Civil de 2002, porŽm, parece ter admitido a possibilidade de penhora
de quotas para garantia de d’vida pessoal do s—cio.
Art. 1.026. O credor particular de s—cio pode, na insufici•ncia de outros bens do devedor,
fazer recair a execu•‹o sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte
que lhe tocar em liquida•‹o.
Par‡grafo œnico. Se a sociedade n‹o estiver dissolvida, pode o credor requerer a
liquida•‹o da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, ser‡
depositado em dinheiro, no ju’zo da execu•‹o, atŽ noventa dias ap—s aquela liquida•‹o.
Coment‡rios:
De acordo com o art. 986, enquanto n‹o inscritos os atos constitutivos, a
sociedade ser‡ regida, exceto por a•›es em organiza•‹o, pelo disposto neste
Cap’tulo, observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compat’veis, as
normas da sociedade simples.
GABARITO: D
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque na sociedade em nome coletivo todos os
s—cios respondem ilimitadamente pelas obriga•›es sociais. AlŽm disso, na
sociedade em comandita simples, o s—cio comanditado tambŽm responde de
forma ilimitada.
A alternativa B est‡ correta. A SPE n‹o Ž um tipo societ‡rio, mas apenas uma
sociedade empres‡ria que tem um œnico objeto social. Normalmente Ž uma SA
institu’da por sua controladora para atingir determinada finalidade. H‡ alguns
casos previstos na legisla•‹o em que a constitui•‹o de SPE Ž obrigat—ria, a
exemplo das Parcerias Pœblico-Privadas (PPP).
A alternativa C est‡ incorreta porque Ž permitida nas sociedades limitadas a
contrata•‹o de administrador n‹o s—cio.
A alternativa D est‡ incorreta porque, se o contrato social n‹o disser nada a
respeito, a administra•‹o da sociedade cabe a cada um dos s—cios (art. 1.013
do C—digo Civil).
GABARITO: B
Coment‡rios:
Note que aqui a banca pede que o candidato marque a alternativa incorreta,
que, no nosso caso, Ž a letra B. O erro est‡ em dizer que apesar de os s—cios
somente poderem provar a exist•ncia da sociedade em comum por escrito, os
terceiros podem fazer prova tambŽm por outros meios (art. 987 do C—digo
Civil).
GABARITO: B
Coment‡rios:
Mais uma vez a banca examinadora pede ao candidato para marcar a
alternativa incorreta. Neste caso, falando sobre a EIRELI, o erro est‡ na
alternativa C, pois, apesar das cr’ticas doutrin‡rias, cada pessoa natural
somente pode constituir uma EIRELI, nos termos do art. 980-A, ¤2o do C—digo
Civil.
GABARITO: C
Coment‡rios:
Das modalidades societ‡rias apresentadas pela quest‹o, apenas a sociedade em
conta de participa•‹o n‹o conta com personalidade jur’dica pr—pria. A SCP
opera em nome do s—cio ostensivo, sobre o qual recai a responsabilidade
ilimitada sobre os neg—cios sociais.
GABARITO: A
Coment‡rios:
A resposta para essa quest‹o pode ser encontrada no art. 977 do C—digo Civil,
segundo o qual os c™njuges podem contratar sociedade, entre si ou com
terceiros, desde que n‹o tenham casado no regime da comunh‹o universal de
bens, ou no da separa•‹o obrigat—ria.
GABARITO: D
Coment‡rios:
Nossa resposta est‡ na alternativa A, pois, como voc• j‡ sabe, as opera•›es
societ‡rias das sociedades an™nimas s‹o tema da Lei n. 6.404/1976, conhecida
com o Lei das Sociedades por A•›es.
A alternativa B est‡ incorreta porque a jurisprud•ncia do STJ Ž tradicionalmente
no sentido de que o C—digo de Defesa do Consumidor n‹o se aplica ˆs rela•›es
entre acionistas e a sociedade an™nima. Vale mencionar, porŽm, que esse
entendimento vem mudando recentemente, em que pese ainda n‹o ter se
consolidado essa novidade.
A alternativa C est‡ incorreta porque a perda irrepar‡vel Ž uma das hip—teses
que autorizam a redu•‹o do capital social depois de sua integraliza•‹o, nos
termos do art. 1.082, I, do C—digo Civil.
A alternativa D est‡ incorreta porque a aplica•‹o subsidi‡ria das normas
previstas para as sociedades simples Ž a regra geral relacionada ˆs sociedades
limitadas, podendo o contrato social prever a reg•ncia da sociedade limitada
pelas normas da sociedade an™nima.
GABARITO: A
Coment‡rios:
Para responder corretamente ˆ quest‹o precisamos conhecer o conteœdo das
normas correspondentes no C—digo Civil e na Lei das SA. Isso porque o
enunciado menciona tanto s—cios quanto acionistas, n‹o fazendo diferencia•‹o
acerca do regime jur’dico aplic‡vel.
Art. 1.114. A transforma•‹o depende do consentimento de todos os s—cios, salvo se
prevista no ato constitutivo, caso em que o dissidente poder‡ retirar-se da sociedade,
aplicando-se, no sil•ncio do estatuto ou do contrato social, o disposto no art. 1.031.
Art. 221. A transforma•‹o exige o consentimento un‰nime dos s—cios ou acionistas, salvo
se prevista no estatuto ou no contrato social, caso em que o s—cio dissidente ter‡ o direito
de retirar-se da sociedade.
GABARITO: E
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a subsidi‡ria integral, no ordenamento
brasileiro, precisa ser uma sociedade an™nima.
A alternativa B est‡ incorreta porque as cooperativas podem ser s—cias em
qualquer tipo societ‡rio, j‡ que n‹o existe veda•‹o legal nesse sentido.
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque a fal•ncia do s—cio ostensivo acarreta a
dissolu•‹o da sociedade e a liquida•‹o da respectiva conta, cujo saldo
constituir‡ crŽdito quirograf‡rio (art. 994, ¤2o).
A alternativa B est‡ incorreta porque, em regra, o s—cio ostensivo n‹o pode
admitir novo s—cio sem o consentimento expresso dos demais (art. 955), a n‹o
ser que haja estipula•‹o em contr‡rio.
A alternativa C est‡ incorreta porque o contrato social da SCP produz efeitos
somente entre os s—cios, e mesmo que haja registro n‹o haver‡ a cria•‹o de
pessoa jur’dica (art. 993).
A alternativa D Ž a nossa resposta. De acordo com o art. 996 do C—digo Civil,
aplica-se ˆ sociedade em conta de participa•‹o, subsidiariamente e no que com
ela for compat’vel, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquida•‹o
rege-se pelas normas relativas ˆ presta•‹o de contas.
A alternativa E est‡ incorreta porque a contribui•‹o do s—cio participante
constitui, com a do s—cio ostensivo, patrim™nio especial, objeto da conta de
participa•‹o relativa aos neg—cios sociais (art. 994 do C—digo Civil).
GABARITO: D
Coment‡rios:
A alternativa A est‡ incorreta porque o art. 50 do C—digo Civil admite a
desconsidera•‹o da personalidade jur’dica a requerimento da parte ou do
MinistŽrio Pœblico, mas n‹o de of’cio.
A alternativa B Ž a nossa resposta. Lembre-se de que o art. 50 prev• a
possibilidade de atingir o patrim™nio tanto dos s—cios quanto dos
administradores da sociedade.
A alternativa C est‡ incorreta porque existem tipos societ‡rios em que h‡ a
responsabilidade ilimitada dos s—cios, a exemplo da sociedade em nome
coletivo e da sociedade em comandita.
A alternativa D est‡ incorreta porque, antes do registro, o contrato social gera
efeitos entre os s—cios, ainda que n‹o haja ainda personalidade jur’dica.
A alternativa E est‡ incorreta porque existem tipos societ‡rios sem
personalidade jur’dica pr—pria, como a sociedade em conta de participa•‹o.
GABARITO: B
7 Ð Resumo da Aula
Atividade
Sociedade Ex: Sociedade
econômica não
Simples Uniprofissional
empresarial
SOCIEDADES
Sociedade Atividade
Empresária Empresarial
Sociedades
Sociedades Simples
Empres‡rias
Sociedade em Nome Sociedade Simples
Coletivo Pura
Sociedade em
Sociedade Limitada
Comandita Simples
Sociedade em
Comandita por A•›es
Atualmente n‹o se pode afirmar que toda sociedade limitada Ž uma sociedade
de pessoas, e nem que toda sociedade an™nima Ž uma sociedade de capital.
Quanto ˆ
- Sociedade An™nima
responsabilidade Limitada
- Sociedade Limitada
dos s—cios
îRGÌOS SOCIAIS
îrg‹o de representa•‹o legal e de execu•‹o das
decis›es da Assembleia-Geral ou do Conselho de
Diretoria Administra•‹o (pelo menos 2 membros, acionistas ou
n‹o)
PRINCIPAIS
OPERA‚ÍES
SOCIETçRIAS
opera•‹o pela qual se unem duas ou mais
Fus‹o sociedades para formar sociedade nova, que lhes
suceder‡ em todos os direitos e obriga•›es
HOLDING
Tem por objeto social a participa•‹o
em outras sociedades e tambŽm a
Holding mista explora•‹o de outras atividades
econ™micas
8 Ð Jurisprud•ncia Aplic‡vel
9 Ð Considera•›es Finais
Chegamos ao final da nossa aula de hoje! Espero que voc• esteja gostando do
nosso curso. Se ficar alguma dœvida n‹o deixe de me procurar, ok!? J
Grande abra•o!
Paulo Guimar‹es
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