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As 19 doenças dos olhos mais comuns

que existem
14 de Fevereiro de 2018

POR Lucas Coelho




Você já parou para pensar na quantidade de doenças dos olhos que existem? Apesar do
número elevado de problemas que podem afectar nossa visão, só costumamos tomar
alguma acção quando ela já está prejudicada de cerca forma.

Por isso, o Activo Saúde preparou um guia sobre as principais doenças oftalmológicas
para você “ficar de olho” e alerta a qualquer sinal. Mas lembre-se: é preciso consultar
um oftalmologista com regularidade, e não apenas quando algum problema surgir.

As 19 doenças dos olhos mais comuns


1. Ambliopia

Também chamada de “olho preguiçoso”, a ambliopia é uma disfunção oftalmológica


sem lesão aparente. Ela geralmente acontece em crianças e é caracterizada como uma
doença que prejudica a visão, mas que não pode ser corrigido somente com o uso de
óculos.

O tratamento é demorado, pois muitas vezes o problema não está restrito ao olho
afectado, e sim à região cerebral responsável pela visão.

Terçol: como tratar, principais sintomas e causas desse problema no olho Benefícios da
rúcula: verdura previne osteoporose e protege os olhos Glaucoma: sintomas, causas,
tratamentos, tipos e prevenção

Por afectar principalmente crianças, é comum que casos de ambliopia passem


despercebidos pelos pais. Mas se não for tratado antes dos 7 ou 8 anos de idade, a
doença pode levar a um deficit de visão que durará pela vida toda. Por isso,
acompanhamento oftalmológico é fundamental até mesmo nos primeiros anos de vida.
2. Astigmatismo

O astigmatismo é uma das doenças dos olhos mais comuns que existem. Ele é resultado
de um problema na formação da córnea, que faz com que a imagem que deveria ser
formada na retina seja formada em diversas regiões diferentes do olho, resultando numa
visão distorcida.

Isso pode ser tanto um problema que acontece naturalmente, quanto um problema
associado a algum trauma que a pessoa tenha sofrido no olho, como uma cicatrização,
que altera a refracção da luz.

Além do uso de óculos (recomendado para a maioria dos casos), é possível realizar um
transplante de córnea para lidar com casos mais sérios.

3. Blefarite

A blefarite é uma inflamação nas pálpebras. Sua manifestação e severidade dependem


bastante de cada pessoa, mas quem tem pele muito oleosa ou tendência a desenvolver
caspas, por exemplo, pode sofrer com a blefarite.

Mas o que blefarite tem a ver com caspa? A doença causa uma irritação na base dos
cílios, onde acabam sendo produzidas escamas muito semelhantes às caspas.

Essa irritação e incómodo constantes podem afectar o resto do olho, portanto é


fundamental tratá-la com limpezas recorrentes, compressas de água morna ou remédios
receitados pelo médico. Eventualmente, xampus com pH neutro podem dar conta do
recado também.

Lentes de contacto sujas também podem causar blefarite. Então, caso você use lentes,
mantenha-as sempre bem limpas.

4. Catarata

A catarata é uma doença bastante associada a idosos, pois a maioria das pessoas com
mais de 70 anos de idade sofre deste problema.

É possível que ela apareça em outras idades, mas nesses casos ela costuma estar mais
relacionada a causas congénitas ou enfermidades como diabetes e traumas no olho.

A catarata se caracteriza pela perda de transparência do cristalino, que é uma espécie de


lente natural que temos dentro do olho. Isso ocorre lentamente e pode acontecer em
somente um dos olhos primeiro, mas a tendência é que, sem tratamento, a catarata vá
prejudicando a visão pouco a pouco, deixando a imagem mais embaçada.

Assim, a cirurgia é o único tratamento eficaz contra a doença.

5. Ceratocone

O Ceratocone é uma doença geralmente hereditária, que causa deformação da parte


central da córnea (a superfície transparente que recobre os olhos).
Ela também pode se manifestar em pessoas alérgicas que coçam demais os olhos. Esse
hábito pode fazer com que a retina fique mais elevada do que o normal, dando a
impressão de que está “saltada”.

A pessoa com Ceratocone costuma ter sua visão debilitada de diversas formas: pode
sofrer perda do foco, diminuição da visão nocturna, sentir alta sensibilidade à luz, entre
outras situações. Ela também pode ser caracterizada por um amento considerável de
astigmatismo em um olho em comparação ao outro.

Adolescentes e jovens têm mais chance de desenvolver a doença, de modo que ela
raramente se manifesta após os 30 anos de idade. Óculos e lentes de contacto costumam
resolver o problema, mas o oftalmologista também pode ter de realizar algum
procedimento cirúrgico, dependendo do caso.

O acompanhamento médico também é fundamental, pois o Ceratocone não controlado


pode levar eventualmente à perda de visão.

6. Conjuntivite

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, uma membrana que recobre as


pálpebras e os olhos. Quando os olhos estão vermelhos, invariavelmente é sinal de que
essa membrana está irritada, portanto trate-se de alguma forma de conjuntivite.

Obviamente, o nível de irritação varia, assim como as causas: pode ser bacteriana, Viral
ou alérgica. No caso da Viral e bacteriana, ela é contagiosa, especialmente porque causa
bastante lacrimação e a pessoa geralmente limpa os olhos com as mãos.

O tratamento da conjuntivite Viral é apenas sintomático. O da bacteriana pode ser feito


com o uso de antibióticos receitados pelo médico.

No caso da conjuntivite alérgica, ela não é contagiosa, mas incomoda pela coceira
constante nos olhos.

7. Daltonismo

O daltonismo é uma doença quase sempre hereditária, que dificulta a diferenciação


entre as cores verde e vermelho. Por vezes, também afecta a percepção do azul e
amarelo, ou pode deixar a visão acromática, ressaltando somente tons de preto e branco.

É raro o daltonismo afectar as mulheres em razão de sua composição cromossômica,


mas a doença está longe de ser um fenómeno raro. Estimativas dão conta que o
problema está presente em cerca de 5% da população mundial.

8. Descolamento de retina

A luz que entra em nosso olho é refractada de maneira a formar as imagens que
enxergamos sobre a retina, que é quem “manda” essas imagens para o cérebro por meio
do nervo óptico, onde a visão é processada.
A retina é uma membrana que se encontra dentro do olho, e ali ela recebe os nutrientes
necessários para se manter funcionando. Quando ocorre o descolamento – por trauma,
infecções, idade ou doenças – a retina para de receber estes nutrientes e começa a se
debilitar.

Se não for tratado com urgência, o descolamento de retina pode resultar em cegueira.
Como esse descolamento não causa dor, a forma de percebê-lo é por meio da visão
turva, pontos e manchas escuras na visão (chamados de moscas volantes) ou fotopsias
(flashes de luz repentinos). O tratamento é, de forma geral, cirúrgico.

9. Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

A degeneração macular relacionada à idade, também chamada de DMRI, acomete


habitualmente pessoas com mais de 60 anos de idade.

Ela se dá pela degeneração da área central da retina, causando problemas na visão


central. É possível frear um pouco a evolução da doença por meio de acompanhamento
nutricional e pela utilização de óculos, mas os danos já provocados por ela são
geralmente irreversíveis.

10. Estrabismo

Popularmente chamadas de “vesgas”, as pessoas com estrabismo sofrem a falta de


paralelismo dos olhos. Um dos olhos pode estar esteja mais para dentro, mais para fora,
ou pode ser até que haja uma diferença vertical entre eles.

O estrabismo pode ser constante ou ocorrer intermitentemente. A pessoa estrábica


comummente sofre com dores de cabeça, torcicolos e eventualmente pode ter até perda
parcial da visão.

As causas variam bastante e podem até ser neurológicas. É possível corrigir o


estrabismo com óculos, mas condições mais agudas requerem uma operação, que
costuma resolver bem o problema.

11. Glaucoma

O glaucoma é uma das doenças dos olhos mais graves que existem. Ela acontece
quando o nervo óptico, que liga os olhos ao cérebro, sofre danos constantes em razão do
aumento da pressão intra-ocular.

Essa hipertensão pode ter diversas causas, mas o importante é que, se não tratada, pode
levar à cegueira. Ela costuma atingir pessoas de idade mais avançada, e o problema é
que muitas vezes é assintomática.

Por isso, é necessário realizar exames com regularidade no oftalmologista,


especialmente após os 60 anos de idade.
12. Hipermetropia

A hipermetropia ocorre por um defeito anatómico, com os olhos apresentando medidas


menores que as usuais. Isso faz com que a imagem trazida pela luz se forme depois da
retina. Assim, a pessoa com essa condição tem dificuldade para enxergar de perto, e
esse esforço pode causar dores de cabeça recorrentes.

Todos estão sujeitos à hipermetropia, inclusive crianças em fase de crescimento. Nesses


casos, porém, é provável que o grau diminua na adolescência, pois os olhos crescem e
corrigem um pouco o problema.

13. Miopia

Assim como a hipermetropia, a miopia também ocorre quando a pessoa apresente um


defeito anatómico nos olhos.

Provavelmente, ela é a primeira palavra que vem à mente quando pensamos em


problemas de visão, já que sua incidência é grande.

Os olhos de pessoas com miopia possuem um formato mais alongado ou apresentam má


formação das córneas ou do cristalino, de maneira que a imagem da visão se forme
antes da retina. Isso faz com que essas pessoas tenham dificuldade para enxergar de
longe, mas conseguirão ver normalmente de perto.

Conjuntivite: o que é, tipos, sintomas e como tratar Actividades físicas e doenças


oculares Saúde dos olhos: a importância do óculos de sol

Neste caso, ela não precisará de óculos para ler, por exemplo, mas talvez precise para
enxergar a lousa na escola ou ir a alguma peça de teatro.

É comum a miopia surgir na infância e na adolescência, mas adultos e idosos também


podem desenvolvê-la, especialmente quando ela está associada à catarata neste último
grupo.

14. Presbiopia ou vista cansada

A Presbiopia é um problema relacionado à idade e também é conhecida como “vista


cansada”. Com o passar dos anos, o cristalino, que é o que permite aos olhos ajustar o
foco da visão, perde sua elasticidade.

Por isso, pessoas acima dos 40 anos podem desenvolver o problema naturalmente,
sendo que o principal sintoma é a dificuldade para enxergar de perto.

Aos poucos, a leitura pode se tornar desagradável, pois o indivíduo precisa afastar os
objectos cada vez mais para enxergá-los com clareza. A única forma de lidar com o
problema é por meio da utilização de óculos.
15. Pterigio

O Pterigio ocorre quando há um espessamento demasiado da conjuntiva (membrana que


reveste os olhos). Esse espessamento acontece a partir da extremidade do olho em
direcção à córnea.

Apesar de ser um problema benigno e não infeccioso, se ele cobrir a pupila pode causar
cegueira. Acredita-se que a incidência constante de raios ultravioleta nos olhos seja uma
das causas do Pterigio, por isso é necessário sempre proteger os olhos com óculos
escuros.

O tratamento para o Pterigio é apenas cirúrgico.

16. Retinopatia

São lesões que atingem a retina e especificamente seus vasos sanguíneos. De maneira
geral, elas são associadas a doenças sistémicas que causam essa condição. Um exemplo
é a retinopatia diabética, que danifica os vasos por causa do excesso de glicose no
sangue, comum a pessoas que têm diabetes.

Em qualquer caso, porém, a retinopatia pode levar à perda da visão e precisa ser tratada
antes de o problema evoluir para um quadro mais severo.

17. Síndrome do olho seco

Também chamada de síndrome de disfunção lacrimal, é um defeito na composição das


lágrimas ou na sua produção, o que prejudica a lubrificação dos olhos.

As pessoas que têm o chamado “olho seco”, assim, sentem uma pontada muito forte nos
olhos, que passa sozinho. No entanto, é preciso marcar uma consulta com um
oftalmologista para que ele possa orientar o tratamento mais adequado. Geralmente, ele
é feito com o uso de colírios especiais.

18. Terçol

O terçol é outra do rol das doenças dos olhos mais comuns que existem. Ele acontece
quando umas das glândulas da borda das pálpebras ficam entupidas ou são infectadas
por alguma bactéria. Neste último caso, a doença é contagiosa.

Quando o terçol ocorre nas glândulas externas do olho, chamamos o problema de


Hordéolo. Já quando afecta as glândulas internas, é um Chalázio, que não é infeccioso e
causa sintomas mais amenos.

A blefarite não tratada pode provocar um quadro de terçol. O tratamento geralmente é


feito com o uso de pomadas, mas em alguns casos (especialmente quando o problema
atinge a parte interna dos olhos) é necessário remover por meio de uma cirurgia.
19. Uveíte

A uveíte é uma inflamação que afecta total ou parcialmente a úvea, parte do olho
composta pela íris, corpo ciliar e coroide. Em casos mais raros, pode atingir também a
retina e o nervo óptico.

Apesar das causas desta doença dos olhos não ser totalmente conhecida, sabe-se que
infecções por vírus, bactérias ou fungos possam ter algo a ver. Outras doenças, como
toxoplasmose, herpes simples, citomegalovírus, tuberculose e sífilis também podem
estar relacionadas à uveíte.

Ela é caracterizada principalmente pela vermelhidão que provoca nos olhos, mas
também pode causar dores, fotofobia, visão turva e embaçada e levar ao surgimento de
pequenos pontos pretos na visão que se movimentam rapidamente.

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Glaucoma
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Glaucoma

Pormenor de um glaucoma de ângulo agudo.

Especialidade
Oftalmologia

Perda de visão, dor ocular, pupilas semi-dilatadas, vermelhidão no olho, náuseas[1][2]


Sintomas

Início
Gradual ou súbito[2]
habitual

Fatores
Aumento da pressão intraocular, antecedentes familiares, hipertensão arterial[1]
de risco

Método
Exame de
ocular alargado[1]
diagnóstico

Condições
Uveíte, trauma, queratite, conjuntivite[3]
semelhantes

Medicação, cirurgia, laser[1]


Tratamento

6–67 milhões[2][4]
Frequência

Classificação e recursos externos

CID-10
H40-H42

CID-9
365

DiseasesDB
5226

MedlinePlus
001620

eMedicine
oph/578

MeSH
D005901
Leia o aviso médico

Glaucoma é uma designação genérica a um grupo de doenças oculares distintas que


provocam danos ao nervo óptico e perda da visão.[1] O tipo mais comum é o glaucoma
de ângulo aberto, e os menos comuns são o glaucoma de ângulo fechado e glaucoma de
pressão (ou tensão) normal. O primeiro tipo desenvolve-se lentamente e é assintomático
durante a maior parte de sua evolução. Com o tempo, entretanto, a visão periférica do
indivíduo acometido começa a ficar comprometida e ocorre um estreitamento
progressivo do campo visual, evoluindo a visão tubular ou central e, se não houver
tratamento, cegueira[1][5]. Já o glaucoma de ângulo fechado pode cursar de forma crônica
ou aguda[2]. A apresentação aguda pode envolver dor ocular intensa, cefaleia, visão
turva, halos coloridos, náusea e vômitos[1][2][6]. A perda da visão pelo glaucoma, uma
vez que tenha ocorrido, é permanente.[1]

Os fatores de risco ao glaucoma incluem o aumento da pressão intraocular (PIO),


histórico familiar, enxaqueca, hipertensão arterial e obesidade.[1] Indivíduos com PIO
superior a 21 mmHg ou 2,8 kPa são considerados hipertensos oculares e, portanto, com
maior risco de desenvolver glaucoma[2][7]. Entanto, alguns podem ter PIO aumentada
durante anos sem desenvolver nenhum dano[2]. Por outro lado, danos ao nervo ótico
podem ocorrer com PIO dentro dos limites da normalidade, no chamado glaucoma de
pressão normal[8][9]. Crê-se que o mecanismo que desencadeia o glaucoma de ângulo
aberto seja uma obstrução do escoamento do humor aquoso através da malha trabecular,
enquanto que no glaucoma de ângulo fechado a dilatação da pupila bloqueia o fluxo do
fluido através dela, levando à íris bloquear a malha trabecular[2]. O diagnóstico é feito
pelo exame de fundo de olho, que mostra um aumento da escavação do disco ótico,
indicando dano ao nervo ótico[1][2].

Se tratado precocemente, é possível retardar ou frear a progressão da doença, utilizando-


se terapia medicamentosa, tratamento a laser ou cirurgia com o objetivo de reduzir a
PIO[1][2]. Tratamentos a laser podem ser eficazes, tanto nos glaucomas de ângulo aberto,
quanto nos de ângulo fechado. A intervenção cirúrgica somente é utilizada em
indivíduos que não respondem adequadamente aos outros tratamentos[2]. Os casos de
glaucoma de ângulo fechado devem ser tratados como emergência médica.[1]

Cerca de 11 a 67 milhões de pessoas sofrem de glaucoma em todo o mundo[2][10].


Estima-se 2 milhões de pessoas afetadas pela doença nos Estados Unidos, 900 mil no
Brasil e 100 mil em Portugal[2].[11][12] É a segunda causa de cegueira em todo o mundo
(a primeira é a catarata) e acomete principalmente indivíduos idosos, sendo que o
glaucoma de ângulo fechado é mais comum nas mulheres[1][2]. Como a perda da visão
ocorre lentamente durante um longo período de tempo, o glaucoma também é chamado
de "ladrão silencioso da visão"[13][14]. A palavra "glaucoma" vem do grego antigo
glaukos que significa azul, verde ou cinza[15] e omma, que significa olho. Catarata e
glaucoma eram doenças indistinguíveis até cerca de 1705. Em inglês, a palavra foi
usada pela primeira vez em 1587, mas não era de uso corrente até depois de 1850,
quando o desenvolvimento do oftalmoscópio passou a permitir o exame do nervo
ótico[16].
Índice
 1 Sinais e sintomas
 2 Classificação
o 2.1 Glaucoma primário de ângulo aberto
o 2.2 Glaucoma de ângulo fechado
o 2.3 Glaucoma congênito
o 2.4 Glaucoma secundário
 3 Fatores de risco
 4 Prevenção
 5 Diagnóstico
 6 Tratamento
o 6.1 Cirurgia
o 6.2 Fármacos
o 6.3 Efeitos Colaterais e contra-indicações
 7 Prognóstico
 8 Epidemiologia
 9 Referências
 10 Bibliografia

Sinais e sintomas

O campo de visão em um glaucoma avançado pode ficar cada vez mais restrito e difuso.

Enquanto o glaucoma pode ou não ter sintomas distintos, uma complicação quase
inevitável é a perda visual. A perda visual causada por glaucoma atinge primeiro a visão
periférica. No começo a perda é sutil, e pode não ser percebida pelo paciente. Perdas
moderadas a severas podem ser notadas pelo paciente através de exames atentos da sua
visão periférica. Isso pode ser feito fechando um olho e examinando todos os quatro
cantos do campo visual notando claridade e acuidade, e então repetindo o processo com
o outro olho fechado.

Frequentemente, o paciente não nota a perda de visão até vivenciar a "visão tunelada".
Se a doença não for tratada, o campo visual se estreita cada vez mais, obscurecendo a
visão central e finalmente progredindo à cegueira do olho afetado. Esperar pelos
sintomas de perda visual não é o ideal. A perda visual causada pelo glaucoma é
irreversível, mas pode ser prevenida ou atrasada por tratamento. Um oftalmologista
deve ser consultado pelas pessoas com risco de desenvolver glaucoma, especialmente
idosos e diabéticos.
Classificação
Glaucoma primário de ângulo aberto

É o tipo mais comum de glaucoma, representando cerca de 90% dos casos registrados, e
frequentemente começando sem sintomas e demorando muitos anos para causar perda
visual perceptível. Uma das causas pode ser uma obstrução da drenagem do humor
aquoso do olho. O humor aquoso é produzido no corpo ciliar do olho, fluindo através da
pupila para a câmera anterior. A malha trabecular então drena o líquido para o canal de
Schlemm e finalmente para o sistema venoso.

Todos os olhos possuem alguma pressão intraocular que é causada pela presença de
alguma resistência ao fluxo do humor aquoso através da malha trabecular e do canal de
Schlemm. Se a pressão intraocular (PIO) for alta demais (maior do que 21,5 mm Hg), a
pressão nas paredes do olho resultará na compressão das estruturas oculares. Entretanto,
outros fatores, como perturbações no fluxo sanguíneo no nervo óptico podem interagir
com a PIO e afetar o nervo óptico. Em um terço dos casos de glaucoma primário de
ângulo aberto há PIO estatisticamente normal. Esses casos são chamados de glaucoma
de pressão normal. Devido ao fato de exames do nervo óptico nem sempre serem
realizados juntamente com medidas de PIO em pacientes de risco, o glaucoma de
pressão normal é mais raramente diagnosticado até as condições se apresentarem
adiantadas.

Glaucoma de ângulo fechado

Caracterizado por um aumento rápido da pressão intraocular. Pode ser primário,


induzido por medicamentos que dilatam a pupila, como os anticolinérgicos, por um
trauma não penetrante ou ser secundário a várias doenças. Ocorre em olhos susceptíveis
quando a pupila dilata e bloqueia o fluxo do fluido através dela, levando à íris a
bloquear a malha trabecular. Glaucoma de ângulo fechado pode causar[17]:

 Ver halos (aros de luz brilhante)


 Dor no olho ou dor de cabeça
 Náusea e vômito
 Acuidade visual reduzida
 Olho vermelho (vasos da conjuntiva dilatados)
 Pressão intraocular muito elevada (mais de 40mmHg)
 Edema da córnea
 Pupila dilatada e sem resposta a luz

Pode causar uma perda visual irreversível dentro de algumas horas de crise. É
considerada uma situação de emergência oftalmológica e requer tratamento imediato. É
duas a quatro vezes mais comuns em mulheres e mais frequente entre os 50 e 70 anos.
Também é mais comum em asiáticos e inuits, e em pessoas com histórico familiar de
glaucoma.
Glaucoma congênito

É uma doença genética rara que atinge bebês. Recém nascidos com globos oculares
aumentados e córneas embaçadas. Se considera que a causa da pressão intraocular
elevada nesses casos é causada pela redução da permeabilidade trabecular. O tratamento
é a cirurgia. Normalmente a criança já nasce com a doença, geralmente adquirida no
período da gestação decorrente da má formação nos olhos.

Glaucoma secundário

Ocorre como uma complicação de várias condições médicas, como cirurgia ocular,
catarata avançada, tumor, inflamações, lesões oculares, uveítes, diabetes ou pelo uso
excessivo de medicamentos à base de corticoides.

Fatores de risco
Pessoas com histórico familiar de glaucoma têm cerca de 6% de chance de desenvolver
a doença. Os fatores de risco incluem[18]:

 Ter pressão intraocular elevada


 Ter mais de 60 anos
 Ser negro ou hispânico
 Ter uma história familiar dessa condição
 Doenças como diabetes, problemas cardíacos, pressão alta e anemia falciforme
 Ter miopia
 Ter tido uma lesão no olho ou passar por certos tipos de cirurgia ocular
 Deficiência de estrogênio
 Tomar medicamentos corticosteroides, especialmente colírios, por um longo tempo

Prevenção
Idealmente, para preservar a visão, todas as pessoas deveriam verificar regularmente a
saúde dos olhos com um oftalmologista, com a frequência das checagens aumentando
com a idade. Uma visita ao oftalmologista deveria ser feita a cada 4 anos até os 65 anos
e bi-anualmente depois dos 65 anos. Maior frequência em pacientes com mais factores
de risco.[18] Metade das pessoas que sofrem de glaucoma não percebem a perda de visão
progressiva até que a doença esteja em uma situação avançada.

Exercícios regulares e dieta com folhas verdes escuras e omega 3 reduzem o risco de
glaucoma. Proteger os olhos é importante em esportes ou trabalhos perigosos.[18]
Diagnóstico
Verificação de glaucoma normalmente é parte do exame ocular padrão feito por um
oftalmologista. A verificação de glaucoma deve incluir medida da pressão intraocular,
além do exame do nervo óptico em busca de lesões. Se houver qualquer suspeita de
lesão no nervo óptico deve ser feita uma campimetria. A oftalmoscopia a laser também
pode ser realizada. Tomografia da cabeça também pode ser feita para buscar outras
causas de pressão alta no crânio. Outros procedimentos para garantir o diagnóstico de
glaucoma podem variar de acordo com os sintomas e histórico do paciente.

Tratamento

Trabeculectomia

Diminuir a pressão intraocular elevada até o momento é o principal tratamento. A


pressão intraocular pode ser diminuída com medicamentos, geralmente colírios, pílulas
e injeções são de segunda eleição. As gotas podem dar uma sensação desagradável
queimante por alguns segundos. Para o glaucoma de ângulo fechado, na maioria das
vezes, o paciente vai precisar de intervenções com medicamentos intravenosos.

Cirurgia

Caso a pressão não diminua com o uso de medicamentos, uma cirurgia poderá ser
indicada, tanto a cirurgia a laser (trabeculoplastia), para desobstruir a trabécula e
permitir drenagem normal do líquido ocular (humor aquoso). Essa cirurgia é rápida,
rotineira e indolor. Um ponto de laser de argônio é apontado à malha trabecular para
estimular a abertura da malha e permitir um aumento no escoamento do humor
aquoso.[19]

Outra opção é a tradicional (trabeculectomia) ou mesmo uma cirurgia iridotomia


(também a laser) para fazer uma abertura de um novo canal que permita a circulação do
líquido ocular entre a parte da frente e de trás do olho (câmara anterior e posterior).
Uma câmara (bolha) pode ser feita na parede escleral do olho e uma abertura feita
abaixo da bolha para remover a porção da malha trabecular. Um agente anti-fibrótico
pode ser inserido para reduzir as cicatrizes.[19]
Em casos agudos, com súbita pressão maior que 50mmHg, podem necessitar cirurgias a
laser de emergência e medicação para diminuir instantaneamente a pressão ocular e
preservar a visão. O glaucoma congênito, herdado durante o período de gestação,
sempre vai precisar de cirurgia para tratar os canais de circulação do líquido ocular.[20]

Fármacos

Pressão intraocular pode ser diminuída com medicamentos, em geral, colírios. Há


diversas classes diferentes de medicamentos para tratar glaucoma, com diversos
medicamentos em cada classe. Betabloqueadores de uso tópico, como o timolol e o
betaxolol diminuem a produção de humor aquoso. Agonistas alfa-2 aumentam o fluxo
do humor aquoso através da malha trabecular e possivelmente através da via úveo-
escleral. Agentes mióticos parassimpatomiméticos como a pilocarpina funcionam pela
contração do músculo ciliar, estreitando a malha trabecular e permitindo o aumento do
fluxo através das vias tradicionais. Inibidores da anidrase carbônica, como a
dorzolamida, diminuem a secreção do humor aquoso pela inibição da anidrase carbônica
no corpo ciliar. Análogas da prostaglandina, como o latanoproste, aumentam o
escoamento do humor aquoso pela via úveo-escleral.

Efeitos Colaterais e contra-indicações

A maioria das medicações para o glaucoma é administrada topicamente. Como regra


geral, o tratamento esta indicado sempre que houver a possibilidade de ocorrer lesão
glaucomatosa. A decisão sobre qual medicamento prescrever depende não só do tipo de
glaucoma, mas também do histórico medico do paciente (p.ex., presença de asma ou
bradicardia), o que requer um conhecimento detalhado sobre os seus efeitos colaterais
em potencial, sendo assim seguem os efeitos colaterais dos principais fármacos
utilizados no glaucoma.

Betabloqueadores

 Efeitos colaterais oculares incluem alergia ocasional, erosões epiteliais ponteadas da


córnea e redução da secreção lacrimal.
 Efeitos colaterais sistêmicos costumam ocorrer durante a primeira semana de
tratamento. Apesar de incomuns, podem ser sérios:
o Bradicardia e hipotensão podem resultar do bloqueio dos receptores beta-1. É
preciso palpar o pulso do paciente antes de prescrever um betabloqueador.
o Broncoespasmo pode ser induzido por bloqueio dos receptores beta-2,
podendo ser fatal em asma preexistente ou doença pulmonar obstrutiva
grave.
o Efeitos colaterais variados incluem distúrbios do sono, alucinações, confusão,
depressão, fadiga, cefaleia, náusea, vertigem, redução da libido e
possivelmente redução dos níveis séricos de lipoproteínas de alta densidade.
 Redução da absorção sistêmica da droga pode ser conseguida com: oclusão lacrimal
após instilação, obtida fechando-se os olhos e aplicando-se pressão digital sobre a
região do saco lacrimal por 3 minutos. Além da redução da absorção sistêmica da
droga, esta manobra também prolonga o tempo de contato da droga com o olho,
aumentando sua eficácia terapêutica. Simplesmente fechar os olhos por 3 minutos, a
absorção sistêmica ira reduzir-se em 50%.
 As contraindicações para o uso de betabloqueadores incluem: insuficiência cardíaca
congestiva, bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau, bradicardia, asma e doença
obstrutiva das vias aéreas. Os betabloqueadores não devem ser usados na hora de
dormir porque podem causar uma queda profunda na pressão sanguínea enquanto o
paciente esta dormindo, reduzindo, assim, a perfusão do disco óptico e podendo levar
a deterioração da visão.

Agonistas alfa-2

Brimonidina: seu efeito colateral mais comum é a conjuntivite alérgica, que pode levar
até um ano para se manifestar. Há poucos relatos de uveíte anterior granulomatosa
aguda. Efeitos colaterais sistêmicos incluem boca seca, sonolência e fadiga.

Análogos de prostaglandinas e prostamidas

 Efeitos colaterais Oculares:

Hiperemia conjuntival e uma sensação de corpo estranho são comuns; aumento,


espessamento e hiperpigmentação de cílios; hiperpigmentação irreversível da íris em 11
a 23% dos pacientes após seis meses; edema macular cistoide; uveíte anterior;
hiperpigmentação conjuntival

 Efeitos colaterais sistêmicos:

Podem estar presentes cefaleias ocasionais, precipitação de enxaqueca em indivíduos


susceptíveis, rash cutâneo e sintomas leves do trato respiratório superior. Essas
formulações não devem sem usadas em gestantes, pois estudos com modelos animais
mostraram efeitos teratogênicos em potencial.

Mióticos

Os efeitos colaterais incluem miose, dor supraorbitária, miopia induzida e exacerbação


dos sintomas de catarata. Defeitos de campo visual aparecem mais densos e maiores.

Inibidores da anidrase carbônica (IAC)

O uso prolongado dos inibidores da anidrase carbônica é frequentemente limitado pelos


efeitos colaterais sistêmicos para pacientes com alto risco de perda visual. O paciente
deve ser sempre avisado sobre os possíveis efeitos colaterais, desta forma reduzindo a
ansiedade e melhorando a adesão. 1 – Parestesia é caracterizada por formigamento dos
dedos das mãos e dos pés, ocasionalmente das junções mucocutâneas. É um achado
universal e geralmente inócuo. Caso o paciente não relate este sintoma, questionamos
sua adesão ao tratamento. 2 – Síndrome de indisposição é caracterizada por uma
combinação de mal-estar, fadiga, depressão, perda de peso e redução da libido. Duas
semanas de acetato de sódio suplementar podem ser úteis. 3 – Síndrome gastrointestinal
é caracterizada por irritação gástrica, cólicas abdominais, diarreia e náuseas. Pode
ocorrer independente da síndrome de indisposição, e não esta relacionada com
alterações especificas na química sanguínea . 4 - Formação de cálculos renais é
incomum 5 - Síndrome de Stevens-Johnson pode ocorrer, raramente, pois os IACs são
derivados das sulfonamidas. 6 - Discrasias sanguíneas são raras e podem ser de dois
tipos: 7 - Supressão da medula óssea relacionada com a dose, a qual geralmente reverte
com a interrupção do tratamento. 8 - Anemia aplásica idiossincrásica não é dependente
de dose e tem mortalidade de 50%. Pode ocorrer após uma única dose, mas geralmente
se instala durante os 2-3 primeiros meses, e, muito raramente, após seis meses de
tratamento.

Agentes Osmóticos[21]

 Sobrecarga cardíaca pode ocorrer como resultado do aumento do volume extracelular.


Agentes osmóticos devem, portanto, se usados com cautela em pacientes com doença
cardíaca ou renal.
 Retenção urinaria pode afetar homens idosos após administração intravenosa.
Cauterização pode ser necessária naqueles com prostatismo.
 Efeitos colaterais variados incluem cefaleia, dor nas costas, náusea e confusão mental.

Cannabis

A cannabis (derivado da maconha) também reduz a pressão intraocular. Cientistas


observaram que trinta minutos depois de fumar cannabis a pressão intraocular reduzia
em aproximadamente 25%, o fluxo lacrimal e a pressão ocular rítmica reduziam em
50%, sem desenvolvimento de tolerância (sem necessidade de aumento da dose para
obter o mesmo efeito). Extratos de cannabis administrados oralmente, por via
endovenosa ou por aplicação tópica causavam o mesmo efeito.[22] Porém as maiores
associações de oftalmologia do mundo não recomendam a cannabis para glaucoma
porque seu efeito dura apenas 3 a 4h, exigindo um uso 6 a 8 vezes por dia para obter o
efeito desejado. Outros tratamento são mais eficazes e eficientes e duram mais.[20] Além
disso, os efeitos do humor alterado e sedação impedem que o paciente conduza veículos
e reduz a capacidade mental e memória de largo prazo.[23]

Prognóstico
Pacientes diagnosticados com glaucoma devem tomar os cuidados necessários para
manter a qualidade de vida e prevenir a evolução da doença. Segundo um estudo da
Evidências - Kantar Health, os portadores da doença costumam ter uma perda de 36%
na produtividade do trabalho e 33% enfrentam limitações para a realização de atividades
diárias. Os pacientes também costumam usar mais o sistema de saúde, com mais visitas
ao pronto-socorro, maior taxa de consultas médias ambulatoriais e hospitalizações.[24]
Para conseguir manter a qualidade de vida apesar dos desafios da doença, é importante
ter uma alimentação adequada, com vitaminas e nutrientes que ajudam na qualidade da
visão. Além disso, manter exercícios físicos regulares ajudam a reduzir a pressão ocular,
principalmente nos casos de glaucoma com ângulo aberto.Embora a doença não tenha
cura, o tratamento pode ser muito favorável se levado com responsabilidade,
obedecendo os horários dos medicamentos e orientações médicas.
Epidemiologia
Glaucomas atingem cerca de 1% das pessoas entre 43 e 54 anos, 2,1% entre 54 e 75 e
4,7% em maiores de 75 anos. Mais de 90% sendo do tipo ângulo aberto.[25]

Referências
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National Institutes of Health. Consultado em 23 de Agosto de 2016
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  GLAUCOMA FOUNDATION - TREATING GLAUCOMA


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  Fonte: R.S.Hepler e I.M.Frank,1971. Apud Robinson, Rowan, O grande livro da cannabis: guia completo de seu uso
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  «Dia mundial da saúde ocular: você cuida bem dos seus olhos? Maioria dos casos de cegueira podem ser evitáveis se
tratados a tempo»

25. 
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Medicine (em inglês). 328 (15): 1097-1106. ISSN 1533-4406. Consultado em 23 de
agosto de 2016

[Esconder]

v•e

Patologias dos olhos


pálpebra: inflamação (Hordéolo, Calázio, Blefarite) - Entrópio - Ectrópio - Lagoftalmo -
Blefarocalásia - Ptose - Blefarofimose - Xantelasma - Triquíase
Pálpebra, sistema lacrimal
e globo
sistema ocular Dacrioadenite - Epífora - Dacriocistite
lacrimal:

globo ocular: Exoftalmia - Enoftalmia


Conjuntivite - Pterígio
Conjuntiva- Pinguécula - Hemorragia subconjuntival
Esclerite - Ceratite - Úlcera de córnea - Cegueira da neve - Ceratite superficial ponteada de Thygeson - Distrofia de
Fuchs - Ceratocone - Síndrome do olho seco - Fotoqueratite - Ceratoconjuntivite - Neovascularização da córnea -
Esclera e córnea
Anel de Kayser-Fleischer - Arco senil - Ceratopatia em faixa
Irite - Uveíte
Íris e- corpo
Iridociclite
ciliar - Hifema - Membrana pupilar persistente - Iridodiálise - Sinéquia
Catarata - AfaciaCristalino
- Deslocamento do cristalino
Retinite (Por citomegalovírus - Corioretinite) - Coroideremia - Descolamento da retina - Retinosquise - Retinopatia
(Retinopatia hipertensiva, Retinopatia diabética, Retinopatia da prematuridade) - Degeneração macular - Retinite
Coroide e retina
pigmentosa - Hemorragia retinal - Retinopatia serosa central - Edema macular - Membrana epiretinal - Pucker
macular
Neurite
Nervo óptica
óptico - Papiledema
e vias ópticas - Atrofia óptica - Neuropatia óptica hereditária de Leber
Estrabismo paralítico: Oftalmoparesia - Oftalmoplegia externa progressiva - Paralisia
(III, IV, VI) - Síndrome de Kearns-Sayre Outros estrabismos: Esotropia/Exotropia -
Hipertropia - Heteroforia (Esoforia, Exoforia) - Síndrome de Brown - Síndrome de
Músculos oculares,
Duane
movimento binocular,
Outras binoculares: Paralisia do olhar conjugado - Insuficiência de convergência -
acomodação e refração
Oftalmoplegia internuclear - Síndrome do um e meio

Erros refrativos: Hipermetropia/Miopia - Astigmatismo - Anisometropia/Aniseiconia - Presbiopia


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Glaucoma, uveítis y trauma ocular diagnóstico diferencial de ojo rojo

INTRODUCCIÓN

El ojo rojo es uno de los motivos de consulta más frecuentes no solamente en el servicio
de oftalmología sino en medicina general, y sus causas son diversas, las cuales varían en
cuanto a su severidad, curso clínico y secuelas que puedan traer. Los pacientes con
cuadro de ojo rojo acuden como primera medida a los servicios de urgencias, de ahí la
importancia que nosotros como médicos generales tengamos la capacidad de hacer un
diagnóstico diferencial de las distintas entidades que puedan cursar con ojo rojo,
llegando a un diagnóstico acertado y así en lo posible poder instaurar el tratamiento
adecuado, y saber cuándo remitir o no un paciente al especialista.

Hay muchas causas de ojo rojo, pero en esta relatoría solamente me voy a enfocar en
tres de ellas: glaucoma agudo, uveítis y trauma ocular, más que hacer una revisión
extensa de cada una de ellas, el objetivo es aportar claves para que de manera práctica
basándonos en la anamnesis y en la elaboración de un correcto examen oftalmológico
podamos realizar un aproximación diagnostica. No me referiré a las demás causas de
ojo rojo ya que estas fueron motivo de otra clase.

1. GLAUCOMA AGUDO DE ANGULO CERRADO


1.1. EPIDEMIOLOGÍA

El glaucoma afecta a 65 millones de personas en el mundo, ocasionando ceguera en


aproximadamente 7,5 millones y ubicándose en el segundo lugar causal de ceguera en
todo el mundo (1). La Organización Mundial de la Salud ha emprendido un extensivo
análisis de la literatura que estima la prevalencia, incidencia y severidad de los
diferentes tipos de glaucoma a nivel mundial. Utilizando datos obtenidos entre 1980 y
comienzos de 1990, la OMS ha estimado que la población global con aumento de la
presión intraocular (>21mmHg) es de 104,5 millones (1).

Comparado con el glaucoma de ángulo abierto primario, la epidemiología del glaucoma


de ángulo cerrado ha sido menos discutida. La prevalencia del glaucoma de ángulo
cerrado varía en diferentes grupos étnicos y raciales. En la población caucásica de
Europa y Estados Unidos se ha estimado una prevalencia de 0,1%, mientras que en la
población de las regiones como el este asiático la prevalencia es más elevada (3) al igual
que en nuestro medio, aunque no hay estadísticas concretas que confirmen en qué
proporción. No encontré datos estadísticos sobre la prevalencia e incidencia del
glaucoma en Colombia.

Existen ciertos factores de riesgo asociados con el desarrollo de glaucoma de ángulo


cerrado: las mujeres tienen tres a cuatro veces más riesgo de desarrollar glaucoma de
ángulo cerrado que los hombres, la edad es otro factor que interviene, el glaucoma de
ángulo cerrado es más común entre los 55 y 65 años, aunque también puede aparecer en
adultos jóvenes y se han reportado casos en niños, también se ha encontrado relación
entre algún tipo de defecto en la refracción y la aparición de glaucoma de ángulo
cerrado.(2)

1.2. MARCO TEÓRICO

Definición:

El termino glaucoma hace referencia al grupo de enfermedades que tienen como


característica común la neuropatía óptica por aumento de la presión intraocular o por
falta de perfusión, produciendo una pérdida del campo visual. La presión intraocular
normal es de 10 -22 mmHg, y depende de tres factores (2):
 La tasa de producción de humor acuoso por el cuerpo ciliar
 La resistencia a la salida del humor acuoso a través del ángulo de drenaje
 El nivel de la presión venosa de la episclera

La mayoría de veces el aumento en la presión intraocular es causado por incremento en


la resistencia a la salida del humor acuoso. (2)

Diferentes factores de riesgo incrementa la posibilidad de desarrollar glaucoma y


además se han asociado con el incremento de la presión intraocular, dentro de estos
encontramos la edad avanzada, la raza y la historia familiar positiva. (2)

En la mayoría de individuos los cambios en el campo visual vistos en el glaucoma están


determinados por el aumento en la presión intraocular la cual va a ocasionar un daño en
los axones del nervio óptico. Otros factores no muy bien definidos, también intervienen
en el daño del nervio óptico. (2)

El glaucoma primario hace referencia a aquel que no está asociado con desordenes
oculares o sistémicos que causen un incremento en la resistencia a la salida del humor
acuoso, principalmente afectan ambos ojos y pueden ser heredados. Por el contrario el
glaucoma secundario está asociado con enfermedades oculares o sistémicas
responsables de incrementar la resistencia a la salida del humor acuoso, las
enfermedades que causan glaucoma secundario son a menudo unilaterales y la aparición
familiar es menos común (2).

Aspectos históricos relevantes:

El termino glaucoma viene del griego glaukós que significa acuoso o decoloración azul.
Hipócrates consideraba que la glaukosis era una enfermedad que aparecía en gente de
edad. Hipócrates lo que quería describir con este término era la decoloración azulosa de
la pupila. Posteriormente apareció el nombre de hipoquimia que correspondía a las
cataratas. (2)

En la antigüedad la glaukosis y la hipoquimia fueron consideradas como dos entidades


idénticas. Más adelante el glaucoma fue considerado como una enfermedad del cuerpo
cristalino o fluido, la cual cambiaba su color normal a azul claro; la hipoquimia, en
contraste, fue considerada como la exudación de un fluido que se depositaba y se
congelaba entre el iris y el cristalino. Todos los glaucomas fueron considerados
incurables.

Los autores de la antigüedad y los médicos árabes interpretaron el glaucoma como una
catarata incurable con desecación del lente. Durante la Edad Media la escuela de
Salerno introdujo el término de “gutta serena” el cual hacía referencia a un tipo de
catarata incurable en la cual la pupila estaba dilatada y clara, fue considerada como una
entidad congénita.(2)

Pierre Brisseau, con su libro sobre cataratas y glaucoma publicado en 1709 fue el
primero en considerar el glaucoma como una opacificación vítrea e interpreto las
cataratas como una opacidad del cristalino. La primera descripción del glaucoma fue
hecha por Charles St. Yves en 1722 y posteriormente describió el glaucoma de ángulo
cerrado. (2)
Johann Zacharias Platner en 1745 manifestó que el glaucoma se caracterizaba por una
resistencia a la presión ejercida por los dedos sobre los parpados del paciente. Esta
teoría de la presión fue clarificada por William Mackenzie en 1830. Jacob Wenzel en
1808 considero al glaucoma como una enfermedad primaria de la retina, mientras
S.Canstatt en 1831, Julius Sichelen 1841 y las generaciones siguientes de autores
consideraban el glaucoma como una forma de coroiditis, y como una entidad incurable.

A comienzos del siglo XIX Mackenzie sugirió la escleroterapia como método para tratar
el glaucoma. Georg Stromeyer recomendó la tenotomía del oblicuo superior y miotomia
del oblicuo inferior. (2)

Albrecht von Graefe en 1856 hizo el primer gran descubrimiento en el tratamiento del
glaucoma, encontrando que la iridectomia podía ser curativa para ciertos tipos de
glaucoma (2).

Solo con el invento del oftalmoscopio por Hermann von Helmholtz en 1851 fue posible
observar los cambios en la cabeza del nervio óptico asociados con glaucoma. Edgard
Jaeger e Isidor Schnable defendieron la hipótesis de que el glaucoma se caracterizaba
por cambios específicos en el nervio óptico (2).

Etiología:

La cámara anterior y posterior del ojo están llenas de humor acuoso el cual es producido
por las células del cuerpo ciliar, normalmente este líquido fluye desde la cámara
posterior, pasa a través de la pupila hasta la cámara anterior y luego sale del ojo a través
de la red trabecular dentro del canal de Schelemm y este último drena al sistema venoso
a través del plexo colector. (2,4)

Existen tres factores que van a determinar la presión intraocular, cuya relación se
resume en la ecuación de Goldman así:(2)

P0 = (F/C) + PV

En donde P0 es la presión intraocular dada en mmHg, F es la tasa de formación de


humor acuoso en ul/min, C es la facilidad de la salida del humor acuoso en
ul/min/mmHg, y Pv es la presión venosa de la episclera en mmHg. (2)

Existen diferentes tipos de glaucoma (ángulo abierto, ángulo cerrado, además puede
clasificarse según su etiología como congénito, primario o secundario) (2). Es al
glaucoma de ángulo estrecho al cual me voy a referir en esta revisión por ser el que
cursa con cuadro de ojo rojo. El glaucoma de ángulo estrecho es aquel en el cual la
salida del humor acuoso está impedida debido a la oposición del iris contra la malla
trabecular en el ángulo de filtración En cualquier caso y salvo raras excepciones, los
glaucomas se caracterizan por presentar una presión intraocular elevada (>21mmHg)
que se asocia a pérdidas en el campo visual. Esta elevación de la presión intraocular es
el principal factor de riesgo y en la mayoría de casos es la consecuencia de problemas
en el drenaje del humor acuoso. Cuando el volumen de este fluido contenido en las
cámaras anterior y posterior aumenta, a su vez aumenta la presión intraocular. Uno de
los glaucomas más frecuentes es el glaucoma de ángulo abierto donde la salida del
humor acuoso a través de las estructuras de evacuación (las vías uveoescleral y
trabecular) es normal, pero el drenaje del fluido se ve disminuido por problemas en la
función de estas estructuras. Aproximadamente el 70-80% del humor acuoso se elimina
a través de la vía trabecular, mientras que el 20-30% restante se elimina a través de la
vía uveoescleral y otras vías más pequeñas. De hecho, en pacientes con glaucoma de
ángulo abierto se han encontrado cambios a nivel histológico y funcional en la red
trabecular y el endotelio del canal de Schlemm, como cambios en la composición de la
matriz extracelular, en el número de células, en la respuesta a diferentes fármacos, o
bien cambios que se asemejan a los producidos de manera natural por el envejecimiento
(4)

Cuadro clínico:

En el glaucoma de ángulo cerrado o agudo, se producen ataques súbitos de aumento de


presión intraocular, generalmente unilateral. En estos pacientes el espacio entre la
córnea y el iris (ángulo de drenaje) es más estrecho de lo normal. Cualquier factor que
provoque la dilatación de la pupila (una escasa iluminación, las gotas oftálmicas
indicadas para dilatar la pupila o ciertos fármacos) puede hacer que el iris bloquee el
drenaje de fluido, cuando esto sucede la presión intraocular aumenta. (2)

Un episodio de glaucoma de ángulo cerrado agudo produce síntomas repentinos. Puede


provocar un ligero empeoramiento de la visión, el paciente puede percibir halos de color
alrededor de las luces, dolor ocular y en ocasiones cefalea. Estos síntomas pueden durar
sólo unas pocas horas antes de que tenga lugar un ataque más grave, el cual produce una
rápida pérdida de la visión y dolor pulsátil en el ojo. Las náuseas y los vómitos son
comunes y pueden hacernos confundir con una patología gastrointestinal. Hay edema
palpebral. La pupila se dilata y no hay reactividad a la luz. (2,5)

A pesar de que la mayoría de los síntomas desaparecen con un tratamiento médico


adecuado, los ataques pueden recurrir. Cada ataque reduce cada vez más el campo
visual. (2)

1. Glaucoma de ángulo cerrado: la pupila esta moderadamente dilatada y no reactiva a


la luz. Tomado de Howard M. The red eye. NEJM. 2000; 343(5): pág. 349
1.3. DIAGNÓSTICO

Historia clínica:

El manejo apropiado del glaucoma depende de la habilidad clínica para el diagnóstico


de la forma específica de glaucoma, la determinación de la severidad y progresión de la
enfermedad. Se deben indagar los síntomas actuales del paciente, así como su duración,
intensidad, severidad y localización, antecedentes médicos, quirúrgicos, farmacológicos
y toxico alérgicos, y familiares, hacer una completa revisión por sistemas. (2)

Biomicroscopia:

Permite observar los signos asociados a la enfermedad ocular; en los pacientes con
elevación aguda de la presión intraocular puede haber una vaso dilatación de la
conjuntiva, si el aumento de la presión intraocular ocurre de manera crónica se pueden
formar fístulas arteriovenosas y hay una dilatación venosa de la episclera. (2)

En el iris podemos encontrar heterocromia, atrofia, defectos de transiluminacion,


ectropion uveal, corectopia, nódulos, y material de exfoliación. Puede haber presencia
de material exfoliativo, subluxacion y dislocación de los lentes, las cataratas
subcapsulares posteriores pueden ser indicativas del uso crónico de esteroides. (2)

Gonioscopia:

Es una herramienta esencial en el diagnóstico de glaucoma. Puede ser indicada como


parte de la evaluación inicial de todos los pacientes, sirve para evaluar el ángulo
camerular, se utilizan diferentes lentes como el de Goldmann o Zeiss. Se dice que el
ángulo está cerrado cuando solo se puede ver hasta la parte anterior del trabeculo,
cuando el ángulo es < 20º se considera estrecho. (2)

El Sistema Shaffer clasifica el ángulo entre el iris y la red trabecular en los siguientes
grados:(2)

 Grado IV: ángulo de 45º


 Grado III: entre 20º y 45º
 Grado II: de 20º
 Grado I: de 10º, ángulo que probablemente se cerrara con el tiempo
 Hendidura: menor a 10º, ángulo cerrado muy probablemente
 Grado 0: 0º, el iris esta contra la red trabecular, ángulo cerrado

Oftalmoscopia:

La oftalmoscopia directa no se recomienda para realizar la evaluación del nervio óptico


en pacientes con glaucoma, debido a su poca magnificación. Por lo tanto este se evalúa
con la lámpara de hendidura haciendo uso de lentes de 78-90 dioptrías. Una asimetría en
la excavación de más del 20% entre los dos nervios ópticos es sospechosa de glaucoma,
además el borde del nervio óptico tiende a perderse progresivamente (2)

Imágenes diagnosticas:
Actualmente existen varios instrumentos capaces de obtener imágenes de la papila y de
la capa de fibras del nervio óptico, muy sencillos sin necesidad de dilatar la pupila que
permiten un análisis cuantitativo de estas estructuras y que han demostrado ser útiles en
el diagnóstico y tratamiento. De todos los métodos disponibles la oftalmoscopia con
láser confocal, la polarimetría láser y la tomografía óptica de coherencia son
probablemente los más desarrollados en la actualidad. (11)

No me extenderé en este tema ya que es de más interés para los especialistas en


oftalmología, que para nosotros.

1.4. TRATAMIENTO

La presión intraocular puede reducirse tanto por la disminución de la producción de


humor acuoso por el cuerpo ciliar, como por el aumento de su drenaje a través de la
malla trabecular, a través de la vía uvoescleral o a través de vías creadas
quirúrgicamente. (6)

El tratamiento del glaucoma es más exitoso si se comienza de manera temprana. En los


estadios avanzados de la enfermedad, cuando la visión ha disminuido mucho, el
tratamiento puede evitar nuevos deterioros, pero en general no puede restablecer la
visión completamente.

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