Você está na página 1de 1

Oxum me contou que quando IANSÃ, rainha dos ventos e tempestades, estava com seu

coração confuso, cheio de mágoa e tristeza, ela ia se lavar nas águas doces de
OXUM. Ela pedia colo e conselhos, pedia conforto e um pouco do amor incondicional
de Mamãe. Quando IANSÃ chegava, OXUM se alegrava e a recebia de braços abertos,
enfeitava seus lindos cabelos com o primeiro desabrochar das rosas vermelhas mais
lindas que encontrava e pedia aos passarinhos que cantassem suas melodias mais
doces. OXUM envolvia sua querida irmã com seus raios dourados e esperava
pacientemente que se acalmasse e assim pudesse contar tudo o que se escondia
naquele coração tão amado. Depois de um longo tempo em que IANSÃ aliviava seu
coração e encontrava em OXUM o retorno para suas emoções e o equilíbrio necessário,
algo misterioso sempre acontecia. Quem olhasse de longe poderia ver o deslumbrante
e a perfeição dos movimentos que a água e o vento geravam, plenos como em uma
dança, as duas energias giravam e giravam, uma alimentando e elevando a outra. O
que acontecia é que Mamãe OXUM se alimentava da ira e tristeza de OYÁ, se
fortalecia, se iluminava e conseguia todo o conforto e energia necessários para
encontrar o caminho do mar, principalmente para superar suas próprias dores e
tristezas. Uma protegia a outra, uma alimentava a outra e juntas eram capazes de
trazer força e amor a todos que por elas clamavam. CHAMO OYÁ, VENTO FORTE VAI
SOPRAR OH! IANSÃ SEUS RAIOS VEM ILUMINAR... (Último trecho hino 87 de Chandra
Lacombe, Divinas Mães) O Mundo de Gaya • Athena • Toth • Conselhos de Ísis •
Parvati

Você também pode gostar