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Noções de Arquivologia para Técnico Administrativo da ANATEL

Aula 00 - Aula Demonstrativa / Arquivística: princípios e conceitos


Prof. Mayko Gomes

Aula 00 - Aula Demonstrativa / Arquivística: princípios e conceitos

Aula Conteúdo Programático Data

00 Arquivística: princípios e conceitos. 03/07


Gestão de documentos:
Protocolo;
01 Classificação de documentos de arquivo; 25/07
Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo;
Tabela de temporalidade de documentos de arquivo.
Acondicionamento e armazenamento de documentos;
Preservação e conservação de documentos;
02 Triagem e eliminação de documentos e processos; 05/08
Digitalização de documentos;
Controle de qualidade da digitalização.
03 Legislação arquivística. 15/08

Sumário

Comentários ao Edital .................................................................................................................. 3


Noções Iniciais ................................................................................................................................... 5
Órgãos de Documentação ......................................................................................................... 7
Arquivo ......................................................................................................................................... 7
Biblioteca ...................................................................................................................................... 8
Centro de Documentação / Informação ...................................................................................... 8
Museu ........................................................................................................................................... 8
Classificação dos Arquivos ..................................................................................................... 10
Quanto à entidade mantenedora............................................................................................... 10
Quanto à natureza dos documentos ......................................................................................... 10
Quanto à extensão de atuação .................................................................................................. 11
Quanto aos estágios de evolução............................................................................................... 12

Classificação dos Documentos ............................................................................................ 14


Quanto ao Gênero ...................................................................................................................... 14
Quanto à Espécie/Tipologia Documental ................................................................................... 15

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Quanto à Natureza do Assunto .................................................................................................. 16

Princípios Arquivísticos............................................................................................................. 18
Princípio da Proveniência ou do Respeito aos Fundos............................................................... 18
Princípio da Organicidade .......................................................................................................... 18
Princípio da Ordem Original ....................................................................................................... 19
Princípio da Unicidade................................................................................................................ 19
Princípio da Indivisibilidade ou Integridade Arquivística ........................................................... 19
Princípio da Cumulatividade ...................................................................................................... 19
Princípio da Territorialidade ....................................................................................................... 19
Teoria das Três Idades ................................................................................................................ 20
Princípio da Reversibilidade ....................................................................................................... 20
Princípio da Pertinência ou Temático ........................................................................................ 20
Exercícios ............................................................................................................................................. 22
Gabarito Comentado .................................................................................................................... 24
Exercícios Resolvidos na Aula .............................................................................................. 26

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Comentários ao Edital

Salve, salve, concurseiros! Tudo bem com vocês? Firmes na Luta?

Olha só que ótima novidade, já bem nos 45 do segundo tempo: concurso para a
Agência Nacional de Telecomunicações!

Eu sou Mayko Gomes, coach de concursos e professor de Arquivologia e


Procedimentos Administrativos aqui no Ponto dos Concursos, e estou aqui para
ajudá-los com a disciplina Noções de Administração, pedida para o cargo de
Técnico Administrativo. É um grande prazer acompanhá-los nesta jornada, e
saibam que me esforçarei ao máximo para fazer com que aprendam todo o
conteúdo e gabaritem a prova!

Analisando o edital, eu pensei ser interessante fazer algumas considerações


sobre o conteúdo que é objeto deste nosso curso (item 5 dos Conhecimentos
Específicos para Técnico Administrativo da Especialidade Administrativo). A
primeira delas, acredito que seja a que mais chama atenção, é a data da prova:
14 de setembro! Os concurseiros que estão antenados nos estudos sem
acompanhar a Copa (srsrrsrsr) já devem ter percebido que esta é a mesma
data de outro concurso, este mais esperado: Secretaria de Saúde do Distrito
Federal! Sendo assim, a não ser que ocorra alguma alteração até lá, todos os
candidatos terão de fazer uma escolha difícil!

Segunda consideração, agora em relação à nossa disciplina, é que o conteúdo


não está diferente do que foi pedido nos últimos anos em diversos outros
concursos, inclusive no concurso da ANATEL de 2012 para o mesmo cargo; no
entanto temos a presença de assuntos que apareciam em provas recentes do
Cesp/UnB (preservação e conservação), e outros que apareceram em raras
ocasiões, em provas de analistas ou bem especificas (triagem, eliminação e
digitalização de documentos); em uma análise mais geral, o conteúdo está
dentro dos padrões que vem sendo adotando pelo Cespe/UnB nos últimos anos.

E por último, mais do que uma consideração, adianto algumas considerações


sobre a banca. Recentemente houve o reconhecimento do Cebraspe como
Organização Social. Mas vocês não devem se preocupar, pois esta foi apenas
uma manobra do governo para dar mais autonomia aos trabalhos do
Cespe/UnB. Sendo assim, na prática, não muda nada para os concurseiros.

Nosso curso vai seguir o programa descrito acima, ainda tentativo. Ele pode ser
alterado por circunstâncias maiores, mas com os devidos avisos prévios e sem
que isso os prejudique! E por falar em programa, já vamos começar, agora,

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nesta aula demonstrativa, a estudar o assunto “Arquivística: princípios e


conceitos”! E isso para que vocês não só conheçam a posição das bancas
perante a disciplina, mas também que para que avaliem a didática do curso.

E então vamos fazer isso! Chega de conversa e vamos estudar! Farei mais
algumas considerações ao fim da aula, então não deixem de ler!

Sejam todos muito bem vindos, e boa aula para nós!

Prof. Mayko Gomes


Julho/2014

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Noções Iniciais

Antes de qualquer coisa, para entendermos do que se trata a Arquivologia e os


arquivos, precisamos conhecer os seus conceitos, suas definições e seus
objetos de estudo e trabalho.

A Arquivologia, também conhecida como Arquivística, é a disciplina que estuda


as funções dos arquivos e seus documentos. Então cabe à Arquivologia, ou
Arquivística, estudar os princípios e técnicas a serem observados na produção,
organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos e seus documentos:
suas atividades, seus processos, seus usuários, suas ferramentas, enfim, tudo o
que se refere aos depósitos de documentos funcionais.

Conhecendo a disciplina, vamos então definir o seu objeto de estudo: os


arquivos. A palavra “arquivo” é um termo polissêmico, com quatro significados.
São eles:

1º - Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por uma entidade no


decorrer de suas funções;

2º - Móvel destinado à guarda desses documentos (armário, estante, etc.);

3º - Edifício, ou parte deste (sala, andar) destinado à guarda de documentos;

4º - Unidade administrativa, prevista em organograma institucional, com a


responsabilidade de gerenciar e guardar documentos (setor de arquivo, divisão
de arquivo, departamento de documentação, etc.).

Quando o termo arquivo surgir em alguma


questão, o contexto é quem vai determinar qual
destes significados está sendo empregado.

Dificilmente este assunto será pedido em provas, pois é muito básico. O


importante é que vocês se atentem para o fato da polissemia do termo para
que não tenham dúvidas quando responder as questões.

Mas voltando à aula, temos as definições de arquivo, que é o objeto de estudo


da Arquivologia ou Arquivística. É importante também saber que a função do
arquivo é tornar disponível e acessível os seus documentos.

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Agora que já definimos o que pode ser arquivo, e sabemos a sua função, que é
tornar disponíveis os seus documentos, devemos saber o que são os
documentos do arquivo.

O documento, em seu conceito mais básico, é a informação registrada em um


suporte. Então, para termos um documento, são necessários dois elementos:

Informação: é o conhecimento, a mensagem, a ideia que se deseja transmitir.

Suporte: é o material físico onde está registrada a informação.

Podemos concluir, por uma fórmula bem simples:

INFORMAÇÃO + SUPOTE = DOCUMENTO

Como exemplo de documento, temos a carta, a música gravada, o e-mail, os


filmes, as fotografias, etc. Todos esses documentos trazem uma informação
registrada em um suporte material: o papel, o plástico, a película, etc.

Contudo, não basta que seja documento para pertencer ao arquivo. Para que
um documento possa compor um arquivo, ainda é necessário outro critério: que
tenha sido resultado, consequência, produto de uma ação referente à atividade
da instituição. É o que preceitua a Lei nº 8.159/91 (Lei dos Arquivos, que
estudaremos em nossa última aula): “Consideram-se arquivos privados os
conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou
jurídicas, EM DECORRENCIA DE SUAS ATIVIDADES”.

Por exemplo: considere uma empresa que tenha adquirido uma assinatura de
uma revista mensal. A empresa paga uma tarifa e recebe a revista. A revista
em si NÃO SERÁ considerada documento de arquivo, uma vez que a empresa
não a recebeu por executar uma atividade administrativa. Contudo, o recibo, o
boleto ou a nota fiscal para o pagamento da assinatura será documento de
arquivo, pois é consequência de uma atividade administrativa da empresa, que
seria a aquisição do periódico.

Ainda, além de ser fruto de uma atividade, o documento de arquivo deve ser
capaz de provar e testemunhar que a referida atividade realmente aconteceu.
No mesmo exemplo, não é por ter a posse da revista que a empresa pode
provar que possui uma assinatura mensal, mas o comprovante de pagamento,
o contrato de assinante ou outro similar é que fará isso. Em resumo, para que
um documento pertença a um arquivo, são necessários esses dois elementos:

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(STM/2011 – Cespe/UnB) Somente podem ser


considerados documentos de arquivo aqueles que,
emanados do poder público ou de entidades de
direito privado, são capazes de produzir efeitos de
ordem jurídica na comprovação de fatos.

Resolução

O item está correto. Vimos que qualquer documento, independentemente de


sua forma, tamanho, gênero, etc., pode ser considerado de arquivo, desde que
atenda aos requisitos apresentados acima: ser produto de uma ação e poder
provar ou testemunhar sobre a mesma, ou sobre seu produtor.

(ANEEL/2010 – Cespe/UnB) Um documento de


arquivo é confiável quando o conteúdo pode ser
considerado uma representação completa e
precisa das operações, das atividades ou dos fatos
que o criaram.

Resolução

O item está correto. Por “representação completa e precisa das operações,


atividades ou fatos” devemos entender como a capacidade de o documento ser
prova de tais acontecimentos. Portanto será um documento de arquivo e
confiável para todos os efeitos.

Já sabemos até aqui o que é um documento, o que é um documento de arquivo


e o que pode ser um arquivo. Vamos agora aprender a diferenciar o arquivo das
outras unidades de informação que podem existir em uma instituição.

Órgãos de Documentação

Arquivo

O arquivo guarda documentos com finalidades funcionais. Os documentos de


arquivo são ACUMULADOS de forma orgânica e natural, geralmente em

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exemplar único ou limitado número de cópias ou vias. Os documentos que


tratam do mesmo assunto ou assuntos correlatos são mantidos como um
conjunto, e não como peças isoladas. Por isso o documento de arquivo possui
muito mais valor quando inserido em seu conjunto do que fora dele (caráter
orgânico). Os documentos são unidos pela sua origem ou proveniência
(princípio que estudaremos mais adiante), tem como principal suporte utilizado
o papel e principal gênero o textual (também estudaremos mais adiante). O
arquivo é órgão receptor e seu público são os administradores (ou quem tenha
produzido seus documentos) e pesquisadores. Sua função é provar e
testemunhar.

Biblioteca

A biblioteca conserva documentos com finalidades educativas e culturais. Seus


documentos são obtidos por compra, doação ou permuta de diversas fontes, e
tratados como peças isoladas. Esses documentos existem em vários
exemplares, são unidos pelo seu conteúdo e, em sua maior parte, são
impressos. Os documentos da biblioteca são COLECIONADOS, e seu público é
formado por pesquisadores, estudantes e cidadão comuns. Sua função é instruir
e educar.

Centro de Documentação / Informação

O centro de documentação ou de informação agrupa qualquer tipo de


documento de qualquer fonte, sendo necessária uma especialização para que
funcionem de forma eficiente. Seus documentos são geralmente reproduções
(audiovisuais) ou referências (bases de dados). Sua finalidade é simplesmente
informar.

Museu

O museu é órgão de interesse público, guarda documentos com finalidades de


informar e entreter. Suas peças são dos mais variados tipos e dimensões,
dependendo de sua especialização. Por serem objetos, são classificados como
documentos tridimensionais.

Estes são os quatro órgãos de documentação que aparecem em provas de


concursos. Ao dar atenção aos termos destacados em cada um vocês poderão
facilmente diferenciar estes órgãos e não errar questões!

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Vamos observar um quadro esquemático para entender melhor as diferenças


entre os órgãos:

Arquivo Biblioteca Museu Centro Doc./Inf.


Manuscritos,
Manuscritos, Audiovisuais
Impresso, Objetos
Tipo de Impresso, (reproduções) ou
Audiovisuais, bi/tridimensionais,
suporte Audiovisuais, virtual, exemplar
exemplares exemplar único
exemplar único único ou múltiplo
múltiplos
Coleção; Coleção;
Coleção;
Tipo de Fundos; documentos documentos unidos documentos
documentos unidos
conjunto unidos pela origem pelo conteúdo ou unidos pelo
pelo conteúdo
pela função conteúdo
Máquina Atividade humana e
Produtor Atividade humana Atividade humana
administrativa natureza
Culturais,
Administrativos,
Fins da científicos, Culturais, artísticos,
jurídicos, funcionais, Científicos
produção técnicos, artísticos, funcionais
legais
educativos
Objetivo Provar, testemunhar Instruir, informar Informar, entreter Informar
Compra, doação, Compra, doação,
Entrada de Passagem natura de Compra, doação,
permuta, de fontes permuta, de fontes
documentos fonte geradora única pesquisa
múltiplas múltiplas
Tombamento,
Tombamento,
Tombamento, classificação,
Processamento Registro, arranjo, classificação,
catalogação, catalogação:
técnico descrição, etc. catalogação:
inventário, etc. fichários ou
fichários
computador
Administrador e Grande público Grande público
Público pesquisador
pesquisador pesquisador pesquisador

O Cespe/UnB costuma pedir, na maioria de suas


questões, diferenças entre os documentos de
arquivo e biblioteca. Então, para acertar o item,
basta ter em mente os termos destacados: toda
vez que o item mencionar “colecionados”, ou algum semelhante, será
documento de biblioteca; e se mencionar “acumulado”, ou semelhante, será
documento de arquivo.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) A distinção entre


documentos de arquivo, de biblioteca ou de
museu é feita conforme a origem e o emprego
desses documentos.

Resolução

O item está correto. Vimos que entre as várias diferenças entre os documentos
dos órgãos de documentação estão as circunstâncias de sua criação, a forma e
a finalidade com que são mantidos, e a utilização destes documentos.

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Classificação dos Arquivos

Os arquivos podem ser classificados em vários aspectos, Vamos a eles:

Quanto à entidade mantenedora

Quanto à entidade mantenedora os arquivos podem ser públicos ou privados.

Os arquivos públicos são aqueles produzidos por documentos de caráter


público. São de responsabilidade do Estado e devem estar disponíveis para
consulta por parte dos cidadãos, exceto os documentos de caráter sigilosos.

Os arquivos privados são aqueles mantidos por pessoas físicas ou por


instituições de caráter privado. São documentos que dizem respeito a suas
atividades particulares, e, portanto, não é obrigatória a sua disponibilidade para
consulta da sociedade. Contudo, existe a possibilidade de esses
arquivos serem declarados de interesse público, por meio de
decreto presidencial através de parecer favorável do CONARQ.
Caso isso ocorra, seu mantenedor terá o dever de zelar pelos
documentos e deixá-los à disposição do Estado.

Existe ainda outra classificação, atribuída pela autora Marilena


Obra de Leite Leite Paes, em que os arquivos podem ser: públicos, comerciais,
Paes, de leitura
recomendada. institucionais e pessoais ou familiares.

Públicos: mantidos por instituições de caráter público.


Comerciais: mantidos por instituições com fins lucrativos.
Institucionais: mantidos por instituições sem fins lucrativos.
Familiares ou pessoais: mantidos por pessoas ou famílias.

Então, quanto à entidade mantenedora, os arquivos classificam-se em públicos


ou privados. Quando mencionar a autora acima, classificam-se me públicos,
comerciais, institucionais e pessoais ou familiares.

Quanto à natureza dos documentos

Quanto à natureza dos documentos, os arquivos podem ser classificados em


especiais ou especializados.

Os arquivos especiais guardam documentos de suportes variados e por isso


precisam de cuidados diferenciados. Os documentos são agrupados
considerando primeiramente o suporte (papel, CD, disco rígido, etc.) e depois

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se utiliza outros critérios para sua organização. Esse


tipo de arquivo deve ser utilizado quando os suportes
são feitos de materiais diferentes, pois facilita a
conservação dos mesmos. Por exemplo: um arquivo
pode ter um local específico para guardar CDs, papéis,
fitas de vídeo, películas, etc., pois todos esses materiais Exemplo de arquivo
requerem diferentes tipos de cuidados. especial: todos os
documentos estão em fitas
VHS (suporte).
Os arquivos especializados, ou
arquivos técnicos, são aqueles que guardam documentos
dos mais variados assuntos. Nesse arquivo os
documentos são agrupados considerando primeiramente
o assunto e depois se utiliza outros critérios para sua
organização. Esse tipo de arquivo é utilizado quando uma
Exemplo de arquivo
especializado. instituição trata de muitos assuntos, em diferentes áreas
do conhecimento; por isso são chamados de técnicos. Por
exemplo: uma entidade pode guardar documentos relativos à área de
engenharia, de medicina e de artes em locais separados. Isso ajuda na
localização dos documentos e facilita a compreensão dos mesmos, pois podem
ser estudados com mais praticidade.

Para facilitar a compreensão, basta fazer a seguinte associação:

Especiais => Suporte / Especializados => Assunto

Quanto à extensão de atuação

Quanto à extensão de sua atuação, os arquivos podem ser setoriais ou centrais


(ou gerais).

Os arquivos setoriais são aqueles que estão localizados


próximos aos seus produtores. Esse arquivo guarda os
documentos próximos aos interessados diretos para facilitar
e agilizar a sua localização e utilização. Encontram-se
principalmente em empresas, órgãos e entidades de grande
porte, ou de estrutura administrativa complexa (vários Escritório: exemplo de
arquivo setorial.
departamentos, várias filiais, etc.). Por exemplo: o arquivo
de uma rede de supermercados pode ser separado por filial,
por setor de atuação (Depto. Financeiro, de RH, Compras, etc.).

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Os arquivos centrais ou gerais são aqueles que guardam


todos os documentos de uma entidade em um só lugar. É
utilizado principalmente por empresas e órgãos de médio e
pequeno porte, ou por instituições de estrutura
administrativa simples (poucos departamentos, poucos
Exemplo de arquivo órgãos, apenas um local para instalações físicas, etc.). Por
central ou geral: exemplo: o arquivo de uma empresa que funcione em
guarda todos os
documentos da
apenas um edifício, um órgão pequeno, um consultório
instituição. médico, etc.

É importante ressaltar que esta classificação se aplica somente aos arquivos


correntes! Somente estes podem ser divididos em setorial ou geral.

(TRT-17/2009 – Cespe/UnB) A instalação de


arquivos setoriais é uma forma de centralização
dos arquivos correntes da organização como um
todo.

Resolução

O item está incorreto. A instalação de arquivos setoriais é justamente o oposto,


uma forma de descentralização dos arquivos correntes, uma vez que os
documentos permanecerão próximos aos setores que os produziram.

Quanto aos estágios de evolução

Os arquivos podem ser correntes, intermediários ou permanentes.

Os arquivos correntes são aqueles que guardam documentos constantemente


utilizados por seus produtores, ou que sejam objetos de consultas frequentes. A
Lei de Arquivos assim conceitua documentos de arquivos correntes: “aqueles
em curso ou que, mesmo sem movimentação, são objeto de consultas
frequentes”.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) O arquivo corrente é


formado por documentos que estão em trâmite,
mas que não são consultados frequentemente
porque aguardam sua destinação final.

Resolução

O item está incorreto. Vimos que esta não é a definição de arquivo corrente, e
sim a de arquivo intermediário, que veremos agora. Observem que o termo
chave para diferenciar os dois arquivos é “frequência de uso”.

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Os arquivos intermediários são aqueles que guardam documentos que não são
mais objeto de consultas frequentes, mas aguardam cumprimento de prazos
legais, ou que ainda sejam prova de direitos e obrigações. A Lei de Arquivos
assim define os documentos de arquivos intermediários: “aqueles que, não
sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente”.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) O acesso aos


documentos nos arquivos intermediários é ainda
restrito aos acumuladores, porque o arquivo
intermediário é uma extensão dos arquivos
correntes, em que predomina o valor primário dos documentos.

Resolução

O item está correto. Pela explicação, o arquivo intermediário tem as mesmas


funções e prerrogativas do arquivo corrente, com a diferença da frequência de
uso dos seus documentos. Assim, o arquivo intermediário pode sim ser
entendido como uma extensão ou parte do arquivo corrente, até por que sua
principal finalidade é “desafogar” o fluxo de documentos daquele.

Os arquivos permanentes são aqueles que guardam documentos que não tem
mais valor administrativo, mas pelo seu conteúdo ou pelo assunto de que
tratam, tem grande relevância para a História ou para a Cultura, e por isso
devem ser guardados por tempo indeterminado. A Lei de Arquivos define assim
os documentos de arquivo permanente: “conjuntos de documentos de valor
histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados”.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) O acervo de um


arquivo permanente é constituído das
preciosidades colecionadas ao longo do tempo por
pessoas físicas ou jurídicas e recolhidas de modo
assistemático.

Resolução

O item está incorreto. Já vimos, ao estudar os órgãos de documentação, que


dos documentos de arquivo são acumulados, e não colecionados: estes são os
de biblioteca. Além disso, os documentos devem ser recolhidos ao arquivo
permanente de modo sistemático, com critérios previamente estabelecidos e
depois de passados por um complexo processo de avaliação.

Peço atenção especial de vocês para esta classificação, pois ela norteará todos
os estudos sobre Arquivologia. Esta divisão e classificação foram consideradas
um marco na história da disciplina. A partir de agora, todos os estudos sobre
arquivos e suas funções terão essa classificação como base. Em provas, essa

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classificação pode vir com nomes alterados. Portanto é importante que vocês
fixem a ideia que os nomes trazem: corrente = utilizado com frequência,
intermediário = aguardando prazos, permanente = guardados definitivamente.
Os estágios de evolução dos arquivos também podem aparecer como ciclo vital
dos documentos, ou teoria das três idades. Falaremos mais sobre esta
classificação um pouco adiante, quando estudarmos o Ciclo Vital dos
Documentos.

Classificação dos Documentos

Assim como os arquivos, os documentos que os compõem também podem ser


classificados segundo alguns critérios. Os documentos são classificados quanto
ao gênero, quanto à espécie/tipologia e quanto à natureza do assunto.

Quanto ao Gênero

Os documentos podem ser textuais (ou escritos), iconográficos, sonoros,


filmográficos, informáticos (ou digitais), cartográficos e micrográficos.

Os documentos textuais ou escritos são aqueles que apresentam a informação


de modo escrito ou em forma de texto. Exemplo: carta, relatórios, certidões,
atas, etc.

Os documentos iconográficos são aqueles que apresentam a informação em


forma de imagem estática. Exemplo: fotografia, desenhos, gravuras,
diapositivos (slides), etc.

Os documentos sonoros são aqueles que apresentam a informação em foram de


som ou áudio. Exemplo: disco de vinil, escuta telefônica, sons gravados em
fitas cassete.

Os documentos filmográficos são aqueles que apresentam a informação em


forma de imagens dinâmicas ou em movimento (sem som). Exemplo: filmes de
cinema mudo.

Os documentos audiovisuais são aqueles que apresentam a informação em


forma de imagens dinâmicas ou em movimento (com som). Exemplo: filmes em
VHS. Notem que a diferença entre estes e os filmográficos é sutil, sendo apenas
a presença ou ausência de som!

Os documentos informáticos, eletrônicos ou digitais são aqueles gravados em


meio digital, e por isso necessitam de equipamentos eletrônicos para serem

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lidos. Exemplo: som no formato MP3, arquivo de texto do Word, filmes em


formato DVD, etc.

Os documentos cartográficos são aqueles que cuja informação representa, de


forma reduzida, uma área maior. Exemplo: mapas, plantas, perfis, etc.

Os documentos micrográficos são aqueles apresentados no suporte microfichas,


resultados do processo de microfilmagem. Trataremos da microfilmagem em
nossa última aula do curso.

Atenção: É possível, e já ocorreu antes, que a banca considere o gênero


cartográfico como uma espécie de “subgênero” do iconográfico, pois ambos
apresentam imagens estáticas. Portanto fiquem atentos: caso isso ocorra, se
não tiver nada mais que torne o item falso, estará correto.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) Mapas, perfis, desenhos


técnicos e plantas fazem parte do gênero
documental cartográfico.

Resolução

O item está correto. Todos os itens listados acima são exemplos de documentos
do gênero cartográfico, conforme acabamos de estudar.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) Rolo, jaqueta e


cartão-janela são exemplos de documentos do
gênero micrográfico.

Resolução

O item está correto. Todos os exemplos listados são pertencentes ao gênero


micrográfico, pois são resultados do processo de reprodução em microformas.
Trataremos dos detalhes em nossa última aula.

Quanto à Espécie/Tipologia Documental

Os documentos são classificados de acordo com seu aspecto formal (aparência


que assume de acordo com as informações) e sua função (o objetivo para o
qual o documento foi produzido).

Como exemplo, temos o contrato. O contrato apresenta as informações de


forma que se possa identificá-lo como contrato: possui identificação das partes,

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do objeto, das condições, cláusulas, etc. O contrato então é uma espécie


documental (considerando o aspecto formal).

Para saber a tipologia documental, ou simplesmente tipo, acrescentamos a


função. No caso do contrato, acrescentamos, por exemplo, aluguel de imóvel.
Então a função do contrato é realizar um acordo de aluguel de imóvel.

Em resumo, temos o contrato (espécie) de aluguel (função). Essa ideia pode ser
aplicada a vários outros documentos. Vejamos alguns exemplos:

Alvará (espécie) / Alvará de funcionamento (tipo)


Declaração (espécie) / Declaração de bens (tipo)
Relação (espécie) / Relação de bens patrimoniais (tipo)

(TRE-MS/2007 – Cespe/UnB) A tipologia


documental é a junção da espécie documental
com o suporte material.

Resolução

O item está incorreto. Acabamos de entender que o tipo, ou tipologia, é a


junção da espécie (aspecto formal) com a função do documento, e não com o
seu suporte.

É muito importante também conhecer dois outros conceitos: formato e forma.

O formato é a configuração física que o suporte assume. Ex: livro, caderno,


folheto, cartaz, etc.

A forma é o estágio de preparação do documento, o seu estado de produção


atual. Ex: rascunho, minuta, original e cópia.

Quanto à Natureza do Assunto

Os documentos podem ser ostensivos (ou ordinários) ou sigilosos.

Os documentos ostensivos ou ordinários são aqueles cuja informação não é


prejudicial quando for de conhecimento geral. São documentos que não
possuem informações estratégicas, nem de teor pessoal, e sua divulgação não
causa nenhum tipo de problema ou constrangimento à administração ou a
terceiros.

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Os documentos sigilosos são aqueles que possuem conteúdo que só podem ser
de conhecimento restrito, e por isso requerem medidas de segurança especiais
para sua custódia e divulgação.

Sobre o assunto, devemos considerar a Lei de Acesso à Informação (Lei Federal


n° 12.527/11), que foi entrou em vigor há dois anos atrás; e o Decreto Federal
nº 7.724/12, que a regulamenta. As normas citadas atribuem graus de sigilo,
sua classificação e o período pelo qual o documento dever permanecer sigiloso.
Seguem as tabelas de classificação:

Tabela de Classificação segundo o Decreto 4.553/02 (revogado)

Tabela de Classificação segundo a Lei 12.527/11

O Decreto 4.553/02 foi revogado pelo Decreto


7.724/12, que regulamenta a Lei 12.527/11.
Considerando a importância do assunto de que ela
trata, existe grande possibilidade de estas normas
serem pedidas em provas também de Atualidades, Conhecimentos Gerais,
Direito ou mesmo na Discursiva.

Os documentos sigilosos, conforme já dito, somente pode ser consultado pelo


seu destinatário, ou por pessoa legalmente autorizada.

Quando um documento, que pertença a um


conjunto, dossiê ou processo, for classificado em
um grau de sigilo, todo o conjunto será
classificado no mesmo grau de sigilo, mesmo que
não tenha informações desse caráter.

Quando dois ou mais documentos de um mesmo conjunto forem classificados


em graus de sigilos diferentes, todo o conjunto será classificado com o grau de
sigilo mais alto atribuído aos documentos sigilosos deste conjunto.

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(STM/2011 – Cespe/UnB) A classificação de sigilo


de um grupo de documentos que formem um
conjunto deve ser a mesma atribuída ao
documento classificado com o mais baixo grau de
sigilo, de forma a favorecer o acesso a esse conjunto.

Resolução

O item está incorreto. Quando alguns documentos de um conjunto são


classificados como sigilosos, todo o conjunto será classificado com o grau de
sigilo mais alto atribuído aos seus documentos, de forma a restringir o acesso a
esse conjunto.

Princípios Arquivísticos

A Arquivologia enquanto ciência possui princípios que devem orientar seus


trabalhos e estudos. Esses princípios são utilizados desde o final do século XIX e
constituem a própria base da Arquivística Moderna.

Em poucas palavras, princípios são os mandamentos básicos e fundamentais


nos quais se alicerça uma ciência. São as diretrizes que orientam uma ciência e
dão subsídios à aplicação das suas normas e técnicas. Vamos a eles:

Princípio da Proveniência ou do Respeito aos Fundos

Este é o mais importante princípio da Arquivologia. Ele afirma que os


documentos e arquivos originários de uma pessoa ou instituição devem manter
sua individualidade, não podendo ser misturados com os arquivos de origem
diversa. Como já aprendemos nesta aula, os documentos de arquivo são
complementares, e possuem mais valor quando em seu conjunto. O arquivo
deve refletir a organização e funcionamento de seu produtor, razão pela qual
não deve ser alterado (ter documentos retirados ou acrescidos de forma
indevida, ou misturados com os de outras pessoas ou instituições). Ao conjunto
arquivístico de uma pessoa ou entidade chamamos de “fundo arquivístico”.

Princípio da Organicidade

Este deriva do princípio da Proveniência. A organicidade é a qualidade segundo


a qual os documentos devem manter uma organização que reflita fielmente a
estrutura, funcionamento e relações internas e externas de seu produtor.

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Princípio da Ordem Original

Princípio segundo o qual o arquivo deve conservar o arranjo dado pela entidade
coletiva, pessoa ou família que o produziu. Este princípio enuncia que,
considerando as relações estruturais e funcionais que presidem a origem dos
arquivos, a sua ordem original deve ser mantida quando o mesmo for recolhido,
pois garante sua organicidade.

Princípio da Unicidade

É a qualidade pela qual os documentos de arquivo, independentemente de sua


forma, espécie, tipo ou suporte, preserva seu caráter único, pelo contexto de
sua produção. Os documentos são criados por uma atividade específica e para
atender à necessidade determinada; portanto, mesmo que haja outro
documento igual no arquivo, ainda assim eles serão únicos, pois as atividades e
necessidades que motivaram sua produção são únicas.

Princípio da Indivisibilidade ou Integridade Arquivística

Também derivado do princípio da Proveniência, É a qualidade pela qual os


fundos devem manter-se preservados sem dispersão, mutilação, alienação,
destruição não autorizada ou acréscimos indevidos de peças documentais.
Como dito anteriormente, os fundos de arquivo devem refletir a estrutura e o
funcionamento da instituição, e os documentos que o compõem têm muito mais
valor quando no seu conjunto do que fora dele. Portanto, os fundos devem
manter-se completos para refletir o mais fielmente possível o seu produtor, o
que não ocorrerá se o mesmo não estiver íntegro.

Princípio da Cumulatividade

Este princípio afirma que os arquivos são uma formação progressiva, natural e
orgânica. Diferente da biblioteca e de outros órgãos de documentação (que
veremos mais adiante), em que a cumulação de documentos se dá de forma
gradativa (com a aquisição dos documentos por compra, permuta ou doação), o
arquivo acumula seus documentos conforme seu produtor realiza suas
atividades. Os documentos de arquivo são, então, um produto imediato, natural
e direto dessas atividades.

Princípio da Territorialidade

Este princípio, nascido de questões políticas pelas fronteiras do Canadá, é


utilizado no sentido de definir o domicílio legal dos documentos, ou seja, a
“jurisdição”, o local onde serão produzidos seus efeitos. Essa jurisdição do

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documento deve ser definida conforme a área territorial, a esfera de poder e o


âmbito administrativo onde foi produzido ou recebido o documento. O
documento deve se manter o mais próximo possível do local onde foi produzido,
seja uma instituição, uma região específica ou uma nação. Como exceção, não
se aplica este princípio a documentos produzidos por acordos diplomáticos ou
por ações militares.

Teoria das Três Idades

Também conhecida como Ciclo Vital dos Documentos, ou Estágio de Evolução


dos Arquivos, esta teoria constitui um verdadeiro marco na história da
Arquivística. Ela afirma que os documentos de um arquivo passam por estágios
conforme seus valores mudam. Quando um documento é produzido, ele possui
um valor primário, que é sua importância para a atividade que o gerou.
Contudo, esse valor é temporário: cessa logo que a atividade acaba. Mas alguns
documentos (não todos) ainda possuem o valor secundário, que é sua
importância para outras atividades ou outros campos diferentes daqueles que o
geraram (podem ser importantes para a pesquisa histórica, ou para a cultura de
uma sociedade, por exemplo). Esse valor é definitivo, e todo documento que o
possui deve ser preservado permanentemente.

Princípio da Reversibilidade

É a ideia de que as atividades realizadas nos arquivos podem ser revertidas, se


necessário. Significa dizer que nenhuma ação realizada nos arquivos ou
documentos é definitiva. Claro que isso se trata de uma ideia, pois algumas
atividades não podem ser revertidas em função da lógica, como por exemplo, a
eliminação de documentos; uma vez que se destrói um documento, é
impossível recuperá-lo. Outro caso seria o envio de documentos; aqui o máximo
que se pode fazer é pedi-lo de volta, ou enviar um segundo pedindo que se
desconsidere o primeiro. Mas para nossa prova, considerem que todas as
atividades podem ser revertidas.

Princípio da Pertinência ou Temático

É a qualidade pela qual os documentos, quando recolhidos a uma instituição


arquivística, devem ser reclassificados e reorganizados por assuntos,
independentemente da sua proveniência e organização originais. Este conceito
não é mais adotado na Arquivística por ir de encontro ao Princípio da
Proveniência. Se todos os documentos são classificados e reorganizados de
acordo com um plano geral, desprezando a organização original, o conjunto
perderá sua razão de ser, que é refletir e mostrar as atividades e organização
das instituições.

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Existem ainda outros princípios que dificilmente


aparecerão em provas, mas que podem confundir.
São eles:

Princípio da Pertinência Funcional ou Proveniência Funcional: Este


princípio determina que os documentos devam ser transferidos de uma
autoridade a outra quando ocorrer mudanças políticas ou administrativas, para
garantir a continuidade administrativa. Também está em desuso.

Princípio da Pertinência Territorial: Este princípio afirma que os


documentos deveriam ser transferidos para a custódia de arquivos com
jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta o seu conteúdo, sem
levar em conta o lugar em que foram produzidos.

Princípio da Proveniência Territorial: Este princípio, contrário ao anterior,


afirma que os documentos deveriam ser conservados em serviços de arquivos
do território no qual foram produzidos, com exceção daqueles produzidos por
operações militares ou representações diplomáticas.

(EBC/2011 – Cespe/UnB) Quando se preserva a


forma original de organização dos documentos,
aplica-se o princípio da pertinência.

Resolução

O item está incorreto. Em primeiro lugar, sabemos que o princípio da


pertinência não é mais aplicado na prática arquivística atual; ele vai de
encontro a outros princípios e à própria razão de existir de um arquivo, que é
refletir a identidade e atividades do seu produtor.

Para ilustrar melhor sua aplicação, vamos analisar um exemplo: vamos supor
que sejam recolhidos ao Arquivo Nacional os arquivos do Ministério da Saúde e
da ANS. De acordo com este princípio, os documentos desses dois arquivos
deveriam ser guardados juntos, literalmente misturados, pois tratam do mesmo
assunto (pasta Saúde do Governo Federal). Mas e se um usuário for consultar,
por exemplo, sobre a história da ANS? Como faria, se os documentos estão
misturados e organizados de forma a não refletir essa história? Não há a
possibilidade de atender às necessidades de pesquisa dessa forma... E se o
arquivo não pode atender às necessidades de pesquisa, não há por que ele
existir. Além disso, o princípio a ser aplicado neste caso é o da Ordem Original,
conforme vimos mais ao fim da aula.

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Exercícios

01 - (EBC/2011 – Cespe/UnB) Para a obtenção do fundo de arquivo, deve-se


aplicar o princípio da naturalidade.

02 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O documento de arquivo somente adquire


sentido se relacionado ao meio que o produziu, e o seu conjunto tem de
retratar a estrutura e as funções do órgão que acumulou esse documento.

03 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O princípio de respeito aos fundos é fundamental


para a ordenação dos acervos arquivísticos de terceira idade, o que torna
evidente que a estrutura e o funcionamento da administração são os elementos
que guiam o arranjo dos documentos.

04 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) A instabilidade institucional, uma das principais


características da administração pública brasileira, geralmente motivada pela
fusão, separação, extinção e criação de órgãos públicos, enseja uma série de
problemas para a gestão dos arquivos desses órgãos. Para lidar comesses
problemas, o princípio da pertinência é o conceito adequado.

05 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Um dos critérios para que uma instituição


pública ou privada constitua um fundo de arquivo é possuir atribuições precisas
e estáveis, definidas por um texto com valor legal ou regulamentar.

06 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O tamanho do acervo documental e a sua


complexidade definem se o fundo de arquivo de uma instituição pública ou
privada é um fundo fechado ou aberto.

07 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) As informações contidas nos documentos de


arquivo são produzidas no ambiente interno da organização ou são recebidas do
ambiente externo e têm uma relação direta ou indireta com a missão dessa
organização.

08 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) A teoria dos valores de documentos, concebida


por Schellenberg, apesar da sua importância para a avaliação de documentos,
não permite definir se o documento é da fase corrente, da intermediária ou da
permanente.

09 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Documentos de arquivo produzidos ou recebidos


por uma instituição pública ou privada, com valor administrativo, legal ou fiscal,
considerados como parte do arquivo intermediário dessa instituição, são
também considerados de valor secundário.

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10 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Ofícios, memorandos, cartas, telegramas e e-


mails são tipologias documentais.

11 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Documentos iconográficos são aqueles em


formatos e dimensões variáveis, com representações geográficas,
arquitetônicas ou de engenharia.

12 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Uma base de dados desenvolvida em uma


instituição pública com vistas a atender, racionalizar e implementar uma de
suas funções deve ser considerada como parte dos arquivos dessa instituição.

13 - (DPF/2012 – Cespe/UnB) O arquivo do Departamento de Polícia Federal


compõe-se de documentos colecionados referentes a assuntos de interesse dos
servidores desse órgão.

14 - (ANEEL/2010 – Cespe/UnB) A proteção dos documentos de arquivo em


relação a qualquer adição, supressão, modificação, utilização ou ocultação é
ação importante para garantir a autenticidade do documento de arquivo.

15 - (ABIN/2010 – Cespe/UnB) Atualmente, no contexto da evolução da


disciplina arquivística, o termo informação arquivística substitui o termo
documento arquivístico.

16 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) A organicidade do arquivo se verifica na


relação que os documentos mantêm entre si em decorrência das atividades do
sujeito acumulador, seja ele pessoa física ou jurídica.

17 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Em um conjunto documental, quando os


documentos são mantidos no local onde foram acumulados, aplica-se o princípio
arquivístico da ordem original.

18 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Quando há necessidade de se reclassificar os


documentos por tema, sem se levar em consideração a sua proveniência ou a
classificação original, estará sendo aplicado o princípio da pertinência.

19 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Os documentos de arquivo são resultado de


uma ação humana, frutos da criação artística, e testemunham uma época ou
atividade.

20 - (STM/2011 – Cespe/UnB) Informações orgânicas registradas, produzidas


durante o exercício das funções de um órgão ou instituição, são objetos de
trabalho dos arquivos e dos estudos da arquivologia.

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Gabarito Comentado

Item Resposta Comentário


O fundo de arquivo é o conjunto de documentos produzidos por uma entidade, sendo
01 Errado pessoa ou instituição. Como o requisito é que os documentos pertençam a uma mesma
entidade, o princípio a ser aplicado é o da Proveniência.
O documento de arquivo é uma peça de quebra-cabeça, devendo ser considerado em seu
02 Certo conjunto para sentido completo. Além disso, esse conjunto deve estar organizado de forma
a refletir a estrutura, as relações e o funcionamento do seu produtor.
Como a Organicidade é derivada da Proveniência, ela deve orientar a guarda dos arquivos
03 Certo permanentes, especialmente se esse arquivo abrigar mais de um fundo, ou documentos
que pertencem a mais de uma instituição: não se deve permitir uma mistura entre eles.
A Pertinência não é adequada para solucionar este problema, pois causa outro, que é a
04 Errado mescla (mistura) de documentos que pertencem a entidades diferentes. Para este problema
o ideal é que os documentos sejam organizados pela função, pois estas não mudam.
Para que o arquivo exista, deve existir antes uma entidade que realize atividades. E para
05 Certo que a entidade exista é necessário um documento oficial de criação, que justifique e
estabeleça diretrizes para sua atuação.
O que vai definir se o fundo é aberto ou fechado é o fato de a entidade estar ou não em
06 Errado atividade, e não o tamanho do seu acervo. Enquanto uma entidade está em pleno
funcionamento, seu fundo será aberto; quando ela encerrar, o fundo será fechado.
Os documentos de arquivo tanto podem ser produzidos como consequência de atividades,
07 Certo como podem ser recebidos pela instituição. E sempre terão relação com sua missão, direta
ou indireta. Caso contrário, não será documento de arquivo.
A teoria dos valores documentais afirma que os documentos que tenham valor primário
08 Errado estão nos arquivos correntes e intermediários; e os que tenham valor secundário, no
arquivo permanente. Portanto ela é suficiente para determinar a fase de arquivo.
Os documentos da fase intermediária possuem valor primário, que é o administrativo, legal,
09 Errado fiscal, etc. O valor secundário diz respeito à importância do documento para a Cultura,
História, Pesquisa Científica ou outra área diferente da administração que o produziu.
A tipologia documental trata-se da espécie (aspecto formal) acrescida de uma função. Os
10 Errado itens mencionados trazem a espécie documental, mas não acrescentam nenhuma função a
elas. Então são apenas espécies documentais.
Os documentos iconográficos são aqueles que apresentam a informação como imagens
11 Errado estáticas, como fotografias, negativos, gravuras, etc. Os documentos que representam a
realidade de forma reduzida são os cartográficos.
Não importa o suporte, forma, formato, gênero, espécie ou tipo do documento: se ele é
12 Certo produto direto da realização de alguma atividade da entidade, então será documento que
pertence a seus arquivos.
Os documentos de arquivo são acumulados natural, orgânica e progressivamente, na
13 Errado medida em que a instituição desenvolve suas atividades. Ao contrário dos documentos de
outros órgãos de documentação, que são adquiridos por permuta, doação ou compra.
É a aplicação da Integridade Arquivística. Os documentos e os conjuntos de documentos
14 Certo não podem sofrer qualquer alteração indevida ou não autorizada, para não comprometer a
sua autenticidade ou o sentido das informações.
A informação arquivística é aquela produzida por uma entidade quando realiza suas
15 Errado atividades. Ela não substitui o documento, pois este necessita do suporte par dar
integridade ao documento.
A Organicidade de um conjunto de documentos deve mostrar de forma clara todas as
16 Certo atividades, funcionamento e estrutura da entidade produtora. Essa característica é
importante para mostrar sua identidade, memória e história.
Quando os documentos são mantidos no local em que foram acumulados, aplica-se o
17 Errado princípio da Territorialidade. Isso é importante por que esses documentos também
informam sobre o contexto do local onde se situa o produtor.
A Pertinência considera a organização dos documentos considerando apenas o tema ou o
18 Certo assunto de que eles tratam. Este princípio está em desuso pela disciplina, por ir de
encontro à Proveniência, e atualmente só serve mesmo para aparecer em provas!
Os documentos de arquivo podem ser resultados da ação humana, uma vez que pessoas
19 Errado também realizam atividades administrativas. Mas não podem ser resultado da criação
artística, pois esta não é uma atividade administrativa.
Informações orgânicas (de organização) registradas e produzidas durante o exercício de
20 Certo suas atividades típicas nada mais são do que os documentos de arquivo; e tanto esses
documentos quanto os arquivos e suas técnicas são objeto de estudo da Arquivologia.

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Bom, paramos aqui por enquanto. Espero que já tenham percebido a grande
importância desta disciplina para sua aprovação, além de terem aprendido tudo
o que estudamos.

O nosso curso seguirá a didática apresentada aqui: exposição do conteúdo,


resolução de questões da banca (as mais recentes possíveis), lista de exercícios
retirados de provas anteriores (também as mais recentes possíveis), gabarito
comentado desta lista, e lista de exercícios que foram utilizados durante a
explicação do conteúdo (ao final da aula).

Aproveito para informa-los que nosso curso será totalmente aberto à suas
sugestões e críticas para adequá-lo ao máximo possível às suas necessidades.
Estou sempre disponível para solucionar dúvidas, e analisar e discutir suas
críticas e sugestões. Este curso é feito para vocês, então seja feito por vocês!

A equipe do Ponto estará à sua disposição para ajudar na aprovação deste


concurso! Conte conosco, e continue lutando sempre! Estarei esperando suas
mensagens no fórum e no e-mail: mayko@pontodosconcursos.com.br.

Forte abraço a todos, sejam muito bem vindos, e até nossa primeira aula!

Prof. Mayko Gomes


Julho/2014

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Exercícios Resolvidos na Aula

(STM/2011 – Cespe/UnB) Somente podem ser considerados documentos de


arquivo aqueles que, emanados do poder público ou de entidades de direito
privado, são capazes de produzir efeitos de ordem jurídica na comprovação de
fatos.

Item correto.

(ANEEL/2010 – Cespe/UnB) Um documento de arquivo é confiável quando o


conteúdo pode ser considerado uma representação completa e precisa das
operações, das atividades ou dos fatos que o criaram.

Item correto.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) A distinção entre documentos de arquivo, de


biblioteca ou de museu é feita conforme a origem e o emprego desses
documentos.

Item correto.

(TRT-17/2009 – Cespe/UnB) A instalação de arquivos setoriais é uma forma de


centralização dos arquivos correntes da organização como um todo.

Item incorreto.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) O arquivo corrente é formado por documentos que


estão em trâmite, mas que não são consultados frequentemente porque
aguardam sua destinação final.

Item incorreto.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) O acesso aos documentos nos arquivos


intermediários é ainda restrito aos acumuladores, porque o arquivo
intermediário é uma extensão dos arquivos correntes, em que predomina o
valor primário dos documentos.

Item correto.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) O acervo de um arquivo permanente é


constituído das preciosidades colecionadas ao longo do tempo por pessoas
físicas ou jurídicas e recolhidas de modo assistemático.

Item incorreto.

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(AGU/2010 – Cespe/UnB) Mapas, perfis, desenhos técnicos e plantas fazem


parte do gênero documental cartográfico.

Item correto.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) Rolo, jaqueta e cartão-janela são exemplos de


documentos do gênero micrográfico.

Item correto.

(TRE-MS/2007 – Cespe/UnB) A tipologia documental é a junção da espécie


documental com o suporte material.

Item incorreto.

(STM/2011 – Cespe/UnB) A classificação de sigilo de um grupo de documentos


que formem um conjunto deve ser a mesma atribuída ao documento
classificado com o mais baixo grau de sigilo, de forma a favorecer o acesso a
esse conjunto.

Item incorreto.

(EBC/2011 – Cespe/UnB) Quando se preserva a forma original de organização


dos documentos, aplica-se o princípio da pertinência.

Item incorreto.

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