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GRUPOS: DESENVOLVIMENTO
EXPRESSIVO E CRIATIVO PARA
A FORMAÇÃO DE GRUPOS
SOLIDÁRIOS
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Extensão
Título: A Prática do Teatro para Grupos: Desenvolvimento Expressivo e Criativo para a Formação
de Grupos Solidários
Versão: jun./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 84 páginas
SUMÁRIO
ANEXO ................................................................................................................... 75
AVALIAÇÃO DO CURSO...................................................................................... 84
GUIA DO CURSO
Apresentação
Seja bem-vindo(a)! A partir deste momento, você iniciará o
estudo do curso de Extensão Universitária denominado A Prática
do Teatro para Grupos: Desenvolvimento Expressivo e Criativo para
a Formação de Grupos Solidários na modalidade EaD do Claretiano.
Teremos muita satisfação em desenvolvê-lo com você!
Neste curso, iremos estudar a origem do teatro como for-
ma de manifestação e comunicação humana, sua importância
no desenvolvimento infantil e, também, sua utilização como
ferramenta de trabalho para grupos.
Desse modo, neste Guia do curso, você lerá as informações
práticas indispensáveis para o estudo dos conteúdos relaciona-
dos, o qual se efetivará no Caderno de referência de conteúdo.
Essas informações ajudarão você a programar e a organizar seus
estudos.
Sugerimos, contudo, que não se limite apenas aos conteúdos
explicitados neste caderno, mas também que os interprete como
um referencial por meio do qual você possa expandir seu horizon-
te de conhecimentos, obtendo uma aprendizagem consistente.
Desejamos, pois, êxitos na realização de seus estudos, de
suas pesquisas e de sua vida profissional!
Ementa
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GUIA DO CURSO
Objetivo geral
Os alunos do curso de Extensão Universitária A Prática do
Teatro para Grupos: Desenvolvimento Expressivo e Criativo para
a Formação de Grupos Solidários na modalidade EaD do Claretia-
no, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferra-
mentas, serão capazes de compreender toda a trajetória do tea-
tro, bem como a aplicação das técnicas de jogos dramáticos para
grupos. Para isso, contarão com recursos técnico-pedagógicos
facilitadores de aprendizagem, como Material Didático Media-
cional, bibliotecas físicas e virtuais, ambiente virtual e acompa-
nhamento do tutor, complementados por debates no Correio.
Ao final do curso, sob a orientação do tutor, realizarão uma
atividade que demonstre sua aprendizagem sobre os conteúdos
estudados, levando em consideração as ideias discutidas no Cor-
reio, disponibilizando-a no Portfólio.
Objetivos específicos
• Reconhecer o surgimento do teatro como forma de co-
municação e socialização.
• Analisar a trajetória do teatro no Brasil e no mundo
como forma de manifestação artística.
Considerações
Neste Guia do curso, você encontrou as orientações e as
informações práticas necessárias para o estudo do curso A Práti-
ca do Teatro para Grupos: Desenvolvimento Expressivo e Criativo
para a Formação de Grupos Solidários.
É imprescindível estudar e interagir, sistematicamente, com
colegas e tutores, bem como realizar a avaliação proposta. Lem-
bre-se, ainda, de que, se você ler e pesquisar a bibliografia indi-
cada, certamente ultrapassará os conteúdos aqui apresentados.
Portanto, aproveite esta oportunidade de ampliar seus co-
nhecimentos pessoais e profissionais sobre a prática do teatro
para grupos, tema que se apresenta instigante e atual, além de
relevante conhecimento para quem deseja ampliar seus horizon-
tes nesta área do saber.
Desejamos êxito em seus estudos e em sua vida profissional!
Bibliografia básica
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. Campinas: Papirus, 2001.
MORENO, J. L. Psicodrama. São Paulo: Cultrix, 1993.
PAVIS, P. Dicionário do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999.
Bibliografia complementar
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1981.
AZEVEDO, S. M. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002.
EWEN, F. Bertolt Brecht: sua vida, sua arte, seu tempo. São Paulo: Globo, 1991.
INSTITUTO DA PASTORAL DA JUVENTUDE. Recriando experiências: técnicas e dinâmicas
para grupos. São Paulo: Paulus, 1997.
E-referências
ARTENAESCOLA. Homepage. Disponível em: <http://www.artenaescola.org.br/
pesquise_monografias_texto.php?id_m=59>. Acesso em: 24 maio 2010.
CATARIN, C. Nos bastidores do teatro grego. Disponível em: <http://www.historianet.
com.br/conteudo/default.aspx?codigo=660>. Acesso em: 17 jun. 2019.
CENTURIÃO, A. Teatro como ferramenta de treinamento. Disponível em: <http://www.
teatroempresarial.com.br/index.php?n1=noticias&codigo=41>. Acesso em: 11 jun.
2010.
COLÉGIO MARIA CLARA MACHADO. Quem foi Maria Clara Machado. Disponível em:
<http://www.mariaclaramachado.com.br/novo/index.php?option=com_content&tas
k=view&id=17&Itemid=31>. Acesso em: 11 jun. 2010.
CONTRADITORIUM. Homepage. Disponível em: <http://www.contraditorium.
com/2006/11/01/a-4-parede-vai-te-pegar/>. Acesso em: 17 jun. 2019.
JABLONSKI, B. Teatro na educação. Disponível em: <http://www.bernardojablonski.
com/pdfs/graduacao/teatro_na_educacao.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2010.
O CROCODILO. Homepage. Disponível em: <http://www.ocrocodilo.com.br/theatro/
historia.html>. Acesso em: 28 maio 2010.
PASSEIWEB. Homepage. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/saiba_mais/
arte_cultura/teatro/origem>. Acesso em: 17 jun. 2019.
SAPO. O jogo como função educativa segundo alguns autores. Disponível em: <http://
livehard.blogs.sapo.pt/>. Acesso em: 17 jun. 2019.
13
O ambiente também sofre com ações maléficas como a
competição e o individualismo, o que acaba gerando doenças fí-
sicas, psíquicas e emocionais nos indivíduos que nele vivem. Por
isso, a quebra desse paradigma é necessária para se construir
um ambiente saudável e solidário por meio de propostas que
visem à colaboração entre as pessoas. O teatro, por ser um meio
vivo no qual pessoas diferentes trabalham em prol de um ideal
comum, possibilita o despertar de um sentimento coletivo de
respeito e de aceitação, sensibilizando os integrantes para uma
nova concepção de mundo: a era colaborativa.
Envolva-se com o conteúdo e você terá boas leituras!
Bom estudo!
UNIDADE 1
O SURGIMENTO DO TEATRO: O HOMEM
SOCIAL
Objetivos
• Reconhecer o surgimento do teatro como forma de comunicação e
socialização.
• Analisar a trajetória do teatro no Brasil e no mundo como forma de mani-
festação artística.
• Compreender a importância do jogo dramático para a comunicação e a
aprendizagem.
Conteúdos
• A origem do teatro e sua trajetória no Brasil e na Europa.
• Teatro social – jogo, aprendizagem, expressividade e comunicação.
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© A PRÁTICA DO TEATRO PARA GRUPOS: DESENVOLVIMENTO EXPRESSIVO E CRIATIVO PARA A
FORMAÇÃO DE GRUPOS SOLIDÁRIOS
UNIDADE 1 – O SURGIMENTO DO TEATRO: O HOMEM SOCIAL
1. INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade, convidamos você a conhecer o
surgimento do teatro desde os primórdios da civilização, além
de sua importância para a comunicação e a formação da socieda-
de. Faremos, também, pequenas considerações sobre a história
social do homem, sobretudo de sua capacidade artística cogniti-
vista teatral.
Dessa forma, desejamos êxito no alcance desses objetivos,
que são nossos primeiros desafios.
Bons estudos!
As máscaras
A máscara, sendo um elemento que promove a transfor-
mação, permite ao ator vivenciar um personagem, deixando
suas características próprias para dar lugar ao papel que repre-
senta. Ao usar uma máscara, que também pode ser apenas uma
maquiagem, o ator se "descobre" como personagem e empresta
sua energia física à "entidade" que representa.
Haviam máscaras para diferentes representações. É interessante
lembrar também que um personagem poderia utilizar mais de
uma máscara em uma única apresentação. Para tragédias um
modelo de máscara, para drama outro tipo de máscara, para co-
média outro tipo de máscara, e assim por diante. A vestimenta
também apresentava variações, entretanto, uma túnica branca
comprida, ou uma roupa um pouco mais colorida não ofuscava
Os atores principais se
apresentavam no terraço do
proskénion, usando máscaras e
sapatos com plataforma, para
que pudessem ser vistos pelas Entrada da Terraço da
últimas fileiras do topo. O coro orquestra proskénion
cantava e dançava na orquestra.
Camarins
(quartos
de vestir)
Entrada da
orquestra
Assentos dos
Orquestra de sacerdotes e
terra batida juízes
(local das
danças) Altar
Figura 7 Proskénion.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O TEATRO E O CRISTIANISMO
O teatro chegou a ser considerado uma atividade pagã por força do Cristianis-
mo, o que prejudicou muito o seu desenvolvimento. Paradoxalmente, foi a pró-
pria Igreja que "ressuscitou" o teatro, na era da Idade Média, através de repre-
sentações da história de Cristo. Enquanto isso, atores espanhóis profissionais
trabalhavam por conta própria e recebiam patrocínio dos autores de comédia,
através de festivais religiosos que eram realizados nas cortes da Espanha,
com alta influência herdada das encenações italianas. Essas representações
da história de Cristo eram realizadas como forma de catequizar os fiéis.
MAIS ITÁLIA
Foi no país "da bota" que surgiu o inovador teatro renascentista, provocando a ban-
carrota do teatro medieval. Este teatro dito humanista desenvolvido pelos italianos,
influenciou decisivamente outras nações européias, por meio de caravanas reali-
zadas por companhias de Commedia Dell’Arte. Outra novidade italiana foi a parti-
cipação de atrizes, além das evoluções cênicas, com o advento da infra-estrutura
interna de palco. Inglaterra e França "importaram" as mudanças italianas e incor-
poraram-nas em seus estilos teatrais, com destaque para Shakespeare e Molière,
respectivamente. As companhias de Commedia Dell’Arte eram formadas por atores
que representavam sempre o mesmo personagem e com histórias improvisadas.
A EVOLUÇÃO TEATRAL
A partir do século XVIII, acontecimentos como as Revoluções Francesa e Indus-
trial, mudaram a estrutura de muitas peças, popularizando-as através de formas
como o melodrama. Nessa época, em todo o mundo, surgiram inovações estrutu-
rais, como o elevador hidráulico, a iluminação a gás e elétrica (1881). Os cenários
e os figurinos começaram a ser mais elaborados, visando transmitir maior realis-
mo, e as sessões teatrais passaram a comportar somente uma peça. Diante de tal
evolução e complexidade estrutural, foi inevitável o surgimento da figura do diretor.
SÉCULO XX
O teatro do século XX se caracterizou pelo ecletismo e quebra de tradições,
tanto no "design" cênico e na direção teatral, quanto na infra-estrutura e nos
estilos de interpretação. Podemos dizer, sob esse prisma, que o dramaturgo
alemão Bertolt Brecht foi o maior inovador do chamado teatro moderno. Hoje,
o teatro contemporâneo abriga, sem preconceitos, tanto as tradições realistas
como as não-realistas (O CROCODILO, 2010).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4. CONSIDERAÇÕES
Esperamos que os conteúdos apresentados aqui a respeito
da origem e da trajetória do teatro como forma de representa-
ção artística, de difusão cultural e de jogo dramático tenham aju-
dado você a nele reconhecer maneiras de estabelecer múltiplos
conhecimentos.
5. E-REFERÊNCIAS
CATARIN, C. Nos bastidores do teatro grego. 2004. Disponível em: <http://www.
historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=660>. Acesso em: 17 jun. 2019.
O CROCODILO. Homepage. Disponível em: <http://www.ocrocodilo.com.br/theatro/
historia.html>. Acesso em: 28 maio 2010.
PASSEIWEB. Homepage. Disponível em: <http://www.passeiweb.com/saiba_mais/
arte_cultura/teatro/origem>. Acesso em: 17 jun. 2019.
Lista de figuras
Figura 1 Guerra do fogo. Disponível em: <http://todomundoeumpalco.
blogspot.com/2008_02_01_archive.html&usg=__IrD3cBoCULD4_EXb0A2B
gcbYGjI=&h=77&w=144&sz=4&hl=pt-BR&start=1&itbs=1&tbnid=4Z8sh5oD-
WCveM:&tbnh=50&tbnw=94&prev=/images%3Fq%3Dteatro%2Bprimitivo%26hl%3
Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26ndsp%3D18%26tbs%3Disch:1>. Acesso em: 21
maio 2010.
Figura 2 Carro de Tespis. Disponível em: <http://www.klickeducacao.com.br/2006/
enciclo/encicloverb/0,5977,POR-6293,00.html&h=185&w=450&sz=41&tbnid=Z3UEp
l0g5Cbb1M:&tbnh=52&tbnw=127&prev=/images%3Fq%3Dcarro%2Bde%2Btespis&hl
=pt-BR&usg=__2Z4G_QYxChs_aNVbTqV_j76UVDM=&sa=X&ei=r8caTLi8NsH58Aawz5j
ACQ&ved=0CDEQ9QEwBQ>. Acesso em: 21 maio 2010.
Figura 3 Ruínas do teatro grego – cidade de Epidauto. Disponível em: <http://
greek.hp.vilabol.uol.com.br/teatro.htm&usg=__4x985UoSAgMojQ_fqsQO7bgU4-
o=&h=337&w=480&sz=222&hl=pt-BR&start=14&itbs=1&tbnid=1t8wupzXWv8hTM:&
tbnh=91&tbnw=129&prev=/images%3Fq%3Dteatro%2Bgrego%26hl%3Dpt-BR%26sa
%3DG%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1>. Acesso em: 21 maio 2010.
14:recrianca-fazendo-arte-apresenta-atividades-desenvolvidas-durante-o-ano&catid=
33:educacao&Itemid=154>. Acesso em: 21 maio 2010.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANTES, A. A. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1981.
BARBOSA, A. M. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1999.
BERTHOLD, M. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2001.
CIVITA, V. Teatro vivo, introdução e história. São Paulo: Abril Cultural, 1976.
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino do teatro. Campinas: Papirus, 2001.
PAVIS, P. Dicionário do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999.
REVERBEL, O. Um caminho do teatro na escola. São Paulo: Scipione, 1989.
SLADE, P. O jogo dramático infantil. São Paulo: Summus, 1978.
STRAZZACAPPA, M.; VIANNA, T. Teatro na educação: reinventando mundos. In:
FERREIRA, S. (Org.) O ensino das artes: construindo caminhos. Campinas: Papirus,
2001.
Objetivos
• Compreender a utilização do jogo dramático na aprendizagem e no auxílio
terapêutico.
• Identificar a aplicação das teorias do jogo dramático em diversos grupos
de trabalho.
• Conhecer os processos de identificação com os papéis pela imitação e
representação.
• Analisar a importância da plateia para o teatro de grupos.
Conteúdos
• A concepção cognitivista e terapêutica do jogo teatral.
• O que é representar – imitação, identificação e criação de papéis –
a formação da plateia.
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© A PRÁTICA DO TEATRO PARA GRUPOS: DESENVOLVIMENTO EXPRESSIVO E CRIATIVO PARA A
FORMAÇÃO DE GRUPOS SOLIDÁRIOS
UNIDADE 2 – UTILIDADE PEDAGÓGICA E TERAPÊUTICA DO JOGO DRAMÁTICO – FORMAÇÃO E
IMPORTÂNCIA DA PLATEIA
1. INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, estudamos a origem do teatro e sua
trajetória histórica como forma de manifestação artística e, tam-
bém, como jogo fundamental para aprendizagem.
Nesta unidade, vamos aprender como a prática das técni-
cas do jogo dramático é feita em um trabalho grupal de forma
pedagógica e terapêutica, auxiliando na identificação individual.
Também veremos as etapas de representação e o uso prático das
técnicas e refletiremos sobre a importância da plateia.
Bom estudo!
Métodos de teatroterapia
No Brasil, Augusto Boal, dramaturgo e diretor teatral, criou,
na década de 1960, uma poética teatral denominada "teatro do
oprimido". Essa teoria consiste "[...] num conjunto de procedi-
mentos de atuação teatral improvisada [...] com o objetivo de
4. CONSIDERAÇÕES
Resumindo os conceitos tratados até agora, vamos frisar
a distinção entre os termos a seguir, segundo Courtney (2006):
• Teatro: é o ato de representar perante uma plateia.
• Jogo: é a atividade à qual o indivíduo se dedica por pra-
zer ou desfrute, podendo ou não ter regras.
• Jogo dramático: é um jogo que contém personificação
e/ou identificação, podendo ou não ter regras.
Em uma situação na qual o instrutor ou professor se utiliza
desses conceitos, é igualmente importante que este saiba distin-
guir os principais componentes descritos a seguir:
• Método dramático: utilização de jogos dramáticos para
aprendizagem, experiências e conhecimentos.
• Teatro como tal: voltado para si mesmo, ou seja, para a
representação de um espetáculo.
Na próxima unidade você aprenderá as formas de traba-
lho em grupo que se utilizam do jogo dramático e sua aplicação
em grupos escolares (infantojuvenis), religiosos, corporativos e
comunitários, entre outros, como também o método do teatro
sistêmico.
Até lá!
5. E-REFERÊNCIAS
ARTENAESCOLA. Homepage. Disponível em: <http://www.artenaescola.org.br/
pesquise_monografias_texto.php?id_m=59>. Acesso em: 24 maio 2010.
CONTRADITORIUM. Homepage. Disponível em: <http://www.contraditorium.
com/2006/11/01/a-4-parede-vai-te-pegar/>. Acesso em: 18 jun. 2019.
FERNANDES. V. L. P. A imitação no processo de Ensino e Aprendizagem em Arte. Campo
Grande: Departamento de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul, 2005. (Dissertação de Mestrado). Disponível em: <http://www.propp.ufms.br/
poseduc/mestrado/resumo2005.htm>. Acesso em: 1 jun. 2010.
Lista de figuras
Figura 1 Jogo dramático infantil I. Disponível em: <http://www.cfpa.pt/cfppa/
circuloestudos/jogo/2.jpg>. Acesso em: 24 maio 2010.
Figura 2 Jogo dramático infantil II. Disponível em: <http://www.clq.com.br/
imgnoticias/lud.jpg>. Acesso em: 24 maio 2010.
Figura 3 Encenação teatral da Escola Cleofhânia. Disponível em: <http://cleophania.
zip.net/arch2006-06-04_2006-06-10.html>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Figura 6 Apresentação do teatro do oprimido. Disponível em: <http://
educaetnomatematica.files.wordpress.com/2009/09/apresentacao-de-teatro-do-
oprimido-de-alagoas-2.jpg>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Figura 7 Grupo de vivências teatrais. Disponível em: <http://cepsitpsicologos.com/
grupo.html>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Figura 8 Criança em processo de aprendizagem. Disponível em: <http://revistacrescer.
globo.com/Revista/Crescer/foto/0,,16057519,00.jpg>. Acesso em: 24 maio 2010.
Figura 9 Plateia da leitura no Satyros II – Lilian Aquino e Anahí Mallol. Disponível em:
<http://e.busca.uol.com.br/404.html>. Acesso em: 24 maio 2010.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOAL, A. O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1996.
______. Técnicas latino-americanas de teatro popular. São Paulo: Hucitec, 1979.
Objetivos
• Compreender a aplicabilidade de jogos e técnicas teatrais em diferentes
grupos (escolares, institucionais, juvenis, corporativos, comunitários etc.).
• Definir a responsabilidade do professor ou coordenador diante desses
grupos.
• Aprender sobre o termo sistêmico e sua relação com o teatro.
Conteúdos
• Trabalho em grupo: formas de socialização e de fortalecimento grupal e
individual em diferentes áreas de atuação.
• O fazer teatral: uma abordagem sistêmica.
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© A PRÁTICA DO TEATRO PARA GRUPOS: DESENVOLVIMENTO EXPRESSIVO E CRIATIVO PARA A
FORMAÇÃO DE GRUPOS SOLIDÁRIOS
UNIDADE 3 – APLICAÇÃO DO JOGO DRAMÁTICO/TEATRAL EM GRUPOS DE TEATRO SISTÊMICO
1. INTRODUÇÃO
Na unidade anterior, refletimos sobre a utilização de
jogos teatrais ou dramáticos na educação e, também, sobre a
aplicação desses jogos como forma terapêutica. Vimos, ainda, os
fenômenos de imitação, de identificação e de representação de
papéis, bem como a importância da plateia.
Já nesta última unidade de nosso curso, você aprenderá as
formas de trabalho em grupo que se utilizam do jogo dramático
e sua aplicação em grupos escolares (infantojuvenis), religiosos,
corporativos e comunitários, entre outros, como também o
método do teatro sistêmico.
Além disso, você terá a oportunidade de relatar suas
experiências em grupos de trabalho, caso coordene ou faça parte
de um grupo, e, também, de discutir com seus colegas de curso e
com seu tutor o que aprendeu.
Bom estudo!
cada de artistas e intelectuais, amigos dele. Quando cresceu, foi estudar teatro
em Paris.
Em 1952, quando voltou ao país, Maria Clara abriu uma das mais famosas es-
colas de atores do Brasil, o Tablado, no Rio de Janeiro. Ajudou a formar muitos
atores – Ela também era atriz, mas ficou famosa como dramaturga.
Considerada a maior autora de teatro infantil do país, Maria Clara Machado
escreveu quase 30 peças infantis, livros para crianças e 3 peças para adultos
("As interferências", "Os embrulhos" e "Miss Brasil") (COLÉGIO MARIA CLARA
MACHADO, 2010).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A autora ainda nos fala que a tarefa do professor é des-
pertar no aluno sua capacidade criadora e transformadora, sem,
contudo, exacerbar as facilidades e dificuldades de cada um. O
importante é a transformação que a criança terá ao experimen-
tar uma representação teatral, pois, em se tratando de teatro
amador feito por crianças na escola, o valor estético sempre fica
em segundo plano.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao final do nosso curso. Nesta última unidade,
focalizamos a parte prática do trabalho com jogos e técnicas tea-
trais com crianças e adultos em locais como escolas, instituições
e empresas.
Também discutimos sobre o termo "teatro sistêmico", que
consiste na valorização de todos os integrantes de um grupo,
pois todos estão ligados a uma mesma "rede" de relações, con-
tribuindo para a construção de um mundo mais justo e saudável.
5. E-REFERÊNCIAS
ARAÚJO, R. A arte de pagar micos e king kongs. Disponível em: <http://www.
curiosando.com.br/07/2009/tecnicas-teatrais-ensinam-flexibilidade-para-lidar-no-
ambiente-corporativo/>. Acesso em: 11 jun. 2010.
CENTURIÃO, A. Teatro como ferramenta de treinamento. Disponível em: <http://www.
teatroempresarial.com.br/index.php?n1=noticias&codigo=41>. Acesso em: 11 jun.
2010.
COLÉGIO MARIA CLARA MACHADO. Quem foi Maria Clara Machado. Disponível em:
<http://www.mariaclaramachado.com.br/novo/index.php?option=com_content&tas
k=view&id=17&Itemid=31>. Acesso em: 11 jun. 2010.
JABLONSKI, B. Teatro na educação. Disponível em: <http://www.bernardojablonski.
com/pdfs/graduacao/teatro_na_educacao.pdf>. Acesso em: 11 jun. 2010.
RODRIGUES, L. O jogo dramático na vida da criança. Disponível em: <http://livehard.
blogs.sapo.pt/>. Acesso em: 18 jun. 2019.
Lista de figuras
Figura 1 Jogo dramático infantil. Disponível em: <http://eeprofisamoserikiyaku.
blogspot.com/2008/10/teatro-na-escola.html>. Acesso em: 24 maio 2010.
Figura 4 Rede de relações. Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_FUnso_HnJKI/
SjujGypcqqI/AAAAAAAAA6A/o9W0ip_mlLo/s400/networking2.jpg>. Acesso em: 18
jun. 2019.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, S. M. O papel do corpo no corpo do ator. São Paulo: Perspectiva, 2002.
DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das relações interpessoais: vivências
para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001.
INSTITUTO DA PASTORAL DA JUVENTUDE. Recriando experiências: técnicas e dinâmicas
para grupos. São Paulo: PAULUS, 1997.
MACHADO, M. C.; ROSSMAM, M. Cem jogos dramáticos. São Paulo: Atlan, 1971.
MARIOTTI, H. As paixões do ego: complexidade, política e solidariedade. São Paulo:
Palas Athena, 2000.
MOSQUERA, J. Psicologia da arte. Rio de Janeiro: Sulina, 1976.
NOVELLY, M. C. Jogos teatrais – exercícios para grupos e salas de aula. Campinas:
Papirus, 1994.
REVERBEL, O. O teatro na sala de aula. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
YOZO, R. Y. K. 100 jogos para grupos – uma abordagem psicodramática para empresas,
escolas e clínicas. São Paulo: Ágora, 1996.
Caça ao tesouro–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das outras e a
desinibirem-se, facilitando a identificação entre pessoas parecidas.
Número de participantes: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo maior, é
interessante aumentar o número de questões propostas.
Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis ou uma caneta
para cada um.
Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos participantes que agora
se inicia um momento em que todos terão a chance de se conhecer. A partir
da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe
em cada um dos itens descritos a seguir e pedir a ela que assine o nome na
lacuna.
a) Alguém com a mesma cor de olhos que a cor dos seus.
b) Alguém que viva em uma casa sem fumantes.
c) Alguém que já tenha morado em outra cidade.
d) Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras.
e) Alguém que use óculos.
f) Alguém que esteja com uma camiseta da mesma cor que a sua.
Mencionar o fato de alguém ou várias pessoas terem a mesma coisa que você.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
75
ANEXO – DICAS DE DINÂMICA
Dinâmica da apresentação––––––––––––––––––––––––––––
O coordenador deve formar um círculo com os participantes e, em seguida,
jogar uma bola na mão de um deles, que, por sua vez, a jogará para outro
e assim sucessivamente. Outras bolas vão gradualmente entrando no jogo,
podendo chegar a um total de cinco.
Objetivo: concentração e presença cênica.
Número de participantes: livre.
Material necessário: de uma a cinco bolas.
__________________________________________________
Dinâmica de relaxamento–––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: promover a concentração por meio de um exercício propriamente
imaginativo.
Número de participantes: livre.
Descrição da dinâmica: pedir que todos se deitem no chão, fechem os olhos
e mentalizem que são uma semente jogada na terra. Em seguida, devem
sentir “a semente germinar e romper a terra”. Esses brotinhos vão crescendo,
sentindo a chuva e o sol, vão ficando fortes, adquirindo raízes e crescendo até
virarem uma grande árvore, com muitos galhos. Após o término da dinâmica,
os participantes devem comentá-la.
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Uso da mímica/pantomima –
comunicar uma ideia sem o uso das palavras––––––––––––
Objetivo: trabalhar a expressão corporal e a linguagem não verbal.
Exercícios de ritmo––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: percepção sonora, descontração e interação grupal.
Número de participantes: dez ou mais pessoas.
Descrição da dinâmica: todos sentados em círculo. Um voluntário sai da sala.
Explica-se para os demais que um dos participantes será o chefe e que este
fará determinados gestos ou sons que deverão ser seguidos por todos. Por
exemplo, pode ser bater palmas, estalar os dedos, bater os pés, chacoalhar as
mãos para o alto etc. Aquele que saiu da sala ficará no centro da roda e terá
de descobrir quem é o chefe.
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Treino sensorial–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: trabalhar a confiança em si mesmo e no parceiro; estimular outros
órgãos dos sentidos, como a audição, o olfato e o senso de orientação espacial;
e controlar o medo.
Número de participantes: livre, desde que seja possível a formação de duplas.
Descrição da dinâmica: formam-se as duplas e decide-se qual dos parceiros
será o “cego”. O outro será responsável por guiar o cego escolhido, que
manterá os olhos fechados. O guia anda com o cego pela sala, segurando-o
pelo braço. Em seguida, o cego será guiado somente pela voz de seu guia,
até que, finalmente, andará sozinho pelo espaço. Essa dinâmica poderá ser
dividida em partes, para que haja um maior controle dos participantes em
relação ao próprio medo. Com a repetição da dinâmica, poderão ser discutidos
os avanços individuais.
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Eu sou alguém––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: perceber os valores pessoais, isto é, perceber-se como ser único e
diferente dos demais.
b) Distribuir uma folha para cada um, pedir que os participantes listem dez
características próprias no mínimo e determinar um tempo para essa tarefa.
c) Solicitar que os participantes virem a folha, dividam-na ao meio e
classifiquem as características listadas: de um lado, as que facilitam sua
vida; do outro, as que a dificultam. Determinar um tempo para essa tarefa.
d) Em subgrupos, partilhar as próprias conclusões.
e) Em plenário, discutir:
• Qual é o lado que pesou mais?
• O que foi descoberto sobre si mesmo com a realização da atividade?
f) O conhecimento de si mesmo constitui-se o ponto inicial para cada um se
conscientizar do que lhe é próprio e das suas características. Com este
trabalho, é possível ajudar os participantes a se perceberem, permitindo-
lhes a reflexão e a expressão dos sentimentos individuais.
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Fotografia––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: trabalhar em grupo, ouvir e emitir opinião. Exercitar a interpretação
e o improviso.
Número de participantes: livre.
Descrição da dinâmica: o instrutor divide a turma em grupos de dez pessoas
no máximo e dá um tema para cada grupo (prostituição, violência, fome,
alegria, namoro etc.), desde que os outros não saibam. Então, cada grupo
irá montar uma cena em que o tema fique evidente, e o instrutor orientará os
integrantes do grupo a ficarem a postos em seus lugares. Quando o instrutor
bater palmas, o grupo se “congelará”. Os demais grupos tentarão descobrir a
mensagem ou o tema e, em seguida, deverão fazer um debate sobre o que
aprenderam com a dinâmica.
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Rótulos––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: promover a interação entre os participantes e discutir sobre rótulos.
participantes devem tratar uns aos outros conforme o que é pedido no rótulo
colado nos companheiros. Cada um deve tentar adivinhar que rótulo recebeu.
Após 20 minutos, o coordenador pede para que cada um diga o rótulo que
recebeu e o que sentiu. Deve-se conversar, também, sobre os efeitos que os
rótulos provocaram nas pessoas – se gostaram ou não de serem tratadas a
partir de rótulos – e compará-los à vida real, no dia a dia do grupo.
Sugestões de rótulos:
a) Aprecie-me.
b) Ensine-me.
c) Tenha piedade de mim.
d) Aconselhe-me.
e) Respeite-me.
f) Ajude-me.
g) Rejeite-me.
h) Ignore-me.
i) Ria de mim.
j) Zombe de mim.
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Jogo do andar––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: trabalhar a percepção corporal e explorar as sensações produzidas
pelo corpo; promove relaxamento e o uso da imaginação.
Passeio cego–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Objetivo: refletir sobre a importância da atenção constante à realidade para
não agir de maneira incoerente.
Número de participantes: livre.
Material necessário: diversos objetos que possam ser espalhados pela sala e
um lenço para vendar os olhos de um participante.
Descrição da dinâmica: o coordenador convida um voluntário, e este observa
os demais, espalhando objetos pela sala. O voluntário deverá observar bem
a disposição dos objetos, pois terá de atravessar a sala de olhos vendados e
sem esbarrar em nenhum deles. Então, preparado o ambiente, os olhos do
voluntário deverão ser vendados. Enquanto isso, o grupo recolhe os objetos
espalhados silenciosamente, de modo que o voluntário não perceba enquanto
caminha pela sala tentando não esbarrar nos objetos. O grupo observa e pode
até “dar pistas”, mesmo não tendo mais objetos para serem esbarrados. Após
algum tempo, retira-se a venda dos olhos e partilha-se a experiência.
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