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TÍTULO

COLETA E ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO DE


RESÍDUOS
REVISÃO DATA CÓDIGO

01 03/07/2019 BHGE-PO-001

1 OBJETIVO

Estabelecer procedimentos para a coleta e armazenamento de resíduos classe I e II gerados na BHGE.

2 APLICAÇÃO

Este procedimento deve ser aplicado especificamente nas dependências da unidade Baker Hughes GE
Ilha da Conceição, Niterói - RJ, para a realização do gerenciamento de resíduos.

3 REFERÊNCIA

PGR BHGE - Plano de Gerenciamento de Resíduos;

LEI 12.305 – Política Nacional de Resíduos Sólidos;

ANVISA RDC 56 – Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitária no Gerenciamento de Resíduos


Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados;

ANVISA RDC 222 – Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento de Resíduos de Saúde e da


outras providências;

RESOLUÇÃO CONAMA 275 - Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser
adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva;

RESOLUÇÃO CONAMA 358 - Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências;

INEA DZ 1310 - Manifesto de Resíduos;

INEA DZ 1311 - Diretriz de Destinação de Resíduos;

NR- 06 - Equipamentos de Proteção Individual;

NR- 15 - Atividades e Operações Insalubres;

NR16 – Atividades e Operações Perigosas;

NR 25 – Resíduos Industriais;

NBR-7503 - Ficha de Emergência para o Transporte de Produtos Perigosos;

NBR-7500 - Símbolo de Risco e Manuseio para Transporte e Armazenamento de Materiais (ABNT);

NBR 10.004 – Classificação de Resíduos Sólidos;

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NBR 11.174 - Armazenamento de Resíduos Classes II;

NBR 12.235 – Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;

NBR 14.619 - Transporte de Produtos Perigosos - Incompatibilidade Química;

NBR 15481 - Transporte rodoviário de produtos perigosos – Requisitos mínimos de segurança;

NBR 16.725 - Ficha com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem

4 DEFINIÇÕES

Resíduos Sólidos: Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta
definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos
e instalações de controle de poluição.

Resíduos Classe I (Perigosos): São aqueles que, em função das suas propriedades físicas, químicas
ou infecto contagiosas, podem apresentar riscos à saúde pública. As características que conferem
periculosidade a um resíduo são: Inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenicidade.

Resíduos Classe II (Não perigosos): São aqueles que não se enquadram na classificação de
resíduos Classe I. Podem apresentar uma das propriedades: combustibilidade, biodegrabilidade ou
solubilidade em água.

Resíduos Classe II A (Não inertes): Aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos termos desta Norma. Os
resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água.

Resíduos Classe II B (Inertes): Quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma
representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com
água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10.006, não
apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões
de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

Kit de Emergência: Conjunto de materiais utilizados para contenção de derramamento e limpeza nas
áreas. Deve ser composto de: material absorvente, pá, recipientes, sistemas coletores e sacos.

FISPQ: Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico, elaborada pelos fabricantes de


produtos quanto a sua toxicologia, manuseio e armazenamento, segurança, saúde e meio ambiente.

Ficha de Emergência: Ficha que contém os dados dos produtos transportados e as instruções, para
serem colocadas em prática, em caso de emergência.

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Envelope para Transporte: Envelope que contém a ficha de emergência, os telefones úteis e as
providências que devem ser tomadas em casos de emergência.

Análise preliminar da tarefa (APR): Ferramenta utilizada na gestão da segurança do trabalho com o
objetivo de antecipar os possíveis perigos, riscos e danos causados ao meio ambiente, patrimônio e as
pessoas com suas medidas de controle. Deve ser avaliada detalhadamente cada etapa do trabalho e
suas tarefas.

Procedimento Operacional (PO): Documento organizacional que traduz o planejamento do


trabalho a ser executado. É uma descrição detalhada de todas as medidas necessárias para a
realização de uma tarefa.

Checklist: Instrumento de controle escrito em inglês que significa “lista de verificação”.


Composto por um conjunto de condutas, nomes, itens ou tarefas que devem ser lembradas
e/ou seguidas antes do início de uma atividade.

Pré – tarefa: Instrumento de controle adotado pela BHGE em formulário próprio que possui uma
lista de verificação composto por um conjunto de condutas que devem ser lembradas e/ou
seguidas antes do início de uma atividade rotineira. A reunião pré-tarefa tem como objetivo
garantir que toda atividade da BHGE esteja vinculada a um procedimento e/ou instrução de
trabalho e/ou ordem de serviço, bem como análise de risco.

Permissão de trabalho: Ferramenta da BHGE para controle de atividades de alto risco e não rotineiras
que deve ser solicitada e realizada pelo técnico de segurança da unidade.

5 RESPONSABILIDADES

Da liderança (Supervisor, Encarregado, Assistente Ambiental)

Garantir que todas atividades executadas possuam APR, PO, checklist e pré-tarefa e permissão de
trabalho para as atividades de alto risco, solicitada diretamente a um técnico de segurança do trabalho
da BHGE.

Orientar os motoristas e operadores de prensa e empilhadeira que irão efetuar a coleta e o


beneficiamento dos resíduos no site, e garantir que o Procedimento Operacional seja cumprido.

Garantir a correta utilização dos EPIs e EPCs de acordo com a NR 6.

Supervisionar os checklists de inspeção dos equipamentos e os planos de manutenções garantindo


seus cumprimentos perante seus responsáveis.

Providenciar os documentos exigidos para coleta e transporte dos resíduos envolvidos nesta atividade,
como por exemplo, notas fiscais, fichas de emergência e rótulo de identificação para resíduos
perigosos, manifestos de transporte de resíduos etc.

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Dos operacionais (Motorista, Operador de Prensa, Operador de Empilhadeira)

Realizar suas atividades somente após possuírem APR, PO, checklist, pré-tarefa e permissão de
trabalho para as atividades de alto risco, solicitada diretamente a um técnico de segurança do trabalho
da BHGE.

Cumprimento das orientações da liderança realizando suas atividades laborais de acordo com as
normas de segurança, meio ambiente e qualidade.

Realizar o checklist do(s) equipamento(s) pertinente sua atividade e sinalizar imediatamente sua
liderança qualquer anomalia.

Manter EPIs e EPCs em bom estado de conservação e utilizá-los quando aplicável para a atividade a
ser desenvolvida.

Planejar com antecedência o serviço de movimentação e armazenamento dos resíduos.

6 MATERIAIS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

Todos os materiais de trabalho, ferramentas e equipamentos devem estar em boas condições de uso
sem risco de acidente.

Os caminhões e empilhadeiras, bem como os demais equipamentos da unidade, devem possuir plano
de manutenção e checklist de utilização.
- Caçambas 30m³
- Caçambas 1,5m³
- Empilhadeira 2 toneladas
- Empilhadeira de 4 toneladas

7 DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

Antes do início de qualquer atividade o líder do Grupo Interação, junto com sua equipe, devem realizar
as inspeções de segurança através do checklist de inspeção para a empilhadeira, divulgará todas as
etapas da APR e fará a pré-tarefa junto a equipe de trabalho.

A análise pré-tarefa deve ser realizada antes da atividade começar com o propósito de avaliar as
condições e meios a qual será realizada, levando em consideração:
a) As instruções contidas nos procedimentos operacionais ou ordens de serviço;
b) Os riscos identificados anteriormente na análise de risco;
c) As barreiras de controle necessárias para execução da atividade;
d) Mudanças que não foram previstas anteriormente;
e) Melhorias no processo;
Toda a atividade deve possuir procedimento operacional e/ou ordem de serviço, bem como análise de
risco. Não é permitido na BHGE executar atividades sem estes documentos.

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O beneficiamento dos resíduos passa pelas etapas descritas a seguir na BHGE: coleta nos pontos de
geração, recebimento na Central Temporária de Resíduos, segregação, acondicionamento e
armazenamento para posterior destinação com empresas externas. O objetivo destas etapas é valorar
os resíduos para posterior destinação final.

Na etapa da coleta os resíduos são transportados pela empilhadeira ou carrinho manual, mediante seu
tipo.

Na etapa do recebimento é feito uma triagem separando os materiais de acordo com as suas
características, com atenção especial aos resíduos classe I (perigosos).

Na etapa da segregação é feito a separação mais detalhada e técnica de acordo com as suas
características e com o seu valor agregado, visando o seu melhor aproveitamento maximização as
receitas e diminuindo as despesas com a destinação.

Na etapa do acondicionamento e armazenamento os resíduos são estocados em recipientes como big


bag, tambor e bombona protegidos contra intempéries. Alguns serão armazenados a granel em
caçambas específicas.

Os resíduos perigosos são armazenados em bombonas, tambores ou big bag conforme seu tipo e
estado físico. Esses recipientes devem estar em local coberto, impermeável, com contenção e acesso
restrito. Também identificados com o rótulo para resíduos perigosos.

A tabela a seguir relaciona os tipos de resíduos gerados no site da BHGE que são movimentados do
seu locai de geração até a Central Temporária de Resíduos, também sua caracterização conforme
ABNT NBR 10.004 e seu tratamento e destino final com empresas externas.

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Tabela de referência dos resíduos gerados na unidade da BHGE


Caracterização Tratamento / Destino
Resíduo Origem
(NBR10.004) Final
Banheiros, vestiários e Biológico (Estação de
Efluentes I
cozinha Tratamento de Efluentes)
Manutenção, Áreas
Água com óleo I Co-processamento
Operacionais
Waxso Atividades operacionais II - A Aterro Sanitário
Manutenção, Atividades
Miscelânea contaminada I Co-processamento
operacionais
Óleo vegetal Cozinha Industrial II - B Reciclagem
Refeitório, Escritórios,
Lixo Comum/Entulho de Sanitários, Varrição, Área Reciclagem/Aterro
II - B
obra Operacional, Reparos de Sanitário
construção civil, Refeitório
Resíduo orgânico – alimento Cozinha Industrial, Refeitório II - A Compostagem

Escritórios, Portaria, Pontos


Lâmpadas de iluminação área interna I Reciclagem
externa da fábrica
Embalagens de matéria-
prima, atividades de
Madeira II - A Reciclagem
construção civil/montagem
de equipamentos
Atividades operacionais,
Papel/Papelão II - A Reciclagem
atividades administrativas
Atividades administrativas e
Plástico II – A Reciclagem
embalagens

Escritório, manutenção de
Sucata eletrônica II - A Co-processamento
equipamentos
Metal Atividades operacionais II - A Reciclagem
Sucata de metais ferrosos
Atividades operacionais II - A Reciclagem
(Tubo Flexível)
Vegetação Varrição/ manutenção II - A Compostagem
Água com corante Atividades operacionais I Co-processamento
Tintas e Solventes Manutenção I Co-processamento
Infectante Serviços de ambulatório I Autoclave
Color Jet Manutenção I Co-processamento
Desengraxante Atividades operacionais I Co-processamento
Glicidilaldeido Atividades operacionais I Co-processamento
Sulfeto de sódio Atividades operacionais I Co-processamento
Manutenção de
Pneu II - B Co-processamento
equipamentos
Fonte: BHGE - PGR - Plano de Gerenciamento de Resíduos - 2017

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Os resíduos são coletados nos locais de geração pela empilhadeira ou equipamento manual (carrinho
ou paleteira) e armazenados conforme sua classificação na norma ABNT NBR 10.004 na Central
Temporária de Resíduos da BHGE para posterior destinação, tratamento ou disposição em empresa
externa por caminhão específico conforme o procedimento operacional BHGE-PO-001.

A coleta e movimentação de caçambas de 1,5m³ de resíduos são realizadas com empilhadeira do


ponto de geração para a Central Temporária de Resíduos (CTR). Ao chegar na CTR os resíduos são
armazenados em suas caçambas, bombonas, tambor ou big bag, conforme especificação de cada
resíduo.

Os resíduos a granel, complexos e ou pesados para coleta e transporte manual, por exemplo pallete,
peças de metal etc, também são coletados com a empilhadeira para a CTR.

Os resíduos de tubos flexíveis com tamanho até 3m aproximadamente são descartados em caçambas
de 30m³ e os superiores são estocados próximo a CTR para posterior destinação em carreta.

Os resíduos orgânicos gerados no restaurante são acondicionados em bombonas de 30 litros e não


podem ultrapassar a capacidade de 23 Kg para o carregamento por homem e 20 Kg por mulher. As
bombonas são armazenados na câmera refrigerada pelo setor de origem. As coletas dessas bombonas
são realizadas de duas a três vezes por dia, uma de manhã, outra a tarde e outra a noite, ou sempre
que solicitado pelo setor. A coleta e transporte é realizada com um carrinho manual e pelo operador de
empilhadeira do Grupo Interação acompanhado de um ajudante até a CTR para armazenamento das
bombonas em área coberta e piso impermeável.

Os resíduos abaixo são armazenados nos respectivos recipientes:

ACONDICIONAMENTO E RECIPIENTE UTILIZADO

Resíduo Orgânico Tambores hermeticamente fechados (limite 23Kg cada)

Resíduo Perigoso Coletores, containers de 1000 litros e tambores em


locais com acesso controlado
Resíduo não perigoso Coletores, Caçambas
Wasxo Bags
Coletor branco com tampa em local com acesso
Resíduo de Serviço de Saúde
controlado

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8 CONSIDERAÇÕES DE QUALIDADE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Antes de começar a atividades todos os funcionários devem ter sido treinados, conhecer e seguir as
recomendações da análise de risco preliminar e o procedimento operacional.

A correta operação e conhecimento da APR é fundamental na minimização de possíveis efeitos


danosos as pessoas envolvidas, ao meio ambiente e aos patrimônios. Assim, a capacidade de todos os
funcionários com responsabilidades nesse procedimento é um fator primordial e os responsáveis pelas
instalações devem fornecer treinamento adequado a todos os envolvidos nas atividades.

Em caso de identificação de condição ou ato inseguro, a atividade deve ser paralizada e os envolvidos
orientados, conforme orientações de segurança “Stop Work” da BHGE.

9 ANEXO

Não aplicável

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