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mulher?
Deletei-me a procurar Projetos de Lei ainda em tramitação que viessem propor alguma
proposta de efetivação de políticas públicas de segurança para lidar com a violência contra a
mulher e acabei percebendo que as principais sugestões, para a cadeira de Direito, Política e
Desenvolvimento poderiam estar nos planos de governo dos candidatos à presidência da
República Federativa do Brasil no ano de 2018.
Entre os presidenciáveis que utilizam a palavra ao menos uma vez, apenas seis deles
mostram alguma proposta que vise combater o problema da violência de gênero no Brasil.
Poucas, no entanto, são de fato aprofundadas nos programas.
Nos documentos apresentados por Alvaro Dias (Podemos), Cabo Paciolo (Patriota),
José Maria Eymael (DC) e João Amoêdo (Novo), a palavra “mulher” não aparece em nenhum
momento.
Jair Bolsonaro (PSL), que tem a maior taxa de rejeição no eleitorado
feminino, só menciona o termo uma vez em seu plano de governo, ao falar sobre estupro.
No caso de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), a palavra é usada
duas vezes. Em um programa enxuto, o tucano cita a violência contra esse grupo, mas não
aprofunda suas ações. O emedebista não chega a abordar a violência contra a mulher, somente
a questão da diferença salarial.
A candidata Vera Lúcia (PSTU) fala sobre a necessidade de combater esse tipo de
crime, mas não entra em detalhes sobre quais políticas seriam feitas. Marina Silva
(Rede) e João Goulart Filho (PPL) também mencionam a problemática, mas não desenvolvem
as ideias.
Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL) são os que
mais abordam a violência de gênero e desenvolvem as propostas para combatê-la.
Entre os que mais abordaram, Ciro Gomes sai na frente com 41 menções à palavra
mulher em seu plano de governo.
Ele dedica uma parte especial denominada de “respeito às mulheres”, afirmando:
Todos os pontos são importantes, mas explicarei três que considero que são de extrema
relevância dada as proporções dos problemas enfrentados na sociedade ultimamente, são eles:
.1- É certo que no Brasil há 5.565 municípios, mas há delegacias da mulher em apenas 397
desses.
A disparidade se torna ainda maior quando vamos fazer um recorte regional, onde é 49% de
todas elas estão apenas no Sudeste, e 51% divididas entre as demais regiões. Com essa proposta,
o número de delegacias e consequentemente o atendimento jurídico às mulheres aumentaria de
forma considerável.
Referencias:
LISBOA, Vinícius. População Carcerária do Brasil é uma das Maiores do Mundo. Rio de
Janeiro, 7 nov. 2018. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-
11/populacao-carceraria-feminina-no-brasil-e-uma-das-maiores-do-mundo. Acesso em: 9 jul.
2019.
CATRACA LIVRE. Violência contra a mulher: Saiba como cada candidato trata o tema. [S. l.],
2018. Disponível em: https://catracalivre.com.br/especiais/violencia-contra-a-mulher-saiba-
como-cada-candidato-trata-o-tema/. Acesso em: 9 jul. 2019.