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1 INTRODUÇÃO
que significa, literalmente, pai de família. Este tinha total domínio sobre os parentes
que dele dependiam, podendo, inclusive, o poder da vida e da morte. No Direito
brasileiro, entretanto, conforme o art. 1511 do Código Civil “o casamento estabelece
comunhão plena de vida, com base na igualdade de direito e deveres dos cônjuges”.
(BRASIL, 2002)
O homem e a mulher, portanto, possuem iguais direitos e deveres, o que se
expande à criação de seus filhos. Ainda que separados, ambos possuem o direito e o
dever de cuidar de seus próprios filhos, salvo nos casos previstos em leis - como o de
lesões graves ou crimes de abuso sexual, contra cônjuge ou filhos. São os pais
dotados de poder familiar, o qual lhes garante capacidade para tomar decisões sobre
a vida do menor, as quais devem ser tomadas visando o melhor interesse da criança.
Quando há, no Brasil, a dissolução de vínculo conjugal e sociedade conjugais
- nos casos de divórcio e separação - é garantido aos pais, por direito, o poder familiar
e a guarda sobre seus filhos, unilateral ou compartilhada. Na primeira, via de regra, a
criança fica com somente um dos pais, mas o outro ainda pode, e deve, ter
conhecimento acerca da vida de seu filho e, se necessário, tomar decisões, pois a
perda da guarda não implica na perda do poder familiar. Na segunda, geralmente, há
a divisão do tempo em que a criança fica com seus pais, que se dá alternadamente,
e ambos possuem o poder familiar. No momento em que um dos pais não visa ao
melhor interesse da criança e influencia seu julgamento sobre o outro, tem-se a
alienação parental, cujo avanço pode acarretar na síndrome de alienação parental.
É considerado alienação parental, conforme a Lei n° 12.318, de 26 de agosto
de 2010, a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente promovida
ou induzida por um dos genitores ou outros familiares, causando prejuízo à relação
entre esses. A Síndrome de Alienação Parental, por sua vez, é quando a Alienação
Parental já se encontra avançada, e a própria criança passa a perpetuar o pensamento
alienador. Por exemplo, uma criança que, durante toda sua vida, foi ensinada que seu
pai é um pilantra, e ela se recusa a conhecê-lo por realmente achá-lo um pilantra.
Fato é que, quando isso acontece, aquilo que é melhor para a criança ou
adolescente não é atendido, e é ela a principal afetada. Tal problema não só afeta o
menor no momento em que está sofrendo a alienação, mas, também, após ele.
Conforme foi analisado no fim do artigo, várias são as consequências psicológico,
como o medo, sentimento de falta de amor, entre vários outros que se possa imaginar.
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3 PODER FAMILIAR
4 A GUARDA
Segundo o art. 1583 do Código Civil (Lei n° 11.698, de 2008), a guarda será
unilateral ou compartilhada. No décimo parágrafo do art. 1584 do mesmo Código (Lei
nº 11.698, de 2008), nos incisos I e II, regula-se como dar-se-á o tipo de guarda, que
pode ser requisitado por parte do pai, da mãe ou do tutor ou decretada pelo juiz, em
atenção às necessidades específicas do filho. É importante frisar, também, que, como
consta no segundo parágrafo do segundo inciso citado, caso não haja acordo entre
os pais acerca do tipo de guarda, será aplicada, sempre que possível, a guarda
compartilhada, devendo-se buscar, sempre, o melhor interesse da criança.
O que seria, entretanto, o melhor interesse da criança? Segundo Marianna
Chaves,
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n° 12.318, de 26 de agosto de 2010. Vade mecum saraiva OAB. 18. ed.
São Paulo: Saraiva, 2019.
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das famílias. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2016, p. 47.