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INTRODUÇÃO
No presente trabalho de investigação científica falaremos sobre o stress em mães com filhos
diagnosticados com hidrocefalia do Centro Neurocirúrgico de Tratamento a Hidrocefalia. A
Hidrocefalia é uma doença que carrega consigo muitas outras complicações de várias ordens o
que acaba mexendo com a estrutura de qualquer família.
Este estado seguro e constante, necessário para uma adaptação bem-sucedida, é mantido por
forças opostas de restabelecimento, ou respostas adapctacionais que consistem num
extraordinário repertório de reacções físicas e psicológicas. Estas respostas tentam contrariar
os efeitos dos estressores ou factores indutores de Stress, de forma a restabelecer a homeostasia.
Acreditamos que no caso de mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia pelo facto de a
criança ser submetida a uma cirurgia seja de que natureza for e algo ameaçador e causador de
stress por se desconhecer antecipadamente o desfecho da mesma. A mãe vivencia sentimentos
de medo e ansiedade resultantes do procedimento cirúrgico porém, sabe que possivelmente a
melhoria da criança depende do sucesso da operação.
Dizer que não é uma doença comum o que a torna mas complexa aos olhos dos familiares
particularmente os das mães que numa primeira instância são o elo de ligação mas próxima
com os filhos. Neste período a família (a mãe) vivenciam o famoso luto do filho perfeito ou
ideal o que as torna sensíveis levando-as a experimentarem sentimentos e emoções intensas
por alguma vez imaginados. Segundo vários estudos feitos as mães nestes períodos
desenvolvem vários quadros psicológicos como ansiedade, depressão, stress entre outros. O
que é normal devido a natureza da complexibilidade da doença. Torna-se preocupante quando
estes quadros evoluem para estágios mais avançados.
Neste sentido é importante que se dê atenção não só a criança mas também as mães criando um
vinculo entre os profissionais, paciente e família, maximizando as respostas ao tratamento,
tanto do ponto de vista físico como psíquico.
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Stress em Mães com filhos Diagnosticados com Hidrocefalia
Edna Patrícia F. Sebastião e Zita Mendonça M. Tomé / 2019
Por estas e outras razoes resolvemos realizar este estudo com 30 mães encontradas no Centro
Neurocirúrgico e de Tratamento a Hidrocefalia em Luanda. Tendo como objectivo
compreender se as mães com filhos com hidrocefalia são acometidas pelo stress.
Sendo assim o nosso trabalho esta divido em quatro capítulos que estão interligados.
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Stress em Mães com filhos Diagnosticados com Hidrocefalia
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CAPÍTULO I – PROBLEMA
Toda doença afecta não só o físico e o psíquico da pessoa acometida por ela, como também a
família que são os prestadores de cuidados, e que têm uma grande influência no processo de
melhoria do paciente.
Este tema surgiu do número crescente de casos de hidrocefalia na capital do país, verificamos
que pouco se fala sobre esta problemática quer em livros, nos meios de comunicação social
bem como nas instituições de saúde. Notamos também que o número de crianças
diagnosticadas com Hidrocefalia no nosso país vem crescendo bastante o que acarreta consigo
implicações físicas, económicas e psicológicas para as mães que cuidam dessas crianças.
Percebemos também que os de profissionais de saúde têm focado sua atenção simplesmente na
criança doente, pouca ou nenhuma atenção dá-se às mães dessas crianças como tal,
esquecendo-se do impacto que o adoecer de um ente querido tem sobre a família e no caso da
hidrocefalia principalmente a mãe, visto que é ela que estará directamente envolvida nos
cuidados da criança desde as consultas á cirurgia que custa um valor muito alto que nem todas
elas têm condições de pagar o que pode representar um factor desencadeador do stress nessas
mães.
Observamos que há poucos recursos para resolução deste problema, o que nos entristeceu
bastante, em vista da demanda que há de casos de hidrocefalia no Centro Neurocirúrgico e de
Tratamento da Hidrocefalia o facto de existir apenas um centro especializado no país para o
tratamento da hidrocefalia constitui um problema pois, muitas mães partem de diferentes
pontos do país a procura do tratamento para seus filhos o que requer custos elevados, desde os
valores da passagem até á cirurgia.
Um outro factor que chamou a nossa atenção, é o facto de que as cirurgias no centro foram
interrompidas já há um mês, por falta de material para a realização das mesmas e como uma
forma de protesto para chamar atenção das entidades por direito para se responsabilizarem pelo
custa da cirurgia uma vez que o Estado (hospitais públicos) não dispõe de áreas especificas
para o tratamento da mesma, também acredita-se que nem toda mãe que tem um filho com
hidrocefalia tem a possibilidade de pagar os valores estipulados pelo que gira em torno
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Stress em Mães com filhos Diagnosticados com Hidrocefalia
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150.000.00 sem contar com os casos em que a primeira cirurgia não traz o resultado esperado
que é a drenagem do líquido cefalorraquidiano, havendo necessidade de realizar uma nova
cirurgia o que significa mais 150.000.00.
Constatamos que muitas mães têm que lidar com o diagnóstico e o tratamento sem o auxílio de
um psicólogo para ajudá-las a aliviar a angústia resultante de se ter um filho ou filha com
hidrocefalia. Isso despertou em nós o interesse de desenvolvermos o tema: Stress em mães com
filhos diagnosticados com Hidrocefalia.
Será que mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia são acometidas pelo Stress?
Será que mães solteiras com filhos diagnosticados com hidrocefalia são mais
acometidas pelo Stress em relação as outras mães?
Será que o desemprego influencia no aparecimento do Stress em mães de filhos
diagnosticados com hidrocefalia?
1.2 Justificativa
Toda experiência humana revela uma homogeneidade de pensamentos e emoções, sendo assim
faz sentido pensar que em situações de adoecimento de uma criança os pais, principalmente as
mães experimentem reacções de angústia, medo, ansiedade e stress.
Este tema é de suma importância para a sociedade pois, dará a conhecer a ela sobre o stress em
mães com filhos com hidrocefalia e desmistificará os tabus que estão em torno da hidrocefalia
e o stress esclarecendo a todos sobre as suas reais causas, sintomas e as diversas formas de
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A nível académico pensamos que este trabalho servirá de bases para futuras pesquisas na área
de psicologia e não só para os futuros estudantes da universidade que se interessarem em falar
do tema e entendemos que com tal terão abertura de falar de outros assuntos relevantes da
natureza do tema.
No âmbito pessoal este trabalho nos amadurecerá a nível académico e profissional pois as
informações que absorveremos nos tornará mais qualificadas para a nossa actuação no mercado
de trabalho.
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
Comparar o stress em mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia tendo em conta
o estado Civil.
1.4 Hipóteses:
H1- Mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia são acometidas pelo stress.
H2- Mães solteiras com filhos diagnosticados com hidrocefalia são mais acometidas
pelo stress em relação as outras mães.
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Durante a elaboração deste trabalho, nos deparamos potencialmente com várias limitações
como: A falta de material disponível sobre o tema no nosso país, a escala que usamos na coleta
de dados não está padronizada para a realidade angolana, dificuldade na recolha de dados por
parte das instituições públicas e privadas. Mas contudo o trabalho foi elaborado com sucesso e
está aberto a críticas desde que seja no sentido de melhorá-lo.
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Para Lipp et ali (2001), o stress é definido como uma reacção do organismo, com componentes
físicos e/ ou psicológicos, causada pelas alterações psicológicas que ocorrem quando a pessoa
se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite ou
confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz.
Mãe: Para Tania Dias Queiroz (2003,p.167) mãe ” é a mulher que cuida e educa a criança a
partir do seu nascimento ou dos primeiros anos de vida. Seu papel e fundamental no
desenvolvimento físico e psicológico da criança, influindo também em sua maneira de se
relacionar afectiva e socialmente”
Hidrocefalia: conforme Jucá et.al (2002), a hidrocefalia nosológica definida como aumento da
quantidade de líquidos cefalorraquidiano dentro da caixa craniana, mormente nas suas
cavidades ventriculares, mas podendo ocorrer também no espaço subdural.
Inicialmente, o stresse foi estudado pela Física e Engenharia e utilizado como um termo técnico
para designar forças que actuam sobre a mesma resistência, representando a carga que um
material pode suportar antes de romper-se. Posteriormente, foi considerado sinônimo de fadiga
e cansaço. Sobre isso, afirma-se que a palavra stresse é aplicada em diferentes áreas do
conhecimento e com conotações distintas, desde o stresse físico de uma peça mecânica até o
stresse psicológico no ser humano. Ibid, p.
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Stress em Mães com filhos Diagnosticados com Hidrocefalia
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O conceito de stresse passou a ter relação com o conceito de força, esforço e tensão no século
XVIII e XIX. Nesse período, destaca-se a ocorrência da Revolução Industrial, caracterizada
pelo notável desenvolvimento econômico e deslocamento dos indivíduos do meio rural para o
urbano a fim de trabalhar nas fábricas, o que levou a modificações radicais nas condições de
vida da sociedade. No entanto, a miséria, o trabalho estafante e prolongado, as péssimas
condições de moradia e de alimentação persistiram. Martins, L. M. M. et al (2000)
Eis a seguir alguns dos mais destacados modelos utilizados no estudo científico do stress:
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A segunda avaliação (avaliação secundária), a qual diz respeito às opções, recursos pessoais e
perspectivas de confronto para lidar com a situação, inclui três componentes principais: a) a
responsabilidade onde é avaliado “quem” e “o quê” vai receber os créditos ou será
culpabilizado pelos resultados da situação; b) o potencial de confronto para lidar com o
problema, que pode ser centrado ou no problema ou na revelação emocional; c) as expectativas
futuras, que se referem a uma avaliação das possibilidades de ocorrerem mudanças na situação,
real ou psicológica, que possam fazer com que a situação pareça mais ou menos congruente do
ponto de vista emocional. (Lazarus, 1991)
Após o processo de avaliação segue-se o processo de coping, o qual constitui o elemento central
na alteração da relação pessoa-ambiente, introduzindo modificações nas reacções emocionais,
na forma como a pessoa age e, finalmente, na relação pessoa-ambiente. A longo prazo, os
processos de coping têm efeitos sobre o bem-estar, funcionamento social e saúde física do
indivíduo (Lazarus, 1995).
O modelo proposto por Lazarus e colaboradores (Lazarus, 1991; Lazarus & Folkman, 1984)
tem a denominação de transaccional pelo facto de haver uma influência por parte do sujeito
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relativamente ao meio envolvente e vice-versa, bem como pelo facto da relação sujeito –
ambiente estar em constante alterações (Gomes, 1998).
Nas suas conceptualizações, Lazarus (1991, 1995), tende a abandonar as perspectivas do stress
psicológico para englobar numa perspectiva mais geral das emoções e da própria adaptação
humana. Deste modo, os processos mediadores de avaliação e de coping relacionam-se com as
divergências entre as emoções negativas distintas, com as diferenças entre emoções positivas
distintas, assim como também com a diferença entre fenómenos emocionais distintos. Assim,
passa a centrar-se nas emoções geradas no processo de adaptação individuo – ambiente e não
apenas no stress. Isto faz com que haja um maior conhecimento acerca do indivíduo e dos seus
esforços de adaptação à emoção ou emoções geradas.
Hans Selye, (1936) o pai da investigação experimental sobre o stress, descobriu através de
investigação em animais que o stress daria origem a uma síndrome que consiste na degeneração
de estruturas linfáticas ulceração do trato gastrointestinal e aumento da actividade do córtex
supra-renal, posteriormente denominada de Síndrome de Adaptação Geral.
a) Fase de Alerta
Na primeira fase, a do alerta, o organismo se prepara para a reação de luta ou fuga, que é
essencial para a preservação da vida. Os sintomas presentes nesta fase se referem ao preparo
do corpo e da mente para a preservação da própria vida. A primeira etapa caracteriza-se pelo
aparecimento de reações fisiológicas, de forma a advertir o individuo que deve colocar-se
alerta. Respostas fisiológicas em relação a fase de alarme são:
Aumento do rítimo respiratório
Aumento rítimo cardíaco e da pressão sanguínea
Conversão do açúcar e da gordura em glicose, de forma a proporcionar energia de forma
rápida.
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Paragem da digestão, de modo a que o sangue seja dirigido para os músculos e para o
cérebro
Enfraquecimento dos músculos dos intestinos e da bexiga.
Aumento da transpiração e da salivação
Tensão muscular
Dilatação das pupilas
Aumento da produção de hormonas pelo sistema endócrino
b) Fase de resistência
Quando a fase de alarme se prolonga, entra-se na fase de resistência, caracteriza-se pelo esforço
que o organismo efectua no sentido de se adaptar ao stressor, alcançando-se uma melhoria e o
desaparecimento do sintoma e consequentemente uma menor resistência a outros estímulos.
De uma resistência prolongada ao stress produzem-se mudanças no sistema imunitário que
potenciam o aparecimento de infecções e podem surgir patologias como ulceras, hipertensão
arterial, doenças cardiovascular, hipertireoidismo e asma. Quando se verifica uma diminuição
da capacidade de resistência entra-se na fase de exaustão. Ibid, p.
c) Fase de exaustão
A fase de exaustão ocorre quando o stressor continua presente e o organismo esgota a sua
capacidade para se adaptar. Se o stressor for muito agudo voltam a surgir os sintomas
característico da fase do alarme e pode verificar-se a morte do individuo.
A resposta de stress necessariamente deve ser estudada nos seus aspectos físicos e psicológicos,
pois ela desencadeia não só uma série de modificações físicas, como também produz reações a
nível emocional. Na área emocional, o stress pode produzir desde apatia, depressão, desanimo,
sensação de desalento e hipersensibilidade emotiva até raiva, ira, irritabilidade e ansiedade,
além de ter o potencial de desencadear surtos psicóticos e crises neuróticas em pessoas
predispostas.
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As manifestações do stress também podem contribuir para a etiologia de várias doenças físicas
graves e afetar profundamente a qualidade de vida individual e de populações específicas.
Dentre as doenças psicofisiológicas estudadas que tem o stress presente em sua ontogênese,
seja como um fator contribuinte ou como desencadeador, encontram-se: hipertensão arterial,
úlceras gastro-duodenais, câncer, psoríase, vitiligo e retração de gengivas, dentre outras. Ibid,p
Embora Selye tenha identificado somente três fases do stress, no decorrer da padronização do
Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (Lipp, 2000), recentemente publicado
pela Casa do Psicólogo, uma quarta fase foi identificada, tanto clinica, como estatisticamente.
A esta nova fase foi dado o nome de “fase de quase-exaustão” por se encontrar entre a “fase de
resistência” e a “fase da exaustão”. Esta fase recém-identificada se caracteriza por um
enfraquecimento da pessoa que não mais está conseguindo se adaptar ou resistir ao estressor.
As doenças começam a surgir porém, ainda não tão graves como as da “fase da exaustão”.
Embora apresentando desgaste e outros sintomas, a pessoa ainda consegue trabalhar e actuar
na sociedade até certo ponto, ao contrário do que ocorre em exaustão, quando a pessoa para de
funcionar adequadamente e não consegue – na maioria das vezes – trabalhar ou se concentrar.
Os dados mostraram que a “fase de resistência”, como proposta por Selye, era muito extensa,
apresentando dois momentos distintos não caracterizados por sintomas diferenciados, mas sim
pela quantidade e intensidade dos sintomas.
Deste modo, no modelo quadrifásico de Lipp, a “fase de resistência” se refere à primeira parte
do conceito da “fase de resistência” de Selye, enquanto que a “fase de quase-exaustão” se refere
à parte final da mesma, quando a resistência da pessoa está realmente se exaurindo.
Este modelo sugere que as ameaças externas suscitavam as repostas de luta ou fuga, envolvendo
uma maior taxa de actividade e excitação. Cannon-Bard sugeriu que estas mudanças
fisiológicas permitem ao individuo escapar a fonte de stress ou então lutar. Dentro deste modelo
o stress foi defendido como uma resposta a stressores externos considerados
predominantemente fisiológicos. (Cannon citado por Lipp 2003).
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De acordo com Lipp na condição orgânica e psíquica em que todas as energias de uma pessoa
se encontram diante de um inimigo ou perigo o corpo mobiliza-se para atacar, ou fugir para um
lugar seguro essa condição permite ao homem sobreviver bastante para procriar.
Este modelo foi desenvolvido por Holmes e Rahe 1967 citado por Ogden (2204)
desenvolveram a teoria dos acontecimentos de vida para estudar o stress e as mudanças com
ele relacionada como resposta as experiencias da vida. Defende que os acontecimentos da vida
desempenham um papel central nas reacções do stress, o qual por sua vez traz efeitos para o
estado de saúde. Esses acontecimentos podem ser positivos e negativos Ex: ir de ferias ou a
perde de um familiar, sendo que o individuo interage com estes de forma activa e não passiva.
É importante realçar que neste modelo o individuo tem a percepção de controlo sobre si mesmo
e qual é o grau de adaptação percepcionado ou seja, o modelo considera os acontecimentos da
vida como entidade independente e no entanto eles podem relaciona-se uns com os outros ex.
a perda do emprego pode desencadear problemas conjugais.
Este modelo tem como bases seguintes: os esforços requerido aos indivíduos ao se ajustar as
mudanças significativas na sua vida, promovam desgastes que se atingir determinados níveis,
podem provocar sérios danos a sua saúde. O mesmo explica a relação existente entre os
acontecimentos negativos da vida e o stress. O autor defende a influência dos factores sociais
como desemprego, pobreza, o fracasso e perda de bem na vida como elementos desencadeantes
do stress (Bandeira 2013)
Segundo Malagris e Fiorito 2006 citado por Segantin e Maia (2007, p.2) descre que qualquer
evento que confunda, amedronte ou excite a pessoa como os estímulos e origens internas como
cognições do individuo, seu modo de ver o mundo, seu nível de assertividade, suas crenças e
valores, características pessoas, seu padrão de comportamento, suas vulnerabilidades, sua
ansiedade e seu esquema de relação com a vida ou os de origem externas podem levar os
indivíduos ao stress.
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Neste sentido Carvalho e Serafim 2002 citado por Segantin e Maia (2007, p.21) reforçando a
ideia dos autores defendem que os factores internos que podem levar o individuo a stress são a
relação que o mesmo tem com meio em que vivem como enfrentam as dificuldades, já os
factores externos referem-se aos acontecimentos da vida da pessoa como dificuldade
financeira, mortes, doenças, conflitos nos relacionamentos conjugais, desemprego a exceção
profissional, problemas de relacionamento no trabalho entre outros.
Por outro lado de acordo com Yepes (2006, p.28) existem outros factores tais como químicos,
físico e emocionais que também levam ao stress:
Factores Químicos
Factores Físicos
Factores Emocionais
- Ansiedade, medo, culpa, odio, perde de um ente querido, conflitos não resolvidos.
- Sobrecarga no trabalho, frustração, conflitos familiares. (Ibid p.28)
Segundo (Hargreaves 2001, p. 8) o stress faz parte da nossa vida, quando bem gerido pode ter
efeitos positivos e quando mau gerido ignorado pode ser destrutivo. O mesmo é considerado
como a resposta do corpo as exigências que lhe são feitas.
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De acordo com Fiamoncine (2003) citado por Lima (2005) realça que Eustress surge no
memento em que o corpo necessita de um certo nível de desempenho das funções orgânicas e
psíquicas. Em relação ao estado emocional, o Eustress motiva e estimula o individuo.
O stress negativo ou Distress é provocado por stress excessivo, onde o individuo ultrapassa os
limites, esgota sua capacidade de adaptação e o seu organismo fica destituído de nutrientes,
reduzindo a energia mental, prejudicando sua capacidade de trabalho e qualidade de vida,
fazendo com que o individuo fuja da situação. (Matos 2010).
Segundo Sutton (2008) os sintomas mais comuns no stress podem ser fisiológicos, psicológicos
e comportamentais.
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Problemas menstruais
Sensação de abandono
Sensação de desespero
Sensação constante de tensão
Cansaço e apatia
Fúria ou choro
Irritabilidade ou agressividade
Baixa autoestima e falta de confiança
Agitação psicomotora
As pessoas, durante toda a sua vida, vivenciam situações de Stress e tentam lidar com essas
realidades de diversas maneiras. A tensão emocional e física que acompanha o Stress é bastante
desconfortável e provoca grandes incómodos. É desta maneira que as pessoas sentem que têm
de fazer algo para reduzir o seu Stress. Este «algo» que as pessoas fazem, é o que está envolvido
nos mecanismos de coping ou de adaptação ao Stress (Sarafino, 1994).
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O Stress envolve uma discrepância entre as exigências de uma dada situação e os recursos do
sujeito perante essa situação. Os mecanismos de coping são processos através dos quais os
sujeitos tentam gerir essa discrepância, entre as exigências a que são submetidos e os recursos
que possuem, em situações de stress. É um esforço para reduzir ou neutralizar os efeitos e ou
causas do stress, avaliando as situações, diminuindo as preocupações de determinado sujeito
sobre as discrepâncias referidas (Lazarus, 1987; Lazarus, & Folkman, 1984).
Os mecanismos de coping, não são um acontecimento único e envolvem trocas contínuas com
o meio, encarando-se como tal, como um processo dinâmico. Estas formas de adaptação ao
stress, servem duas funções principais:
É desta maneira que se pode dizer que o coping focado no problema, refere-se à capacidade de
reduzir as exigências da situação de stress ou de expandir os recursos para lidar com ela. Temos
como exemplo, alguém que deixa um emprego com problemas e tenta um outro tipo de
actividade ou trabalho, ou um doente que procura o médico ou o psicólogo. Este tipo de atitude
face ao stress, é mais utilizada quando o sujeito acredita que a situação pode ser alterada
(Lazarus, & Folkman, 1984).
O coping focado nas emoções, refere-se ao controlo da resposta emocional perante a situação
de stress. O sujeito pode regular as suas respostas emocionais através de abordagens cognitivas
e comportamentais, como negar factos desagradáveis ou vê-los de uma perspectiva melhor,
consumir álcool ou drogas, procurar apoio psicossocial, praticar desporto ou desfocar-se do
problema. Esta aproximação ao Stress é mais utilizada quando os sujeitos acreditam que nada
podem fazer para alterar a situação de Stress (Lazarus & Folkman, 1984).
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2.9 Hidrocefalia
De acordo com Jucá et al (2002) A hidrocefalia é entidade nosológica definida como aumento
da quantidade de líquido cefalorraquidiano dentro da caixa craniana, mormente nas cavidades
ventriculares, mas podendo ocorrer também no espaço subdural. Sua principal consequência
clínica imediata é a hipertensão intracraniana, apresentando se também como manifestação de
algum estado mórbido subjacente como tumores, infecções a qual muitas vezes exige pronto
tratamento cirúrgico. Grande parte dessas doenças acomete tipicamente a faixa etária infantil,
o que coloca a hidrocefalia como assunto de particular interesse para a Neurocirurgia
Pediátrica.
2.9.1 Classificação
2.9.2 Causas
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As causas para a hidrocefalia congênita são variadas. Pode-se citar entre as mais frequentes a
estenose do aqueduto cerebral, que corresponde a aproximadamente 10% dos casos
(Kirkpatrick et al, 1989), causando uma hidrocefalia supratentorial que se tornou o paradigma
da hidrocefalia do tipo obstrutiva. Agrupa diferentes anomalias aquedutais, a saber: a estenose
propriamente dita, bastante rara; a atresia ou forking; a oclusão gliótica membranosa; e a gliose
periaquedutal (Gutierrez, 2006).
Os sinais e sintomas da hidrocefalia variam de acordo com a faixa etária do paciente, a causa
primária ou doença de base, a presença de outras malformações ou lesões cerebrais associadas,
dimensão da obstrução ao trânsito liquórico e nível da pressão intracraniana. No recém-nascido,
a irritabilidade, letargia, vômitos e um crescimento anormalmente rápido da calota craniana
são os achados mais comuns. A aferição periódica do perímetro cefálico é muito importante na
suspeita de hidrocefalia, lembrando que estudos radiológicos têm mostrado que existem casos
que a dilatação ventricular anormal e aumento da pressão intracraniana podem preceder a
macrocrania. (Cunha 2014, p.89)
A forma aguda tem uma evolução rápida e progressiva, com a presença de cefaleia, vômitos,
sintomas oculomotores, deterioração do nível de consciência, convulsões e edema de papila. A
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forma crônica caracteriza-se por cefaleias ocasionais, que lenta e progressivamente vão se
tornando mais frequentes, vômitos matinais, progressiva deterioração da marcha, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e alterações comportamentais Alguns pacientes apresentam
progressivo comprometimento da acuidade visual (Ibidem p.90).
2.9.4 Diagnóstico
O diagnóstico da hidrocefalia pode ser feito por meio da detecção dos principais sinais e
sintomas, irritabilidade, aumento da circunferência do crânio, diminuição da coordenação
motora, espasticidade dos membros inferiores, dilatação 20 das veias do couro cabeludo,
comprometimento neuromotor e escoliose (Bilate, 2014). Ainda durante a gestação, o
diagnóstico de hidrocefalia pode ser realizado por meio da ultrassonografia convencional,
sendo este é um método eficaz e não invasivo (Luccas et al., 2015).
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As afecções que exibem maior taxa de sucesso para o tratamento são a hidrocefalia conexa
com tumores da fossa posterior e lesões císticas. As taxas de sucesso inferiores foram notadas
em casos de mielomeningocele, hemorragia intraventricular e ventriculites. Todavia, piores
resultados são mais comuns em recém-nascidos prematuros em conferição com os seus
homólogos a termo (Melo; Alves; Leite, 2012).
Na pesquisa científica dos autores Rocha et al., (2015), as famílias de crianças com hidrocefalia
destacaram o choque ao saber do diagnóstico, uma vez que ocorre um sentimento de
desesperança quanto a possível melhora das condições clínicas. A falta de informações sobre a
hidrocefalia também causa tensão nos familiares, que não sabem como proceder diante das
necessidades da criança.
A angústia, tristeza e estresse são constantes nos familiares cuidadores, uma vez que a
hidrocefalia torna a criança dependente dos cuidados domiciliares e das constantes visitas ao
hospital. Os pais, no geral, são os que mais sofrem com o diagnóstico, uma vez que perdem o
sentimento de idealização do filho saudável. Ocorre, o sentimento de negação, dificultando o
enfrentamento do problema. Com o passar do temo os familiares passam a aceitar a condição
do filho e adaptam-se às suas necessidades. Após a aceitação, algumas mães passam a se
dedicar integralmente ao filho, deixando outras atividades e interações afetivas e sociais em
segundo plano (Costa; Veloso; Feitosa, 2013)
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Para o nosso estudo a população alvo é constituída por 300 mães com filhos com hidrocefalia
no Centro Neurocirúrgico e de Tratamento da hidrocefalia em Luanda.
Estado Civil
Desemprego
A versão original do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp – ISSL, validado
e padronizado para o Brasil pela autora, foi publicada em 2000. Desde então, além da grande
utilização na clínica, as pesquisas sobre o stress têm feito um uso sistemático do ISSL.
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O estudo publicado por Reinhold citado por Lipp revelou que 61,2% de cerca de 129 pesquisas
apresentadas no Congresso Brasileiro sobre o Stress fizeram uso do ISSL, comprovando a
aceitação e a utilidade deste instrumento de mensuração do stress. O ISSL foi traduzido para o
inglês e para o espanhol, sendo amplamente utilizado em pesquisas de outros países.
Assim, o quadro 1a apresenta 12 itens relativos aos sintomas físicos experimentados nas 24
horas anteriores à aplicação do Inventário, o quadro 1b apresenta 3 itens relativos aos sintomas
psicológicos, o quadro 2a apresenta 10 itens relativos aos sintomas físicos experimentados na
semana anterior à aplicação do Inventário, o quadro 2b apresenta 5 itens relacionados aos
sintomas psicológicos, o quadro 3a apresenta 12 itens relacionados aos sintomas físicos
experimentados no mês anterior à aplicação do Inventário.
Cada quadro refere-se a uma das fases do stress. Portanto, o quadro 1 à fase de alerta, o quadro
2 à fase de resistência e o quadro 3 à fase de exaustão.
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d. Estudo no campo: segundo Marconi e Lakatos (2003 citado por Eduardo e Dala 2015
p.30) consiste na observação de factos e fenómenos no meio natural a que o sujeito da
pesquisa esta inserido com objectivo de obter informação que se quer provar ou
descobrir fenómenos novos.
3.6 Procedimentos
Ao 15 de Maio de 2019, a Universidade Óscar Ribas dirigiu um ofício a solicitar autorização
Exmo. Senhor director do Centro Neurocirúrgico e de Tratamento da Hidrocefalia para que
fosse dado o consentimento as finalistas do curso de Psicologia Clinica Edna Patrícia Fernando
Sebastião e Zita Mendonça Maquina Tomé a realizarem pesquisa de campo neste centro com
tema Stress em mães com filhos com Hidrocefalia. Passando algum tempo o pedido foi aceite
e demos início a recolha de dados.
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3.7 Dificuldades
Ao decorrer da recolha de dados nos deparamos com algumas dificuldades de várias ordens
como todo e qualquer trabalho científico. A primeira dificuldade tem a ver com a falta de
predisposição por parte de algumas mães em tecer algumas considerações a quando das
entrevistas, outra dificuldade tem a ver com nível de escolaridade de algumas mães era básico
ou nenhum, o que dificultou a compreensão das questões descritas no inventário. Tivemos
dificuldades também na obtenção da recarga da internet mas, apesar dessas dificuldades
Seus antecedentes como projecto Social no âmbito Neurocirúrgico tiveram início no ano 1998.
Tendo conhecido uma rápida aceitação pública e evolução progressiva.
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Objectivo
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No presente capítulo fez apresentação, analise e interpretação quantitativa dos dados obtidos,
através do inquérito dirigido as mães de filhos com hidrocefalia no Centro Neurocirúrgico e
Tratamento da Hidrocefalia em Luanda, o que permitiu tirar as conclusões e por conseguinte a
formulação de algumas sugestões.
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Como se pode ver na tabela acima, quanto estado civil, houve um equilíbrio entre as que
referiram ser casadas, 26,7%, e as que referiram ser solteiras, 26,7%. As separadas
representaram 3,3%.
Licenciatura 3 10
Mestrado 1 3,3
Doutoramento 1 3,3
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Total 30 100
Relativamente ao nível de escolaridade das mães participantes do estudo, pode ver-se que
36,7% referiram ter o Ensino Médio seguidas das que referiram ter o 1º Ciclo e das que não
indicaram com 6,7% cada. As que referiram ter o mestrado e o doutoramento representam 3,3%
cada.
Empregadas 9 30
Desempregadas 11 36,7
Aposentadas 1 3,3
Total 30 100
Neste quesito, 36,7% das mães referiram estar desempregadas seguidas das que estão
empregadas com 30%. A terceira maior percentagem refere-se às que aludiram trabalhar por
conta própria. As aposentadas representaram 3,3%.
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Com os pais 6 20
Total 30 100
No que tange ao tópico acima, a maioria das mães da amostra referiu morar com o marido e os
filhos, um total de 56,7%, seguidas das que aludiram morar com os pais e/ou apenas com os
filhos com 20% cada. As que não indicaram representam 3,3%.
f fe
2
x 2
o
fe
Onde:
x 2 : Qui-quadrado
f 0 : Frequência observada
f e : Frequência esperada
∑: Somatório
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Tabela nº6 – Hipótese nº1 – O stress acomete as mães de filhos com hidrocefalia
Σ(fo-fe)2
Sintomas manifestados F.O. F.E. -------------
Fe
Problemas com a memória 7 9,2 0,5
Sensação de desgaste físico constante 6 9,2 1,1
Cansaço constante 4 9,2 3
Sensibilidade emotiva excessiva 17 9,2 6,6
Irritabilidade excessiva 15 9,2 3,6
Diminuição da libido 6 9,2 1,1
Total 55 15.9
Diagnóstico Frequência %
Sem stress 17 56,7
Com stress 13 43,3
Total 30 100
Fases Frequência %
Alerta 1 7,7
Resistência 10 76,9
Quase-Exaustão 1 7,7
Exaustão 1 7,7
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Total 13 100
Sintomas Frequência %
Psicológicos 7 54
Físicos 6 46
Total 13 100
Apresentação dos resultados: X² Cal = 15,9> X² tabelado = 12,592 com 95% do intervalo de
confiança, α = 0,05, com grau de liberdade (GL) = 5 e n = 6.
Com base nestes resultados, pode verificar-se que as mães de crianças com hidrocefalia, que
fizeram parte da amostra, estão acometidas pelo stress porque existem diferenças significativas
entre os sintomas apresentados pelas mães pois, apresentaram diagnóstico positivo de stress
quando comparados aos apresentados pelas mães que não apresentaram diagnóstico positivo.
Deste modo, a nossa hipótese de pesquisa foi confirmada e a hipótese nula foi refutada.
Discussão dos resultados: Através dos dados obtidos acima, concluímos a hipótese segundo
o qual as mães de crianças diagnosticadas com hidrocefalia são acometidos pelo stress,
resultados que vão de acordo ao estudo feito por Sandra Cairo (2014) em mães/cuidadoras de
crianças e adolescentes com doenças neurológicas com o tema um estudo sobre a frequência
do estresse e factores estressores em mães/cuidadoras. Onde teve como amostra 53 mães/
cuidadoras de crianças/adolescentes com idades entre 2 e 12 anos. Onde os resultados
demonstraram a presença de níveis de estresse em 86,8% das entrevistadas.
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Tabela nº7 – Hipótese nº2 – As mulheres solteiras da amostra são mais afectadas pelo
stress.
Σ(fo-fe)2
Sintomas manifestados F.O. F.E. -------------
Fe
Dúvidas quanto a si própria 2 6 2,7
Aumento de sudorese 8 6 0,7
Tensão muscular 6 6 0
Problemas estomacais 6 6 0
Irritabilidade excessiva 8 6 0,7
4,1
Total 30
Apresentação dos resultados X² Cal = 4,1< X² tabelado = 11,070 com 95% do intervalo de
confiança, α = 0,05, com grau de liberdade (GL) = 4 e n = 5.
Com base nestes resultados, pode verificar-se que as mães solteiras de filhos com hidrocefalia,
que fizeram parte da amostra, não são as mais afectadas pelo stress porque não existe diferença
em relação as mães casadas o que refuta a nossa hipótese. Da análise do quadro nº 3, observa-
se que o stresse continua a ser a dimensão percepcionado como sendo as mais afectada, com
uma média mais elevada para o estado civil de solteira e casada com uma (M=26%). Não
apresentando uma diferença significativa.
Discussão do resultado: No geral, estes resultados deste estudo vêm contrariar estudos
anteriores feito por Ferreira Carla em 2011 Intervenção com Mães de Crianças Hospitalizadas.
As mulheres casadas apresentam uma maior incidência de doenças mentais (stresse), do que as
solteiras, exceptuando-se as mulheres separadas ou divorciadas (Silva,1999). Estes dados estão
de acordo com o estudo, as mães casadas foram as que apresentaram uma média mais elevada
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Σ(fo-fe)2
Sintomas manifestados F.O. F.E. -------------
Fe
Insónia 9 6,6 0,9
Mãos e pés frios 4 6,6 1
Cansaço excessivo 7 6,6 0,02
Vontade de fugir de tudo 3 6,6 2
Perda do senso de humor 10 6,6 1,7
5,62
Total 33
X² Cal = 5,62> X² tabelado = 11,070 com 95% do intervalo de confiança, α = 0,05, com grau
de liberdade (GL) = 4 e n = 5.
Discussão dos resultados: Nos resultados obtidos pode-se verificar que as mães de crianças
com hidrocefalia que estão desempregadas, que fizeram parte da amostra, não são as que
apresentaram maiores índices de stress porque não houve diferença estatisticamente
significativas entre os sintomas apresentados por elas quando comparados às outras mães da
amostra.
Deste modo, a nossa hipótese de pesquisa foi refutada e a hipótese. Por sua vez nossos
resultados divergem do estudo realizado por Luís Maria (2016) cujo objectivo prendia-se em
avaliar se a situação actual de emprego influencia o aparecimento do stress em mães
cuidadoras. Onde verificou que mães desempregadas apresentam um nível de stress superior
às mães que possuem um emprego.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho foi realizado com o objetivo de obter um dos requisitos finais para a
conclusão da Licenciatura em Psicologia Clinica, da Universidade Óscar Ribas. O estudo de
investigação foi denominado “Stress em mães com filhos diagnosticados com Hidrocefalia.
No início da investigação foi colocado uma pergunta de partida: Qual é o estado de mães com
filhos diagnosticados com Hidrocefalia concernente ao diagnóstico do Stress?
A investigação teve como objetivo geral analisar o stress em mães com filhos diagnosticados
com hidrocefalia no Centro Neurocirúrgico de Tratamento de Hidrocefalia e como objetivos
específicos averiguar se as mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia no Centro
Neurocirúrgico de Tratamento de Hidrocefalia são acometidas pelo stress, comparar o stress
em mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia tendo em conta o estado civil e verificar
se o desemprego influencia no surgimento do stress em mães com filhos diagnosticados com
hidrocefalia.
Com base numa análise detalhada dos resultados obtidos, foi possível verificar as nossas
hipóteses que
Com base no estudo feito, pode-se dizer que a investigação permitiu compreender melhor o
stress em mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia são acometidos pelo stress sendo
que. 37% Com ansiedade leve, 7% apresentam ansiedade moderada e 3% apresentam ansiedade
grave, o que dá um total de 47% de pais com ansiedade.
O que muito nos espantou porque no campo verificamos através de conversas que muitas delas
apresentavam sintomas relevantes no diagnóstico do stress. Mas a partir do método utilizado
verificou-se que estatisticamente não havia maior significância nos resultados obtidos.
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Relação ao stress em mães com filhos diagnosticados com hidrocefalia é importante que estas
mães recebam todo um suporte psicológico da equipa multidisciplinar no sentido de aliviar a
tensão que paira em torno do quadro clínico das crianças com doenças raras. Várias são as
investigações vieram comprovar os benefícios que o apoio social e os recursos extrafamiliares
podem ter não só na redução do stress dos familiares das crianças com deficiência, como
estratégia de coping (Seligman & Darling, 2007).
No geral, os resultados obtidos neste estudo chamam a atenção para o facto de, na prática
clínica é necessário atender não apenas às necessidades das crianças, mas também às
necessidades das famílias, proporcionando-lhes um apoio mais personalizado que lhes
permita lidar melhor com a situação e com a criança em diferentes contextos.
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SUGESTÕES
Depois da elaboração do nosso trabalho deixamos aqui algumas sugestões que poderão ser
apreciadas e colocadas em práticas de acordo a necessidade específica de cada área entre ela
temos:
Ao Ministério da Saúde:
Que todas as doenças cronicas e não só os familiares possam ser acompanhadas por um
psicólogo a fim de ajudar aliviar a tensão que paira sobre a mente dos familiares face
ao diagnóstico que terá implicações sobre a vida do paciente e da família em si.
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a nível da sociedade, para melhor apreciar e ver como os profissionais da área podem
trabalhar para minimizar o sofrimento da população.
Que trabalhos do género possam ser apresentados em fórum planejados pelo ministério
do ensino superior a fim de se ter discussões saudáveis sobre o tema e promovendo os
que maior se destacarem.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Alcântara. Maria (2009) Cuidado Clinico a Criança Com Hidrocefalia: Construção e validação
de instrumento para a Sistematização da Assistência de Enfermagem. (dissertação apresentada
ao Curso de Mestrado Acadêmico em Cuidados Clínicos em Saúde da como requisito parcial
para obtenção do grau de Mestre em Cuidados Clínicos em Saúde. Fortaleza-Ceará:
Universidade Estadual do Ceará.
Cairo. Sandra, Anna Clemax Couto Sant’ Estresse em mães e cuidadoras de crianças e
adolescentes com asma: um estudo sobre a frequência do estresse e fatores estressores
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Jucá. Carlos, Neto. António, Oliveira. Ricardo, Machado. Hélio (2002) Tratamento de hidrocefalia com
derivação ventrículo-peritoneal: análise de 150 casos consecutivos no Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto. Ata Cirúrgica Brasileira. Ribeirão Preto. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/26362812Tratamento_de_hidrocefalia_com_deriva
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Ribeirao_Preto
Lipp. Marilde. (2013) O percurso do Stress: Suas Etapas.in. Instituto Psicológico e Controle
do Stress. São Paulo. Centro Psicológico de Controlo do Stress.
Lipp. Marilde. (2013) A mulher e acção do Stress.in. Instituto Psicológico e Controle do Stress.
São Paulo.
Lipp. Marilde. (2013) Como lidar com stress na Criança.in. Instituto de Psicológico e
Controle do Stress. São Paulo. Disponível em:
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Margis. Regina, Picon, Patrícia, Cosner. Annelise, Silveira. Ricardo (2003) Relação entre
estressores, estresse e ansiedade. In. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.
Pinheiro. Ana (2012) Cuidado Domiciliar de Crianças com Hidrocefalia: Experiência [tese
apresentada para obtenção do grau de licenciatura em Psicologia Clinica] salvadora.
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Santos. Abel e Castro João (1998) Stress.in. artigo cientifico. Disponível em:
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Rio de Janeiro – Brasil.
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