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ALIMENTAÇÃO PARA A VIDA


Marina Hetenyi Francini

Quando se fala de Alimentação estamos entrando num tema muito extenso e que não está limitado
exclusivamente àquilo que geralmente chamamos de comida. A cada momento do nosso dia a dia estamos
fazendo escolhas de coisas que necessitarão de digestão, assimilação; podemos nutrir-nos ou envenenar-
nos, poluir-nos. Tomamos a maior parte de tais decisões de forma automática – quase inconsciente. Muitas
vezes, não temos nunca tomado o tempo suficiente para refletir e saber em base a que estamos
escolhendo nem quais as conseqüências.

Há alimentos para o corpo físico, e outros para nossa mente, nossos sentidos e nosso espírito, ou seja:
respiração, pensamentos, palavras, emoções, relacionamentos, leituras, músicas, cores, etc. Algo que
sabemos é que precisamos alimentar-nos para nos mantermos vivos. Trata-se de um bom ponto de
partida, porque nos indica uma responsabilidade individual precisa nesse sentido. Se observarmos que
somos seres vivos, não é difícil entender que precisamos de alimentos vivos para manter a saúde, o bem
estar e a alegria.

O Dr. Edmond Bordeaux-Szekely estabeleceu a seguinte classificação que pode ser de grande ajuda para
nos orientar em nossas escolhas:

1. Biogênico - que produz a vida.


2. Bioativo - que mantêm a vida.
3. Biostático - que diminui a vida.
4. Biocídico - que mata a vida.

Outro aspecto que é importante lembrar quando pensamos em Alimentação é que temos um campo
energético eletromagnético de consciência que sustenta o nosso ser físico que precisa ser recarregado
e nutrido. Todo o manifestado existe como energia sutil antes de assumir uma forma específica.
Primeiramente a energia condensa-se no que poderíamos chamar de molde etéreo do que será seu
aspecto tridimensional, posteriormente adquire também a forma física. As qualidades vibratórias dos
alimentos que escolhemos têm uma influencia neste campo sutil ao mesmo tempo em que atuam no
corpo mais denso. Por isso, a importância de privilegiar os produtos que mantêm intactas suas
características energéticas vitais.

Uma Alimentação para a Vida dá preferência a alimentos que fazem parte das duas primeiras
categorias, entendendo que o uso de alimentos que constituem as duas últimas categorias prejudica,
com o passar do tempo, a saúde e a vitalidade, utiliza elementos frescos, sem cozimento, de
preferência de origem orgânica (livres de pesticidas e fertilizantes químicos) e aproveita a contribuição
especial dos brotos, reconhecendo neles uma maneira simples, prática e econômica de receber a mais
concentrada forma de energia de vida comestível.

O Alimento Cru Contém as Enzimas Necessárias para Ser Digerido

O Dr. Edward Howell - que dedicou a vida toda ao estudo das enzimas - chegou a concluir que estas são
as transportadoras da energia vital. Todos os organismos possuem uma variedade quase infinita de
enzimas que atuam como catalisadores das mais diferentes funções. No corpo humano foram encontradas
milhares delas; aquelas implicadas na digestão são somente doze.

Utilizando o mesmo exemplo dado pelo Dr. Howell em seu livro Enzyme Nutrition, é como se, ao nascer, o
ser humano recebesse uma doação muito grande, embora limitada, de enzimas - ou energia vital - como

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se fosse uma soma de dinheiro depositada no banco. Se, durante a vida, se retira energia vital desta
conta, sem nunca ter o cuidado de fazer depósitos nela, chegará o momento em que esta se esgotará.

Se tomarmos, por exemplo, uma maçã e a comemos crua, aproveitaremos as enzimas ativas que
promovem a sua fácil digestão. Trata-se das mesmas enzimas que provocam a putrefação do fruto quando
ele não é utilizado. Quando isto acontece com um fruto caído da árvore sobre o solo, resulta numa
devolução de nutrientes orgânicos à nossa Mãe Terra, completando assim o ciclo vital do fruto. Se as
condições são favoráveis, é até possível às sementes brotarem, dando lugar ao nascimento de uma nova
planta.

Retornando ao nosso exemplo, a situação será diferente se comermos o alimento cozido. Neste caso, as
enzimas estão inativas (as enzimas são compostas por dois elementos que, ao serem expostos a uma
temperatura superior a 50º centígrados, ou a certo tipo de radiação, distanciam-se tanto entre elas a ponto
de resultarem inertes) e nosso corpo deverá proporcionar as enzimas digestivas necessárias, valendo-se
da reserva de energia vital.

Quando a alimentação é constituída na maioria por produtos cozidos e processados industrialmente, o que
fazemos é retirar continuamente de nossa conta bancária. É desta forma que, na produção das doze
enzimas digestivas, investimos a maior parte de nossa reserva de energia. O prejuízo, ao cozinhar os
alimentos, não se limita à perda total das enzimas, perdem-se em forma considerável também as vitaminas
- às vezes totalmente como no caso da vitamina B12 - e acontecem alterações das graxas, minerais e
proteínas que deixam de ser metabolizadas do mesmo jeito de antes, convertendo-se, muitas vezes, em
toxinas. No caso do forno microondas o quadro é ainda mais grave pelo fato que suas intensas radiações
destroem completamente o campo energético dos alimentos, desvitalizando-os e modificam mais ainda
sua estrutura molecular que não é reconhecida geneticamente pelo nosso metabolismo que entra em
estado de alerta como quando na presencia de agentes patogênicos. Este fenômeno, chamado de
leucocitose digestiva, acontece cada vez que for ingerido algum alimento cozido ou processado (também
balas, bolachas, salgadinhos, refrigerantes). O número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue
aumenta e se normaliza somente depois de hora e meia depois de cada refeição. Isto não acontece com
os alimentos crus.

As gorduras, por exemplo, em estado natural - cru -, contêm também elementos ativos que permitem a sua
metabolização. Ao cozinhar, se perde este elemento, saturando as graxas numa forma que o organismo
não pode metabolizar. Por esta razão é que o abacate e as sementes oleaginosas sem torrar - sempre que
ingeridos com moderação - não produzem acúmulo de graxas saturadas prejudicial para a saúde, diferente
das carnes, óleos, manteiga, margarina e azeite cozidos. É fundamental reduzir ao mínimo o consumo de
graxas cozidas e saber que somente os azeites e óleos prensados a frio mantêm intactos seus valores
nutritivos. Em todos os demais casos, as sementes e as azeitonas foram tratadas com altas temperaturas
para obter uma maior quantidade de azeite.

O Excesso de Proteínas Prejudica a Nossa Saúde

Um dos grandes preconceitos de nossa época é a obsessão pelas proteínas. É importante esclarecer que
praticamente todos os alimentos naturais contêm proteínas, sendo quase impossível uma deficiência
protéica; é preciso chegar a casos extremos de desnutrição para que isto aconteça. Por outro lado, a
necessidade de proteínas para o organismo é muito inferior àquela propagandeada com claras finalidades
comerciais. Na composição do leite materno as proteínas representam somente entre o 2 e o 6%. Pode-se
dizer que, tão importantes como as proteínas, e até talvez mais, são as vitaminas, os minerais, as enzimas
e os oligo-elementos que, para ser energeticamente ativos precisam ser de proveniência natural. É
interessante observar que os minerais e as vitaminas de mais fácil absorção são aqueles de origem
vegetal. Vitaminas e minerais sintetizados em laboratórios, em cápsula ou adicionados aos alimentos, não
são completamente metabolizados pelo nosso organismo e resultam numa carga maior de trabalho de
eliminação. O ferro adicionado, por exemplo, aos achocolatados traz muitas vezes como efeito colateral
intestino preso e raramente consegue melhorar quadros de anemia.

Voltando ao tema das proteínas, outro aspecto chave é que nosso corpo é perfeitamente capaz de produzi-
las na medida necessária, sempre que lhe sejam fornecidos os materiais básicos, os aminoácidos, os
quais são encontrados em forma facilmente metabolizável em vegetais e grãos, especialmente na etapa de
germinação. Os aminoácidos são 22, 12 são sintetizados diretamente no nosso organismo, 8, chamados
essenciais, precisamos obtê-los a través dos alimentos. Todos os oito aminoácidos essenciais se
encontram nos alimentos de origem vegetal não processados. Mais ainda, quando o corpo recebe os
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aminoácidos essenciais diretamente, como no caso de vegetais e brotos, está dispensado do trabalho de
decompor as proteínas complexas em aminoácidos.

A eliminação das proteínas em excesso (especialmente se de origem animal) sobrecarrega fígado e rins
estressando-o. Este processo de eliminação precisa de grandes quantidades de cálcio provocando perda
óssea e cálculos renais devido à grande concentração de cálcio na urina. Outro produto que facilita a
perda do cálcio ósseo é o açúcar refinado que o corpo aciona para neutralizar a hiperglicemia repentina
que este provoca.

Observa-se também, durante o processo da germinação, uma potencialização dos valores nutritivos e da
energia vital da semente. Isto é fácil de entender se pensarmos que a semente, antes de brotar, contém -
em estado latente - toda a informação necessária para o crescimento da planta completa. Quando
germina, este potencial todo entra em movimento numa explosão energética comparável à do Big Bang de
que falam os astrofísicos contemporâneos. Esta é a contribuição inestimável que nos dão as sementes
germinadas, sempre que forem ingeridas no seu estado natural - cru - que resulta em importantes
depósitos de energia vital a favor de nossa “reserva bancária”.

Os Resultados de uma Vida Inteira de Hábitos Alimentares Errados


são os Problemas de Saúde que afetam a Maioria das Pessoas

MÁ NUTRIÇÃO E TOXEMIA

A causa comum de toda enfermidade é a má nutrição, da qual deriva a toxemia (alto nível de toxinas em
nossas células). A má nutrição deve-se à desordem na alimentação e à ingestão de alimentos que
satisfazem apenas ao paladar, enchem a barriga, mas são deficientes em nutrientes e qualidades vitais.

Quando nossos veículos físicos não recebem os nutrientes necessários para a reprodução de novas
células, são obrigados a construir com aquilo que encontram; pedindo, a distintas partes do corpo,
doações de materiais básicos indispensáveis. O resultado é uma lenta e progressiva deterioração dos
órgãos e tecidos e de suas funções, que termina produzindo a doença. O envelhecimento precoce do ser
humano tem sua origem principal na má nutrição e no sedentarismo.

Podemos observar que os animais, depois da juventude, passam por uma maturidade que se estende
praticamente até o final de suas vidas, quando vivenciam um rápido declínio antes da morte. O ser
humano parece começar a envelhecer já a partir dos quarenta anos, durando assim sua velhice, às vezes
a metade da vida. Das 8.400.000 espécies que existem na Natureza, 8.399.999 comem alimentos que
estão no próprio estado natural - não cozidos. O ser humano parece ser o único que está sujeito a maior
quantidade de problemas relacionados com a saúde.

A toxemia depende de uma série de fatores que vão se somando. O ar contaminado das concentrações
urbanas, a água com seus minerais nem sempre metabolizáveis, o stress, o abuso de álcool, tabaco,
carnes, remédios, drogas, excitantes, o estar em contato com elementos tóxicos no lugar de trabalho ou
em casa, são todos fatores que contribuem para o excesso de concentração de toxinas no organismo. Mas
a causa principal encontra-se nos alimentos do mundo contemporâneo. Os resíduos de agrotóxicos nos
vegetais, de hormônios e antibióticos em carnes e ovos, de químicos utilizados para processar alimentos
como, por exemplo, para branquear o açúcar, a farinha, o sal, de conservantes nas carnes frias e nos
produtos em lata e em garrafa, os corantes e sabores artificiais, as vitaminas sintéticas adicionadas que o
organismo não metaboliza, etc.

Outro fator que contribui para a intoxicação do nosso corpo é comer de novo quando não se tem ainda
completada a digestão e comer quando irritado ou ressentido. Isto transforma tudo aquilo que está no
estômago em sustância tóxica, uma sobrecarga de trabalho para o sistema de eliminação. A mesma coisa
acontece quando ingerimos alimentos que precisam de tipos diferentes de digestão como, por exemplo,
comida cozida e fruta. Frente à mistura de alimentos não compatíveis os organismos mais sensíveis
reagem imediatamente, apresentando sintomas como azia, peso, gases, sentir de novo um sabor de algo
já ingerido, fezes soltas, etc. Mas é importante compreender que, nos organismos das pessoas que têm
uma digestão ótima (dos quais se diz que podem digerir até as pedras), mesmo quando não se
manifestam os inconvenientes mencionados, apresenta-se igualmente a acumulação de toxinas resultante
da mistura inadequada. É de extrema importância o “bom astral” de quem prepara os alimentos, por isso a
comida da mãe, se feita com amor, nos faz bem. As atitudes, emoções e pensamentos de quem trabalha
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na cozinha são absorvidas pelos alimentos e recebidas por aqueles que os consomem. O habito de
abençoar a comida com gratidão ajuda enormemente a purifica-los, sintonizando as freqüências dos
alimentos com as freqüências dos nossos corpos.

O acúmulo das substâncias tóxicas debilita o sistema imunológico, conseqüentemente, o organismo não
será capaz de resistir à presença de elementos patogênicos. Compreender que a toxemia é a causa
fundamental de todas as doenças, permite definir claramente o caminho até a saúde: favorecer a
eliminação dos venenos e fortalecer o sistema natural de imunidade, introduzindo no corpo os alimentos
capazes de fornecer as substâncias nutrientes necessárias para seu bom funcionamento.
Ou citando novamente Hipócrates:
“Doenças atacam as pessoas não como um raio em céu azul
mas são conseqüências de contínuos erros contra a Natureza”

COMBINAÇÃO DOS ALIMENTOS

A correta combinação de alimentos é talvez o segredo principal para manter o equilíbrio e o bom
funcionamento do nosso organismo, o veículo físico sem o qual não podemos cumprir nossa missão de
aprendizado na Terra.

Quando escolhemos nossa comida é importante ter em conta principalmente o critério de digeribilidade;
comemos para alimentar-nos, mas, com freqüência, acabamos gastando na digestão uma quantidade de
energia maior que aquela que recebemos dos alimentos ingeridos. Para facilitar a digestão simplicidade é
a chave. Combinar alguns poucos alimentos em cada refeição de maneira a aproveitar plenamente os
nutrientes que eles trazem assim como o sabor de cada um deles.

Podemos deixar-nos levar em nossas escolhas pelas combinações de cores, lembrando que todos os dias
precisamos de folhas verdes, melhor se de três tipos diferentes. Importante é variar o mais possível
encontrando maneiras de comer também aqueles vegetais dos quais não gostamos. O sabor dos vegetais
é dado pelos minerais que os compõem; variar significa receber um pouco de cada elemento, junto com a
freqüência energética daquele alimento que seguramente nos traz algo valioso. O nosso organismo
precisa de quantidades mínimas de certos minerais especiais, entre eles o ouro, chamados de elementos
traços pelo fato que somente se encontram rastros deles; a melhor maneira de obtê-los é variando ao
máximo os vegetais que ingerimos.

A fruta não se mistura com nenhuma comida cozida; o melhor momento para comê-la é de manhã, ou
várias horas depois do almoço. Como as frutas não requerem de muita digestão, elas passam rapidamente
pelo estômago. Se encontram em seu caminho comida sendo digerida elas são detidas e começam a
fermentar, produzindo substâncias tóxicas como álcool, por exemplo. Frutas ácidas não combinam bem
com as frutas doces. Ambas combinam razoavelmente com as frutas semiácidas ou semidoces. Melancia
e melão não combinam com nada e só podem ser consumidos em jejum. Esperar uns 20 ou 30 minutos
antes de comer outra coisa.

Todo alimento cru precisa ser ingeridos antes dos alimentos cozidos pelo fato que sua digestão é mais
simples. Assim saladas e frutas vêm sempre antes de qualquer comida cozida. Tomar suco ou refrigerante
na hora da comida provoca fermentação e putrefação no trato digestivo. Quando se come suficiente
salada, especialmente folhas, normalmente não há necessidade de líquidos na hora da refeição para não
diluir os sucos gástricos. Se sentir sede durante as comidas isto significa por um lado que não se tomou
suficiente água nos intervalos entre refeições e por outro que aquilo que estamos comendo é
excessivamente temperado, gorduroso ou “intenso”.

Quando se trata de alimentos cozidos, proteínas e carboidratos não combinam, por exemplo, carne e
batatas ou arroz e feijão. As proteínas precisam de uma digestão ácida, ao contrário dos carboidratos que
requerem um ambiente alcalino. Tanto proteínas como carboidratos combinam bem com verduras.
Também não é indicado comer mais de uma proteína por vez (carnes e laticínios ou ovos), ou mais de um
tipo de carboidrato por vez (arroz e macarrão, batata, abóbora, mandioca). Se formos comer somente
coisas cruas, os critérios são menos rígidos visto que nos grãos e hortaliças a porcentagem de
carboidratos é menor antes do cozimento.

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LEITE
O leite de vaca é seguramente o melhor alimento para o bezerrinho. Oitenta anos atrás ninguém pensaria
em dar leite de vaca a uma criança pequena, era sabido que ele é excessivamente gorduroso e pesado.
Quando as mães não tinham leite, se recorria a outra mulher ou a leite de cabra. O leite de vaca não
sempre oferece o tipo de cálcio ideal, as células ósseas podem se tornar excessivamente duras não
permitindo a inserção apropriada dos ligamentos e músculos.
O iogurte ou kefir é preferível ao leite. Na fermentação os lactobacilos “predigerem” o leite, transformando
a lactose em galactose. A lactose é a sustância no leite que mais provoca alergias, muitas vezes em forma
de acumulo de muco (rinite, tosse, sinusite, amidalite). A soja é outro alimento excessivamente “denso”,
cuja digestão é um tanto complicada, razão pela qual os japoneses costumavam consumir seus derivados
fermentados: shoyu, missô, tempêh. Ótimos leites podem ser obtidos a partir de sementes oleaginosas
(gergelim, castanhas, girassol) ou de grãos (aveia, trigo, cevada). Estes podém ser aquecidos a banho
Maria, porem não podem passar da temperatura que nossa mão agüenta para não perder sua
digeribilidade e poder energético.

CARNES
Primeiramente, podemos observar que o organismo humano nasceu para se alimentar de frutos e vegetais
crus; isto pela observação dos dentes e do aparelho digestivo. Por exemplo, nossos intestinos são muito
mais compridos que os dos felinos, notoriamente carnívoros. Com o passar do tempo o ser humano mudou
sua própria natureza incluindo os animais na própria dieta e chegou a cozinhar suas comidas, a. Porém,
nunca antes como nestes tempos de consumismo desenfreado ele tem consumido tanto de tudo: carnes,
laticínios, refrigerantes, guloseimas, etc. A carne vermelha é um alimento de difícil digestão; quando
consumida junto com carboidratos sua digestão é ainda mais complicada. Ao ficar muito tempo nos nossos
intestinos entra em putrefação liberando substâncias tóxicas, produz depósitos nas articulações e artérias
e favorece a hipertensão. A carne de porco é um produto que vários povos da terra consideram perigoso
para a saúde e até para o desenvolvimento espiritual. O frango e o peixe são mais digeríveis, porém não
podemos consumi-los diariamente devido à contaminação ambiental (alto nível de mercúrio no peixe) e as
técnicas de produção (hormônios dados aos pintinhos para que cresçam mais rápido).

PRODUTOS REFINADOS
Todos os produtos refinados (açúcar, adoçantes, sal, farinha, arroz, maizena, etc.) perderam seus
nutrientes nobres e ganharam resíduos químicos durante o processamento. A metabolização destes
produtos pelo nosso organismo requer o sacrifício de até 16 minerais importantes resultando num déficit
considerável que traz conseqüências dramáticas ao longo do tempo. Trata-se de calorias vazias que
sobrecarregam o trabalho de fígado, pâncreas e rins e se transformam facilmente em acúmulos de
gordura.

Açúcar
O açúcar refinado interfere com o funcionamento do sistema imunitário alterando a fagocitose dos glóbulos
brancos (ação de comer as bactérias) proporcionalmente à quantidade consumida. Por essa razão,
favorece a proliferação de bactérias nocivas perturbando, por exemplo, o equilíbrio da flora bacteriana,
promovendo cáries nos dentes e abrindo as portas a infecções crônicas (cistite, rinite, amidalite, otite,
sinusite, etc.). O açúcar refinado provoca primeiro um estado de hiperglicemia que resulta em euforia e
agitação psicofísica, seguido por uma hipoglicemia que se expressa como depressão e fadiga mental e
física. Esta gangorra nos níveis de açúcar no sangue provoca stress tanto no metabolismo como no
sistema nervoso. Em razão desse mecanismo e pela capacidade de viciar rapidamente, o açúcar refinado
é considerado por muitos como droga pesada.

ESTIMULANTES
Café, chocolate, chá preto, chá mate contém excitantes que são potencializadas quando adicionamos o
açúcar. Entramos no mesmo discurso do efeito estimulante, que atua como no caso do chocolate como
calmante da nossa ansiedade existencial, seguido por cansaço que requer novas, às vezes maiores doses
de excitantes. A coca-cola e outros refrigerantes também contêm estimulantes.

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PREPARADOS E RECEITAS
Rejuvelac

É uma bebida antioxidante, rica em vitaminas do complexo B, vitamina E, vitamina C,


proteínas, carboidratos, fosfatos, dextrinas, sacarinas, lactobacilli e aspergillus (bactérias
amigas de nosso intestino). Pode ser tomado, puro, a todo momento, mas se for adoçado ou
batido com fruta, então tomar longe das comidas cozidas.

Prepara-se com sementes brotadas de trigo, cevada, centeio e aveia. Pode-se utilizar
somente um tipo de semente, ou também combiná-las.

1. Proceder à germinação das sementes, como explicado.

2. Quando o broto alcança o tamanho da semente:

o adicionar água: 1 parte de sementes -2 ou 3 de água,

o cobrir com tule e manter num lugar fresco e semi-escuro.

3. Passadas 24 horas, revolver o liquido com uma colher e provar seu sabor:

a) se tem sabor ruim, jogar fora a água, mas não as sementes.


Adicionar novamente água ao recipiente;

b) se o sabor é azedo, tudo está bem.

Nos dois casos, esperar mais 24 horas.

4. Quando o Rejuvelac está pronto, passar o líquido por um coador.


Conserva-se vários dias se refrigerado.

5. Colocar de novo água no recipiente com as mesmas sementes. A segunda


colheita estará pronta em 24 horas, a terceira em 48, mas o tempo pode
variar segundo o clima. Chega um momento em que as sementes não têm
mais nutrientes, então podem ser usadas como adubo vegetal.

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CEREAL o Um pedacinho de algum tubérculo
(batata doce, mandioca, nabo,
inhame, etc.).
Uma receita para o café da manhã que o Uma pequena quantidade de algas
pode também ser uma sobremesa. molhadas.
Ingredientes: o ½ xícara de sementes germinadas -
o 1 xícara de cereais germinados (trigo, brotos do tamanho da semente.
aveia, centeio, arroz, cevada, etc.). 2. Adicionar - pouco a pouco - mais
o ½ xícara de fruta seca, deixada líquido junto com os ingredientes:
previamente de molho. o Folhas verdes em abundância.*
o 1 xícara de fruta fresca (opcional). o Brotos de alfafa, girassol, feijão
o Água ou Rejuvelac, em quantidade moyashi, azuki ou outros, crescidos
suficiente para obter uma consistência até ter folhas.
espessa.
3. Adicionar fruta e mais líquido, se for
Bater junto no liqüidificador e adoçar, se necessário:
preciso, com melado ou mel. Transforma- o Um bom pedaço de mamão.**
se em suco usando mais líquido. o Abacate - opcional.
o Outro tipo de fruta - opcional - todos,
SALADA DO MEDITERRÂNEO menos cítricos, melancia, melão,
banana.
Tomate 4. Bater até obter uma consistência
Pepino cremosa.
Pimentão amarelo e vermelho
Sal marinho Decorar com brotos e fruta picada.
Azeite de oliva O batido se conserva refrigerado todo um
Talos de salsão dia.
Cebola roxa
Azeitonas pretas ou alcaparras Podemos variar o sabor, mudando os
Manjericão, mangerona, oregano, tomilho ingredientes. O Batido Energético
– melhor se for fresco resultará doce, se adicionarmos mais fruta
fresca e/ou fruta seca re-idratada, melado
Cortar todos os ingredientes e acrescentar ou mel de abelha. Será salgado quando
os condimentos. usarmos menos fruta, folhas verdes de
sabor mais forte - como coentro, agrião,
rúcula - e também um pouco de shoyu ou
missô.
o *Alface, espinafre, folhas de aipo,
BATIDO ENERGÉTICO salsinha, acelga, beterraba, etc.
É a receita fundamental da Alimentação
Viva. Contém os elementos úteis para a  É sempre melhor aproveitar da fruta
desintoxicação do organismo e todos os local na sua própria estação; em
nutrientes necessários para a certos países, em vez de mamão,
regeneração celular. utiliza-se pêra, maçã, pêssego, figo,
ameixa, etc..
Quando o objetivo é a recuperação da
saúde ou a limpeza do organismo, a
quantidade diária por pessoa é 750 a
1000 ml - ou seja, um copo de
liqüidificador - dividido em 3, 4 ou mais Leite de Gergelim
refeições.
Sendo que este alimento é a medicina, é É uma fonte maravilhosa de cálcio e
importante procurar comer a quantidade fósforo. Pode-se combinar com fruta e/ou
indicada, ou mais. Não deixe de fazê-lo, mel ou melado, nesses casos tomar longe
mesmo se não tiver todos os ingredientes. das comidas cozidas. Quando
indispensável, esquentar em banho Maria.
1. Bater, com pouco líquido (rejuvelac ou
água), até conseguir uma massa 1. Deixar o gergelim de molho entre 4 e 8
homogênea: horas.
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2. Para obter 1 litro de leite, 200 g de
Ralar os pepinos com casca. Acrescentar o sal
sementes secas. e o azeite ao gosto, o iogurte e a hortelã bem
3. Coar e deixar as sementes no coador picadinha. Deixar repousar na geladeira 1 ou 2
tampado durante 1 hora para dar inicio horas. Quem gostar pode acrescentar alho
ao processo de germinação. Não espremido.
deixar mais tempo porque se oxida e
SALADA DE COUVE-FLOR CRUA COM
fica amargo.
NOZES AO CURRY
4. Bater com o dobro de água no
liquidificador. Couve-flor bem fresca e firme
5. Passar por um filtro de pano, Iogurte natural
espremendo com força para extrair Sal marinho
todo o leite. Shoyu
Curry indiano
Nozes – ou caju – ou macadamias
Azeite de oliva
Tomar imediatamente, porque se
oxida muito rapidamente. Ralar a couve-flor crua – ou cortar finamente com
uma faca muito afiada ou fatiador. Acrescentar as
nozes picadas bem finas e os outros ingredientes
Nota: Em caso de ter que preparar o ao gosto. Deixar repousar 2 ou 3 horas, na
leite várias vezes por dia, é possível geladeira nos meses quentes, antes de servir.
deixar de molho de uma vez todo o
gergelim que vai ser usado. As sementes
coadas serão conservadas na geladeira TODOS OS DIAS
num recipiente com tampa, e bater
somente a quantidade que for
COMER UMA SALADA DE FOLHAS
necessária.
VERDES
Também pode ser obtido leite das
amêndoas, do girassol descascado, da
castanha do Pará, etc. Proceder da Devem ser pelo menos 3 tipos diferentes,
mesma maneira. Para tirar a pele das é muito importante variar o sabores e
amêndoas, passá-las por água fervendo comer também um pouco das mais fortes
durante 30 segundos (não mais de 30 ou amargas. Quando são misturadas com
para não perder as enzimas). Ao bater outras mais doces, fica muito mais fácil.
com menos água, obtém-se creme em vez Lavar bem, cortar em pedaços (melhor se
de leite com as mãos em lugar de faca) agrião,
folhas de beterraba, alface, almeirão,
couve manteiga, escarola, rúcula, etc.
SALADA DE CHUCHU CRU – OU GILÔ Pode-se acrescentar salsinha, coentro,
manjericão, hortelã, etc.
1 chuchu
Sal marinho CADA DIA, escolher alguns entre os
Suco de 1 ou 2 limões seguintes ingredientes crus para
Semente de girassol sem casca ou algas completar a salada (a melhor maneira de
1 colher de sopa de azeite de oliva escolher é pela cor):
Descascar o chuchu e cortar - com fatiador –
em fatias quanto mais finas possíveis. Ralados: abóbora, abobrinha (todas),
Acrescentar o suco de limão, o sal e as algas batata doce, beterraba, cenoura, nabo,
(ou as sementes de girassol) e deixar pepino, rabanete
repousar 2 ou 3 horas. Antes de servir
acrescentar o azeite. Cortados finos: Abóbora, abobrinha
SALADA DE PEPINO COM IOGURTE E italiana, brócolis, cará, cebolinha, cenoura,
HORTELÃ couve-flor, erva doce, inhame, milho
verde, nabo, pepino, pimentão, rabanete,
Alguns pepinos salsão
Iogurte natural
Hortelã Cortados em pedaços maiores: pepino,
Sal marinho pimentão, tomate
Azeite de oliva

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