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2019
AO saNSCRITO
INTRODUÇÃO

Modulo 1
Generalidades da Língua

Alfabetização

Arsha Vijnana Gurukulam


Nagpur - Maharashtra - Índia

www.avgnagpur.org
www.avgbrasil.org
arshavijnana.brasil@gmail.com Brni. Tilakā
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE
SÂNSCRITO
Há várias razões para uma pessoa se dedicar ao estudo de uma outra língua. A
pessoa pode estar interessada na cultura, em alguma viagem ou, simplesmente, em uma
posição melhor no trabalho. Atualmente, existem muitas línguas faladas e, outras, quase
esquecidas.

Na história da Humanidade, das primeiras línguas a serem faladas, talvez o


sânscrito seja uma das únicas que sobreviveram ao tempo. A sonoridade, a escrita, a
gramática e a natureza sistemática da língua sânscrita são sutis e refinadas, algo de grande
beleza, precisão e complexidade, como a matemática. Dizem que é uma 'língua morta' mas
permace viva nos rituais e nos corpos de conhecimento derivados dos Vedas.

Toda a tradição de conhecimento da Índia, como outras ao longo da história, se


desenvolveu a partir de uma linguagem (verbal e não verbal) que fosse útil para se
estabelecer algum tipo de comunicação. Essa comunicação tinha um único objetivo:
transferir um dado conhecimento adquirido, de geração a geração, constituindo o que foi
chamado de Tradição Oral. Nessa tradição oral, foram sendo incorporados alguns símbolos,
com os quais as representações se faziam compreensíveis para todos.

O Sânscrito é foneticamente preciso, isto é, cada som é representado através de um


símbolo único, o que determina um estudo minucioso e uma larga representação dos sons
que são possíveis de ser emitidos pelo aparelho fonador humano. Alguns cientistas,
baseados nas informações astrológicas contidas no Ṛg-veda (mais antiga evidência que se
possui do sânscrito), datam o texto por volta de 3000a.C., mas alguns chegam a falar em
4300a.C..

Desde a língua usada no Ṛg-veda, houve um desenvolvimento até o sânscrito


clássico, conhecido e usado hoje, sem sofrer qualquer modificação. Foi com um gramático
chamado Pāṇini (séculos V e IV a.C.) que o sânscrito passou a ter uma descrição precisa
em sua forma clássica e, a partir de então, as regras que regem a língua foram
estabelecidas e, desde então a língua se desenvolveu apenas em seu vocabulário. A
gramática de Pāṇini é baseada na observação da estrutura linguística e da descrição das
regras que a constituem. Qualquer estudo de Gramática é descritivo, ou seja, baseado na
observação da língua em sua aplicação pelos usuários da mesma.
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O conhecimento do sânscrito é a chave para a antiga literatura religiosa e secular da


Índia e, também, para os sistemas indianos de medicina, matemática, arquitetura, escultura,
yoga, ou seja, de tudo o que está relacionado com os tradicionais ramos de conhecimento
indianos. É a língua utilizada nos épicos Mahābhārata (que contém a Bhagavadgītā) e
Rāmāyana, as maiores produções literárias da história da Humanidade, além de todas as
Upaniṣads (Vedānta) e dos textos de Yoga e Ayurveda.

O primeiro capítulo da Taittirīya Upaniṣad é inteiramente dedicado à ciência da


pronúncia, enumerando vários elementos necessários que devem ser dominados pelo
estudante. Pois é através de uma boa pronúncia que é possível comunicar ou apreender
algo, principalmente se a tradição de ensinamento é oral. Comunicar para compreender o
significado - Isso é o mais importante - Transmitir uma visão da mente do professor à mente
do aluno. Para isso, o conhecimento deve ser passado através de uma linguagem usada de
forma correta, para se obter o significado preciso.

A mera recitação pode focar a mente somente nas letras do texto, porém, através da
análise lógica do texto e da reflexão sobre seu sentido, o aluno irá compreender o
significado mais profundo expresso através das palavras. Esta compreensão faz a mente
ficar mais concentrada, menos agitada e unidirecionada. Para aqueles que estão no
caminho do Yoga e Vedānta, o estudo dessa língua clássica é um meio de afiar o intelecto e
prepará-lo para um mergulho nas escrituras e em seus comentários. Além de ser uma
ferramenta fundamental para não depender de traduções de terceiros e ir direto à fonte do
Conhecimento.

Para aqueles que estão seguindo as práticas religiosas originadas nos Vedas, os
vários tipos de cânticos devocionais (mantram, bhajanam) e a recitação de versos (ślokam,
stotram) fazem parte das várias disciplinas a serem seguidas pelo devoto. A disciplina
necessária para a correta execução dos cânticos leva a grandes resultados no processo de
aquisição de uma mente mais clara, calma e objetiva, ou seja, no processo de purificação
da mente, etapa essencial de qualquer prática espiritual.

Para quem o curso se destina? Em todos os casos em que haja o interesse por parte do
aluno, o estudo do Sânscrito só tem a oferecer benefícios.
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ALFABETO - Escritas e Sons


O Sânscrito é uma língua baseada inteiramente em sons.

Em Sânscrito, diferente de outras línguas, existe uma perfeita correspondência entre


o som emitido durante a fala e o que está escrito através dos símbolos usados para
representar aquele determinado som na escrita. Isto é, o som deve ser representado com
precisão na escrita. Assim sendo, o alfabeto deve ter a representação simbólica de todos os
sons emitidos e usados na língua.

Qualquer alfabeto pode ser usado para escrever o Sânscrito, contanto que inclua
símbolos que representem aqueles determinados sons. Durante os anos desenvolveu-se
um sistema de símbolos chamado Devanāgarī, com o qual o Sânscrito é escrito atualmente.
Mas, através de um acordo linguístico internacional, estabeleceu-se correspondentes
simbólicos para a representação da língua sânscrita em alfabeto Romano acrescido de
marcas diacríticas, o que aumenta a capacidade de representação simbólica usando as
mesmas bases pré-estabelecidas. A esse processo dá-se o nome de Transliteração (a
mudança de um alfabeto para outro). Quando duas palavras, em duas diferentes línguas,
são usadas para representar o mesmo objeto, elas são consideradas para o processo de
Tradução literal, ou seja, para fazer a conversão/mudança de uma língua para outra, sem
alteração no sentido. Veja o quadro abaixo.

Idiomas
Alfabeto Português Inglês Sânscrito Hindi
Romano pimenta chilli marīcikā mirca

Devanāgarī पऩभेन्त पचपि भयीपचका पभचच

Isto é, se vamos transliterar a palavra भयीपचका do alfabeto Devanāgarī para o

alfabeto Romano com as marcas diacríticas, a resultante é 'marīcikā '. Mas, se vamos
traduzir a mesma palavra (em Devanāgarī ou na escrita romana) para o Português, a

palavra equivalente é 'pimenta'. Assim sendo, भयीपचका é o mesmo que marīcikā (ambas em

Sânscrito), que tem como significado 'pimenta' em Português. Esse processo é válido para
todo o estudo do Sânscrito. A transliteração vai apenas mudar a apresentação da palavra;
já a tradução vai abrir o sentido da palavra na nossa própria língua.
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ALFABETIZAÇÃO EM SÂNSCRITO
Diferente de aprender Inglês, Francês ou Espanhol, o apredizado do Sânscrito
segue outros princípios. Considerando que com as três primeiras línguas, encontramos
similaridades na fonética e dispomos do mesmo alfabeto, com o Sânscrito não temos a
mesma sorte.

Como mencionado anteriormente, o sânscrito é uma língua foneticamente precisa,


ou seja, cada som é representado através de um símbolo único. Em Português, um mesmo
som pode ser escrito de diversas formas (por exemplo, 'Xuxa' e 'chuva') e uma mesma letra
pode ser pronunciada de maneiras diferentes em diferentes palavras (por exemplo, 'caro' e
'roupa'). Com o Sânscrito, a precisão entre a escrita e a pronúncia é tal que nunca
pronunciaremos errado uma palavra, mesmo que a esteja encontrando pela primeira vez.
Para isso, basta ter aprendido completamente o alfabeto sânscrito e as regras de interações
fonéticas.

Com um processo similar ao da criança, precisamos apreender os sons; reconhecer


as formas e os símbolos associados a cada som; entender as modificações de grafia e de
fonética quando em contato com outros sons; acumular vocabulário; construir frases
simples e evoluir para sentenças mais complexas; até que sejamos capazes de fazer todas
as conexões necessárias para compreender um texto. Considerando que a maioria dos
textos em Sânscrito estão na forma de versos, é preciso também conseguir se relacionar
com as formas de apresentação literária, como a métrica dos versos, a estrutura de
poesias, a apresentação resumida em forma de sūtras, etc.

Contudo, isso só ganha vida e desperta ainda mais o interesse do aluno quando,
começando pelo processo de Alfabetização, um extraordinário mundo novo repleto de
palavras e idéias começa a desabrochar. Para isso, a forma tradicional e mais proveitosa é
passar pela alfabetização sem auxílio da transliteração. Pois só assim, o aluno estará com
os ouvidos e a mente abertos para aprender algo inteiramente novo. No processo utilizando
a transliteração, o aluno tenta fazer associações com os sons e símbolos já conhecidos, o
que dificulta o processo em vez de ajudar e atrasa o desenvolvimento da capacidade de ler
no original, ficando dependente de fontes transliteradas, que por sua vez podem conter
erros de digitação ou sistemas de transliteração diferenciados.

Por outro lado, como material de suporte, a transliteração pode auxiliar nos primeiros
passos até que se memorize os sons, os símbolos e a relação entre eles. O processo de
alfabetização pode durar em torno de dois a três meses, dependendo do empenho do
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aluno. A completa fluência em leitura e escrita pode chegar a um ano e meio ou dois,
dependendo do grau de exposição do aluno à língua falada e escrita.

Nesta apostila você irá encontrar a escrita em Devanāgarī na primeira parte da


apostila e a transliteração, na segunda. Assim, você poderá passar pelo processo de
afabetização primeiro e ter uma referência ao final. Boa sorte!

ESTRUTURA DA LÍNGUA
Geralmente uma língua é formada de frases; as frases, de sentenças; e, as
sentenças, de palavras. O Sânscrito é uma língua declinativa, isto é, as estruturas
primordiais da língua passam por um processo de declinação, de modificação, até estarem
prontas para serem usadas como palavras numa frase. Sendo assim, uma simples coleção
de letras, colocadas juntas, não constituem uma palavra. Como palavra, entende-se uma
estrutura primária associada a terminações específicas e, da combinação de ambas, o
sentido final da palavra é extraído.

Em Sânscrito, a raíz verbal, dhātu, é a unidade fundamental da língua. Toda a


linguagem escrita e falada é construída sobre ela. Existem aproximadamente 2000 raízes
listadas em um trabalho chamado dhātupāṭha, que reúne o que se considera o conjunto de
raízes primárias. Um grupo variado de afixos (prefixos e sufixos) podem ser adicionados a
essas raízes mudando seus significados e gerando, assim, a contrução de numerosas
palavras diferentes.

Todos os verbos, na sua forma final usada nas frases, são deriavados dessas raízes
através da adição de terminações pessoais (sufixos verbais) a cada uma delas. Este
processo de derivação de formas verbais é chamado de conjugação da raiz verbal. Há 10
tempos e modos verbais em Sânscrito. Assim como em Português, os sufixos verbais
representam 3 pessoas: primeira, segunda e terceira, que combinadas com os três números
(singular, dual e plural) dão um total de 9 formas distintas para cada tempo ou modo verbal.
Cada raiz pode ser usada na voz ativa e/ou na passiva. Além disso, a raíz verbal pode ser
derivada de forma a representar apenas o sentido abstrato (bhāve); nesse caso
representando a ação em si mesma. Todas a formas verbais são derivadas adicionando-se
as terminações (sufixos verbais) chamadas tiṅ-pratyayas.

De forma similar, as bases nominais primárias são também derivadas a partir das
2000 raízes através da adição de kṛt-pratyayas ou outros sufixos formadores de nomes.
Pela junção de ambos, formam-se as bases nominais. Essas bases nominais recebem
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sufixos nominais (declinativos - sup-pratyayas) que representam a função das palavras em


uma frase (como sujeito, objeto, ponto de origem, instrumento, etc.). Essas possíveis
funções são organizadas em oito divisões (ou grupos de terminações) em que as palavras
podem ser declinadas, ou seja, modificadas. Isto substitui o uso de preposições, apesar
delas também existirem e terem suas funções restritas a algumas situações.

As palavras podem ter terminações relacionadas ao gênero como masculinas,


femininas ou neutras, e também relacionadas ao número, podendo estar no singular, dual
ou plural. Para cada uma dessas opções teremos diferentes sufixos nominais. Por esses
motivos, a ordem das palavras na frase não é tão importante pois a função é determinada
pelos sufixos e, não pela posição na sentença.

Existem palavras compostas que podem ser criadas a partir da junção de palavras
pré-existentes, formando bases nominais secundárias, as quais receberão sufixos nominais
em cada uma das oito divisões, formando novas palavras com funções definidas na frase.
Não existe um limite para a construção de novas palavras, desde que se respeite as regras
gramaticais para tal.

Da mesma forma, novas raízes (raízes secundárias) também podem ser criadas
adicionando-se sufixos formadores de verbos às bases nominais, transformando-as em
bases verbais que podem ser conjugadas em cada um dos 10 tempos e modos, em cada
uma das três pessoas e em cada um dos três números.

Por esse processo de formação de novas bases nominais e novas raízes verbais,
apresentado nos dois parágrafos antecedentes, é possível afirmar que o número de
palavras em Sânscrito tende ao infinito. E, qualquer um que tenha o conhecimento dos
processos de formação de palavras na gramática poderá criar novas palavras, novas
palavras compostas e novos verbos, criando diversidade e liberdade para o autor.

No entanto, em uma visão geral, pode-se dizer que existem quatro tipos de palavras
em Sânscrito: 1. uma forma final de um verbo; 2. uma forma final de um nome (que pode
ser substantivo, adjetivo, advérbio, etc.); 3. um composto (ou palavra composta, que pode
ser substantivo, adjetivo, advérbio, etc.); 4. um indeclinável (partículas como 'e', 'ou', etc., ou
palavras que não passam pelo processo de derivação descrito e, que são usadas
diretamente como são encontradas na língua). Entre os quatro tipos de palavras descritos,
os dois últimos podem ser, também, considerados nomes. Assim sendo, no final, existem
apenas dois tipos de palavras: verbo (tiṅantam padam) e nome (subantam padam).

Existem, também, regras de junção fonética (sandhi), já que a sonoridade é algo


muito importante no Sânscrito. Quando as palavras se aproximam ou se juntam numa frase,
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ou quando as terminações são adicionadas às bases nominais ou verbais, ou quando


palavras compostas são criadas, as regras de modificação dos fonemas, que regem essas
combinações, devem ser aplicadas. O objetivo é manter um ponto de articulação comum a
ambas as partes da junção, facilitando assim a pronúncia e a preservação dos sons.

Número
Em Sânscrito existem três números, o singular (relacionado a uma entidade), o dual
(relacionado a duas entidades) e o plural (relacionado a três ou mais entidades); diferente
do Português que possui apenas dois números (singular e plural). Os nomes serão
declinados nos três números. E, da mesma forma, os verbos serão conjugados nos três.

Gênero
Diferente do Português, em Sânscrito existem três gêneros, o masculino, o feminino
e o neutro. Existe uma característica especial no uso dos gêneros em Sânscrito. Deixando
de lado o que é aplicado aos seres vivos, as palavras possuem gêneros por elas mesmas.
Isso chegou até nós a partir de decisões arbitrárias daqueles que, no passado,
estabeleceram o uso das palavras na língua. Isso também é visto, em parte, no Português
quando nos referimos a palavras como 'a cadeira' e 'o banco'. Contudo, existe uma
peculiaridade no Sânscrito devido ao gênero neutro. As definições de gênero são aplicadas
tanto aos objetos inanimados, quanto aos sere vivos. Por exemplo, a palavra 'esposa' tem
uma palavra correspondente em cada um dos três gêneros em Sânscrito. A palavra
sânscrita dārāḥ é uma palavra masculina e significa 'esposas'. Está fixa no plural, mesmo se
estiver se referindo a uma única esposa de alguém. A palavra bhāryā é uma palavra
feminina, singular, e também significa 'esposa'. A palavra kalatra é uma palavra neutra e
significa 'esposa' ou 'esposo', dependendo do contexto em que aparece. Assim, podemos
ver que as palavras possuem um gênero independente do objeto que elas denotam.

Por causa disso, a tradução das palavras sânscritas para o Português precisa ser
cuidadosa e, na medida do possível, deve-se respeitar as regras presentes no Sânscrito.

Por exemplo, a palavra sânscrita yoga (मोग) é masculina. Assim, deve ser precedida pelo

artigo 'o', sendo 'o yoga'. Se nos basearmos nos fonemas para escrever em Português,
temos 'o iôga'. No dicionário Michaelis encontramos: 'substantivo feminino - ioga, ióga, iôga
- variação: yoga'. Assim temos: 'o yoga' (Sânscrito) ou 'a ioga' (Português), dependendo da
referência aceita. Em Português, o uso entre as pessoas determinou o gênero da palavra.
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ALFABETO - Letras e Sons


O Alfabeto Sânscrito

A vogal ‘a’ (अ) foi adicionada a todas as consoantes para facilitar a pronúncia.

अआ इ ई क ख ग घ ङ

उ ऊ ऋ क ऌ च छ ज झ ञ

ए ऐ ओ औ ट ठ ड ढ ण

म य र व त थ द ध न

श ष स ह ऩ प फ ब भ
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Alfabeto Sânscrito - Vogais Simples - Curtas e Longas


As vogais são sons que podem ser enunciados independentemente, isto é, sem
depender de nenhum outro fator. Quanto ao tempo de duração da emissão do som, as
vogais simples podem ser divididas em curtas ou breves (1 unidade de tempo) ou longas
(2 unidades de tempo). Existem também as vogais prolactadas (prolongadas - 3 unidades
de tempo).

अ आ इ ई

उ ऊ ऋ क ऌ

अ como nas palavras 'sedA', 'mesA', 'Alo', 'Amigo', 'gatA';


आ como nas palavras 'Ato' (p.ex.:Ato público), 'metAde', 'abacAte', 'vinAgre', 'gAta', 'gAgo';

इ como nas palavras 'Igreja', 'Imagem', 'vInagre';

ई como nas palavras 'aquilo', 'isto', 'ilha', 'palito';

उ como nas palavras 'uva', 'unha', 'urubu';

ऊ como nas palavras 'vulto', 'difuso';

ऋ , क e ऌ são vogais especiais e não possuem fonemas correspondentes na Língua Portuguesa.


Estas são especiais pois possuem um pequeno componente de consoante adicionado a elas. A parte

consoante encontrada nas vogais ऋ e क é य. ् E, a parte consoante encontrada em ऌ é र.् O

componente vogal é originado do som emitido pela passagem do ar pela garganta. Essa informação
será importante para um tópico futuro.
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Alfabeto Sânscrito - Ditongos - Vogais Longas


Quanto ao tempo de duração da emissão do som, os ditongos são considerados
vogais longas (possuem 2 unidades de tempo), sem uma contraparte curta. Apesar dos
ditongos parecerem a combinação de dois sons, em verdade são formados pela mesma
emissão sonora que viaja por dois pontos de articulação do aparelho fonador. Isto é, um
único som que é modificado em duas regiões durante a sua emissão.

ए ऐ ओ औ

ए como na palavra 'seda', 'serenidade', 'medo', 'letra';


ऐ como na palavra 'cai', 'vai', 'baile', 'pai';

ओ como na palavra 'coco' (P.e.: coco verde), 'torre', 'moça', 'novo';

औ como na palavra 'mau', 'aula', 'automóvel', ‘aura'.

Alfabeto Sânscrito - Pontos De Articulação - Classificação

1. Garganta --- Sons Guturais


2. Palato Mole --- Sons Palatais
3. Palato Duro --- Sons Cerebrais
4. Dentes --- Sons Dentais
5. Lábios --- Sons Labiais

Os ditongos são formados por combinações de sons que são classificados como Gutural-

् classificada como Labio-dental.


Palatal (ए , ऐ ) e Gutural-labial (ओ, औ ). A consoante व é
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Alfabeto Sânscrito - Consoantes


Uma consonante não pode ser enunciada por ela mesma de forma independente.
Ela deve ser enunciada somente em combinação com uma vogal. E, a vogal deve preceder
ou seguir a consoante. Esse é um fato que se aplica a todas as Línguas. Em Sânscrito a

vogal a (अ) é adicionada a todas as consoantes para facilitar a pronúncia. Contudo uma

consoante pode ser escrita sem a vogal, ou associada com essa ou outras vogais. Nesse
caso, um pequeno traço em diagonal, na base do símbolo deverá ser acrescido e
representará a ausência da vogal a.

क - uma consoante seguida pela vogal a, sem alteração na grafia.

क ् - a mesma consoante sem associação com vogal, com alteração na grafia ( क + ्् ).

Alfabeto Sânscrito - Consoantes - Guturais

क ख ग घ ङ
Como em Similar a anterior Como em Similar a anterior Nasal, como
CA-ro (com aspiração) GA-to (com aspiração) em mANga

Alfabeto Sânscrito - Consoantes - Palatais

च छ ज झ ञ
Como em Similar a anterior DJA - Como em Similar a anterior Nasal, como
TCHA-u (com aspiração) 'Djalma' (com aspiração) em AN-jo
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Alfabeto Sânscrito - Consoantes - Cerebrais (ou Retroflexas)*

ट ठ ड ढ ण
*Sem correspondentes fonéticos em Português.

Alfabeto Sânscrito - Consoantes - Dentais

त थ द ध न
Como em Similar a anterior Como em Similar a anterior Nasal, como
TA-co (com aspiração) DA-do. (com aspiração) em NA-riz

Alfabeto Sânscrito - Consoantes - Labiais

ऩ प फ ब भ
Como em Similar a anterior Como em Similar a anterior Nasal, como
PA-pai (com aspiração) BA-la. (com aspiração) em MA-ca
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ALFABETO SÂNSCRITO - Transliteração


Vogais

A vogal अ é similar a usada em Português, apenas acrescida de uma ligeira

contração da garganta, o que restringe um pouco a passagem do ar. Pela similaridade, o


símbolo usado para representá-la é 'a'.

As vogais इ, उ, ऐ e औ são similares às presentes na Língua Portuguesa e

representadas pelos mesmos símbolos, sendo as vogais 'i' e 'o' e os ditongos 'ai' e 'au'
respectivamente.

Contudo, no Português não há marcação do tempo de duração da emissão do som


relativo a cada um dos fonemas. Assim, adicionam-se marcas diacríticas (barras, pontos,
acentos) aos símbolos presentes no Alfabeto Romano, com o intuito de expandir a

possiblidade de representação fonética. Assim, encontram-se as vogais आ, ई, ऊ, todas com

dois tempos de duração, que são representadas como 'ā', ' ī ' e 'ū' respectivamente.

Já, as vogais ए e ओ são similares às presentes na Língua Portuguesa, porém

sempre com um som mais fechado e longo (2 tempos de duração), sendo representadas
como 'e' e 'o' respectivamente.

As vogais ऋ , क e ऌ são vogais especiais como citado anteriormente e não possuem

fonemas correspondentes na Língua Portuguesa. Essas são representadas como 'ṛ', 'ṝ' e 'ḷ'
respectivamente.
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Consoantes
As consoantes diferem do Português principalmente no grupo das Aspiradas e no
grupo das Cerebrais. No entanto, em outras situações, os fonemas são encontrados em
Língua Portuguesa, mas representados com diferentes símbolos. Veja a tabela nas
próximas páginas.

Às consonantes aspiradas, uma contração vigorosa do diafragma é acrescentada à


pronúncia da contraparte não aspirada.

Todas as consoantes escritas com um ponto embaixo (com exceção de 'ṛ', 'ṝ' e ḷ
descritos anteriormente como vogais) são cerebrais e são pronunciadas com a ponta da
língua tocando o céu da boca (língua enrolada para trás - retroflexa).

Quanto às consoantes nasais, em Português encontramos quase todos os fonemas,


porém são todos representados com o mesmo símbolo, a mesma letra ‘n’ ou 'm'. Assim, a
letra 'n' recebe marcas diacríticas para a diferenciação dos fonemas.

As semivogais são consoantes que possuem fonemas com características de


consoantes e de vogais ao mesmo tempo. Assim, o som gerado é parecido com a vogal da
mesma família, o que seria, de uma forma aproximada, comparado a um encontro vocal no
Português.

As sibilantes possuem fonemas parecidos com os encontrados no Português


relacionados aos símbolos 's', 'ss', 'x' e 'ch'. Assim, a letra 's' recebe marcas diacríticas
para a diferenciação dos fonemas.

A letra 'h' geralmente não tem um fonema diretamente associado a ela em


Português, sendo muitas vezes muda. Contudo, em Sânscrito, ela é usada para representar

a consoante hakāra (ह ्).

Quando desejamos nos referir a uma letra do alfabeto, o sufixo 'kāra' é adicionado,
dando um nome particular para a letra; como por exemplo, a letra 'a' é chamada 'akāra'. Já

a consoante 'ba' é chamada 'bakāra'. Somente a letra 'ra' (य)् tem um nome especial; é

chamado repha.
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CLASSIFICAÇÕES - Generalidades
Como apresentado anteriormente, o Alfabeto Sânscrito pode ser classificado com
base nos pontos de articulação dos sons em cinco grupos:

1. Gutural: O ponto de articulação é a garganta.

2. Palatal: O dorso da língua toca o palato mole.

3. Cerebral (ou Retroflexa): A ponta da língua toca o palato duro ('céu da boca').

4. Dental (ou Linguo-dental): A ponta da língua toca a parte inferior dos dentes.

5. Labial (ou Bilabial): Os lábios se tocam.

Com relação ao local de articulação do som, as letras são também classificadas


em Orais e Nasais . Nas orais, a pronúncia é feita pela cavidade bucal e, nas nasais, a
pronúncia é feita pelas cavidades bucal e nasal juntas.

Quanto ao esforço usado para enunciar um som, divide-se em dois tipos: esforço
interno e esforço externo. O esforço interno é relacionado a como as superfícies
articulares se posicionam durante a pronúncia do som, isto é, se há obstrução ou não à
passagem do ar pelas cordas vocais e estruturas relacionadas. Assim, são classificadas
em:

• Oclusivas, ou mudas, onde há um fechamento ou contato total dos órgãos de articulação


do som - representadas pelas 25 consoantes de Classe;

• Semivogais, em que há menos contato dos órgãos de articulação;

• Sibilantes, em que há uma pequena abertura dos órgãos de articulação;

• Vogais, em que há uma total abertura dos órgãos de articulação;

• Vogal Contraída, em que há uma pequena contração dos músculos da garganta - apenas

válido para a vogal curta 'a' (अ).

As 25 consoantes mudas (consoantes de classes) formam classes conforme a


divisão baseada nos pontos de articulação descritos acima; e são numeradas de 1 a 5,
sendo que a consoante surda não aspirada é a primeira da classe e é representada pelo
número 1. Da mesma forma ocorre até a consoante nasal daquele grupo, associada ao
número 5.
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O esforço externo é assim chamado pois é aplicado externamente às superfícies


articulares. Baseado nisso, as 25 consoantes mudas, ou de classe, são divididas em surdas
(ou não ressoantes) e ressoantes. A primeira e a segunda consoante de cada classe são
chamadas surdas. A terceira, quarta e quinta de cada classe são chamadas ressoantes,
sendo a terceira e quarta chamadas sonoras e, a quinta, nasal. As semivogais e o 'ha' são
ressoantes. E, as sibilantes são surdas.

Além disso, o esforço externo inclui uma classificação quanto à aspiração, ou seja, a
quantidade de ar expirado para a produção do som, do fonema. Assim podem ser divididas
em:

• aspiradas, quando há a presença de uma contração vigorosa do diafragma com maior


expulsão do volume de ar, durante a produção do fonema. As consoantes aspiradas são as

segundas e quartas letras de cada classe, além das sibilantes e do 'ha (ह )'.

• não aspiradas, quando a quantidade de ar mobilizado não se altera. As consoantes não


aspiradas são as primeiras, terceiras e quintas letras de cada classe, além das semivogais.

Com base no exposto acima, as principais classificações do Alfabeto Sânscrito estão


reunidas nas tabelas abaixo. É importante para a correta pronúncia e para a continuidade
dos estudos que esse tópico seja bem compreendido e memorizado pelo aluno.
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ALFABETO SÂNSCRITO - Classificações


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Vogais no Começo das Palavras

प्रमत्न् पववृता्
Grupos Vogais
esforço abertas
कण््ा् अ आ
स्थानभ ् ह्रस्व दीघच
Guturais a ā Duração
curta longa
तारव्ा् इ ई
अ a
कण्ठ् (कण््ा्) आā
Palatais i ī
(संवत
ृ ्)
च मा्
भूधन् ऋ क (contraída)

Cerebrais ṛṝ
तालु (तारव्ा्) इ i ई ī
दन्त्ा् ऌ
Dentais ḷ
भूधाच च ा्)
(भूधन् ऋ ṛ क ṝ
ओष्ठ्ा् उ ऊ
Labiais uū

कण्ठतालु ए ऐ दन्ता् (दन्त्ा्) ऌ ḷ


Gutural- palatais e ai
ओष्ठौ
कण्ठोष्ठभ ् ओऔ (ओष्ठ्ा्) उ u ऊ ū
Gutural-labiais o au

ए ऐ
कण्ठतालु
e ai

कण्ठॊष्ठभ ् ओऔ

o au
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Consoantes
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ALFABETO - Outros Símbolos


Não existem outros sinais de pontuação além do ponto final, que é representado por
uma barra vertical ( I ) ao final da frase. E, também, não existe em Sânscrito a diferenciação
entre letras maiúsculas ou minúsculas.

anusvāra

Este é representado como um ponto sobre a vogal em Sânscrito — ‘ अं ’ e é

representado por 'ṁ' na transliteração. Este é um som puramente nasal; isto é, somente a

cavidade nasal está envolvida na pronúncia do som. Ele se origina de um makāra (भ)् ou um

nakāra (न).् Esse som sofre modificações dependendo das combinações fonéticas com

outras letras do alfabeto, seja dentro da construção de uma palavra ou na aproximação de

duas palavras numa sentença. Exemplo: याभं ऩश्म। rāmaṁ paśya. Por favor, olhe para

Rāma!

visarga

O visarga é um som aspirado que se origina como produto de um sakāra (स)् ou um

repha (य)् sob algumas circunstâncias que serão estudadas mais tarde nas regras de

combinação fonética. Ele é representado por dois pontos ( ्् ) e, é geralmente encontrado

ao final da palavra, precedido sempre por uma vogal. Na transliteração é usado o símbolo
'ḥ'. O som a ser pronunciado dependerá do elemento que segue o visarga, dentro da

palavra ou da sentença. Exemplo: याभ्। rāmaḥ. Rāma.


22

ardha-visarga
Existem dois ardha-visargas. Eles são modificações do visarga sob certas

circunstâncias. E, são representados como ' $ '. Veremos mais sobre eles no tópico sobre

as regas de junções fonéticas, regras de sandhi.

Observação: O anusvāra, o visarga e os ardha-visargas são todos derivados de consoantes


e, portanto, não podem ser enunciados sem a ajuda de uma vogal. Eles são precedidos por

uma vogal e a pronúncia é influenciada por ela. Por exemplo: याभ् ऩश्मपत। याभ$ऩश्मपत।

rāmaḥ paśyati. Rāma vê.

avagraha

O avagraha (ऽ) é um símbolo na Língua Sânscrita que definitivamente não

representa um som. Ele é usado somente para marcar a presença de uma vogal ‘a’ (अ) que

foi omitida, 'escondida', após a aplicação de uma regra de combinação fonética. É

representado por um apóstrofo ( ' ) na transliteração. Por exemplo: याभोऽवत।ु rāmo'vatu.

rāmo avatu.

halanta
Uma consoante pode ser escrita sem a vogal, associada a uma vogal ou a outras
consoantes.

O símbolo que marca uma consoante sem a associação com uma vogal é um
pequeno traço em diagonal, na base do símbolo da consoante. Não há representação na
transliteração para ele.

क - uma consoante seguida pela vogal a, sem alteração na grafia original da consoante.

क ् - a mesma consoante sem associação com vogal, com alteração na grafia ( क + ्् ).


23

SÍLABAS - Consoantes e Vogais Juntas


Em Sânscrito, uma 'sílaba' é considerada quando existe uma consoante (C)
associada a uma vogal (V) em qualquer um dos seus lados. Por exemplo, CV ou VC, ou
CVC.

As sílabas formadas com as vogais simples e breves, quando não seguidas por
consoantes conjuntas, formam as sílabas 'leves' (laghu). As sílabas formadas com as
vogais longas, os ditongos e as vogais curtas seguidas por consoantes conjuntas formam
as sílabas 'pesadas' (guru). Essa caracterização é importante para compreender a métrica
em que se apresentam as composições de versos em Sânscrito.

Diferente de outras línguas como o Português, em que as letras são escritas


separadamente, em uma sequência clara; em Sânscrito, os símbolos usados para a escrita
passam por algumas mudanças quando são colocados juntos. Existe uma forma definida
para representar a junção de uma consoante com uma vogal, ou com outras consoantes.

Durante a adição de qualquer vogal ou consoante à consoante original, o primeiro

passo é a remoção do traço em diagonal, que fica na base da letra (halanta - ््) - símbolo

de uma consoante desassociada, como visto anteriormente.

Consoantes seguidas por vogais — sasvara-vyañjanāni

A lista a seguir é uma apresentação geral de como cada vogal é representada em

associação com uma consoante. Aqui o exemplo utilizado é com base na consoante 'k' ( क ् ).

As mesmas regras serão aplicáveis a outras consoantes, com pequenas exceções que
veremos no futuro.

क् + अ = क Quando a vogal अ é adicionada às consoantes, ela é representada

pela remoção do traço em diagonal, que fica na base da letra (halanta - ््).
24

क ् + आ = का Quando a vogal आ é adicionada, ela é representada pela adição de

uma barra vertical, o símbolo ्ा, ao lado direito da consoante.

क ् + इ = पक Quando a vogal इ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo प्, ao lado esquerdo da consoante.

क ् + ई = की Quando a vogal ई é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ी, ao lado direito da consoante.

क ् + उ = कु Quando a vogal उ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ु à base da consoante.

क ् + ऊ = कू Quando a vogal ऊ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ू à base da consoante.

क ् + ऋ = कृ Quando a vogal ऋ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ृ à base da consoante.

क ् + क = कॄ Quando a vogal क é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ॄ à base da consoante.


25

क ् + ऌ = क्लृ Quando a vogal ऌ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ् à base da consoante.

क ् + ए = के Quando a vogal ए é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्े ao topo da consoante.

क ् + ऐ = कै Quando a vogal ऐ é adicionada ela é representada pela adição do

símbolo ्ै ao topo da consoante.

क ् + ओ = को Quando a vogal ओ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ो ao lado direito da consoante.

क ् + औ = कौ Quando a vogal औ é adicionada, ela é representada pela adição do

símbolo ्ौ ao lado direito da consoante.

Casos especiais

  रृ रॄ

   
26

Preencha os quadros abaixo...

अ आ इ ई उ ऊ ऋ क ऌ ए ऐ ओ औ अ् अं


27

अ आ इ ई उ ऊ ऋ क ऌ ए ऐ ओ औ अ् अं

य   रृ रॄ

र   रृ रॄ


28

अ आ इ ई उ ऊ ऋ क ऌ ए ऐ ओ औ अ् अं

श  

ह     ह

Consoantes Conjuntas ou Encontros Consonantais


Quando duas ou mais consoantes se juntam, sem uma vogal entre elas, formam um
conjunto chamado saṁyoga. Um conjunto pode ser formado por qualquer número de
consoantes justapostas, e qualquer consoante pode fazer parte do conjunto sem restrições.
Contudo, quando analisamos a presença dos conjuntos na Língua, vamos reconhecer que
existe apenas um número fixo de conjuntos e não encontramos mais do que cinco
elementos em cada conjunto.

Quando representamos um conjunto na escrita, certas convenções devem ser


seguidas. Algumas vezes, a consoante perde uma parte de seu corpo e se junta a
consoante seguinte. Em outras situações, a segunda consoante é escrita sob o símbolo da
precedente. E, em alguns casos, um símbolo totalmente novo é usado para representar um
determinado conjunto. Não existem regras definidas pelos gramáticos sobre a
representação escrita dos conjuntos, porém certas convenções foram estabelecidas e são
seguidas pela comunidade quanto à escrita sânscrita. Assim sendo, precisamos nos
familiarizar com as convenções de modo a facilitar o reconhecimento dos símbolos e,
consequentemente, a ser carpazes de uma boa escrita e leitura.

Primeira Regra
Em um conjunto, a letra da última consoante do conjunto, a qual é seguida por uma
vogal, é geralmente representada integralmente, isto é, sem alterações. E, a(s) letra(s)
correspondente(s) à(s) consoante(s) precedente(s) é (são) dividida(s) verticalmente em
duas metades. A porção da direita é eliminada e, a da esquerda é retida, se juntando ao
elemento seguinte.
29

Deve-se prestar atenção ao fato de que a ordem que as consoantes assumen no

conjunto representa também a ordem com que serão pronuciadas. As letras ङ्, छ ्, ट ्, ठ ्, ड ्, ढ ्

e ह ् não são submetidas a essa regra.

Segunda regra

Quando em um conjunto as consoantes ङ् , छ ्, ट ्, ठ ्, ड ्, ढ ् e ह ् se apresentam em

qualquer posição diferente da última, elas serão representadas integralmente e a próxima


consoante é posicionada abaixo de uma das letras mencionadas acima.

Terceira regra

Quando a letra य ् faz parte de um conjunto, as convenções descritas a seguir serão

seguidas.

1. Se a consoante य ् é precedida por uma consoante, isto é, é o segundo elemento do

conjunto, então será representada como um traço em diagonal no corpo da consoante que

precede. No caso das consoantes ङ्, छ ्, ट ्, ठ ्, ड ् e ढ ् , ela é representada como o símbolo do

acento circunflexo posicionado abaixo do corpo da consoante que precede. Por exemplo:

क्र, प्र, त्र, ट्र, ढ्र .

2. Se a consoante य ्é precedida por uma vogal e, ao mesmo tempo, é seguida por uma

consoante, isto é, é o primeiro elemento do conjunto, então será representada como um

gancho (  ), no topo do último elemento/consoante do conjunto, que é seguido por uma

vogal; passando por cima de todos os outros elementos que possam estar presentes entre

eles. Por exemplo: अकच , कार्ष्ण्चभ, ् कार्त्स्न्चभ .्

Os casos que não se enquadram nessas convenções serão abordados, ao longo do


tempo, durante o exercício de leitura e escrita.
30

Preencha os quadros abaixo...

Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes

 क् + ख +
् अ   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   
31

Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   
32

Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes Conjunto Componentes

   

   

   

   

   

   

   

   

   

 
33

NÚMEROS
O número 'um' é declinado apenas no singular; o 'dois', apenas no dual; e, do 'três'
em diante, no plural. Porém, todos podem ser declinados nos três gêneros.

Exemplo em Gênero Neutro:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0

१ २ ३ ४ ५ ६ ७ ८ ९ १० ०

(एक पि पत्र चतयु ् ऩङ्चन ् षष ् सप्तन ् अष्टन ् नवन ् दशन ् शून्)


एकभ ् िे त्रीपण चत्वापय ऩङ्च षट ् सप्त अष्ट नव दश शून्भ ्
ekaṁ dve trīṇi catvāri paṅca ṣaṭ sapta aṣṭa nava daśa śūnyaṁ

Exemplo do número 'um' nos três gêneros:

masculino feminino neutro

एक् एका एकभ ्


ekaḥ ekā ekaṁ

Leia esta apostila quantas vezes forem necessárias para fixar as informações.

Faça exercícios com versos da Bhagavadgita ou outros textos.

Pratique até que seja capaz de ler e escrever com fluência.

Boa Sorte!

Final do Primeiro Módulo!

् सत
ओभ तत ् ॥्

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