ELETROTÉCNICA GERAL
APOSTILA 1ªUNIDADE
PROFESSOR: LUIS REYES ROSALES MONTERO
2
5.1.2 Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .............................................................. 25
5.1.3 Memorial Descritivo ...................................................................................................... 26
5.2 Previsão de Cargas ................................................................................................................ 26
5.2.1 Iluminação ..................................................................................................................... 26
5.2.2 Tomadas ........................................................................................................................ 27
5.2.3 Levantamento da potência total de uma residência .................................................... 29
5.3 Divisão dos Circuitos da Instalação ....................................................................................... 32
5.4 Cálculo das Correntes........................................................................................................... 32
5.5 Cálculo da demanda do circuito de distribuição ................................................................... 33
5.6 Cálculo da corrente dos circuitos terminais.......................................................................... 36
5.7 Dimensionamento dos Condutores ...................................................................................... 38
5.7.1 Condutores de neutro e de proteção. .......................................................................... 40
5.7.2 Coloração dos condutores ............................................................................................ 41
5.8 Dimensionamento dos Eletrodutos ...................................................................................... 41
6 Dispositivos de Proteção ............................................................................................................... 42
6.1 Principais falhas encontradas nas instalações ...................................................................... 43
6.2 Disjuntor................................................................................................................................ 43
6.2.1 Funcionamento do Disjuntor ........................................................................................ 43
6.2.2 Tipos de disjuntores termomagnéticos ........................................................................ 44
6.2.3 Escolha da corrente nominal ........................................................................................ 44
6.3 DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surtos)........................................................................ 45
6.3.1 Instalação do DPS .......................................................................................................... 45
6.4 Disjuntor diferencial residual ................................................................................................ 46
6.4.1 Dispositivos DR - Diferencial residual ........................................................................... 46
6.4.2 Choque elétrico ............................................................................................................. 46
6.4.3 Uso obrigatório de dispositivo DR de alta sensibilidade (30mA) .................................. 47
7 Conhecendo o CAD e alguns comandos básicos ........................................................................... 47
7.1 Introdução............................................................................................................................. 48
7.2 Ambiente de Trabalho .......................................................................................................... 48
7.2.1 Home ............................................................................................................................. 49
7.2.2 Insert ............................................................................................................................. 49
7.2.3 Annotate ....................................................................................................................... 49
7.2.4 Parametric ..................................................................................................................... 49
3
7.3 Criando Bibliotecas ............................................................................................................... 50
7.3.1 Criação de um bloco...................................................................................................... 50
7.3.2 Parâmetros e Ações ...................................................................................................... 53
7.4 Aprimorando o desenho ....................................................................................................... 55
7.5 Desenhar a instalação elétrica .............................................................................................. 55
7.6 Visão geral de um projeto ..................................................................................................... 56
7.6.1 Legenda ......................................................................................................................... 56
7.6.2 Layers ............................................................................................................................ 56
7.6.3 Quadro auxiliar.............................................................................................................. 57
7.7 Criando Layouts .................................................................................................................... 57
7.7.1 Escalas de Plotagem ...................................................................................................... 58
7.7.2 Gerando arquivos de plotagem .................................................................................... 60
8 Referências.................................................................................................................................... 61
4
1 CONCEITOS BÁSICOS
Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres, que estão em constante
movimento de forma desordenada. Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma
ordenada, nos fios, é necessário ter uma força que os empurre. A esta força é dada o nome de Tensão
Elétrica e sua unidade de medida é o Volt (V).
Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão, forma
uma corrente de elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de Corrente Elétrica e sua
unidade de medida é o Ampere (I).
5
1.2 RESISTÊNCIA ELÉTRICA
A resistência elétrica é a dificuldade que a corrente elétrica encontra quando passa por um
condutor de eletricidade e tem como unidade de medida o OHM (Ω) e simbologia R. A resistência de
1Ω é a resistência que permite a passagem de 1A quando submetida a 1V. Ao aplicar-se uma tensão
U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente elétrica de intensidade I. Para a maior
parte dos condutores estas duas grandezas são diretamente proporcionais, ou seja, conforme uma
aumenta o mesmo ocorre à outra.
Desta forma:
𝑉∞𝑖
𝑉 (1)
= 𝐶𝑜𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐼
A esta constante chama-se resistência elétrica do condutor (R), que depende de fatores como
a natureza do material. Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o
condutor de ôhmico, tendo seu valor dado por:
𝑈 (2)
=𝑅
𝐼
Como dito anteriormente, alguns materiais têm características de conduzir mais corrente que
outros. Se fizemos uma analogia com canos, temos:
Figura 3-Condutor
Observando, a ilustração acima temos que o cano de seção fina se impõe mais a passagem de
agua que o cano de seção maior. Essa mesma ideia ocorre nos condutores, ou seja, a resistência do
material é inversamente proporcional a área de seção. Da mesma maneira que mostrada acima temos
que quanto maior o comprimento do cano maior a resistência, dessa maneira temos que a resistência
é proporcional ao comprimento do fio.
𝑙 (3)
𝑅 = 𝜌.
𝐴
6
1.3 1ª LEI DE OMH
A 1ª lei de Ohm estabelece que a razão entre a tensão entre dois pontos e a corrente
elétrica é constante. Essa constante é denominada de resistência elétrica.
As Leis de Kirchhoff são empregadas em circuitos elétricos mais complexos, como por
exemplo circuitos com mais de uma fonte de resistores estando em série ou em paralelo. Para
estuda-las vamos definir o que são Nós e Malhas:
7
Figura 5 - Circuito com varias malhas e nós
Analisando a figura 5, vemos que os pontos a e d são nós, mas b, c, e e f não são. Identificamos
neste circuito 3 malhas definidas pelos pontos: afed, adcb e badc.
∑ 𝑖𝑛 = 0 (4)
𝑛
∑ 𝜀𝑘 = ∑ 𝑅𝑛 𝑖𝑛 (5)
𝑘 𝑛
8
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:
Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda
a extensão do circuito. Já a diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência
deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de Ohm, assim:
𝑉1 = 𝑅1 ∗ 𝑖 (6)
𝑉2 = 𝑅2 ∗ 𝑖 (7)
𝑉3 = 𝑅3 ∗ 𝑖 (8)
𝑉4 = 𝑅4 ∗ 𝑖 (9)
Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:
𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 + ⋯ + 𝑉𝑛 (10)
𝑉 = 𝑅1 ∗ 𝑖 + 𝑅2 ∗ 𝑖 + 𝑅3 ∗ 𝑖 + … 𝑅𝑛 ∗ 𝑖 (11)
Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é
possível concluir que a resistência total é:
𝑅𝑇 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 + … 𝑅𝑛 (12)
Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:
9
Tensão (V) Se divide
Intensidade da corrente (i) Se conserva
Resistência total (R) Soma algébrica das resistências
Como mostra a Figura 9, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das
intensidades medidas sobre cada resistor, ou seja:
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 + ⋯ +𝑖𝑛 (13)
10
V V V V (14)
𝑖= + + …+
R1 R 2 R 3 Rn
E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos
concluir que a resistência total em um circuito em paralelo é dada por:
1 1 1 1 1 (15)
= + + …+
RT R1 R 2 R 3 Rn
Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão calculadas com base
no que se conhece sobre circuitos série e paralelos, e para facilitar estes cálculos pode-se reduzir ou
redesenhar os circuitos, utilizando resistores resultantes para cada parte, ou seja:
11
1.6 INDUTOR E INDUTÂNCIA
Matematicamente temos:
𝑑𝑖(𝑡) (16)
𝑢(𝑡) = 𝐿
𝑑𝑡
Onde:
té o tempo (s)
𝑄 (17)
𝐶=
Δ𝑉
Pelo Sistema Internacional de Unidades (SI), um capacitor tem a capacitância de um farad (F)
quando um coulomb de carga causa uma diferença de potencial de um volt (1V) entre as placas. O
farad é uma unidade de medida considera da muito grande para circuitos práticos, por isso, são
utilizados valores de capacitâncias expressos em microfarads (μF), nanofarads (nF) ou picofarads (pF)
12
2 CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA
Corrente Alternada é uma corrente oscilatória que varia sua magnitude no decorrer do tempo,
segundo uma lei definida. Devido aos mecanismos utilizados nas usinas de transformação de energia,
a forma mais utilizada de Corrente é a Alternada Senoidal, além do mais, possibilita o uso dos
transformadores que permitem a transmissão de energia elétrica para os centros consumidores,
Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como triangular ou
ondas quadradas. Para descrever uma Corrente Alternada Senoidal, precisamos de três parâmetros,
Amplitude, Frequência e Fase.
O valor máximo da tensão (corrente) é também chamado de “valor de pico”, Vp, e é o valor
desde zero até a máxima ou a mínima amplitude.
Chamamos de valor de pico a pico, Vpp, a diferença entre o valor máximo e o mínimo valor da
amplitude. Vpp = Vmáx – Vmin = Vp – (- Vp) = 2 Vp
13
Chamamos de valor eficaz ou RMS, Vrms, o valor obtido quando relacionamos o valor da
potência calculada por efeito Joule ou pelo valor médio.
𝑉 = 𝑉0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (20)
𝐼 = 𝐼0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (21)
Neste caso:
Podemos notar que a primeira Lei de Kirchhoff continua válida, só que na forma complexa.
14
Nos circuitos de corrente contínua, definimos como a resistência de um componente, a
relação entre a tensão e a corrente. Para os circuitos de corrente alternada, a relação entre a tensão
e corrente é chamada IMPEDÂNCIA do componente. Então:
𝑉 (22)
𝑍=
𝐼
Z é um numero complexo.
𝑉 𝑉
|𝑍| = | | = | 𝑂 |
𝐼 𝐼 𝑂
𝑉𝑜𝑙𝑡𝑠
[𝑍] =
𝐴𝑚𝑝é𝑟𝑒
Paralelo: 1 1 1 1 1 (24)
= + + +. . .
𝑍𝑒𝑞 𝑍1 𝑍2 𝑍3 𝑍𝑛
15
𝑉𝑓 = 𝑉𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (25)
𝑉𝑓 = 𝑉𝑅 = 𝑉𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (26)
𝑉 𝑉𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 𝑉0 (27)
𝐼𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 = = ⇒ 𝑍=
𝑍 𝑍 𝐼0
𝑍=𝑅 (28)
Graficamente:
Podemos observar através da figura, que o ângulo entre a tensão e a corrente é nulo, ou seja,
elas "andam" sempre juntas. Então, dizemos que para um circuito resistivo, a tensão e a corrente estão
EM FASE. Mas, nem sempre as relações entre a tensão e a corrente em circuitos de corrente alternada
ficam completamente determinadas pela resistência do circuito, elas podem também sofrer influência
de elementos que tendem a se opor a qualquer variação da intensidade da corrente ou da tensão. Esta
oposição reativa é devida aos elementos capacitivos e indutivos, que podem alterar as relações entre
tensão e corrente.
16
Quando se aplica uma tensão alternada a um capacitor com capacitância C, a carga das placas
varia com a variação da tensão, formando assim uma corrente alternada no circuito. Consideremos
um circuito capacitivo:
𝑉𝑓 = 𝑉𝐶 = 𝑉𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (30)
Mas,
𝜋
𝑖 = 𝑒𝑖2 (32)
Portanto:
𝐼 = 𝐼0 𝑒 𝑖(𝜔𝑡+𝜋/2) (33)
Onde:
𝐼0 = 𝜔𝐶𝑉0 (34)
17
A quantidade XC é chamada REATÂNCIA CAPACITIVA. Então:
1 (36)
𝑋𝑐 =
𝜔𝐶
Graficamente:
𝜋
Podemos observar através desta figura que no capacitor a corrente está adiantada de 2 em
relação à tensão.
18
A variação com o tempo da "quantidade" de campo magnético por unidade de área, isto é, o fluxo
magnético no interior deste solenoide, devido à Lei de Indução de Faraday do Eletromagnetismo, dará
origem à uma força eletromotriz no próprio elemento que tende a se opor à força eletromotriz
aplicada quando a corrente está aumentando e tende a se somar com a força eletromotriz aplicada
quando a corrente está diminuindo. Esta força eletromotriz induzida é proporcional à variação da
corrente com o tempo e a constante de proporcionalidade chamamos INDUTÂNCIA do indutor.
𝑉𝑓 = 𝑉𝐿 = 𝑉𝑜 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (38)
Então:
𝑋𝐿 = 𝜔𝐿 (42)
19
Graficamente:
3.1 CONCEITO
20
Figura 21 - Diagrama Fasorial das tensões
As amplitudes e o defasamento das fases são idênticas entre si, por isso que dizem que é
equilibrado, se não forem idênticas é chamado de Sistema Trifásico desequilibrado. Nas redes elétricas
que abastecem as cidades ou grandes cargas, observamos três fios-fase e um fio-terra ou neutro. Já
nos circuitos de iluminação, podemos usar uma, duas ou três fases mais o neutro, concluímos assim
que número de fases depende da potência da carga instalada.
Nos circuitos trifásicos, há dois tipos básicos de ligação, tanto para os geradores e
transformadores como para as cargas: são as ligações em Delta ou em Estrela.
Nesse tipo de configuração a tensão entre os terminais (os bornes) da carga é a mesma que a
existente entre as fases da rede, como ilustra a figura abaixo.'
21
Se a carga for equilibrada o módulo das correntes de fase na carga pode ser obtida
diretamente, sabendo-se as correntes de linha:
1 1 1 (43)
𝑖𝑎𝑏 = . 𝑖𝑎, 𝑖𝑏𝑐 = . 𝑖𝑏, 𝑖𝑐𝑎 = . 𝑖𝑐
√3 √3 √3
Corresponde no tipo de ligação trifásica onde se junta, em um único nó, um terminal de cada
enrolamento. Como pode ser visto na Fig. 23, a grande vantagem desse sistema é que temos duas
tensões diferentes, podendo ligar portanto cargas de comportamento (potência) diferentes, por
exemplo, motores ou lâmpadas.
Nesse tipo de configuração e se a carga for equilibrada, a corrente de linha é igual à corrente
de fase e a intensidade da tensão de fase pode ser obtida a partir da tensão de linha, da seguinte
forma:
22
4 FATOR DE POTÊNCIA
A maioria das cargas das unidades consumidores consome energia reativa indutiva, tais como:
motores, transformadores, reatores para lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros. As
cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu funcionamento, por isso sua
operação requer dois tipos de potência:
Potência Ativa: potência que efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc. É
medida em KW.
Potencia Reativa: potência usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das
cargas indutivas. É medida em Kvar.
Potencia Ativa é sempre consumida na execução de trabalho, a potência reativa, além de não
produzir trabalho, circula entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um espaço no sistema
elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia ativa.
O fator de potência é a razão entre a potência ativa e a potência aparente. Ele indica a eficiência
do uso da energia. Um alto fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente, um fator de
potência baixo indica baixa eficiência energética. Um triângulo retângulo é frequentemente utilizado
para representar as relações entre KW, KVAr e KVA, conforme a figura 25.
23
Figura 25 - Triângulo de Potência
𝐾𝑊 (45)
𝐹𝑃 = = cos(𝜑)
𝐾𝑉𝐴
A correção do fator de potência tem como principal objetivo a especificação da potência reativa
necessária para a elevação do fator de potência, de forma a evitar a ocorrência de cobrança pela
concessionária dos valores referentes aos excedentes de demanda reativa e de consumo reativo e a
24
obter os benefícios adicionais em termos de redução de perdas e de melhoria do perfil de tensão da
rede elétrica.
Uma forma econômica e racional de se obter a energia reativa necessária para a operação
adequada dos equipamentos é a instalação dos capacitores próximos desses equipamentos (no caso
de um FP indutivo). A instalação de capacitores, porém, deve ser precedida de medidas operacionais
que levem à diminuição da necessidade de energia reativa, como o desligamento de motores e outras
cargas indutivas ociosas ou superdimensionadas.
5 PROJETO RESIDENCIAL
5.1 OBJETIVO
De acordo com o item 4.1.1 da NDU 001, a representação do projeto elétrico da instalação deve
ser constituída dos seguintes documentos:
25
Como mencionado acima um dos documentos necessários para a conclusão do projeto é o ART
no qual pode ser encontrado no site da disciplina (sexta aula) ou em anexo. É necessário o
preenchimento do mesmo com o nome, número de registro do CREA e assinatura do engenheiro ou
técnico responsável, bem como a assinatura do proprietário da obra.
No memorial descritivo deve ser exposto a localização e resumo das cargas instaladas, bem
como a demanda e o dimensionamento de condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção.
Para determinar a potência total prevista para a instalação elétrica, é preciso realizara previsão
de cargas. E isso se faz com o levantamento das potências (cargas) de iluminação e de tomadas a serem
instaladas.
5.2.1 Iluminação
Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;
Nas áreas externas, a determinação da quantidade de pontos de luz fica a critério do
instalador;
Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60 cm do limite do box ou da
banheira, para evitar o risco de acidentes com choques elétricos.
Exemplo:
Área da sala: 4 m x 4 m = 16 𝑚2
26
Seguindo os critérios anteriores, a área pode ser dividida e a potência de iluminação atribuída
da seguinte maneira:
Tabela 2
Total
Área da sala (𝒎𝟐 ) 6 4 4 2 16
Potência atribuída (VA) 100 60 60 0 220
Atenção:
A norma ABNT NBR 5410 não estabelece critérios de
iluminação de áreas externas em residências, ficando
a decisão por contado projetista.
5.2.2 Tomadas
Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de tomadas de uso geral (TUG):
Tabela 3
27
Demais dependências Qualquer 1 ponto de 100 Quando a área do
tomada para cada cômodo ou da
5 m, ou fração dependência só for
de perímetro, se a área igualou inferior a 2,25
da m2,
dependência admite-se que esse
for superior a ponto seja posicionado
6 m2, devendo externamente ao
esses pontos ser cômodo
espaçados tão ou à dependência, no
uniformemente máximo a 80 cm da
quanto possível porta de acesso
De acordo com a NBR 5410, devem obrigatoriamente possuir circuitos exclusivos todos os
equipamentos que solicitam corrente igual ou superior a 10 amperes, e os circuitos terminais
que alimentam equipamentos de força motriz, como por exemplo, os aparelhos de ar-
condicionado;
28
Tabela 4- Potência média dos aparelhos
Observação2: Veja uma lista mais completa na NDU 001 (Tabela 01).
29
Figura 27 – Planta baixa da Residência-modelo
30
Tabela 5- Cálculo de áreas de perímetros da residência
Dependência Dimensões
Área (m²) Perímetro (m)
Sala 4 x 4 = 16 4 + 4 + 4 + 4 = 16
Dormitório 4 x 4 = 16 4 + 4 + 4 + 4 = 16
Cozinha 3 x 4,25 = 12,75 3 + 3 + 4,25 + 4,25 = 14,5
Área de serviço 4x2=8 4 + 4 +2 + 2 = 12
Banheiro 2x3=6 2 + 2 + 3 + 3 = 10
Corredor (4 + 0,25 ) x 2 = 8,5 (4 + 0,25 )+(4 +
0,25 )+2+2=12,5
Tabela 6 - Previsão de cargas
No caso de alguns aparelhos, como o chuveiro e a torneira elétrica, a potência ativa já é fornecida,
podemos utilizá-la diretamente no cálculo da potência total.
Primeiro passo: Calcule a potência ativa de iluminação e dos pontos de tomada a partir da
potência aparente, utilizando o fator de potência.
Tomadas
31
Iluminação
Potência ativa de iluminação + Potência ativas dos pontos de tomada + Potência ativa dos
circuitos independentes = Potência ativa total
A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a
manutenção e reduz a interferência entre pontos de luz e tomada de diferentes áreas. Conforme as
recomendações da norma ABNT NBR 5410, a previsão dos circuitos terminais deve ser feita da seguinte
maneira:
Os circuitos de iluminação devem ser separados dos circuitos de pontos de tomadas e dos
circuitos independentes (4.2.5.5);
Todos os pontos de tomada de cozinhas, copas, copas cozinhas, áreas de serviço, lavanderias
e locais semelhantes devem ser atendidos por circuitos exclusivos (9.5.3.2);
Todo ponto de utilização previsto para alimentar equipamento com corrente nominal superior
a 10 A, de modo exclusivo ou ocasional, deve constituir um circuito independente.
Por que calcular Ic e Ib? Quando vários fios são agrupados em um mesmo eletroduto, eles se
aquecem, e o risco de um curto-circuito ou princípio de incêndio aumenta. Para que isso não ocorra,
32
e necessário utilizar fios ou cabos de maior seção (bitola), para diminuir os efeitos desse aquecimento.
Então a corrente Ic e corrigida através do fator de agrupamento (f) que é encontrado na tabela 45 da
norma NBR 5410, resultando em uma corrente maior Ib, que é utilizada para determinar a seção
(bitola) dos condutores.
Onde:
33
d7(kVA) = Demanda de máquinas de solda a transformador e aparelhos de raio X, calculadas
conforme tabela 11 da NDU 001.
Primeiro passo: some os valores das potencias ativas de iluminação e dos pontos de tomada.
O resultado é a potência instalada.
Figura 27 - Tabela 02 da NDU 001 (Fatores de demanda para iluminação e pequenos aparelhos)
Como os 5.300 W de potência instalada estão na faixa entre 5.001 e 6.000 W, o fator de
demanda a ser utilizado e 0,45.
34
Terceiro passo: em seguida, some as potencias instaladas dos circuitos independentes – no
nosso exemplo, são os circuitos para o chuveiro e a torneira elétrica – e multiplique o resultado pelo
fator de demanda correspondente. O fator de demanda dos circuitos independentes é obtido em
função do número de aparelhos previstos no projeto (Tabelas de 03 a 08 da NDU 001).
Quarto passo: some os valores das demandas máximas de iluminação, pontos de tomada e
circuitos independentes.
35
Quinto passo: esse valor (8.325 W) corresponde a potência ativa instalada no circuito de
distribuição. Na tabela 14 da NDU 001, utilizando esse valor, encontraremos as bitolas dos condutores,
eletrodutos e demais informações para a entrada de energisa da residência.
Obedecendo aos critérios estabelecidos pela norma ABNT NBR 5410, o projeto deve possuir,
no mínimo, quatro circuitos terminais:
um para iluminação;
um para os pontos de tomada;
dois para os circuitos independentes (chuveiro e torneira elétrica).
36
Circuitos de iluminação: optou-se por dividir as cargas de iluminação em dois circuitos, mesmo
sendo pequena a potencia de cada um, pois, em caso de defeito ou manutenção, não é necessário
desligar toda a iluminação.
Circuitos de pontos de tomada: optou-se por dividir as cargas dos pontos de tomadas em três
circuitos, para não misturar no mesmo circuito os pontos de tomada da cozinha, da área de serviço,
do corredor e do banheiro com os pontos de tomada da sala e do dormitório, conforme a
recomendação 9.5.3.2 da norma ABNT NBR 5410.
Tabela 8
37
4 220 Área de serviço, 3 x 600 2.800 12,7 A
corredor e banheiro 1 x 100
3 x 100
1 x 600
5 220 Sala e dormitório 4 x 100 800 3,6 A
4 x 100
6 220 Torneira elétrica 1 x 3.500 3.500 15,9 A
7 220 Chuveiro 1 x 4.400 4.400 20 A
220 Circuito entre o 8.325 W 38 A
quadro de medição e (calculo
o quadro de na pag.
distribuição 32)
Atenção: as potências aparentes do chuveiro e da torneira podem ser consideradas iguais as
suas respectivas potências ativas. Como as lâmpadas incandescentes, elas possuem apenas carga
resistiva, e, portanto, o fator de potência utilizado e igual a 1,00.
Para encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em cada circuito,
utilizaremos a tabela 11 (baseada na tabela de tipos de linhas elétricas da norma ABNT NBR 5410),
onde encontramos o método de referência das principais formas de se instalar fios e cabos em uma
residência.
Em nosso exemplo do circuito 1, supondo que o teto seja de laje e que os eletrodutos serão
embutidos nela, podemos utilizar “condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção
circular embutido em alvenaria”. E o segundo esquema na tabela. Seu método de referência é B1. Se
em vez de laje o teto fosse um forro de madeira ou gesso, utilizaríamos o quarto esquema, e o método
de referência mudaria.
38
Figura 31- Tabela 33 da NBR 5410
Após determinar o método de referência, escolhe-se a bitola do cabo ou do fio que serão
utilizados na instalação. A quantidade de condutores carregados no circuito (fases e neutro) também
influencia a escolha. No exemplo do circuito 1, ha dois condutores carregados (uma fase e um neutro).
Conforme a tabela 8, sua corrente 2.9 A, e o método de referência que devemos utilizar e B1. Portanto,
de acordo com a tabela 9, a seguir, a seção (bitola) mínima do condutor deve ser 0,5 mm2 .
39
Figura 32 - Tabela 34 da NBR 5410
Sendo assim podemos calcular a bitola dos condutores de todos os circuitos terminais da
residência, levando em consideração que a norma ABNT NBR 5410 determina seções mínimas para os
condutores de acordo com a sua utilização. Para iluminação a seção mínima é de 1,5 mm² e para força
(tomadas) é de 2,5 mm².
Tabela 9
40
Tabela 10 – Tabela 48 da Norma ABNT NBR 5410
Condutor de proteção: em circuitos em que a seção obtida seja igual ou maior que 25 mm2, a
seção do condutor de proteção poderá ser como indicada na tabela 58 da norma ABNT NBR 5410:
De acordo com a norma ABNT NBR 5410, os condutores deverão ter as colorações abaixo.
Com as seções dos fios e dos cabos de todos os circuitos já dimensionadas, o próximo passo e
o dimensionamento dos eletrodutos. O tamanho nominal e o diâmetro externo do eletroduto
expresso em mm, padronizado por norma. Esse diâmetro deve permitir a passagem fácil dos
condutores. Por isso, recomenda-se que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil dos
41
eletrodutos. Proceda da seguinte maneira em cada trecho da instalação:
6 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
42
6.1 PRINCIPAIS FALHAS ENCONTRADAS NAS INSTALAÇÕES
Fuga de corrente: por problemas na isolação dos fios, a corrente “foge” do circuito e pode ir
para a terra (através do fio terra). Quando o fio terra não existe, a corrente fica na carcaça dos
equipamentos (eletrodomésticos), causando o choque elétrico.
Sobrecarga: é quando a corrente elétrica é maior do que aquela que os fios e cabos suportam.
Ocorre quando ligamos muitos aparelhos ao mesmo tempo. Os fios são danificados pelo
aquecimento elevado.
Curto-circuito: é causado pela união de dois ou mais potenciais (por ex.: fase-neutro/fase-
fase), criando um caminho sem resistência, provocando aquecimento elevado e danificando a
isolação dos fios e cabos, devido aos altos valores que a corrente elétrica atinge nessa situação.
Sobretensão: é uma tensão que varia em função do tempo, ela varia entre fase e neutro ou
entre fases, cujo valor é superior ao máximo de um sistema convencional. Essa sobretensao
pode ter origem interna ou externa.
Externa: descargas atmosféricas
Interna: curto-circuito,falta de fase, manobra de disjuntores etc.
6.2 DISJUNTOR
Disjuntores são dispositivos utilizados para comando e proteção dos circuitos contra
sobrecarga e curtos-circuitos nas instalações elétricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do
circuito. Quando ocorre uma sobrecorrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o
disjuntor e desligado automaticamente. Ele também pode ser desligado manualmente para a
realização de um serviço de manutenção. Os disjuntores para instalações domesticas devem atender
a norma ABNT NBR NM 60898.Para os disjuntores que atendam a esta norma, ela determina que
devem atuar com correntes nominais de até 125A com uma capacidade de curto-circuito de até
25.000A com tensão até 440V.
43
pequena sobrecarga de longa duração, o rele bimetálico atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo
o circuito. No caso de haver um curto-circuito, o magnético e quem atua sobre o mecanismo de disparo,
abrindo o circuito instantaneamente. Um curto-circuito pode ser definido como uma elevação brusca
da carga de um circuito.
Correntes nominais: a norma ABNT NBR NM 60898 define a corrente nominal (In) como a
corrente que o disjuntor pode suportar ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de
referência, normalmente 30° C. Os valores preferenciais de In indicados pela norma ABNT NBR IEC
60898 são: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125A.
A corrente nominal (In) deve ser maior ou igual a corrente de projeto do circuito e menor ou
igual a corrente que o condutor suporta. Sendo assim o disjuntor protege tanto o circuito como o
condutor.
𝑰𝒃 ≤ 𝑰𝒏 ≤ 𝑰𝒛
Tomando como exemplo um circuito em que a medida da corrente de projeto seja Ib=29A e
que nesse circuito a bitola do condutor seja de 4mm², tendo em vista que esse condutor vai suportar
uma corrente de até 32A sem danificar o circuito, temos que:
𝟐𝟗 ≤ 𝑰𝒏 ≤ 𝟑𝟐
44
Logo, o nosso disjuntor deve ser dimensionado nesse intervalo de valores, e de acordo com a
norma ABNT NBR IEC 60898 que indica os valores de In que são: 6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80,
100 e 125A. O disjuntor a ser utilizado neste caso será o de 32A.
A norma ABNT NBR NM 60898 define, para atuação instantânea do disjuntor, as curvas B, C e
D:
O disjuntor deve trazer essa informação gravada no produto. A indicação e feita com a letra
definidora da curva de atuação, seguida do valor da corrente nominal. Assim, por exemplo, uma
marcação C10 significa que o disjuntor e tipo C (ou curva C) e sua corrente nominal e 10A e a
capacidade de interrupção dada em milhares de Amperes (kA), por exemplo, uma marcação 6000
significa que a capacidade de interrupção do disjuntor e 6000 A ou 6kA.
Os dispositivos de proteção contra surtos (DPS) são destinados a proteção das instalações
elétricas e dos equipamentos elétricos e eletrônicos contra os efeitos diretos e indiretos causados
pelas descargas atmosféricas. São conhecidos por limitar e eliminar as descargas atmosféricas. O DPS
protege a instalação elétrica e seus componentes contra as sobretensoes provocadas diretamente
pela queda de raios na edificação ou na instalação ou provocadas indiretamente pela queda de raios
nas proximidades do local. Em alguns casos, as sobretensoes podem também ser provocadas por
ligamentos ou desligamentos que acontecem nas redes de distribuição da concessionária de energia
elétrica. As sobretensoes são responsáveis, em muitos casos, pela queima de equipamentos
eletroeletrônicos e eletrodomésticos, particularmente aqueles mais sensíveis, tais como
computadores, impressoras, scanners, TVs, aparelhos de DVDs, fax, secretarias eletrônicas, telefones
sem fio, etc.
45
Onde o local e mais propenso a descargas atmosféricas, escolher um DPS com maior
intensidade,
Quando o local e propenso a poucas descargas atmosféricas, escolher um DPS com
menor intensidade.
No mercado, as intensidades mais utilizadas são: 8 kA, 20 kA, 40 kA e 65 kA. Nas instalações
residenciais, onde o condutor neutro e aterrado no padrão de entrada da edificação, os DPS são
ligados entre os condutores de fase e a barra de aterramento do quadro de distribuição.
É o contato acidental, seja por falha de isolamento, por ruptura ou remoção indevida de partes
isolantes: ou, então, por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte elétrica normalmente
energizada (parte viva).
46
É o contato entre uma pessoa e uma parte metálica de uma instalação ou componente,
normalmente sem tensão, mas que pode ficar energizada por falha de isolamento ou por uma falha
interna. Em condições normais, a corrente que entra no circuito é igual a que sai. Quando acontece
uma falha no circuito, gerando fuga de corrente, a corrente de saída é menor que a corrente de
entrada, pois uma parte desta se perdeu na falha de isolação. O dispositivo DR é capaz de detectar
qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente desligado. Como o
desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum problema físico grave decorrente do choque
elétrico, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura.
Segundo a norma ABNT NBR 5410, o uso do DR de alta sensibilidade é obrigatório nos
seguintes casos:
Admite-se a exclusão de pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a uma altura
igual ou superior a 2,5 m.
47
7.1 INTRODUÇÃO
Essa apostila será um utilitário para de forma rápida começarmos a desenhar no Autocad com
algumas ferramentas básicas suficientes para se fazer o desenho de uma planta ou instalação elétrica,
que é o objetivo da disciplina.
Letra A de AutoCAD: atalho para as principais opções AutoCAD: New, Open, Save, Save
as, Export, Publish, Print, Drawing utilities, Close.
Barra de acesso rápido: barra com atalhos para acesso rápido do AutoCAD.
Workspace: menu de acesso aos tipos de Wokspace do AutoCAD 2013.
Barra de Menu: barra que contém os principais menus do AutoCAD.
Panels / Toolbars: menus com os principais atalhos para determinada atividade de
cada menu principal.
Área gráfica: área de trabalho para o usuário realizar os desenhos.
ZOOM: principais atalhos de zoom e de visualização da área gráfica.
Eixo de Referência: eixo principal de referência das coordenadas nos eixos X, Y e Z (3D).
Linha do comando: local de inserção dos comandos a serem realizados.
Janelas gráficas: janelas de inserção (Model) ou visualização (Layouts) do desenho.
Barra de Status: barra que contém os comandos de precisão e as principais
configurações do AutoCAD 2013.
48
7.2.1 Home
7.2.2 Insert
Menu com ferramentas de blocos, arquivos de referência, arquivos de sistemas “nuvem” etc.
7.2.3 Annotate
Menu com ferramentas de texto, dimensão, linhas de chamadas, tabelas, escalas anotativas
etc.
7.2.4 Parametric
49
Menu com ferramentas de projetos paramétricos.
Primeiramente, deve-se desenhar os traços que farão parte do seu bloco, Fig. 39.
Em seguida, selecione todos os traços do seu desenho e clique em Write Block, Fig. 40, Menu
Insert e Panel Block Definition, ou então digite wblock, ou simplesmente ‘w’ e aperte Enter.
50
Com isso, a tela da Fig. 41 aparecerá.
Pronto, o seu bloco está criado. Caso deseje editar algum bloco depois de criado, basta dar
dois cliques no bloco e, na janela que abrir, Fig. 42, selecionar o bloco desejado ou clicar em Block
Editor, mostrado anteriormente na Fig. 40.
51
Figura 42 - Edit block definition
52
7.3.2 Parâmetros e Ações
Alguns blocos, ao serem inseridos, necessitam passar por determinadas alterações de posição,
como pontos de tomada sendo rotacionados ou espelhados. De forma a agilizar essas ações, pode-se
inserir parâmetros e ações na criação do bloco. Primeiro, criaremos um bloco chamado Tomadas, Fig.
43.
Em seguida, deve-se entrar no Block Editor, como explicado anteriormente. Serão utilizadas as
ferramentas da aba Palettes, ela aparece automaticamente ao se acessar o Block Editor, Fig. 43.
53
Primeiro, deve-se inserir o parâmetro, seguido da ação. Ao selecionar a aba Parameters, faça
os passos a seguir para inserir um parâmetro de rotação no seu bloco.
Ao inserir o parâmetro, surge um ponto de exclamação no seu bloco. Isso indica que foi criado
um parâmetro e que falta inserir uma ação. Selecionando a opção Action na aba Palletes, siga as
seguintes ações para inserir a ação de rotação no seu bloco.
Ao final, a ação terá sido inserida com sucesso. Faça o mesmo para o parâmetro de
espelhamento, Flip, Fig. 46.
54
Figura 46 - Bloco com ação
Com o bloco finalizado, insira-o no projeto criado. Note que, ao selecionar o bloco, surgiram
pontos em azul, semelhantes aos da Fig. 46. São as ações inseridas. O círculo representa a rotação,
bastando clicar e arrastar formando um arco. A seta representa o espelhamento, bastando clicar para
espelhar o bloco.
Colocar objetos:
Para escrever:
55
Com a planta baixa desenhada, o próximo passo é fazer a instalação elétrica com base nas
normas:
Figura 47 - Legendas
7.6.2 Layers
56
Figura 48 - Layers
57
7.7.1 Escalas de Plotagem
Com isso, depois de definir a escala que você deseja utilizar, clique em Scale List, Fig. 50, que
fica em Annotation Scaling do menu Annotate.
Com isso, selecione a escala que você deseja utilizar e clique em Edit, Fig. 52.
58
Figura 52 - Edit Scale
Em Paper units, digite o fator de referência que você está utilizando. Na tela de Layout,
selecione a viewport da qual você deseja modificar a escala, insira o comando Zoom e depois digite a
escala desejada.
Para entender melhor o que significa cada valor e saber qual escala utilizar, pense de acordo
com o seguinte exemplo:
O seu desenho tem um tamanho total de 10 m, com isso, seu fator de referência
será F.R. = 1000.
Na plotagem, esse desenho deve ter um tamanho igual a 100 mm reais.
Sua relação de escala então é 100 para 10.
comando a ser executado deve ser zoom seguido de 100/10xp.
Como seu fator de referência é 1000, sua relação de escala passa a ser 1000 para
100, ou seja, escala 1:100
Caso sua unidade de trabalho esteja em milímetros, sua escala é de expansão, com isso,
aconteceria da seguinte forma:
O seu desenho tem um tamanho total de 10 mm, com isso, seu fator de referência
serpa F.R. = 1.
Na plotagem, esse desenho deve ter um tamanho igual a 100 mm reais.
Sua relação de escala então é 100 para 10.
comando a ser executado deve ser zoom seguido de 100/10xp.
Como seu fator de referência é 1, sua relação de escala passa a ser 10 para 1, ou
seja, escala 10:1
Note que nos dois casos, o comando de zoom inserido foi o mesmo, pelo fato de a aba Model
ser adimensional, no entanto o nome da escala designada é diferente de acordo com o F.R. definido.
59
7.7.2 Gerando arquivos de plotagem
Para realizar as configurações de plotagem, deve-se usar o menu Plot, que é aberto acessando
o menu inicial do AutoCAD, opção Print e clicando em Plot. Temos, então, a janela da Fig. 53.
O campo Page Setup permite que, após configurar os parâmetros de impressão, estes
parâmetros sejam salvos.
O campo Plot area permite configurar a área específica de impressão. Há três especificações:
60
Window: permite a seleção da área a ser impressa.
O camrpo Plot Offset localiza em relação aos eixos X e Y da área a ser impressa em relação à
folha, sendo a opção Center Plot útil caso se deseje centralizar o desenho no centro da folha.
O campo Plot Style Table permite configurar cores, espessuras dentre várias outras partes da
impressão do desenho.
8 REFERÊNCIAS
Montero, R. R. L. (2014). Eletrotécnica Geral. Campina Grande.
Schneider Electric. (s.d.). Manual e Catálogo do Eletricista - Guia prático para instalações residenciais
e prediais.
61