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da Administração
António Albano B. Moreira
Curitiba
2013
Ficha Catalográfica elaborada pela Fael. Bibliotecária – Cassiana Souza CRB9/1501
EDITORA FAEL
Gerente Editorial Denise Gassenferth
Projeto Gráfico Sandro Niemicz
Edição Jaqueline Nascimento
Revisão Monique Gonçalves
Diagramação Karlla Cristyne Plaviak
Iconografia Sandra Lopis
Capa Sandro Niemicz
Foto da Capa Minerva Studio
Dedicatória
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Apresentação
– 7 –
Sumário
Prefácio | 11
Referências | 245
Prefácio
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1
Introdução à
Teoria Geral da
Administração (TGA)
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Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA)
por atingir os objetivos dos grupos sob sua responsabilidade e, portanto, estão
presentes em todas as organizações, tendo em vista que são um conjunto orga-
nizado de recursos humanos, físicos e monetários, trabalhando organizados
por meio de um sistema de processos funcionais, valores, políticas, cultura e
práticas, para um objetivo comum.
É a partir do trabalho do gestor, transformando conhecimento em
ganhos, que a organização chega aos seus objetivos. O mundo atual, carac-
terizado pela necessidade constante por melhores resultados exigidos às
organizações, sejam elas públicas, privadas ou de caráter social, leva à pres-
são por uma constante melhoria dos processos organizacionais e da pro-
dutividade aos seus gestores. O esforço em atingir esses resultados não é
o foco da gestão, mas, sim, o resultado alcançado mediante este esforço
(NOBREGA, 2004).
Caracteriza-se, então, o papel do administrador, ou gestor, como pode
ser denominado, como a busca constante pela melhoria na produtividade e
nos resultados das suas organizações ou setores de uma organização, por meio
da otimização da utilização de todos os recursos e processos colocados à sua
disposição no alcance dos objetivos propostos. Dessa forma geral, verificamos
que a presença de um administrador ou gestor se faz necessária em qualquer
tipo de organização, organismo ou grupo social definido com um objetivo
comum estabelecido.
Por isso enfatizamos a importância do estudo dos princípios e fundamen-
tos históricos não só para entender o passado, mas, também, para a aplicação
de tais elementos, garantindo, assim, resultados semelhantes (NOBREGA,
2004). Sabemos que os princípios básicos de uma ciência são estes: mesmas
condições, mesmos processos, mesmos componentes darão o mesmo resul-
tado, sob as mesmas condições ambientais.
Sob esse enfoque amplo, descrito anteriormente, o papel do adminis-
trador adquire importância dentro das empresas, já que é dele que se espera
o planejamento das estratégias e das ações empresariais, o acompanhamento
diário dessas ações estabelecidas e quanto elas estão contribuindo para os
objetivos propostos, a gestão dos recursos financeiros nas suas especificida-
des dos recebimentos, pagamentos, financiamentos e aplicações dos recursos
materiais, envolvendo máquinas, equipamentos, edifícios e matérias-primas e
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Teoria Geral da Administração
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Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA)
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Teoria Geral da Administração
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Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA)
Saiba mais
Henry Mintzberg, norte-americano, nascido em 2 de
setembro de 1939, é Ph.D em Administração. É autor e
acadêmico referência na Administração com vários estu-
dos e livros relacionados às funções de gerência, admi-
nistração e análises sobre as funções dessa área.
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Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA)
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Teoria Geral da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Introdução à Teoria Geral da Administração (TGA)
Síntese
Mesmo que tenham evoluído ao longo da história do homem em socie-
dade, os princípios, fundamentos e conceitos básicos da Administração sem-
pre estiveram presentes e exerceram influência sobre a sobrevivência e sucesso
das organizações. Em parte ou na sua totalidade, as funções administrativas de
prever, planejar, organizar, controlar e avaliar estiveram e ainda estão presen-
tes na atividade do administrador. Essas funções, bem como as competências
básicas necessárias relativas aos conhecimentos exigidos ao cargo, as habilida-
des em transformar esses conhecimentos em prática, o comportamento deter-
minado em melhorar e inovar, mais os dez papéis exigidos ao administrador
catalogados por Mintzberg nas categorias de papéis da interpessoalidade, da
relação informacional e da relativa às tomadas de decisão, são fundamentais a
todas as organizações lucrativas ou não lucrativas, para que atinjam os resul-
tados pretendidos mediante eficaz utilização de todos os recursos disponibili-
zados ao administrador.
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2
Visão clássica da
Administração
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
Reflita
Quando são apontados os problemas existentes nas
empresas e, mais especificamente, nas indústrias do iní-
cio do século passado e que levaram à criação da Ciên-
cia da Administração, podemos pensar que esse tipo
de problema não existe nas organizações atuais. O que
observamos, contudo, é muitas pequenas e microempre-
sas – e algumas médias até – viverem ambientes com a
configuração de problemas semelhantes aos encontrados
por Taylor e seus pares. Já que se estabeleceram alguns
princípios, naquela época, para resolver tais problemas,
por que não utilizar as mesmas soluções propostas por
Taylor nas empresas atuais para solucioná-los?
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
Segunda fase
Terceira fase
problema dos escopo, da dos princípios.
salários. tarefa para a ÙÙProposição
ÙÙEstudo sistemá- administração. de divisão de
tico do tempo. ÙÙDefinição de autoridade e
ÙÙDefinição de princípios de responsabilida-
tempos padrão. administração des dentro da
do trabalho. empresa.
ÙÙSistema de
administração ÙÙDistinção
de tarefas. entre técnicas e
princípios.
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Teoria Geral da Administração
Reflita
Será que hoje esses princípios já estão solidificados e
amplamente aplicados em todos os ambientes fabris, das
micro e pequenas empresas às grandes?
Não estariam, aqui, os primórdios das nossas normas de
produção com qualidade?
Para além desses quatro princípios mais importantes outros foram esta-
belecidos e que ou eram essenciais aos quatro principais ou eram sua decor-
rência, de forma mais detalhada.
1. Decompor todas as atividades a serem exercidas pelos operários nas
suas mais elementares operações, sua análise, estudo e medição dos
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
Dica de filme
Para entender melhor o ambiente em que se vivia na
época da implantação dos princípios da Administra-
ção Científica, indicamos filme Tempos modernos, de
Charlie Chaplin, no YouTube, no link: <http://youtu.
be/D_kpovzYBT8>. Observe que um filme produzido
em 1936 mantém-se atual, confrontando-nos com uma
comparação encontrada em algumas empresas, já logo
na abertura. Algumas das situações apresentadas e ridi-
cularizadas estão presentes nas observações críticas das
posições contrárias aos postulados da Administração
Científica.
TEMPOS modernos. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=D_kpovzYBT8&feature=youtu.
be>. Acesso em: 11 jul. 2012.
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Outras funções
não administrativas
Mais baixos
Proporcionalidade da função administrativa
nos diferentes níveis hierárquicos da empresa
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
10. Ordem: um lugar para cada pessoa e cada pessoa no seu lugar.
Igualmente para os recursos materiais.
11. Equidade: tratamento de forma idêntica a todos, com benevo-
lência e justiça sem deixar de aplicar a energia e o rigor quando
necessário.
12. Estabilidade do pessoal: a manutenção das equipes promove seu
desenvolvimento e gera maior eficiência, ao contrário dos impactos
negativos da rotatividade.
13. Iniciativa: promoção do aumento do zelo e das atividade dos agen-
tes e fazê-los ter iniciativas que assegurem o sucesso do planejado,
dentro dos limites da autoridade e disciplina.
14. Espírito de equipe: desenvolvimento e manutenção da harmonia
e união entre as pessoas da organização, incentivá-las a manter este
espírito.
Esses princípios foram a base para a criação da Teoria Clássica da Admi-
nistração. Da mesma forma como foram lançados os princípios da Adminis-
tração Científica, aqui também sobressaem os enfoques normativos e prescri-
tivos, indicando ao administrador como deve se comportar e atuar.
Sugestão de leitura
Sugerimos uma pesquisa sobre os fundamentos e
princípios atuais de excelência da gestão no site da
Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), disponível
em: <http://www.fnq.org.br/site/377/default.aspx>
(FNQ, 2012b). A partir dessa leitura, será possível
verificar a atualidade de alguns dos princípios estabe-
lecidos por Fayol.
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Visão clássica da Administração
Administração
Ênfase tarefas
Científica
Abordagem
clássica
Teoria
Ênfase estruturas
Clássica
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Visão clássica da Administração
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Visão clássica da Administração
das suas áreas de especialização, como poderiam conduzir suas ações no que
tange ao assunto específico de conhecimento do staff.
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
Operação 1
Operação 2
Operação 3
Programado Tempo
Realizado
Fonte: adaptado de Silva (2005, p. 127).
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Teoria Geral da Administração
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Visão clássica da Administração
sua famosa frase: “Todos podem ter o carro da cor que quiserem, desde que
o carro seja preto”.
Ciente da importância do consumo em massa, agilizou a produção em
massa, em série e em uma cadeia contínua. Criou, assim, alguns conceitos de
fabricação para agilizar a produção, reduzir os custos e o tempo de produção.
ÙÙ Integração vertical e horizontal: produção integrada da maté-ria-
prima ao produto final acabado (integração vertical) e instalação de
uma rede de distribuição imensa (integração horizontal).
ÙÙ Padronização: iniciando a utilização da linha de montagem e a
padronização do equipamento utilizado, obtinha-se agilidade e
redução nos custos. Em contrapartida, a flexibilização do produto
era prejudicada.
ÙÙ Economicidade: redução dos estoques e agilização da produção.
Seus princípios de trabalho denotavam a visão prática que Ford tinha.
Ele orientava sua visão pela produtividade (a máxima produção em um perí-
odo), pela intensificação (giro de capital com sua mínima imobilização) e pela
economicidade (mínimo de matéria-prima).
Ford foi tão bem-sucedido na aplicação dos seus princípios e ideias que
criou a primeira linha de montagem, em 1913, com a produtividade de um
carro a cada 84 minutos. Seu sistema de trabalho em linha de montagem, por
meio de fabricação em série, objetivava:
ÙÙ minimizar os movimentos dos operários para ganhar tempo;
ÙÙ eliminar os movimentos desnecessários das ações dos trabalhadores;
ÙÙ racionalizar o trabalho visando alcançar economias de escala, redu-
zindo custos de produção de um único modelo de automóvel;
ÙÙ adaptar os movimentos do operário e a sua eficiência à velocidade
da linha de montagem;
ÙÙ o material a ser produzido é que se movimenta e ia até o operário,
reduzindo, assim, os tempos perdidos entre as operações.
O sistema de Ford teve a importante função social de democratizar o
consumo do automóvel. O objetivo era produzir um ford em um tempo redu-
zido para colocá-lo no mercado no menor prazo, o que conseguiu com êxito.
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Visão clássica da Administração
Síntese
No início do século XX, o ambiente vivido nas indústrias era de
grande desorganização, descontentamento e falta de uniformidade na pro-
dução. A partir dos estudos de Taylor em relação à busca da melhoria
da eficiência por meio da divisão do trabalho, do estudo dos tempos e
movimentos, da padronização de equipamentos e ferramentas, da seleção
criteriosa dos operários e treinamentos específicos para as funções e da
supervisão e planejamento, a Administração começou a ter método cien-
tífico e as empresas puderam se beneficiar dos princípios propostos por
Taylor e seus seguidores.
Destes, o que mais revolucionou a produção em massa, o aumento
de produtividade, a redução de custos de produção e, consequentemente,
os preços de venda, foi, sem dúvida, Henry Ford. Com a implantação
da linha de montagem na fábrica da Ford, ele conseguiu popularizar não
só o automóvel, mas, sendo imitado por fábricas de demais produtos de
consumo, conseguiu mudar o cenário da sociedade americana da época.
Paralelamente, na Europa, Henry Fayol, também direcionava seus estudos
para a organização das empresas, mas, ao contrário do foco na tarefa, dado
por Taylor, Fayol, por outro lado, focou a estrutura, a divisão das funções
empresariais e sistematizou o conceito de Administração, categorizando
suas funções em prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Aliada
a isso, a consolidação de seus 14 princípios da Administração dava forma
ao estabelecimento desta como uma função separada das outras funções da
empresa e, principalmente, da engenharia, como era naturalmente asso-
ciada até então. A complementaridade das visões de Taylor, na tarefa e no
trabalho, e a de Fayol, na estrutura e na função, foram os pilares de susten-
tação da criação da moderna Administração e contribuíram para que ela se
tornasse uma ciência.
Ao longo desses anos, desde o surgimento da Administração Clássica,
muita coisa se passou no ambiente fabril, muitos estudos foram feitos e muita
inovação foi aplicada, mas a maioria dos princípios desenvolvidos há um
século ainda são válidos, sendo aplicados com sucesso pelas empresas. Em
alguns casos, podemos até imputar os insucessos administrativos à falta da
aplicação desses princípios.
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Visão humanista da
Administração
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Teoria Geral da Administração
Dica de filme
A animação A fuga das galinhas retrata, em diversos
momentos, a capacidade do líder em aglutinar os colabo-
radores em torno de uma ideia, motivá-los e influenciá-los
na busca de objetivos comuns.
A FUGA das galinhas. Direção de Peter Lord, Nick Park.
EUA: DreamWorks Pictures/Universal Pictures do Brasil,
2000. 1 filme (84 min), sonoro, legenda, color., 35mm.
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Teoria Geral da Administração
cíclica. Elas são comuns no ser humano e nos animais. São as necessidades de
alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo, proteção contra
a natureza e segurança física contra perigos (CHIAVENATO, 2001a).
As necessidades psicológicas são as secundárias e exclusivas do ser
humano. Dificilmente são satisfeitas na sua plenitude e são aprendidas e
adquiridas ao longo da vida, representam um padrão elevado e complexo.
Elas vão crescendo e tornando-se mais sofisticadas no decorrer da vida. São as
necessidades psicológicas:
ÙÙ necessidade de segurança íntima – direciona o indivíduo na busca
por uma situação de segurança e tranquilidade. Essa busca leva o
indivíduo à autodefesa e a se proteger contra ameaças, privações
e perigos;
ÙÙ necessidade de participação – é a necessidade social que leva o
indivíduo a fazer parte de grupos, de buscar a aceitação dentro dos
grupos sociais a que pertence, de buscar a aprovação social, o reco-
nhecimento e a dar e receber amizade.
ÙÙ necessidade de autoconfiança – são as necessidades decorrentes
da relação do indivíduo com ele mesmo, de como ele se autoavalia,
a autoconfiança e a autoestima.
ÙÙ necessidade de afeição – é a necessidade de amar e ser amado, de
dar e receber carinho, de sentir-se amado.
ÙÙ necessidade de autorrealização – é a mais elevada do ser humano,
decorrente do nível educacional e cultural de cada indivíduo. Da
mesma forma que as necessidades psicológicas, também é rara-
mente satisfeita na sua plenitude, vai crescendo e sofisticando-se
conforme é completada. Esse é o impulso do autodesenvolvimento
e da plenitude da realização de todo o potencial humano.
A partir dos estudos sobre a motivação humana, essas teorias passaram a
ser aplicadas nas empresas. A motivação é a tensão que leva o indivíduo à satis-
fação de necessidades e ao equilíbrio e à eliminação da tensão, até a próxima
tensão, que o levará a novo estado de ansiedade, que provoca a busca da satisfa-
ção dessa necessidade e a eliminação da preocupação, retomando o equilíbrio.
Por isso, é chamada de ciclo, pois está iniciando-se a cada satisfação atingida.
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Visão humanista da Administração
Equilíbrio
Estímulo ou
incentivo
Satisfação
Necessidade
Tensão
Comportamento
ou ação
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Teoria Geral da Administração
Atitudes negativas
Insatisfação
Pessimismo
Oposição
Negação
Rejeição dos objetivos organizacionais
Má vontade
Resistência
Dispersão
Disfonia
Agressão
Moral baixo
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Teoria Geral da Administração
Dica de leitura
Recomendamos a leitura do livro O monge e o execu-
tivo, de James C. Hunter, sobre o papel do líder.
HUNTER, J. C. O monge e o executivo: uma história
sobre a essência da liderança. 14. ed. Rio de Janeiro:
Sextante, 2004.
Além disso, na internet, esse livro está disponível gratui-
tamente em formato PDF. Disponível em: <http://www.
colegiomontevirgem.com.br/site/download/monge.
pdf>. Acesso em: 30 nov. 2012.
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Teoria Geral da Administração
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Visão humanista da Administração
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Líder toma Líder Líder Líder Líder Líder Líder permite
a decisão e vende sua apresenta apresenta apresenta o define os que subordi-
comunica decisão ao suas ideias sua decisão problema, limites e nados deci-
ao grupo. grupo. e pede alternativa recebe pede ao dam dentro
sugestões e sujeita à sugestão e grupo que de padrões e
perguntas. modificação toma sua tome a limites defini-
pelo grupo. decisão. decisão. dos por ele.
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Teoria Geral da Administração
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Visão humanista da Administração
Saiba mais
A partir da Visão Humanista da Administração e dos
estudos sobre o papel, estilos, função e grande impor-
tância do líder em uma organização, muito se pesquisou
e estudou sobre os conceitos, características e formas de
liderança, os quais se tornaram um dos assuntos mais dis-
cutidos e publicados da Administração.
Atualmente, vários estilos e formas são aplicadas. São
aconselháveis o estudo e a verificação das formas mais
modernas de liderança, como a evolução dos conceitos
iniciais surgidos pela Teoria Humanista. São as mais usadas
atualmente a Liderança por Competências Emocionais,
a Liderança Coaching e a Liderança Mentoring.
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Teoria Geral da Administração
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Visão humanista da Administração
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Teoria Geral da Administração
Reflita
Faça uma reflexão em relação à sua participação em gru-
pos sociais e organizações informais e tente identificar em
torno de quais interesses comuns organizaram-se esses
grupos ou organizações informais, se existem algumas
regras de conduta e quais são (formas de vestir, linguajar,
etc.) e se tais regras são impostas ou não.
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Visão humanista da Administração
das mudanças depende de como o grupo pensa sobre essas mudanças, logo
as empresas precisam saber trabalhar os conjuntos nos seus processos de
mudança.
Um bom programa de Relações Humanas nas empresas é importante
para que se obtenham boas relações, facilitem-se as mudanças que a empresa
pretende implantar, crie-se um diálogo e a unificação de objetivos com a
organização informal. A busca pela cooperação dos empregados passa por
relações humanas de confiança, respeito e cooperação.
Apesar de todo o avanço obtido com a Teoria das Relações Humanas
e sua importância no ser humano, suas facetas psicológicas e sociais, muitas
vozes manifestaram-se contra essa teoria. As principais críticas foram:
ÙÙ ser uma cerrada oposição à Teoria Clássica, amplamente elogia
e difundida. Foi encarada como uma simples oposição à Teoria
Clássica;
ÙÙ uma visão limitada e inadequada de que os problemas das relações
industriais seriam todos resolvidos com a atenção especial ao ser
humano na empresa;
ÙÙ o foco no ser humano e as recomendações da criação de relações
de confiança e autonomia para os empregados como uma solução
para a obtenção da eficiência, basear-se no conceito do empregado
muito produtivo e responsável seria muita ingenuidade e roman-
tismo por parte da teoria;
ÙÙ haveria uma limitação em termos das experiências efetuadas para as
conclusões estabelecidas;
ÙÙ como os pesquisadores eram psicólogos, uma parcialidade das con-
clusões enfocando só a psicologia;
ÙÙ ênfase nos grupos informais em demasia, sem a atenção devida à
estrutura formal que é o que dá corpo à empresa;
ÙÙ enfoque manipulativo das relações humanas, pois seria uma nova
maneira de se obter melhores resultados, utilizando os recursos dos
conhecimentos psicológicos do ser humano.
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Teoria Geral da Administração
Síntese
Por meio de experimentos, principalmente o de Hawthorne e das suas
conclusões, uma nova visão sobre a relação dos trabalhadores, as empresas
e a busca da eficiência e produtividade surgiu. A partir das observações de
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Visão humanista da Administração
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4
Visão neoclássica
da Administração
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Visão neoclássica da Administração
Teoria Clássica. A intenção agora é fazer uma releitura mais adaptada às con-
dições atuais, ser mais pragmática e adotar um ecletismo e uma abertura a
outras ciências sociais e ao desenvolvimento delas, aproveitando o progresso
que as ciências humanas apresentam.
Mesmo que não unidos em torno de um tema em comum, os estudos
dos pensadores desse movimento convergiam para a construção de uma teo-
ria integradora, eclética e utilitarista, em função das origens comuns:
ÙÙ fortalecimento de um estilo de vida pragmático, principalmente
nos Estados Unidos, e, portanto, com um enfoque na adoção de
princípios de atuação aplicáveis em várias empresas;
ÙÙ reafirmação dos princípios gerais da Teoria Clássica, agora inovados
e adaptados ao mundo em transformação;
ÙÙ com o avanço da modernização e os progressos das organizações, a
Teoria Clássica precisava de uma adaptação e flexibilização. Preci-
sava se modernizar;
ÙÙ necessidade de adaptação às mudanças que estavam acontecendo
no mundo. Iniciava-se o processo de internacionalização e globa-
lização, as alterações nos costumes e na sociedade são rápidos, o
consumo em massa cresce.
A partir dessas origens, o desenvolvimento do pensamento neoclássico foi
adquirindo as características elencadas a seguir (CHIAVENATO, 2001a).
1. Ênfase na prática da Administração: os teóricos da Neoclássica
caracterizam-se pela busca de resultados, a Administração é válida
para que se atinjam resultados, esse é o foco principal, praticidade
sem deixar de lado os conceitos teóricos. A prática justifica a teoria
e a teoria se comprova por seu uso na prática.
2. Reafirmação dos postulados clássicos adaptados: após o cresci-
mento da influência das ciências comportamentais na Administra-
ção e a decorrente Teoria Humanista, é o momento de uma reflexão
e achar um meio termo e voltar a pensar a organização em termos
econômicos e da obtenção de resultados. Para isso retomam os
princípios já estabelecidos pela Teoria Clássica e os avaliam, repen-
sam e atualizam para a nova realidade empresarial.
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
4.1.2.2 Especialização
Resultado da divisão do trabalho, a simplificação das tarefas vai permitir
que se atribua a cada cargo funções específicas e especializadas. Agora, essa
especialização espalha-se por toda a organização e atinge a especialização dos
órgãos da estrutura. A especialização facilita a preparação do operário, sua
substituição, controle e, principalmente, a produtividade, por meio da repe-
tição, proporciona a melhoria nos métodos de execução.
4.1.2.3 Hierarquia
Com a aplicação dos princípios da divisão do trabalho e da especializa-
ção, o número de funções na linha horizontal da estrutura aumenta conside-
ravelmente. Esse aumento de cargos na base da estrutura exige mais cargos
de supervisão e comando nos níveis superiores da hierarquia. A especialização
horizontal provoca, necessariamente, uma especialização vertical também. A
organização precisa montar uma estrutura hierárquica para poder administrar
a base da estrutura.
Concomitante à estrutura hierárquica, surge o conceito e a execução da
autoridade correspondente a cada cargo. Dessa forma, a autoridade repre-
senta a legitimidade formal dos ocupantes dos cargos que têm de ordenar
tarefas, alocar recursos, tomar decisões para que se alcance os objetivos da
organização. Ela caracteriza-se pelos aspectos destacados a seguir.
ÙÙ A autoridade é decorrente e advém do cargo, não das pessoas. Por-
tanto, deve ser impessoal.
ÙÙ A autoridade deve ser aceita pelos subordinados. Eles aceitam a
autoridade de seus superiores hierárquicos, em função do cargo, e
de direito, em função da legitimidade dada pela organização.
ÙÙ A autoridade flui abaixo da hierarquia verticalizada. Os cargos mais
altos da estrutura organizacional têm mais autoridade sobre os car-
gos mais baixos.
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Teoria Geral da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
4.1.3.1 Planejar
A primeira etapa do processo de Administração é, justamente, a função
de administrar, na qual são estabelecidos os objetivos, a linha de atuação a ser
seguida e a maneira como esses objetivos serão alcançados. No processo do
planejamento, estabelecem-se os planos de ação necessários para que se alcan-
cem os resultados pretendidos. Como o planejamento está lidando com um
ponto no futuro, envolve incertezas e mudanças, precisa ser sempre revisto à
medida que forem colocados em prática os planos estabelecidos e incluídas
nos planos medidas de proteção a tais incertezas. O processo do planejamento
tem como resultados os planos de ação, as diretrizes que levam a empresa a se
movimentar no sentido de atingir as metas no futuro.
O planejamento ocorre nos três níveis estruturais da organização: o estra-
tégico, relacionado com o topo da organização, o tático, para o nível inter-
mediário ou gerencial, e o operacional, relacionado com o nível de execução
da organização. O processo do planejamento tem, como resultado correspon-
dente aos três níveis, planos que também são divididos em três partes de deta-
lhe e abrangência: os planos estratégicos, de longo prazo e com a abrangência
da empresa como um todo, os planos táticos, com o foco e a abrangência do
nível intermediário da estrutura empresarial, estabelecidos para médio prazo
e voltados para os vários departamentos, e os planos operacionais, detalhados,
para curto prazo e voltados para a tarefa.
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Teoria Geral da Administração
4.1.3.2 Organizar
É a função de montagem e arranjo dos recursos necessários que faz com
que os planos traçados na etapa anterior sejam alcançados. Essa função envolve
cinco etapas: determinar o que é necessário fazer para que se atinjam os resul-
tados pretendidos, mediante especialização e divisão das tarefas; departamen-
talizar, usar critérios lógicos e que se alinhem aos objetivos pretendidos, para
agrupar as tarefas divididas anteriormente; determinar os cargos e as tarefas
e designar as pessoas para a execução dessas tarefas; distribuição dos recursos
necessários para que as pessoas possam executar seus cargos; coordenar os
esforços para que eles se integrem aos objetivos.
A função de organizar possui quatro componentes com os quais o admi-
nistrador deve se preocupar e levar em consideração quando a estiver exer-
cendo: as tarefas, as pessoas, os órgãos em que as pessoas serão alocadas e os
relacionamentos entre pessoas, formais e informais.
Existem duas maneiras de se entender o termo organização: como o
resultado da função organizar, significando a ação de estruturar, agrupar tare-
fas, no sentido do alcance dos objetivos, como explicado anteriormente; e
existe o uso do termo no sentido da entidade em si, composta por pessoas,
recursos, etc., aglutinados em torno de objetivos comuns. Sob essa ótica de
organização como entidade, temos dois tipos de organização:
1. organização formal, baseada nos instrumentos formais, estrutura,
funções, descrição de cargos e procedimentos formalizados;
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4.1.3.3 Dirigir
A terceira função do processo administrativo, dirigir, vem na sequência
de planejar e organizar. Depois de terem sido estabelecidos os objetivos a
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Teoria Geral da Administração
Direção
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Visão neoclássica da Administração
4.1.3.4 Controlar
O controle como parte da função administrativa é a função do ciclo da
Administração e serve para a verificação da forma como o planejamento está
sendo atingido ou não e quais as razões.
Apesar de aparecer no fim do ciclo e parte da sua execução envolver
atividades de monitoramento do desempenho na execução das tarefas, para
medi-lo, padrões de execução devem ter sido estabelecidos antes do início da
execução. Essa atividade ocorre paralelamente à fase de planejamento. O fato
de se colocar as funções como um ciclo sequencial e a execução das funções
não acontecem de forma estanque e em uma sequência rígida.
Com os objetivos definidos, o administrador deve estabelecer as medidas
de desempenho, por exemplo: peças produzidas por hora, volume de ven-
das por semana, etc. A partir do estabelecimento desses padrões, a atividade
de controle passa a ser de monitorar o desempenho, comparando-o com os
padrões estabelecidos e de acordo com ele.
Outra constatação da interdependência das quatro funções adminis-
trativas é a relação entre o estabelecimento de padrões da fase de controle
com a fase de dirigir. Os padrões de desempenho devem ser comunicados
aos executores de forma que sejam claros, desafiadores e alcançáveis. Após
a execução, a comparação dos resultados com os padrões também dá subsí-
dios à função direção, para que sejam comunicados os resultados de forma a
melhorar o processo.
A palavra controle é utilizada, na maior parte das vezes, no sentido
de fiscalização ou restrição. No caso da Administração, ela é aplicada de
forma mais ampla e em um sentido de orientação e verificação. Já vimos
que fazem parte dessa função o estabelecimento de padrões de desem-
penho e a sua observação, mas só esta última não é mais suficiente para
as organizações que buscam a eficiência e a eficácia. O mais importante,
nesse sentido, é a comparação do desempenho com os padrões estabele-
cidos anteriormente, verificando se os objetivos foram atingidos ou não
e, nesse caso, por que eles não foram alcançados ou foram suplantados.
Na sequência, devem-se realizar ações corretivas no sentido de eliminar as
causas que ocasionaram a falha na busca das metas ou fazer correções nos
objetivos e padrões.
– 103 –
Teoria Geral da Administração
4.1.4.1 Organização
Para escolha dos tipos de organização, existem três opções: organização
linear, organização funcional e a organização linha-staff.
A primeira é a organização com linhas diretas e únicas de autoridade e
responsabilidade entre superiores e subordinados. A empresa toma o formato
piramidal, pela rigidez de unidade de comando. As linhas de comunicação
também são rígidas e seguem as linhas de autoridade da estrutura. As deci-
sões, nesta forma organizacional, são centralizadas. Este tipo de organização
é comum nas empresas em fase inicial de formação e nas pequenas empresas.
– 104 –
Visão neoclássica da Administração
– 105 –
Teoria Geral da Administração
4.1.4.2 Departamentalização
Estabelecida a organização de forma global, o passo seguinte é organizar
o nível intermediário da empresa, por meio do desenho departamental, sendo
a resultante desse processo a departamentalização.
A departamentalização visa estruturar, dispor e agrupar as funções da
empresa da forma mais homogênea possível, que permita uma eficiência
operacional. Existem diversos tipos de departamentalização, como veremos
a seguir.
ÙÙ Funcional: as características da departamentalização funcional são o
agrupamento por atividades ou funções principais e a divisão interna
do trabalho por especialidade. Esse tipo de departamentalização
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Visão neoclássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão neoclássica da Administração
Síntese
No período após a Segunda Guerra Mundial, a economia, principal-
mente dos Estados Unidos, viveu um período de grande crescimento, não
acompanhado pelo aumento na mesma proporção da eficiência, por parte
das empresas. Essa situação, aliada à utilização de alguns princípios rígidos
da Teoria Clássica, provoca um ambiente propício para analisar o processo
– 113 –
Teoria Geral da Administração
– 114 –
5
Visão estruturalista
da Administração
5.1.1 A burocracia
No início do século XX, o sociólogo alemão Max Weber publicou uma
bibliografia a respeito das grandes organizações de sua época. Deu-lhes o
nome de burocracia e passou a considerar o século XX como o período das
burocracias, pois achava que elas eram as organizações características de uma
nova época, plena de novos valores e exigências.
– 116 –
Visão estruturalista da Administração
– 117 –
Teoria Geral da Administração
– 118 –
Visão estruturalista da Administração
– 119 –
Teoria Geral da Administração
Reflita
Sob o ponto de vista da forma como foi estabelecida,
a burocracia pretende determinar uma organização racio-
nal e impessoal, o que, de certa forma, é a maneira de
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Visão estruturalista da Administração
– 121 –
Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
Supervisores
e executores Operações Nível técnico
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão estruturalista da Administração
– 135 –
Teoria Geral da Administração
Síntese
A visão estruturalista da Administração, tanto pela Teoria Burocrática
como pela Teoria Estruturalista, impulsionou a Administração, juntando
os pontos de vista divergentes da Teoria Clássica e da Teoria Humanista e
ampliando sobremaneira a abrangência da aplicação da Administração,
saindo do ambiente fabril e estendendo-se para todo tipo de organização. Essa
visão mais abrangente foi aplicada também ao ambiente interno das empre-
sas, dando foco à estrutura organizacional como um todo e seu inter-rela-
cionamento com as partes da estrutura.
A forma mais visível e polêmica da Teoria Estruturalista é, sem dúvida,
a Teoria Burocrática. Ela estabelece a racionalidade, a imparcialidade, a
impessoalidade, a especialização o mais detalhada possível e o formalismo e
documentação de toda a comunicação e atividades das organizações, provoca
uma rigidez que torna o relacionamento das organizações burocráticas com o
público externo muito difícil.
– 136 –
6
Visão comportamental
da Administração
– 138 –
Visão comportamental da Administração
Saiba mais
Abraham Maslow é norte-americano e, inicialmente,
ingressou na faculdade de direito, mas, insatisfeito, aban-
donou o curso, para mais tarde dedicar-se à psicologia,
área em que atingiu o grau de doutor.
Como psicólogo criou a hierarquia das necessidades
humanas de satisfação, a qual ficou conhecida como
a Pirâmide de Maslow, amplamente utilizada nos dias
de hoje.
– 139 –
Teoria Geral da Administração
– 140 –
Visão comportamental da Administração
– 141 –
Teoria Geral da Administração
– 142 –
Visão comportamental da Administração
Reflita
Por que algumas organizações fazem com que seus fun-
cionários dediquem-se mais em relação aos de outras
organizações idênticas? Por que dentro da mesma
organização alguns funcionários são mais motivados
do que outros?
No site da instituição Great place to work, que orga-
niza o prêmio “Melhores Empresas para se T rabalhar no
Brasil”, é possível conferir os fatores que determinam as
melhores empresas para se trabalhar e seus fatores moti-
vacionais.
GREAT place to work. Disponível em: <http://www.
greatplacetowork.com.br/>. Acesso em: 13 jul. 2012.
– 143 –
Teoria Geral da Administração
– 144 –
Visão comportamental da Administração
Reflita
De acordo com a Hierarquia de Necessidades, de
Maslow, as necessidades motivacionais ocorrem de
forma conjunta, mas os níveis mais altos só se tornarão
importantes quando os mais baixos forem atingidos.
Faça uma reflexão em relação aos seus fatores motiva-
cionais. O que lhe impulsiona? Quais níveis das suas
necessidades já foram atingidos e quais estão, neste
momento, impulsionando-o?
– 145 –
Teoria Geral da Administração
Autorrealização
ÙÙAutorrealização
Estima ÙÙAutodesenvol-
vimento
ÙÙSatisfação do ego
Sociais ÙÙExcelência
ÙÙOrgulho
pessoal
ÙÙStatus e prestígio
ÙÙCompetência
Segurança ÙÙRelacionamento ÙÙAutorrespeito
ÙÙExpertise
ÙÙAmizade ÙÙReconhecimento
Fisiológicas
ÙÙSegurança ÙÙAceitação ÙÙConfiança
ÙÙAlimento ÙÙProteção ÙÙAfeição ÙÙProgresso
contra: ÙÙCompreensão ÙÙApreciação
ÙÙRepouso
ÙÙperigo
ÙÙAbrigo ÙÙConsideração ÙÙAdmiração dos
ÙÙdoença
ÙÙSexo colegas
ÙÙincerteza
ÙÙdesemprego
– 146 –
Visão comportamental da Administração
– 147 –
Autorrealização
ÙÙTrabalho criativo e desafiante
ÙÙ Diversidade e autonomia
ÙÙ Participação nas decisões
Estima
ÙÙResponsabilidade por resultados
ÙÙOrgulho e reconhecimento
Teoria Geral da Administração
ÙÙPromoções
Sociais
ÙÙAmizade dos colegas
– 148 –
Segurança
ÙÙCondições seguras de trabalho
Figura 2 Comparação dos modelos de Maslow.
ÙÙRemuneração e benefícios
ÙÙEstabilidade no emprego
Fisiológicas
ÙÙIntervalos de descanso
ÙÙConforto físico
ÙÙHorário de trabalho razoável
Necessidades secundárias
Necessidades primárias
Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
– 151 –
Teoria Geral da Administração
administrativo não pode ser padronizado, pois cada organização tem suas
características próprias e, portanto, pode ter um sistema de características
diferentes. Ele estabelece que existem várias maneiras de classificar os sistemas
administrativos, pela forma como as decisões são tomadas, pela forma como
ocorrem as comunicações entre os níveis, pelo tipo de relacionamento inter-
pessoal e pela maneira como os sistemas de recompensas e punições aconte-
cem. Foram determinados quatro sistemas administrativos que apresentam
essas variáveis de forma diferente. São apresentados a seguir.
– 152 –
Visão comportamental da Administração
6.1.3.3 Consultivo
Nesse tipo de Administração já existe um abrandamento visível da rigi-
dez e da autocracia, permitindo-se mais participação dos funcionários. O
processo de decisão é participativo e consultivo, com a delegação de res-
ponsabilidades, as decisões da cúpula são avaliadas nos níveis inferiores e
as opiniões de baixo são levadas em consideração nas políticas e diretrizes
organizacionais submetidas à aprovação da cúpula. O sistema comunicativo
permite a comunicação vertical e horizontal e desenvolve um sistema interno
para facilitar o fluxo de informações. O relacionamento interpessoal já enfa-
tiza a informalidade como meio de sociabilizar, quase não há temor pelos
funcionários nas punições e já há um crédito considerável nas pessoas, mas
ainda não total. O sistema de recompensas e punições enfatiza as recompen-
sas salariais e materiais (salários, promoções), simbólicas (prestígio, status).
Eventualmente, pode haver punições.
6.1.3.4 Participativo
Esse sistema é totalmente democrático e aberto, com as seguintes carac-
terísticas: o processo de decisão é delegado aos níveis inferiores, o nível ins-
titucional define e controla a execução, apenas interfere em casos de emer-
gência, com a anuidade dos níveis abaixo; o sistema de comunicação flui em
todos os sentidos, há investimentos em sistemas de informações como critério
de flexibilização e eficiência. O relacionamento interpessoal é estimulado e o
trabalho realizado em equipe, com a participação e o envolvimento. O sis-
tema de recompensas e punições enfatiza as recompensas simbólicas e sociais,
– 153 –
Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
– 162 –
Visão comportamental da Administração
processos, por isso a importância dada pela DO a esse processo. Ele apresenta
os seguintes passos: descongelamento do padrão atual de comportamento,
para que se possam introduzir novas ideias, mudança de comportamentos e
de práticas, por meio de muito aprendizado das novas ideias, recongelamento
das novas ideias e fixação das novas práticas, de forma definitiva, ao compor-
tamento da organização.
O processo de mudança deve levar em consideração que existe um con-
junto de forças positivas que ajudam na mudança e uma série de forças con-
trárias à mudança, que a prejudicam e bloqueiam. Do desequilíbrio desse
conjunto de forças resulta se o processo é bem-sucedido ou não. Caso as
forças negativas, restritivas, sejam mais fortes que as forças positivas, impul-
sionadoras, a mudança será mal-sucedida. É importante que a Administração
faça uma análise dessas forças para que possa explorar e aumentar as forças
impulsionadoras no sentido do sucesso da mudança.
Existem vários tipos de mudanças dentro da organização, como pode-
mos observar na figura 4. Existem mudanças na estrutura, na tecnologia, nos
produtos ou serviços e mudanças na cultura organizacional, cada uma com
suas características particulares, sendo a última a mais difícil, por envolver a
mudança também da organização informal, e essa não está relacionada com
a estrutura, está fora do controle da organização.
Figura 4 Diferentes tipos de mudança organizacional.
Redesenho da organização;
Mudanças na estru-
Mudança do formato do trabalho;
tura organizacional Nova configuração do negócio.
Novos equipamentos;
Mudanças na
Novos processos de trabalho;
tecnologia Redesenho do fluxo de trabalho.
Desempenho
Novos produtos;
organizacional
Mudanças nos Novos serviços;
melhorado
produtos/serviços Desenvolvimento de produtos;
Novos clientes.
– 163 –
Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão comportamental da Administração
Síntese
A Escola Comportamental da Administração prosseguiu na análise das
organizações e trouxe um novo direcionamento, valorizando mais as pessoas
e o seu componente psicológico nas suas relações intergrupais e na sua adap-
tação ao trabalho.
Por meio do uso de outras ciências, foi possível compreender as necessi-
dades de motivação humana e o comportamento das pessoas dentro das orga-
nizações. Esse foi um grande avanço que a Administração teve ao associar as
duas grandes teorias: a Clássica e a Humanista, em uma nova visão que coloca
as pessoas com as características que as diferenciam e o comportamento cole-
tivo dos sujeitos integrantes de grupos e organizações.
Uma decorrência que surgiu da visão comportamentalista da Admi-
nistração foi a visão do DO, que busca entender o processo de mudança
nas empresas e a forma como as organizações devem se comportar e atuar
para que se desenvolvam e se adaptem às mudanças rápidas e constantes do
ambiente externo.
– 167 –
7
Visão sistêmica da
Administração
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Visão sistêmica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão sistêmica da Administração
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Teoria Geral da Administração
Entradas Saídas
Processamento
Ambiente Ambiente
Dados Informação
Energia Energia
Matéria Matéria
Retroação
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Visão sistêmica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão sistêmica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão sistêmica da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão sistêmica da Administração
Síntese
A Teoria de Sistemas deu uma contribuição fundamental não só à Admi-
nistração, mas, também, a outras ciências, pelo estabelecimento de método
aplicável a várias ciências. No caso da Administração, a aplicação da Teoria de
Sistemas atende à questão da forma como a organização atua e relaciona-se
com o ambiente que a rodeia, as formas estabelecidas de como os sistemas
adaptam-se e interagem com o meio ambiente e no nível interno com seus
componentes entre si.
O processo de tomada de decisão da Administração ganhou a contri-
buição da PO, com todas as suas vertentes, o ramo da matemática, aplicado
à resolução de problemas. Os benefícios são grandes na aplicação da Teoria
de Sistemas e da Matemática, mas a Administração não se resume a apenas
resolver problemas.
– 183 –
8
Visão contingencial
da Administração
– 186 –
Visão contingencial da Administração
Saiba mais
Entre os pesquisadores da Teoria Contingencial, alguns
destacaram-se: Alfred Du Pont Chandler Jr. (1918-2007),
PhD e professor de Administração e História da Econô-
mica da Universidade de Harvard, pesquisou e escreveu
sobre a estrutura de gestão das modernas organizações.
Outros que ganharam notoriedade pelos seus trabalhos
conjuntos nas pesquisas das indústrias inglesas foram Tom
Burns e George M. Stalker, ambos sociólogos industriais.
– 187 –
Teoria Geral da Administração
– 188 –
Visão contingencial da Administração
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Teoria Geral da Administração
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Visão contingencial da Administração
– 191 –
Teoria Geral da Administração
– 192 –
Visão contingencial da Administração
Áreas funcionais
Gerente de Gerente Gerente de Gerente Gerente
produção de vendas finanças de RH técnico
Produtos
Gerente de
Produção A Vendas A Finanças A RH A Técnica A
produto A
Gerente de
Produção B Vendas B Finanças B RH B Técnica B
produto B
Gerente de
Produção C Vendas C Finanças C RH C Técnica C
produto C
– 193 –
Teoria Geral da Administração
– 194 –
Visão contingencial da Administração
Saiba mais
A premissa de que as organizações são determinadas
pelos seus ambientes provocou uma série de estudos
e ferramentas que fazem essa análise. Uma dessas ferra-
mentas é a Análise SWOT/FOFA, análise cruzada do
ambiente externo e interno, das Oportunidade e Amea-
ças e das Forças e Fraquezas.
Saiba mais sobre o que é a Análise SWOT/FOFA e
qual a utilidade e aplicação dessa ferramenta pesqui-
sando sobre o assunto.
– 195 –
Teoria Geral da Administração
– 196 –
Visão contingencial da Administração
Síntese
Mais recente e adaptada a condições de sobrevivência das empresas, à
adaptação ao ambiente externo, à flexibilidade de mudanças surge a Teoria
Contingencial, para explicar e ajudar as empresas a entender como lidar com
o ambiente externo geral e o específico dos mercados. O estudo não só se
debruça sobre o ambiente, mas, também, com o tipo de tecnologia usado
pela empresa.
Assim, a Teoria Contingencial cria novos modelos mais flexíveis de
estrutura organizacional, novas formas de ver o homem como um ser com-
plexo e que busca seus objetivos e, principalmente, maneiras de interpretar as
incertezas do ambiente. Ela estabelece, especialmente, uma forma eclética e
aberta de administrar, relativizando e contextualizando a aplicação de todos
os princípios da Administração.
– 197 –
9
A moderna gestão
– 200 –
A moderna gestão
– 201 –
Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
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Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
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Teoria Geral da Administração
– 206 –
A moderna gestão
9.2.1.1 Reengenharia
A reengenharia é um processo que pretende reprojetar a forma de
funcionamento da empresa, por meio do estudo e reformatação dos seus
processos.
Segundo os autores dessa filosofia, a reengenharia questiona e analisa
com o que realmente a empresa se preocupa. Segundo Michael Hummer e
James Champy (apud SILVA, 2005), autores do livro Reengenharia da cor-
poração, essa nova forma de projetar a maneira como a empresa faz negó-
cios parte de uma pergunta inicial que todos os gerentes devem fazer: se
houvesse a necessidade de iniciar a empresa novamente e formatá-la, que
tipo de empresa seria, baseado na experiência adquirida e nas tecnologias
disponíveis?
As organizações tendem a se estagnar quando os funcionários com car-
gos de decisão começam a olhar mais para o seu espaço próximo, emprego
e departamento e menos de forma abrangente, para as relações com outros
departamentos e outras pessoas.
Procurando atingir melhorias drásticas em pontos críticos do desempe-
nho, como custos, qualidade, serviço e velocidade, a reengenharia propõe-se
enquanto mudança radical e fundamental nos processos de negócio.
As quatro palavras-chave no processo de reengenharia são:
1. fundamental – refere-se ao mais básico e fundamental que uma
empresa tem de responder, por que faz o que faz e por que isso é
feito desse modo. Assim, pretende-se um novo olhar, novas regras e
abordagens sobre as operações da empresa;
2. radical – por recomendar que se desconsiderem completamente
todos os processos e estruturas existentes, para provocar novas
maneiras de fazer os mesmos objetivos;
– 207 –
Teoria Geral da Administração
– 208 –
A moderna gestão
– 209 –
Teoria Geral da Administração
– 210 –
A moderna gestão
– 211 –
Teoria Geral da Administração
9.2.1.5 Benchmarking
O processo de Benchmarking é uma busca constante das organiza-
ções por melhor desempenho, mediante um processo de melhorias nas
suas práticas operacionais, administrativas e gerencias pela comparação
entre as suas práticas e as práticas inovadoras e de excelência, adota-
das por outras empresas, tanto do mesmo ramo, concorrentes, como de
outros ramos ou as empresas semelhantes de uma mesma organização,
com várias unidades.
Esse processo de comparação requer uma metodologia de busca das
melhores e mais inovadoras práticas existentes no mercado, sua análise, siste-
matização dessas práticas e estabelecimento de uma metodologia de incorpo-
ração dessas práticas à organização.
– 212 –
A moderna gestão
Algumas formas sistêmicas e métodos foram criados para que esse apren-
dizado seja incorporado ao dia a dia, à cultura e ao processo organizacional,
em uma forma de absorção da constante mudança organizacional.
9.2.1.7 Terceirização
É, basicamente, um processo de busca de redução de custos e foco nas
atividades principais da empresa, o chamado core business, pela transferência
de atividades anteriormente executadas internamente pela organização para
serem executadas por parceiros, fornecedores ou até a criação de empresas
novas dedicadas a essa atividade.
A empresa que terceiriza uma de suas atividades para uma outra empresa
terceirizada pretende que, por meio dessa transferência e compra desses servi-
ços, tenha uma maior qualidade no serviço e menor custo pela especialização
no serviço contratado pela empresa terceirizada. Exemplo comum desse tipo
de funcionamento é a terceirização de serviços de segurança, limpeza, contra-
tação de funcionário, contabilidade, etc.
Reflita
Perceba que a forma como se sentem os funcionários
se motivados e entusiasmados reflete no atendimento a
clientes e na autonomia que eles têm para, rapidamente,
resolver as insatisfações e problemas dos clientes.
Fica evidente que funcionários empoderados são muito
melhores no atendimento e provocam sentimentos de
mais cordialidade nos clientes.
– 213 –
Teoria Geral da Administração
Nível
estratégico
Informações
Indicadores de
Indicadores
desempenho Nível gerencial Metas
Objetivos
Nível operacional
– 214 –
A moderna gestão
Definir objetivos e
Agir melhorando. metas.
A P
Definir método e
act plan
padrões de trabalho.
– 215 –
Teoria Geral da Administração
9.2.2.2 Do (executar)
Nessa etapa ocorre a execução das tarefas planejadas na fase anterior.
No entanto, para que as tarefas sejam feitas com qualidade, é necessário que
se prepare a equipe para a sua implementação, mediante escolha das pessoas
certas para cada tarefa, treinamento dessas pessoas para dar-lhes todas as con-
dições de forma a atingir os padrões de desempenho estabelecidos. Depois,
a sequência é implementar as ações e monitorar os resultados por meio dos
indicadores já estabelecidos na fase anterior.
É muito importante realçar que, sem o envolvimento das pessoas no
alcance dos objetivos, não há comprometimento nem sucesso nos resultados.
Para que se consiga tal compromisso, é preciso treinar e liderar as pessoas em
torno dos objetivos da empresa.
É importante, nessa fase, a coleta dos dados certos e mais indicados, para
que o monitoramento tenha sucesso.
– 216 –
A moderna gestão
– 217 –
Teoria Geral da Administração
– 218 –
A moderna gestão
160 80
140 70
Quantidade de itens defeituosos
100 50
80 40
60 30
40 20
20 10
D B F A C E Outros
A: Trinca D: Deformação
B: Risco E: Fenda
C: Mancha F: Porosidade
– 219 –
Teoria Geral da Administração
Máquina Estabilidade
Fadiga Operadores
Saúde Operação
Concentração Desequilíbrio
Enfermidade
Treinamento Moral Peça Deformação
Educação Item Dispositivos e
Atenção ferramentas
Inspeção
Habilidade Abrasão
Método
Experiência
Variação
Componente Grau de aperto dimensional
Quantidade Posição
Fixação
do material Montagem
Armazenagem Sequência Ângulo
Perfil
Procedimento
Forma
Trabalho
Diâmetro Dimensão Ritmo
Peças e materiais Métodos de operação
– 220 –
A moderna gestão
9.2.3.3 5W3H
Essa ferramenta não faz parte do lote inicial das chamadas ferramentas
da qualidade, mas é de grande utilidade para que o administrador estabeleça
planos de ação, verifique o andamento do planejamento. Pode, também, ser
usada para outras finalidades, como a investigação de processos para detectar
as suas falhas.
O nome da ferramenta vem das inicias, em inglês, das perguntas a serem
respondidas, como podemos ver no quadro 2.
Quadro 2 Método 5W3H.
Perguntas Inglês Português Explicação
What O quê? Que ação será executada?
Quem será o responsável, o exe-
Who Quem?
cutor e os participantes da ação?
5W
Where Onde? Onde será executada a ação?
When Quando? Quando será executada a ação?
Why Por quê? Por que a ação será executada?
How Como? Como será executada a ação?
How much Quanto custa? Quanto vai custar a ação?
3H
Como será medido o progresso
How measure Como medir?
e os resultados da ação?
Fonte: adaptado de Campos (2004, p. 59).
Pela utilização dessa ferramenta é possível estabelecer as funções da
Administração ou o PDCA de forma mais fácil.
9.2.3.4 Histograma
A utilização da estatística aos meios de produção como foco nas análises
de qualidade foi amplamente explorada. Esse é o caso do histograma, a repre-
sentação em um gráfico de colunas, do número de ocorrências por tipo de
ocorrências no fenômeno em estudo.
A grande utilidade dessa ferramenta é que por meio só do esforço da
elaboração e da simples visualização do gráfico ficam evidentes os fenômenos
de maior ocorrência.
– 221 –
Teoria Geral da Administração
15
10
5
0
Característica (peso, idade)
Fonte: Talentus (2012, s. p.).
Figura 6 Estratificação.
– 222 –
A moderna gestão
– 223 –
Teoria Geral da Administração
6000
5500
5000
4500
4000
3500
3000
3000 3500 4000 4500 5000 5500 6000 6500 7000 7500
Custo aparente real
Coef. correlação = 0,94
Primeira bissetriz
y n = 30
2 Pontos suspeitos
0
0 2 4 6 x
– 224 –
A moderna gestão
16
LSC 14
12
10
8
LIC
6
4
2
0
LIC
-2
1 5 10 15 20 25 30 35 40
Sequência de produção
– 225 –
Teoria Geral da Administração
Seleção de barras
Corte
Sim
Armar Armação da ferragem
Não
Área de expedição
Carregamento de caminhão
Fim
– 226 –
A moderna gestão
– 227 –
Teoria Geral da Administração
– 228 –
A moderna gestão
– 229 –
Teoria Geral da Administração
– 230 –
A moderna gestão
Clientes
Aprendizado organizacional
e planos
Resultados
Pensamento sistêmico
Cultura da inovação
Processos
Liderança e constância de propósitos
Sociedade
Visão de futuro
Orientação por processos
e informações
Valorização das pessoas
Conhecimento do cliente e do mercado
Responsabilidade social
Geração de valor
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Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
Saiba mais
O site da FNQ, na opção “produtos ou serviços/cursos
gratuitos (on-line)”, disponibiliza cursos para os profissio-
nais que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre
a origem e os fundamentos do Modelo de Excelência da
Gestão (MEG).
FNQ. Federação Nacional de Qualidade. 2012a. Dis-
ponível em: <http://www.fnq.org.br>. Acesso em: 29
nov. 2012.
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Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
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Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
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Teoria Geral da Administração
Dica de filme
Para entender qual o assunto em estudo na nova ciência
das redes sociais e o que se atinge quando se conse-
gue criar uma inteligência maior que a soma das inteli-
gências individuais, assista ao filme Macrowikinomics
Murmuratio, no YouTube.
MACROWIKINOMICS Murmuration. Disponível
em: <http://www.youtube.com/watch?v=o4QRouhIKwo>.
Acesso em 14 jul. 2012.
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A moderna gestão
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Teoria Geral da Administração
9.4.2.2 Ética
A questão da ética nos negócios sempre foi algo presente, mas nunca
antes se falou tanto como agora, em todos os países. As empresas gran-
des e, principalmente, dos países mais desenvolvidos sempre exigiram, por
parte de seus executivos, a necessidade de cumprimento de códigos de ética
rígida. Nesses países, a justiça atua muito próxima das práticas organiza-
cionais e pune exemplarmente quando os executivos quebram as condutas
legais e éticas.
Ainda assim, temos visto acontecer vários casos de falta de ética por
parte de altos executivos, que são punidos pela justiça comum, o que tem
levado, principalmente, as empresas de capital aberto a manter um código de
conduta ética cada vez mais rígido, por parte de seus dirigentes. A sociedade
como um todo e, principalmente, os acionistas já perceberam que o custo
da conduta antiética na condução dos negócios é muito alto para esses e as
empresas em particular.
Para coibir essas práticas, novos conceitos de Administração têm surgido
e sido difundidos, eles englobam a preocupação ética, como o caso da gover-
nança corporativa.
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A moderna gestão
Saiba mais
O avanço da tecnologia da comunicação e informa-
ção cresceu muito, pelo aumento da capacidade de
transmissão de dados por fio ou sem fio, da veloci-
dade de processamento, da capacidade de armazena-
mento, da miniaturização dos equipamentos, avanço
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Teoria Geral da Administração
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A moderna gestão
Síntese
A forte penetração dos produtos japoneses nos mercados americano e
europeu, o aumento da concorrência, principalmente na indústria automobi-
lística e de eletroeletrônicos, levou as empresas do mundo inteiro a analisarem
e tentarem imitar as técnicas de Administração japonesa, como os CCQ e a
Administração participativa.
Paralelamente, também se voltaram as atenções para as estruturas em
busca da rápida redução de custos ou para a melhoria na relação com os clien-
tes, como é o caso do Downsizing e do Empowerment.
De um foco inicial da Administração em grandes empresas, os critérios
de excelência, avaliados por meio dos prêmios de qualidade, são estendidos
para as microempresas, que podem atingir padrões de gestão excelentes, e
nos níveis das melhores práticas mundiais. Assim, as empresas podem usar da
grande quantidade de materiais disponíveis para que possam melhorar suas
práticas rumo à excelência.
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Referências
Teoria Geral da Administração
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Referências
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