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VISÃO
PANORÂMICA
DA BÍBLIA
Edgar Tavares
Edgar Tavares
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VISÃO PANORÂMICA
DA BÍBLIA
J.B. TIDWELL
A.M., D.D., LL.D.
Professor de Literatura Bíblica
na
Universidade Baylor em Waco,
Texas.
BIUIOTECA PARTICULAR
Edg*r
Título do original em inglês:
THE BIBLE BOOK B Y BOOK
Eelgar
DEDICADO
Copyright © de J.B. Tidwell
aos milhares de estudantes que o autor
Publicado pela Wm. B. Eerdmans Publishing Co., EUA
tem ensinado durante os últimos anos.
J.B.TidwelI
Waco, Texas. Sugestões para Professores, Líderes e
Classes
O Cânon da Escritura 28
As Versões da Bíblia 30
As Divisões da Bíblia 34
Os Livros da Bíblia 35
UM LIVRO MARAVILHOSO 36
Capítulo 1 - Génesis 41
Capítulo 2 - Êxodo 46
Capítulo 3 - Levítico 50
Capítulo 4 — Números 55
Capítulo 5 — Deuteronômio 59
Capítulo 6 — Josué, Juizes e Rute 62
1. Josué 62
2. Ju ízes 65
3. Rute 68
Cupftulo 7 — Primeiro e Segundo Samuel 70
11
12 — Visão Panorâmica da Bíblia Conteúdo - 13
-. * ,
ASSUNTOS INTRODUTÓRIOS
OS NOMES DE DEUS
o Deus-Trino fez uma aliança para o bem do homem antes que desejado, a árvore deve ser podada e alimentada. Deus, muitas ve-
ele fosse criado. zes, nos disciplina para que possamos ser mais úteis a Ele.
2. SENHOR. Escrito com pequenas letras maiúsculas em anti- 5. O Deus Altíssimo. O significado desse termo pode ser sin-
gas versões. 1) Deus, auto-Existente e que se revela a si próprio. tetizado em dois pontos: (1) Representa Deus como Aquele que
Ele sempre existiu e, assim, aceitou revelar-se ao homem. (2) possui os céus e a terra. Devido ao fato de possuir a terra, ele age
Deus como Redentor. O propósito da sua revelação é nos trazer dentro de Sua justiça e as distribui entre as várias nações (Dt 32: 8).
redenção. Foi com esse nome que Ele avistou o homem após (2) Representa Deus como Aquele que tem toda autoridade.
a Queda e o cobriu com pele de animais (Gn 3:9-17). (3) O Deus Se ele possui toda autoridade, tem o direito de domínio tanto so-
que faz e guarda as Suas alianças. Esse nome foi usado mais que bre a terra como o homem a quem tal autoridade é distribuída
cem vezes em conexão com as alianças, como em Jr 31:31-34 (Dn 4: 18, 37; SI 91:9-13).
onde Ele promete uma nova aliança.
6. O Deus Eterno. Este nome fala de Deus como: (1) O Deus
3. Senhor. Aqui todas as letras são minúsculas com exceção do mistério das eras. (2) O Deus de todos os segredos. (3) O Deus
do "S" e a palavra é a mesma em versões antigas e atuais. Refe- da existência eterna cuja compreensão é inatingível (Is 40.28).
re-se à Deus em Sua relação com os homens e Seus servos. Exis- Aqui reside a grande alegria daquele que crê. Há muitos segredos
tem dois tipos de servos referidos nas passagens — o servo assala- e mistérios mas o nosso Deus conhece e vê a todos eles. Nada está
riado e o servo comprado. O último é sempre superior e muito além do seu conhecimento. Podemos nos alegrar seguindo-0
mais amado que o primeiro. As relações aqui implicadas são mui- e confiando nEle através do desconhecido.
to sugestivas. O senhor tem o direito de exigir respeito e obediên-
cia do servo e este tem a garantia de direcão, protecão e apoio da 7. SENHOR (Jeová) Deus. Este nome da Deidade é usado
parte do seu senhor. Aplicado a nós e Deus indica nosso dever de em duas relações: (1 ) Na relação da Deidade com o homem. Neste
servi-Lo e assegura-nos que Deus irá nos providenciar o necessário uso são sugeridas três coisas concernentes a essa relação: (a) Que
e nos protegerá. Ele é o Criador que cria e controla o destino do homem, enfati-
lando especialmente o Seu controle das relações terrenas; (b) Que
4. O Deus Todo-Poderoso. A tradução aqui não dá toda a Ele ó a autoridade moral acima do homem; (c) Que Ele é o Reden-
concepção do significado envolvido. Não se refere primariamente tor do homem. Essas três ideias indicam um pouco do interesse
â força. Esta é encontrada no termo Deus. Mas essa palavra sugere divino pelo homem. (2) Na relação da Deidade com Israel. Isto
uma figura comum entre os antigos. Significa literalmente Aquele quer dizer que Ele criou e controla o seu destino.
de Peito Forte. Refere-se a Deus como o doador e "derramador"
de bênçãos tanto espirituais como físicas. Sugere que Deus é: (1) 8. SENHOR (Jeová) dos Exércitos. Este nome fala da pessoa
Aquele que nutre, Doador de Força, Aquele que Satisfaz. É o • l» .Inovií como o Senhor dos Exércitos na Sua manifestação de
Deus-Forte que dá. Assim como uma mãe nutre seu bebé ama- i. Isso sugere três coisas especiais: (1) Refere-se, geralmente,
mentando-o ao seio e verte a força da sua própria vida, assim tam- «xiiiciios celestes, especialmente os anjos. (2) Refere-se a todos
bém ela lhe dá a força da sua satisfação. Dessa forma Deus nos nu |io<h-H". divinos e celestes à disposição do povo de Deus. (3)
alimenta e nos satisfaz com a plenitude da Sua própria natureza. !" u MI mm especial da Deidade usado para confortar a Israel em
(2) Doador da fertilidade. Esse é o resultado próprio e normal da iiMM|iii'i do divislío, derrota ou fracasso (Is 1 :9; 8: 11-14). Esse
nutrição. Deus nos provê o alimento espiritual e nós devemos IHMMM nunca é usado no Pentateuco mas o é especialmente pelos
em troca dar frutos. Ele quis fazer de Abraão um homem que liiiiíiiitiH Apuroco 80 vezes em Jeremias, 14 vezes nos dois capí-
desse frutos (Gn 17:1-8). Isso foi cumprido de forma incondicio- iiilii» iln Ai|tm, 1)0 nos quatorze capítulos de Zacarias e 25 vezes
nal e completa. (3) Doador da disciplina ou poda. Se o fruto é MH» i|Hiiiiu cnpítulos do Malaquias.
Assuntos Introdutórios —21
20 - Visão Panorâmica da Bíblia
Existem vários outros nomes compostos usados para ex- compreensão do futuro. Neste aspecto eles eram chamados viden-
pressar as diferentes relações e bênçãos de Jeová na Sua obra pelo tes e os acontecimentos preditos iriam mais tarde transparecer.
homem. Mas aparecem com menor frequência e o significado é, Abraão foi o primeiro a ser chamado de profeta (Gn 20:7), segui-
na maioria das vezes, facilmente compreendido. Os que foram da- do por Arão (Ex 7:1). 4- /i SM ^.10 -9i
dos acima parecem ser suficientes para ajudar o estudante na sua
leitura bíblica. 3. Os Escribas. A palavra escriba significa escritor e Seraíasé
o primeiro mencionado (II Sm 8:17). (1) Como escritores, logo
tornaram-se os transcritores da lei, depois intérpretes e, finalmen-
OS OFICIAIS SAGRADOS te, seus mestres e expositores. (2) Tornaram-se conhecidos como
doutores da lei. Isso surgiu do seu conhecimento da lei que era
Existem alguns oficiais sagrados a quem a Bíblia faz referên- obtido pelo constante ato de transcrevê-la. (3) Isso levou o povo
cia com certa frequência. Pelo menos os fatos mais proeminentes a tê-los num lugar de alta proeminência e dignidade, e no tempo
com relação a cada um deles devem ser familiares ao estudante dos reis eram sustentados pelo estado como um corpo de homens
da Bíblia. eruditos, bem organizados e de alta influência. (4) No tempo de
Cristo estavam entre os mais influentes membros do Sinédrio.
1. Os Sacerdotes. Eram homens escolhidos para estarem
diante de Deus em favor do povo, cujos pecados os desqualifi-
cavam de aparecerem por sua própria conta. Os primeiros sacer- 4. Os Apóstolos. (1) Foram doze homens escolhidos por
dotes foram os cabeças de suas próprias famílias (Gn 8:20). Mais Jesus e formaram o alicerce ou início da Igreja de Cristo. Estavam
tarde, o primogénito ou o filho mais velho tornava-se o sacerdote. separados de todas as ordenanças do Antigo Testamento não se
E, finalmente, a fim de que o sacerdócio pudesse ser devidamente submetendo a nenhuma casta de obrigação. Também não estavam
reconhecido. Deus escolheu a família de Arão, da tribo de Levi, ligados à velha administração das coisas. (2) O nome apóstolo sig-
para serem os sacerdotes do Seu povo eleito (Ex 28:1). Eles ser- nifica um mensageiro, aquele que é enviado. Foram escolhidos
viam no tabernáculo e, mais tarde, no templo onde conduziam os para estarem com Jesus e serem por Ele enviados a pregar e ensi-
atos religiosos, ofereciam sacrifícios pelos pecados particulares e nar. (3) Quando Judas, um dos doze, traiu a Jesus e "foi para o
eram os mestres e magistrados da lei. •eu próprio lugar", eles elegeram a Matias para substituí-lo (At
1:15-26). Paulo, mais tarde foi indicado de uma maneira especial
2. Os Profetas. (1) Eram homens cuja obra pode ser vista (At 9:1-30). Barnabé foi chamado de um apóstolo (At 14:14) e
como o complemento daquela feita pelos sacerdotes. Eles fala- outros parecem também ter recebido essa designação. (4) Esses
vam de Deus ao povo. Enquanto os sacerdotes rogavam a Deus homens lideraram novos movimentos (At 5:12-13) e consagra-
em favor do povo, os profetas falavam ao povo em lugar de Deus. r«m-se especialmente aos dons ministeriais (At 8:14-18). Eram a
Eles recebiam revelações de Deus e as tornavam conhecidas ao primeira autoridade na Igreja (At 9:27; 15:2; 1 Co 9:1; 12:28;
povo. Eles eram selecionados de acordo com a vontade de Deus 2 Co 10:8;12:2;GI 1:17;2:8-9).
para repartirem os Seus dons espirituais (1 Co 12: 11) e estendiam
suas atividades através dos anos incluindo aqueles que escreveram
os livros proféticos até Malaquias. (2) Eram filósofos, mestres, B. Ministros ou Pregadores. (1) A palavra ministro aqui sig-
pregadores e líderes da fé e culto do povo. Seu trabalho pode ser nifico aquele que ministra à, ou ajuda alguém em serviço. Isto é
dividido em três partes: (a) A pública entrega de mensagens de litiin como se por servos livres e não por escravos. (2) Eles se
modo muito parecido com os pregadores de hoje; (b) A elabora- iiiiiiimim prosadores, e daí nosso termo ministro (At 13:2; Rm
ção em forma escrita da história, biografia e anais da sua nação Hi MJ). (3) Hoje são pregadores e mestres da Palavra de Deus e
que tornou possível o surgimento do Antigo Testamento; (c) A «lundum ,K necessidades espirituais do povo de Deus e outros.
22 Visão Panorâmica da Bíblia Assuntos Introdutórios — 23
AS DATAS SAGRADAS 4. O Ano Sabático. Vinha a cada sete anos e toda a terra de
Israel deveria descansar assim como o povo de Israel descansava
As datas que eram santificadas nas Escrituras são de muito no sétimo dia. Nenhuma semente deveria ser plantada e tudo o
interesse. Apresentam certos conceitos e propósitos que safo dignos que crescia era de propriedade pública e poderia ser tomada pelo
de especial consideração. Na verdade, é necessa'rio saber os seus pobre se ele quisesse. Durante aquele ano todas as dívidas deve-
significados se quisermos compreender rapidamente algumas passa- riam ser perdoadas exceto aquelas contra estrangeiros (Ex 23:10-
gens. As que são descritas abaixo são as mais importantes: 11 ;Lv25:2-7; Dt 15:1-11 J.
1. O Sábado. É difícil definir o termo. Mas tem algo a ver
5. O Ano do Jubileu. Todo quinquagésimo ano era conhe-
com "um descanso solene" (Lv 25:4). A primeira menção encon- cido como o Ano do Jubileu (Lv 25:8-55). Começava no déci-
tra-se em Gn 2:2-3 e a primeira aparição do nome relacionado mo dia do sétimo mês e durante essa época o solo permanecia
com a semana está em Ex. 16:22-30. Está novamente insinuado
sem cultivo exatamente como no ano sabático. Toda terra que
na divisão de semanas (Gn 8:10-12; Ex 20:8-11). É claramente
tivesse sido vendida ou arrendada voltava para seu dono original,
usada para indicar a nossa necessidade de descanso da fadiga
e todo escravo hebreu era libertado se assim o quisesse.
da vida propiciando uma oportunidade para adoração.
2. As Luas Novas. Eram festas especiais realizadas no pri- 6. O Dia do Senhor. É o primeiro dia da semana e é observa-
meiro dia do mês (Nm 10:10), celebradas com a oferenda de sa- do em comemoração da ressurreição de Jesus que ocorreu naque-
crifícios (Nm 28:11-15). Entre as tribos do norte a festa de Lua le dia. Ela comemorou a consumação da obra de redenção, assim
Nova era considerada ocasião propícia para se ir ao profeta rece- como o Sábado era guardado em comemoração da consumação
ber instrução (2 Rs 4:23). da obra de criação.
3. O Templo. Em volta do templo aglomeravam-se muito obter uma melhor compreensão da ideia de igreja no Novo Tes-
das esperanças e aspirações da nação. Existiram três templos ao tamento.
todo. (1) O Templo de Salomão. Em conexão com este templo
há vários campos de estudo: (a) O desejo que Davi possuía de
construí-lo e sua preparação para isso (2 Sm 7:1-2; 1 Cr caps. AS SETE GRANDES ALIANÇAS
28-29). (b) Seu material, construção e dedicação (1 Rs 5:8, 2
Cr 2:6). (c) Sua destruição pelo general de Nabucodonosor em Existem dois tipos de alianças. (1) Incondicionais ou de
587 a.C. (2) O Templo de Zorobabel. Neste ponto devemos declaração (Gn 9:11) "Eu estabeleço." (2) Recíproca ou condi-
estudar o decreto de Ciro, o retorno dos judeus, a reconstrução cional (Ex 19:5) "se guardardes." A Bíblia inteira é um desen-
e dedicação do templo (Ed caps. 1-6), sua destruição por Rompeu volvimento e resume-se nas sete alianças.
em 63 a.C. e por Herodes, o Grande em 37 a.C. (3) O Templo
de Herodes. Este templo iniciou-se em 20 ou 21 a.C. (Jo 2:20), 1. A Aliança adâmica. Gn 3:14-19. Esboce os elementos
e foi destruído por Tito em 70 d.C. da aliança mostrando as pessoas atingidas e os resultados ou
condições envolvidas.
4. A Sinagoga. A palavra grega de onde é derivada significa
"uma assembleia". Originou-se bem mais tarde na história da na- 2. A Aliança com Noé. Gn 8:20-9:27. Esboce os elemen-
ção, mas logo veio a ter um lugar de muita importância na vida tos da aliança e os resultados envolvidos.
religiosa. Sinagogas eram levantadas em todos os lugares para on- 3. A Aliança com Abraão. Gn 12:1-3; At 7:3; outros deta-
de judeus fiéis iam. No tempo de Cristo ou não muito antes, havia
lhes, Gn 13:14-17; 15:1-18; 17:1-8. Esboce-a dando os elemen-
cerca de 1.500 delas na Palestina com, talvez, 480 em Jerusalém. tos, bênçãos apresentadas (temporais, espirituais ou eternas). Mui-
Parece que havia três oficiais: (1) O Chefe (Lc 8:49; 13:14; Mc 5: tas vezes é vista como várias alianças, mas é melhor considerá-la
22, etc.). (2) Os Anciãos (Lc 7:3; Mt 15:2, etc.). (3) O Assisten- como uma que foi sendo ampliada com o passar do tempo.
te (Lc 4:20). O culto era muito simples e consistia de orações
e leitura com a exposição da Escritura. As sinagogas e seu culto 4. A Aliança mosaica. Ex. 19-30. É apresentada em duas
foram de grande proveito para os apóstolos na sua obra, forne- partes: (1) Lei do Dever (Os 10 mandamentos) e (2) Lei da Mise-
cendo-lhes oportunidades para pregarem o Cristianismo onde quer ricórdia, Sacerdócio e Sacrifícios (Lv 4:27-31; Hb 9:1-7). (3) A
que fossem. quem foi dada (Ex 19:3) e a todos (Rm 2:12; 3:19, etc.). (4)
Seu propósito: (a) Negativo (Rm 3:19-20; Gl 2:16-21, etc.). (b)
5. A Igreja. Este é um termo neo-testamentário. Até o tempo Positivo (Rm 3:19; 7:7-13). (5) A relação entre Cristo e a aliança
de Cristo não existiu nada semelhante a uma igreja. A palavra signi- mosaica: (a) Estava sob ela (Gl 4:4; Mt 3: 13, etc.). (b) Guardou-a
fica "uma assembleia" e é mais comumente usada para designar (Jo 8:46; 15:10). (c) Suportou sua maldição pelos pecadores (Gl
uma congregação local de obreiros cristãos. Às vezes são usados 3:10-13; 4:4-5; 2 Co 5:21, etc.). (d) Substituiu-a terminando
os termos a "Igreja de Cristo", a "Igreja de Deus" ou os "Santos". OOm o Sacerdócio e Sacrifícios (Hb 9:11-15; 10:1-12, etc.). (e)
As igrejas foram estabelecidas em várias cidades e frequentemente A Nova Aliança providenciada para os crentes em Cristo (Rm 8:1;
reuniam-se nos lares. Não é apropriado chamar de igreja aos cris- 813:13-17).
tãos de uma denominação particular. Também seria errado chamar
do Igreja aos cristãos de qualquer denominação num dado territó- '> A Aliança deuteronõmica. Dt 30:1-9. Esboce seus elemen-
rio, Por exemplo: a Bíblia geralmente usa o termo a igreja em toi citando coisas prometidas e profetizadas.
( K i n i i o <• :>• i.il.i (h; icjreja de outra forma, refere-se a um conceito
n. M. .ímpio Aii.iviv. <!<• um estudo das principais igrejas e líderes 6. A Aliança davídica. 2 Sm 7:5-19. (1) Elementos da aliança
«In iiinviiniiiitif. 1 1 i-.i.'i<>-, depois da ascensão de Jesus, poderemos • mm imo no Antigo Testamento. (2) No Novo Testamento.
26 — Visão Panorâmica da Bíblia Assuntos Introdutórios — 27
7. A Nova Aliança. (1) Formada (Hb 8:6-13). (2) Em profe- inspirada como Pedro ou João ou Paulo. Isto poderia ser mera
cia (Jr 31:31-34). (3) É fundamentada no sacrifício de Cristo iluminação ao invés de orientação infalível à verdade, e deixa
(Mt 26:27-28; 1 Co 11:25; Hb 9:11-12). (4) É primariamente lugar para graus variáveis de verdade e erro. Tal teoria teria como
para Israel mas os cristãos são participantes (Hb 10:11-22; Ef possível para alguns de nós a produção de uma nova Bíblia hoje —
2:11-20). (5) Os judeus ainda serão trazidos a ela (Ez 20:34-37; uma ideia que nosso próprio senso de insuficiência nega. (3)
Jr23:5-6;Rm 11:25-27). Outros afirmam que foi tudo feito mecanicamente. Isso traz a
ideia de que os escritores foram impedidos de usarem sua própria
Observação. Tente ver como todas essas alianças encontra- individualidade e tornaram-se nada mais que instrumentos passi-
ram-se em Cristo. vos ou máquinas. Porém, essa teoria falha em não considerar as
diferenças de estilo e as peculiaridades dos escritores tais como
o uso de estilos de uma ou outra cultura, terminologias próprias
A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA de um país ou cidade manifestados em cada lugar, tornando-nos
impossível harmonizar a teoria com as Escrituras. Existem vá-
1. Reivindicação Escriturística. 2 Tm 3:16 diz: "Toda Es- rias outras teorias cada uma das quais completamente insatisfa-
critura é inspirada por Deus." O termo inspirado vem de duas tórias como essas acima.
palavras gregas e literalmente significa soprado por Deus. O termo
"dado por inspiração" mostra que as Escrituras são o resultado 3. O Significado Real. Deve-se dizer que nenhuma teoria
de algum tipo de influência que Deus exerceu sobre os escritores. pode ser considerada completa. Não podemos analisar totalmen-
Mais do que isso, significa um soprar consciente. Então, de acordo te o processo do Espírito Santo operando nas mentes dos ho-
com esta passagem, inspiração significa um forte e consciente mens. Mas se estudarmos as muitas passagens que relacionam-se
soprar de Deus aos homens qualificando-os para darem expressão com o assunto, iremos descobrir que algumas delas dizem ser as
à verdade. É Deus falando através dos homens fazendo das Escri- palavras e escritos do próprio Deus, como se proferidas pela Sua
turas a Sua própria palavra como se Ele a tivesse falado por seus própria boca ou escritas com Sua própria mão; algumas parecem
próprios lábios. Pela infusão do sopro ou fôlego de Deus, homens ter sido faladas por homens que estavam inconscientes do signifi-
santos escreveram em obediência â ordem divina e foram guarda- cado completo da sua mensagem; outras foram escritas após uma
dos de todos os erros. Isto aconteceu tanto enquanto escreviam Investigação cuidadosa e fiel por parte do escritor. O Espírito
alguma nova verdade ou registravam verdades previamente conhe- Sinto usou a atenção, a investigação, a memória, a imaginação,
cidas. A Bíblia, assim, é a exata palavra de Deus e seus vários « ló{)ica - em uma palavra, todas as faculdades do escritor e agiu
livros são de origem e autoridade divinas. nii.ivós disso. Ele guiou o escritor para escolher a narrativa, mate-
rial, discursos de outros, decretos imperiais, genealogias, cartas
2. Algumas Teorias de Inspiração. No estudo dessa questão, nliriiiis, papéis do estado ou artigos históricos que ele pudesse
encontram-se várias teorias. (1) Alguns a vêem como algum tipo •ohar necessário para registrar a mensagem divina de salvação.
de "génio de alta classe." Negam que exista alguma coisa sobrena- Ill trabalhou neles, com eles e através de seus espíritos. Ele
tural ligada à acão do Espírito sobre os escritores da Bíblia, e 01 homens mesmos e falou através de suas individualidades.
afirmam ou insinuam que a sua inspiração deve ser comparada fflmhitm ir/ isso quando predisse os eventos futuros.
com aquela de Milton, Shakespeare, Brownng ou Confúcio; que Dtwti sor dito que a inspiração afetou as próprias palavras.
D«v
Deus habita em todos os homens e todos, portanto, são inspira- i|ii<r.r impossível assegurar a correta transmissão de pensa-
'HM l.i ,|ii
dos, cada um com um grau diferente medido pela sua capacidade tlinnlii •»tuim <!<• alçiuma forma afetar as palavras. Tanto Deus con-
mental ou espiritual. Isso deve ser absolutamente rejeitado. (2) linlmi i n r-.cninms na expressão de Seus pensamentos que eles
Alguns pensam que sua inspiração foi como aquela da era cristã. ilniniii n palavra de Deus na linguagem de homens. E, sendo
Tal teoria faria de qualquer cristão normal de hoje uma pessoa i H M um orientador infalível, mantiveram-se afastados
28 — Visão Panorâmica da Bíblia Assuntos Introdutórios — 29
de erros na declaração de fatos. É então, verdadeiramente, a pa- todos os livros sacros, surgiu a interrogação sobre quais livros eram
lavra de Deus como se Ele não tivesse usado instrumentos para inspirados e sacros.
escrevê-la. As ideias que expressa são as próprias ideias que Deus
queria transmitir, de maneira que Deus é completamente respon- 3. O Cânon do Antigo Testamento. O Antigo Testamento foi
sável por cada palavra nela contida. Paulo ensina isso dizendo formado entre os judeus e mais tarde aceito pelos cristãos. Mesmo
que ele falou em palavras ensinadas pelo Espírito (1 Co 2:13). não sendo possível determinar com certeza os passos exatos que
foram dados até atingir sua forma final, estamos convictos de que
foi uma formação paulatina com livros que se disseminaram atra-
O CANON DAS ESCRITURAS vés dos séculos. A Lei foi colecionada e colocada na Arca da Alian-
ça por ordem de Moisés. Depois, parece que os livros históricos e
1. O Significado do Termo Cânon. A palavra traduzida câ- proféticos de Josué até a época de Davi foram colocados no tem-
non vem de uma palavra grega que significa "uma vara reta" plo. De tempos em tempos a lista sacra ia aumentando. Os escritos
ou "um padrão de medida." Daí deriva o significado secundário judaicos mais antigos declaram que o cânon, como o temos agora,
"linha", "norma," e "lei." Mais tarde passou a significar lista foi pbra de Esdras e a grande Sinagoga composta por Esdras, Nee-
ou catálogo. Logo veio a ser utilizada significando padrão de opi- mias, Ageu, Zacarias e Malaquias. Não há dúvida que tal coleção
nião ou de conduta, sendo finalmente aplicada aos livros da Bí- já existia no tempo de Jesus e seus apóstolos. Sua formação não
blia. Assim, passaram a ser usados os termos "Cânon do Antigo foi um ato arbitrário mas foi submetida pelo povo a um concílio
Testamento" e "Cânon do Novo Testamento." Duas ideias es- oficial para apreciação, sendo que a última ocorreu em cerca de
tão envolvidas. (1) É o cânon da verdade. Nesse sentido refere-se 90 d.C. pelo concílio de Jania.
à restrição do número de livros que compõem a Bíblia. É a co-
leção daqueles livros inspirados por Deus pelos quais e nos quais 4. O Cânon do Novo Testamento. Até o século dezesseis
Ele fala; é o meio que o Espírito usa para apelar ao coração e •Inda existiam dúvidas sobre quais livros do Novo Testamento
consciência dos homens. (2) É a regra de fé e prática. Uma vez deveriam ser aceitos com autoridade sólida. O princípio que
que é a "vara de medida," faz-nos pensar sobre a Bíblia como jrlentou a formação do Cânon do Novo Testamento foi, como
nossa regra de vida. É usada nesse sentido em G l 6:16 e Fp 3:16. jcorreu no Antigo Testamento, a inspiração. (1) A morte dos
ipóstollos tornou necessária a coleção para que seus escritos pu-
2. Por Que Foi Formado Um Cânon? Existiram três causas ser preservados e sua autoridade reconhecida. Surgira
que cooperaram para tornar necessária a formação do Cânon da literatura epistolar e os evangelhos, sendo que sua mensagem
Bíblia. (1) Para preservar os escritos inspirados contra a corrup- Hlmi.i ser mantida inviolada somente através da formação do
ção. Não existia uma necessidade premente de um cânon enquan- ninou (2) Na época da severa perseguição (302 d.C.) surgiram
to a voz dos profetas e apóstolos ainda era ouvida. Eles, por ins- mulini escritores, evangelhos e epístolas falsas e espúrias que rei-
piração, sabiam o que era verdadeiramente inspirado e o que não vindicavam sua aceitação como genuínas. Os perseguidores orde-
era. Mas tão logo eles morreram e a inspiração cessou, tornou-se MNINIII (|iio s»; abandonasse as Escrituras. Porém, os cristãos re-
necessário reunir seus livros e dessa forma preservar a mensagem
HO u condescender com a ordem. Isso, entretanto, levan-
ao povo, dando-lhe segurança contra a corrupção. (2) Para evitar u i|iii'M.io sobro quais eram os livros dos Apóstolos e outros.
a adição de outros livros. Já havia aparecido muitos outros livros ( I) Ai niiiiM ci. nu muitos concílios locais tais como o Concílio
que se diziam inspirados. Levantou-se a questão de qual era a I|H l ri.nlii IM.I i .01 volta de 360 d.C., e o Terceiro Concflio de Car-
extensão ou alcance da inspiração e fez-se necessário decidir quais
(*U<i WIM 307 d.C. Assim, através de constantes concílios e exa-
eram os livros realmente inspirados. (3) Para prevenir contra qual-
MMI» fíilinu i um uiuiado, oração e deliberações eles finalmente
quer tentativa de destruir a Bíblia. Quando o imperador Deoclecia- Inilli MIUIII ijiior. CI.IIM verdadeiros e quais eram falsos, e como ré
no em 302 d.C. emitiu um edito ordenado que se queimasse ln IIMIIII', n Novo foslamento.
C-!" '
r 30 — Visão Panorâmica da Bíblia
AS VERSÕES DA BI BUA
Assuntos Introdutórios — 31
nhã toda a Bíblia. Foi um protesto contra a maldade da sua épo- como dos Estados Unidos foram responsabilizados pelo trabalho.
ca. Ele foi afligido por causa de sua obra enquanto ainda vivia, e Os revisores ingleses dividiram-se em dois grupos: um para o An-
depois de sua morte teve o corpo exumado e queimado pelos seus tigo Testamento e outro para o Novo. Havia dois grupos iguais na
inimigos. (2) As traduções na época da Reforma. A Reforma deu América do Norte. Um amplo esboço da obra foi lançado em
um novo ímpeto ao trabalho de dar a Bíblia ao povo. A tradução 1870. Os resultados do trabalho dos grupos ingleses foram subme-
da Bíblia para a linguagem popular mostraria quão sem fundamen- tidos aos grupos americanos que, por sua vez, poderiam fazer su-
to bíblico era grande parte das práticas e ensinos dos padres e gestões, mas a decisão final ficaria com os grupos ingleses. Todavia,
freiras. Muito do tempo dos reformadores era dedicado à tradução. as sugestões que não foram adotadas foram publicadas em um
As mais importantes delas são: (a) O Novo Testamento de Tyndale apêndice. O Novo Testamento revisado apareceu em 1881 e a Bí-
(1525 d.C.), seguido mais tarde por porções do Antigo Testamen- blia por inteiro em 1885. (5) A Versão Revisada Americana (The
to. Foi a primeira tentativa de traduzir a Bíblia toda diretamente American Revised Version). É considerada por muitos eruditos
do grego e hebraico. Isso criou tamanha amargura ao poder papal a melhor versão já produzida. O comité inglês rejeitou muitas su-
que ele foi queimado na estaca em 1536. (b) Miles Coverdale. Foi gestões dos grupos americanos. Mas foram, como dito acima, pu-
a primeira tradução completa impressa em inglês. Foi original em blicados em um apêndice. Em compensação por esse favor, os es-
certas partes e em outras tratou-se de uma revisão do trabalho de tudiosos americanos comprometeram-se a não sancionar por qua-
Tyndale, aparecendo em 1535. Não professa ter sido feita direta- torze anos a publicação de qualquer edição das versões revisadas
mente das línguas originais, (c) Outras versões. Seguindo essas aci- não impressas pela University Press da Inglaterra. Após a publi-
ma, apareceram muitas traduções. A "Matthew's Bible" (A Bíblia Mcflo em 1885, os comités ingleses logo se dissolveram, mas os
de Mateus), editada por John Rogers apareceu em 1537. Outras limpos americanos resolveram continuar sua organização e seu tra-
edições desse período foram as de Travener em 1539, a "The . Tinham um sentimento que o valor de seus apontamentos
Great Bible" (A Bíblia Grande), assim chamada por causa do ta- iria ser visto e ser-lhes-ia dado um espaço no texto. Não de-
manho de suas páginas, editada por Thomas Cromwell em 1539, ni ..... u j »;i rã que surgisse uma exigência para tal transcurso. Em
e a "Bishop's Bible" (Bíblia do Bispo), uma revisão da "The Great l MI Hl, i mi ano antes do período do seu acordo terminar, havia
Bible", que apareceu em 1568. ih li i Ungida na Inglaterra a chamada "American Revised Version"
Outra versão diferente dessa época é a Bíblia de Genebra, l\/nr..n> Kcvisada Americana) que transferia as referências ameri-
publicada por alguns refugiados a quem a Rainha Maria havia ex- ....... . < i < i .iprndice para o texto. Mas os revisores americanos ha-
pulsado do seu país. Ganhou ampla circulação entre o povo com • ( • i i ..... .i.ido ocupados todos esses anos tentando melhorar a to-
uma ou mais edições surgindo cada ano desde 1560 até 1616. (3) i- il.i vcis.ío revisada e a "American Revised Version" dos
A Versão do Rei Tiago (King James Version) ou Versão Autoriza- ||I ns satisfez. Assim, eles publicaram em 1901 a "Stan-
da. Essa versão é o resultado da labuta de cinquenta e quatro sa- d.ini liliinm ol lhe American Revised Version" (Edição Padrão
cerdotes escolhidos pelo Rei Tiago. O comissionamento desses o l ...... ida Americana), que é muito mais exata do que a
homens deu-se em 1607 e a grande obra estava completa em 1611. ... i. vi\. K 1. 1 de 1885. (6) As Traduções em Português no Brasil.
Seu excelente valor e bela linguagem deram-lhe em pouco tempo IM ..... ii.r. .um', cnciilam no Brasil duas traduções da Bíblia, em
uma supremacia que tem sido sempre mantida. É impossível cal- ..... n.' > | , M - < i.id.i'. por seu estilo vernacular. (a) A Versão de Fi-
cular o valor dessa grande versão. (4) A Versão Revisada (The ..... ! • • riudii/id,! pdo Padre António Pereira de Figueiredo,
1
Revised Version). Por causa da descoberta de novos manuscritos i . d« i.iiun (Vulqata) também chamada de S. Jerônimo.
e das mudanças no significado das palavras inglesas, além do avan- • d.- Almnd, i Resultado do trabalho de João Ferreira
ço da erudição que então encontrava-se mais capacitado para atin- "iiiii.hin ,i MI. n-, ,iniK|.i, n.idu/ida diretamente dos originais he-
gir o significado das línguas antigas, pensou-se ser uma sábia me- l|HH|n A l d K .10 Revisla e Atualizada é a mais recente
dida empreender uma nova tradução. Os mais distintos estúdio Hrvi',01,1, pi imeiro do Novo e depois do An-
sós de toda as denominações protestantes tanto da Inglaterra i ......... ipo-, -.<• <|p ?() elementos das denominações
34 — Visão Panorâmica da Bíblia Assuntos Introdutórios — 35
batistas, presbiteriana, presbiteriana independente, metodista, 3. Os Escritos — Incluíam: (1) livros poéticos — Salmos,
congregacional, episcopal, evangélica luterana e luterana do Brasil. Provérbios e Jó; (2) Os Cinco Rolos — Cantares de Salomão,
Cite-se também a "Versão Brasileira", editada pelas Sociedades Rute, Ester, Lamentações e Eclesiastes; (3) Outros livros — Da-
Bíblicas "Americana" e "Britânica e Estrangeira," em 1917. Tal- niel, Esdras, Neemias, e 1 e 2 Crónicas.
vez a mais fiel tradução do original feita até hoje no Brasil, sem, A própria Bíblia divide o Antigo Testamento em três par-
contudo, a segurança vernacular e beleza de estilo das acima men- tes, como seguem:
cionadas.
1. A Lei — Inclui os cinco primeiros livros da Bíblia, tam-
5. Versões Futuras. Podemos esperar que outras versões apa- bém chamados de livros de Moisés.
reçam no futuro de acordo com a necessidade. E a necessidade cer-
tamente surgirá. Nossas mudanças linguísticas e palavras que 2. Os Profetas — Incluindo os próximos doze livros comu-
ganharão novos e diferentes significados não darão ao leitor o mente chamados de livros históricos e os dezessete livros que
sentido próprio a não ser que de tempos em tempos sejam revisa- conhecemos como livros proféticos.
das e expressadas de acordo com esses novos significados. Essa
mutabilidade de linguagem que está sendo notada mostra a sabe- 3. Os Salmos — Incluindo os cinco livros poéticos.
doria divina em depositar a Palavra de Deus em línguas mortas.
Elas permanecem sempre as mesmas e sempre significarão o mes-
mo a todos os povos. Mas terão que ser expressas diferentemente
e requererão novas versões. Em línguas mortas ela é a eterna e OS LIVROS DA BÍBLIA
imutável Palavra de Deus, e traduzida para outras línguas moder-
nas vive para todos os povos de acordo com os termos da língua Os livros do Antigo e Novo Testamentos podem ser divi-
viva que eles falam. Não tenhamos medo de novas versões se esti- lldoí em três ou cinco grupos, como seguem:
vermos certos de que elas são verdadeiras com relação ao signifi-
cado da língua original na qual a verdade divina foi deixada. 1. História.
(1) Antigo Testamento — Gênesis-Ester (17 livros).
(2) Novo Testamento — Mateus-Atos (5 livros).
AS DIVISÕES DA BÍBLIA
'i Doutrina.
Sob o critério de linguagem e conteúdo, a Bíblia está divi- 1 1) Amigo Testamento — Jó-Cantares de Salomão (5 livros).
dida em duas partes principais: (.') Novo Testamento — Romanos-Judas (21 livros).
(1) O Antigo Testamento — 39 livros. (2) O Novo Testa-
mento — 27 livros. Total — 66 livros.
Os judeus estavam acostumados a dividir o Antigo Testa- 1 1 ) AniK|o litstamento - Isaías-Malaquias (17 livros).
mento em três partes principais, a saber: (.') Novo Irsi.imerito — Apocalipse (1 livro).
O Propósito e a Importância Religiosa. O principal propósito entender o restante da Bíblia e cada parte da qual refere-se aos
do livro é escrever uma história religiosa, mostrando como, depois fatos aqui dados. Ele cobre mais da metade do tempo do Antigo
que o homem caiu no pecado, Deus começou a dar-lhe uma reli- Testamento, e nele estão as sementes de todas as verdades revela-
gião e começou a revelar-lhe um plano de salvação. O germe de das no restante das Escrituras.
toda a verdade revelada pelas Escrituras encontra-se em Génesis, e
conhecer bem esse livro é conhecer o plano de Deus para aben-
çoar o homem pecador. Acima de tudo, aprendemos sobre a natu- ANALISE
reza e a obra de Deus que Se revela como Criador, Preservador,
Doador da Lei, Juiz, e Soberano Misericordioso. O interesse reli- I. A Criação — caps. 1-2.
gioso domina todo o livro, bem como toda a Bíblia, predominando 1. A Criação em geral — cap. 1.
mesmo na história da criação. O propósito religioso é visto no fato 2. A Criação do homem em particular — cap. 2.
de que todos, exceto a raça escolhida, são constantemente aban-
donados. Primeiramente o livro dá a genealogia de Caim, então de- II. A Queda — cap. 3.
siste dele e segue a linhagem de Sete; primeiro Ismael é abandona- 1. A Tentação — 1 -5.
do e Isaque seguido. Esaú nasce primeiro e é abandonado enquan- 2. A Queda - 6-8.
to a história passa a seguir a linhagem de Jacó. 3. A Aparição do Senhor — 9-13.
4. A Maldição- 14-21.
A Importância de Génesis Para a Ciência. Génesis não é um 5. A Expulsão do Jardim - 22-24.
livro científico e não faz nenhuma tentativa para explicar muitas
coisas que são assuntos de pesquisa nos campos da geologia, zoo- III. O Dilúvio - caps. 4-9.
logia, biologia, botânica, astronomia, arqueologia e antropologia. 1. O Crescimento do pecado através de Caim — 4:1-24.
De fato, "A ciência não surge através de revelação, mas através 2. A Genealogia de Noé — 4:25 até o final do cap. 5.
de observação, pesquisa, combinação, conclusão" e, dessa forma. 3. A Construção da arca — cap. 6.
Génesis deixa livre um campo de ciência infinito para a pesquisa 4. A Ocupação da arca — cap. 7.
e descoberta. Mas também não dispensa vários fatos que indicam 5. A Saída de dentro da arca — cap. 8.
o plano geral do universo, fornecendo uma base para a pesquisa 6. A Aliança com Noé — cap. 9.
científica. Entre os fatos mais importantes encontram-se (1) Hou-
ve um começo das coisas. (2) As coisas não surgiram por acaso. IV. As Nações — caps. 10-11.
(3) Há um Criador que se interessa e continua controlando o 1. A Base das nações, os filhos de Noé — cap. 10. Como?
universo. (4) Houve um avanço ordeiro na criação começando 2. A Formação das nações — 11:1-9. Por quê?
com o menor e mais simples, e indo para o maior e mais comple- 3. A Genealogia de Abraão e Sem -11:10-32.
xo. (5) Tudo mais veio a existir para o homem, que é a coroação
da obra da criação.
V.Abraão- 12:1-25:18.
1. A Chamada e a Promessa — cap. 12.
A Importância Geral. A importância do livro não pode ser 2. Abraão e Ló - caps. 13-14.
super-estimada. Ele nos fala somente dos eventos que ocorreram 3. A Aliança- 15: 1-18: 15.
antes de Moisés. Sem ele a Bíblia estaria incompleta. Não sabe- 4. Destruição de Sodoma e Gomorra — 18:16 até o final
ríamos nada a respeito de origem do universo, do homem e do do cap. 19.
pecado; nada sobre o dilúvio e as vidas de Abraão, Isaque, Jacó 5. As Vidas em Gerar — cap. 20.
e José; nada sobre o início da raça hebraica ou sobre como Deus 6. O Nascimento de Isaque —cap. 22.
começou a Se revelar ao homem. Sem esse livro não poderíamos 7. O Sacrifício de Isaque — cap. 22.
44 — Visão Panorâmica da Bíblia Génesis - 45
AS MENSAGENS
(3) Cerirnonial, (4) Moral, e (5) Leis religiosas, com ênfase nos
deveres morais e religiosos.
nhão com Deus. (2) As Ofertas de aroma não agradável. São as V. As Leis Especiais — caps. 26-27.
ofertas perfeitas, relacionadas com a culpa humana. Elas são: (a) 1. Bênçãos e maldições — cap. 26.
A oferta pelo pecado, que é expiatória, vicária e eficaz, ligada 2. Votos e dízimos — cap. 27.
mais aos pecados contra Deus, com pequena consideração à lesão
contra o homem, (b) A oferta pela culpa, referindo-se especial-
mente aos pecados contra o homem que também são contra Deus.
AS MENSAGENS
ANÁLISE
1. As mensagens relacionadas com o pecado. Subentende-
se por todo o livro a existência, a natureza e a enormidade do pe-
A Lei de Sacrifícios - 1:1-6:7. cado, demonstrando-o como sendo: (1) A falta de conhecimento
1. Os holocaustos — cap. 1. de Deus; (2) A perda da comunhão com Deus; (3) Falta de seme-
2. As ofertas de manjares — cap. 2. lhança com Deus; (4) Separação de Deus; (5) Ofensa contra Deus.
3. As ofertas de paz — cap. 3.
4. As ofertas pelo pecado — cap. 4. 2. As mensagens relacionadas com a redenção. A redenção é
5. As ofertas pela culpa — 5:1-6:7. vista através de todo o livro, com as suas principais ideias suben-
tendidas como seguem: (1) É fundamentada na justiça — Deus sal-
II. A Lei dos Sacerdotes — 6:8 até final do cap. 10. va os homens, mas não sem justiça. Ele primeiro precisa ser justo.
1. Os sacerdotes instruídos a respeito da oferta — 6S até o (2) É baseada em sangue. O terrível registro de sangue e fogo mos-
final do cap. 7. tra que a redenção vem somente através do derramamento de san-
2. Arão e seus filhos consagrados — cap. 8. gue, ou a entrega da vida da vítima. (3) Tem a finalidade de provi-
3. As primícias — cap. 9. denciar santidade. A redenção não isenta o homem de santidade,
4. O pecado e a morte dos dois filhos de Arão, o sacerdote — mas através dela, ele torna-se santo. (4) O sacrifício é a base e o
cap. 10.
sacerdócio é o meio de acesso a Deus, as pessoas são colocadas na
posição de adoração. (5) Detalhadamente, ela demonstra: (a) É
III. A Lei da Pureza — caps. 11 -22. substitutiva — uma verdade notada nos sacrifícios, (b) É atributi-
1. O alimento puro e animais comestíveis — cap. 11. va — coloca o pecado sobre a vítima, (c) É feita através de morte —
2. O corpo e a casa puros; normas para purificação — caps. o sacrifício da vítima, (d) É realizada através de amor — a vítima
12-15.
sendo um animal, era inocente de pecado, sendo assim entregue
3. A nação pura, ofertas pelo pecado no Dia da Expiação — por amor, ao pecador. (6) Em tudo isso há uma revelação de Cris-
caps. 16-17. to. Ele carrega o nosso pecado e conduze-nos ao favor diante de
4. O casamento puro — cap. 18. Deus. Traz o registro de Cristo em qualquer lugar do livro — por
5. Leis morais puras — caps. 19-20. todo sacrifício, por todo sacerdote ou vestimenta ou cerimónia.
6. Os sacerdotes puros — caps. 21-22. Ele é tudo e está em todo o livro.
IV. A Lei das Festas — caps. 23-25.
3. As mensagens relacionadas com a natureza humana decaí-
1. As festas sagradas — cap. 23. da. Aprendemos sobre a natureza humana: (1) É uma fonte malig-
2. Parênteses ou interpolação, as lâmpadas do Tabernáculo, na e devemos constantemente observar cada coisa que procede
os pães da proposição, o blasfemo — cap. 24. dela. (2) Não é somente maculada, mas também macula tudo o
3. Os anos sagrados — cap. 25. que toca. (3) Foi suprida através do sangue da expiação.
54 — Visão Panorâmica da Bíblia
55
56 — Visão Panorâmica da Bíblia
Números — 57
Período Histórico. A história cobre um período de pouco
mais de trinta e oito anos (Nm 1:1; Dt 1:3), registrando: (1) Como 3. As leis para a pureza no acampamento — caps. 5-6.
Israel marchou até a fronteira de Canaã, (2) Como eles peregrina- 4. Leis referentes às ofertas e adoração — caps. 7-8.
ram trinta e oito anos pelo deserto enquanto a antiga nação mor- 5. Leis referentes à páscoa e à nuvem — 9:1-14.
reu e uma nova foi treinada em obediência a Deus, (3) Como fi- 6. Sinais para marcharem e se reunirem — 9:15-10:10.
nalmente retornaram à fronteira da terra prometida.
II. Adornada para Moabe - 10:11-22:1.
Tipos e Ilustrações de Jesus. Esse livro é rico em ilustrações e 1. De Sinai para Cades — 10:11 até o final do cap. 14.
tipos que referem-se à Cristo e à experiência cristã, estando regis- 2. De Cades para Cades (as andanças pelo deserto) - 15:1-
trado para nossa instrução e advertência (1 Co 10:1-11). Os mais 20:21.
importantes são os seguintes: ( 1 ) 0 Nazireu. É uma ilustração de 3. De Cades para Moabe - 20:22-22:1.
Cristo como Santo, inofensivo e separado dos pecadores. Não
bebia nenhum tipo de vinho, que era um símbolo de impureza e III. A Permanência em Moabe — 22:2 até o final do cap. 36.
alegria natural. Nisso Jesus é prefigurado como puro e privado da 1. Balaque e Balaão — 22:2 até o fina! do cap. 25.
alegria comum. Seu cabelo não deveria ser cortado. Era um adorno 2. O censo do povo — cap. 26.
de uma mulher. Isso mostrava que Ele não dependeria de força 3. Josué, o sucessor de Moisés — cap. 27.
humana e seria separado dos outros e do pecado. (2) A Fita Azul. 4. Festas e Ofertas - caps. 28-30.
Essa era a cor celeste e mostrava que o povo de Deus, de todos os 5. A Vitória sobre Midiã — cap. 31.
tempos, deveria ser celestial em seu caráter. (3) A Vara Florescen- 6. Duas tribos e meia recebem terra na Transjordânia — cap.
te de Arão. Ilustra a ressurreição de Jesus. Cada cabeça de tribo 32.
depositou uma vara morta e Deus fez com que a de Arão vivesse. 7. Enumeradas as jornadas no deserto — cap. 33.
Isso sugere como Cristo, nosso sacerdote, está vivo. Os fundado- 8. As divisões de Canaã e as cidades de refúgio — caps. 34-36.
res de todas as outras religiões estão mortos: Cristo também mor-
reu, mas Deus O ressuscitou e O aceitou como sumo sacerdote. ,
(4) A Novilha Vermelha. Aqui está o símbolo de Cristo como a AS MENSAGENS
base da nossa purificação. O abate representa a morte de Cristo; o
aspergir do sangue sete vezes aponta para o completo e único can- 1. Obediência. Eles estavam sob a lei e sob a liderança imedia-
celamento dos nossos pecados; a conservação das cinzas é um me- ta de Deus, que os puniu por cada desobediência. É uma lição para
morial do sacrifício, a purificação através da aspersão de cinzas todas as nações.
misturadas com água, ilustra a obra do Espírito Santo e a palavra
de Deus, pela qual o pecador é purificado através do sacrifício de 2. Dúvidas e Fé. Suas dúvidas eram manifestadas pelas quei-
Jesus. (5) As Serpentes Abrasadoras. Mostram como Cristo na xas e murmurações; sua falta de fé em Deus resultou em descon-
cruz salva todo aquele que confia nele. (6) As Cidades de Refú- tentamento. Seu fracasso em ver a Deus deu-lhes uma visão estrei-
gio. Ilustram como Cristo nos protege do julgamento. ta perdendo, assim, sua benção, não podendo entrar em Canaã por
causa da sua descrença.
59
60 — Visão Panorâmica da Bíblia Deuteronômio — 61
Estilo. O estilo é mais inflamado e retórico do que os dos IV. Os Últimos Dias de Moisés - caps. 31-34.
livros anteriores. Seu tom é mais espiritual, ético, e apela para 1. A transferência para Josué - cap. 31.
o dever de "conhecer a Deus", "amar a Deus" e "obedecer a 2. O cântico de Moisés — cap. 32.
Deus". 3. A benção de Moisés — cap. 33.
4. A morte de Moisés - cap. 34.
Ocasião e Necessidade do Livro. (1) Uma crise havia apareci-
do na vida de Israel. A vida do povo estava para ser mudada da-
quela de peregrinar pelo deserto para a de residir em cidades e AS MENSAGENS
aldeias, e da dependência do maná do céu para o cultivo dos cam-
pos. A paz e a justiça dependeriam de uma estrita observância da (1) A lei de Deus é inflexível. Não pode ser revogada ou evi-
lei. (2) Estavam para ser tentados por uma nova religião em Canaã tada e opera universalmente. (2) As leis de Deus são a expressão
contra a qual deveriam precaver-se. As formas mais sedutoras de do Seu amor. Elle governa o homem porque o ama e quer evitar
idolatria seriam encontradas em cada lugar e haveria grande peri- a sua ruína. (3) A obediência do homem é a expressão do seu
go de se submeterem a elas. Especialmente por serem agricultores amor. Ele obedece a Deus porque o ama e tem prazer em promo-
seriam tentados a adorar Baal, que era tido como o deus do agri- ver os Seus interesses.
cultor e das colheitas. Uma má colheita seria uma tentação para
adorarem a Baal trazendo sobre si o descontentamento do Senhor.
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
Os Versículos-chave. Os versfculos-chave são 11 -.26-28.
(1) Faça uma lista dos principais eventos da história passada
de Israel, relembrada por Moisés nos caps. 1-4, e encontre nos
ANÁLISE livros anteriores cada incidente registrado. (2) A partir do cap.
11 faça uma lista das razões para a obediência, as recompensas
A Consideração das Jornadas — caps. 1-4. da obediência e a importância do estudo da lei de Deus. (3) As leis
1. O lugar do seu acampamento — 1:1-5. de benção e maldição (caps. 27-28). Faça uma lista das maldições,
2. Sua história desde a saída do Egito — 1 £ até o final do dos pecados e a penalidade; e uma lista das benções indicando a
cap. 3. benção e aquilo pelo qual é prometida. (4) Faça uma lista dos di-
3. Exortação à obediência —4:1-40. ferentes países e povos a respeito dos quais Israel recebeu ordens
4. Três cidades de refúgio neste lado do Jordão — 4:41-49. ou advertências. (5) A benção de despedida de Moisés às várias
tribos (cap. 33). Faça uma lista do que sobreviria a cada tribo. (6)
II. A Consideração da lei — caps. 5-26. Os nomes, localização e propósitos das cidades de refúgio e as
1. Seção histórica e de exortação — caps. 5-11. lições para hoje que podem ser extraídas delas com seu respectivo
2. Leis de religião - 12:1-16:17. uso. (7) A inflexibilidade das leis de Deus.
3. Leis da vida política — 16:18 até o final do cap. 20.
4. Leis das relações sociais e domésticas —caps. 21-26.
pósito tão nobre. Foi uma batalha travada em favor de todo o 3. Na batalha com os cananeus. Aqui, podemos aprender três
mundo. A liberdade civil e religiosa de todo o povo dependia da- verdades: (1) A vitória de Israel veio através de um lidere coman-
quilo. Ela deu ao mundo um novo padrão de governo como uma dante, e não por meio de um legislador, veio por Josué, não atra-
nação de Deus livre, trazendo um novo conceito de religião, livre vés de Moisés. Assim se dá com o cristão. (2) Eles entraram em
da idolatria, vício e superstição. Ela estabeleceu a nação de Israel, Canaã através do poder divino e não por guardarem a lei. Da mes-
através da qual viria o Messias para abençoar todas as nações. ma forma, o cristão recebe suas bênçãos presentes — sua experiên-
cia celestial — não por obras da lei, mas pelo poder divino. Sua
benção futura virá da mesma forma. (3) O cristão, assim como
ANÁLISE
Israel, deve submeter-se aos padrões de santidade e ao governo
de Deus.
A Conquista de Canaã — caps. 1-12.
1. A preparação — caps. 1-2.
2. A travessia do Jordão — caps. 3-4. PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
3. A conquista de Jericó — caps. 5-6.
4. A conquista do sul — caps. 7-10. (1) A cooperação das duas tribos e meia na conquista de
5. A conquista do norte — cap. 11. Canaã. (2) Faça uma lista das diferentes batalhas no livro e indique
6. Um resumo — cap. 12. em quais delas Israel foi derrotado. (3) A história do pecado de
Acã. Seus resultados, o descobrimento e a punição. (4) A história
II. A Divisão das terras — caps. 13-22. dos gibeonitas, seu estratagema e as consequentes dificuldades de
1. O território das diferentes tribos — caps. 13-19. Josué. (5) Faça uma lista dos incidentes e ocorrências que mos-
2. As cidades de refúgio — cap. 20. tram um elemento miraculoso presente na narrativa. (6) A história
3. As cidades dos levitas — cap. 21. de Raabe, a prostituta. (7) O lugar da adoração e da oração na nar-
4. O retorno das tribos orientais — cap. 22. rativa. Dê exemplos. (8) Evidências do livro de que Deus odeia o
pecado.
III. O Último Conselho e a Morte de Josué — caps. 23-24.
1. A exortação à fidelidade — cap. 23.
2. As palavras de despedida e a morte — cap. 24. JUIZES
de Débora, reúna lições para a vida prática de hoje. (6) A apostasia Alguém já disse que o cap. 1 é a decisão de Rute, o cap. 2
religiosa como causa da decadência nacional. (7) A estultícia po- fala do serviço de Rute, o cap. 3 fala do descanso de Rute,
lítica e a imoralidade social como sinais da decadência nacional. e o cap. 4 fala da recompensa de Rute.
(8) O método da libertação divina.
AS MENSAGENS
RUTE
(1) As circunstâncias não criam nem destróem os crentes.
Este livro, junto com o de Juizes, trata da vida de Israel desde Esta verdade é vista nos dois extremos das circunstâncias. Boaz
a morte de Josué até o governo de Eli. O nome é extraído de Rute, tinha todas as oportunidades e bens, mas foi fiel e verdadeiro;
a personagem principal. Outras personagens importantes são Rute não tinha nenhuma oportunidade ou orientação, mas assim
Noemi e Boaz. mesmo tornou-se gloriosa em caráter. Podemos aprender aqui que
Deus é o nosso principal meio-ambiente. (2) A f é é o segredo ou
O Conteúdo. É propriamente uma continuação de Juizes, teste do discipulado. Sobrepuja todos os obstáculos e nos dá deci-
mostrando a vida da época na sua maior simplicidade. É especial- são e coragem. (3) O valor de uma pessoa que confia. Tal pessoa
mente importante, também, porque mostra a linhagem de Davi. se tornará um instrumento de Deus. Rute é incluída na lista dos
Obede, o pai de Jessé, que tornou-se o pai de Davi, nasceu de Rute fiéis na genealogia de Cristo.
e Boaz, seu marido. Daí, mostra-se que Rute está ligada à toda
história de Israel e forma um elo na genealogia de Cristo.
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
Os Tipos. (1) Rute é um tipo da noiva gentia de Cristo e a
sua experiência é similar à de qualquer cristão devoto. (2) Boaz, (1) Cada um dos personagens do livro, suas características
o rico habitante de Belém, aceitando aquela mulher estranha, é fortes e fracas. (2) A história inteira de Rute em comparação com
uma ilustração da obra redentora de Cristo. a história dos juizes (caps. 17-21 para obter-se uma estimativa das
melhores e piores condições da sua vida social).
As Palavras-Chave. São amor e fé.
ANÁLISE
O conteúdo de Primeiro Samuel. Este livro começa com a II. A Carreira de Saul e a Rejeição Divina — caps. 8-15.
história de Eli, o velho sacerdote, juiz e líder do povo. Registra o 1. Escolhido como Rei — caps. 8-10.
2. Batalhas com os filisteus — caps. 11-14.
70 3. É rejeitado — cap. 15.
72 — Visão Panorâmica da Bíblia
Primeiro e Segundo Samuel — 73
III. A Carreira de Saul Após a Sua Rejeição — caps. 16-31. Os males do ciúme vistos em Saul. (6) A importância do respeito
1. Enquanto Davi estava em sua corte — caps. 16-20. pelas formas de governo existentes — veja a atitude de Davi peran-
2. Enquanto Davi refugiou-se em Juda' — caps. 21-26. te Saul. (7) Como a atitude do homem diante de Deus e Seus ser-
3. Enquanto Davi refugiou-se na Filístia — caps. 27-31. vos pode determinar ou marcar o seu destino. (8) Exemplos de
como Deus usa tanto homens bons como maus no cumprimento
AS MENSAGENS de Seus propósitos.
1. Deus Adapta o Seu Reino às Condições. Enquanto age as- SEGUNDO SAMUEL
sim, faz com que Seu plano avance constantemente. Permite que
tenham um rei, e aponta profetas que eram mais achegados a Ele Encontramos nesse livro a história do desempenho de Davi
do que o rei. O rei nunca foi um mediador entre Deus e os ho- enquanto foi rei de Israel. Foi o rei mais forte que Israel teve e
mens. Deus escolheu falar aos homens através dos profetas. Os caracterizou-se como um importante executivo, um soldado hábil,
próprios reis eram compelidos a ir aos profetas para receberem e tinha uma profunda disposição religiosa. Teve as suas falhas mas,
assistência e orientação.
apesar delas, desenvolveu um grande império. Visto como um
todo, é de profundo, mas também doloroso interesse. Talvez ne-
2. O Homem Coopera Para o Propósito Crescente de Deus.
nhum outro homem tenha tido um registro mais diversificado de
Isso é notado de duas maneiras: (1) O desempenho de Saul mos-
pecado e tristeza do que aqui é dado. Existe uma fé verdadeira e
trou ao povo a tolice que era querer um rei como as nações pa-
genuína e, também, pecado e punição duradoura. Há um severo
gãs. (2) O desempenho de Davi mostrou como Deus poderia lhes
castigo pelo pecado, mas também perdão, descanso, paz, e força
dar um rei ideal, dando-lhes uma melhor concepção do grande
no Deus da sua salvação (Salmo 51:14). Com todas as suas faltas
rei que estava por vir. Tanto no fracasso quanto no sucesso dos
homens, o propósito de Deus é mantido. ele encontrou graça diante de Deus e inaugurou uma linha real
que terminou em Cristo, que é o rei soberano. Seus últimos anos
3. Deus obtém as Suas vitórias tanto através de pessoas obe- foram cheios de fé em Deus, aproximou-se do céu de eterno des-
dientes quanto desobedientes. Isso é notado nas carreiras de Sa- canso em pleno gozo da bênção da aliança eterna. Mostra-nos uma
muel, Saul e Davi. Note dois fatos relacionados à isso: (1) Não é vida atribulada e em paz.
a vitória de Deus que é determinada pela atitude do homem peran-
te Ele, mas sim, o lugar do homem naquela vitória. Samuel e Davi ANÁLISE
obedeceram e foram usados e salvos. Saul foi desobediente e foi
usado, porém destruído. (2) A atitude do homem perante Deus I. Davi é Feito Rei e Governa em Glória — caps. 1-10.
não afeta a Sua vitória, mas determina o destino do homem. As II. O Grande Pecado de Davi e Suas Consequências — caps.
pessoas leais cooperam para a vitória final e, assim, comparti- 11-18.
lham da exaltação daquela vitória; as pessoas rebeldes também III. Davi é Restaurado ao Trono — caps. 19-20.
cooperam para a vitória final e, então, compartilham da ira da- IV. Um Apêndice - caps. 21 -24.
quela vitória.
AS MENSAGENS
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
(1) A atitude do homem perante Deus dá a oportunidade a
(1) A história de Eli e seus dois filhos. (2) O nascimento e a Deus para usá-lo e abençoá-lo. Davi pecou, mas foi um homem
chamada de Samuel. (3) A unção de Saul. (4) A unção da Davi. (5) segundo o coração de Deus. Sua atitude interna era correta. (2)
74 - Visão Panorâmica da Bíblia
8
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
/™ c <1) C°m° Davi se tornou Rei- (2) Suas vitórias nas batalhas Primeiro e Segundo Reis
(J) Seu grande pecado e algumas das consequências. (4) Sua bon-
dade diante dos inimigos (veja também sua atitude perante Saul
relatada em 1 Samuel). (5) A bondade de Deus é ilustrada pela
historia da bondade de Davi para com Mefibosete cap 9 (6) O
salmo de louvor de Davi, caps. 22-23. (7) As diferentes ocasiões Lição 49. Discussão do texto sobre Primeiro Reis e 1 Reis, caps.
em que Davi demonstrou um espírito penitente. (8) A grande pes- 1-4.
tilência, cap. 24. Lição 50. 1 Reis, caps. 5-11.
Lição 51. 1 Reis, caps. 12-19.
Lição 52. 1 Reis, caps. 20-22. Mensagens e Análises de Primeiro
Reis e 2 Reis, caps. 1-2.
Lição 53. 2 Reis, caps. 3-8.
Lição 54. 2 Reis, caps. 9-17.
Lição 55. 2 Reis, caps. 18-25, e Mensagens e Análise de Segundo
Reis.
Lição 56. Análise e discussão dos tópicos "Para Estudo e Discus-
são." (ambos os livros).
O Nome. Os dois livros de Reis eram, originalmente, um só
livro e formam uma história contínua. O nome é extraído dos reis,
cujos feitos eles relatam. Retomam a história de Israel onde Se-
gundo Samuel interrompe, e dão o relato da morte de Davi, o rei-
nado de Salomão, os Reinos Divididos e o Cativeiro.
O Propósito. As mudanças políticas de Israel são dadas a fim
de mostrar a condição religiosa. Isso se mostra não pelos inciden-
tes que são evidenciados, mas pelo modo com que julga os vários
reis como maus ou bons. Há um grande número de exemplos do
conflito entre a fé e a descrença, e a adoração a Jeová e a adoração
a Baal. Vemos os reis perversos que introduzem a falsa adoração
e os reis justos que trazem reformas e tentam vencer a falsa adora-
ção. Israel torna-se submisso ao mal e, por fim, é cortado; Judá
75
76 — Visão Panorâmica da Bíblia Primeiro e Segundo Reis — 77
arrepende-se e é restaurado para perpetuar o reino e para ser o aqueles que não deixaram escritos, foram ativos e cumpriram qua-
meio pelo qual veio Jesus. se toda a sua obra no período aqui tratado. Colocaram-se contra
a luxúria, auto-indulgência, e imoralidade da falsa adoração à qual
O Reinado de Salomão. Salomão começou em glória, flores- atacaram com constância. Perceberam que a religião é um fator
ceu por algum tempo, mas terminou em desgraça. Sacrificou os central da vida e, com liberdade, condenaram todo tipo de má con-
mais sagrados princípios da nação a fim de estabelecer alianças
duta. Eles profetizaram a queda da nação e levaram o povo a espe-
com outras nações. Tentou concentrar toda a adoração no Monte
rar no Messias a glória da nação.
Moriá, provavelmente com a esperança que iria controlar, desse
modo, todas as nações. Por fim, tornou-se um tirano e roubou a
ANÁLISE
liberdade do povo. Mostrou grande capacidade para governar e
organizou todo o reino dividindo-o em doze partes. Teve uma OBS,: São dadas duas análises — uma contínua para os dois livros,
política doméstica de absolutismo, uma política estrangeira de di- mostrando o avanço da história através de ambos; outra para cada
plomacia, e uma política religiosa de centralização, tudo voltado livro separadamente. Tanto uma quanto a outra pode ser usada pa-
para o imperialismo. Dependia de forças militares e tinha outros
ra que o objetivo do estudante ou da classe seja atingido.
deuses além de Jeová', e porisso, foi levado a um triste fim.
Os Dois Reinos. Esta é uma triste história de dissensões, guer- I. O Reinado de Salomão - 1 Reis - caps. 1-11.
ras e derrotas. Israel, ou o reino do norte, sempre teve ciúmes de 1. Sua ascensão ao trono — 1 Reis, caps. 1 -4.
Judá. Entretanto, era o mais forte e possuía muito mais terras com 2. A construção do templo — 1 Reis, caps. 5-8.
mais fertilidade. Foram dezenove reis desde Jeroboão até Oséias, 3. Sua grandeza e seu pecado — 1 Reis, caps. 9-11.
cujos nomes e tempo de reinado podem ser aprendidos lendo-se o II. O Reino Dividido - 1 Reis 1 2 - 2 Reis 17.
que há escrito sobre cada um. Judá, ou o reino do sul, tinha a capi- 1. A revolta e o pecado do reino do norte — 1 Reis, caps.
tal religiosa da nação e o templo como o centro da adoração ja- 12-16.
vista, e sendo mais espiritual, foi um pouco mais fiel à verdadeira 2. A carreira de Elias — 1 Reis, caps. 17-19.
adoração. Teve vinte reis, desde Roboão até Zedequias, cujos no- 3. A perversidade e a morte de Acabe — 1 Reis, caps. 20-22.
mes e tempo de reinado podem ser obtidos através das passagens 4. Continuação da carreira de Elias — 2 Reis, caps. 1-2.
das Escrituras que os descrevem. 5. A carreira de Eliseu — 2 Reis, caps. 3-8.
6. A dinastia de Jeú — 2 Reis, caps. 9-14.
O Cativeiro. É evidente que o cativeiro ocorreu por causa de
7. A queda de Israel — 2 Reis, caps. 15-17.
pecado, sendo que Deus os poupou por um longo tempo. (1) Is-
rael foi levado cativo pelas forças do exército da Assíria, cuja capi- III. O Reino de Judá - 2 Reis, caps. 18-25.
tal era Nínive. Este é o sinal do fim das tribos do norte. (2) Judá 1. O reinado de Ezequias — caps. 18-20.
foi capturado pelas forcas militares do Império Babilónico, mas 2. O reinado de Manassés — cap. 21.
após um período de setenta anos, o povo foi restaurado à sua pró- 3. O reinado de Josias — caps. 22-23.
pria terra.
4. A queda de Judá — caps. 24-25.
À Atividade Profética. Durante aqueles tempos os profetas
ANÁLISE DE PRIMEIRO REIS
foram muito ativos. Os reis em sua maior parte eram perversos e
não queriam se submeter â vontade divina. Essa atitude e conduta O Reinado de Salomão — 1 Reis, caps. 1-11.
da parte deles, exigiu frequentes denúncias e advertências por par-
1. Sua ascensão ao trono — caps. 1 -4.
te dos profetas. Eles falam em lugar de Jeová e tentaram sensibi-
2. A construção do templo — caps. 5-8.
lizar a consciência da nação. Tanto os profetas escritores quanto
3. Sua grandeza e seu pecado — caps. 9-11.
78 — Visão Panorâmica da Bíblia Primeiro e Segundo Reis — 79
II. A Revolta e o Pecado das Tribos do Norte — 1 Reis, caps. 1. Com Relação ao Fracasso dos Governos Humanos. Aqui,
12-16. encontramos: (1) A causa — um sentimento perdido de Jeová.
III. A Carreira de Elias - 1 Reis, caps. 17-19. Veja a adoração idólatra e a incapacidade dos reis em verem que
IV. A Perversidade e a Morte de Acabe — 1 Reis, caps. 20-22. Deus estava trabalhando entre eles. (2) As manifestações — a perda
de ideais nacionais. Observe os baixos ideais de justiça e a peque-
ANALISE DE SEGUNDO REIS na preocupação com o pecado. (3) O abandono — uma consciência
insensível. Estude as suas reformas superficiais, sua negligência às
I. A Carreira de Elias e Eliseu — 2 Reis, caps. 1-8. ordenanças religiosas, etc. (4) O resultado — conquistados, captu-
1. A continuação da carreira de Elias — caps. 1-2. rados, levados à derrota nacional.
2. A carreira de Eliseu — caps. 3-8.
2. Com Relação à Vitória do Governo Divino. Isso é visto: (1)
I1. De Jeú até a Queda de Israel - 2 Reis, caps. 9-17. Em Seu propósito. Estude a Sua promessa à Abraão. (2) Em Sua
1. A dinastia de Jeú — caps. 9-14. persistência. Observe as repetidas profecias e advertências. (3) Em
2. A queda de Israel —caps. 15-17. Seu poder. Ele nunca permitirá a partida de Seu povo, mas o segui-
rá até lhe dar segurança.
III. O Reino de Judá - 2 Reis, caps. 18-25.
1. O reinado de Ezequias — caps. 18-20. 3. Com Relação à Perda da Visão de Deus Por Parte do Ho-
2. O reinado de Manassés — cap. 21. mem. Isso conduz â ideais degradados, consciências mortas e pro-
3. O reinado de Josias - caps. 22-23. pósitos já derrotados.
O Nome. O nome Crónicas foi dado por Jerônimo. Eram as II. O Reinado de Davi - 1 Crónicas, caps. 10-29.
"palavras dos dias" e os tradutores da Septuaginta os chamaram 1. A ascensão e o grande homem — caps. 10-12.
de "coisas omitidas." Eram originalmente um só livro. Começan- 2. O zelo pela adoração de Jeová — caps. 13-17.
do com Adão, a história de Israel é re-escrita até o retorno de Judá 3. Suas vitórias — caps. 18-20.
do cativeiro. 4. O recenseamento do povo — cap. 21.
5. As provisões para o templo — caps. 22-29.
A Relação com Livros Anteriores. Eles cobrem o mesmo pe-
ríodo dos outros. Naquela época os livros haviam sido juntados III. O Reinado de Salomão - 2 Crónicas, caps. 1-9.
e formavam uma história contínua. Aqui, repetimos e revisamos 1. A construção do templo — caps. 1-4.
toda a história, iniciando com Adão e indo até o edito de Ciro, que 2. A dedicação do templo — caps. 5-7.
permitiu aos judeus exilados o retorno à Jerusalém. 3. A grandeza e os bens de Salomão — caps. 8-9.
O Propósito Religioso das Narrativas. Muitas coisas indicam IV. Judá Depois da Revolta das Dez Tribos - 2 Crónicas, caps.
que estes livros têm um propósito religioso. (1) É dada especial 10-36.
ênfase ao cuidado de Deus para com Seu povo e o Seu propósito 1. O reinado de Roboão - caps. 10-12.
em salva'-lo. (2) Evidencia-se a construção do templo. (3) Os reis 2. A vitória de Abias — cap. 13.
que serviram a Deus e destruíram os ídolos recebem um lugar mais 3. O reinado de Asa — caps. 14-16.
destacado. (4) É seguida a linhagem de Judá, somente mencionan- 4. O reinado de Josafá — caps. 17-20.
do Israel onde se faz necessário. Assim, a linhagem messiânica atra- 5. Sete reis e uma rainha — caps. 21 -28.
vés de Davi está sendo seguida. (5) O espírito sacerdotal permeia 6. O reinado de Ezequias — caps. 29-32.
esses livros ao invés do elemento profético como nos livros históri- 7. O reinado de Manassés e Amon — cap. 33.
8. O reinado de Josias - caps. 34-35.
80 9. O cativeiro — cap. 36.
82 - Visão Panorâmica da Bíblia Primeiro e Segundo Crónicas — 83
AS MENSAGENS DE PRIMEIRO CRÓNICAS os vasos que haviam sido contaminados. Josafá enviou mensagei-
ros a todo lugar para interpretarem as Escrituras devido ao fato
1. Deus Deve Ser Considerado na Vida das Nações. Este f ato de haver uma ignorância geral acerca da lei de Deus. Joás restaurou
é sempre negligenciado, mas é evidenciado: (1) Pelo fato de que a casa de Deus que havia sido destruída. Ezequias abriu as portas
Deus está trabalhando. Através da Sua escolha e eleição, alguns são da casa de Deus, que haviam sido fechadas pelo povo por terem
excluídos e outros, aceitos. Devido à sua obediência e ao caráter caído em mero e cansativo formalismo. Josias levou adiante a sua
que ela produz, alguns safo recebidos; por causa da sua desobediên- reforma fazendo o povo usar e conformar-se à lei que ele havia
cia, outros têm os seus direitos e privilégios cancelados. (2) Pelo fa- encontrado, e sobre a qual eram todos ignorantes, por causa da
to de que todas as coisas levam ao pleno cumprimento do propó- perda. (2) Algumas conclusões: O templo, naquela época, e a igre-
sito de Deus. O trabalho divino está dirigido não somente ao caso ja, hoje, é o centro e a norma da vida nacional. A igreja, então,
dos hebreus, mas a todos, e executará o Seu propósito. (3) Pelo fa- deve ditar as normas. Portanto, nenhum estado pode estabelecer
to de que quando Deus é deixado de lado não existem padrões uma igreja, mas a igreja, dando ideais retos, pode estabelecer e
morais. fortalecer o estado. Entretanto, a religião não pode ser formal.
A igreja, como o povo de Deus, deve estar cheia do Espírito San-
2. O Teste dos Patriotas. Aqui, temos um conselho sensato. to para que possa, assim, mudar o mundo.
Devemos estar conscientes dos sentimentos políticos ou dos polí-
ticos que negligenciam a Deus, atacam-No, ou se opõem ao reco-
nhecimento de Deus por parte da nação. O homem que adora a PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
Deus é o verdadeiro patriota, e o homem que O serve inspira con-
fiança para servir a sua nação. (1) Os homens que integram a família oficial de Davi. (2) As
diferentes vitórias de Davi. (3) A dedicação do templo, especial-
mente a oração. (4) A riqueza e a insensatez de Salomão. (5) As
AS MENSAGENS DE SEGUNDO CRÓNICAS Escrituras e a casa de Deus como meios e fontes de toda reforma.
Veja: (a) A restauração do altar e dos vasos feita por Asa; (b) O
1. A Condenação do Ritualismo na Vida Nacional. Não deve- ensino de Josafá ao povo a respeito da lei de Deus; (c) Joás e a ca-
mos reconhecer a Deus somente de um modo formal, mas temos sa de Deus restaurada; (d) As reformas de Josias. (6) O reinado
que adaptar o nosso caráter e a nossa conduta ao símbolo do re- de Manassés. (7) A natureza do culto de Judá. (8) O cativeiro. (9)
conhecimento que fazemos d'Ele. O templo, a suprema herança O valor de uma verdadeira religião para uma nação. (10) Os maus
de Salomão, devia ser a expressão do relacionamento entre Israel resultados da idolatria.
e Deus, mas aquilo tornou-se uma mera formalidade. Salomão fa-
lhou por não conformar a sua vida aos ensinos. Ele seguiu o peca-
do, a luxúria e, por fim, fracassou.
3. Lançado o fundamento — cap. 3. II. A Aliança Para Guardar a Lei - caps. 8-10.
4. A obra é paralisada — cap. 4. 1. A leitura da lei — cap. 8.
5. A obra é terminada — caps. 5-6. 2. A confissão é feita — cap. 9.
3. A aliança é estabelecida — cap. 10.
II. As Reformas de Esdras — caps. 7-10.
1. A viagem de Esdras — caps. 7-8. III. A Dedicação dos Muros e as Reformas de Neemias — caps.
2. A confissão do pecado — cap. 9. 11-13.
3. A aliança para guardar a lei — cap. 10. 1. Os habitantes da cidade, 11:1 -12:26.
2. A dedicação dos muros, 12:27-47.
3. Os males são corrigidos — cap. 13.
AS MENSAGENS DE ESDRAS
rais; (c) políticas. (4) A reunião pública e a nova festa, cap. 8. (5) e o Seu cuidado pelo Seu povo estão subentendidos em todo
A aliança, caps. 9-10. (6) A repovoação de Jerusalém, caps. 11-12. o livro.
ESTER ANÁLISE
JÓ
tacão do Egito ou em Canaã. Um escritor desses períodos não teria antes de reclamar ou acusar a Deus e seu modo de governar. (7)
ficado silente a respeito de assuntos tão grandiosos. Jó ora e é restaurado.
O Propósito. O propósito do livro, então, é justificar a sabe-
Características Literárias. Os capítulos 1 e 2 e partes do capí-
doria e a bondade de Deus em assuntos de sofrimento humano, e
tulo 42 estão em prosa. Todo o restante é poesia. Os diferentes in-
especialmente mostrar que nem todo sofrimento é punitivo.
ter-locutores podem ter sido reais ou podem ser personagens cria-
dos por um escritor para compor a narrativa. Entretanto, há muito A Provação de Jó. A provação de Jó veio em estágios e consis-
pouca dúvida de que a história é fundamentada em fatos históricos. tiu grandemente numa série de perdas como seguem: (1) Suas pro-
priedades, (2) Seus filhos, (3) Sua saúde, (4) A confiança de sua
Os Problemas do Livro. Esse livro levanta uma série de ques- mulher — ela desejou que ele amaldiçoasse a Deus e morresse, (5)
tões importantes, que são comuns á todos e as discute direta ou Seus amigos que agora o vêem como um pecador, (6) A alegria da
indiretamente. Entre elas, as mais importantes são: (1) Há qual- vida — ele amaldiçoou o dia do seu nascimento, (7) A sua confiança
quer bondade que não seja recompensada? "Porventura Jó debalde na bondade de Deus — ele disse a Deus: "Por que te fizeste de mim
teme a Deus?" (2) Por que o justo sofre e por que o pecado não é um alvo?". Na sua resposta a Eliú ele duvida da justiça, senão da
punido? (3) Deus realmente protege e cuida das pessoas que O própria existência de Deus. Em tudo isso ele é privado de todas as
temem? (4) A solução de Jó, que, aparentemente, nunca foi apre- coisas terrenas que poderiam lhe trazer prazer. Um quadro mais
sentada de modo pleno; numa ocasião olhando para a vida futura abjeto não poderia ser pintado.
para uma solução (19:25-37) e mais tarde rogando uma chance
para apresentar o seu caso a Deus (caps. 29-31). (5) A solução de
Deus — apesar de haver mistério tanto no mal como no bem, a ati- ANÁLISE
tude do homem deve ser de submissão e fé.
I. A Riqueza e a Aflição de Jó — caps. 1 -2.
O Debate. O debate acontece na seguinte ordem: (1) Há uma II. A Discussão de Jó e Seus Três Amigos — caps. 3-31.
conversa entre Deus e Satanás, e a consequente aflição de Jó. (2) 1. O primeiro ciclo — caps. 3-14.
O primeiro ciclo de discussões com seus três amigos onde eles 2. O segundo ciclo — caps. 15-21.
acusam Jó de pecado, o qual é negado por Jó. (3) O segundo ciclo 3. O terceiro ciclo — caps. 22-31.
de discussões. Aqui, os amigos de Jó afirmam que a reivindicação
de inocência por parte de Jó é uma evidência da sua culpa e do pe- III. O Discurso de Eliú-caps. 32-37.
rigo iminente. (4) O terceiro ciclo. Nesse ciclo os amigos de Jó
afirmam que as suas aflições são exatamente aquelas que sobrevêm IV. Os Pronunciamentos de Deus — caps. 3841.
ás pessoas que cedem às tentações às quais são submetidas. Nos 1. O primeiro pronunciamento — caps. 38-39.
três ciclos de discussões, Elifaz, Bildade e Zofar discutem com Jó, 2. O segundo pronunciamento — caps. 40-41.
exceto Zofar que permanece silente no terceiro ciclo. Eles falam
na mesma ordem cada vez. (5) Eliú mostra quão erradamente V. A Restauração de Jó — cap. 42.
Jó acusa a Deus enquanto se defende e afirma que o sofrimento
nos ensina a retidão e nos previne contra o pecado. (6) Deus in-
AS MENSAGENS DE JÕ
tervém e em dois discursos instruiu Jó. No primeiro discurso, é
mostrado a Jó o poder do Todo-Poderoso e a sua própria insen- A história de Jó nos traz mensagens distintas sobre as necessi-
satez em tentar responder a Deus a quem os animais temem por dades e as expectativas do homem pecaminoso. Tais necessidades
instinto. No segundo discurso, é mostrado a Jó que uma pessoa e inquirições são relatadas como sendo impossíveis de serem aten-
primeiro precisa saber governar o mundo e corrigir os seus males
94 - Visão Panorâmica da Bíblia Jó, Salmos e Provérbios — 95
didas até que Jesus viesse para preencher cada necessidade e res- Os Autores. Não há meios para se determinar a autoria de
ponder a cada expectativa do coração do homem. (1) Há um 50 salmos dentre os 150. Os outros autores são: Davi, Asafe,
clamor por um mediador humano, alguém que ponha a mão sobre os filhos de Core, Hemã, Etã, Moisés, e Salomão. Dos 100 cuja
nós ambos. (2) Há um anseio por luz sobre o futuro — "Morren- autoria é indicada, 73 são de Davi, e no Novo Testamento so-
do o homem, porventura tornará a viver?" (3) Havia a necessidade mente ele é referido como o autor — Lucas 24:44.
de alguém para defender a sua causa. Deus tem de agir — a provi-
A Relação Com Outros Livros do Velho Testamento. Tem
são está em Cristo. "Porque ele não é homem, como eu, a quem
sido chamado o coração de toda a Bíblia, mas a sua relação com
eu responda." (4) Há a necessidade de um redentor ou vindicador.
o Velho Testamento é especialmente íntima. Todas as manifes-
"Porque eu sei que o meu Redentor (vindicador) vive." (5) Deve- tações divinas são vistas com referência às experiências íntimas
mos ter um juiz, alguém diante de quem nosso vindicador possa ir que elas produzem. A história é interpretada à luz de uma paixão
e defender a nossa causa. (6) Devemos ter um livro de acusações pela verdade e justiça a proximidade de nossa relação com Deus.
para mostrar a culpa que está em nós. A Bíblia é o livro que Deus
escreveu, 31:35. (7) Há a necessidade de uma visão de Deus que Os Assuntos dos Salmos. E muito difícil fazer qualquer clas-
nos dê um senso da justiça de Deus e do valor humano, levan- sificação dos Salmos e qualquer uma está aberta à crítica. Por esta
do-nos ao arrependimento. razão, muitos agrupamentos têm sido sugeridos. Podem ser de aju-
da os seguintes exemplos que são tomados de diversas fontes: (1)
Hinos de louvor: 8, 18, 19, 104, 145, 147, etc. (2) Hinos nacio-
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO nais, 105, 106, 114, etc. (3) Hinos do templo, ou hinos para o cul-
to público, 15, 24, 87, etc. (4) Hinos relativos à testes e calamida-
(1) A personalidade e a malícia de Satanás. Aponte as suas des: 9, 22, 55, 56, 109, etc. (5) Salmos Messiânicos, 2, 16, 40, 72,
falsas acusações contra Jó e Deus e os sinais do seu poder. (2) 110, etc. (6) Hinos de caráter religioso em geral: 89, 90,91,121,
Com relação ao homem, procure evidências de: (a) A insensatez 127, etc.
da justiça própria, (b) a pequenez dos homens mais perfeitos A classificação seguinte foi dada na esperança de sugerir as
quando vistos por Deus. (c) A impossibilidade do homem de características religiosas mais proeminentes nos Salmos: (1) Aque-
encontrar a Deus pela sabedoria, à parte da graça. (3) Com rela- les que reconhecem a natureza infinita, a sabedoria e a onipresença
ção à Deus, reúna evidências da Sua sabedoria, perfeição e bon- de Deus. (2) Aqueles que reconhecem a universalidade do Seu
dade. (4) O desapontamento de Jó causado pelos seus amigos. amor, providência e bondade. (3) Aqueles que demonstram a re-
(5) Os elementos de Jó para o presente, sua visão do Seol, e sua pugnância de todos os ídolos e a rejeição de todas deidades subor-
visão do futuro. Acredita Jó numa vida futura ou ele pensa que dinadas. (4) Aqueles que fornecem uma visão do Filho Divino e
tudo termina no túmulo? O livro explica porque permite-se o Sua obra de redenção sobre a terra. (5) AqueJes que mostram a
sofrimento do justo? (7) Faça uma lista das passagens que se des- terrível natureza do pecado, o ódio divino contra ele e o julgamen-
tacam, especialmente aquelas que são dignas de memorização. to dos pecadores. (6) Aqueles que ensinam a doutrina do per-
dão, misericórdia divina e o poder do arrependimento. (7) Aqueles
que enfatizam a beleza da santidade, a importância da fé e o pri-
vilégio da comunhão da alma com Deus.
SALMOS
Essa variedade por um lado, e unidade por outro, deu ao livro
um lugar único na vida religiosa do indivíduo cristão e das igrejas.
O Nome. A palavra hebraica significa louvores ou hinos, e
Ele tem dominado o coração de toda a cristandade, molda as afei-
a palavra grega significa salmos. Pode ser chamado de "O Livro
ções, sustenta as esperanças, e purifica a fé dos crentes. Encaixa-se
de Oração e Louvor Hebreu." Prevalece a nota de louvor, embora
em todos os nossos sentimentos sejam eles de ambição, tristeza,
alguns trechos sejam de tristeza e queixas, enquanto oue
São filosnfir-oc confissão, alegria ou ações de graças.
96 - Visão Panorâmica da Bíblia
Jó, Salmos e Provérbios - 97
ANALISE
PARA ESTUDO E DISCUSSÃO
I. Os Salmos Davídicos, 1-41. (1) Em que ocasiões provavelmente foram compostos os se-
Não são todos atribuídos a ele, mas refletem muito da sua guintes salmos: (a) Salmo 3 (2 Sm 15); (b) Salmo 24 (2 Sm 6: 12-
vida e fé. ''17); (c) Salmo 56 (1 Sm 21 : 10-15); (d) Salmos 75 e 76 (2 Rs 19:
32-37); (e) Salmo 109 (1 Sm 22:9-23), (f) Salmo 74 (2 Rs25:2-
II. Os Salmos Históricos, 42-72. 18); (g) Salmo 60 (1 Cr 18: 11-13). (2) Qual é o assunto dos Sal-
São atribuídos a diversos autores, sendo os dos filhos de Core mos 23, 84, 103, 133 e 136? (3) Quais as doutrinas de caráter divi-
mais proeminentes e estão especialmente cheios de fatos históricos. no que são ensinadas em cada um dos seguintes Salmos: 8, 19, 33,
46,93, 115 e 139?
III. Os Salmos de Ritualismo ou Litúrgicos, 73-89.
A maioria deles é atribuída á Asafe, e além de serem prescri-
tos especialmente para a adoração, são fortemente históricos. PROVÉRBIOS
IV. Outros Salmos da Era Pré-Exflica, 90-106. O Valor Prático do Livro de Provérbios. Os provérbios enfa-
Dez anónimos, um de Moisés (90) e o restante de Davi. Re- tizam a vida religiosa externa. Ensinam a praticar a religião e a ven-
fletem muito do sentimento e da história antes do cativeiro. cer as tentações do d ia-a -dia. Expressam a crença em Deus e em
Seu governo sobre o universo e, portanto, buscam fazer da Sua re-
ligião o motivo controlador na vida e na conduta. Expressam um
V. Os Salmos do Cativeiro e do Retorno, 107-150. profundo conceito religioso, mas colocam maior força na prática
Assuntos pertinentes ao cativeiro e ao retorno à Jerusalém. da religião em todas as relações na vida. Davison diz: "Para os es-
critores de Provérbios, religião significa bom senso, religião signi-
fica domínio dos negócios, religião significa força e virilidade e
AS MENSAGENS DOS SALMOS sucesso, religião significa um intelecto bem equipado que emprega
os melhores meios para atingir os mais altos ideais." Essa decla-
ração é correta à medida em que é enfatizado o lado do dever.
1. Relacionadas Com a Atitude Humana na Adoração. Aqui Entretanto, subjacente a todos os ensinos está a firme crença na
encontramos três palavras valiosas. (1) O homem deve ser submis- existência de Deus e no seu domínio sobre o mundo. Todas as
so. Esta é a resposta do homem diante da soberania divina que coisas repousam numa base religiosa (3: 5-7; 16: 3, 6, 9; 23: 17).
requer reverência e obediência. (2) O homem deve confiar em Há passagens que referem-se à vida nacional na sua relação com o
Deus. Esta é a resposta do homem ao poder de Deus e requer ho- governo (14: 34, 35; 16: 12-15); às relações domésticas e à felici-
nestidade e coragem. (3) O homem deve ser alegre. Esta é a res- dade (6: 20-22; 18: 22; 3: 10-31); à relação do homem com seus
posta humana diante da graça divina e requer arrependimento e semelhantes (11 : 1; 14:21; 17: 5); à conduta diária (10: 4; 11:28;
adoração.
2. Relacionadas Com as Pessoas Envolvidas na Adoração. A Natureza dos Provérbios. (1) Há uma voz de sabedoria que
Existem duas: (1) Deus, o qual solicita a adoração do homem e profere palavras de sabedoria, entendimento, conhecimento, pru-
envolve revelação. Sobretudo, Deus é fiel e verdadeiro e age em dência, sutileza, instrução, discreção, e o temor de Jeová, dando-
amor. (2) O homem, o qual se aproxima de Deus, derrama a sua al- nos bons conselhos para a condição diária de vida. (2) Há uma voz
ma e recebe as dádivas de Deus, oferecendo em troca o louvor. de insensatez, que profere palavras de estultícia, simplicidade,
estupidez, ignorância, brutalidade, e baixeza, levantando a sua voz
98 — Visão Panorâmica da Bíblia Jó, Salmos e Provérbios - 99
onde quer que fale a sabedoria. (3) A sabedoria é contrastada com IV. Provérbios de Salomão — Copiados pelos Escribas de Eze-
a insensatez, que frequentemente é vista na simplicidade e no es- quias — caps. 25-29.
cárnio. (4) A sabedoria é personificada como se fosse Deus falando
sobre os deveres práticos, morais, intelectuais e religiosos do ho- V. As Palavras de Agur — cap. 30.
mem. (5) Uma vez que faz parte das Escrituras, Cristo identifica-se
no livro, Lucas 24: 27. E se Cristo for o substituto para a sabedo- VI. As Palavras de Lemuel — cap. 31.
ria, onde ela é encontrada, um novo e maravilhoso poder será no- 1. O dever dos reis, 1-9.
tado no livro. 2. O louvor à uma mulher virtuosa ou boa esposa, 10-31.
ECLESIASTES
ANÁLISE
O Nome. O nome hebraico significa pregador e refere-se àque-
le que reúne ou discursa às assembleias.
As Vaidades da Vida — caps. 1-4, vistas tanto na experiência
O Elemento Pessoal ou Humano. Expressões tais como como na observação.
Atentei , 'Disse comigo," "Eu vi," etc., indicam que não está 1. A vaidade daquilo que foi experimentado — caps. 1 -2.
sendo desenvolvida a vontade de Deus, mas um homem está falan- 2. A vaidade daquilo que foi observado — caps. 3-4.
do das suas próprias aventuras e do seu fracasso final. Trata-se da-
quilo que foi visto e experimentado.
A Sabedoria Prática — caps. 5-7.
1. Algumas máximas de prudência — cap. 5.
A Visão Geral ou Frase-Chave é "debaixo do sol " com a
2. Algumas vaidades — cap. 6.
triste ressalva, "vaidade de vaidades, tudo é vaidade," mostran-
3. O melhor caminho para se dar bem na vida — cap. 7.
do como um homem, sob as melhores condições possíveis bus-
cou alegria e paz empregando os melhores recursos humanos
tie teve o melhor que poderia conseguir da sabedoria humana, Normas Para Uma Vida Feliz — caps. 8-11.
100
IV. Conclusão de Todo o Assunto — cap. 12.
702 - Visão Panorâmica da Bíblia Eclesiastes e Cantares de Salomão — 103
(1) Faca uma lista das diferentes coisas enumeradas como vai- O Estilo. É em parte diálogo e em parte monólogo. O amor
dade ou fracasso. (2) Faca uma lista das coisas que vêm a nós co- entre eles é expresso de um modo sensual, bastante comum entre
mo dons da providência divina. (3) Faca uma lista das máximas de os povos orientais. A maior parte dos indícios leva a crer que foi
prudência ou normas que nos ensinam a viver retamente e nos co- escrito para comemorar as núpcias de Salomão e a filha de Faraó.
locam acima das tribulações e derrotas da vida. (4) Pensa o autor É um tipo de drama com três personagens principais: Salomão,
que buscar o prazer é o grande negócio da vida? (5) Ele nega o va- a jovem sulamita e o seu amado.
lor do serviço altruístico? (6) Ele crê na vida futura e nas recom-
pensas futuras?
ANÁLISE
5. Ela anseia pelo seu amado que está ausente - 4:8-5:1. Igreja. (4) Algumas passagens onde o amor da mulher e o amor do
6. Ela sonha que o está buscando em vão —5:2-8. rei são expressos. (5) A base do amor humano, 2:2-3. (6) A força
do amor humano, 8:6-7. (7) A interpretação do amor humano em
III. A Terceira Tentativa do Rei Para Ganhar o Amor da Jovem — termos do amor divino.
5:9-8:4.
1. As damas da corte não conseguem compreender a fidelida-
de da jovem ao seu antigo amor — 5:9-6:3.
2. O terceiro esforço do rei para ganhar o amor da jovem cho-
ca-se com a declaração dela sobre o seu propósito de per-
manecer fiel ao seu amado que está ausente — 6:4-8:4.
abstratos mas locais e para Israel. O profeta era acima de tudo um forma à sua carreira. Ele viu: (1) A santidade e a majestade de
patriota judeu que trazia reavivamento estando cheio do Espírito Deus. (2) A sua corrupção quanto a estas características. (3) A
Santo e movido por um espírito de zelo por Israel. convicção de um terrível julgamento sobre os perversos. (4) A sal-
Os elementos de predição dos livros proféticos devem ser in- vação do remanescente que se tornaria a semente de um novo Is-
terpretados à luz de: (1) Um cumprimento próximo e local, tal rael. Com essas verdades ardendo em seu espírito, ele empreendeu
como a dispersão e a restauração. (2) Um cumprimento maior e a batalha da justiça em todas as esferas da vida. Esforçou-se para
mais distante do qual o primeiro é apenas um pressa'gio, tal como regenerar toda a vida da nação. Tentou fazer não somente a ado-
o advento do Messias e o Seu reino de glória sobre toda a terra. ração religiosa, mas também o comércio e a política, tão puros a
A interpretação das profecias deve se dar com o significado li- ponto de tudo se tornar um culto aceitável a Deus. Portanto, tor-
teral, natural e não-forçado das palavras. As seguintes passagens nou-se um mestre, pregador, reformador social, homem de estado
mostrarão como as profecias, já' cumpridas, foram cumpridas e vidente. Ele sentia que a sua nação tinha uma missão divina e
literalmente e não alegoricamente: Gn 15:13-16; 16:11-12- Dt que Deus iria cuidar de tudo, mas a menos que levassem a termo
28:62-67; SI 22:1,7, 8, 15-18; Is 7:14; 53:2-9; Os 3:4; Jl 2:'28- o propósito divino. Deus vindicaria a Sua justiça trazendo julga-
29; Mq 5:2; At 2:16-18; Mt 21:4-5; Lc 1:20, 31: At 1 ' 5 ' M t 2 - mento sobre a nação. Assim, ele frequentemente predizia a conde-
4-6; Lc 21:15,17, 24; At 21:10-11. nação da nação.
Um dado livro profético tem de ser lido cuidadosamente
devendo ser observados todos os diferentes assuntos. A seguir, As Condições de Israel (O Reino do Norte). Isaías começou
deve ser feito um cuidadoso estudo para se achar o que é dito a profetizar quando havia riqueza e prosperidade sob o domínio
sobre os vários tópicos já encontrados. Para ilustrar, o profeta de Jeroboão II. Porém, internamente, havia muita corrupção. Ra-
pode mencionar a si mesmo, Jerusalém, Israel, Judá, Babilónia pidamente o reino foi destruído (621 a.C.) sendo conquistado e
ou Egito, etc. Deve-se aprender o que é falado acerca de cada um. levado para o cativeiro pelos assírios.
Isso requererá que o estudante aprenda tudo o que ele possa sobre
a história dos diferentes assuntos mencionados para que compreen- As Condições de Judá (O Reino do Sul). Durante os reinados
da a profecia sobre eles. de Acaz, Jota, e Uzias, a opressão, perversidade, e idolatria esta-
vam em todos os lugares. Acaz fez uma aliança com a Assíria que,
O Profeta Isaías. Sabemos muitas coisas a seu respeito. (1) finalmente, trouxe destruição a Israel, mas Ezequias ouviu a Isaías
Ele foi chamado para a sua obra no último ano do reinado de e fez reformas e Deus destruiu os exércitos assírios antes que Je-
Uzias. (2) Viveu em Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jota rusalém fosse destruída.
Acaz e Ezequias; a maior parte de sua vida parece ter sido vivida
como um tipo de pregador da corte ou capelão do rei. (3) É o mais A Natureza do Conteúdo do Livro. Tem sido dito que o
renomado dos profetas do Antigo Testamento, sendo que as suas conteúdo do livro de Isaías inclui: (1) Advertências e ameaças con-
visões não se restringiam ao seu próprio país e à sua época. Falou tra o seu próprio povo por causa do seu pecado. (2) Quadros da
a todas as nações e para todas as épocas. "Ele foi um homem de história do tempo de Isaías. (3) Profecias do retorno de Israel
intelecto poderoso, grande integridade e notável força de caráter." do cativeiro. (4) Profecias a respeito da vinda do Messias. (5) Pre-
14) Ele é citado mais do que qualquer outro profeta no Novo visões do julgamento de Deus contra as nações. (6) Discursos que
Testamento e, por causa da relação do seu ensino com os tempos apelam para a reforma religiosa e moral em Israel. (7) Visões da
e lições do Novo Testamento, suas profecias tem sido vistas como glória futura e da prosperidade da igreja. (8) Expressões de ações
uma "ponte entre a antiga e nova alianças". (5) Foi casado e teve de graça e louvor.
dois f i lhos.
O Principal Interesse. O profeta lida primariamente com a
A Natureza de Seus Ensinos. Na sua visão inaugural, registra-
nação e não com indivíduos. Fala em primeiro lugar do presente
da no sexto capítulo, Isaías recebeu algumas verdades que deram
110 — Visão Panorâmica da Bíblia l sã ias —111
e não do futuro. Estes dois fatos devem ser conservados em mente V. O Grande Livramento de Jerusalém - caps. 33-39.
quando lemos e interpretamos o livro. 1. Ais sobre os assírios cruéis e o louvor aos justos — cap. 33.
2. A ruína de Edom e o maravilhoso livramento do povo de
ANALISE Deus — caps. 34-35.
3. A ruína da Assíria — caps. 36-37.
I. Discursos Acerca de Judá e Israel — caps. 1-12. 4. O restabelecimento de Ezequias e a embaixada da Babiló-
1. Algumas promessas e reprimendas — caps. 1-6. nia — caps. 38-39.
(1) A grande denúncia — cap. 1. VI. A Preparação de Deus Para a Libertação - caps. 40-48.
(2) A exaltação de Sião através do julgamento dos ímpios 1. Deus traz libertação — cap. 40.
caps. 2-4. 2. O servo de Deus de Israel e o desafio aos ídolos — cap. 41.
(3) Lições sobre a vinha — cap. 5. 3. O servo de Jeová e a sua obra — cap. 42.
(4) A chamada do profeta — cap. 6. 4. A graça de Deus irá redimir Israel enquanto os ídolos nada
2. O livro de Emanuel — caps. 7-12. podem fazer - 43:1-44:23.
(1) Duas entrevistas com Acaz — cap. 7. 5. A missão de Ciro — 44:24 — até o final do cap. 45.
(2) Alguns terríveis julgamentos e um grande livramento — 6. A ruína da Babilónia e seus deuses — caps. 46-47.
8:1-9:7. 7. Encorajamento e exortação à paciência — cap. 48.
(3) O castigo de Deus sobre a perversa Samaria — 9:8-
10:4. VII. A Libertação Virá Através do Servo do Senhor, o Messias -
(4) A destruição da Assíria e a salvação do povo de Deus — caps. 49-57.
10:5 até o final do cap. 12. 1.O Seu Servo irá libertar Sião com força divina — caps.
49-50.
II. As Profecias Contra Nações Estrangeiras - caps. 13-23. 2. A confiança em Deus, a expectativa de libertação e o retor-
Na ordem abaixo há profecias relacionadas com as seguintes no à Jerusalém - 51:1-52:12.
nações: Babilónia, Assíria, Filístia, Moabe, Damasco com Is- 3. O sofrimento, a vitória e a exaltação do servo de Jeová —
rael e Judá, Etiópia, Egito, o triunfo da Assíria sobre a Etió- 52:13 - até o final do cap. 53.
pia e o Egito, a segunda mensagem contra a Babilónia, Duma 4. Perspectivas felizes e um convite para o preparo para a vin-
(Edom), Jerusalém e Tiro. da do Senhor — caps. 54-55.
5. As bênçãos da aliança para os justos e a condenação dos
III. O Julgamento do Mundo e o Triunfo do Povo de Deus - governadores perversos e idólatras em Israel —caps. 56-57.
caps. 24-27.
1. Os terríveis julgamentos vindouros — cap. 24. VIII. A Restauração de Sião e do Reino Messiânico — caps. 58-66.
2. O triunfo de Israel — cap. 25. 1. Jeová requer a adoração verdadeira, e não formal — cap. 58.
3. A canção de louvor de Judá - cap. 26. 2. Jeová irá redimir a Sião depois de punir os seus pecados —
4. O opressor julgado por amor à Israel - cap. 27. cap. 59.
3. A glória transcendente de Sião — cap. 60.
IV. A Relação de Judá Com o Egito e a Assíria - caps. 28-32. 4. O programa de misericórdia para a nova era — cap. 61.
1. A queda de Samaria e a punição da Judá pecaminosa - 5. Um novo quadro da glória da Sião renovada - cap. 62.
cap. 28. 6. A oração do Israel penitente depois que Deus esmaga
2. O cerco e o livramento da Lareira de Deus (Jerusalém) - Edom, seu inimigo — caps. 63-64.
cap. 29. 7. Jeová responde a oração e promete a salvação para Judá —
3. A insensatez de ter alianças com o Egito - caps. 30-32. caps. 65-66.
/12 - Visão Panorâmica da Bíblia l / Isaías - 113
Lição 81. Análise, Discussões Introdutórias e caps. 1, 37-45 e 52 O Livro. O livro de Jeremias é composto principalmente de
de Jeremias. traços de biografia, história, e profecia, mas os eventos e os capí-
Lição 82. Análise, Discussões Introdutórias, Leitura de Lamenta- tulos não se encontram em ordem cronológica. Ele encerra o pe-
ções e as mensagens dos dois livros. ríodo da monarquia e marca a destruição da cidade santa e do san-
tuário, falando da agonia mortal da nação de Israel, o povo esco-
lhido por Deus. Mas ele viu muito além dos julgamentos de um fu-
JEREMIAS turo próximo, enxergando um dia mais brilhante quando os pro-
pósitos eternos da graça divina seriam concretizados. Portanto, o
O Autor. Seu nome significa exaltado de Jeová e está classi- livro enfatiza a glória futura do reino de Deus, a qual deve per-
ficado em segundo lugar entre os escritores do Antigo Testamen- manecer mesmo que Israel pereça. Ele viu essa glória futura: (1)
to. Viveu entre o final do século seis e começo do século cinco an- Na salvação do remanescente fiel, 4:27; 5:10, 18; 30:11. (2)
tes de Cristo. Seu ministério começou em 626 a.C. (o décirno- Na restauração desse remanescente, 3:12, 21, 22; 16:14-15. (3)
terceiro ano de Josias, 1:2), durando cerca de sessenta anos até No surgimento de uma nova Jerusalém onde Deus irá habitar,
depois da queda de Jerusalém em 586 a.C. Provavelmente, ele mor- 33:16. (4) Na vinda do rei messiânico, 23:4-6; 30:9, 31. (5) Na
reu na Babilónia durante os anos iniciais de cativeiro. Tinha uma nova aliança de perdão e graça, 31:33, 34; 32:40; 33:8. (6) Na
natureza sensfvel, meiga, tímida e inclinada para a melancolia. presença de Jeová no meio do Seu povo, 3:16. (7) Na volta das
Era muito devotado à religião e naturalmente temia causar dor aos nações à Jeová, 3:17, 4:2, 16:19; 33:9. Contribui de duas for-
outros. Era ousado e corajoso de forma incomum, embora isso o mas para com a verdade da maneira como era compreendida em
tenha levado a ser odiado e a sofrer o mal. Em todos os lugares há sua época. (1) A espiritualidade da religião. Ele viu a ruína vin-
uma nota de julgamento e por causa disso ele tem sido chamado doura da religião formal e nacional e mostrou que para sobreviver
de o profeta da condenação. Também é chamado de o profeta àquela destruição a religião não deveria ser nacional, mas indivi-
chorão. Sofreu por causa da desobediência e da apostasia de Israel dual e espiritual. (2) A responsabilidade pessoal (31:29-30). Se a
e pelos males que ele previu. Por ser muito religioso, ele sofreu religião devia ser uma condição espiritual do indivíduo, a doutrina
por causa da impiedade do seu tempo. da responsabilidade pessoal era uma necessidade lógica. Estes dois
ensinos constituem um grande avanço.
A Condição das Nações. (1) Israel, o reino do norte, havia
sido levado para o cativeiro, e Judá ficou sozinho contra os seus ANÁLISE
EZEQUIEL
119
BMUOTECAMIIICULAR
720 - Visão Panorâmica da Bíblia Ezequiel e Daniel —121
Os Seus Ensinos. Ele repete muito dos assunto