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ESTUDOS
Comparação entre Losartan e Atenolol50mg: Metade dos 9mil pacientes foi tratado com Losartan e a
outra metade com Atenolol, e ambos abaixaram a pressão de maneira eficaz. Entretanto, pacientes com
Losartan tiverem número menor de infarto e AVC, reduzindo a mortalidade. Além disso, o Atenolol causa
mais efeitos adversos. Em relação a hipertrofia ventricular esquerda, o Losartan é mais eficaz para reduzir a
hipertrofia do que o Atenolol.
Apesar de ser uma recomendação, a redução de sal (sódio) não é uma evidencia de ser benéfico em
termos de prognóstico: Entre 3 populações com variações de sódio da urina diferentes, aquelas que
possuem consumo alto ou baixo está associado com o aumento da mortalidade. O ideal é uma dose
moderada.
De uma maneira geral, o diagnóstico de hipertensão é uma coisa totalmente complexa. Embora uma
pressão normal seja considerada 12/8 atualmente, essa queda da pressão considerada saudável causou
um aumento da mortalidade com o decorrer do tempo, sendo errado associar esse número com uma
pressão saudável.
1/3 dos pacientes hipertensos costumam não tomar medicamento, e é melhor não tomar o remédio do
que tomar de forma errada. A medida da pressão feita em casa é mais confiável da que medida feita no
consultório, mostrando que o paciente que controla a dose do medicamento possui um prognóstico
melhor.
Pacientes com pressão sistólica de 195 foram tratados com placebo e com medicamento ativo: os que
tomaram placebo não reduziram pressão, enquanto que os que tomaram medicamento tiveram redução
da pressão. Houve 8 mortes fatais de infarto no grupo placebo contra 6 no grupo tratado, 15 AVC no
grupo placebo contra 4 no grupo tratado. Assim, com a queda da pressão, houve eventos benéficos
cardiovasculares. Em outro estudo com pacientes com pressão diastólica de 115 a 130, o tratamento com
placebo não alterou significativamente a pressão, enquanto que o tratamento com medicamento houve
queda de pressão diastólica para 90, não houve mortalidade por infarto no grupo tratado contra 4 no
grupo placebo, e com relação ao AVC, houve 14 eventos no grupo placebo e nenhuma no grupo
tratado. Assim, reduzir a pressão diastólica é mais benéfico. Em outro estudo com pacientes com pressão
diastólica de 90-115, notou-se que o tratamento foi efetivo em pacientes que tinham uma sistólica acima
de 64, a incidência de acontecimentos mórbitos em pressões abaixo de 64 não houve diferença. Ou seja,
atualmente não há mais recomendações de níveis tensionais. Pacientes idosos vão ter pressão sistólica
mais alta (a pressão sistólica é controlada pela complacência da aorta, que relaxa quando recebe o jato
de sangue) devido a maior calcificação e menor relaxamento da aorta. Uma sistólica de até 160 não há
benefício em realizar o tratamento, e uma diastólica até 104 também não possuem necessidade de
tratamento.
Dividido em 3 classes:
Inibidores de enzima conversora: responsável por inibir a conversão de angiontensina I em II, a qual
atua dos receptores AT1 promovendo vasoconstrição, liberação de catecolaminas e de
aldestorona, a qual aumenta a absorção de sódio, aumentando a pressão arterial (Captopril,
Enalapril, Benazepril, etc). Aumenta os níveis de bradicinina, ocasionando um tipo de tosse e
pigarro. O captopril não deve ser prescrito por tem meia vida muito reduzida, administrado várias
vezes por dia, em jejum ou após 2h a alimentação devido a baixa iodisponibilidade quando
administrado com alimentos.
Antagonistas dos receptores AT1 de angiotensina: Losartan, Valsartan, Tamizartan, etc. É o melhor
tipo de tratamento, embora o Losartan tenha meia vida curta, tem a mesma eficácia das outras
classes e causa menos efeitos colaterais.
Bloqueadores diretos da renina (aliskireno): a renina é liberada na mácula densa, transforma
angiotensinogênio em angiotensina I. A angiotensina II promove um feedback negativo no rim,
inibindo a liberação de renina. Então, o uso das outras 2 classes promove um aumento da renina.
Embora a concentração plasmática da renina esteja alta, com o uso de bloqueadores, esta
encontrar-se-á inativada, não tendo eficácia significativa na queda de pressão.
2. Beta-bloqueadores
Controle simpático da pressão arterial: Os receptores B1 atuam sobre o controle do débito cardíaco e
sobre a modulação de renina por B1 no rim. O mecanismo que os Beta bloqueadores diminuem a pressão
é ao bloquear a liberação de renina no rim.
Criou-se o conceito de que betabloqueador é cardioprotetor, como o Atenolol, mas isso aplica-se
somente a pacientes infartados. Com o uso de betabloqueadores puros, há uma queda da pressão mas
há uma vasoconstrição periférica pelo Alfa 1 para compensar a queda de pressão, não sendo benéfico.
Os betabloqueadores mais modernos possuem bloqueio beta 1 e bloqueio alfa 1.
Os que apresentam atividade agonista adicional B3 promovem vasodilatação por formar uma
catecolamina diferente (depleção a catecolamina, formando-a com uma menor atividade), não sendo
mais utilizado por apresentar riscos de depressão.
Os que possuem atividade agonista parcial são utilizados em pacientes hipertensos com frequência
cardíaca baixa (por volta de 60), pois o uso de betabloqueadores antagonistas aumenta o risco de
arritmia. Os agonistas parciais atuam como antagonistas até a pressão cair em um determinado nível em
que passará a agir como agonista parcial, evitando que a frequência cardíaca caia muito.
Utilizava-se agonistas alfa 2 pré-sinápticos que possuem ação de feedback negativo nas catecolaminas,
como a clonidina, não sendo mais utilizada por causar uma hipotensão muito grande.
Todos os diuréticos causam natriurese por inibir a reabsorção de sódio em vários sítios distintos dos túbulos
renais.O mecanismo que por meio que promovem a queda de pressão é a vasodilatação e não a diurese.
Os diuréticos de alça (Furosemida e a Bumetanida) promovem muito mais diurese que os tiazídicos
(Hidroclorotiazida, Clortalidona, Indapamida) e os poupadores de cálcio (Amilorida, triamterese), mas,
entretanto, possuem uma capacidade menor de queda de pressão. Não é muito indicado para o
tratamento de pressão arterial por poder precipitar a diabetes (aumento de 25%), assim como os
betabloqueadores. Podem ocasionarhiponatremia com o tempo, hiperuricemia e hipercalemia.
5. Antagonistas de cálcio
Não precipitam a diabetes e o segundo melhor indicado para tratamento de pressão, podendo ser
associado a antagonistas de receptores de angiotensina. É divido em 2 tipos: os que atuamno coração
(Diltiazem, Verapamil) e os que atuam na musculatura lisa vascular (Amlodipino, Lercanidipíno), sendo os
que atuam na musculatura mais bem indicados.