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Sou funcionário de uma empresa e não tenho todo o dia livre, mesmo assim
posso ser um capelão?
É verdade que Capelania e tempo de qualidade andam juntos, entretanto, você
pode atuar nesse ministério de várias formas:
a) Você pode dedicar um turno por semana em uma escola. Neste caso, é
importante definir com a direção os dias e horários em que ela poderá contar
com sua presença. Essa atuação, ainda que pequena, trará grandes resultados.
b) Você pode ser um mediador na escola. Esta função permitirá que membros
das igrejas de sua cidade estejam atuando em caráter voluntário dentro de suas
especialidades. Por exemplo: Um médico(a) poderá ministrar uma palestra por
mês com temas que venham a interessar aos pais, professores, alunos e
funcionários da escola. Um policial da igreja poderá ministrar palestras dentro da
escola falando dos riscos das drogas e suas conseqüências. Outros dons
poderão ser aplicados dentro dessa mesma dinâmica. É bom lembrar que todas
essas ferramentas virão acompanhadas de uma aplicação espiritual.
A Missão
A missão específica da Capelania é atuar na área do aconselhamento pastoral
e no ministério da consolação. Nunca se necessitou tanto de ação pastoral nas
escolas, via Capelania, como nos dias de hoje. Todo o tempo disponível é pouco
para atender os que carecem de apoio espiritual. Tanto por causa das
vicissitudes da vida moderna que abalaram os princípios da moral, da família e
consequentemente da sociedade, como devido à complexidade da adolescência
e da própria escola. O Capelão é o pastor da grande grei que envolve seres de
vários credos e até mesmo os que negam qualquer fé.
Particularidade da Capelania
Ser pontual;
Esclarecer as próprias dúvidas antes de falar aos alunos;
Auto avaliar-se;
Usar linguagem acessível aos juvenis;
Pensar bem antes de prometer algo;
Conhecer a fundo os programas e objetivos da escola;
Dialogar particularmente com cada aluno e sempre que possível orar com ele;
Demonstrar cortesia para com todos;
Ter domínio próprio firmeza e bondade;
Cuidar com tonalidade da voz: agradável e positiva;
Ter posição definida e coerente (sim, sim; não, não);
Praticando a Capelania
A Capelania Escolar é uma atividade religiosa de cunho espiritual que lida com
indivíduos em formação física, mental e espiritual, que frequentam escolas
públicas e particulares, procurando dar-lhes orientação religiosa e espiritual,
dentro do respeito à liberdade religiosa de cada pessoa e de cada família. O
Capelão deve inteirar-se do regimento interno da escola em que atua e das
normas disciplinares dos alunos, professores e funcionários, respeitando-os
plenamente. A atuação do capelão não deve contrariar o trabalho de
professores, pedagogos, psicólogos e diretores, nem lhes embaraçar os
programas, mas sim, cooperar para o bom desempenho dos alunos. Os
programas do capelão devem ser elaborados dentro de uma visão integrada aos
programas educacionais da escola para que possa contribuir para o
aproveitamento dos estudantes. O trabalho do capelão com os alunos não deve
contrariar orientações das famílias. Quando alguma família não permitir que seu
filho participe dos programas da Capelania, isto deve ser respeitado. A área de
educação a ser trabalhada pelo capelão é apenas a “educação religiosa” e o
“aconselhamento pastoral”. Não deverá ele entrar na área dos pedagogos nem
dos psicólogos da Escola, mesmo que tenha habilitação profissional na área. Se
na sua atividade surgirem casos desta área, ele deverá encaminhar os alunos
para aqueles profissionais. Assuntos de disciplina não deverão ser acolhidos
pelo Capelão, a menos que seja solicitado pela direção da Escola. Igualmente,
casos de avaliação pedagógica, em que alunos se julguem injustiçados por
professores e educadores, não devem ser acolhidos ou tratados pelo capelão,
especialmente quando exercerem suas atividades em Escola Pública ou
Particular não confessional.
Orientações
Um capelão deverá agir com cuidado com pessoas do sexo oposto, evitando
aproximação íntima demais que possa provocar suspeitas diversas. O capelão
não deverá sair para programações especiais a sós com estudantes do sexo
oposto, e até mesmo com professores ou funcionários, quando as circunstâncias
possam ser interpretadas para um lado ou sentido negativo. Capelães solteiros
ou divorciados, não deverão entrar em relação de namoro com pessoas que
fazem parte da sua assistência de Capelania, seja aluno, funcionário ou
professor.
REFERÊNCIAS
BORGES, Inez Augusto. Confessionalidade e construção ética na
universidade. São Paulo: Editora Mackenzie, 2008.
VIEIRA, Walmir. Capelania Escolar, desafios e oportunidades. São Paulo:
Rádio Trans Mundial, 2011.