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RECOMENDAÇÕES de RECUPERAÇÃO
Em MADA "NÃO se deve dar conselhos, nem consolos: todas são bem vindas a
PARTILHAR SUAS EXPERIÊNCIAS e O QUE AS AJUDOU A SE SENTIR MELHOR.
O tratamento se baseia em 'ESPELHOS, não em conselhos'.
Procure falar sobre VOCÊ e SUA RECUPERAÇÃO: nos reunimos e trocamos
mensagens com a proposta de falar sobre nossa forma de nos relacionar, interessadas no
nosso próprio crescimento, desenvolvendo novos instrumentos para lidar com velhos
problemas”.
"A ajuda é oferecida a partir de uma experiência pessoal, SEM DAR CONSELHOS,
NEM fazer interpretações psicológicas".
"Nosso tratamento se baseia em ESPELHOS, não em conselhos".
As salas presenciais e virtuais de MADA são nossas, devemos cuidar bem delas e
preservar a essência do programa de recuperação de MADA.
Serenidade sempre, um dia de cada vez!
A motivação é a garra que se tem para fazer algo. Uma pessoa está realmente
motivada quando deseja chegar à sua recuperação. Está disposta a fazer todo o necessário
para conquistá-la, para mantê-la e ir melhorando dia a dia.
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Se estiver convencida que sua recuperação é muito importante, seguramente estará
mais próxima de consegui-la, o que, por sua vez, reforçará sua motivação. Este é o
momento de questionar-se se sua recuperação é algo prioritário entre os objetivos de sua
vida.
Se sua recuperação realmente o é, tenha a perseverança necessária para exercitar-se
todos os dias, porque é somente pela repetição de condutas positivas que sua maneira de
agir poderá se transformar.
Se você não puder dedicar, em média, uma hora por semana para estar com o
grupo, sua motivação é pobre.
Quem pode compreendê-la melhor é a companheira de grupo que está na mesma
situação.
O grupo é muito útil porque ali você pode pedir ajuda. Se a aceitar, e fizer algo que
for sugerido, estará no caminho da recuperação.
O grupo proporciona as técnicas, o modo de utilizá-las, e mostra como elas já
serviram a outras mulheres.
Se você não assiste às reuniões do grupo, poderá estar pensando: "Eu, sozinha, vou
conseguir", e nega-se a aceitar a verdade. Você entra em negação e em segredo, ou seja, na
falta de sinceridade consigo mesma. Oculta a verdade das outras pessoas porque essa
verdade lhe causa vergonha.
Se você tem uma motivação maior, passa a desfrutar do bem-estar e da felicidade que
se consegue através da recuperação. Quanto mais se avança por este caminho, mais bem-
estar e felicidade vai se obtendo. A idéia é a de não pensar mais que algum dia chegará a
ser feliz, mas que aos poucos você vai se tornando feliz. Deverá ter muita paciência com
você mesma. E também a constância necessária para alcançar seus pequenos objetivos.
Para saber qual é a minha motivação, devo completar por escrito:
Minha recuperação é a minha primeira prioridade?
Porque participo do Grupo MADA?
O que já consegui em MADA?
Que desculpas dou para não comparecer ao grupo? Permito que os problemas de
MADA como grupo, impeçam minha recuperação?
Quais são os motivos que me impedem de participar do grupo?
O que me ocorre quando não venho ao grupo?
Trabalho durante a semana o que aprendi em MADA?
Como estava quando ingressei em MADA?
Como estou agora?
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Como quero estar dentro de um ano?
Aquilo que recebo do grupo, o que incorporo à minha vida?
O que dou da minha parte ao grupo?
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Sabemos que uma relação, para funcionar, precisa acontecer entre duas pessoas que
compartilham objetivos, interesses e valores semelhantes, e que possuem capacidade para
partilhar a intimidade emocional.
Sabemos também que somos dignas do melhor que a vida pode oferecer.
AMADRINHAMENTO
Juntas nos recuperamos.
AMADRINHAMENTO II
O QUE É AMADRINHAMENTO?
Amadrinhamento é um compartilhar recíproco e confidencial entre duas
companheiras de MADA. A afilhada e a madrinha encontram-se como iguais para
compartilhar, tanto para a recém-chegada e confusa, cheio de ansiedades e dúvidas, como
para o membro antigo.
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A madrinha é uma pessoa especial, com quem a afilhada pode conversar sobre problemas
pessoais ou discutir questões, alguém que de bom grado partilha a experiência, a força e a
esperança do programa. É muito reconfortante, pois a madrinha é o tipo que pessoa que
diz: “Eu também estou perdida! Vamos descobrir o caminho juntas?”, ou, “Eu também estive
perdida, mas alguém me ajudou a encontrar o caminho. Me dê sua mão, que agora eu lhe mostrarei
a saída...”.
O AMADRINHAMENTO É OBRIGATÓRIO?
Não existe obrigatoriedade em MADA.O amadrinhamento não é obrigatório, mas a
experiência mostra como é uma valiosa ajuda para o entendimento e aplicação pessoal do
programa de recuperação de MADA.
MINHA AUTO-ESTIMA
Atitude positiva: ao repetir meus comportamentos positivos estes passam a ser firmes e
fortes. Assim, acabo com meus sentimentos negativos que conduzem novamente ao
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fracasso. Edison, quando estava inventando a luz elétrica fracassou 99 vezes antes de
triunfar, mas em cada fracasso aprendia o que teria que modificar, e, assim, chegou à
grande descoberta. Para continuar desenvolvendo nossa auto-estima, podemos responder
por escrito as seguintes questões:
Comportamentos:
1. Sou boa comigo mesma?
2. Digo a mim mesma coisas agradáveis?
Gosto de estar comigo mesma?
4. Sou para mim uma pessoa digna de atenção?
5. Coloco minha integridade em primeiro lugar?
Penso em comprar para mim algum presente?
Sei aceitar minhas qualidades? E meus defeitos?
Comparo-me freqüentemente com as outras pessoas?
Reconheço que tenho o direito de errar?
Melhorar me satisfaz?
11. Protejo minha serenidade?
Se queres ver todos os dias a sua melhor amiga, não quebres o seu espelho.
Se você for:
AMAR: ame a si próprio ou a quem te ama.
SOFRER: sofra por coisas verdadeiramente grandes, concretas e reais.
CHORAR: chore por ver a beleza do sol no novo dia ou pelas flores com seus
espinhos ou pela chuva na relva.
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MAGOAR: magoe-se por não ter aprendido antes ou por já saber a lição e não ter
aprendido.
SORRIR: sorria primeiro para você, porque você merece, depois aos outros, sem
desprezar.
MERECER: mereça uma rosa, uma pedra, um camafeu, e um chute, se merecê-lo.
AGRADAR: agrade a você antes, pois nem sempre querem o teu agrado.
SONHAR: construa seu sonho em terra firme, não no mangue, e que tenha base
sólida.
CONSTRUIR: construa verdades, amizades, paz, para si e todos que te rodeiam.
VIVER: viva o dia de hoje, sempre um dia de cada vez, mas respeite o amanhã que
apesar de pertencer a Deus, nós é que o viveremos.
APRENDER: aprenda sempre consigo mesma, e não só com os outros.
DEPENDER: dependa dos seus pés para andar, dependa das suas idéias para
prosseguir, pois você sabe melhor do que ninguém o que você quer.
AFIRMAÇÕES POSITIVAS
Concedei-me Senhor,
SERENIDADE para aceitar as coisas que não posso modificar
CORAGEM para modificar aquelas que posso e
SABEDORIA para perceber a diferença.
Nessa oração, bem simples, estão contidos princípios bem práticos da programação.
Muitas vezes, podemos fazê-la encaixando-a em uma situação específica, um fato ou
pessoa.
Podemos estar lutando internamente, não querendo aceitar uma realidade na qual
não temos controle, sem forças para agirmos e modificar aquilo que é necessário. Ou quem
sabe, um tanto confusos por não sabermos que caminho ou atitude devemos tomar.
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Fazemos, então, a oração pedindo por orientação, não importando qual seja sua
crença.
Tente enumerar os pensamentos negativos que você tem a seu respeito e crie para
cada um deles uma afirmação positiva.
(Texto montado pelo Grupo MADA, a partir do livro "Mulheres Que Amam Demais", de
Robin Norwood, página 301).
A vida que você 'não escolheu', fez de você quem é. Você 'não escolheu' sua família,
'não escolheu' suas experiências de infância, ou algumas da adolescência, 'não escolheu' as
dores e traumas pelos quais passou e não escolheu' problemas físicos de nascimento ou
causados por acidentes.
A boa notícia é: 'parabéns'. Se você sobreviveu ao caos, imagine como será sua vida
se passar a 'escolher' os caminhos, 'escolher' as pessoas e 'escolher' as experiências; enfim,
'escolher suas escolhas' !
(Aldo Novak, Coach, treinador e conferencista)
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DÉCIMO PASSO - ..."Temos uma escolha."...
O QUE É ABSTINÊNCIA?
Para mim, abstinência é uma decisão. Decido ser abstinente, então peço ao meu
Poder Superior que me permita ficar abstinente. Algumas vezes, pedir uma vez por dia é
suficiente, mas há dias em que chateio o Poder Superior durante todo o dia. Existem dias
em que a abstinência é fácil, aqueles dias miraculosos quando, como relata o Livro Azul
(de AA), "nós não a estamos combatendo, nem estamos evitando a tentação. Sentimo-nos como se
estivéssemos sendo colocados numa posição de neutralidade - salvos e protegidos". Sou muito
grata por esses dias.
Em outros dias, a decisão de ficar abstinente é-me muito custosa. Tempos de luta e
tumulto, seguidos de entrega. Então, dez minutos mais tarde, a batalha da compulsão
versus entrega começa de novo.
O processo de recuperação é a batalha do espírito contra o eu. O velho "eu" deve
desaparecer pelos meios necessários. Pode acontecer que algum dia a fórmula mágica para
paz e alegria, sem a luta por submissão, seja descoberta. Mas a única fórmula mágica que
funciona na minha vida é submeter-me à vontade de Deus.
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POR QUE UM PERÍODO DE SOLIDÃO OU ABSTINÊNCIA (CELIBATO)?
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Temas:
1 - A necessidade de agradar.
2 - Como o ato de agradar aos demais faz naufragar a minha vida.
3 - De que forma sou controlada pelos homens.
4 - Minha resposta ao controle dele.
5 - Condicionada para agradar.
6 - A viagem do êxtase à agonia.
7 - Por que você fica?
8 - O ponto de ruptura.
9 - Soluções falsas para a "autofobia".
10 - Aprendendo a amar.
1 - A necessidade de agradar.
Num relacionamento com um homem controlador, ele age enquanto que você adota
uma postura passiva. Ele impõe as regras e você as obedece, acreditando que quanto mais
o agradar mais amor receberá dele. Entretanto, agradar este tipo de homem leva,
inevitavelmente, à rejeição porque o que ele quer não é o amor mas o controle da situação.
Ao perceber que tem o poder de controlá-la, pois mesmo mudando as regras do jogo,
ainda assim você continua a agradá-lo, o que faz com que ele não a respeite mais e
consequentemente leva à rejeição.
Este tipo de homem pode provocar um perigoso desajuste emocional. Ele diz o que
quer, e quando obtém aquilo que deseja a deixa de lado. Você se culpa, pensando que não
o compreendeu bem e que deveria se esforçar mais.
O primeiro passo para se recuperar da "autofobia" é aceitar o fato de que agradar
não leva a nada. Não garante amor nem aprovação. Na verdade, provoca uma reação
oposta.
Viver para agradar um homem controlador não lhe trará a felicidade e nem tão
pouco lhe dará segurança, porque:
1 - Não funciona: significa ser vulnerável a alguém que só quer te controlar.
2 - Você conseguirá sua aprovação real. Quando, finalmente, você tem uma atitude
positiva do "homem da sua vida", não é você que ele está admirando e sim sua capacidade
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de se transformar naquilo que ele quer. São palmas pela sua boa atuação. Tornar-se
dependente da aprovação dele significa afastar-se cada vez mais de si própria e de suas
necessidades.
3 - Limita sua capacidade de aceitar o amor. Se a única coisa que lhe interessa é agradar,
provavelmente você não será capaz de perceber os esforços que poderá estar fazendo para
agradá-la e satisfazer suas necessidades. Como você não estimula a esse tipo de conduta,
que é positiva, ele finalmente deixará de tentar e se utilizará do recurso de ser ainda mais
controlador.
4 - Faz com que você perca o controle. Mesmo que seu objetivo maior seja o de agradá-lo,
não pode evitar as emoções negativas, e dentre elas a raiva. Emoções que tem o poder de
assustá-la por achá-las perigosas. Por ter uma postura centrada na necessidade de agradar
não é capaz de entender que a raiva é um sentimento válido. Você acredita que se algo não
funciona a culpa é sua porque é provocado pela falta de controle sobre estes sentimentos
negativos. Por exemplo: diante dos abusos dele, você diz: "Tenho uma reação exagerada às
coisas, o que acarreta problemas entre meu namorado e eu".
Tentar agradar um homem controlador a faz sofrer de uma doença chamada "autofobia",
porque:
1- Você concentra sua atenção cada vez mais nele e menos em si mesma.
2- Você vive em constante ansiedade, sem saber qual será a próxima coisa que ele achará
que está errada.
3- Experimenta a loucura das contradições e mudanças arbitrárias das regras que ele
próprio impôs.
4- Vive uma existência superficial se esforçando, sem esperanças, em preencher um vazio
que só pode ser preenchido interiormente.
Faça uma revisão das suas relações sejam elas amorosas ou de outro tipo.
1 - Porque os homens ou as outras relações a tratam dessa forma?
2 - Como conseguem manipular suas emoções?
3 - O que dá à eles esse poder sobre você?
4 - Como as suas atitudes ajudam a manter vivo esse círculo vicioso e destrutivo?
A atração entre a pessoa controladora e aquela que agrada. Ele (ou ela) parece
estável, pelo menos no início da relação. Você admira sua segurança porque nem sempre
se sente segura.
Ele (ou ela) emite sinais claros de que deseja que você se adapte, ou o/a agrade, e
qual a forma de fazê-lo. Isso a faz sentir-se segura pelo fato de saber que basta agradá-lo/
(a) para obter seu amor.
Ele manifesta agressividade e ira caso você se atreva a enfrentá-lo.
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Questionário: Seu homem é controlador?
1 - Quando há algum problema na relação, ele coloca a culpa em você?
2 - Torna-se física ou verbalmente abusivo?
3 - Você sabe ou suspeita que ele está "enrolado" com outra mulher?
4 - Chega tarde ou falta aos encontros que marca com você?
5 - Proíbe ou critica suas atividades fora de casa?
6 - Ele te deixa encabulada na frente de outras pessoas?
7 - Fica zangado quando você não tem a mesma opinião que ele?
8 - Ele te acusa de paquerar outros homens, quando isto não é verdade?
9 - Ele te segue e te vigia?
10 - Critica sua aparência ou a forma como você se veste?
11 - Insiste em dirigir o carro quando saem juntos?
12 - Já bateu em você ou abusou física ou verbalmente?
13 - Faz ou diz coisas que você achou que jamais toleraria?
14 - Deixa de falar com você ou de dar afeto quando quer conseguir alguma coisa?
15 - Diz que precisa da sua liberdade ou do seu espaço?
16 - Tem te pressionado para conseguir que você faça o que ele quer?
17 - Não permite que você tenha suas próprias economias ou quer administrar o seu
dinheiro ou mesmo lhe dá dinheiro à "conta-gotas"?
18 - Usa o sexo para abafar os seus questionamentos sobre a relação?
19 - Não se interessa pelas atividades que você realiza ao longo do dia?
20 - Dá presentes por você ter sido "boazinha"?
21 - Diz que é uma chata ou a acusa de outra coisa, toda vez que você quer falar sobre os
problemas da relação ou expressar sua opinião sobre algum projeto comum?
22 - Não a chama pelo seu nome verdadeiro, usando sempre um apelido pejorativo?
23 - Não liga avisando que vai se atrasar?
24 - Quer você sempre por perto quando estão juntos?
25 - Foi detido alguma vez?
26 - Fica incomodado quando você, por algum motivo, atrai as atenções das outras
pessoas?
27 - Desvaloriza suas conquistas?
28 - Brinca com seus sentimentos ou ri deles?
29 - Diz, com freqüência, que você é muito crítica?
30 - Paquera outras mulheres com você presente?
31 - Faz com que você sinta pena dele?
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32 - Ele te amedronta com ameaças?
33 - Acha defeitos nos seus amigos ou nas pessoas que lhe são próximas?
Perceba que quanto mais controlador ele for maior será a necessidade de agradá-lo. Caso
contrário, você acabaria com a relação.
Por que as táticas de controle fazem com que se sinta presa à ele? Porque, por um
lado, ele acena com a possibilidade de uma recompensa, que é tão importante para você.
Essa recompensa vem na forma de amor, felicidade, segurança e êxito. Tudo isso será seu
se o agradar. Por outro lado, existe a sombra permanente de uma ameaça: "se você não me
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agradar, vou te abandonar. Você vai ficar sozinha, sem saber o que quer. Você será um
fracasso".
De acordo com o que ele diz, tudo sempre depende de você e se as coisas não
funcionam, a culpa é toda sua. Como não vai se sentir na defensiva?
É simples perceber a facilidade com que se pode cair na armadilha de viver para
agradá-lo. É ele quem dita as regras e é você quem reage à elas. Ele toma a ofensiva e,
você, a defensiva. Duas pessoas muito amedrontadas; ele na posição superior e você na
inferior, se enterrando aos poucos e sem nenhuma esperança de intimidade emocional.
Enquanto ele está ocupado, tentando manipulá-la, você está ocupada, tentando proteger-
se dele.
O anti-controle
Pode ser que seja difícil para você admitir que também é uma pessoa controladora
numa relação.
O controle que tenta exercer é defensivo e pode ser apresentar-se de diversas
maneiras: fugindo, conseguindo o que deseja pelas costas dele, chorando, tentando ganhar
a simpatia dele, devolvendo os golpes, agradando-o a contragosto, representando o papel
da meninazinha frente à seu "grande homem"...
Nenhuma destas formas reflete sua verdadeira forma de ser. Na verdade, está
reagindo perante o outro. Pense na maneira que escolheu para agir. Era assim que sua mãe
se comportava com seu pai?
Manobras de anticontrole
Fuga da realidade: Enquanto que, aparentemente, você se ocupa em agradá-lo, há
um aspecto da sua vida que é oculto, que você mantém em segredo.
Mantê-lo enganado: Obtém o que quer e ao agradá-lo, mantém-se protegida. Usa o
sexo, o humor, o bate - papo vivaz para obter sua boa vontade e para poder manipulá-lo.
Parece forte e cheia de confiança em si mesma. Acredita que é a controladora na relação,
esquecendo-se de quão assustada costumava ficar com as manobras manipuladoras dele.
Na verdade, é ele quem continua a te controlar: você não fica exaurida pelo esforço ( e pelo
desafio) de não poder não poder relaxar quando ele está perto?
Estar deprimida e ausente: Passa pela fase da euforia, da ansiedade, até finalmente
adotar uma postura de derrota, na esperança que ele perceba seu desespero e te ofereça
compreensão. Deprimida e com autofobia, você não consegue se concentrar em si mesma,
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nem satisfazer suas próprias necessidades. Não energia suficiente para tentar mudar a
relação. O negativismo permeia seus pensamentos e aumenta seu desespero.
Expressar cólera: Pode ser que os amigos acreditem que você é a parte forte na relação,
que você é quem tem o controle da mesma. O período de espera entre um ataque e outro,
por parte dele, pode provocar em você tamanha ansiedade, que você pode chegar ao
ponto de precipitar o próximo ataque de forma que o mau momento passe o quanto antes.
Ser do contra: Adota esta atitude como uma reação à ele e não como produto das suas
próprias convicções ou desejos.
Manter a paz à qualquer preço: Vive somente em função dele e atrás dele. Não
guarda nada para si mesma, nem sequer a privacidade dos próprios pensamentos e
sentimentos. É provável que não saiba o que sente. "Sei que há algo que não funciona, mas
quando tento discuti-la, ele fica hostil. Temo pedir ou sugerir qualquer coisa, porque ele
pode se zangar, invalidar meus sentimentos ou dizer que quero controlá-lo."
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Não é de se estranhar que este grau de conexão entre dois indivíduos seja tão pouco
freqüente. O nosso terror está em não conseguir sobreviver sem essas barreiras. O que faz
com que o risco mereça ser enfrentado? Somente nos mostrando tal qual somos
poderemos ser amadas de verdade. Se num relacionamento, temos como base nossa
essência quem nos ama, ama também nossa essência. Porém, é bom lembrar que este tipo
de comportamento só é possível num clima de confiança, livre de medo. Não só devemos
vencer nossos próprios medos e ser autênticas, como também devemos evitar ter com os
outros as atitudes e tipos de conduta que nos atemorizam. Sempre haverá pessoas cuja
hostilidade, manifestada ou encoberta, inibirá nossa vontade de sermos honestas. Ser
vulnerável com elas é ser masoquista.
Portanto, DEVEMOS ABAIXAR as nossas defesas e acabar por eliminá-las? SIM,
mas só os com amigos, os familiares, ou com os amantes com os quais mantemos uma
relação que é baseada no respeito e reverência mútua pelas nossas humanidades.
O que costuma, quando mudamos nossa forma de nos relacionar, também
mudamos nosso círculo de amizades e nossas relações íntimas. As amigas com as quais
nos relacionávamos anteriormente podem perder seu atrativo. A tristeza que era
compartilhada e usada como base para a amizade, é substituída por interesses mútuos,
mais gratificantes.
O que nos prende ao passado, com seus velhos padrões de relacionamento? Não é a
dor já que suportamos muita dor emocional, sem perspectivas de alívio. A não ser que
mudemos.
Ver o capítulo 1 sobre "famílias disfuncionais", no livro As mulheres que amam demais.
Ver também o capítulo 2 " O meio que cria vencedores", do livro A magia do desejo, de
Bárbara Sher.
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6 - A viagem do êxtase à agonia.
Você se assusta com o fato de não conseguir resistir a um tipo de homem que o seu
coração insiste em continuar a ver, mesmo quando a cabeça adverte que o melhor é
manter-se distante dele? Veja a continuação, passo a passo, da evolução do processo que
leva você do êxtase à agonia:
1 - A queda: é o estado mental anterior ao momento em que escolhe seu par. Existe
vulnerabilidade, provocada pela frustração, pelo cansaço, pelo momento de mudanças,
pelo sentimento de solidão, pela insatisfação, pela crise vocacional, por problemas
familiares, pela doença, etc. Sob essas circunstâncias, você se depara com uma pessoa que
não é a mais adequada para se envolver afetivamente, mas você não consegue rejeitá-la
porque não se sente plena, cheia de satisfações pessoais, equilibrada emocional e
fisicamente. Isto diminui sua capacidade, ( que já está diminuída pelo fato de ter crescido
numa família disfuncional), de ver os indícios de perigo e conseguir se deter à tempo.
2 - Apaixonando-se: atração e compromisso iniciais.
3 - Aparição dos ressentimentos: é a etapa em que um dos dois, ou ambos, percebem que
existem desigualdades na relação.
4 - Luta aberta pelo poder: ambos tentam ganhar.
5 - Estratégias e negociação: tenta se trabalhar o relacionamento para evitar que ele se
acabe.
6 - Chega-se a algum tipo de acordo ou a relação se acaba. É provável que você tenha
passado por estas etapas, repetidamente, e na mesma relação.
Pergunta-se:
No momento em que começou a relação quais eram as pressões a que você estava
submetida?
A relação é um meio que você utiliza para fugir dos seus medos?
1 - Está ganhando tempo. Analisar os prós e os contras durante anos a fio é excessivo. Você
está usando este processo para alongar o relacionamento?
2 - Deseja evidências suficientes. Em vez de confiar em seus próprios sentimentos e
percepções, você sente que precisa de "uma montanha" de provas para justificar o fato de
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ir embora. De posse delas, terá a certeza absoluta e não se sentirá tão mal pela atitude que
está tomando. Teme ouvir que está errada, que é exagerada, ressentida, louca,
irresponsável, que não é amada, que é egoísta, boba. Teme ter que defender sua posição.
Se você está esperando por maiores evidências para poder agir, saiba que isto só tem a ver
com a sua autofobia.
3 - Deseja evitar "ser a responsável": "Vou fazer tudo o que for possível; mesmo que a
relação acabe, ele não poderá jogar a culpa em mim."
É uma ilusão porque se você já está dominada pela culpa, é provável que quando o
relacionamento acabe ele volte a jogar toda a culpa sobre você. E se você acreditar nisso,
então terá mais uma razão para retomar para a relação, fora o medo que sente de si
mesma, do fator econômico, social, etc.
4 - Tem medo de sua própria raiva. Pode ser que você ache que a raiva é um sentimento
ruim, que te leva a sentir-se culpada, e que prefere deixá-la de lado ao menor sinal que ele
dê para te agradar. Nesses casos, você irá reprimir a raiva que sente, tratando de superar
esses sentimentos.
5 - Você tem medo do futuro. Como vai conseguir se virar, ficando sozinha? Você pratica
essa possibilidade mentalmente, mas nunca está pronta para fazer tal tentativa.
Com o decorrer do tempo, a relação se deteriora, sua energia e sua auto-estima diminuem
e você se deixa arrastar pela corrente da vida.
Questionário
Você:
1. Pesa os prós e os contras até a exaustão?
2. Fica exageradamente aprisionada às pequenas coisinhas da vida cotidiana?
3. Foge para o mundo exterior, fora da relação?
4. Sente que é incapaz de perceber o que não é de sua conveniência?
5. Teme fazer a escolha errada?
6. Se decidir partir, tem medo de perder tudo e depois passar o resto da vida a
lamentar-se?
7. O medo a deixa paralisada?
O medo subjacente
Por debaixo de todos os medos está o de ter que enfrentar a si mesma e ter que
desenvolver o seu "eu".
8 - O ponto de ruptura.
1 - Tomar consciência da sua tendência de buscar falsas soluções para seus problemas de
relacionamento e conseguir identificar as armadilhas que se apresentam.
2 - Transforme-se numa pessoa íntegra e auto-suficiente, com ou sem homem.
Mudar de par.
Achar que todos os homens são ruins.
Viver no passado, continuar acreditando que se conseguir transformar-se numa
pessoa ao gosto dele isso fará com que ele a ame.
Procurar uma autoridade.
Comportamentos compulsivos: compras, comida, exercício, trabalho, etc.
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ENFRENTANDO A SI MESMA.
1. Escolha uma nova direção. Retroceda a algum momento da sua vida em que você se
encontrava numa encruzilhada e:
a. identifique qual era;
b. descreva o caminho que tomou e porquê o fez;
c. descreva os caminhos que não tomou e porquê não o fez;
d. Pense como teria sido sua vida caso tivesse escolhido algum daqueles caminhos;
e. o que a atrai naquela vida que você não escolheu para viver.
f. o que a amedronta naquela vida?
g. existe algum aspecto daquele caminho não percorrido que você gostaria hoje de
incorporar à sua vida?
2. Seja sua própria boa mãe. Faça à si mesma esta pergunta três vezes ao dia: "Como me
sinto fazendo isso?" Tente descobrir como se sente e quais são as coisas concretas que a
fariam sentir-se melhor. Imagine que tem uma fada madrinha e que pode satisfazer as
suas necessidades. Faça o que sua mãe faria se estivesse presente.
3. Dê nome aos seus sentimentos. Se você sentiu dificuldades ao fazer o exercício no. 2,
pode ser que tenha perdido contato com seus próprios sentimentos e emoções.
Escreva todos os sentimentos que possam te ocorrem.
Escreva todas as emoções.
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Recorte fotografias de pessoas em revistas que possam representar esses
sentimentos ou então desenhe esses sentimentos.
Pratique a sensibilidade de identificar os sentimentos e o tom emocional de outras
pessoas. Registre-os em seu caderno.
4. Ache uma causa, um ideal, uma meta. Escolha uma área do seu interesse e na qual você
acredita. Ofereça seus serviços como voluntária e trabalhe por essa causa.
5. Recolha suas "antenas". Com a atenção voltada para o que os outros precisam e esperam
de você, é fácil perder a identificação dos próprios sentimentos e opiniões sobre as pessoas
e situações. Quando sentir-se confusa sobre o que pensar, imagine que tem alguém perto
de si, tentando intimida-la, para que mude sua forma de pensar.
Identifique essa pessoa.
Da próxima vez em que ela estiver com falando, gire seu corpo para evitar enfrentá-
la com o plexo e cubra seu estômago com os braços. (A necessidade de agradar é sentida
nas entranhas; é uma reação básica frente ao medo).
Pense, agora, em como se sente em relação ao que ela está dizendo. Lembre-se de
que cada um tem o direito ter a própria opinião.
6. Transforme-se numa "novelista". Pense numa mulher parecida com você mas que possui
uma vida que você inveja. Coloque-se no lugar dela. Escreva as diferenças e semelhanças
entre a sua vida e a dela. Analise um aspecto da vida dela que você inveja e escreva o que
poderia fazer para incorporá-lo à sua vida.
7. Crie um sonho. Imagine ter transformado em realidade um sonho que acreditava ser
impossível e que sempre quis realizar.
8) Mantenha sua opinião.
9) Faça algo novo. Observe o que as pessoas fazem e que você nunca fez. Tente fazê-lo.
10. Faça alguma coisa sozinha. Faça uma lista das coisas que quer fazer. Escreva sobre a
experiência e sobre as emoções que sentiu. Faça um registro dos êxitos.
11. Escreva 10 palavras que a descrevam. Leia-as e reflita sobre as idéias pré-concebidas
que você tem sobre si própria. Procure a origem de cada qualidade. Quais as
características que gostaria de mudar?
12. Imagine seu trunfo. Escreva cada problema que a preocupa na parte superior de uma
folha de papel. Sugira soluções para cada um dos problemas e anote-as. Agora, observe o
que poderia ser feito, sob o ponto de vista realista. Observe o quanto pode se esconder
atrás dos seus problemas, usando-os como desculpa para não andar na vida.
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13. Controle o tempo de preocupação com os outros. Escreva durante 15, 20 minutos sobre
suas preocupações com os outros. Faça a si mesma a promessa de não voltar, em outro
momento do dia, a se preocupar.
Objetivo: verá quanto tempo você gasta preocupando-se com os outros e
compreenderá como isto interfere na sua recuperação da autofobia.
14. Fortaleça seu físico. Estabeleça objetivos
15.Conheça seu o "eu" rejeitado. Faça uma lista dos aspectos da sua personalidade que
formam o seu "eu". Quais são as partes que possuem maiores possibilidades de se
expressar? Quais as que possuem menores chances de se expressar ?
Escreva o nome da parte rejeitada numa folha e deixe que fale por si própria sobre como se
sente e o que precisa. Tomar consciência delas as torna mais amigáveis e fará com que a
prejudiquem menos. Estes aspectos também sinalizam o que você mais rejeita no seu par.
Você terá uma dica das partes em você que são mais rejeitadas.
16.Pondere cuidadosamente antes de assumir qualquer compromisso. Pense primeiro, aja
depois.
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Estabeleça seus limites
Minha relação:
Este guia de limites será seu guia cotidiano para garantir que não volte a cair no
comportamento de mulher que agrada os outros, temerosa de ser você quem é, de ser
rejeitada, de se expressar e com uma necessidade compulsiva de controlar os demais
sendo "boazinha", útil, necessária, etc.
- "Sou livre e capaz, assim como ele também o é".
- "Sou livre e estou preparada para uma relação de seres maduros e conscientes".
- "Quero e mereço uma relação de igualdade com meu parceiro e com minhas
amizades".
31
Responda com sinceridade:
1. Sabe qual é a meta e o objetivo principal da sua vida?
2. Você se conhece, sabe quem você é, o que é e como é?
3. Qual é, agora, o seu desejo mais profundo?
4. Quais são os 5 ou 6 valores mais importantes para você?
5. Possui um sentido claro de direcionamento na sua vida?
6. Conhece bem seus hábitos?
7. Como se sente na condução de sua vida: Como a amazona ou como o cavalo?
8. Conhece a si mesma e se respeita?
9. Você se ama de verdade?
10. Você sente a necessidade de controlar os outros?
11. Acredita que os seus fracassos e tristezas são responsabilidade própria ou dos
demais?
12. Espera que os outros façam as coisas por você?
13. Necessita do conselho ou estímulo dos outros para agir?
14. Ser dona da sua vida é tão importante e gratificante que bem que merece um
esforço.
Quanto mais nos tornamos donos de nossas vidas menor será a necessidade de nos
impor, dirigir ou controlar a dos outros.
Quando nos sentimos fortes e seguros, desejamos que os outros se sintam de igual
forma. Isso faz com que não haja necessidade de "palpitar" sobre a vida alheia, o que torna
nosso trato mais suave e compreensivo.
Muitos acreditam que:
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Assumindo o papel do pobre, submisso, fraco, serão melhor aceitos e amados pelos
outros;
Fazendo o que fazem os demais, estarão isentos de culpa e responsabilidade sobre
suas ações, porque todos agem e pensam da mesma forma;
Sentindo e pensando como os demais seremos melhor aceitos;
Opondo-se sistematicamente a tudo e a todos, acreditam que estarão aparentando
possuir uma personalidade mais forte. Ignoram que, assim, estão demonstrando o
contrário;
Sendo donos de suas vidas e gozando de verdadeira liberdade interior, se sentirão
sozinhos e ninguém os ajudará. Esquecem que quanto mais nos apropriamos das
nossas vidas, mais somos capazes de dar e receber;
Fazendo as coisas por si mesmo e errando, é claro que a culpa será inteiramente
sua. E com razão. Porém, se acertar, ele será o maior de todos;
é mais cômodo viver passivamente, preferindo que outros tomem as iniciativas.
Passam, assim, a ser a sombra dos demais;
Não fazendo o que os outros aconselham, atrairão sua raiva ou rejeição e deixarão
de contar com o seu apoio. Esquecem que, mesmo isso fosse verdade, começariam a contar
com o melhor dos apoios: o apoio próprio;
Estão fazendo um grande favor e demonstrando grande estima pelo outro quando
afirmam: "sem você minha vida é nada"; "sem o seu amor não sou nada". Se isso for certo,
o outro é o único que tem valor e eles estão a lhe oferecer o que são: nada.
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O PERDÃO E SEU PODER CURATIVO
OS LIMITES
Colocar limites para se defender perante alguma coisa que a outra pessoa faz ou
que diz e que não me agrada. O importante é ficar de bem comigo mesma, e para isso é
necessário saber dizer não. Nos assuntos referentes a trabalho e dinheiro, devo agir da
forma mais conveniente aos meus interesses. Caso contrário, fico com raiva de mim
mesma.
O limite que coloco é a separação entre o que é o meu trabalho e o que é o trabalho
do outro. Preciso colocar limites para defender meus direitos e, dessa forma, ficar bem
comigo mesma. Caso contrário, terei ressentimento. Devo tentar me defender e fazer
respeitar meus direitos sendo objetiva, praticando isso pouco a pouco.
A raiva deve ser desviada e essa energia deverá ser dirigida para outra direção: Se
fico zangada, fico ainda mais carregada.
Formas de descarregar a raiva:
- Caminhar;
- Tomar um banho;
- Bater num travesseiro;
- Ver um filme etc.
Se entro numa discussão, a coisa fica cada vez pior. Devo sair e parar de discutir.
Depois serenamente, dizer a mesma coisa, sem agressão.
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Sou eu quem deve escolher sempre: Trocar de trabalho ou ficar nele, trocar de
parceiro ou continuar com ele. Mas jamais conseguirei mudar a pessoa. Preciso me amar,
me cuidar, ser fiel a mim mesma, porque sou eu que terei que aturar pelo resto da vida.
Tentarei usar os limites, sem agressão, para me sentir bem, para me valorizar e me
aceitar do jeito que sou.
Auto-avaliação:
LIMITES
(Palestra de Liliana Bava, março 1979)
O que a gente não percebe quando é dependente de pessoas é a questão dos limites.
Até quando e até onde devo dar amor ou ajuda? Até onde? Para que isso fique um pouco
mais claro, e para que cada uma aprenda a administrar esse "até quando", montei um teste
com dez itens. Cada uma deverá responder ao teste mentalmente ou se ajudando com as
mãos. Daremos à mão direita valor positivo e à esquerda valor negativo.
Comecemos:
1) Você está numa festa e seu parceiro está alcoolizado. Você que ir embora, mas ele
insiste em dirigir o carro.
- Opção 1: Você faz o possível para dirigir; procura um taxi, ou fica na festa. De qualquer
forma, se você se nega a entrar no carro enquanto ele não deixar a direção.
- Opção 2: Você aceita que ele dirija e passa por momentos desagradáveis.
Opção 1- positiva. Opção 2 - negativa.
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- Opção 1: Você deixa que o telefone continue tocando e continua seu banho.
- Opção 2: Você sai do chuveiro, molhando o chão por onde passa e atende o telefone.
Opção 1- positiva. Opção 2 - negativa..
4) Seu chefe pede que você fique trabalhando até mais tarde, mas você tem um
compromisso pessoal importante:
- Opção 1: Você explica a seu chefe que naquele dia vai ser impossível mas que fará o
trabalho no dia seguinte, no horário normal de expediente.
- Opção 2: Para agradar ao seu chefe você desmarca seu compromisso e fica trabalhando.
Opção 1 - positiva. Opção 2 - negativa.
5) O telefone toca. Outra pessoa atende. O chamado é para você. É uma pessoa
importante para você e insiste em ser atendida. Mas você está muito ocupada e não pode
falar. O que você faz?
- Opção 1: Diz que tem muito trabalho e que nesse momento não tem tempo.
- Opção 2: Você atende o telefone, sentindo-se angustiada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.
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- Opção 2: Você se persegue, se transforma num detetive e dedica seu tempo à procura de
uma coisa que você não perdeu e que não lhe pertence.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa
8) Alguém que você não quer ia beijar aproxima o rosto esperando que você responda
ao gesto.
- Opção 1: Você se nega a dar o beijo e estende a mão para cumprimentá-la.
- Opção 2: Você a beija, mas se sente violentada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.
10) Você não está afim de transar com seu parceiro, porque há uma hora atrás, ele a
tratou mal. Ele insiste. O que você faz?
- Opção 1: Diz que quando é maltratada, não tem vontade de transar.
- Opção 2: Você transa assim mesmo, e sente - se violentada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.
Resultado:
9 negativos: As rédeas de sua vida têm fugido do seu controle. Você não está
estabelecendo seus próprios limites.
7 negativos: Você continua com a necessidade de agradar, a não ser em uma ou outra
situação.
5 negativos: A metade de sua vida depende da outra pessoa. Você não dirige sua própria
vida.
3 negativos: Você governa sua vida, mas ainda permite que os outros a manipulem.
1 negativo: Você está no controle de sua própria vida e quase nunca perde o controle.
0 negativo: Parabéns !
A NEGAÇÃO E O CONTROLE
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Uma mulher que habitualmente pratica a NEGAÇÃO e o CONTROLE poderá se
ver atraída por situações que apresentam essas características. A negação, e ao mantê-la
fora de contato com a realidade e com os sentimentos à ela relacionados, fará com que se
sinta atraída por relacionamentos complicados. Então, ela vai empregar toda sua
habilidade para ajudar e para controlar, fazendo com que a situação fique mais tolerável, e
negará a gravidade da realidade. A negação alimenta a necessidade de controlar e o
fracasso, que é inevitável nessas tentativas, alimenta a necessidade de negar.
Quando os esforços para ajudar vêm de pessoas com passado de sofrimento, ou que
estão vivenciando relacionamentos carregados de tensões, deve-se suspeitar da
necessidade de controle.
A intensidade do desejo da mulher em ajudar seu parceiro, a faz suspeitar de que se
trata mais de uma necessidade do que uma opção. É uma tentativa com motivações
inconscientes para negar sua própria dor, controlando as pessoas mais próximas.
Freqüentar o grupo me serviu para perceber que:
Quando uma criança nasce, a alegria irrompe no lar. Ela traz consigo uma tendência
natural para só transmitir amor. Quando sorri toda a gente sorri e quando chora já
ninguém sabe o que fazer. Todos estão prontos a ocorrer para satisfazer a mínima
necessidade que ela pareça ter. É como um milagre. Tudo lhe é provido sem que tenha que
articular uma só palavra.
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Que se passou, entretanto? Porque é que quando crescemos, olhamos ao nosso
redor e vemos que esse poder desapareceu?
Aprendemos a olhar para o mundo com antagonismo e individualismo. Aprendemos
o significado de maldade, culpa, limitação e morte. O amor é aquilo com que nascemos.
O medo é o que aprendemos aqui. Renunciar ao medo é o objetivo principal desta viagem
a que chamamos vida. Viver uma vida sem conhecer o amor é condenar-se ao sofrimento e
à depressão.
Muitas crianças em todo o mundo cresceram e tornaram-se adultas fisicamente, mas
não emocionalmente. São o resultado do abandono e de todo o tipo de abusos durante a
infância. A negligência no atendimento das suas necessidades de afeto, carinho e apoio
impediram o desenvolvimento de uma infância saudável. São os resultados de um
ambiente familiar desequilibrado.
Quando uma infância não é saudavelmente desenvolvida, isto é quando não são
satisfeitas as suas necessidades psicológicas essenciais existirá um desenvolvimento físico
normal, mas, inevitavelmente, esse ser agora adulto sentirá no seu interior uma criança
que, psicologicamente, continuará ferida e abandonada. Emocionalmente sentir-se-á uma
criança num corpo de adulto. Será uma pessoa caracteristicamente agressiva e
extremamente insegura embora com um coração peno de amor que nunca foi despejado
por não ter com quem o trocar. Está bloqueado. Por isso não sente alegria nem sabe
brincar. Leva tudo a sério.
Quando pergunto a um desses adultos como foi a sua relação com os pais, a sua
expressão até ali dura, transforma-se numa expressão de surpresa e os seus olhos
umedecem-se. Cai a máscara. Sentem-se envergonhados. Muitas pessoas choram.
Algumas não o faziam desde crianças. Depois se sentem melhor.
Aquilo que compõe o conhecimento que temos de cada um de nós, ou seja, aquilo
que queremos significar quando dizemos "eu sou…" é o nosso conceito interno. Ele forma-
se com os nossos primeiros sentimentos, crenças e memórias.
É o filtro através do qual passarão as novas experiências. Por isso imagine-se como
é importante uma infância saudável. Isso explica porque existem pessoas que escolhem
continuamente o mesmo tipo de relação amorosa destrutiva; é também a razão pela qual
para alguns a vida é uma repetição de uma série de traumas; a razão porque é que não
conseguem aprender com os próprios erros. Freud chamou a esta insistência "o impulso da
repetição". Alice Miller chamou-a de " lógica do absurdo".
Por isso é fundamental compreender que se sentirmos que a nossa vida está
carregada de problemas que parecem repetir-se, isso se deve ao nosso conceito interno e
40
que se a queremos mudar teremos que analisar o nosso "eu”, a nossa criança-interior que o
compõe e trabalhar nela. Ajudá-la a desfazer os medos, e garantir-lhe que já ninguém lhe
poderá fazer mal. Já é adulta e poderá defender-se.
Um exemplo do aparecimento da nossa criança-interior feliz é quando nos rimos
às gargalhadas e quando somos criativos e espontâneos. A criança-interior ferida aparece
quando fazemos máscaras, mentimos ou fazemos birras. O melhor exemplo da criança-
interior irritada é-nos dado por John Bradshaw: "quando nos recusamos a atravessar um
semáforo vermelho mesmo sabendo que ele está avariado, que não há mais ninguém à nossa volta e
que nada pode acontecer de errado".
As crianças que têm uma infância reprimida tornam-se adultos pensando que o
mundo lhes é hostil e que têm de defender-se dele. Para eles este é um mundo perigoso e
ameaçador. Assim foi o seu ambiente familiar
Quando nascemos, os primeiros rostos que vemos e que aprendemos a reconhecer
com alegria são os dos nossos pais. Como é bom sentir o peito cálido da nossa mãe quando
nos dá de mamar ou nos aconchega no seu colo. Sentir a batida familiar do coração que
nos acompanhou durante tantos meses. Como é bom ouvir a sua voz doce que nos embala
para adormecer. Como é seguro sentir os braços fortes do nosso pai que nos abraça e nos
defende, que nos levanta e nos anima quando caímos. Em quem poderíamos confiar mais?
Lavam-nos, mudam-nos as fraldas, dão-nos de comer e ensinam-nos a andar e a falar.
Tínhamos alternativa?
Que pensará uma criança quando vê aqueles em quem ela mais confiava
espancarem-na, envergonharem-na, humilharem-na, abandonarem-na, e às vezes, em
situações mais deploráveis, roubarem-lhes a própria vida.
Muitos pais são vitimas de vitimas. Não podem dar o que não receberam. Era a
informação que tinham. São adultos apenas fisicamente. Não cresceram psicologicamente
e vivem apavorados nesse papel.
Imaginem por um momento o vosso pai com três anos de idade. Vejam-no com as
lágrimas correndo pelo pequeno rosto, percorrendo os cantos da casa à procura de alguém
que o ouça porque se magoou ou porque simplesmente procura a mãe que não encontra
porque ela o deixou sozinho para ir trabalhar. Intuitivamente não compreende como pode
ser tão diferente a realidade que experimentou no interior do ventre da sua mãe e esta
realidade que lhe proporcionam agora. Ele não pediu para nascer. Ninguém o ouve.
Muitas vezes, quando quer chamar a atenção batem-lhe para que se cale. Vai para a cama
sem uma história de embalar. Não bebe o leite morno para aconchegar. Ninguém lhe ajeita
as roupas da cama. Ninguém brinca com ele em casa. Não se dirige às pessoas em quem
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mais confia porque parece que cada vez que o tenta fazer, elas ficam zangadas com ele e
até lhe batem para que não as incomode. Aprende a reprimir para sobreviver. Parecem
culpá-lo de tudo o que se passa na casa. Da falta de dinheiro, de não poderem ir ao cinema
ou à festa que desejavam ir. É um empecilho. Os filhos dos vizinhos são sempre mais
inteligentes e bem comportados do que ele. É o que lhe dizem repetidamente. Se este fosse
o seu pai como poderia considerá-lo culpado?
Uma criança neste ambiente acaba por considerar-se alguém horrível. Cria por isso
um conceito interno que a faz envergonhar-se e preferir o isolamento. Não quer que os
outros descubram o quão horrível é. Cria um falso "eu". E é esse "eu" que lhe permitirá
sobreviver no tal mundo hostil que a rodeia. Cria uma fachada. Aprende que fazer má
cara afasta os indesejáveis. Era assim que o seu pai fazia. Quando algo não corre como ela
quer, grita ou bate. São regressões espontâneas. Foi isso que viu fazer na infância. À
mínima contrariedade desiste. Não tem confiança nela própria porque não lhe foi possível
incorporar essa característica no seu autoconceito.
Abandona facilmente. Provavelmente porque também alguma vez terá sido
abandonado.
Perante contrariedades ou confrontos engole a raiva e toma a única atitude que lhe
permitiram ter quando era criança: castigar os adultos com a retirada. Nada mais podia
fazer. E amua. Nunca teve a oportunidade de sentir o apoio forte e amigável do pai. Não
foi apoiada no inicio da sua caminhada. Por isso todos são seus inimigos. Na idade adulta
a esposa substitui a mãe que emocionalmente não teve. Não tem um circulo de amigos
porque tem medo de se expor. Tem medo que descubram tudo de mau que ele é. A
verdade é que se ele fosse bom os pais não lhe teriam batido, nem lhe teriam dito aquelas
coisas horríveis, pensa.
Eles disseram-lhe, vezes sem conta, que não havia nada que ele fizesse bem.
Que não estudava o suficiente. Que não era capaz e que por isso nada merecia. Ele pensa
então que, se as outras pessoas souberem como ele é realmente, irão também abandoná-lo
ou agredi-lo. Foi assim que aconteceu com os seus pais. E querem evitar essa dor de novo.
Querem evitar mais uma desilusão. É doloroso. Preferem por isso o seu mundo privado.
Assim ninguém os decepcionará. Tornam-se obsessivamente controladores. Controlam
tudo porque: "se eu controlar tudo ninguém me poderá apanhar desprevenido e magoar-
me".
Penso ser importante frisar esta matéria porque cada vez mais existe uma tendência
na sociedade moderna a menosprezar a importância que este fenômeno tem na explicação
da depressão e no aparecimento da doença física. Vivemos numa época e adotamos um
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modo de vida que é propício a negligenciar a infância dos nossos filhos que, se não
tiverem a oportunidade de ter uma infância apoiada, experimentarão um sem número de
conflitos em todas as áreas da sua vida adulta. Geram-se assim comportamentos
compulsivos que geram alcoólicos, pesados fumadores, obsessão sexual, sucessivos
divórcios, etc...
Hitler foi espancado continuamente na sua infância, foi humilhado e envergonhado de
forma perniciosa por um pai sádico que era um filho bastardo de um cabo judeu. Veja-se
como ele usou a crueldade que usaram consigo contra milhões de inocentes.
Como já foi dito, uma outra característica comum nestas pessoas é uma adição ou
compulsão. A criança-interior ferida é a causa principal de todas as adições. Se o pai era
alcoólico e o abandonou física e emocionalmente quando criança, ele não sabe como se
comportar como pensa que um homem se deve comportar. Bebe e fuma para demonstrar
que é um homem. Mas fá-lo por imitação, sem confiança. Poderá ter outras adições como o
sexo, o jogo e os rituais religiosos.
A nossa criança-interior ferida pede que a cuidemos. Quer atenção. Que
brinquemos com ela. Que lhe demos segurança porque ela sente-se assustada. E, enquanto
não for feito um trabalho de recuperação da nossa criança-interior, levando-a a um
crescimento saudável, as nossas vidas serão muito dolorosas e carregadas de solidão e
amargura. Uma criança-interior revoltada pode ser bastante caprichosa e tornar-nos a vida
num inferno.
Os nossos pais não são culpados. Eles comportaram-se de acordo com a informação
que possuíam. Eles também eram vítimas. Não lhes ensinaram mais. Compreender este
processo é perdoar. É desvalorizar. A nossa vida muda drasticamente quando abraçamos
aqueles que tememos. Então percebemos que dentro dessa mascara que durante tantos
anos nos assustou, afinal estava apenas uma criança tão assustada como nós. Tinham esse
aspecto apenas para se protegerem. Eles não sabiam fazer melhor, pois ninguém lhes
ensinou.
A sua fúria era proporcional ao medo que sentiam. Então em vez de castigá-los
podemos ampará-los e libertá-los da culpa que afinal nunca tiveram.
Uma vez recuperada e cuidada a nossa criança-interior, a energia criativa que lhe é
natural começa a surgir nas nossas vidas. Uma vez bem integrada, ela é uma fonte de
regeneração e de nova vitalidade. Carl Jung chamou à criança natural "criança
maravilhosa", o nosso potencial nato de exploração, admiração e criatividade. Essa
criança-interior aparece naturalmente quando nos encontramos com um velho amigo,
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quando nos rimos às gargalhadas, quando somos criativos e espontâneos, quando nos
extasiamos perante uma paisagem maravilhosa.
Trabalhar com a nossa criança-interior é a forma mais rápida de efetuar mudanças
nas pessoas. É um processo que permite uma transformação verdadeira e duradoura.
Devemos, pois analisar-nos e dedicar-nos todos os dias uma parte do nosso tempo.
Muitas vezes pergunto à minha criança-interior onde é que lhe apetece ir e levo-a lá.
Muitas vezes apetece-lhe ir ao cinema e levo-a. Apetece-lhe ver as outras crianças a brincar
num parque e vou até lá. Outras vezes quer que eu lhe compre um gelado e eu compro-
lho. Pergunto-lhe também muitas vezes, porque está triste. E ela responde-me que gostaria
de se divertir, então eu levo-a a ver uma boa comédia no cinema.
Muitas das mudanças que gostaríamos de ver nas nossas vidas e na maneira como a
percepcionamos estão ao nosso alcance desde que atendamos à criança que todos levamos
dentro de nós. ”...”.
Vamos procurar um lugar especialmente seguro para nós e pensar em uma pessoa
confiável, um "curador" que nos ajudou em nossa vida. Pode ser qualquer pessoa.
Coloque-se numa posição bem cômoda e relaxe totalmente. Feche os olhos. Se sentir que
há algum entrave emocional incomodando-a, trate de soltá-lo. Visualize uma caixa e
deposite seus entraves dentro da caixa, deixando-os ir embora.
Se tiver algum incômodo físico, solte-se para não se distrair. Vá tomando
consciência das batidas de seu coração, de sua respiração. À cada batida, a cada
respiração, estaremos participando das forças do Universo.
Agora, quero que visualize seu lugar seguro, seu lugar especial. Observe-o em sua
mente. Como é? que cores tem? que odores? que textura? o lugar especial para você... veja
a si própria parada no meio desse lugar, seguro, seu paraíso privado. Agora vou levá-la a
praticar um ritual americano.
Posicione-se em direção ao Norte e sinta uma brisa fresca a atravessá-la. O desafio e
a força vem do Norte. Agora, gire para o leste, que representa os começos. Enfrente-os.
Que começos existem agora em sua vida? quais são as coisas que você tem que começar?
Agora, dirija seu corpo para a face Sul, que representa o crescimento. Que aspectos precisa
alimentar e continuar em sua vida? Agora, olhe a face Oeste. O que necessita ser solto? Há
algo que você tenha a necessidade de dizer adeus? Olhe para o céu que representa a
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criatividade. Quais são os talentos que necessitam ser desenvolvidos? Agora, olhe para a
terra, para o solo. Quais são as forças que asseguram estabilidade que você deseja?
Quando deixar estes pensamentos, chegará ao seu lugar sagrado o "curador". Dê-
lhe as boas - vindas. Pergunte o que é que você mais necessita. O que ele disse? Sente-se
com seu "curador" e tenha uma conversa objetiva sobre o que necessita em sua vida.
Enquanto fala com o seu "curador", ouça um barulho - vire-se e veja uma criança. A
criança é claramente você, aos 5 anos de idade. Olhe, veja como era você quando tinha 5
anos. Estenda a mão para essa criança. Dê-lhe as boas- vindas. Fale com ela, com essa
menina. Pergunte à ela como vai, conte à ela como você vai... enquanto fala com ela, você a
vê subir em seu colo.
Agora, diga a essa menina como vai fazer para assegurar-lhe que a partir de agora
ela vai ser escutada e valorizada. Tenha uma conversa com essa menina. Ela está agora
sentada em seu colo. Abrace-a, tranqüilize-a. Dê-lhe amor. Fale com ela com amor. Encha-
a de amor. Diga-lhe que a ama. Enquanto conversa com a menina, o seu "curador" se
aproxima de vocês duas. Agora, veja seu "curador" abraçando a você e a menina. O
"curador" diz que vocês estão fazendo as coisas muito bem. Estão fazendo tudo muito
bem. Agora, veja a menina sair do seu colo. Ela está parada ao seu lado. O "curador" toma
a menina pela mão. Você se une a eles. Os três juntos deixam o lugar seguro e vão brincar
juntos. O que estão fazendo? Logo que visualizar isto, vá se preparando para "acordar" e
volte para cá. Abra os olhos lentamente.... Fim da visualização
TRATAMENTO DO MERECIMENTO
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As decisões que faço, e o modo que administro, refletem a minha alta auto-estima.
Minhas decisões levam em conta minhas responsabilidades para comigo.
Não quero que a casa me governe, mas quero governar minha casa.
Não quero a eficiência do detergente, mas as borbulhas de cores.
Não quero pisos brilhantes. Quero uma pele resplandecente.
Não quero porcelanas e marfins. Quero carícias suaves.
Não quero os luxos orientais. Quero as mil e uma noites.
Não quero quadros valiosos. Quero retratos em minha alma.
Não quero cozinhas sofisticadas. Quero poros temperados.
Não quero um dormitório Luís XV. Quero um autêntico leito matrimonial.
Não quero móveis de categoria. Quero a criatividade e a sabedoria.
Não quero as plantas artificiais. Quero as flores a cada dia.
Não quero lençóis bordados. Eu os quero ornados apaixonadamente.
Não quero os chinelos ao pé da minha cama. Quero os pés descalços na alvorada.
Não quero vestidos para andar dentro de casa. Quero a segurança do nu.
Não quero bobies ao me deitar, mas sim sonhos cacheados.
Não quero cremes rejuvenescedores, mas rugas de emoção.
Não quero sexo por compromisso. Quero motivações sensuais.
Não quero varizes. Quero artérias aceleradas.
Não quero beijos frios. Quero lábios excitantes.
Não quero baixelas de prata, mas sim cumbuquinhas.
Não quero tapetes maravilhosos, mas cenas de por-de-sol.
Não quero cortinas isoladoras. Quero a transparência em minhas janelas.
Não quero pássaros enjaulados. Quero filhos em liberdade.
Não quero a fidelidade de um cão. Quero a intuição de um Homem.
Não quero jóias valiosas. Quero alianças indestrutíveis.
Não quero estar sempre em público. Quero sim, a intimidade de um banho.
Não quero religiões místicas, mas o poder adorar.
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Não quero saltos altos. Quero elevar-me.
Não quero máscaras nas paredes. Quero os meus diferentes personagens.
Não quero palavras ocultas. Quero diálogos refrescantes
Não quero ser "senhora", e sim "senhora de".
"Senhora de mim mesma".
(SER MULHER. Wolff, Martha)
Meus pais têm problemas de alcoolismo e, apesar de eu não beber nem consumir
drogas, me dei conta que sou dependente dos homens autodestrutivos. Tentei dominar os
três homens com os quais vivi, mediante ameaças, subornos, elogios, sermões e todo tipo
de manipulações que eu acreditava que poderiam dar resulta.
Agora compreendo que sou tão autodestrutiva como eles, porque escolho somente
homens carentes e deficientes. Nunca mantenho interesse por aqueles que são saudáveis e
competentes.
Meu noivo atual acaba de me chamar á cadeira militar, onde está cumprindo
sentença por tráfico de drogas. Disse que está aprendendo sua lição e que não vai mais
procurar problemas. Eu disse a ele que ficava satisfeita em saber disso e que desejava que
ele tomasse conta de si mesmo. Entendo que só posso cuidar de mim mesma e daqui a
dois dias começarei assistir ás reuniões de Alcoólicos Anônimos e de Filhos Adultos de
Alcoólicos.
Não sei se eu e ele voltaremos a ficar juntos o que na realidade não importa, porque
agora estou aprendendo a ficar bem estando sozinha.
Saudações de uma dependente dos homens, em vias de recuperação.
Britt J.
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prazo, pouco a pouco, passo a passo com o apoio de outras que têm passado pela mesma
luta, a conseguem.
Para manter a recuperação, além da vontade, a coragem e a humildade tão
necessárias para iniciar o processo, devemos desenvolver mais duas qualidade: a
capacidade de nos auto-examinar com rigorosa franqueza e a confiança em um poder
superior a nós mesmos. Esse Poder Superior não precisa coincidir com as definições dos
outros. Pode ser chamado de Deus, pode não ter nome. Que se possa comunicar tanto em
um grupo de apoio com em uma igreja ou um templo. É um princípio muito pessoal
formulado individualmente de forma que, quando o invocamos, proporciona uma fonte
inesgotável de força e consolo.
CO-DEPENDÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
Por Dr.ª Marisa, em 17/12/1997
Abusos Sexuais
O que caracteriza abuso é toda palavra, olhar ou intenção que traia a confiança da
criança. Não é só violência ou estupro, mas um olhar, gesto ou intenção, porque as
crianças captam devido à sensibilidade. Seus efeitos são graves, podendo fazer estragos
como:
Dissociação: nesse processo não sente nem percebe o mundo, como se estivesse fora.
Defende-se assim e de um certo ponto para frente não sente mais aos outros, nem a si
mesma. Esses efeitos são os traumas e cria-se estruturas para defender-se da dor.
Desordem de múltipla personalidade: muitos "eus" não integrados, para conseguir viver e aí a
pessoa torna-se seca.
Abusos físicos
Na Idade Média, crianças que choravam e tinham ataques eram consideradas
loucas ou possuídas pelo demônio e por isso eram assassinadas. Quem mudou o curso
disso foi Russeau.
Surras nas Escolas: até há pouco tempo ainda existia punição por motivos muitas
vezes banais. Por conta desses traumas é que surge o falso "eu".
Freud achava que não havia abusos, somente fantasias infantis. Esse conceito está
ultrapassado. Todos esses mencionados são co-dependentes ou os que abrem mão do "eu"
para defenderem-se dos abusos, maus tratos, fome etc.
No alcoolismo, todo lar é violento, não existe um que não seja. Existe trauma,
abandono e medo nesses lares. A conseqüência é o falso eu, que surge por uma questão de
sobrevivência, criando mecanismos de defesa. Uma criança vê o pai batendo na mãe ou
nos irmãos e precisa desse falso eu, criando papéis ou máscaras.
Há quem diga que não sofreu abusos físicos ou sexuais, mas apenas emocionais.
Este último é tão importante quanto os outros, afinal, é abuso demais exigir que uma
criança seja uma dançarina quando sequer tem coordenação motora, ou então querer que
os filhos se casem com os parceiros idealizados pelos pais. Isso vai moldando o eu como
um sistema de crenças.
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Papéis com os quais nos envolvemos
Vítima: entende que algo errado está acontecendo e pede ajuda.
Mártir: esse já diz que tudo está certo, porque está cumprindo seu carma.
Perfeccionista: não aprende com os próprios erros e ainda enlouquece a família.
Loucos: são os bodes expiatórios; percebem os segredos da família.
Super empreendedores: o tipo com trinta anos que já é um presidente de empresa e
que com trinta e dois morre de enfarte (trabalhados compulsivo).
Agradadores/bonzinhos: nunca dizem não.
Irônico: é o comediante que ri das desgraças.
Outros: abandonados, ovelhas negras, inadequados ou perdedores (nada dá certo)
etc.
Co-Dependência
Todo adicto e alcoólico é co-dependente. Não há separação Características: dor,
tristeza, confusão mental e emocional, vazio interior, não sabe se faz isso ou aquilo, dor
emocional, baixa auto-estima etc.
E como ficou a criança divina? – Ferida e sem referencial. O caminho é o inverso:
maior espiritualidade é menor co-dependência.
Identificar os papéis
Aceitar
Viver o luto
Despedir-se
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No item 1, é importante quebrar os segredos e parar de proteger. Os que sofrem
abuso protegem os abusadores porque na verdade têm vergonha e medo de mostrar
dificuldades. E por que continua apanhando? A proteção é de si mesmo: orgulho entra e
acaba atrapalhando. Sente-se culpado às vezes, não admitindo falar mal dos pais.
No segundo item, aceitar e junto com isso vem a raiva – como pude negligenciar isso? A
vivência da raiva vem com aceitação. Descobre que era assim e ficou sendo devido aos
outros.
Desperdiçou a vida para ouvir alguém dizer que te ama de vez em quando, sente-se
vazio porque acreditou em algo que foi do outro, daí a raiva, é claro.
Quando ao luto, vai vivenciar de verdade o vazio e ver a proporção dele. Daí vem o choro.
As MADAS são assim, quando se retira a droga do amor. É preciso ter coragem de ficar só,
pois muitos deixarão de te amar, te acharão egoísta, ingrata, fria e mal agradecida. O luto é
o parar de acreditar que vai casar com o pai (projeção). Cuidado do "pai" por trinta anos e
quando fica só vai procurar outro. A procura deve ser a de conseguir se preencher sem o
pai, ser a sua própria família amorosa que nunca teve.
E, finalmente, despedir-se dos personagens, deixar a criança divina surgir. Deixar
de ser protetora, e salvadora incomoda muito aos outros. Poucos te apoiarão para deixar o
papel de perdedora. Muitos maridos não querem, porque não terão a quem chamar de
incompetente. Poucos reforçarão tua despedida e te darão entusiasmo para o eu
verdadeiro começar a surgir. Difícil para uma mãe dizer para o filho crescer e viver, já que
ela tem um relacionamento emocional desequilibrado.
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Volta ao Lar
Aprenda a amar a si mesma como mulher Para amar a si mesma como mulher, a
menina precisa ser amada por uma mulher. Isso não tem nada a ver com orientação
sexual. Tem a ver com a essência do seu ser.
Muito já foi escrito sobre mães fracassadas como mães. Esse fracasso tem maior
impacto nas meninas e é devido especialmente à falha na intimidade do casamento. Em
razão dessa falha, a mamãe é frustada e solitária. Ela pode voltar-se para o filho e fazer
dele seu Homenzinho, rejeitando a filha. Ou pode se voltar para a filha e usá-la para
preencher seu vazio. Nessa situação confusa, a filha não pode ser amada por si mesma. Ela
adota o eu solitário e cheio de vergonha da mãe, que só deseja o amor do marido. Quando
a menina não tem o amor saudável da mãe, ela cresce sem experimentar os aspectos
cruciais da sua identidade sexual. Por isso tantas mulheres tem o pensamento mágico de
que só valem como mulheres quando um homem as ama.
Se esse é o seu caso, você precisa deixar que sua criança ferida experimente o amor
de uma mulher. Encontre duas ou três mulheres dispostas a serem vulneráveis com você.
Não tentem fazer terapia uma com a outra, nem resolver os problemas. Apenas estejam
todas ali, apoiando umas às outras na procura do eu verdadeiro. As mulheres
naturalmente se unem tendo como base a vulnerabilidade. Geralmente o elo é a
vitimização comum. Sua menina interior precisa saber que tem você para ajudá-la a se
tornar independente. Ela precisa saber que pode conseguir isso com você e com seu grupo
de apoio, que não precisa de um homem para ser feliz. Ela pode querer um homem na sua
vida, como parte de sua tendência feminina natural para o sexo e para a união com um
homem. Mas terá maior probabilidade de conseguir isso se for auto-suficiente e
independente. Seu grupo de apoio de mulheres estará ao seu lado enquanto você procura
atingir seu objetivo.
Texto extraído do livro volta ao lar de John Bradshaw. Vergonha e auto-estima
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Respeitar o eu é estar identificado com o direito de existir, que provém do conhecimento de
que a nossa vida não pretende aos outros, e de que não estamos aqui na Terra para satisfazer as
expectativas alheias. Para muitas pessoas, esta é uma responsabilidade assustadora.
Respeitar o eu é estar apaixonado pela própria vida, pelas próprias possibilidades de crescer
e de sentir alegria, e pelo processo de descoberta e exploração de potencialidade caracteristicamente
humanas.
Trecho retirado de: " Um livro para curar o coração e a alma". Autora – Joan Borysenko –
Ed. Cultrix.
UMA MULHER INTELIGENTE sabe que antes de começar a fantasiar sobre a vida que
levará em comum, deverá pensar duas vezes em:
Qualquer homem que seduz a todas as mulheres que se apresentam;
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Qualquer homem que não se compromete com nada;
Qualquer homem que escolhe um bom restaurante e depois espera que divida a
conta pela
metade;
Qualquer homem que troca de pedido mais que uma vez;
Qualquer homem que pergunta se o couvert é cobrado em separado;
Qualquer homem que bebe demais;
Qualquer homem que tenta controlar-te dizendo o que deve comer ou beber;
Qualquer homem que presta mais atenção ao que passa nas mesas ao redor que em
você;
Qualquer homem que sempre pede o mesmo, sem importar onde esteja comendo;
Qualquer homem que examina os vasos e móveis a procura de pó ou sujeira;
Qualquer homem que não fala de si mesmo;
Qualquer homem que fala só de si mesmo e de seus interesses;
Qualquer homem que parece completamente desinteressado em escutar qualquer
coisa
sobre você, sua vida ou seus interesses.
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AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE É TEMPO DE TERMINAR UM
RELACIONAMENTO QUANDO:
Ele freqüentemente a faz sentir-se mais mal do que bem.
Teu medo de perdê-lo a faz esquecer de tuas necessidades reais.
Sua conduta esta minando a tua auto-estima.
Você lhe diz estar se sentindo triste e deprimida, e ele não faz nada para mudar este
sentimento;
Você se sente melhor recordando o passado do que vivendo o presente.
Suas condutas te preocupam.
Ele começa a dizer-lhe que "necessita de mais espaço".
UMA MULHER INTELIGENTE SABE COMO DISTINGUIR OS BONS DOS MAUS TIPOS
DE HOMENS:
Um bom tipo de homem tem o estilo de vida realista. Tem um verdadeiro lugar, um
verdadeiro trabalho, verdadeiras contas, verdadeiros animais, uma verdadeira
família e uma verdadeira forma de tratar todas estas coisas e pessoas.
Um bom tipo de homem tem metas realistas. Este homem pode não querer
conquistar o mundo, mas desejará maximizar seu potencial e ser o melhor que
pode.
Um bom tipo de homem quer como companheira uma mulher que possa
compartilhar tudo com ele. Este homem não quer uma relação na qual um dos dois
seja excessivamente dependente ou completamente dominador.
Um bom tipo de homem não manipula ou usa a mulher. Este homem não permitirá
que sua companheira se exponha para depois roubá-la o que tem. Como sua
sedução não é ensaiada, pode não ser muito bem armada, mas esse é o seu atrativo.
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Um bom tipo de homem apóia a mulher sem controlá-la. Este homem quer que sua
companheira se sinta feliz e satisfeita e a ajuda alcançar as suas metas.
Um bom tipo de homem sabe escutar quando uma mulher fala. Este homem não é
tão egocêntrico que só seja capaz de concentrar-se em seus problemas e em seus
pontos de vista.
Um bom tipo de homem é honesto. Este homem prioriza a honestidade em tudo,
incluindo seus sentimentos, seus temores e suas necessidades.
Um bom tipo de homem não tem limites irracionais. Este homem não te faz sentir
mal te excluindo de aspectos significativos de sua vida, não tem regras irracionais
sobre os caminhos que a relação terá e permitirá que você achegue-se.
Um bom tipo de homem é capaz de comprometer-se totalmente. Este homem quer
ter uma relação sólida e comprometida e tem um estilo de vida que reflete sua
ampla capacidade para criar vínculos permanentes.
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pacientes, num período de doze semanas, conforme citado em detalhes no Prisioneiro do
Medo).
A terapia Cognitiva pode trazer os seguintes benefícios:
1. Melhora rápida de sintomas principalmente em depressão moderada.
2. Entendimento: do porque e o quais são as causas da depressão.
3. Autocontrole – aprendizado de técnicas e estratégias seguras e efetivas que serão usadas
quando "as coisas começarem a ficar deprimentes".
4. Prevenção e crescimento pessoal: através da analise de idéias preconcebidas e erradas.
O primeiro passo da Terapia Comportamental é entender e aprender que todos seus
estados mentais são criados por seus pensamentos, eles refletem como você enxerga as
coisas, suas atitudes e crenças, sua interpretação do mundo e de você mesmo. VOCÊ SE
SENTE DE UMA CERTA MANEIRA NESTE MOMENTO, POR CAUSA DE SEUS
PENSAMENTOS.
Por exemplo: se você achou interessante o texto acima, pensou: Puxa uma coisa tão
simples e lógica e talvez possa me ajudar! E sentiu uma emoção positiva. Ou você pode ter
pensado: Ah, comigo isto não funciona, nada funciona, não adianta nem tentar.
(Se você já embarcou numa viagem de negativismo, pare agora e volte ao texto).
Quem criou estes dois estados mentais?
Foram os pensamentos que você desenvolveu após a leitura do texto. Portanto,
seus pensamentos criam suas emoções!
O segundo princípio é que quando você está deprimido, seus pensamentos são
dominados por persistente negativismo. Você percebe o mundo e a si mesmo de uma
maneira negra e sem brilho. E o que é pior, você acabará acreditando que as coisas são tão
ruins quanto pensa.
O terceiro princípio é o mais importante: estudos indicam que os pensamentos
negativos que causam sua depressão, quase sempre são totalmente distorcidos, não
verdadeiros. Ainda que estes pensamentos pareçam válidos, você vai aprender que são
irracionais, irreais, e que esta maneira "enroscada" de pensar é a maior causa de seu
sofrimento.
Isto é muito importante, porque sua depressão, provavelmente, não é baseada em
uma percepção acurada da realidade, mas fruto de sua maneira errada de perceber as
coisas. Por exemplo, quando você diz: "Eu vou ser sempre assim", está se colocando um
rótulo (como se fosse um vidro de geléia, em vidro de geléia a gente coloca rótulo, porque
a geléia vai ser sempre geléia), e rotular é uma forma de distorção mental (outras formas
podem ser encontradas em O Prisioneiro do Medo).
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Durante períodos de depressão você perde grande parte de sua capacidade de
pensar com clareza e discernimento, e tem problemas para colocar fatos e acontecimentos
em perspectiva. Acontecimentos negativos aumentam de importância até que passem
a dominar totalmente sua realidade – e você não consegue perceber que estas distorções
estão acontecendo. Quanto mais deprimido e miserável você se sente, mais distorcidos
se tornam seus pensamentos.
Dr. Burns indica três maneiras de lidar com seus sentimentos.
PENSAR – ANALISAR - PRATICAR
1.Treine-se para reconhecer e escrever pensamentos de autocrítica assim que eles passarem
por sua mente.
2. Aprenda porque estes pensamentos são distorcidos, analisando.
3. Pratique responder a eles, racionalmente, e assim desenvolver um sistema de auto-
avaliação mais realístico. (por exemplo, se você se diz: Eu não consigo sair da cama hoje! A
menos que você tenha alguma deficiência física, é claro que pode sair da cama).
Acabe com o NADISMO, em sua vida. Isto significa parar de fazer nada o tempo todo.
Passar o dia olhando as paredes e repetindo que nunca nada vai mudar não vai te fazer
sentir melhor. Faça alguma coisa. Começar a responder a pensamentos distorcidos de
maneira racional pode ser o primeiro passo. Se você for esperar até se sentir com vontade,
seu erro é acreditar que a vontade vem primeiro e leva a ação. Mas funciona ao contrário,
primeiro AÇÃO-MOTIVAÇÃO-SUCESSO.
1. PERSISTÊNCIA – Muitas pessoas acham que felicidade é algo que acontece na vida
delas, mas felicidade é uma conquista, uma construção, assim como recuperação: ela é
resultado de muita persistência, de uma constante vigilância de nossos pensamentos,
da troca de hábitos antigos negativos por novos positivos. Vá com calma, dê tempo ao
tempo e tenha paciência de esperar as coisas e os objetivos se concretizarem.
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3. EXERCÍCIOS - É uma ferramenta importante no combate a ansiedade, a caminhada
além de ser de graça queima químicos que causam ansiedade e liberam endorfinas que nos
faz sentir bem.
7. AFIRMAÇÕES - Afirmações são frases que você se diz, coisas que você quer que
venham a acontecer. São palavras de coragem e autoconfiança que virão influenciar seus
pensamentos e sentimentos. É dizer a verdade antes que ela aconteça. Outra maneira de
usar afirmações é dizer a mesma frase (sempre se focando no que você quer, esqueça
o que não quer), umas cem vezes todas manhãs. Você tem sua cabeça cheia de mensagens
negativas? Ou você está se dizendo: "Eu posso fazer isto!" e outras mensagens positivas?
Lembre-se: seus pensamentos se tornam realidade você é o que PENSA que é.
8. ESCREVER - Escrever a frase em diversos lugares que você pode ver durante o dia todo,
ou escrevê-la umas 20 vezes por uns 21 dias. É provado que são necessários
21 dias para se mudar a maneira de pensar sobre algo. Gravar frases positivas para você
escutar também ajuda.
9. VIVER NO PRESENTE - Viver um dia de cada vez, não deixando que as dores do
passado ou o medo do futuro interfiram com sua recuperação e progresso.
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10. COMUNICAÇÃO - Fale com as pessoas que o amam sobre seu problema.
Não transforme o segredo em outro inimigo. Você terá de gastar muito tempo e energia
tentando esconder dos outros, use esta energia de maneira positiva. Na hora da crise
procure ajuda.
11. HUMOR - Estudos concluíram que rir causa o efeito contrário do stress, isto é:
bem estar, e melhora a resistência do nosso sistema imunológico, o riso é a aeróbica da
alma. Desligue a TV, leia algo engraçado, faça algo divertido, escolha amigos divertidos,
comece seu dia com um sorriso e sorria o dia todo seu cérebro vai receber esta mensagem
positiva.
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Violência Verbal
A Violência Verbal normalmente se dá concomitante à Violência Psicológica.
Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família,
incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar.
Em decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à
violência masculina, a mulher tende a se especializar na violência verbal, mas, de fato, esse
tipo de violência não é monopólio das mulheres.
Por razões psicológicas íntimas, normalmente decorrentes de complexos e conflitos,
algumas pessoas se utilizam da Violência Verbal infernizando a vida de outras, querendo
ouvir, obsessivamente, confissões de coisas que não fizeram. Atravessam noites nessa
tortura verbal sem fim. "Você tem outra (o)... você olhou para fulana (o)... confesse, você
queria ter ficado com ela (e)" e todo tido de questionamento, normalmente argumentados
sob o rótulo de um relacionamento que deveria se basear na verdade,
ou coisa assim.
A Violência Verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até em pessoas que
permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que um comentário ou argumento é
esperado para o momento, se cala, emudece e, evidentemente, esse silêncio machuca mais
do que se tivesse falado alguma coisa.
Nesses casos a arte do agressor está, exatamente, em demonstrar que tem algo a
dizer e não diz. Aparenta estar doente, mas não se queixa, mostra estar contrariado, "fica
bicudo" mas não fala, e assim por diante. Ainda agrava a agressão quando atribui a si a
qualidade de "estar quietinho em seu canto", de não se queixar de nada, causando maior
sentimento de culpa nos demais.
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Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação da família e do
trabalho do outro. Um outro tipo de Violência Verbal e Psicológica diz respeito às ofensas
morais. Maridos e esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem
amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o (a) outro
(a), fazê-lo (a) sentir diminuído (a). O mesmo peso de agressividade pode ser dado aos
comentários depreciativos sobre o corpo do (a) cônjuge.
SINAIS DE RECUPERAÇÃO
Estou escolhendo as coisas que quero fazer, em vez de me comportar como se não
tivesse escolha. Estou aprendendo a dizer NÃO.
Estou conseguindo me restabelecer do caos financeiro resultante da minha neurose.
Estou aprendendo a me defender e aos meus direitos em vez de lutar somente pelos
direitos dos outros.
Estou aprendendo a trabalhar a minha família de origem, isto é, olhar para dentro
de mim mesmo para descobrir as origens da minha codependência.
Estou aprendendo a estabelecer limites de trabalho. Muitas pessoas estão sentindo
raiva de mim porque estou mudando, mas não estou me sentindo tão usado.
Estou aprendendo a parar de perguntar porque as pessoas estão fazendo isso
comigo.
Estou aprendendo a não permitir que outras pessoas me controlem.
Comecei a sentir paz. Pela primeira vez na vida, tenho vontade de viver, e agora
acredito que há um propósito para a minha vida.
Meu relacionamento com o Poder Superior, Deus como eu compreendo a Deus,
melhorou.
Estou perdendo a minha invisibilidade emocional. Estou reconhecendo a mim
mesmo e os
outros estão me reconhecendo.
Finalmente acredito em minhas próprias palavras.
Estou deixando de "empurrar a vida com a barriga" e começando a sentir prazer em
vivê-la.
Estou aprendendo a me desligar das pessoas ao invés de tentar controlá-las.
Estou aprendendo a estabelecer limites saudáveis de relacionamentos e não
permitir que as pessoas me usem e me magoem.
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Estou aprendendo a deixar de lado a preocupação e a negação e a lidar com os
problemas de forma construtiva.
Estou aprendendo a sentir e expressar as minhas emoções e a valorizar o que desejo
e necessito.
Estou deixando de me punir pelos problemas, bobagens e insanidades dos outros.
Estou deixando de exigir perfeição de mim mesmo e dos outros.
Estou deixando de reagir aos poderosos sistemas disfuncionais, parando de me
envolver em loucuras e aprendendo a arte de deixar de ser vítima.
Estou deixando de tomar conta compulsivamente de outras pessoas e tomando
conta de mim mesmo. Estou aprendendo a ser bom comigo mesmo e a me divertir.
Estou aprendendo a me sentir bem com as coisas que estou conquistando. Estou
sentindo que as mereço.
Estou aprendendo a lidar com todas as minhas mensagens interiores de
autoderrotismo (ninguém gosta de mim, não mereço coisas boas, não serei bem-
sucedido...).
· Estou aprendendo a não fugir da dor através de comportamentos compulsivos.
Aprendi que sou o único responsável pelo meu comportamento e suas
conseqüências.
Aprendi que tenho escolhas.
Estou aprendendo que não posso mudar por mim mesmo, que interligado com o
processo de mudar os meus comportamentos está um Poder Superior, Deus da
maneira como eu compreendo a Deus.
Estou aprendendo a deixar acontecer no "tempo de Deus" e a "deixar Deus agir".
Estou aprendendo a pensar, identificar, discutir e resolver os meus problemas de
maneira construtiva.
Estou aprendendo a não suspender ou adiar uma crise ou decisão a fim de
assegurar minha própria segurança, ou divisão entre eu e a situação problema.
·Estou aprendendo quando é hora de mudar o que posso e quando é hora de deixar
algo Acontecer
Estou aprendendo a superar a minha negação e a enxergar as coisas que julgo
dolorosas demais para serem vistas.
Estou aprendendo a questionar a minha família de origem e averiguar a maneira
doentia com a qual reagi a eles.
Estou aprendendo a reconhecer e a não me deixar influenciar pelas mensagens
negativas e autodestrutivas do meu passado.
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Estou aprendendo a não me orgulhar da minha insana capacidade de me privar ou
abafar meus sentimentos.
·Estou por opção própria e de maneira consciente, iniciando o meu trabalho de
tristeza, ou seja, começando a sentir toda dor e tristeza que durante tanto tempo
vinha me esforçando para evitar.
Estou aprendendo a ter compaixão pelas pessoas, ser solidário, mas sem me
envolver com elas (assumir suas responsabilidades).
Não estou mais congelando minhas emoções e sentimentos.
Já não estou mais me entregando a todos os meus desejos e caprichos; a disciplina
encontrou lugar em minha vida.
Estou tendo a certeza de que cuidar de mim mesmo é o melhor para todos e que o
posso fazer. O que não posso, Deus o fará.
Estou aprendendo a ter mais confiança na minha capacidade de solucionar os meus
problemas.
Estou desenvolvendo a cada dia que passa, um ouvido mais aguçado para
identificar as mensagens interiores de auto-sabotagem.
Estou aprendendo a me dar crédito.
Estou aprendendo a respeitar e amar a mim mesmo. Estou aprendendo também, a
amar os outros e a permitir que me amem de formas saudáveis que me fazem bem.
Estou seguindo o programa de 12 Passos de MADA e me relacionando com amigos
verdadeiros, saudáveis e apoiadores.
Estou aprendendo que não cabe aos meus companheiros de grupo, aprovar ou não
a maneira como faço a minha recuperação. Estou aprendendo a colocar os
princípios acima das personalidades.
Estou aprendendo a me fixar em conceitos como: honestidade, aceitação, cuidado,
afirmação, aprovação, fortalecimento e amor.
Estou aprendendo conhecer e lidar com os meus padrões de autonegligência.
Estou aprendendo a lidar com a minha "vergonha tóxica". Estou trabalhando a
minha vergonha. Estou trabalhando em mudar o que acredito sobre mim mesmo, e
meu direito de possuir coisas boas.
Estou aprendendo a mudar de um sistema baseado na vergonha para um de amor-
próprio e aceitação.
Estou expondo a minha vergonha e tratando-a como um sentimento, procurando
localizar as suas raízes.
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Estou aprendendo a não permitir que a vergonha me impeça de fazer escolhas
saudáveis.
Estou aprendendo que sou o que sou, e sou o bastante, apesar de meu passado, de
meu presente, de meu futuro, de minhas fraquezas, de minhas fobias, de meus
erros e de minha humanidade.
Estou aprendendo a não fugir da dor, pois as cicatrizes da dor se transformam na
capacidade de amar e ser amado.
Estou aprendendo a praticar a gratidão.
RECUPERAÇÃO
O crescimento é a essência de toda criatura vivente. Nossa vida é como uma árvore
que cresce. Vivemos quando nos dedicamos integralmente a um trabalho, quando há
pessoas formidáveis que nos convidam a compartilhar com elas suas vidas, quando
crescemos espiritualmente, quando nos renovamos ao lado delas, quando nos transmitem
uma onda de energia que nos impulsiona a seguir adiante, nos incentivando a cultivar o
que somos e o que podemos vir a ser. Elas podem converter uma situação tediosa numa
aventura, o trabalho excessivo em oportunidades e os estranhos em amigos.
“Não podemos nos DAR ao luxo de derramar lágrimas pelo que poderíamos ter
sido. Temos que converter lágrimas em suor, na medida em que avançamos para o que
podemos vir a ser”.
Esta entrega, entusiasmada e amorosa pela vida, fará com que nosso olhar brilhe;
nosso andar seja garboso e fará com que as rugas de nossa alma se desfaçam.
Respeitar-se significa fixar normas próprias e não se comparar com os demais.
Não se trata de ser melhor do que os outros. O respeito e a integridade exigem ser melhor
do que você mesmo pensava que poderia ser.
O segredo do respeito por si mesmo é traçar UM PLANO DE AÇÃO, baseado no
que é correto ao invés do que é vantajoso, e não se afastar dele, apesar das críticas dos
outros. Se fracassar, não se recrimine. Continue a tentar: da próxima vez você se sairá
melhor.
Faça as coisas com calma. Seguramente, isto lhe dará paz mental.
REFLEXÃO:
Além de nossa literatura dos 12 Passos, das 12 Tradições, dos Lemas e dos Conceitos e de
participar das reuniões, nossa sugestão é você ler alguns livros que tratam da co-
dependência, que é essa “doença” que afeta as MULHERES QUE AMAM DEMAIS:
- "Mulheres que Amam Demais", de Robin Norwood, da Editora ARX, o livro que deu
origem ao tratamento de tantas mulheres em todo o Brasil; e, da mesma autora,
- "Meditações Diárias para Mulheres que Amam Demais" e "Por que Eu, Por que Isso, Por
que Agora?", da Editora Mandarim;
- “Co-dependência Nunca Mais” e “Para Além da Co-dependência” de Melody Beattie, da
Editora Record; e da mesma autora, "A Linguagem da Liberdade" e "Pare de se Maltratar”;
- “Amores Obsessivos”, de Susan Forward e Craig Buck, da Editora Rocco;
- “Será que existe Amor Feliz?” e “Pai Ausente, Filho Carente” de Guy Corneau,
da Editora Campus;
- "Enfrentando a Codependencia Afetiva", de Pia Mellody, Editora Rosa dos Tempos;
- “Volta ao Lar” e “A Criação do Amor” de John Bradshaw, da Editora Rocco;
“A trilha menos percorrida” de M. Scott Peck, da Editora Imago;
“Um Suave Caminho ao Longo dos 12 Passos”, de Patrick Carnes, Editora Madras;
Também qualquer livro do Padre Haroldo Rahm, como “O Caminho da Sobriedade”,
e "Doze Passos para o Cristão", Ed. Loyola,
- assim como toda a literatura dos Grupos Anônimos desde Alcoólicos Anônimos
passando por Neuróticos Anônimos entre outros, que só são vendidos nas próprias salas;
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- “O Que toda Mulher Inteligente Deve Saber”, de Steven Carter e Julia Sokol, da Editora
Sextante;
- “Eu Faço Tudo Por Você”, de Sandra Maia, Editora Celebris;
- "Você Está Disponível?: Um Caminho para o Amor Pleno" , de Sandra Maia, Editora
Celebris.
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