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Textos para Estudo em Grupo

Irmandade de Mulheres que Amam Demais Anônimas

RECOMENDAÇÕES de RECUPERAÇÃO

As recomendações a seguir baseiam-se em nossas experiências de recuperação, como


membros mais antigos de MADA. Elas nos ajudaram muito, e deram certo para a maioria
de nós.
RECOMENDAÇÕES de RECUPERAÇÃO:
- Falar apenas sobre si própria.
- Usar sempre a palavra "eu".
- Evitar as palavras "nós", "ele(s)", "a gente", "você(s)", etc.
- Manter sempre em mente as experiências pessoais.
- Evitar falar sobre o que nunca viveu.
- Evitar falar dos outros.
- Apoiar as demais, através da partilha de suas experiências pessoais.
- Não aconselhar.
- Não dizer o que a outra deve ou não deve fazer.
- Evitar explicações ou consolos à companheira que ao dar seu depoimento, sofre ou chora,
evitando críticas ou depoimentos negativos.
- O silêncio é o melhor remédio e, ler, a melhor atitude.

Em MADA "NÃO se deve dar conselhos, nem consolos: todas são bem vindas a
PARTILHAR SUAS EXPERIÊNCIAS e O QUE AS AJUDOU A SE SENTIR MELHOR.
O tratamento se baseia em 'ESPELHOS, não em conselhos'.
Procure falar sobre VOCÊ e SUA RECUPERAÇÃO: nos reunimos e trocamos
mensagens com a proposta de falar sobre nossa forma de nos relacionar, interessadas no
nosso próprio crescimento, desenvolvendo novos instrumentos para lidar com velhos
problemas”.
"A ajuda é oferecida a partir de uma experiência pessoal, SEM DAR CONSELHOS,
NEM fazer interpretações psicológicas".
"Nosso tratamento se baseia em ESPELHOS, não em conselhos".
As salas presenciais e virtuais de MADA são nossas, devemos cuidar bem delas e
preservar a essência do programa de recuperação de MADA.
Serenidade sempre, um dia de cada vez!

A MOTIVAÇÃO EM MINHA RECUPERAÇÃO

A motivação é a garra que se tem para fazer algo. Uma pessoa está realmente
motivada quando deseja chegar à sua recuperação. Está disposta a fazer todo o necessário
para conquistá-la, para mantê-la e ir melhorando dia a dia.

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Se estiver convencida que sua recuperação é muito importante, seguramente estará
mais próxima de consegui-la, o que, por sua vez, reforçará sua motivação. Este é o
momento de questionar-se se sua recuperação é algo prioritário entre os objetivos de sua
vida.
Se sua recuperação realmente o é, tenha a perseverança necessária para exercitar-se
todos os dias, porque é somente pela repetição de condutas positivas que sua maneira de
agir poderá se transformar.
Se você não puder dedicar, em média, uma hora por semana para estar com o
grupo, sua motivação é pobre.
Quem pode compreendê-la melhor é a companheira de grupo que está na mesma
situação.
O grupo é muito útil porque ali você pode pedir ajuda. Se a aceitar, e fizer algo que
for sugerido, estará no caminho da recuperação.
O grupo proporciona as técnicas, o modo de utilizá-las, e mostra como elas já
serviram a outras mulheres.
Se você não assiste às reuniões do grupo, poderá estar pensando: "Eu, sozinha, vou
conseguir", e nega-se a aceitar a verdade. Você entra em negação e em segredo, ou seja, na
falta de sinceridade consigo mesma. Oculta a verdade das outras pessoas porque essa
verdade lhe causa vergonha.
Se você tem uma motivação maior, passa a desfrutar do bem-estar e da felicidade que
se consegue através da recuperação. Quanto mais se avança por este caminho, mais bem-
estar e felicidade vai se obtendo. A idéia é a de não pensar mais que algum dia chegará a
ser feliz, mas que aos poucos você vai se tornando feliz. Deverá ter muita paciência com
você mesma. E também a constância necessária para alcançar seus pequenos objetivos.
 Para saber qual é a minha motivação, devo completar por escrito:
 Minha recuperação é a minha primeira prioridade?
 Porque participo do Grupo MADA?
 O que já consegui em MADA?
 Que desculpas dou para não comparecer ao grupo? Permito que os problemas de
MADA como grupo, impeçam minha recuperação?
 Quais são os motivos que me impedem de participar do grupo?
 O que me ocorre quando não venho ao grupo?
 Trabalho durante a semana o que aprendi em MADA?
 Como estava quando ingressei em MADA?
 Como estou agora?
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 Como quero estar dentro de um ano?
 Aquilo que recebo do grupo, o que incorporo à minha vida?
 O que dou da minha parte ao grupo?

Os seres humanos não são perfeitos, mas podem ser melhorados.

AS PROMESSAS DE RECUPERAÇÃO DA DEPENDÊNCIA DE RELAÇÕES

Nos aceitamos totalmente, mesmo que queiramos mudar algumas de nossas


características. Existe em nós o amor e respeito próprios, que alimentamos
cuidadosamente e que nos propomos expandir.
Aceitamos os demais do jeito que eles são, sem tentar modificá-los para satisfazer as
nossas necessidades.
Estamos em contato com nossos sentimentos e atitudes em relação a todos os
aspectos das nossas vidas, incluindo nossa sexualidade.
Valorizamos cada parte de nós mesmas: nossa personalidade, nossa aparência,
nossos valores e crenças, nosso corpo, nossos interesses e logros. Fazemos uma auto-
avaliação, no lugar de procurar uma relação que nos proporcione um sentido do nosso
valor.
Possuímos auto-estima suficiente para desfrutar da companhia dos outros,
especialmente dos homens, que aceitamos do jeito que são. Não precisamos que eles
sintam necessidade de nós para que possamos nos sentir dignas.
Nos permitimos sermos abertas e confiantes com as pessoas adequadas.
Não temos medo de que nos conheçam num nível profundamente pessoal,
mas também não nos expomos àqueles que não se interessam pelo nosso bem estar.
Perguntamos a nós mesmas: Esta relação é boa para mim? Permite-me crescer para
ser tudo aquilo que sou capaz de ser?
Quando uma relação é destrutiva, somos capazes de renunciar a ela sem que isso
nos jogue numa depressão paralisadora. Temos um círculo de amigos que
nos apóiam, e interesses sadios que nos ajudam a superar as crises.
Valorizamos nossa serenidade acima de tudo. Todas as lutas, os dramas e o caos do
passado perderam seu atrativo. Protegemos a nós mesmas, nossa saúde e nosso bem estar.

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Sabemos que uma relação, para funcionar, precisa acontecer entre duas pessoas que
compartilham objetivos, interesses e valores semelhantes, e que possuem capacidade para
partilhar a intimidade emocional.
Sabemos também que somos dignas do melhor que a vida pode oferecer.

AMADRINHAMENTO
Juntas nos recuperamos.

Seja MADRINHA de uma recém-chegada e saboreie a alegria da descoberta. Isso


vai fortalecer sua recuperação! Para manter nosso programa, devemos compartilhá-lo com
outros membros de MADA. Com o amadrinhamento, o significado desse lema torna-se
claro. É ao compartilharmos nossa experiência, força e esperança que renovamos e
reafirmamos nossa própria recuperação. Percebemos o grande beneficio - e a grande
alegria – que nos traz ao estender nossas mãos... fazer juntas o que nunca poderíamos
fazer sozinhas!
Uma madrinha trabalha e vive os Doze Passos e as Doze Tradições com
o melhor de sua capacidade. Para muitas de nós, uma parte importante do
amadrinhamento é guiar uma afilhada através dos Passos, baseados em experiência
pessoal, força e esperança.
Uma madrinha geralmente ajuda uma afilhada em todos os níveis de recuperação:
espiritual, emocional e físico.
Enquanto madrinhas nós ouvimos, apoiamos e somos compreensivas. Um relacionamento
madrinha/afilhada, à medida que se aprofunda em honestidade, pode evoluir para uma
amizade duradoura.
É importante saber que o papel de uma madrinha não é o de um terapeuta, de um
médico, de um advogado ou de qualquer outro profissional.
Muitas de nós achamos extremamente útil, escolher uma madrinha em MADA.
A madrinha é um membro abstinente em MADA, em melhor recuperação que
normalmente tem mais experiência no trabalho de Doze Passos.
A madrinha nos ajuda a implementar nosso plano de ação e a trabalhar os Passos.
Em MADA não revelamos os nomes das madrinhas e afilhadas, assim como não
revelamos os nomes das pessoas das quais somos dependentes para preservar o
anonimato dessas pessoas e o nosso também.
Respeitamos a 12ªTradição, que diz:
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"O anonimato é o alicerce espiritual de nossa recuperação, o sustentáculo."
Ninguém pode tocar tanto o coração de uma MADA - Mulher que Ama
Demais como uma outra MADA - Mulher que Ama Demais.
Uma madrinha é simplesmente alguém comprometido a ajudar outro membro de
MADA na jornada para a recuperação. Aquelas de nós que a percorreram antes de você
perceberam que o amadrinhamento não é apenas uma experiência cheia de alegrias, mas é,
também, recompensadora: enriqueceu nossos programas e nossas vidas além de seus
limites. Não permita que o medo de ser imperfeita a impeça de ser madrinha. Você não
tem que ser perfeita, apenas tem que ter boa vontade. Confie em que o seu Poder Superior
estará lá, guiando-a como sempre, na sua contínua jornada de recuperação!
Sempre estender a mão e o coração de MADA para todas aquelas
que compartilham da minha compulsão/obsessão; por isso eu sou responsável!

AMADRINHAMENTO II

Toda mudança de atitude e de padrões de comportamento compreende um


processo gradual, processo este que se torna bastante difícil fazer sozinha. Nossa primeira
travessia se deu com a decisão de buscar ajuda nas reuniões do Grupo MADA, onde
encontramos pessoas como nós, que compartilhavam dos mesmos problemas,
sentimentos, necessidades e esperanças.
A cada reunião que freqüentamos, vamos nos dando conta de que outras mulheres
passam ou já passaram pelas mesmas dificuldades. Com isso, vamos aprendendo a viver
com mais serenidade, alegria, esperança e fé, sensações estas que há muito tempo
havíamos esquecido. São estes sentimentos que nos trazem força e coragem para escolher
uma companheira para nos amadrinhar. Não é uma escolha fácil, pois a dúvida, o medo
da rejeição e a sensação de incapacidade nos fazem demorar algum tempo imaginando
quem convidar. Depois da decisão e um agradável e sonoro “SIM”, sentimos um alívio
muito grande, pois agora temos uma pessoa próxima para, além de crescermos juntas, nos
ouvir e apoiar.

O QUE É AMADRINHAMENTO?
Amadrinhamento é um compartilhar recíproco e confidencial entre duas
companheiras de MADA. A afilhada e a madrinha encontram-se como iguais para
compartilhar, tanto para a recém-chegada e confusa, cheio de ansiedades e dúvidas, como
para o membro antigo.
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A madrinha é uma pessoa especial, com quem a afilhada pode conversar sobre problemas
pessoais ou discutir questões, alguém que de bom grado partilha a experiência, a força e a
esperança do programa. É muito reconfortante, pois a madrinha é o tipo que pessoa que
diz: “Eu também estou perdida! Vamos descobrir o caminho juntas?”, ou, “Eu também estive
perdida, mas alguém me ajudou a encontrar o caminho. Me dê sua mão, que agora eu lhe mostrarei
a saída...”.

O AMADRINHAMENTO É OBRIGATÓRIO?
Não existe obrigatoriedade em MADA.O amadrinhamento não é obrigatório, mas a
experiência mostra como é uma valiosa ajuda para o entendimento e aplicação pessoal do
programa de recuperação de MADA.

COMO POR EM PRÁTICA O AMADRINHAMENTO?


O amadrinhamento é uma questão de escolha: uma companheira se sente mais à
vontade com uma determinada companheira e lhe pede para ser sua madrinha. Existe
situação que a pessoa escolhe mais de uma madrinha e se sente livre para mudar de
madrinhas com o passar do tempo ou com o crescimento.

PODE-SE USAR O GRUPO COMO MADRINHA?


O grupo é, sem dúvida, um bom lugar para se obter ajuda e apoio. De um modo
geral, os grupos são formados por várias companheiras em níveis diferentes de
recuperação e o tempo para os depoimentos é limitado e nem sempre todas podem fazer
uso da palavra.
Não é necessário compartilhar com todo grupo, alguns detalhes bastante dolorosos,
de nossas vidas. É nessa hora que entra a madrinha, uma pessoa sempre discreta e digna
de confiança, alem disso, é uma pessoa que aceita sua afilhada como ela é.

QUANDO SE DEVE ESCOLHER A MADRINHA?


No momento em que você sentir que é necessário. Nunca é tarde para escolher sua
madrinha, não importa quando nem a quem você escolhe, o importante é que você
escolha. Recomenda-se freqüentar tantas reuniões quantas possíveis, para que durante
elas você possa identificar aquelas companheiras coco as quais você parece sentir-se mais à
vontade e sentir maior afinidade.
Convidar alguém para nos amadrinhar faz parte de nossa recuperação pessoal. Mostrar-se
demais acanhada, ou por demais orgulhosa nessa hora, pode significar a diferença entre
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encontrar uma nova vida no programa, ou retornar à situação de miséria e solidão. É bom
não esquecer o lema: “FAÇA-O COM CALMA!”.

SOU OBRIGADA A AMADRINHAR, SE ALGUÉM VIER ME PEDIR?


Não há obrigações em MADA. Existem aquelas que gostam de amadrinhar, mas
quando este não for o caso, a honestidade é o melhor caminho.

COMO A MADRINHA PODE AJUDAR?


Certas madrinhas nos ajudam a pensar, encorajando-nos a buscar em nós mesmas
as respostas, com o auxilio dos instrumentos do programa. Outras nos instigam, ou
procuram nos fazer lembrar o que diz o programa.
Contudo, as madrinhas não possuem varinha de condão para resolver todas as
dificuldades, nem tomam decisões por nós, nem assumem responsabilidades sobre nós.
Devemos sempre lembrar que nossa madrinha também está trabalhando sua recuperação.

QUAL O PAPEL DA MADRINHA?


 Mostrar, pelo exemplo pessoal, de que maneira o programa conduz à serenidade.
Incentivar a afilhada a participar das reuniões, ler a literatura e utilizar os
instrumentos do programa.
 Manter um contato regular, pessoalmente ou por telefone, e esteja disponível,
sempre que possível, quando a afilhada tiver algum problema especial.
 Escutar. A madrinha tem duas razões para ouvir: 1) permitir que a companheira
descarregue seu fardo de preocupações; 2) ajudá-la a reconhecer os pontos em que
o auxilio é mais necessário.
 Escutar – não para conhecer os detalhes das crises, mas para detectar os sinais de
autopiedade, medo, ressentimento e pensamentos negativos.
 Escutar – para perceber o que não foi dito, aquelas coisas que não são fáceis de
declarar. Talvez o relato de uma experiência pessoal facilite a revelação daquilo que
vinha sendo negado.
 Não fazer jamais o inventário de uma outra pessoa, mas se for interrogada,
responder com honestidade.
 Jamais dar conselhos ou tomar decisões pelas companheiras, especialmente sobre
seus relacionamentos.
 Procurar não impor seus pontos de vista; ao contrário, encorajar a companheira a
caminhar no seu próprio ritmo e a praticar o programa a seu próprio modo.
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Ter paciência, compreensão, mente aberta e flexibilidade, sem “sufocar com tanta
bondade” ou tornar-se extremamente prestativa.
 Evitar falar demais de seus problemas pessoais, mas compartilhar a experiência, a
força e a esperança da própria recuperação.
 Compreender que a madrinha é apenas um canal por onde passa a mensagem de
esperança de MADA, e evitar pensar que lhe seja necessário saber todas as
respostas.
 Aceite, cuide, estimule, ame.

O QUE DIZER DA DEPENDÊNCIA?


É impossível alguém estar disponível o tempo todo, uma madrinha zelosa
estimulará sua afilhada a procurar também por outros membros. É comum as madrinhas
comunicarem os horários em que não podem ser encontradas.
PRIMEIRO AS PRIMEIRAS COISAS”: sugere-se que as madrinhas dêem primeiro
atenção para sua recuperação, não permitindo que o amadrinhamento as faça esquecer de
que a responsabilidade primeira é consigo mesma.
É muito importante estimular a confiança da afilhada no programa, e não somente
na madrinha. “VIVA E DEIXE VIVER”, “SOLTE-SE E ENTREGUE-SE A DEUS”.

MINHA AUTO-ESTIMA

Às vezes deveríamos nos conceder uma permissão fundamental:


a permissão de sermos nós mesmas.
Nem todas temos esse problema, mas, algumas de nós, têm uma imagem de si tão
idealizada, elevada e irreal, que nunca podem alcançá-la. Outras desperdiçam toda uma
vida esforçando-se para chegar a ser o que outras pessoas esperam delas; portanto, estão
lutando com todas as suas forças para ganhar aprovação, o amor e a inveja dos outros.
Caminham pela vida como "Sísifo", sem chegar jamais a empurrar a pedra até lá em cima,
sem aprender uma das lições mais importantes da vida: que os outros nunca podem nos
dar nossa auto-estima.
Enfim, esta é uma dádiva que devemos dar a nós mesmas.

Atitude positiva: ao repetir meus comportamentos positivos estes passam a ser firmes e
fortes. Assim, acabo com meus sentimentos negativos que conduzem novamente ao
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fracasso. Edison, quando estava inventando a luz elétrica fracassou 99 vezes antes de
triunfar, mas em cada fracasso aprendia o que teria que modificar, e, assim, chegou à
grande descoberta. Para continuar desenvolvendo nossa auto-estima, podemos responder
por escrito as seguintes questões:

Comportamentos:
1. Sou boa comigo mesma?
2. Digo a mim mesma coisas agradáveis?
Gosto de estar comigo mesma?
4. Sou para mim uma pessoa digna de atenção?
5. Coloco minha integridade em primeiro lugar?
Penso em comprar para mim algum presente?
Sei aceitar minhas qualidades? E meus defeitos?
Comparo-me freqüentemente com as outras pessoas?
Reconheço que tenho o direito de errar?
Melhorar me satisfaz?
11. Protejo minha serenidade?

Tomo consciência de que:

1. Os aspectos meus que me agradam são ...


2. Estou me cuidando quando ...
3. Sou amiga de várias pessoas emocionalmente serenas ...
4. Estou ocupada fazendo o que quero ...
5. Estou aproveitando as oportunidades ao meu redor ...
6. Desprendo-me de minhas velhas idéias e limitações quando ...

Se queres ver todos os dias a sua melhor amiga, não quebres o seu espelho.

Se você for:
AMAR: ame a si próprio ou a quem te ama.
SOFRER: sofra por coisas verdadeiramente grandes, concretas e reais.
CHORAR: chore por ver a beleza do sol no novo dia ou pelas flores com seus
espinhos ou pela chuva na relva.

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MAGOAR: magoe-se por não ter aprendido antes ou por já saber a lição e não ter
aprendido.
SORRIR: sorria primeiro para você, porque você merece, depois aos outros, sem
desprezar.
MERECER: mereça uma rosa, uma pedra, um camafeu, e um chute, se merecê-lo.
AGRADAR: agrade a você antes, pois nem sempre querem o teu agrado.
SONHAR: construa seu sonho em terra firme, não no mangue, e que tenha base
sólida.
CONSTRUIR: construa verdades, amizades, paz, para si e todos que te rodeiam.
VIVER: viva o dia de hoje, sempre um dia de cada vez, mas respeite o amanhã que
apesar de pertencer a Deus, nós é que o viveremos.
APRENDER: aprenda sempre consigo mesma, e não só com os outros.
DEPENDER: dependa dos seus pés para andar, dependa das suas idéias para
prosseguir, pois você sabe melhor do que ninguém o que você quer.

AFIRMAÇÕES POSITIVAS

Uma excelente forma de mudar nossos padrões de pensamentos negativos é


exercitarmos a autodeclaração positiva.
Muitas dessas crenças negativas vêm da nossa infância. Muitos de nós crescemos
num ambiente onde os familiares não puderam dar apoio nem nos suprir emocionalmente
como necessitávamos.
Nosso convívio em relações doentias alimentou essa carência e talvez hoje nossa
auto-estima esteja muito baixa e desenvolvemos em relação a nós mesmas uma autocrítica
negativa.
No livro "Mulheres Que Amam Demais" a autora, Robin Norwood, aconselha que
façamos afirmações positivas, duas vezes por dia.
Durante três minutos, olhe-se no espelho enquanto diz em voz alta:

"(seu nome), amo você e te aceito exatamente como você é".


Visto que uma pessoa não consegue pensar duas coisas ao mesmo tempo, fazer
afirmações positivas pode servir para substituir frases negativas que pensamos a nosso
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respeito, trocando orações do tipo: "sou mesmo uma boba nunca vou conseguir mudar",
por:
"Às vezes, penso que sou uma boba, mas hoje estou acreditando que meus
sentimentos são reais e têm valor". Ou: "Mesmo que pareça difícil, estou me tornando
uma pessoa melhor a cada dia que passa".
Mesmo que a negatividade venha de muitos anos, fazer afirmações positivas pode
nos ajudar a acabar com os pensamentos e sentimentos destrutivos. Use-as também
quando estiver no carro, no ônibus, exercitando-se, enfim, sempre que for possível. Esse é
um exercício que pode ser feito em qualquer lugar, sob qualquer circunstância.
Crie também suas próprias afirmações. À medida que vamos nos conhecendo e
tomamos consciência daqueles padrões negativos com os quais estamos habituados,
podemos ir criando afirmações adequadas para o nosso caso ou para um determinado
momento.
Fique alerta para que essas afirmações estejam dirigidas para o seu próprio
crescimento e não para alimentar a dependência do relacionamento. Não faça afirmações
do tipo: “Estou certa de que eu e ‘ele’ vamos ficar juntos".
Se você acredita num Poder Superior, em Deus ou numa Força Maior, faça-O parte
de suas afirmações, como:

"Deus está atuando em minha vida".


A oração da serenidade, feita pelos grupos anônimos para a abertura e o
fechamento das reuniões é uma das melhores afirmações:

Concedei-me Senhor,
SERENIDADE para aceitar as coisas que não posso modificar
CORAGEM para modificar aquelas que posso e
SABEDORIA para perceber a diferença.

Nessa oração, bem simples, estão contidos princípios bem práticos da programação.
Muitas vezes, podemos fazê-la encaixando-a em uma situação específica, um fato ou
pessoa.
Podemos estar lutando internamente, não querendo aceitar uma realidade na qual
não temos controle, sem forças para agirmos e modificar aquilo que é necessário. Ou quem
sabe, um tanto confusos por não sabermos que caminho ou atitude devemos tomar.

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Fazemos, então, a oração pedindo por orientação, não importando qual seja sua
crença.

Aqui estão algumas Afirmações:

Mereço tudo de bom que a vida tem a oferecer.


Hoje estou livre da dor, da raiva e do medo.
Estou superando os pensamentos negativos que me limitam.
Me encontro em perfeita saúde e bem-estar.
Estou me libertando das limitações impostas por meus pais.
Estou disposta a criar idéias novas à respeito de mim mesma e de minha vida.
Todos os problemas e conflitos se vão: estou serena.
Mereço a vida, uma vida boa.
O amor está atuando em mim para me curar e me fortalecer.
A solução para cada problema vem agora. Estou livre e cheia de luz.
Mereço a liberdade de ser tudo aquilo que sou capaz de ser.
Estou calma e segura.
Mereço viver comodamente e prosperar.
Esqueço toda dor do passado e saúdo a saúde, a alegria e o sucesso.

Tente enumerar os pensamentos negativos que você tem a seu respeito e crie para
cada um deles uma afirmação positiva.
(Texto montado pelo Grupo MADA, a partir do livro "Mulheres Que Amam Demais", de
Robin Norwood, página 301).

ESCOLHAS... e o DÉCIMO PASSO de MADA

A vida que você 'não escolheu', fez de você quem é. Você 'não escolheu' sua família,
'não escolheu' suas experiências de infância, ou algumas da adolescência, 'não escolheu' as
dores e traumas pelos quais passou e não escolheu' problemas físicos de nascimento ou
causados por acidentes.
A boa notícia é: 'parabéns'. Se você sobreviveu ao caos, imagine como será sua vida
se passar a 'escolher' os caminhos, 'escolher' as pessoas e 'escolher' as experiências; enfim,
'escolher suas escolhas' !
(Aldo Novak, Coach, treinador e conferencista)
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DÉCIMO PASSO - ..."Temos uma escolha."...

...Trabalhar este passo de forma contínua resulta em ação preventiva.


Olhando continuamente para nós mesmas, conseguimos evitar a repetição daquilo
que nos torna inadequados. Precisamos deste passo, mesmo quando estamos bem e
quando tudo está dando certo. Os sentimentos bons são uma coisa nova para nós e
precisamos nutri-los. Temos o direito de nos sentirmos bem. Temos uma escolha.
Precisamos lembrar que todos cometem erros e que nunca seremos perfeitos. Mas
podemos nos aceitar.
Prosseguindo com o inventário pessoal, somos libertadas de nós mesmas e do
passado. Não justificamos mais a nossa existência. Este passo nos permite ser nós mesmas.

"Olhe para si própria, aí se encontram todas as suas respostas"...

O QUE É ABSTINÊNCIA?

Para mim, abstinência é uma decisão. Decido ser abstinente, então peço ao meu
Poder Superior que me permita ficar abstinente. Algumas vezes, pedir uma vez por dia é
suficiente, mas há dias em que chateio o Poder Superior durante todo o dia. Existem dias
em que a abstinência é fácil, aqueles dias miraculosos quando, como relata o Livro Azul
(de AA), "nós não a estamos combatendo, nem estamos evitando a tentação. Sentimo-nos como se
estivéssemos sendo colocados numa posição de neutralidade - salvos e protegidos". Sou muito
grata por esses dias.
Em outros dias, a decisão de ficar abstinente é-me muito custosa. Tempos de luta e
tumulto, seguidos de entrega. Então, dez minutos mais tarde, a batalha da compulsão
versus entrega começa de novo.
O processo de recuperação é a batalha do espírito contra o eu. O velho "eu" deve
desaparecer pelos meios necessários. Pode acontecer que algum dia a fórmula mágica para
paz e alegria, sem a luta por submissão, seja descoberta. Mas a única fórmula mágica que
funciona na minha vida é submeter-me à vontade de Deus.

J.K. Bend, Oregon - (Lifeline - Maio de 1988)

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POR QUE UM PERÍODO DE SOLIDÃO OU ABSTINÊNCIA (CELIBATO)?

 Para aprender a desenvolver vínculos.


 Para experimentar interiormente dignidade pessoal, auto-estima e intimidade.
 Para aprender a como não me envolver com companheiros dependentes e como
permanecer não envolvido apesar das tentações.
 Para aprender a preencher todo tempo livre me mantendo afastado das atividades
dependentes.
 Para ficar um período de tempo sozinho a fim de dar aos sentimentos uma
oportunidade de vir à superfície.
 Para aprender a buscar passatempos ou novos interesses que sejam absorventes e
consumam tempo e energia razoáveis de maneira saudável.
 Para aprender a estabelecer relacionamentos mais íntimos com os amigos, colegas
de trabalho e até mesmo com os conhecidos casuais.
 Para aprender que eu confundia sexo e intrigas amorosas com amor, e que em
ultima instância, era o amor autêntico que eu estava procurando, num nível mais
profundo.
 Para encontrar respostas para a minha necessidade de um significado real para a
minha vida.
 Para aprender a "dar" e "receber", a "contribuir" e "desfrutar".
 Para alcançar um senso de comunhão mais profunda com o eu interior, com a
comunidade humana e com Deus e aprender a estabelecer uma relação diária com
esse Deus.
 Para aprender a me abrir aos demais, sem o medo de correr os riscos de me expor.
 Para aprender a como renunciar, diariamente, a minha estratégia vital e obsessão
pela busca de sedução romântica e/ou sexual e de dependência emocional.
 Para aprender a evitar situações que possam me colocar em perigo físico, moral,
psicológico e espiritual.
 Para aprender a me aceitar e a me querer, a me responsabilizar por minha vida e a
me ocupar de satisfazer minhas necessidades antes de me envolver com os outros.
 Para aprender a pedir por ajuda, me expondo e aprendendo a confiar e aceitar aos
demais.
 Para aprender a como elevar minha escassa auto-estima e eliminar o mal estar que
se deriva desta, assim como o medo do abandono e da responsabilidade,
aprendendo a me sentir bem comigo mesmo em solidão.
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 Para aprender a aceitar as minhas imperfeições e erros como algo próprio do ser
humano.
 Para aprender a lidar com a minha vergonha, perfeccionismo e tratar de corrigir
meus defeitos de caráter.
 Para aprender a substituir as formas autodestrutivas de expressar minhas emoções
e sentimentos pela sinceridade.
 Para aprender a ser sincero ao expressar quem sou, incorporando uma intimidade
autêntica aos meus relacionamentos comigo mesmo e com os demais.
 Para aprender a valorizar o sexo como resultado da comunicação, compromisso,
confiança e cooperação que se dão em um senso de um relacionamento sadio.
 Para que através do processo de restabelecimento diário, eu possa recuperar o meu
juízo.
 Para aprender a deixar de manter relacionamentos sexuais e/ou me vincular
afetivamente sem conhecer bem a pessoa.
 Para aprender a lidar com a tensão, a culpa, a solidão, a ira, a vergonha e o medo
sem transformá-los em desejos sexuais e/ou afetivo.
 Para aprender a deixar de utilizar o sexo e a dependência emocional como
substitutos do carinho, cuidado e afeto que os outros obtêm em um senso de
relacionamento sadio.
 Para aprender a deixar de utilizar o sexo e os enredos emocionais para controlar aos
demais.
 Para aprender a deixar que as obsessões e as fantasias românticas e sexuais me
paralisem e me impeçam de me concentrar em outras tarefas diárias.
 Para aprender a deixar evitar as responsabilidades que tenho comigo mesmo, me
vinculando as pessoas que não me correspondem ou não me fazem caso.
 Para aprender a deixar de ser escravo da dependência emocional, do flerte e das
atividades sexuais compulsivas.
 Para aprender a deixar de atribuir qualidades mágicas aos demais, os idealizando e
os perseguindo, para logo responsabilizá-los de que as minhas fantasias e
expectativas não se haviam cumprido.

-Texto da literatura de DASA -

MULHERES QUE AGRADAM HOMENS CONTROLADORES

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Temas:
1 - A necessidade de agradar.
2 - Como o ato de agradar aos demais faz naufragar a minha vida.
3 - De que forma sou controlada pelos homens.
4 - Minha resposta ao controle dele.
5 - Condicionada para agradar.
6 - A viagem do êxtase à agonia.
7 - Por que você fica?
8 - O ponto de ruptura.
9 - Soluções falsas para a "autofobia".
10 - Aprendendo a amar.

1 - A necessidade de agradar.

Num relacionamento com um homem controlador, ele age enquanto que você adota
uma postura passiva. Ele impõe as regras e você as obedece, acreditando que quanto mais
o agradar mais amor receberá dele. Entretanto, agradar este tipo de homem leva,
inevitavelmente, à rejeição porque o que ele quer não é o amor mas o controle da situação.
Ao perceber que tem o poder de controlá-la, pois mesmo mudando as regras do jogo,
ainda assim você continua a agradá-lo, o que faz com que ele não a respeite mais e
consequentemente leva à rejeição.

2 - Como o ato de agradar os demais faz naufragar minha vida.

Este tipo de homem pode provocar um perigoso desajuste emocional. Ele diz o que
quer, e quando obtém aquilo que deseja a deixa de lado. Você se culpa, pensando que não
o compreendeu bem e que deveria se esforçar mais.
O primeiro passo para se recuperar da "autofobia" é aceitar o fato de que agradar
não leva a nada. Não garante amor nem aprovação. Na verdade, provoca uma reação
oposta.
Viver para agradar um homem controlador não lhe trará a felicidade e nem tão
pouco lhe dará segurança, porque:
1 - Não funciona: significa ser vulnerável a alguém que só quer te controlar.
2 - Você conseguirá sua aprovação real. Quando, finalmente, você tem uma atitude
positiva do "homem da sua vida", não é você que ele está admirando e sim sua capacidade
17
de se transformar naquilo que ele quer. São palmas pela sua boa atuação. Tornar-se
dependente da aprovação dele significa afastar-se cada vez mais de si própria e de suas
necessidades.
3 - Limita sua capacidade de aceitar o amor. Se a única coisa que lhe interessa é agradar,
provavelmente você não será capaz de perceber os esforços que poderá estar fazendo para
agradá-la e satisfazer suas necessidades. Como você não estimula a esse tipo de conduta,
que é positiva, ele finalmente deixará de tentar e se utilizará do recurso de ser ainda mais
controlador.
4 - Faz com que você perca o controle. Mesmo que seu objetivo maior seja o de agradá-lo,
não pode evitar as emoções negativas, e dentre elas a raiva. Emoções que tem o poder de
assustá-la por achá-las perigosas. Por ter uma postura centrada na necessidade de agradar
não é capaz de entender que a raiva é um sentimento válido. Você acredita que se algo não
funciona a culpa é sua porque é provocado pela falta de controle sobre estes sentimentos
negativos. Por exemplo: diante dos abusos dele, você diz: "Tenho uma reação exagerada às
coisas, o que acarreta problemas entre meu namorado e eu".

É bom levar em conta que:


a) O fato de agradar não garante o controle sobre suas emoções negativas;
b) não a faz sentir-se de bem com você mesma;
c) não a deixa experimentar o verdadeiro amor;
d) não compra segurança.

Tentar agradar um homem controlador a faz sofrer de uma doença chamada "autofobia",
porque:
1- Você concentra sua atenção cada vez mais nele e menos em si mesma.
2- Você vive em constante ansiedade, sem saber qual será a próxima coisa que ele achará
que está errada.
3- Experimenta a loucura das contradições e mudanças arbitrárias das regras que ele
próprio impôs.
4- Vive uma existência superficial se esforçando, sem esperanças, em preencher um vazio
que só pode ser preenchido interiormente.

Meu contrato de recuperação


Eu,............................................., no dia....../....../......, me comprometo a cumprir, no
limite máximo de minha capacidade, os oito passos para a recuperação da autofobia.
18
Percebo que tenho uma forte necessidade de aprovação, e permito que,
principalmente, os homens e/ou outras pessoas com as quais me relaciono, seja por laços
familiares, por amizade ou por relações no ambiente de trabalho controlem minha vida.
Percebo também que isso não é bom para mim e que nunca encontrarei a felicidade ou o
verdadeiro amor enquanto permitir que isso aconteça. Quero me conhecer.

3 - De que forma os homens ou outras relações controlam você.

Faça uma revisão das suas relações sejam elas amorosas ou de outro tipo.
1 - Porque os homens ou as outras relações a tratam dessa forma?
2 - Como conseguem manipular suas emoções?
3 - O que dá à eles esse poder sobre você?
4 - Como as suas atitudes ajudam a manter vivo esse círculo vicioso e destrutivo?

A atração entre a pessoa controladora e aquela que agrada. Ele (ou ela) parece
estável, pelo menos no início da relação. Você admira sua segurança porque nem sempre
se sente segura.
Ele (ou ela) emite sinais claros de que deseja que você se adapte, ou o/a agrade, e
qual a forma de fazê-lo. Isso a faz sentir-se segura pelo fato de saber que basta agradá-lo/
(a) para obter seu amor.
Ele manifesta agressividade e ira caso você se atreva a enfrentá-lo.

O porquê da atitude controladora.


Sob essa segurança aparente, este homem esconde uma grande insegurança e o
temor de ser abandonado. O fato de poder dominar faz com que se sinta mais seguro. Da
mesma forma que você teme ser rejeitada, caso tome uma atitude que irá desagradá-lo, ele
teme perdê-la, a não ser que a faça sentir-se sem valor algum caso não esteja com ele.
O homem controlador escolhe a mulher que tem a necessidade de agradar os outros
(ou num outro tipo qualquer de relação que não seja a amorosa, a pessoa controladora
escolhe outra pessoa que tem a necessidade de agradar) para se relacionar, porque percebe
que ela está disposta a assumir uma posição inferior, que investir muito e espera pouco.
Ele irá te testar para ver até onde pode ir para conseguir te dominar porque você não tem
confiança em si própria. Ele percebe que você tem medo da rejeição e do abandono.. Isso o
faz sentir-se salvo, pois é ele quem está no controle da relação.

19
Questionário: Seu homem é controlador?
1 - Quando há algum problema na relação, ele coloca a culpa em você?
2 - Torna-se física ou verbalmente abusivo?
3 - Você sabe ou suspeita que ele está "enrolado" com outra mulher?
4 - Chega tarde ou falta aos encontros que marca com você?
5 - Proíbe ou critica suas atividades fora de casa?
6 - Ele te deixa encabulada na frente de outras pessoas?
7 - Fica zangado quando você não tem a mesma opinião que ele?
8 - Ele te acusa de paquerar outros homens, quando isto não é verdade?
9 - Ele te segue e te vigia?
10 - Critica sua aparência ou a forma como você se veste?
11 - Insiste em dirigir o carro quando saem juntos?
12 - Já bateu em você ou abusou física ou verbalmente?
13 - Faz ou diz coisas que você achou que jamais toleraria?
14 - Deixa de falar com você ou de dar afeto quando quer conseguir alguma coisa?
15 - Diz que precisa da sua liberdade ou do seu espaço?
16 - Tem te pressionado para conseguir que você faça o que ele quer?
17 - Não permite que você tenha suas próprias economias ou quer administrar o seu
dinheiro ou mesmo lhe dá dinheiro à "conta-gotas"?
18 - Usa o sexo para abafar os seus questionamentos sobre a relação?
19 - Não se interessa pelas atividades que você realiza ao longo do dia?
20 - Dá presentes por você ter sido "boazinha"?
21 - Diz que é uma chata ou a acusa de outra coisa, toda vez que você quer falar sobre os
problemas da relação ou expressar sua opinião sobre algum projeto comum?
22 - Não a chama pelo seu nome verdadeiro, usando sempre um apelido pejorativo?
23 - Não liga avisando que vai se atrasar?
24 - Quer você sempre por perto quando estão juntos?
25 - Foi detido alguma vez?
26 - Fica incomodado quando você, por algum motivo, atrai as atenções das outras
pessoas?
27 - Desvaloriza suas conquistas?
28 - Brinca com seus sentimentos ou ri deles?
29 - Diz, com freqüência, que você é muito crítica?
30 - Paquera outras mulheres com você presente?
31 - Faz com que você sinta pena dele?
20
32 - Ele te amedronta com ameaças?
33 - Acha defeitos nos seus amigos ou nas pessoas que lhe são próximas?
Perceba que quanto mais controlador ele for maior será a necessidade de agradá-lo. Caso
contrário, você acabaria com a relação.

Como os homens controlam às mulheres.


Um homem controlador pode usar muitas técnicas, algumas sutis e outras óbvias:
1 - O abuso: começa aos poucos e vai aumentando com o tempo.
2 - A sedução: "Ninguém vai te amar como eu ". "Sem mim você não é nada". "Sou o único
que pode te dar o que você precisa". Além de saber como seduzi-la, também sabe agradar
as outras de forma que você precise estar constantemente alerta. Como todos aprovam seu
comportamento e as outras mulheres o acham um ótimo partido, fica difícil para você
avaliar se a sua conduta é ou não sadia. Por outro lado, o sedutor está muito ocupado em
te manipular e não presta atenção às suas reclamações.
3 - A condescendência: "Confie em mim. Eu sei o que é melhor para você. Eu te conheço
melhor do que você mesma". Representa o bom pai, aquele que "te ama" porque cuida de
você.
4 - O dinheiro: "Eu trago o dinheiro para casa, portanto, posso ditar as regras."
5 - As promessas vazias: "Se você não fizesse isso ou aquilo, eu poderia ser.... ou fazer..."
Você pede desculpas e promete que aquilo não se repetirá. Você o agrada para que ele seja
bonzinho e assim é possível passar uma boa imagem para os outros.
6 - A chantagem emocional: "Toma cuidado ou você vai se arrepender", "Está deixando de
ser a mulher doce que eu conheci".( Ocorre quando você tenta ser firme e colocar um
limite na relação).
7 - O tratamento do silêncio: "Eu sei que você não suporta quando eu faço de conta que
você não existe. Sei que fará qualquer coisa para que eu volte a falar com você".

4. Minha resposta ao seu controle

Por que as táticas de controle fazem com que se sinta presa à ele? Porque, por um
lado, ele acena com a possibilidade de uma recompensa, que é tão importante para você.
Essa recompensa vem na forma de amor, felicidade, segurança e êxito. Tudo isso será seu
se o agradar. Por outro lado, existe a sombra permanente de uma ameaça: "se você não me
21
agradar, vou te abandonar. Você vai ficar sozinha, sem saber o que quer. Você será um
fracasso".
De acordo com o que ele diz, tudo sempre depende de você e se as coisas não
funcionam, a culpa é toda sua. Como não vai se sentir na defensiva?
É simples perceber a facilidade com que se pode cair na armadilha de viver para
agradá-lo. É ele quem dita as regras e é você quem reage à elas. Ele toma a ofensiva e,
você, a defensiva. Duas pessoas muito amedrontadas; ele na posição superior e você na
inferior, se enterrando aos poucos e sem nenhuma esperança de intimidade emocional.
Enquanto ele está ocupado, tentando manipulá-la, você está ocupada, tentando proteger-
se dele.

O anti-controle
Pode ser que seja difícil para você admitir que também é uma pessoa controladora
numa relação.
O controle que tenta exercer é defensivo e pode ser apresentar-se de diversas
maneiras: fugindo, conseguindo o que deseja pelas costas dele, chorando, tentando ganhar
a simpatia dele, devolvendo os golpes, agradando-o a contragosto, representando o papel
da meninazinha frente à seu "grande homem"...
Nenhuma destas formas reflete sua verdadeira forma de ser. Na verdade, está
reagindo perante o outro. Pense na maneira que escolheu para agir. Era assim que sua mãe
se comportava com seu pai?

Manobras de anticontrole
Fuga da realidade: Enquanto que, aparentemente, você se ocupa em agradá-lo, há
um aspecto da sua vida que é oculto, que você mantém em segredo.
Mantê-lo enganado: Obtém o que quer e ao agradá-lo, mantém-se protegida. Usa o
sexo, o humor, o bate - papo vivaz para obter sua boa vontade e para poder manipulá-lo.
Parece forte e cheia de confiança em si mesma. Acredita que é a controladora na relação,
esquecendo-se de quão assustada costumava ficar com as manobras manipuladoras dele.
Na verdade, é ele quem continua a te controlar: você não fica exaurida pelo esforço ( e pelo
desafio) de não poder não poder relaxar quando ele está perto?
Estar deprimida e ausente: Passa pela fase da euforia, da ansiedade, até finalmente
adotar uma postura de derrota, na esperança que ele perceba seu desespero e te ofereça
compreensão. Deprimida e com autofobia, você não consegue se concentrar em si mesma,

22
nem satisfazer suas próprias necessidades. Não energia suficiente para tentar mudar a
relação. O negativismo permeia seus pensamentos e aumenta seu desespero.
Expressar cólera: Pode ser que os amigos acreditem que você é a parte forte na relação,
que você é quem tem o controle da mesma. O período de espera entre um ataque e outro,
por parte dele, pode provocar em você tamanha ansiedade, que você pode chegar ao
ponto de precipitar o próximo ataque de forma que o mau momento passe o quanto antes.
Ser do contra: Adota esta atitude como uma reação à ele e não como produto das suas
próprias convicções ou desejos.
Manter a paz à qualquer preço: Vive somente em função dele e atrás dele. Não
guarda nada para si mesma, nem sequer a privacidade dos próprios pensamentos e
sentimentos. É provável que não saiba o que sente. "Sei que há algo que não funciona, mas
quando tento discuti-la, ele fica hostil. Temo pedir ou sugerir qualquer coisa, porque ele
pode se zangar, invalidar meus sentimentos ou dizer que quero controlá-lo."

Seu anticontrole está funcionando?

 Não o faz menos controlador.


 Não a deixa sentir- se mais segura na relação.
 Não contribui para uma maior intimidade na relação.
 Faz com que ele perca o respeito por você..

A intimidade num casal existe quando cada um consegue satisfazer as necessidades


próprias e as do outro. Renunciar aos velhos truques não significa que nunca iremos nos
aproximar, atender, amar, ajudar, tranqüilizar, estimular ou seduzir nosso companheiro.
Com a recuperação, começamos a nos relacionar com a outra pessoa ao mostrar nossa
essência interior e não porque queremos obter uma determinada resposta, criar um efeito
ou produzir uma modificação no comportamento do outro. Em vez disso, o que temos
para oferecer é o que na verdade somos quando não nos escondemos ou calculamos,
quando estamos sem máscaras e sem maquiagem.
O primeiro passo a ser dado é vencer nosso medo de rejeição, caso tornemos
possível que alguém nos veja como somos na realidade. Depois, devemos aprender a não
entrar em pânico quando todas as barreiras emocionais não estiverem mais no seu lugar
para nos proteger. Na área sexual, este novo aspecto na relação exige que nós estejamos
nuas e vulneráveis física, emocional e espiritualmente.

23
Não é de se estranhar que este grau de conexão entre dois indivíduos seja tão pouco
freqüente. O nosso terror está em não conseguir sobreviver sem essas barreiras. O que faz
com que o risco mereça ser enfrentado? Somente nos mostrando tal qual somos
poderemos ser amadas de verdade. Se num relacionamento, temos como base nossa
essência quem nos ama, ama também nossa essência. Porém, é bom lembrar que este tipo
de comportamento só é possível num clima de confiança, livre de medo. Não só devemos
vencer nossos próprios medos e ser autênticas, como também devemos evitar ter com os
outros as atitudes e tipos de conduta que nos atemorizam. Sempre haverá pessoas cuja
hostilidade, manifestada ou encoberta, inibirá nossa vontade de sermos honestas. Ser
vulnerável com elas é ser masoquista.
Portanto, DEVEMOS ABAIXAR as nossas defesas e acabar por eliminá-las? SIM,
mas só os com amigos, os familiares, ou com os amantes com os quais mantemos uma
relação que é baseada no respeito e reverência mútua pelas nossas humanidades.
O que costuma, quando mudamos nossa forma de nos relacionar, também
mudamos nosso círculo de amizades e nossas relações íntimas. As amigas com as quais
nos relacionávamos anteriormente podem perder seu atrativo. A tristeza que era
compartilhada e usada como base para a amizade, é substituída por interesses mútuos,
mais gratificantes.
O que nos prende ao passado, com seus velhos padrões de relacionamento? Não é a
dor já que suportamos muita dor emocional, sem perspectivas de alívio. A não ser que
mudemos.

O que nos amarra é o medo do desconhecido.


"A melhor forma que conheço de enfrentar e combater o medo é unir forças com as
outras que já estiveram onde você está, que estão se dirigindo ou já chegaram ao destino
que você está tentando alcançar. Procure ou crie um grupo de apoio para percorrer o
caminho rumo à uma nova forma de viver ". (Norwood, Robin. Mulheres que amam demais,
p. 319)

5 - Condicionada para agradar

Ver o capítulo 1 sobre "famílias disfuncionais", no livro As mulheres que amam demais.
Ver também o capítulo 2 " O meio que cria vencedores", do livro A magia do desejo, de
Bárbara Sher.

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6 - A viagem do êxtase à agonia.

Você se assusta com o fato de não conseguir resistir a um tipo de homem que o seu
coração insiste em continuar a ver, mesmo quando a cabeça adverte que o melhor é
manter-se distante dele? Veja a continuação, passo a passo, da evolução do processo que
leva você do êxtase à agonia:
1 - A queda: é o estado mental anterior ao momento em que escolhe seu par. Existe
vulnerabilidade, provocada pela frustração, pelo cansaço, pelo momento de mudanças,
pelo sentimento de solidão, pela insatisfação, pela crise vocacional, por problemas
familiares, pela doença, etc. Sob essas circunstâncias, você se depara com uma pessoa que
não é a mais adequada para se envolver afetivamente, mas você não consegue rejeitá-la
porque não se sente plena, cheia de satisfações pessoais, equilibrada emocional e
fisicamente. Isto diminui sua capacidade, ( que já está diminuída pelo fato de ter crescido
numa família disfuncional), de ver os indícios de perigo e conseguir se deter à tempo.
2 - Apaixonando-se: atração e compromisso iniciais.
3 - Aparição dos ressentimentos: é a etapa em que um dos dois, ou ambos, percebem que
existem desigualdades na relação.
4 - Luta aberta pelo poder: ambos tentam ganhar.
5 - Estratégias e negociação: tenta se trabalhar o relacionamento para evitar que ele se
acabe.
6 - Chega-se a algum tipo de acordo ou a relação se acaba. É provável que você tenha
passado por estas etapas, repetidamente, e na mesma relação.

Pergunta-se:

 No momento em que começou a relação quais eram as pressões a que você estava
submetida?
 A relação é um meio que você utiliza para fugir dos seus medos?

7 - Porque você fica?

1 - Está ganhando tempo. Analisar os prós e os contras durante anos a fio é excessivo. Você
está usando este processo para alongar o relacionamento?
2 - Deseja evidências suficientes. Em vez de confiar em seus próprios sentimentos e
percepções, você sente que precisa de "uma montanha" de provas para justificar o fato de
25
ir embora. De posse delas, terá a certeza absoluta e não se sentirá tão mal pela atitude que
está tomando. Teme ouvir que está errada, que é exagerada, ressentida, louca,
irresponsável, que não é amada, que é egoísta, boba. Teme ter que defender sua posição.
Se você está esperando por maiores evidências para poder agir, saiba que isto só tem a ver
com a sua autofobia.
3 - Deseja evitar "ser a responsável": "Vou fazer tudo o que for possível; mesmo que a
relação acabe, ele não poderá jogar a culpa em mim."
É uma ilusão porque se você já está dominada pela culpa, é provável que quando o
relacionamento acabe ele volte a jogar toda a culpa sobre você. E se você acreditar nisso,
então terá mais uma razão para retomar para a relação, fora o medo que sente de si
mesma, do fator econômico, social, etc.
4 - Tem medo de sua própria raiva. Pode ser que você ache que a raiva é um sentimento
ruim, que te leva a sentir-se culpada, e que prefere deixá-la de lado ao menor sinal que ele
dê para te agradar. Nesses casos, você irá reprimir a raiva que sente, tratando de superar
esses sentimentos.
5 - Você tem medo do futuro. Como vai conseguir se virar, ficando sozinha? Você pratica
essa possibilidade mentalmente, mas nunca está pronta para fazer tal tentativa.
Com o decorrer do tempo, a relação se deteriora, sua energia e sua auto-estima diminuem
e você se deixa arrastar pela corrente da vida.

Questionário

 Você:
1. Pesa os prós e os contras até a exaustão?
2. Fica exageradamente aprisionada às pequenas coisinhas da vida cotidiana?
3. Foge para o mundo exterior, fora da relação?
4. Sente que é incapaz de perceber o que não é de sua conveniência?
5. Teme fazer a escolha errada?
6. Se decidir partir, tem medo de perder tudo e depois passar o resto da vida a
lamentar-se?
7. O medo a deixa paralisada?

 Faça uma lista das razões para ficar. Por exemplo:


- A verdade é que as coisas não estão tão mal assim
- É melhor do que não ter nada.
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- Eu estaria jogando fora todos esses anos de sacrifício e de esforço pela relação. ( Em vez
de analisar tudo o que você tem perdido por causa dela).
- Faria muito mal à ele se eu o deixasse.
- Eu o amo, ( mas se você sofre com a relação, talvez o mais acertado seria dizer: - "Eu
preciso dele, me sinto grata em relação à ele, estou acostumada com ele, sinto pena dele".)
- Eu não sou aquele tipo de mulher que se deixa derrotar. Que se deixam derrotar.

O medo subjacente
 Por debaixo de todos os medos está o de ter que enfrentar a si mesma e ter que
desenvolver o seu "eu".

8 - O ponto de ruptura.

A gota que enche o copo, o antagonismo, o medo, a exaustão, os contratempos. Qualquer


incidente deste tipo, que não é mais do que uma repetição de incontáveis incidentes
anteriores, pode ocasionar a ruptura definitiva; pode provocar sua tomada de decisão.

Etapas finais da recuperação

1 - Tomar consciência da sua tendência de buscar falsas soluções para seus problemas de
relacionamento e conseguir identificar as armadilhas que se apresentam.
2 - Transforme-se numa pessoa íntegra e auto-suficiente, com ou sem homem.

9 - Falsas soluções para a "autofobia".

 Mudar de par.
 Achar que todos os homens são ruins.
 Viver no passado, continuar acreditando que se conseguir transformar-se numa
pessoa ao gosto dele isso fará com que ele a ame.
 Procurar uma autoridade.
 Comportamentos compulsivos: compras, comida, exercício, trabalho, etc.

Encontrando a Solução Real


 Conhecer a si mesma é algo que você tem que exercitar como parte da sua vida.

27
ENFRENTANDO A SI MESMA.

1. Escolha uma nova direção. Retroceda a algum momento da sua vida em que você se
encontrava numa encruzilhada e:
a. identifique qual era;
b. descreva o caminho que tomou e porquê o fez;
c. descreva os caminhos que não tomou e porquê não o fez;
d. Pense como teria sido sua vida caso tivesse escolhido algum daqueles caminhos;
e. o que a atrai naquela vida que você não escolheu para viver.
f. o que a amedronta naquela vida?
g. existe algum aspecto daquele caminho não percorrido que você gostaria hoje de
incorporar à sua vida?

2. Seja sua própria boa mãe. Faça à si mesma esta pergunta três vezes ao dia: "Como me
sinto fazendo isso?" Tente descobrir como se sente e quais são as coisas concretas que a
fariam sentir-se melhor. Imagine que tem uma fada madrinha e que pode satisfazer as
suas necessidades. Faça o que sua mãe faria se estivesse presente.

Leve consigo um cartão deste tipo:


Como está sendo para mim?
 Emocionalmente...
 Nutricionalmente...
 Economicamente...
 Intelectualmente...
 Espiritualmente...
 Profissionalmente...
 Fisicamente...
 Culturalmente...
 Sexualmente...

3. Dê nome aos seus sentimentos. Se você sentiu dificuldades ao fazer o exercício no. 2,
pode ser que tenha perdido contato com seus próprios sentimentos e emoções.
 Escreva todos os sentimentos que possam te ocorrem.
 Escreva todas as emoções.

28
 Recorte fotografias de pessoas em revistas que possam representar esses
sentimentos ou então desenhe esses sentimentos.
 Pratique a sensibilidade de identificar os sentimentos e o tom emocional de outras
pessoas. Registre-os em seu caderno.

4. Ache uma causa, um ideal, uma meta. Escolha uma área do seu interesse e na qual você
acredita. Ofereça seus serviços como voluntária e trabalhe por essa causa.
5. Recolha suas "antenas". Com a atenção voltada para o que os outros precisam e esperam
de você, é fácil perder a identificação dos próprios sentimentos e opiniões sobre as pessoas
e situações. Quando sentir-se confusa sobre o que pensar, imagine que tem alguém perto
de si, tentando intimida-la, para que mude sua forma de pensar.
Identifique essa pessoa.
Da próxima vez em que ela estiver com falando, gire seu corpo para evitar enfrentá-
la com o plexo e cubra seu estômago com os braços. (A necessidade de agradar é sentida
nas entranhas; é uma reação básica frente ao medo).
Pense, agora, em como se sente em relação ao que ela está dizendo. Lembre-se de
que cada um tem o direito ter a própria opinião.
6. Transforme-se numa "novelista". Pense numa mulher parecida com você mas que possui
uma vida que você inveja. Coloque-se no lugar dela. Escreva as diferenças e semelhanças
entre a sua vida e a dela. Analise um aspecto da vida dela que você inveja e escreva o que
poderia fazer para incorporá-lo à sua vida.
7. Crie um sonho. Imagine ter transformado em realidade um sonho que acreditava ser
impossível e que sempre quis realizar.
8) Mantenha sua opinião.
9) Faça algo novo. Observe o que as pessoas fazem e que você nunca fez. Tente fazê-lo.
10. Faça alguma coisa sozinha. Faça uma lista das coisas que quer fazer. Escreva sobre a
experiência e sobre as emoções que sentiu. Faça um registro dos êxitos.
11. Escreva 10 palavras que a descrevam. Leia-as e reflita sobre as idéias pré-concebidas
que você tem sobre si própria. Procure a origem de cada qualidade. Quais as
características que gostaria de mudar?
12. Imagine seu trunfo. Escreva cada problema que a preocupa na parte superior de uma
folha de papel. Sugira soluções para cada um dos problemas e anote-as. Agora, observe o
que poderia ser feito, sob o ponto de vista realista. Observe o quanto pode se esconder
atrás dos seus problemas, usando-os como desculpa para não andar na vida.

29
13. Controle o tempo de preocupação com os outros. Escreva durante 15, 20 minutos sobre
suas preocupações com os outros. Faça a si mesma a promessa de não voltar, em outro
momento do dia, a se preocupar.
Objetivo: verá quanto tempo você gasta preocupando-se com os outros e
compreenderá como isto interfere na sua recuperação da autofobia.
14. Fortaleça seu físico. Estabeleça objetivos
15.Conheça seu o "eu" rejeitado. Faça uma lista dos aspectos da sua personalidade que
formam o seu "eu". Quais são as partes que possuem maiores possibilidades de se
expressar? Quais as que possuem menores chances de se expressar ?
Escreva o nome da parte rejeitada numa folha e deixe que fale por si própria sobre como se
sente e o que precisa. Tomar consciência delas as torna mais amigáveis e fará com que a
prejudiquem menos. Estes aspectos também sinalizam o que você mais rejeita no seu par.
Você terá uma dica das partes em você que são mais rejeitadas.
16.Pondere cuidadosamente antes de assumir qualquer compromisso. Pense primeiro, aja
depois.

10. Aprendendo a amar.

Se posso satisfazer minhas próprias necessidades vou me fazer feliz. A única


relação verdadeiramente maravilhosa é aquela da qual posso prescindir. A verdadeira
segurança está dentro de mim mesma.
Dê um símbolo ao novo compromisso assumido consigo mesma: use um anel
especial. Escreva votos e diretrizes para uma relação igualitária. Por exemplo:
 A responsabilidade pela relação é mútua.
 Existe confiança.
 Eu valorizo meu tempo.
 Digo "não" quando quero.
 Estimulo o crescimento do outro.
 Me concentro em meu crescimento pessoal.
 Sou responsável pela minha própria felicidade e pelo meu próprio êxito.
 Decido por mim mesma.
 Ajo por mim mesma.
 Mereço amar e ser amada.
 Me libero ( o contrário é medo, necessidade de exercer poder e controle)

30
Estabeleça seus limites
 Minha relação:

Ideal Aceitável Inaceitável

Este guia de limites será seu guia cotidiano para garantir que não volte a cair no
comportamento de mulher que agrada os outros, temerosa de ser você quem é, de ser
rejeitada, de se expressar e com uma necessidade compulsiva de controlar os demais
sendo "boazinha", útil, necessária, etc.
- "Sou livre e capaz, assim como ele também o é".
- "Sou livre e estou preparada para uma relação de seres maduros e conscientes".
- "Quero e mereço uma relação de igualdade com meu parceiro e com minhas
amizades".

A relação saudável do casal:


- Garante satisfação emocional.
- Tem interesses compartilhados.
- Dá apoio material e prático.
- Proporciona sentimentos de amor, respeito, confiança, aconchego.
- Dá satisfação sexual.
- Proporciona sentimentos de auto-estima.
- Desejo duradouro de estarem juntos.

VOCÊ É DONA DE SI MESMA?

VOCÊ QUER SABER SE É, VERDADEIRAMENTE, DONA DA SUA VIDA?

31
Responda com sinceridade:
1. Sabe qual é a meta e o objetivo principal da sua vida?
2. Você se conhece, sabe quem você é, o que é e como é?
3. Qual é, agora, o seu desejo mais profundo?
4. Quais são os 5 ou 6 valores mais importantes para você?
5. Possui um sentido claro de direcionamento na sua vida?
6. Conhece bem seus hábitos?
7. Como se sente na condução de sua vida: Como a amazona ou como o cavalo?
8. Conhece a si mesma e se respeita?
9. Você se ama de verdade?
10. Você sente a necessidade de controlar os outros?
11. Acredita que os seus fracassos e tristezas são responsabilidade própria ou dos
demais?
12. Espera que os outros façam as coisas por você?
13. Necessita do conselho ou estímulo dos outros para agir?
14. Ser dona da sua vida é tão importante e gratificante que bem que merece um
esforço.

Se espera que os outros decidam por você,


Se culpa os outros pelos seus erros e tristezas,
Se não tem um objetivo claro na vida,
Se não tem claro quais são seus valores, ou se possui uma hierarquia de
valores que - é superficial e inconstante,
Se não conhece seus próprios hábitos e sua força construtiva e destrutiva,
Se não se conhece, não se ama e não se respeita
Necessita urgentemente reassumir sua vida.

Quanto mais nos tornamos donos de nossas vidas menor será a necessidade de nos
impor, dirigir ou controlar a dos outros.
Quando nos sentimos fortes e seguros, desejamos que os outros se sintam de igual
forma. Isso faz com que não haja necessidade de "palpitar" sobre a vida alheia, o que torna
nosso trato mais suave e compreensivo.
Muitos acreditam que:

32
 Assumindo o papel do pobre, submisso, fraco, serão melhor aceitos e amados pelos
outros;
 Fazendo o que fazem os demais, estarão isentos de culpa e responsabilidade sobre
suas ações, porque todos agem e pensam da mesma forma;
 Sentindo e pensando como os demais seremos melhor aceitos;
 Opondo-se sistematicamente a tudo e a todos, acreditam que estarão aparentando
possuir uma personalidade mais forte. Ignoram que, assim, estão demonstrando o
contrário;
 Sendo donos de suas vidas e gozando de verdadeira liberdade interior, se sentirão
sozinhos e ninguém os ajudará. Esquecem que quanto mais nos apropriamos das
nossas vidas, mais somos capazes de dar e receber;
 Fazendo as coisas por si mesmo e errando, é claro que a culpa será inteiramente
sua. E com razão. Porém, se acertar, ele será o maior de todos;
 é mais cômodo viver passivamente, preferindo que outros tomem as iniciativas.
Passam, assim, a ser a sombra dos demais;
Não fazendo o que os outros aconselham, atrairão sua raiva ou rejeição e deixarão
de contar com o seu apoio. Esquecem que, mesmo isso fosse verdade, começariam a contar
com o melhor dos apoios: o apoio próprio;
Estão fazendo um grande favor e demonstrando grande estima pelo outro quando
afirmam: "sem você minha vida é nada"; "sem o seu amor não sou nada". Se isso for certo,
o outro é o único que tem valor e eles estão a lhe oferecer o que são: nada.

Seja dona da sua vida


Comece a:
 pensar por si mesma,
 sentir por si mesma,
 decidir por si mesma
 e a assumir as conseqüências de todos seus atos.
 É a única maneira pela qual sua vida será realmente sua.
 Aquele que coloca condições para amar - nunca amará de verdade.
 Aquele que se cansa de amar quando não é correspondido - não amou de verdade.
 Aquele que ama enquanto o amam - não é um amante e sim um oportunista.

Extraído do livro Alegria de ser você mesmo, de Dario Lostado

33
O PERDÃO E SEU PODER CURATIVO

A única força capaz de deter a corrente das recordações dolorosas é a capacidade de


perdoar.
O ódio - nossa reação natural às ofensas graves e às injustiças - surge com a maior
facilidade.
Perdoar, para uma pessoa comum, não é fácil. É uma ação que nos parece quase
anormal, porque nosso sentido de justiça diz que os ofensores devem pagar pelo dano que
provocaram.
Não somos os únicos a reviver uma ofensa que ficou gravada na parte mais
profundo da nossa memória e de onde provêm nossa dor. Mas perdoar pode resultar em
algo milagroso, de cura e reconciliação.
O ódio, passivo ou agressivo, é como um câncer que se estende, corrói, rouba de
nós a alegria e ameaça nossa saúde. Prejudica mais à pessoa que o sente do que à pessoa
que é objeto dele. É preciso cortá-lo pela raiz, para o nosso próprio bem.
Ter raiva, encontrar-se irado, ressentido, sentir que o rancor se apoderou de nós é
como um veneno que fica ali, à espera de ser extirpado.
É importante se dar uma segunda oportunidade: corrigir este terrível sentimento.
Perdoar rompe as grades da dor que encarceram a mente, e abre a porta para novas
possibilidades.

Idéias que podem nos guiar para o caminho do perdão


1 - Enfrentemos nosso rancor: a FÚRIA reprimida ferve abaixo da superfície e infecciona
todas nossas relações. Reconhecer que sentimos rancor nos impulsiona a tomar uma
decisão com relação à cirurgia da alma, que chamaremos de PERDÃO. Ao tomar a decisão
de fazê-lo, libertamo-nos do rancor.
2 - Vamos separar o ofensor da ofensa: podemos sentir raiva contra a ofensa, não contra o
ofensor.
3 - Esqueçamos o passado: Se não o fizermos, continuaremos presos à ele, e estaremos
"hipotecando" nosso futuro com o ódio. Uma vez dado o perdão, ESQUECER será um
sintoma de saúde. No final, poderemos esquecer porque estaremos curadas.
4 - Não desista de perdoar: é difícil desligar-se do hábito de odiar. Teremos que tentá-lo
muitas vezes até conseguirmos fazê-lo definitivamente. Quanto maior a ofensa, maior será
o tempo necessário para perdoar, mas pouco a pouco, conseguiremos fazê-lo.
34
Para me ajudar a perdoar posso responder por escrito às seguintes perguntas:
1) A quem necessito perdoar?
2) Sempre me lembro de quem são meus ofensores?
3) Aceito meus pais como são, hoje e agora?
4) Oculto meu ressentimento de mim mesma?
5) Vivo me lembrando da ofensa que me fizeram?
6) Como me sinto quando penso que posso começar a perdoar?
7) Porque sinto tanto ódio?
8) De que me adianta viver presa ao passado?
9) Porque não perdôo meu ofensor?
10) Que possibilidades poderão surgir quando puder perdoar?
Quem não é capaz de perdoar, destrói a ponte que lhe permite chegar a si mesmo

OS LIMITES

Colocar limites para se defender perante alguma coisa que a outra pessoa faz ou
que diz e que não me agrada. O importante é ficar de bem comigo mesma, e para isso é
necessário saber dizer não. Nos assuntos referentes a trabalho e dinheiro, devo agir da
forma mais conveniente aos meus interesses. Caso contrário, fico com raiva de mim
mesma.
O limite que coloco é a separação entre o que é o meu trabalho e o que é o trabalho
do outro. Preciso colocar limites para defender meus direitos e, dessa forma, ficar bem
comigo mesma. Caso contrário, terei ressentimento. Devo tentar me defender e fazer
respeitar meus direitos sendo objetiva, praticando isso pouco a pouco.
A raiva deve ser desviada e essa energia deverá ser dirigida para outra direção: Se
fico zangada, fico ainda mais carregada.
Formas de descarregar a raiva:
- Caminhar;
- Tomar um banho;
- Bater num travesseiro;
- Ver um filme etc.
Se entro numa discussão, a coisa fica cada vez pior. Devo sair e parar de discutir.
Depois serenamente, dizer a mesma coisa, sem agressão.

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Sou eu quem deve escolher sempre: Trocar de trabalho ou ficar nele, trocar de
parceiro ou continuar com ele. Mas jamais conseguirei mudar a pessoa. Preciso me amar,
me cuidar, ser fiel a mim mesma, porque sou eu que terei que aturar pelo resto da vida.
Tentarei usar os limites, sem agressão, para me sentir bem, para me valorizar e me
aceitar do jeito que sou.
Auto-avaliação:

1) Quando sou acusada injustamente eu......................................................................


2) Não posso me defender porque.................................................................................
3) Quando me defendo sem agredir................................................................................
4) Quando dou minha opinião e me defendo...................................................................
5) Quando não me deixo manipular e ser influenciada pelos outros.............................
6) Quando coloco os limites sem agressividade..............................................................
7) Quando exponho claramente minhas diferenças...........
8) Vou deixar de me sentir humilhada quando................................................................
9) Fico me sentindo mal quando.....................................................................................

LIMITES
(Palestra de Liliana Bava, março 1979)

O que a gente não percebe quando é dependente de pessoas é a questão dos limites.
Até quando e até onde devo dar amor ou ajuda? Até onde? Para que isso fique um pouco
mais claro, e para que cada uma aprenda a administrar esse "até quando", montei um teste
com dez itens. Cada uma deverá responder ao teste mentalmente ou se ajudando com as
mãos. Daremos à mão direita valor positivo e à esquerda valor negativo.
Comecemos:
1) Você está numa festa e seu parceiro está alcoolizado. Você que ir embora, mas ele
insiste em dirigir o carro.
- Opção 1: Você faz o possível para dirigir; procura um taxi, ou fica na festa. De qualquer
forma, se você se nega a entrar no carro enquanto ele não deixar a direção.
- Opção 2: Você aceita que ele dirija e passa por momentos desagradáveis.
Opção 1- positiva. Opção 2 - negativa.

2) O telefone toca enquanto você está tomando banho.

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- Opção 1: Você deixa que o telefone continue tocando e continua seu banho.
- Opção 2: Você sai do chuveiro, molhando o chão por onde passa e atende o telefone.
Opção 1- positiva. Opção 2 - negativa..

3) Alguém, que é importante para você, pediu um empréstimo. O tempo passa e a


pessoa não devolve o dinheiro que tomou emprestado de você.
- Opção 1: Você cobra o dinheiro.
- Opção 2: Fica angustiada diante dessa falta de consideração mas fica calada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.

4) Seu chefe pede que você fique trabalhando até mais tarde, mas você tem um
compromisso pessoal importante:
- Opção 1: Você explica a seu chefe que naquele dia vai ser impossível mas que fará o
trabalho no dia seguinte, no horário normal de expediente.
- Opção 2: Para agradar ao seu chefe você desmarca seu compromisso e fica trabalhando.
Opção 1 - positiva. Opção 2 - negativa.

5) O telefone toca. Outra pessoa atende. O chamado é para você. É uma pessoa
importante para você e insiste em ser atendida. Mas você está muito ocupada e não pode
falar. O que você faz?
- Opção 1: Diz que tem muito trabalho e que nesse momento não tem tempo.
- Opção 2: Você atende o telefone, sentindo-se angustiada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.

6) Seu parceiro muda inesperadamente os planos, e essa situação causa um certo


conflito. O que você faz?
- Opção 1: Você vai em frente com seus planos iniciais e não se deixa atingir pelo
problema.
- Opção 2: Você também muda seus planos e sofre os inconvenientes que isso lhe causa.
Opção 1- positiva. Opção 2 - negativa.

7) No trabalho, ou em casa, alguém perdeu alguma coisa e a culpam.


- Opção 1: Você diz que não foi você, que não sabe aonde o objeto está e continua
cuidando de suas coisas.

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- Opção 2: Você se persegue, se transforma num detetive e dedica seu tempo à procura de
uma coisa que você não perdeu e que não lhe pertence.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa

8) Alguém que você não quer ia beijar aproxima o rosto esperando que você responda
ao gesto.
- Opção 1: Você se nega a dar o beijo e estende a mão para cumprimentá-la.
- Opção 2: Você a beija, mas se sente violentada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.

9) Você faz um favor a uma pessoa que não lhe agradece.


- Opção 1: Passa por cima dessa desatenção, lembrando que não fez esse favor esperando
por retribuição
- Opção 2: Sente-se mal e lamenta ter feito um favor a alguém tão mal agradecido.
Opção1- positiva. Opção 2- negativa.

10) Você não está afim de transar com seu parceiro, porque há uma hora atrás, ele a
tratou mal. Ele insiste. O que você faz?
- Opção 1: Diz que quando é maltratada, não tem vontade de transar.
- Opção 2: Você transa assim mesmo, e sente - se violentada.
Opção 1- positiva. Opção 2- negativa.
Resultado:
9 negativos: As rédeas de sua vida têm fugido do seu controle. Você não está
estabelecendo seus próprios limites.
7 negativos: Você continua com a necessidade de agradar, a não ser em uma ou outra
situação.
5 negativos: A metade de sua vida depende da outra pessoa. Você não dirige sua própria
vida.
3 negativos: Você governa sua vida, mas ainda permite que os outros a manipulem.
1 negativo: Você está no controle de sua própria vida e quase nunca perde o controle.
0 negativo: Parabéns !

A NEGAÇÃO E O CONTROLE

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Uma mulher que habitualmente pratica a NEGAÇÃO e o CONTROLE poderá se
ver atraída por situações que apresentam essas características. A negação, e ao mantê-la
fora de contato com a realidade e com os sentimentos à ela relacionados, fará com que se
sinta atraída por relacionamentos complicados. Então, ela vai empregar toda sua
habilidade para ajudar e para controlar, fazendo com que a situação fique mais tolerável, e
negará a gravidade da realidade. A negação alimenta a necessidade de controlar e o
fracasso, que é inevitável nessas tentativas, alimenta a necessidade de negar.
Quando os esforços para ajudar vêm de pessoas com passado de sofrimento, ou que
estão vivenciando relacionamentos carregados de tensões, deve-se suspeitar da
necessidade de controle.
A intensidade do desejo da mulher em ajudar seu parceiro, a faz suspeitar de que se
trata mais de uma necessidade do que uma opção. É uma tentativa com motivações
inconscientes para negar sua própria dor, controlando as pessoas mais próximas.
Freqüentar o grupo me serviu para perceber que:

1) Minha família disfuncional................................................................................


2) Procuro meu valor próprio em...........................................................................
3) Quando tento manipular...................................................................................
4) Quando pretendo forçar o outro a fazer o que eu quero.........................................
5) Liberar o outro me...........................................................................................
6) Minha dependência afetiva e emocional..............................................................
7) Eu não posso...................................................................................................
8) Tenho dificuldade em aceitar..............................................................................
9) Ser mais honesta comigo mesma.......................................................................
10) Devo aceitar.....................do jeito que é porquê................................................

Solte as rédeas e entregue-as a Deus.

INADEQUAÇÃO DO ADULTO – CRIANÇA INTERIOR

Quando uma criança nasce, a alegria irrompe no lar. Ela traz consigo uma tendência
natural para só transmitir amor. Quando sorri toda a gente sorri e quando chora já
ninguém sabe o que fazer. Todos estão prontos a ocorrer para satisfazer a mínima
necessidade que ela pareça ter. É como um milagre. Tudo lhe é provido sem que tenha que
articular uma só palavra.

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Que se passou, entretanto? Porque é que quando crescemos, olhamos ao nosso
redor e vemos que esse poder desapareceu?
Aprendemos a olhar para o mundo com antagonismo e individualismo. Aprendemos
o significado de maldade, culpa, limitação e morte. O amor é aquilo com que nascemos.
O medo é o que aprendemos aqui. Renunciar ao medo é o objetivo principal desta viagem
a que chamamos vida. Viver uma vida sem conhecer o amor é condenar-se ao sofrimento e
à depressão.
Muitas crianças em todo o mundo cresceram e tornaram-se adultas fisicamente, mas
não emocionalmente. São o resultado do abandono e de todo o tipo de abusos durante a
infância. A negligência no atendimento das suas necessidades de afeto, carinho e apoio
impediram o desenvolvimento de uma infância saudável. São os resultados de um
ambiente familiar desequilibrado.
Quando uma infância não é saudavelmente desenvolvida, isto é quando não são
satisfeitas as suas necessidades psicológicas essenciais existirá um desenvolvimento físico
normal, mas, inevitavelmente, esse ser agora adulto sentirá no seu interior uma criança
que, psicologicamente, continuará ferida e abandonada. Emocionalmente sentir-se-á uma
criança num corpo de adulto. Será uma pessoa caracteristicamente agressiva e
extremamente insegura embora com um coração peno de amor que nunca foi despejado
por não ter com quem o trocar. Está bloqueado. Por isso não sente alegria nem sabe
brincar. Leva tudo a sério.
Quando pergunto a um desses adultos como foi a sua relação com os pais, a sua
expressão até ali dura, transforma-se numa expressão de surpresa e os seus olhos
umedecem-se. Cai a máscara. Sentem-se envergonhados. Muitas pessoas choram.
Algumas não o faziam desde crianças. Depois se sentem melhor.
Aquilo que compõe o conhecimento que temos de cada um de nós, ou seja, aquilo
que queremos significar quando dizemos "eu sou…" é o nosso conceito interno. Ele forma-
se com os nossos primeiros sentimentos, crenças e memórias.
É o filtro através do qual passarão as novas experiências. Por isso imagine-se como
é importante uma infância saudável. Isso explica porque existem pessoas que escolhem
continuamente o mesmo tipo de relação amorosa destrutiva; é também a razão pela qual
para alguns a vida é uma repetição de uma série de traumas; a razão porque é que não
conseguem aprender com os próprios erros. Freud chamou a esta insistência "o impulso da
repetição". Alice Miller chamou-a de " lógica do absurdo".
Por isso é fundamental compreender que se sentirmos que a nossa vida está
carregada de problemas que parecem repetir-se, isso se deve ao nosso conceito interno e
40
que se a queremos mudar teremos que analisar o nosso "eu”, a nossa criança-interior que o
compõe e trabalhar nela. Ajudá-la a desfazer os medos, e garantir-lhe que já ninguém lhe
poderá fazer mal. Já é adulta e poderá defender-se.
Um exemplo do aparecimento da nossa criança-interior feliz é quando nos rimos
às gargalhadas e quando somos criativos e espontâneos. A criança-interior ferida aparece
quando fazemos máscaras, mentimos ou fazemos birras. O melhor exemplo da criança-
interior irritada é-nos dado por John Bradshaw: "quando nos recusamos a atravessar um
semáforo vermelho mesmo sabendo que ele está avariado, que não há mais ninguém à nossa volta e
que nada pode acontecer de errado".
As crianças que têm uma infância reprimida tornam-se adultos pensando que o
mundo lhes é hostil e que têm de defender-se dele. Para eles este é um mundo perigoso e
ameaçador. Assim foi o seu ambiente familiar
Quando nascemos, os primeiros rostos que vemos e que aprendemos a reconhecer
com alegria são os dos nossos pais. Como é bom sentir o peito cálido da nossa mãe quando
nos dá de mamar ou nos aconchega no seu colo. Sentir a batida familiar do coração que
nos acompanhou durante tantos meses. Como é bom ouvir a sua voz doce que nos embala
para adormecer. Como é seguro sentir os braços fortes do nosso pai que nos abraça e nos
defende, que nos levanta e nos anima quando caímos. Em quem poderíamos confiar mais?
Lavam-nos, mudam-nos as fraldas, dão-nos de comer e ensinam-nos a andar e a falar.
Tínhamos alternativa?
Que pensará uma criança quando vê aqueles em quem ela mais confiava
espancarem-na, envergonharem-na, humilharem-na, abandonarem-na, e às vezes, em
situações mais deploráveis, roubarem-lhes a própria vida.
Muitos pais são vitimas de vitimas. Não podem dar o que não receberam. Era a
informação que tinham. São adultos apenas fisicamente. Não cresceram psicologicamente
e vivem apavorados nesse papel.
Imaginem por um momento o vosso pai com três anos de idade. Vejam-no com as
lágrimas correndo pelo pequeno rosto, percorrendo os cantos da casa à procura de alguém
que o ouça porque se magoou ou porque simplesmente procura a mãe que não encontra
porque ela o deixou sozinho para ir trabalhar. Intuitivamente não compreende como pode
ser tão diferente a realidade que experimentou no interior do ventre da sua mãe e esta
realidade que lhe proporcionam agora. Ele não pediu para nascer. Ninguém o ouve.
Muitas vezes, quando quer chamar a atenção batem-lhe para que se cale. Vai para a cama
sem uma história de embalar. Não bebe o leite morno para aconchegar. Ninguém lhe ajeita
as roupas da cama. Ninguém brinca com ele em casa. Não se dirige às pessoas em quem
41
mais confia porque parece que cada vez que o tenta fazer, elas ficam zangadas com ele e
até lhe batem para que não as incomode. Aprende a reprimir para sobreviver. Parecem
culpá-lo de tudo o que se passa na casa. Da falta de dinheiro, de não poderem ir ao cinema
ou à festa que desejavam ir. É um empecilho. Os filhos dos vizinhos são sempre mais
inteligentes e bem comportados do que ele. É o que lhe dizem repetidamente. Se este fosse
o seu pai como poderia considerá-lo culpado?
Uma criança neste ambiente acaba por considerar-se alguém horrível. Cria por isso
um conceito interno que a faz envergonhar-se e preferir o isolamento. Não quer que os
outros descubram o quão horrível é. Cria um falso "eu". E é esse "eu" que lhe permitirá
sobreviver no tal mundo hostil que a rodeia. Cria uma fachada. Aprende que fazer má
cara afasta os indesejáveis. Era assim que o seu pai fazia. Quando algo não corre como ela
quer, grita ou bate. São regressões espontâneas. Foi isso que viu fazer na infância. À
mínima contrariedade desiste. Não tem confiança nela própria porque não lhe foi possível
incorporar essa característica no seu autoconceito.
Abandona facilmente. Provavelmente porque também alguma vez terá sido
abandonado.
Perante contrariedades ou confrontos engole a raiva e toma a única atitude que lhe
permitiram ter quando era criança: castigar os adultos com a retirada. Nada mais podia
fazer. E amua. Nunca teve a oportunidade de sentir o apoio forte e amigável do pai. Não
foi apoiada no inicio da sua caminhada. Por isso todos são seus inimigos. Na idade adulta
a esposa substitui a mãe que emocionalmente não teve. Não tem um circulo de amigos
porque tem medo de se expor. Tem medo que descubram tudo de mau que ele é. A
verdade é que se ele fosse bom os pais não lhe teriam batido, nem lhe teriam dito aquelas
coisas horríveis, pensa.
Eles disseram-lhe, vezes sem conta, que não havia nada que ele fizesse bem.
Que não estudava o suficiente. Que não era capaz e que por isso nada merecia. Ele pensa
então que, se as outras pessoas souberem como ele é realmente, irão também abandoná-lo
ou agredi-lo. Foi assim que aconteceu com os seus pais. E querem evitar essa dor de novo.
Querem evitar mais uma desilusão. É doloroso. Preferem por isso o seu mundo privado.
Assim ninguém os decepcionará. Tornam-se obsessivamente controladores. Controlam
tudo porque: "se eu controlar tudo ninguém me poderá apanhar desprevenido e magoar-
me".
Penso ser importante frisar esta matéria porque cada vez mais existe uma tendência
na sociedade moderna a menosprezar a importância que este fenômeno tem na explicação
da depressão e no aparecimento da doença física. Vivemos numa época e adotamos um
42
modo de vida que é propício a negligenciar a infância dos nossos filhos que, se não
tiverem a oportunidade de ter uma infância apoiada, experimentarão um sem número de
conflitos em todas as áreas da sua vida adulta. Geram-se assim comportamentos
compulsivos que geram alcoólicos, pesados fumadores, obsessão sexual, sucessivos
divórcios, etc...
Hitler foi espancado continuamente na sua infância, foi humilhado e envergonhado de
forma perniciosa por um pai sádico que era um filho bastardo de um cabo judeu. Veja-se
como ele usou a crueldade que usaram consigo contra milhões de inocentes.
Como já foi dito, uma outra característica comum nestas pessoas é uma adição ou
compulsão. A criança-interior ferida é a causa principal de todas as adições. Se o pai era
alcoólico e o abandonou física e emocionalmente quando criança, ele não sabe como se
comportar como pensa que um homem se deve comportar. Bebe e fuma para demonstrar
que é um homem. Mas fá-lo por imitação, sem confiança. Poderá ter outras adições como o
sexo, o jogo e os rituais religiosos.
A nossa criança-interior ferida pede que a cuidemos. Quer atenção. Que
brinquemos com ela. Que lhe demos segurança porque ela sente-se assustada. E, enquanto
não for feito um trabalho de recuperação da nossa criança-interior, levando-a a um
crescimento saudável, as nossas vidas serão muito dolorosas e carregadas de solidão e
amargura. Uma criança-interior revoltada pode ser bastante caprichosa e tornar-nos a vida
num inferno.
Os nossos pais não são culpados. Eles comportaram-se de acordo com a informação
que possuíam. Eles também eram vítimas. Não lhes ensinaram mais. Compreender este
processo é perdoar. É desvalorizar. A nossa vida muda drasticamente quando abraçamos
aqueles que tememos. Então percebemos que dentro dessa mascara que durante tantos
anos nos assustou, afinal estava apenas uma criança tão assustada como nós. Tinham esse
aspecto apenas para se protegerem. Eles não sabiam fazer melhor, pois ninguém lhes
ensinou.
A sua fúria era proporcional ao medo que sentiam. Então em vez de castigá-los
podemos ampará-los e libertá-los da culpa que afinal nunca tiveram.
Uma vez recuperada e cuidada a nossa criança-interior, a energia criativa que lhe é
natural começa a surgir nas nossas vidas. Uma vez bem integrada, ela é uma fonte de
regeneração e de nova vitalidade. Carl Jung chamou à criança natural "criança
maravilhosa", o nosso potencial nato de exploração, admiração e criatividade. Essa
criança-interior aparece naturalmente quando nos encontramos com um velho amigo,

43
quando nos rimos às gargalhadas, quando somos criativos e espontâneos, quando nos
extasiamos perante uma paisagem maravilhosa.
Trabalhar com a nossa criança-interior é a forma mais rápida de efetuar mudanças
nas pessoas. É um processo que permite uma transformação verdadeira e duradoura.
Devemos, pois analisar-nos e dedicar-nos todos os dias uma parte do nosso tempo.
Muitas vezes pergunto à minha criança-interior onde é que lhe apetece ir e levo-a lá.
Muitas vezes apetece-lhe ir ao cinema e levo-a. Apetece-lhe ver as outras crianças a brincar
num parque e vou até lá. Outras vezes quer que eu lhe compre um gelado e eu compro-
lho. Pergunto-lhe também muitas vezes, porque está triste. E ela responde-me que gostaria
de se divertir, então eu levo-a a ver uma boa comédia no cinema.
Muitas das mudanças que gostaríamos de ver nas nossas vidas e na maneira como a
percepcionamos estão ao nosso alcance desde que atendamos à criança que todos levamos
dentro de nós. ”...”.

VISUALIZAÇÃO PARA CONECTAR-SE COM A CRIANÇA INTERIOR E COM


NOSSAS FORÇAS INTERNAS

Vamos procurar um lugar especialmente seguro para nós e pensar em uma pessoa
confiável, um "curador" que nos ajudou em nossa vida. Pode ser qualquer pessoa.
Coloque-se numa posição bem cômoda e relaxe totalmente. Feche os olhos. Se sentir que
há algum entrave emocional incomodando-a, trate de soltá-lo. Visualize uma caixa e
deposite seus entraves dentro da caixa, deixando-os ir embora.
Se tiver algum incômodo físico, solte-se para não se distrair. Vá tomando
consciência das batidas de seu coração, de sua respiração. À cada batida, a cada
respiração, estaremos participando das forças do Universo.
Agora, quero que visualize seu lugar seguro, seu lugar especial. Observe-o em sua
mente. Como é? que cores tem? que odores? que textura? o lugar especial para você... veja
a si própria parada no meio desse lugar, seguro, seu paraíso privado. Agora vou levá-la a
praticar um ritual americano.
Posicione-se em direção ao Norte e sinta uma brisa fresca a atravessá-la. O desafio e
a força vem do Norte. Agora, gire para o leste, que representa os começos. Enfrente-os.
Que começos existem agora em sua vida? quais são as coisas que você tem que começar?
Agora, dirija seu corpo para a face Sul, que representa o crescimento. Que aspectos precisa
alimentar e continuar em sua vida? Agora, olhe a face Oeste. O que necessita ser solto? Há
algo que você tenha a necessidade de dizer adeus? Olhe para o céu que representa a
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criatividade. Quais são os talentos que necessitam ser desenvolvidos? Agora, olhe para a
terra, para o solo. Quais são as forças que asseguram estabilidade que você deseja?
Quando deixar estes pensamentos, chegará ao seu lugar sagrado o "curador". Dê-
lhe as boas - vindas. Pergunte o que é que você mais necessita. O que ele disse? Sente-se
com seu "curador" e tenha uma conversa objetiva sobre o que necessita em sua vida.
Enquanto fala com o seu "curador", ouça um barulho - vire-se e veja uma criança. A
criança é claramente você, aos 5 anos de idade. Olhe, veja como era você quando tinha 5
anos. Estenda a mão para essa criança. Dê-lhe as boas- vindas. Fale com ela, com essa
menina. Pergunte à ela como vai, conte à ela como você vai... enquanto fala com ela, você a
vê subir em seu colo.
Agora, diga a essa menina como vai fazer para assegurar-lhe que a partir de agora
ela vai ser escutada e valorizada. Tenha uma conversa com essa menina. Ela está agora
sentada em seu colo. Abrace-a, tranqüilize-a. Dê-lhe amor. Fale com ela com amor. Encha-
a de amor. Diga-lhe que a ama. Enquanto conversa com a menina, o seu "curador" se
aproxima de vocês duas. Agora, veja seu "curador" abraçando a você e a menina. O
"curador" diz que vocês estão fazendo as coisas muito bem. Estão fazendo tudo muito
bem. Agora, veja a menina sair do seu colo. Ela está parada ao seu lado. O "curador" toma
a menina pela mão. Você se une a eles. Os três juntos deixam o lugar seguro e vão brincar
juntos. O que estão fazendo? Logo que visualizar isto, vá se preparando para "acordar" e
volte para cá. Abra os olhos lentamente.... Fim da visualização

TRATAMENTO DO MERECIMENTO

Sou digna e merecedora de tudo o que é bom. Não somente de algo, de um


pouquinho, mas sim de tudo que é bom. Agora, estou superando todos os pensamentos
negativos que me limitam. Liberto-me das limitações impostas por meus pais. Eu os amo,
mas posso ir além do que eles foram. Não respondo às suas opiniões negativas, nem às
suas crenças restritivas. Não estou presa à nenhum medo e nem à nenhum preconceito da
sociedade em que vivo. Eu não me identifico com nenhum tipo de limitação.
Em minha mente, gozo de uma liberdade total. Penetro agora num novo espaço de
consciência, de onde estou disposta a me ver de uma maneira diferente. Estou disposta a
criar idéias novas a respeito de mim mesma e de minha vida. Minha nova maneira de
pensar se expressa em experiências novas.
Agora sei e afirmo que sou a mesma coisa que o Próspero Poder do Universo. Por
isso, agora prospero em múltiplas maneiras. A totalidade das possibilidades se abre diante
45
de mim. Mereço a vida; uma vida boa. Mereço o amor; a abundância de amor. Mereço ter
boa saúde. Mereço viver comodamente e prosperar. Mereço a liberdade de ser tudo aquilo
que sou capaz de ser. Mereço mais que isso: mereço tudo de bom.
O Universo está mais disposto a manifestar minhas novas crenças, e eu aceito esta
abundância de vida com júbilo, prazer e gratidão. Porque eu mereço, aceito e sei que é
verdade.

EU SOU RESPONSÁVEL POR...

Eu sou responsável por mim


Eu sou responsável por viver ou não a minha vida
Eu sou responsável por prover o meu bem estar espiritual, emocional, físico e
financeiro.
Eu sou responsável por identificar e satisfazer minhas necessidades
Eu sou responsável por resolver meus problemas ou aprender a conviver com eles,
se não, puder resolvê-los.
Eu sou responsável por minhas escolhas.
Eu sou responsável pelo que dou e recebo.
Eu sou responsável por estabelecer e alcançar minhas metas.
Eu sou responsável pelo tanto que desfruto de minha vida
Eu sou responsável pelo tanto de prazer que encontro em minhas atividades
diárias.
Eu sou responsável por quem eu amo, e como escolho expressar este amor.
Eu sou responsável pelo que faço aos outros, e pelo que eu permito que os outros
me façam...
Eu sou responsável pelos meus desejos.
Tudo em mim, todo aspecto do meu ser, é importante.
Eu sirvo para algo.
Eu sou importante.
Posso confiar em meus sentimentos.
Meu pensamento é apropriado.
Estimo meus desejos e necessidades.
Não mereço e não tolerarei abusos ou maus tratos constantes.
Tenho direitos, e é de minha responsabilidade afirmá-los.

46
As decisões que faço, e o modo que administro, refletem a minha alta auto-estima.
Minhas decisões levam em conta minhas responsabilidades para comigo.

(extraído do livro "Co-dependência Nunca Mais" – Melody Beattie)

SENHORA DE MIM MESMA

 Não quero que a casa me governe, mas quero governar minha casa.
 Não quero a eficiência do detergente, mas as borbulhas de cores.
 Não quero pisos brilhantes. Quero uma pele resplandecente.
 Não quero porcelanas e marfins. Quero carícias suaves.
 Não quero os luxos orientais. Quero as mil e uma noites.
 Não quero quadros valiosos. Quero retratos em minha alma.
 Não quero cozinhas sofisticadas. Quero poros temperados.
 Não quero um dormitório Luís XV. Quero um autêntico leito matrimonial.
 Não quero móveis de categoria. Quero a criatividade e a sabedoria.
 Não quero as plantas artificiais. Quero as flores a cada dia.
 Não quero lençóis bordados. Eu os quero ornados apaixonadamente.
 Não quero os chinelos ao pé da minha cama. Quero os pés descalços na alvorada.
 Não quero vestidos para andar dentro de casa. Quero a segurança do nu.
 Não quero bobies ao me deitar, mas sim sonhos cacheados.
 Não quero cremes rejuvenescedores, mas rugas de emoção.
 Não quero sexo por compromisso. Quero motivações sensuais.
 Não quero varizes. Quero artérias aceleradas.
 Não quero beijos frios. Quero lábios excitantes.
 Não quero baixelas de prata, mas sim cumbuquinhas.
 Não quero tapetes maravilhosos, mas cenas de por-de-sol.
 Não quero cortinas isoladoras. Quero a transparência em minhas janelas.
 Não quero pássaros enjaulados. Quero filhos em liberdade.
 Não quero a fidelidade de um cão. Quero a intuição de um Homem.
 Não quero jóias valiosas. Quero alianças indestrutíveis.
 Não quero estar sempre em público. Quero sim, a intimidade de um banho.
 Não quero religiões místicas, mas o poder adorar.
47
 Não quero saltos altos. Quero elevar-me.
 Não quero máscaras nas paredes. Quero os meus diferentes personagens.
 Não quero palavras ocultas. Quero diálogos refrescantes
 Não quero ser "senhora", e sim "senhora de".
 "Senhora de mim mesma".
(SER MULHER. Wolff, Martha)

Carta extraída do livro:


"Carta de Las Mujeres que Aman Demasiado", de Robin Norwood. (pg. 27)

Estimada senhora Norwood,

Meus pais têm problemas de alcoolismo e, apesar de eu não beber nem consumir
drogas, me dei conta que sou dependente dos homens autodestrutivos. Tentei dominar os
três homens com os quais vivi, mediante ameaças, subornos, elogios, sermões e todo tipo
de manipulações que eu acreditava que poderiam dar resulta.
Agora compreendo que sou tão autodestrutiva como eles, porque escolho somente
homens carentes e deficientes. Nunca mantenho interesse por aqueles que são saudáveis e
competentes.
Meu noivo atual acaba de me chamar á cadeira militar, onde está cumprindo
sentença por tráfico de drogas. Disse que está aprendendo sua lição e que não vai mais
procurar problemas. Eu disse a ele que ficava satisfeita em saber disso e que desejava que
ele tomasse conta de si mesmo. Entendo que só posso cuidar de mim mesma e daqui a
dois dias começarei assistir ás reuniões de Alcoólicos Anônimos e de Filhos Adultos de
Alcoólicos.
Não sei se eu e ele voltaremos a ficar juntos o que na realidade não importa, porque
agora estou aprendendo a ficar bem estando sozinha.
Saudações de uma dependente dos homens, em vias de recuperação.
Britt J.

"Resposta da Robin Norwood:"

Quando Britt toma distância do problema de seu noivo e passa a concentrar-se em


seus próprios padrões de comportamento e a buscar ajuda para modificá-los, exemplifica a
primeira etapa de recuperação da dependência de relacionamento. A freqüência com que
48
continuará buscando sua recuperação determinará se ela superará ou não essa etapa. Em
outras cartas de dependentes de relacionamentos que aparecem neste livro, veremos que
não há um grau específico de dor que garanta que uma pessoa se comprometerá
sinceramente a buscar sua recuperação. Em alguns casos, há graus inacreditáveis de
degradação e humilhação pessoal mas, apesar disso não provocam a predisposição
necessária para que se inicie a recuperação. Com uma atitude muito similar à dos
jogadores compulsivos que não podem deixar de jogar porque já perderam essas pessoas
dependentes usam sua degradação para justificar suas tentativas, cada vez mais
desesperadas em dominar a outra pessoa e de salvar a situação se deteriorando
progressivamente. Em outras palavras, a medida em que as conseqüências da
dependência pioram, algumas pessoas vão adoecendo mais e mais. Mas há outros que "se
sentem profundamente tocados" e adquirem, pelo menos temporariamente, vontade de
fazer tudo o que for necessário para melhorar.
Ás vezes é difícil entender que alguém possa reconhecer o poder destrutivo da
dependência em sua vida e estar disposto a encará-lo e logo perder por completo essa
vontade. Sem dúvida é o que acontece freqüentemente. É por isso que devem ser
distinguidas três etapas da recuperação:
Primeiro, começa-se a reconhecer o processo de enfermidade em que se encontra
nossa vida (isso poderia ocorrer ao ler um livro como "Mulheres que Amam Demais"...
Em seguida adquire-se a vontade de encará-lo como uma dependência, possivelmente
fatal, assistindo à uma reunião de algum programa anônimo referente à essa dependência
em particular;
E finalmente, a recuperação deve seguir sendo nossa prioridade de cada dia
(assistindo as reuniões com regularidade e mediante à oração e leitura diária).
Por mais difícil que seja, o início da recuperação é apenas um primeiro passo e não garante
que essa recuperação continuará. Há muitos, muitos mais alcoólatras que decidem
abandonar a bebida do que os que podem abandoná-la para sempre, e são muitas, muitas
mais, as dependentes de relacionamento que iniciam a recuperação do que as que
continuam.
Uma característica inexplicável de todo tipo de dependência é que ninguém pode
prever, por maior que seja a sua experiência ou habilidade, quem irá ou não se recuperar
de uma dependência. O que se pode observar, sem dúvida, é que a maioria dos
dependentes não se recuperam. Sem dúvida, quem segue desejando diariamente sua
recuperação mais que nenhuma outra coisa e a coloca como prioridade principal, a longo

49
prazo, pouco a pouco, passo a passo com o apoio de outras que têm passado pela mesma
luta, a conseguem.
Para manter a recuperação, além da vontade, a coragem e a humildade tão
necessárias para iniciar o processo, devemos desenvolver mais duas qualidade: a
capacidade de nos auto-examinar com rigorosa franqueza e a confiança em um poder
superior a nós mesmos. Esse Poder Superior não precisa coincidir com as definições dos
outros. Pode ser chamado de Deus, pode não ter nome. Que se possa comunicar tanto em
um grupo de apoio com em uma igreja ou um templo. É um princípio muito pessoal
formulado individualmente de forma que, quando o invocamos, proporciona uma fonte
inesgotável de força e consolo.

CO-DEPENDÊNCIA E ESPIRITUALIDADE
Por Dr.ª Marisa, em 17/12/1997

Obs.: os trechos abaixo não reproduzem integralmente a palestra em função de


serem anotações.
Ela começa informando que o texto co-dependência em geral era utilizado para
referir-se a co-alcoólicos, mas que em função das queixas que chegam aos consultórios, de
pacientes que reclamam de tristeza profunda e um vazio espiritual, o conceito está
mudando. O termo co-dependência passa a referir-se àqueles que abriram mão de seus
verdadeiros "eus" e construíram falsos "eus". Os profissionais estão se rendendo a um fator
– a espiritualidade. Hoje a definição mais atualizada é a do ser humano que abriu mão de
seu eu e formou cascas ou vernizes. A espiritualidade é o Self, ou si mesmo, ou seja a
verdadeira identidade, a parte mais próxima da alma, que após o nascimento é
contaminada pelo social. A idéia mais próxima de um exemplo é a da criança que não
sofreu abusos e permanece serena, espontânea, confiante, que numa atividade qualquer
não é reprimida. A espiritualidade é isso, ou seja, a parte pura, divina de cada um. Não há
conotações religiosa, quando dizemos divina. A coragem de viver está presente nesse caso.
Embora existam vários nomes, como por exemplo Alma, Espírito, Self, Eu Superior,
chamaremos esse eu verdadeiro de criança divina. A co-dependência é uma doença
secundária. Nascemos crianças divinas e com o tempo desenvolve-se o falso eu que
instala-se como abusos emocionais, sexuais e físicos. Ela faz uma observação que o pior no
abuso é a rigidez, que vai cristalizando e é progressivo. A solução é o autoconhecimento.
Abusos Emocionais
50
É mais forte do que podemos suportar no processo chamado reversão. Por exemplo
um pai que deixa a família e a mãe elege um dos filhos para suprir o papel do marido.
Esse filho entra no papel e não sai mais, nem para casar-se, porque na verdade casou com
a mãe.

Abusos Sexuais
O que caracteriza abuso é toda palavra, olhar ou intenção que traia a confiança da
criança. Não é só violência ou estupro, mas um olhar, gesto ou intenção, porque as
crianças captam devido à sensibilidade. Seus efeitos são graves, podendo fazer estragos
como:
Dissociação: nesse processo não sente nem percebe o mundo, como se estivesse fora.
Defende-se assim e de um certo ponto para frente não sente mais aos outros, nem a si
mesma. Esses efeitos são os traumas e cria-se estruturas para defender-se da dor.
Desordem de múltipla personalidade: muitos "eus" não integrados, para conseguir viver e aí a
pessoa torna-se seca.

Abusos físicos
Na Idade Média, crianças que choravam e tinham ataques eram consideradas
loucas ou possuídas pelo demônio e por isso eram assassinadas. Quem mudou o curso
disso foi Russeau.
Surras nas Escolas: até há pouco tempo ainda existia punição por motivos muitas
vezes banais. Por conta desses traumas é que surge o falso "eu".
Freud achava que não havia abusos, somente fantasias infantis. Esse conceito está
ultrapassado. Todos esses mencionados são co-dependentes ou os que abrem mão do "eu"
para defenderem-se dos abusos, maus tratos, fome etc.
No alcoolismo, todo lar é violento, não existe um que não seja. Existe trauma,
abandono e medo nesses lares. A conseqüência é o falso eu, que surge por uma questão de
sobrevivência, criando mecanismos de defesa. Uma criança vê o pai batendo na mãe ou
nos irmãos e precisa desse falso eu, criando papéis ou máscaras.
Há quem diga que não sofreu abusos físicos ou sexuais, mas apenas emocionais.
Este último é tão importante quanto os outros, afinal, é abuso demais exigir que uma
criança seja uma dançarina quando sequer tem coordenação motora, ou então querer que
os filhos se casem com os parceiros idealizados pelos pais. Isso vai moldando o eu como
um sistema de crenças.

51
Papéis com os quais nos envolvemos
 Vítima: entende que algo errado está acontecendo e pede ajuda.
 Mártir: esse já diz que tudo está certo, porque está cumprindo seu carma.
 Perfeccionista: não aprende com os próprios erros e ainda enlouquece a família.
 Loucos: são os bodes expiatórios; percebem os segredos da família.
 Super empreendedores: o tipo com trinta anos que já é um presidente de empresa e
que com trinta e dois morre de enfarte (trabalhados compulsivo).
 Agradadores/bonzinhos: nunca dizem não.
 Irônico: é o comediante que ri das desgraças.
 Outros: abandonados, ovelhas negras, inadequados ou perdedores (nada dá certo)
etc.

Co-Dependência
Todo adicto e alcoólico é co-dependente. Não há separação Características: dor,
tristeza, confusão mental e emocional, vazio interior, não sabe se faz isso ou aquilo, dor
emocional, baixa auto-estima etc.
E como ficou a criança divina? – Ferida e sem referencial. O caminho é o inverso:
maior espiritualidade é menor co-dependência.

Como resgatar a espiritualidade?


Não é só rezando. Cada dia que passa tem que aumentar a espiritualidade e ir
preenchendo o vazio. Jung dizia que a solução é espírito x espírito (álcool nos E.U.A. é
spirit). Resgatar a si mesmo, deixar de ser escravo dos papéis, das personagens ou
máscaras (parece mais difícil do que largar cocaína). Se a pessoa chega ao fundo do poço,
as explosões começam e junto a autodestruição, a vontade de morrer ou matar. Os
profissionais que ajudarão precisam ser amorosas, para ajudar o ego ir rompendo com as
crenças e ir se despedindo dos papéis, porque a queixa básica é de sofrimento,
inadequação, mal estar e um vazio.
Dicas:

Identificar os papéis
 Aceitar
 Viver o luto
 Despedir-se

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No item 1, é importante quebrar os segredos e parar de proteger. Os que sofrem
abuso protegem os abusadores porque na verdade têm vergonha e medo de mostrar
dificuldades. E por que continua apanhando? A proteção é de si mesmo: orgulho entra e
acaba atrapalhando. Sente-se culpado às vezes, não admitindo falar mal dos pais.
No segundo item, aceitar e junto com isso vem a raiva – como pude negligenciar isso? A
vivência da raiva vem com aceitação. Descobre que era assim e ficou sendo devido aos
outros.
Desperdiçou a vida para ouvir alguém dizer que te ama de vez em quando, sente-se
vazio porque acreditou em algo que foi do outro, daí a raiva, é claro.
Quando ao luto, vai vivenciar de verdade o vazio e ver a proporção dele. Daí vem o choro.
As MADAS são assim, quando se retira a droga do amor. É preciso ter coragem de ficar só,
pois muitos deixarão de te amar, te acharão egoísta, ingrata, fria e mal agradecida. O luto é
o parar de acreditar que vai casar com o pai (projeção). Cuidado do "pai" por trinta anos e
quando fica só vai procurar outro. A procura deve ser a de conseguir se preencher sem o
pai, ser a sua própria família amorosa que nunca teve.
E, finalmente, despedir-se dos personagens, deixar a criança divina surgir. Deixar
de ser protetora, e salvadora incomoda muito aos outros. Poucos te apoiarão para deixar o
papel de perdedora. Muitos maridos não querem, porque não terão a quem chamar de
incompetente. Poucos reforçarão tua despedida e te darão entusiasmo para o eu
verdadeiro começar a surgir. Difícil para uma mãe dizer para o filho crescer e viver, já que
ela tem um relacionamento emocional desequilibrado.

Abrir mão dos personagens dando vazão para o verdadeiro surgir


As famílias e instituições vão reforçar os papéis. Politicamente é desinteressante,
pois o "eu" verdadeiro quebra regras e padrões, tem vontade própria. Por exemplo, um
casamento em que os dois não moram juntos, ou deixar um pouco os filhos para se cuidar.
Se aquele irmão que não casou para cuidar dos pais vê isso, diz não acredite porque é
louca.
OUSAR é uma boa palavra, as crianças são assim, sem medo de errar. Quando mais
falsos, mais abusadores existirão.
Co-dependência era um termo usado apenas para o ambiente de alcoolismo, agora
verifica-se que é aplicável a outros problemas e assim está passando para o coletivo e
quiçá irá para o universal. Abrir mão do conveniente para os outros é a questão principal
no desligamento dos papéis.

53
Volta ao Lar
Aprenda a amar a si mesma como mulher Para amar a si mesma como mulher, a
menina precisa ser amada por uma mulher. Isso não tem nada a ver com orientação
sexual. Tem a ver com a essência do seu ser.
Muito já foi escrito sobre mães fracassadas como mães. Esse fracasso tem maior
impacto nas meninas e é devido especialmente à falha na intimidade do casamento. Em
razão dessa falha, a mamãe é frustada e solitária. Ela pode voltar-se para o filho e fazer
dele seu Homenzinho, rejeitando a filha. Ou pode se voltar para a filha e usá-la para
preencher seu vazio. Nessa situação confusa, a filha não pode ser amada por si mesma. Ela
adota o eu solitário e cheio de vergonha da mãe, que só deseja o amor do marido. Quando
a menina não tem o amor saudável da mãe, ela cresce sem experimentar os aspectos
cruciais da sua identidade sexual. Por isso tantas mulheres tem o pensamento mágico de
que só valem como mulheres quando um homem as ama.
Se esse é o seu caso, você precisa deixar que sua criança ferida experimente o amor
de uma mulher. Encontre duas ou três mulheres dispostas a serem vulneráveis com você.
Não tentem fazer terapia uma com a outra, nem resolver os problemas. Apenas estejam
todas ali, apoiando umas às outras na procura do eu verdadeiro. As mulheres
naturalmente se unem tendo como base a vulnerabilidade. Geralmente o elo é a
vitimização comum. Sua menina interior precisa saber que tem você para ajudá-la a se
tornar independente. Ela precisa saber que pode conseguir isso com você e com seu grupo
de apoio, que não precisa de um homem para ser feliz. Ela pode querer um homem na sua
vida, como parte de sua tendência feminina natural para o sexo e para a união com um
homem. Mas terá maior probabilidade de conseguir isso se for auto-suficiente e
independente. Seu grupo de apoio de mulheres estará ao seu lado enquanto você procura
atingir seu objetivo.
Texto extraído do livro volta ao lar de John Bradshaw. Vergonha e auto-estima

O psicólogo Nathamel Branden diz que a auto-estima é a nossa reputação interior.


Quando vivemos a vida envergonhados e acreditamos que não temos valor, essa
reputação é baixa – e o resultado é a baixa auto-estima. Nosso relacionamento com nos
mesmos é tenso e opressivo. Em " Honoring the Self". Branden lembra:
Encontramo-nos no meio de uma rede quase infinita de relacionamento, com os outros, com
as coisas, com o universo. Entretanto, às três da madrugada, quando estamos a sós, temos ciência de
que a relação mais íntima e poderosa de todas, aquela da qual nunca fugiremos, é a relação de cada
54
um consigo mesmo. Nenhum aspecto significativo do pensamento, da motivação, dos sentimentos
ou dos comportamentos deixa de ser afetado pela nossa auto-avaliação. Somos organismos, que além
de conscientes, são autoconscientes. Esta é a nossa glória e, às vezes a nossa carga.
Embora os seres humanos sejam intrinsecamente autoconscientes – capazes de
autopercepção – uma efeito básico da vergonha é a constrição da autopercepção. Como o
profundo sentimento de inadequação que acompanha a vergonha é forte demais para ser
agüentado conscientemente, autocrítica e o julgamento autodestrutivo. Por exemplo, como
nossa raiva muitas vezes é assustadora demais para ser admitida, tendemos a projetá-la no
exterior, e a enxergar os outros como zangados, ou como críticos, agressivos, injustos,
preconceituosos, controladores ou mesquinhos. Ao pensar em nós como vítimas dos
outros, podemos negar a realidade de sermos, de fato, vítimas de nós mesmos. Quanto
mais insistimos em não ter essa consciência, mais aprisionados ficamos.
A recuperação da culpa doentia, e da vergonha e baixa auto-estima que lhe servem
de base, começa com a disposição em ser autoconsciente, em ser honesto acerca dos
próprios pensamentos e sentimentos, como vamos discutir em profundidade nos
próximos capítulos. Brandem resume da seguinte forma as habilidades de percepção que
precisamos nos dispor a praticar para recuperar a auto-estima – o que ele chama de
aprender a respeitar o eu:
O primeiro ato para respeitar o eu é a afirmação da consciência: a decisão de pensar, estar
ciente, enviar a luz pesquisadora da consciência ao exterior, em direção ao mundo, e ao interior, em
direção ao nosso próprio ser. Fugir a esse esforço é fugir a si mesmo no nível mais fundamental.
Respeitar o eu é estar disposto a pensar com independência, viver pela própria cabeça, e ter coragem
de ter suas próprias percepções e juízos.
Respeitar o eu é estar disposto a conhecer, não apenas o que pensamos, mas também o que
sentimos, queremos, precisamos, desejamos, o que nos faz sofrer o que nos assusta ou nos enraivece
– e aceitar o direito que temos de experimentar esses sentimentos. O oposto dessa atitude é negação,
renúncia, repressão – auto-rejeição.
Respeitar o eu é preservar a atitude de auto-aceitação – que significa aceitar o que somos,
sem auto-opressão nem autopunição, sem nenhum fingimento destinado a enganar a nós mesmos
ou a qualquer outra pessoa, sobre o que na verdade somos.
Respeitar o eu é viver autenticamente, falar e agir com base nas convicções e sentimentos
mais íntimos.
Respeitar o eu é recusar-se a aceitar a culpa não-merecida e fazer o máximo para sanar essa
culpa, se for merecida.

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Respeitar o eu é estar identificado com o direito de existir, que provém do conhecimento de
que a nossa vida não pretende aos outros, e de que não estamos aqui na Terra para satisfazer as
expectativas alheias. Para muitas pessoas, esta é uma responsabilidade assustadora.
Respeitar o eu é estar apaixonado pela própria vida, pelas próprias possibilidades de crescer
e de sentir alegria, e pelo processo de descoberta e exploração de potencialidade caracteristicamente
humanas.
Trecho retirado de: " Um livro para curar o coração e a alma". Autora – Joan Borysenko –
Ed. Cultrix.

AS MULHERES INTELIGENTES DIZEM COMO AMAR SEM SOFRER

Há uma grande diferença entre obcecar-se e amar, entre viver ao redor de um


homem e ter identidade própria. Vincular-se, viver e amar com sabedoria é o tema do "O
que sabem as mulheres inteligentes" resumido no seguinte artigo.
Uma mulher pode ser brilhante e sem embaraços, e, não saber proteger-se em suas
relações; uma mulher pode ter uma carreira com muito êxito, e sem impedimentos, e, não
saber como ser inteligente a nível emocional. Por que? Porque ser inteligente na vida e no
amor é muito diferente de ser inteligente em física nuclear. Então, quais são as qualidades
básicas que fazem uma mulher verdadeiramente inteligente e que lhe dê as melhores
possibilidades de felicidade pessoal e emocional?

UMA MULHER INTELIGENTE SABE QUE SER INTELIGENTE SIGNIFICA:


 Ser racional;
 Permitir que a inteligência controle as emoções, não o inverso;
 Confiar nos valores mais que nos hormônios;
 Eleger relacionamentos que a faça feliz e que a permita crescer;
 Buscar e aceitar pessoas positivas que lhe dêem apoio;
 Fugir de relacionamentos que só trazem problemas, nada mais;
 Separar-se de pessoas que a controlam;
 O mais importante: Uma mulher inteligente nunca jamais dúvida que é uma pessoa
 completa, tenha ou não um homem em sua vida.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


56
 As obsessões não têm lugar na vida da mulher inteligente. Em algum momento,
toda a mulher já esteve à mercê de uma paixão obsessiva.
 Que mulheres são em particular vulneráveis as obsessões? Qualquer uma que tenha
expectativas pouco realistas no que diz respeito ao amor. Neste item pode incluir
aquelas mulheres com uma vida ativa de fantasia e um forte sentido de drama e de
romance, assim como aquelas que tem antecedentes de modelos pouco sólidos em
termos de dar e receber afeto e amor.
 Que tem de mau as obsessões? Nada, se não se importar em sentir-se miserável três
quartos de todo o tempo.
 O problema é que o amor obsessivo reflete, em geral numa situação caracterizada
por separações, sentimentos que não são recompensados – ou não são
recompensados do modo que um quer – conflitos irreconciliáveis e ansiedades pelo
compromisso. Estes são os elementos que tendem a converter uma pessoa em um
ser obsessivo e que gera um terrível estilo de vida.

AS MULHERES INTELIGENTES CONHECEM A DIFERENÇA ENTRE...


 Amor e melancolia;
 Alegria e diversão;
 Amor e obsessão;
 Ter uma grande paixão e viver uma boa vida.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 Confortável, agradável, tranqüila e prosaica são todas qualidades comuns de uma
vida e relacionamentos normais; são os tipos de adjetivos que uma mulher
inteligente quer em sua vida.
 Dramático, agonizante, torturado, rebuscado, irreconciliável, horrível e obsessivo
são palavras que pertencem ao texto de uma novela que se lê na praia. Uma mulher
inteligente não quer que esses adjetivos descrevam a sua própria vida.
 Se descobrem que estão passando uma quantidade excessiva de tempo sós,
recostadas no sofá, fantasiando ou sonhando, não estás enamorada, estás obstinada.
 Se se encontrarem em constante estado de perturbação, preocupada pelos detalhes
de tua relação, em busca de chaves que te ajudem a entender o que está sucedendo,
então não estás enamora estás obstinada.
 Abandonar um amor obsessivo nunca será indolor, porém o quanto antes o deixar,
antes começará curar-se.
57
 As obsessões podem, e certamente provocam; dores de cabeça, mal estares,
desarranjos gastrintestinais, palpitações, ataque de ansiedade, vontades e raivas.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 Deus criou as cidades para que as mulheres possam descobrir as características
negativas de um homem antes de enclausurar-se com ele, não depois.
 Uma mulher inteligente também sabe que nunca deve estar tão cega pelo desejo,
que não lhe permita prestar atenção nas características do homem que tem em sua
frente, como:
 Sua atitude frente às mulheres em geral;
 Sua atitude frente ao dinheiro;
 Sua atitude frente a sua profissão;
 Sua atitude frente a sua carreira;
 Sua capacidade de compartilhar;
 Sua capacidade de jogar limpo;
 Sua capacidade de rir;
 Sua capacidade de tornar-se suficientemente sério;
 Suas adicções;
 Suas aversões potenciais (a teus animais, teus gostos, teus amigos, tua religião...);
 Seus valores;
 Suas neuroses;
 Sua história com as mulheres.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 A primeira refeição em um restaurante é mais que uma refeição: é um micro-
cosmos do que poderá ser a vida com esta pessoa.
 A primeira noite lhe dará uma enorme quantidade de chaves do tipo de conduta
que poderá esperar, deste homem, na próxima semana, no ano que vem ou na
década seguinte...se a relação continuar.

UMA MULHER INTELIGENTE sabe que antes de começar a fantasiar sobre a vida que
levará em comum, deverá pensar duas vezes em:
 Qualquer homem que seduz a todas as mulheres que se apresentam;
58
 Qualquer homem que não se compromete com nada;
 Qualquer homem que escolhe um bom restaurante e depois espera que divida a
conta pela
 metade;
 Qualquer homem que troca de pedido mais que uma vez;
 Qualquer homem que pergunta se o couvert é cobrado em separado;
 Qualquer homem que bebe demais;
 Qualquer homem que tenta controlar-te dizendo o que deve comer ou beber;
 Qualquer homem que presta mais atenção ao que passa nas mesas ao redor que em
você;
 Qualquer homem que sempre pede o mesmo, sem importar onde esteja comendo;
 Qualquer homem que examina os vasos e móveis a procura de pó ou sujeira;
 Qualquer homem que não fala de si mesmo;
 Qualquer homem que fala só de si mesmo e de seus interesses;
 Qualquer homem que parece completamente desinteressado em escutar qualquer
coisa
 sobre você, sua vida ou seus interesses.

UMA MULHER INTELIGENTE SABE QUE...


 O homem ideal nem sempre é o mais atraente. Existe homens maravilhosos que
caminham pelas ruas, mas nem sempre se destacam entre a multidão. Isto não
significa que um bom homem tenha que ser impecável ou ordinário. Só significa
que necessita tempo para descobrir seu modo de ser fascinante e especial.
 Ás vezes, a única chave que você tem para saber se um homem é autentico e
sincero, é que não responde a tuas fantasias românticas:
 Não necessita ser ajudado em nada absolutamente;
 Não necessita ajuda para encontrar-se a si mesmo;
 Não é excessivamente elegante;
 Não é espetacularmente rico;
 Não é um macho absoluto;
 Não é completamente fascinante;
 Não diz o tipo de coisas românticas que sonhas escutar... ao menos as que você já
conheça bem.

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AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE É TEMPO DE TERMINAR UM
RELACIONAMENTO QUANDO:
 Ele freqüentemente a faz sentir-se mais mal do que bem.
 Teu medo de perdê-lo a faz esquecer de tuas necessidades reais.
 Sua conduta esta minando a tua auto-estima.
 Você lhe diz estar se sentindo triste e deprimida, e ele não faz nada para mudar este
 sentimento;
 Você se sente melhor recordando o passado do que vivendo o presente.
 Suas condutas te preocupam.
 Ele começa a dizer-lhe que "necessita de mais espaço".

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE EM UM RELACIONAMENTO:


 Os dois têm espaço para crescer.
 A auto-estima se vê reforçada, não amenizada.
 Os dois têm o mesmo direito.
 O sexo nem sempre é perfeito, mas não importa.
 Os interesses separados, não são considerados uma ameaça.
 As diferenças se negociam.
 Ninguém ganha ou perde.

UMA MULHER INTELIGENTE SABE COMO DISTINGUIR OS BONS DOS MAUS TIPOS
DE HOMENS:
 Um bom tipo de homem tem o estilo de vida realista. Tem um verdadeiro lugar, um
verdadeiro trabalho, verdadeiras contas, verdadeiros animais, uma verdadeira
família e uma verdadeira forma de tratar todas estas coisas e pessoas.
 Um bom tipo de homem tem metas realistas. Este homem pode não querer
conquistar o mundo, mas desejará maximizar seu potencial e ser o melhor que
pode.
 Um bom tipo de homem quer como companheira uma mulher que possa
compartilhar tudo com ele. Este homem não quer uma relação na qual um dos dois
seja excessivamente dependente ou completamente dominador.
 Um bom tipo de homem não manipula ou usa a mulher. Este homem não permitirá
que sua companheira se exponha para depois roubá-la o que tem. Como sua
sedução não é ensaiada, pode não ser muito bem armada, mas esse é o seu atrativo.

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 Um bom tipo de homem apóia a mulher sem controlá-la. Este homem quer que sua
companheira se sinta feliz e satisfeita e a ajuda alcançar as suas metas.
 Um bom tipo de homem sabe escutar quando uma mulher fala. Este homem não é
tão egocêntrico que só seja capaz de concentrar-se em seus problemas e em seus
pontos de vista.
 Um bom tipo de homem é honesto. Este homem prioriza a honestidade em tudo,
incluindo seus sentimentos, seus temores e suas necessidades.
 Um bom tipo de homem não tem limites irracionais. Este homem não te faz sentir
mal te excluindo de aspectos significativos de sua vida, não tem regras irracionais
sobre os caminhos que a relação terá e permitirá que você achegue-se.
 Um bom tipo de homem é capaz de comprometer-se totalmente. Este homem quer
ter uma relação sólida e comprometida e tem um estilo de vida que reflete sua
ampla capacidade para criar vínculos permanentes.

UMA MULHER INTELIGENTE CONHECE A DIFERENÇA ENTRE...


casadoiro e casado... intimidade e sedução... uma verdadeira relação e uma verdadeira dor
de cabeça... alguém que vai abandonar a sua esposa e alguém que não fará isso. E sabe
que:
 Uma semana no Hawai não compensa um só fim de semana imaginando o teu
amante com sua esposa e seus filhos enquanto, você espera em sua casa que o
telefone toque.
 Se um homem casado está interessado de verdade em você, continuará estando
depois de deixar a sua esposa... Que é o único momento em que você deve começar
a considerar a possibilidade de sair com ele. Uma desculpa como "tenha a sua
própria vida" é a versão dos anos 2000 para "minha esposa não me entende".
 Às vezes os homens casados, usam a mulher solteira disponível que tem mais a
mão para diminuir a dor de terminar um casamento; uma vez que o casamento esta
terminado, o mesmo ocorrerá com a relação.
 Quando um homem diz que fica num casamento por "propriedades, filhos e culpa",
significa, em geral, que depende totalmente de sua esposa.

AS MULHERES INTELIGENTES CONHECEM...


 A diferença entre um marido em potencial e um potencial desastre:
 Tem filhos que se negam a vê-lo;
 Tem filhos que ele não quer ver;
61
 Quer te levar num cirurgião plástico para refazer-te de algum modo;
 Tem mais credores que amigos;
 Tem mais ex-esposas e amantes que você vestidos de festa;
 Conhece os empregados das casas de jogos pelos apelidos;
 Pede dinheiro emprestado a você e teus amigos;
 Não deixar você visitá-lo em sua casa;
 Nunca deixa de falar de sua ex-esposa ou sua ex-noiva a quem "em verdade odeia”;
 Se pensas que ele vai ser diferente com você então não és inteligente. Todo o
homem que "está buscando a si mesmo" não esta buscando uma aliança de
casamento.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 Se os homens errados sempre te encontram é porque você dá sinais errados;
 Os defeitos de um homem – os defeitos fatais – devem te fazer perder o interesse,
não te estimular;
 Tem uma diferença entre ser protetora e ser co-dependente;
 Se você esta sempre tratando de "solucionar" seus problemas, é hora de começar a
olhar para você mesma.

UMA MULHER SABE QUE NÃO É INTELIGENTE QUANDO:


 Pensa que ter uma má relação é melhor que estar só;
 Necessita que um homem valide a sua sensação de poder pessoal;
 Põe sua vida em compasso de espera até o dia que tenha uma relação
comprometida;
 Não pode desfrutar da praia, da música, dos crepúsculos, dos bons filmes, das
compras, da cozinha, de receber amigos... a menos que tenha um homem com que
compartilhar;
 Esquece que ter uma relação pode criar tantos problemas como os que já resolve;
 Pensa que necessita de um homem que a faça se sentir especial.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


Depois de romper um relacionamento não se deve pensar em:
 Como ele se sente neste momento;
 O que ele estará fazendo neste momento;
62
 O que poderia ter sido feito para impedir o rompimento;
 Como poderá se vingar dele;
 Como poderá lhe pedir para voltar.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


Depois de romper um relacionamento se deve pensar em:
 Umas férias;
 Todas as qualidades positivas que vai encontrar nos homens que vai conhecer no
futuro, qualidades que ele não tinha;
 Tua liberdade;
 A coisa mais estúpida ou ruim que ele tenha feito;
 As coisas maravilhosas que tem e que ele jamais apreciou;
 Todas as coisas que tenha sacrificado por estar nesta relação. (Os lugares que
desejou conhecer, as coisas que quis fazer).

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 Pedir que ele lhe dê uma explicação razoável sobre o rompimento do
relacionamento é perda de tempo... Nunca você estará satisfeita com o que ele lhe
diga.
 O tipo de relacionamento que quer recuperar é com freqüência, o tipo de
relacionamento que nunca tiveram, e nem chegará a ter.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 A dependência faz com que o homem perca o interesse, não estimula, portanto:
 Você não tem de provar o seu valor;
 Você não tem de provar que é inteligente;
 Você não tem de provar que é uma maravilhosa cozinheira;
 Você não tem de provar que é compreensiva;
 Você não tem de provar que pode dar-lhe apoio, deve fazê-lo notar que não o
necessita.

UMA MULHER INTELIGENTE SABE QUANDO TERMINAR COM UM


RELACIONAMENTO:
 Tem momentos em que a relação parece quase idílica, mas com mais freqüência
parece um inferno. Sem importar o que faça, o que fale, o que sinta, a relação não
63
esta indo a nenhuma parte. As mulheres inteligentes sabem que... é doloroso
renunciar a um sonho, mas às vezes é a única coisa inteligente que pode fazer.

AS MULHERES INTELIGENTES SABEM QUE...


 Esperar que um homem mude é como esperar ganhar na loteria, as possibilidades
são realmente remotas;
 Nos filmes de Hollywood os homens "caem em si" e correm atrás da "boa mulher"
que os ama, e deixa a "má mulher". No mundo real, as coisas não funcionam assim;
 Alguns homens mudam, mas quando o fazem, em geral trocam também de mulher;
 Se um homem te diz que não sabe como o suportas, sabe o que esta dizendo.

UMA MULHER INTELIGENTE TEM JUIZO SUFICIENTE PARA APRECIAR UM


HOMEM QUE:
 Permite que a relação cresça pouco a pouco;
 Não apressa o desenvolvimento da intimidade sexual;
 Esta segura na realidade não na fantasia;
 Sabe o que é o amor, sabe o que é o compromisso a longo prazo, e não toma
nenhuma das decisões impulsivamente;
 Não faz promessas antes de saber que pode cumpri-las;
 Sabe como desenvolver um relacionamento sem se apoiar em poemas de amor,
chamadas telefônicas torturadas, presentes inadequados, entretenimentos
sofisticados ou confissões da alma. As palavras "te quero" não saem com facilidade
ou rapidez da boca de um homem sincero.

TERAPIA COGNITIVA: SE SENTIDO BEM - Feeling Good

A TERAPIA PARA APRENDER COMO FAZER MUDANÇAS MENTAIS E


COMPORTAMENTAIS.
Este livro é um bestseller nos Estados Unidos e apresentamos uma síntese pela
importância das informações nele contidas.
Neste livro Dr. Burns fala em Terapia Cognitiva – um nome enfeitado para
"aprender a pensar usando lógica". Esta terapia é simples e você pode aprender a usar em
si mesmo, ajudando a eliminar sintomas, trazendo modificações positivas em sua vida e
minimizando futuras recaídas. (Nos EUA esta técnica é ensinada por terapeutas a

64
pacientes, num período de doze semanas, conforme citado em detalhes no Prisioneiro do
Medo).
A terapia Cognitiva pode trazer os seguintes benefícios:
1. Melhora rápida de sintomas principalmente em depressão moderada.
2. Entendimento: do porque e o quais são as causas da depressão.
3. Autocontrole – aprendizado de técnicas e estratégias seguras e efetivas que serão usadas
quando "as coisas começarem a ficar deprimentes".
4. Prevenção e crescimento pessoal: através da analise de idéias preconcebidas e erradas.
O primeiro passo da Terapia Comportamental é entender e aprender que todos seus
estados mentais são criados por seus pensamentos, eles refletem como você enxerga as
coisas, suas atitudes e crenças, sua interpretação do mundo e de você mesmo. VOCÊ SE
SENTE DE UMA CERTA MANEIRA NESTE MOMENTO, POR CAUSA DE SEUS
PENSAMENTOS.
Por exemplo: se você achou interessante o texto acima, pensou: Puxa uma coisa tão
simples e lógica e talvez possa me ajudar! E sentiu uma emoção positiva. Ou você pode ter
pensado: Ah, comigo isto não funciona, nada funciona, não adianta nem tentar.
(Se você já embarcou numa viagem de negativismo, pare agora e volte ao texto).
Quem criou estes dois estados mentais?
Foram os pensamentos que você desenvolveu após a leitura do texto. Portanto,
seus pensamentos criam suas emoções!
O segundo princípio é que quando você está deprimido, seus pensamentos são
dominados por persistente negativismo. Você percebe o mundo e a si mesmo de uma
maneira negra e sem brilho. E o que é pior, você acabará acreditando que as coisas são tão
ruins quanto pensa.
O terceiro princípio é o mais importante: estudos indicam que os pensamentos
negativos que causam sua depressão, quase sempre são totalmente distorcidos, não
verdadeiros. Ainda que estes pensamentos pareçam válidos, você vai aprender que são
irracionais, irreais, e que esta maneira "enroscada" de pensar é a maior causa de seu
sofrimento.
Isto é muito importante, porque sua depressão, provavelmente, não é baseada em
uma percepção acurada da realidade, mas fruto de sua maneira errada de perceber as
coisas. Por exemplo, quando você diz: "Eu vou ser sempre assim", está se colocando um
rótulo (como se fosse um vidro de geléia, em vidro de geléia a gente coloca rótulo, porque
a geléia vai ser sempre geléia), e rotular é uma forma de distorção mental (outras formas
podem ser encontradas em O Prisioneiro do Medo).
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Durante períodos de depressão você perde grande parte de sua capacidade de
pensar com clareza e discernimento, e tem problemas para colocar fatos e acontecimentos
em perspectiva. Acontecimentos negativos aumentam de importância até que passem
a dominar totalmente sua realidade – e você não consegue perceber que estas distorções
estão acontecendo. Quanto mais deprimido e miserável você se sente, mais distorcidos
se tornam seus pensamentos.
Dr. Burns indica três maneiras de lidar com seus sentimentos.
PENSAR – ANALISAR - PRATICAR
1.Treine-se para reconhecer e escrever pensamentos de autocrítica assim que eles passarem
por sua mente.
2. Aprenda porque estes pensamentos são distorcidos, analisando.
3. Pratique responder a eles, racionalmente, e assim desenvolver um sistema de auto-
avaliação mais realístico. (por exemplo, se você se diz: Eu não consigo sair da cama hoje! A
menos que você tenha alguma deficiência física, é claro que pode sair da cama).
Acabe com o NADISMO, em sua vida. Isto significa parar de fazer nada o tempo todo.
Passar o dia olhando as paredes e repetindo que nunca nada vai mudar não vai te fazer
sentir melhor. Faça alguma coisa. Começar a responder a pensamentos distorcidos de
maneira racional pode ser o primeiro passo. Se você for esperar até se sentir com vontade,
seu erro é acreditar que a vontade vem primeiro e leva a ação. Mas funciona ao contrário,
primeiro AÇÃO-MOTIVAÇÃO-SUCESSO.

12 PASSOS PARA SUA RECUPERAÇÃO

1. PERSISTÊNCIA – Muitas pessoas acham que felicidade é algo que acontece na vida
delas, mas felicidade é uma conquista, uma construção, assim como recuperação: ela é
resultado de muita persistência, de uma constante vigilância de nossos pensamentos,
da troca de hábitos antigos negativos por novos positivos. Vá com calma, dê tempo ao
tempo e tenha paciência de esperar as coisas e os objetivos se concretizarem.

2. ESTIMULANTES - Pare imediatamente com o uso de substâncias que contenham


cafeína, (café, chocolate, coca-cola, guaraná), pois aumentam a ansiedade. O álcool e
o cigarro também contribuem e prejudicam a recuperação do nosso organismo.

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3. EXERCÍCIOS - É uma ferramenta importante no combate a ansiedade, a caminhada
além de ser de graça queima químicos que causam ansiedade e liberam endorfinas que nos
faz sentir bem.

4. RELAXAMENTO E MEDITAÇÃO - Relaxamento é importante componente para


diminuir ansiedade. Não é possível ficar tenso e relaxado ao mesmo tempo. Se você usar
estes recursos junto com meditação e pensamentos positivos, sua tensão nervosa tende
a diminuir e desaparecer. Relaxamento físico e mental pode ser conseguido através da
prática constante de relaxamento progressivo e da meditação que o ajudará a apagar
arquivos negativos de sua mente.

5. DETERMINAR OBJETIVOS - Tente toda semana dar pequenos passos em direção


à recuperação, nem que sejam "Passos de neném". Pode ser: a caminhar 5 minutos, ir até a
esquina, visitar alguém, fazer algo de que gosta e deixou de fazer a muito tempo.
Uma caminhada de mil passos começa com o primeiro.
6. EXPOSIÇÃO - Nós nos mantemos Prisioneiros do Medo quando deixamos que ele
domine nossa vida e passamos a evitar situações e coisas. Quando você enfrenta seus
medos você está se libertando. Inicie sua exposição pelo menos 5 minutos por dia. Respeite
suas limitações, mas não deixa que elas o dominem.

7. AFIRMAÇÕES - Afirmações são frases que você se diz, coisas que você quer que
venham a acontecer. São palavras de coragem e autoconfiança que virão influenciar seus
pensamentos e sentimentos. É dizer a verdade antes que ela aconteça. Outra maneira de
usar afirmações é dizer a mesma frase (sempre se focando no que você quer, esqueça
o que não quer), umas cem vezes todas manhãs. Você tem sua cabeça cheia de mensagens
negativas? Ou você está se dizendo: "Eu posso fazer isto!" e outras mensagens positivas?
Lembre-se: seus pensamentos se tornam realidade você é o que PENSA que é.

8. ESCREVER - Escrever a frase em diversos lugares que você pode ver durante o dia todo,
ou escrevê-la umas 20 vezes por uns 21 dias. É provado que são necessários
21 dias para se mudar a maneira de pensar sobre algo. Gravar frases positivas para você
escutar também ajuda.

9. VIVER NO PRESENTE - Viver um dia de cada vez, não deixando que as dores do
passado ou o medo do futuro interfiram com sua recuperação e progresso.
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10. COMUNICAÇÃO - Fale com as pessoas que o amam sobre seu problema.
Não transforme o segredo em outro inimigo. Você terá de gastar muito tempo e energia
tentando esconder dos outros, use esta energia de maneira positiva. Na hora da crise
procure ajuda.

11. HUMOR - Estudos concluíram que rir causa o efeito contrário do stress, isto é:
bem estar, e melhora a resistência do nosso sistema imunológico, o riso é a aeróbica da
alma. Desligue a TV, leia algo engraçado, faça algo divertido, escolha amigos divertidos,
comece seu dia com um sorriso e sorria o dia todo seu cérebro vai receber esta mensagem
positiva.

12. CULTIVAR ALGUM TIPO DE ESPIRITUALIDADE - Pessoas que acreditam em Uma


Força Maior são mais confiantes e esperançosas. Espiritualidade pode ser despertada
quando entramos em contato com a natureza, lemos algo belo e construtivo,
quando ajudamos ou amamos alguém quando aprendemos a nos amar.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA

A Violência Psicológica ou Agressão Emocional, às vezes tão ou mais prejudicial


que a física, é caracterizada por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação,
desrespeito e punições exageradas. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas
corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida.
Um tipo comum de Agressão Emocional é a que se dá sob a autoria dos
comportamentos histéricos, cujo objetivo é mobilizar emocionalmente o outro para
satisfazer a necessidade de atenção, carinho e de importância. A intenção do (a) agressor
(a) histérico (a) é mobilizar outros membros da família, tendo como chamariz alguma
doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exija atenção,
cuidado, compreensão e tolerância.
É muito importante considerar a Violência Emocional produzida pelas pessoas de
personalidade histérica, pelo fato dela ser predominantemente encontrada em mulheres, já
que, a quase totalidade dos artigos sobre Violência Doméstica dizem respeito aos homens
agredindo mulheres e crianças. Esse é um lado da violência onde o homem sofre mais.
68
No histérico, o traço prevalente é o “histrionismo”, palavra que significa teatralidade. O
histrionismo é um comportamento caracterizado por colorido dramático e com notável
tendência em buscar atenção contínua. Normalmente a pessoa histérica conquista seus
objetivos através de um comportamento afetado, exagerado, exuberante e por uma
representação que varia de acordo com as expectativas da platéia. Mas a natureza do
histérico não é só movimento e ação; quando ele percebe que ficar calado, recluso, isolado
no quarto ou com ares de “não querer incomodar ninguém” é a atitude de maior impacto
para a situação, acaba conseguindo seu objetivo comportando-se dessa forma.
Através das atitudes histriônicas o histérico consegue impedir os demais membros
da família a se distraírem, a saírem de casa, e coisas assim. Uma mãe histérica, por
exemplo, pode apresentar um quadro de severo mal estar para que a filha não saia, para
que o marido não vá pescar, não vá ao futebol com amigos... A histeria quando acomete
homens é pior ainda. O homem histérico é a grande vítima e o maior mártir, cujo sacrifício
faz com que todos se sintam culpados.
Outra forma de Violência Emocional é fazer o outro se sentir inferior, dependente,
culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terríveis. A
mais virulenta atitude com esse objetivo é quando o agressor faz tudo corretamente,
impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o
tamanho de sua incompetência. O agressor com esse perfil tem prazer quando o outro se
sente inferiorizado, diminuído e incompetente. Normalmente é o tipo de agressão
dissimulada pelo pai em relação aos filhos, quando esses não estão saindo exatamente do
jeito idealizado ou do marido em relação às esposas.
O comportamento de oposição e aversão é mais um tipo de Agressão Emocional. As
pessoas que pretendem agredir se comportam contrariamente àquilo que se espera delas.
Demoram no banheiro, quando percebem alguém esperando que saiam logo, deixam as
coisas fora do lugar quando isso é reprovado, etc. Até as pequenas coisinhas do dia-a-dia
podem servir aos propósitos agressivos, como deixar uma torneira pingando, apertar o
creme dental no meio do tubo e coisas assim. Mas isso não serviria de agressão se não
fossem atitudes reprováveis por alguém da casa, se não fossem intencionais.
Essa atitude de oposição e aversão costuma ser encontrada em maridos que
depreciam a comida da esposa e, por parte da esposa, que, normalmente se aborrecendo
com algum sucesso ou admiração ao marido, ridiculariza e coloca qualquer defeito em
tudo que ele faça.
Esses agressores estão sempre a justificar as atitudes de oposição como se fossem
totalmente irrelevantes, como se estivessem corretas, fossem inevitáveis ou não fossem
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intencionais. "Mas, de fato a comida estava sem sal... Mas, realmente, fazendo assim fica
melhor..." e coisas do gênero. Entretanto, sabendo que são perfeitamente conhecidos as
preferências e estilos de vida dos demais, atitudes irrelevantes e aparentemente
inofensivas podem estar sendo propositadamente agressivas.
As ameaças de agressão física (ou de morte), bem como as crises de quebra de
utensílios, mobílias e documentos pessoais também são consideradas Violência Emocional,
pois não houve agressão física direta. Quando o (a) cônjuge é impedido (a) de sair de casa,
ficando trancado (a) em casa também se constitui em Violência Psicológica, assim como os
casos de controle excessivo (e ilógico) dos gastos da casa impedindo atitudes corriqueiras,
como por exemplo, o uso do telefone.

Violência Verbal
A Violência Verbal normalmente se dá concomitante à Violência Psicológica.
Alguns agressores verbais dirigem sua artilharia contra outros membros da família,
incluindo momentos quando estes estão na presença de outras pessoas estranhas ao lar.
Em decorrência de sua menor força física e da expectativa da sociedade em relação à
violência masculina, a mulher tende a se especializar na violência verbal, mas, de fato, esse
tipo de violência não é monopólio das mulheres.
Por razões psicológicas íntimas, normalmente decorrentes de complexos e conflitos,
algumas pessoas se utilizam da Violência Verbal infernizando a vida de outras, querendo
ouvir, obsessivamente, confissões de coisas que não fizeram. Atravessam noites nessa
tortura verbal sem fim. "Você tem outra (o)... você olhou para fulana (o)... confesse, você
queria ter ficado com ela (e)" e todo tido de questionamento, normalmente argumentados
sob o rótulo de um relacionamento que deveria se basear na verdade,
ou coisa assim.
A Violência Verbal existe até na ausência da palavra, ou seja, até em pessoas que
permanecem em silêncio. O agressor verbal, vendo que um comentário ou argumento é
esperado para o momento, se cala, emudece e, evidentemente, esse silêncio machuca mais
do que se tivesse falado alguma coisa.
Nesses casos a arte do agressor está, exatamente, em demonstrar que tem algo a
dizer e não diz. Aparenta estar doente, mas não se queixa, mostra estar contrariado, "fica
bicudo" mas não fala, e assim por diante. Ainda agrava a agressão quando atribui a si a
qualidade de "estar quietinho em seu canto", de não se queixar de nada, causando maior
sentimento de culpa nos demais.

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Ainda dentro desse tipo de violência estão os casos de depreciação da família e do
trabalho do outro. Um outro tipo de Violência Verbal e Psicológica diz respeito às ofensas
morais. Maridos e esposas costumam ferir moralmente quando insinuam que o outro tem
amantes. Muitas vezes a intenção dessas acusações é mobilizar emocionalmente o (a) outro
(a), fazê-lo (a) sentir diminuído (a). O mesmo peso de agressividade pode ser dado aos
comentários depreciativos sobre o corpo do (a) cônjuge.

SINAIS DE RECUPERAÇÃO

 Estou escolhendo as coisas que quero fazer, em vez de me comportar como se não
tivesse escolha. Estou aprendendo a dizer NÃO.
 Estou conseguindo me restabelecer do caos financeiro resultante da minha neurose.
 Estou aprendendo a me defender e aos meus direitos em vez de lutar somente pelos
direitos dos outros.
 Estou aprendendo a trabalhar a minha família de origem, isto é, olhar para dentro
de mim mesmo para descobrir as origens da minha codependência.
 Estou aprendendo a estabelecer limites de trabalho. Muitas pessoas estão sentindo
raiva de mim porque estou mudando, mas não estou me sentindo tão usado.
 Estou aprendendo a parar de perguntar porque as pessoas estão fazendo isso
comigo.
 Estou aprendendo a não permitir que outras pessoas me controlem.
 Comecei a sentir paz. Pela primeira vez na vida, tenho vontade de viver, e agora
acredito que há um propósito para a minha vida.
 Meu relacionamento com o Poder Superior, Deus como eu compreendo a Deus,
melhorou.
 Estou perdendo a minha invisibilidade emocional. Estou reconhecendo a mim
mesmo e os
 outros estão me reconhecendo.
 Finalmente acredito em minhas próprias palavras.
 Estou deixando de "empurrar a vida com a barriga" e começando a sentir prazer em
vivê-la.
 Estou aprendendo a me desligar das pessoas ao invés de tentar controlá-las.
 Estou aprendendo a estabelecer limites saudáveis de relacionamentos e não
permitir que as pessoas me usem e me magoem.

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 Estou aprendendo a deixar de lado a preocupação e a negação e a lidar com os
problemas de forma construtiva.
 Estou aprendendo a sentir e expressar as minhas emoções e a valorizar o que desejo
e necessito.
 Estou deixando de me punir pelos problemas, bobagens e insanidades dos outros.
 Estou deixando de exigir perfeição de mim mesmo e dos outros.
 Estou deixando de reagir aos poderosos sistemas disfuncionais, parando de me
envolver em loucuras e aprendendo a arte de deixar de ser vítima.
 Estou deixando de tomar conta compulsivamente de outras pessoas e tomando
conta de mim mesmo. Estou aprendendo a ser bom comigo mesmo e a me divertir.
 Estou aprendendo a me sentir bem com as coisas que estou conquistando. Estou
sentindo que as mereço.
 Estou aprendendo a lidar com todas as minhas mensagens interiores de
autoderrotismo (ninguém gosta de mim, não mereço coisas boas, não serei bem-
sucedido...).
 · Estou aprendendo a não fugir da dor através de comportamentos compulsivos.
 Aprendi que sou o único responsável pelo meu comportamento e suas
conseqüências.
 Aprendi que tenho escolhas.
 Estou aprendendo que não posso mudar por mim mesmo, que interligado com o
processo de mudar os meus comportamentos está um Poder Superior, Deus da
maneira como eu compreendo a Deus.
 Estou aprendendo a deixar acontecer no "tempo de Deus" e a "deixar Deus agir".
 Estou aprendendo a pensar, identificar, discutir e resolver os meus problemas de
maneira construtiva.
 Estou aprendendo a não suspender ou adiar uma crise ou decisão a fim de
assegurar minha própria segurança, ou divisão entre eu e a situação problema.
 ·Estou aprendendo quando é hora de mudar o que posso e quando é hora de deixar
algo Acontecer
 Estou aprendendo a superar a minha negação e a enxergar as coisas que julgo
dolorosas demais para serem vistas.
 Estou aprendendo a questionar a minha família de origem e averiguar a maneira
doentia com a qual reagi a eles.
 Estou aprendendo a reconhecer e a não me deixar influenciar pelas mensagens
negativas e autodestrutivas do meu passado.
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 Estou aprendendo a não me orgulhar da minha insana capacidade de me privar ou
abafar meus sentimentos.
 ·Estou por opção própria e de maneira consciente, iniciando o meu trabalho de
tristeza, ou seja, começando a sentir toda dor e tristeza que durante tanto tempo
vinha me esforçando para evitar.
 Estou aprendendo a ter compaixão pelas pessoas, ser solidário, mas sem me
envolver com elas (assumir suas responsabilidades).
 Não estou mais congelando minhas emoções e sentimentos.
 Já não estou mais me entregando a todos os meus desejos e caprichos; a disciplina
encontrou lugar em minha vida.
 Estou tendo a certeza de que cuidar de mim mesmo é o melhor para todos e que o
posso fazer. O que não posso, Deus o fará.
 Estou aprendendo a ter mais confiança na minha capacidade de solucionar os meus
problemas.
Estou desenvolvendo a cada dia que passa, um ouvido mais aguçado para
identificar as mensagens interiores de auto-sabotagem.
 Estou aprendendo a me dar crédito.
 Estou aprendendo a respeitar e amar a mim mesmo. Estou aprendendo também, a
amar os outros e a permitir que me amem de formas saudáveis que me fazem bem.
 Estou seguindo o programa de 12 Passos de MADA e me relacionando com amigos
verdadeiros, saudáveis e apoiadores.
 Estou aprendendo que não cabe aos meus companheiros de grupo, aprovar ou não
a maneira como faço a minha recuperação. Estou aprendendo a colocar os
princípios acima das personalidades.
 Estou aprendendo a me fixar em conceitos como: honestidade, aceitação, cuidado,
afirmação, aprovação, fortalecimento e amor.
 Estou aprendendo conhecer e lidar com os meus padrões de autonegligência.
 Estou aprendendo a lidar com a minha "vergonha tóxica". Estou trabalhando a
minha vergonha. Estou trabalhando em mudar o que acredito sobre mim mesmo, e
meu direito de possuir coisas boas.
 Estou aprendendo a mudar de um sistema baseado na vergonha para um de amor-
próprio e aceitação.
 Estou expondo a minha vergonha e tratando-a como um sentimento, procurando
localizar as suas raízes.

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 Estou aprendendo a não permitir que a vergonha me impeça de fazer escolhas
saudáveis.
 Estou aprendendo que sou o que sou, e sou o bastante, apesar de meu passado, de
meu presente, de meu futuro, de minhas fraquezas, de minhas fobias, de meus
erros e de minha humanidade.
 Estou aprendendo a não fugir da dor, pois as cicatrizes da dor se transformam na
capacidade de amar e ser amado.
 Estou aprendendo a praticar a gratidão.

RECUPERAÇÃO

O crescimento é a essência de toda criatura vivente. Nossa vida é como uma árvore
que cresce. Vivemos quando nos dedicamos integralmente a um trabalho, quando há
pessoas formidáveis que nos convidam a compartilhar com elas suas vidas, quando
crescemos espiritualmente, quando nos renovamos ao lado delas, quando nos transmitem
uma onda de energia que nos impulsiona a seguir adiante, nos incentivando a cultivar o
que somos e o que podemos vir a ser. Elas podem converter uma situação tediosa numa
aventura, o trabalho excessivo em oportunidades e os estranhos em amigos.
“Não podemos nos DAR ao luxo de derramar lágrimas pelo que poderíamos ter
sido. Temos que converter lágrimas em suor, na medida em que avançamos para o que
podemos vir a ser”.
Esta entrega, entusiasmada e amorosa pela vida, fará com que nosso olhar brilhe;
nosso andar seja garboso e fará com que as rugas de nossa alma se desfaçam.
Respeitar-se significa fixar normas próprias e não se comparar com os demais.
Não se trata de ser melhor do que os outros. O respeito e a integridade exigem ser melhor
do que você mesmo pensava que poderia ser.
O segredo do respeito por si mesmo é traçar UM PLANO DE AÇÃO, baseado no
que é correto ao invés do que é vantajoso, e não se afastar dele, apesar das críticas dos
outros. Se fracassar, não se recrimine. Continue a tentar: da próxima vez você se sairá
melhor.
Faça as coisas com calma. Seguramente, isto lhe dará paz mental.

REFLEXÃO:

 Que fiz hoje por minha recuperação?


74
 Como quero estar daqui a 6 meses?
 O que estou fazendo para consegui-lo?
 Que tipo de mulher posso chegar a ser?
 Que tipo de pessoas escolho para estarem ao meu lado?
 Comparo minha recuperação com a das outras?
 Recebo críticas ou comentários a respeito de minha mudança? As pessoas a
percebem?
 Porque quero acelerar o meu processo de recuperação?
Chegar à sobriedade é um processo e não um ato.

LISTA DE LIVROS PARA AS RECÉM-CHEGADAS AO GRUPO MADA

Além de nossa literatura dos 12 Passos, das 12 Tradições, dos Lemas e dos Conceitos e de
participar das reuniões, nossa sugestão é você ler alguns livros que tratam da co-
dependência, que é essa “doença” que afeta as MULHERES QUE AMAM DEMAIS:
- "Mulheres que Amam Demais", de Robin Norwood, da Editora ARX, o livro que deu
origem ao tratamento de tantas mulheres em todo o Brasil; e, da mesma autora,
- "Meditações Diárias para Mulheres que Amam Demais" e "Por que Eu, Por que Isso, Por
que Agora?", da Editora Mandarim;
- “Co-dependência Nunca Mais” e “Para Além da Co-dependência” de Melody Beattie, da
Editora Record; e da mesma autora, "A Linguagem da Liberdade" e "Pare de se Maltratar”;
- “Amores Obsessivos”, de Susan Forward e Craig Buck, da Editora Rocco;
- “Será que existe Amor Feliz?” e “Pai Ausente, Filho Carente” de Guy Corneau,
da Editora Campus;
- "Enfrentando a Codependencia Afetiva", de Pia Mellody, Editora Rosa dos Tempos;
- “Volta ao Lar” e “A Criação do Amor” de John Bradshaw, da Editora Rocco;
“A trilha menos percorrida” de M. Scott Peck, da Editora Imago;
“Um Suave Caminho ao Longo dos 12 Passos”, de Patrick Carnes, Editora Madras;
Também qualquer livro do Padre Haroldo Rahm, como “O Caminho da Sobriedade”,
e "Doze Passos para o Cristão", Ed. Loyola,
- assim como toda a literatura dos Grupos Anônimos desde Alcoólicos Anônimos
passando por Neuróticos Anônimos entre outros, que só são vendidos nas próprias salas;
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- “O Que toda Mulher Inteligente Deve Saber”, de Steven Carter e Julia Sokol, da Editora
Sextante;
- “Eu Faço Tudo Por Você”, de Sandra Maia, Editora Celebris;
- "Você Está Disponível?: Um Caminho para o Amor Pleno" , de Sandra Maia, Editora
Celebris.

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