Você está na página 1de 2

Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense


Data: 14/12/2016
Profº. Lilia
Alunos: Diego Escobar Alves Período: 2016.1

Doenças
Os germes trazidos pelo homem branco vieram a se tornar os principais responsáveis
pela devastação no Novo Mundo (América e Australásia), visto que sua taxa de reprodução
chegava a dobrar a cada vinte minutos fazendo superar qualquer imigrante. Devido a
contaminação em “território virgem” (lugar onde as pessoas nunca tiveram contato com a
doença), garantiu sua eficiente proliferação. Já que a sociedade local não teve tempo e nem
chances de desenvolver anticorpos para tal.
Como foi a varíola (infecção que, geralmente, contamina pela respiração, por parte do
portador, apresenta o aparecimento de pústulas e uma alta taxa de mortalidade) na Ilha de
Hispaniola, por volta de 1519, que exterminou cerca de um terço ou metade dos arauaques,
chegando a Porto Rico. Passando de Cuba para México, onde com Cortés ajudou a dizimar
boa parcela dos astecas e se adiantou dos conquistadores e apareceu no Peru,
contaminando o povo Inca. E talvez, até chegando nas Neo-Europas americanas, devido a
permuta feita entre os canoeiros da tribo calusa que costumavam ir da Flórida a Cuba e
também se alastrando de povos que habitavam a orla do Golfo do México, região comum à
doença, até áreas densamente povoadas onde hoje se encontra o Sudeste dos Estados
Unidos. Além de aparecer na Austrália, aproximadamente em 1790, região do rio da Prata,
nas estepes do Sul, na América do Sul, e adjacentes.
A exportação de doenças infecciosas se manteve de forma unilateral e unidirecional
favorecendo as conquistas europeias, mesmo com as doenças do Novo Mundo saindo de
seu território, como a sífilis venérea, a ningua e o mal de Carrion e Chagas, pois nenhuma
dessas fez com que diminuísse bruscamente o crescimento populacional do Velho Mundo.
Tais benefícios dos invasores europeus se somaram como vantagem na conquista perante
os povos do Novo Mundo.
Ventos
Os europeus com o objetivo de ir além-mar necessitavam de cinco casualidades. Uma
intensa vontade de realizar aventuras imperialistas ultramar, seria a primeira. Os outros
eventos pertenciam a natureza tecnológica. Segundo, necessitavam de embarcações
grandes, rápidas e fáceis de manobrar, para transporte de cargas valiosas e pessoas à
grandes distâncias. Precisavam de equipamentos e técnicas capazes de achar caminhos
através dos oceanos, sem terra à vista por semanas ou mesmo meses. Quarto, precisavam
de armamentos portáteis e que intimidassem os nativos do além-mar. E por último, se
tornava indispensável um fonte de energia que impulsionasse as embarcações pelos
oceanos. A resposta para este foi o vento.
A maior parte dos pré-requisitos mencionados foram cumpridos em meados de 1490. O
problema ainda não resolvido era o vento, pois que, ninguém sabia as direções que este
soprava, com exceção no Oceano Índico. Mesmo este sendo grande o bastante para se
perder, podia ser estudo por terra, obedecia o fenômeno das monções e seus três lados
eram cercado por terras. Mas a aplicação desse conhecimento em outros oceanos não teria
o mesmo sucesso. O que explicaria a inferioridade dos nativos dessa região perante os
navegadores europeus.
O processo de navegação em águas além de Gibraltar se deu de maneira gradual.
Começou pelos arquipélagos das Canárias e dos Açores e que incluía o grupo da Madeira,
onde se começou a desenvolver a estratégia de “volta do mar”. Após, no século XV, os
navegadores portugueses desceram a costa da África. Bartolomeu Dias, chegou às bordas
do oceano Índico. Este utilizou da técnica da “volta” e informou a Portugal como funcionava
o oceano Atlântico Sul, do mesmo modo que o Norte, só que de cabeça para baixo.
Colombo utilizou a mesma técnica, que Bartolomeu para voltar das Américas, onde tinha
chegado por engano em 1492, já que seu objetivo era a Ásia.
Vasco da Gama, deixou Lisboa com sua frota em 1497, enfrentou calmarias, o tempo
instável do golfo da Guiné e os ventos alísios adversos do sudeste, circundou o Cabo da
Boa Esperança na virada de ano e chegou à Índia em maio com a ajuda de um especialista
(presentiado pelo chefe de Melinde, atual Quênia) em como funcionava o oceano Índico.
Embora não tenha aguentado até o fim da viagem, mas os sobreviventes da tripulação
sim, Fernão Magalhães juntou todas lições antes aprendidas por Bartolomeu Dias, Cristóvão
Colombo, Vasco da Gama e pelos antigos navegadores do Mediterrâneo, Atlântico e da
Ásia, e deixou o porto de San Lucar, na Espanha, em 1519, com objetivo de completar a
circunavegação pelo mundo. E na volta, tais tripulantes traziam algo mais importante do que
as especiarias, era o conhecimento sobre os ventos e as correntes marinhas que agiam em
cada oceano no mundo.
Em 1522, os europeus detinham uma razoável visão de como funcionava os ventos
oceânicos no mundo. ”Agora era implementar, consolidar, construir impérios e, em geral
ganhar dinheiro com o que os navegadores tinham aprendido. Isso significava comerciar, e
exigia viagens de ida e volta pelos oceanos” (​Crosby, 1993, pg.119).

Você também pode gostar