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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA E DIDÁCTICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE FIM DO CURSO PARA OBTENÇÃO


DO GRAU DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA E DIDÁCTICA

TÍTULO: ESTRATÉGIA DIDÁCTICA PARA MELHORAR A ESCRITA NOS ALUNOS


DA 6ª CLASSE NA ESCOLA Nº 7 COMUNA DE CAMBUENGO – MUNGO

Autor: Paulo Numa

Nº 171400247

4º Ano

Regime: T/E

Huambo, Outubro – 2018


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO SOL NASCENTE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS HUMANAS

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA E DIDÁCTICA

COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE FIM DO CURSO PARA OBTENÇÃO


DO GRAU DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA E DIDÁCTICA

TÍTULO: ESTRATÉGIA DIDÁCTICA PARA MELHORAR A ESCRITA NOS ALUNOS


DA 6ª CLASSE NA ESCOLA Nº 7 COMUNA DE CAMBUENGO – MUNGO

Autor: Paulo Numa


Nº 171400247
Curso: Psicologia e Didáctica
4º Ano
Regime: T/E

Orientador
_____________________________
Ph.D. António Mendes Sambalundo

Huambo, Outubro – 2018


AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus Pai Todo Poderoso que pela sua bondade infinita
tem estado ao meu lado mesmo não merecendo a sua atenção e que está comigo
todos os momentos da minha vida.

O meu pessoal agradecimentos vai para os inesquecíveis saudosos pais que já não
estão entre nós Avelino Tchilongafeka Numa e Anastásia Chicondo, e pelo sinal terem
me deixado como primeiro órfão na idade infantil e tenho fé e sonho no orizonte para
triunfar os desafios académicos.

Com todo respeito e toda consideração consigno meus agradecimentos em primeiro


lugar aos meus confrades entidades do corpo docente do Instituto Superior Politécnico
Sol nascente do Huambo e de modo particular o Professor Mestre Dr. António Mendes
Sambalundo pela preciosa disponibilidade de horas incomensuráveis para a
orientação deste trabalho.
Agradeço comovido a Drª Dulce Inaculo de Sousa pela sua disponibilidade e
dedicação tendo em conta as boas maneiras de ensino.

Dirijo os meus agradecimentos ao Dr. Samuel Ladislau Epalanga Coordenar da


Disciplina, pelos esforços titânicos que dispensou para mim sem reservas.

Um grato de reconhecimento a Drª Odeth Chambula Chilala pela sua vontade e


paciência que tudo dedicou para minha formação.

Exprimo e agradeço ao Dr. Francisco Calvino Catengue pelo Vosso sentido de ensino
e métodos.

Dirijo o meu sincero agradecimento ao Professor Dr. Adelino Sanjombe por toda a
atenção dispensada pra mim.

Agradeço ao Professor Agnaldo Jonas líder mobilizador e sensibilizador da instituição.

A vida dos homens na terra é a prática e a prática é o critério da verdade!

A Todos o meu muito Obrigado!


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família, especialmente a minha esposa, filhos e a


todas as pessoas, as quais de humano só resta a vida.
RESUMO

A aquisição de linguagem escrita, quando deficitária, implica em problemas na escrita,


aspecto que se reflete na capacidade do aluno de interpretar e produzir textos; e esse
é um problema que afeta o aproveitamento em todas as disciplinas em diferentes
regiões do mundo, África, Angola, em particular na Província do Huambo, com ênfase
na escola nº 7 Comuna do Camuengo e exige por parte do professor de Língua
Portuguesa e não só, uma intervenção pedagógica voltada a intervir no processo
ensino aprendizagem para diminuir as dificuldades apresentadas pelos alunos nesse
campo; e essa é a linha de acção adotada por mim para o desenvolvimento dos
trabalhos. O presente estudo tem como objectivo determinar as causas das
dificuldades da escrita, bem como descrever as suas causas com vista a colmatar as
dificuldades da mesma; Utilizar-se-á a metodologia quantitativa baseada num estudo
descritivo. É, assim, atribuição da escola fazer com que os alunos tenham acesso a
uma aprendizagem mais significativa, traçando estratégias que promovam a melhoria
da expressão escrita e que contribuam para a resolução das dificuldades que os
alunos enfrentam quando escrevem um texto. A escola reveste-se de grande
responsabilidade ao manter e controlar a aprendizagem e ao superar a crise que se
atravessa relativamente à expressão escrita dos alunos. Com este estudo pretende-
se construir uma linha de reflexão sobre o acto de escrever. A partir das dificuldades
dos alunos, é nossa intenção contribuir para uma melhoria na escrita nos alunos da
6ª classe na escola nº 7 comuna de Canbuengo – Mungo, e que haja estratégias para
implementação de estratégias didácticas com vista a melhoria da escrita nos alunos.

Palavras-chave: estratégia, escrita; ensino; língua portuguesa.


ÍNDICE

INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 1

IDEIA A DEFENDER ............................................................................................................. 2

CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 3

1.1- O ENSINO DA ESCRITA: DIFERENTES CONTEXTOS, DIFERENTES MÉTODOS


....................................................................................................................................... 3

1.2- O ENSINO DA ESCRITA ......................................................................................... 3

1.3- ENSINO DA ESCRITA E INVESTIGAÇÃO SOBRE ESCRITA ................................ 4

1.4- MODELOS PROCESSUAIS DE ESCRITA E PERFIS DE ESCRITORES ............... 4

1.5- ALGUMAS SUGESTÕES PEDAGÓGICO-DIDÁCTICAS PARA O ENSINO DA


ESCRITA ........................................................................................................................ 5

CAPITULO II – METODOLOGIA UTILIZADA ........................................................................ 6

CAPITULO III – ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS ............................................... 8

3.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO .................................................. 8

3.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES ......................... 8

3.3 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS ALUNOS ....................................... 9

CONCLUSÕES.................................................................................................................... 10

RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................... 11

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 12

ANEXOS.............................................................................................................................. 13
INTRODUÇÃO

A investigação é um trabalho científico que pressupõe a acção do individuo, buscando


conhecimentos. Ela é a ciência com tratados de leis, princípios, métodos e suas
regularidades. É um procedimento reflexivo e crítico de busca de soluções ou
respostas para problemas por solucionar.

Durante a rotina escolar o professor desenvolve uma série de actividades, chama


atenção o papel da produção da escrita para revolucionar a vida do aluno e deve ser
concedida como o sustentáculo da disciplina na qual ela se apresenta como
obrigatória e que sem ensino deve ser conduzido a partir de pressupostos teóricos
coerentes com entendimento da língua como veículo de interação social. (BARBEIRO
& PEREIRA, 2007)

Os objectivos que norteiam este estudo sobre a estratégia didática da escrita de


palavras isoladas são, por um lado, a identificação das vias privilegiadas de produção
da escrita e das estratégias mobilizadas pelos alunos que permitem caracterizar a
fase de aquisição/desenvolvimento de escrita em que estes se encontram;

A escolha do tema deste trabalho resulta de um facto observado no decorrer da prática


pedagógica, pois apesar de se afirmar a urgência de uma intervenção mais reflexiva
no ensino da escrita em contexto sala de aula, tendo em conta as muitas dificuldades
de expressão dos alunos, a verdade é que a escola nem sempre consegue dar uma
resposta eficaz a essas dificuldades. O estudo, foi realizado com base uma pesquisa
bibliográfica apresentada na fundamentação teórica com as diversas contribuições de
vários autores e a pesquisa de campo através de questionários, entrevistas escritas e
orais aos professores, encarregados de educação e em alguns alunos que permitiu
obter dados concretos.

PROBLEMA CIENTÍFICO

Quais são as causas das dificuldades da escrita nos alunos da 6ª classe na Escola
nº7, Comuna de Canbuengo – Mungo?

1
OBJECTIVOS
Geral
 Determinar as causas das dificuldades da escrita nos alunos da 6ª classe na
Escola nº7, Comuna de Canbuengo – Mungo;
Específicos
 Fundamentar teoricamente as causas da dificuldade da escrita;
 Identificar o estado actual da escrita nos alunos da 6ª classe na escola nº 7,
Comuna de Canbuengo – Mungo;
 Descrever as causas da dificuldade da escrita nos alunos da 6ª classe na
escola nº 7, Comuna de Canbuengo – Mungo.

OBJECTO DE ESTUDO

Dificuldades da escrita.

CAMPO DE ACÇÃO

As causas da dificuldade da escrita nos alunos da 6ª Classe na escola nº 7, Comuna


de Canbuengo – Mungo.

IDEIA A DEFENDER

 A má preparação dos alunos nos anos anteriores.


 Preparação deficiente dos professores;
 A falta do material didáctico;
 O não hábito das cópias;
 A influência da monodocência;
 A má prestação da atenção individual;
 O nº elevado de alunos em cada turma.

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CAPITULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1- O ENSINO DA ESCRITA: DIFERENTES CONTEXTOS, DIFERENTES
MÉTODOS

1.1.1-Escrever

Escrever é uma exigência da sociedade e os membros dessa sociedade deverão


corresponder a tal exigência demonstrando as suas capacidades de escrita. O acto
de escrever implica um processo longo e lento e, por isso, é necessário vislumbrar a
escrita como objecto de estudo desde o início da escolaridade de todos os
escreventes. As competências de escrita, contrariamente às competências da
oralidade que se desenvolvem desde cedo, são adquiridas e desenvolvidas, de modo
particular, a partir do momento em que nos encontramos num contexto escolar.
(AMOR, 2001).

Segundo BARBEIRO, (2005, p.30), a escrita é uma actividade dotada de significativa


complexidade, uma vez que, além de ela atrelar-se a fatores de ordem linguística,
cognitiva e social, sua prática é feita, normalmente, em um contexto marcado por
conflitos políticos e pedagógicos. Escrever não se limita a uma montagem mecânica
de peças, segundo uma ordem pré-determinada. Mesmo quando activado um modelo
ou esquema organizativo, continua a ser necessário considerar aspectos particulares
ligados à adequação a finalidades, destinatários, contexto social em que se encontram
quem escreve e quem lerá o texto.

1.2- O ENSINO DA ESCRITA

É comum que alunos, inseridos em qualquer nível de escolarização, avaliem o


processo de escrita como “árduo”, “trabalhoso”, “difícil”, “penoso” é mais comum,
principalmente, entre os primeiros. Essa avaliação é compreensível, na medida em
que se produzir textos escritos, é preciso levar em conta:

i) A necessidade de mobilização de uma série de conhecimentos e habilidades


relacionadas não somente à escrita em si, mas também à leitura;
ii) Que o sujeito em processo de ensino-aprendizagem se encontra numa situação
“tipificante” da escrita, em que, muitas vezes, o contexto de produção é artificial,
o destinatário é imutável e o resultado do processo de escrita, ou seja, o texto,
tem de se encaixar em modelos (pré) definidos pelo contexto no qual o produtor
se insere.

3
É preciso considerar ainda que os textos não são produzidos como são qualquer outro
produto que, por mais trabalhoso que seja, a partir da produção de um exemplar é
possível produzir tantos outros quantos forem necessários. (CHAROLLES, 1988).

1.3- ENSINO DA ESCRITA E INVESTIGAÇÃO SOBRE ESCRITA


O ensino da escrita não se circunscreve ao momento inicial da sua aprendizagem,
correspondente ao domínio de uma técnica e à mecanização de procedimentos típicos
da fase inicial de escolarização, que tem início no pré-escolar e nos primeiros anos do
primeiro ciclo. (BARBEIRO & PEREIRA, 2007).

1.4- MODELOS PROCESSUAIS DE ESCRITA E PERFIS DE ESCRITORES


Em traços gerais, para caracterizar modelos de ensino da escrita centrados no
processo, Grabe e Kaplan (1986, p.87) reconhecem nestes modelos algumas linhas
de orientação comuns, como a importância da contextualização da actividade de
escrita, que deve ser orientada para um fim, fazer sentido e interessar ao aprendente.
Além disso, a vertente expressiva, em oposição à anulação da voz do autor, é
valorizada, a par da criação de situações de divulgação dos escritos dos alunos, para
que a noção de público-alvo não se limite à pessoa do professor.
Complementarmente, é fundamental o trabalho de desenvolvimento da metacognição
sobre os diferentes níveis envolvidos no processo de escrita. (CARVALHO J. A.,
1999).

Os resultados desta investigação decorrem da análise de dados experimentais, muitos


obtidos através de protocolos de análise da escrita e da actividade dos escritores, e
permitiram alcançar conclusões com repercussões muito fortes no modo de conceber
o ensino da escrita. Provavelmente, o trabalho mais amplamente reconhecido é a
investigação que originou os modelos de representação do processo cognitivo (e
social) de escrita de HAYES E FLOWER (1980), a partir da qual se estabeleceu que:

(I) Os processos activados na composição escrita não são lineares, mas


interactivos e, provavelmente, simultâneos;
(II) A escrita é uma actividade dirigida para um fim;
(III) Escritores menos experientes e escritores experientes escrevem de forma
diferente.
A escrita alfabética exigem um ensino explícito. Vários factores podem determinar a
maior ou menor facilidade em aceder ao princípio alfabético, nomeadamente o
ambiente sociocultural em que a criança está integrada, a riqueza e frequência das

4
suas interações com livros e com a escrita em geral, o grau de consciência fonológica,
as características do sistema de escrita que tem de aprender. (Vale, 1999: 78).

1.5- ALGUMAS SUGESTÕES PEDAGÓGICO-DIDÁCTICAS PARA O ENSINO DA


ESCRITA
Este capítulo, para além de se referir à importância das estratégias de aprendizagem
da expressão escrita, pretende sugerir algumas estratégias/actividades que poderão
contribuir para o processo de ensino-aprendizagem da escrita. Para criar
estratégias/actividades no âmbito da didáctica da escrita, há que ter em consideração
o aluno e respeitar o seu ritmo de aprendizagem, de modo a não saturá-lo e obter
resultados não desejáveis. As estratégias deverão ser diversificadas, facilitadoras da
aprendizagem da escrita e deverão, também, fomentar o gosto pelo acto de escrever.
Sugerimos, assim, práticas para o envolvimento dos alunos no acto de escrever e nos
de corrigir e avaliar. (AMOR, 2001).

Em situação pedagógica, cabe ao professor o papel de interlocutor, animador e criador


de situações para melhorar a escrita, integrando-a em projectos funcionais e
investidos de significação, para o aluno, como por exemplo, promover a participação
no jornal da escola, promover intercâmbios entre as turmas ou escolas. A escrita deve
ser, assim, motivada com a produção de textos para publicação, em murais da escola
ou noutros meios a que os alunos atribuam algum significado para desenvolver as
suas produções. Professor deve criar, também, situações em que a produção de
textos se revele uma tarefa agradável e que leve o aluno a perceber a importância de
planificar, escrever e rever, podendo realizar actividades de reescrita. Assim sendo,
deverão ser promovidas diferentes estratégias e actividades que se insiram nos
diferentes subprocessos, de forma a enriquecer o processo de construção do próprio
texto. (PEREIRA, 2000).

Por fim a melhor forma de adquirir ou melhorar as habilidades escritas é através da


prática da escrita, nas suas diferentes modalidades. O ensino da escrita deverá ser
uma preocupação real pelas implicações que o seu domínio possui na própria
aquisição de conhecimentos e na construção do saber. Assim, propõe-se um percurso
de reflexão e de sugestões de estratégias orientadas para uma aprendizagem
autónoma de competência textual, através de práticas que incidam sobre o processo
de escrita.

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CAPITULO II – METODOLOGIA UTILIZADA

Assim sendo, será feita uma abordagem que busca analisar vários textos com o
objectivo de verificar a ocorrência das dificuldades dos alunos em contexto escolar.
Os dados para análise foram recolhidos a partir de textos produzidos pelos alunos, da
escola nº 7, nos alunos da 6ª classe Comuna do Canbuengo.

Sendo assim, no presente estudo, utilizei a metodologia qualitativa baseada num


estudo descritivo na escola nº 7, nos alunos da 6ª classe Comuna do Canbuengo.

Estudo descritivo: são estudos em que a exposição ao factor ou causa está presente
ao efeito no mesmo momento ou intervalo de tempo analisado. É uma das
classificações da pesquisa científica, na qual seu objectivo é descrever as
características de uma população, um fenómeno ou experiência para o estudo
realizado. (DEMO, 1995).

MODELO DE INVESTIGAÇÃO

Para a concretização deste estudo, optou-se por uma pesquisa qualitativa do tipo
descritivo por ser esta a abordagem a que melhor se adapta aos objetivos pretendidos.

TIPO DE INVESTIGAÇÃO
Para este estudo utilizou-se a pesquisa descritiva, com vista a descrever os factos
observados, por meio de entrevista, questionário

POPULAÇÃO

Alunos com dificuldades de escrita na escola nº 7 Comuna de Cambuengo – Mungo

AMOSTRA

Alunos, da Turma nº1 escola nº 7 Comuna de Canbuengo – Mungo

TIPO DE AMOSTRA

Optou-se por uma amostra intencional, escolhendo casos para a mostra que
representam uma boa avaliação do universo. Onde: temos o total da mostra
seleccionada vezes 100% dividido pelo universo: 51*100%/251= 20%.

CRITÉRIOS DE AMOSTRAGEM

No presente estudo definiu-se que a população é constituída pelos profissionais da


educação alunos e encarregados de educação. E a amostra é o grupo representante
dos profissionais da escola em referência que optamos por estudar. Quanto à

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dimensão e selecção da amostra, foi definida a participação de 4 profissionais, 47
alunos, selecionados de acordo com critérios de adequação, representatividade e
número adequado de participantes extraídos de um universo total igual a 251.

Com objetivos de garantir qualidade nas informações, optou-se por reunir sujeitos
representantes da escola que fossem capazes de avaliar e fornecer as informações
que concernem as causas das dificuldades da escrita nos alunos da 6ª classe na
Escola nº7, Comuna de Canbuengo – Mungo;

MÉTODOS UTILIZADOS

Como uma propriedade do método qualitativo, este trabalho configura-se como um


estudo de caso, como uma investigação teórica/empírica que estuda um fenómeno
contemporâneo dentro de seu contexto específico da vida real.

O estudo de caso costuma ser útil para estudar os fenómenos dentro do seu ambiente
natural de ocorrência, permitindo a captação de particularidades ou detalhes
específicos do ambiente estudado, que pode variar na quantidade tanto de locais
quanto de sujeitos participantes (Ludke & André, 1986).

7
CAPITULO III – ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS
3.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA OBSERVAÇÃO
Para uma boa compreensão do estudo considerou-se necessário a exposição das
variáveis sociodemográficas dos participantes e dos dados referentes a dificuldade da
escrita nos alunos da 6ª classe da Escola nº 7 Comuna de Canbuengo – Mungo.
Nome: P.M Idade: 35 Nível académico: 11ª Classe
Nome: E. C. Ng. Idade: 29 Nível Académico: 12ª Classe
Nome: J. K. U. U Idade: 27 Nível Académico: 11ª Classe
Nome: M. U Idade: 32 Nível Académico: 11ª Classe

3.2 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES


Tabela nº 1
Variáveis Sim Não %
M F Tot. M F Tot. Sim Não
A preparação dos anos anterior por parte dos 3 0 3 0 1 1 75% 25%
alunos contribui na mal escrita dos mesmos?
A falta do material didático influencia a mal 3 1 4 0 0 0 100% 0%
escrita dos alunos?
Têm incentivado os alunos de forma que os 3 1 4 0 0 0 100% 0%
mesmos criem hábito de cópias?
Quantos de seus alunos Todos? 0 0 0 0 0 0 0 0
apresentam interesse pela
Alguns? 3 1 4 0 0 0 100% 0%
produção de textos e o fazem de
forma contextualizada e
significativa?
Quanto à participação dos Todos? 0 0 0 0 0 0 0 0
encarregados na escola, quantos
participam? Alguns? 3 1 4 0 0 0 100% 0%
Tem prestado atenção individualizada de 2 1 3 1 0 1 75% 25%
modo a minimizar o problema de escrita?
O número elevado de alunos em cada turma 3 1 4 0 0 0 100% 0%
tem contribuído na dificuldade escrita dos
mesmos?
Os dados aqui apresentados quantos as causas das dificuldades da escrita nos alunos
da 6ª Classe na escola nº 7, Comuna de Canbuengo – Mungo, feito aos profissionais
de educação entrevistados/questionados, remete-nos a refletir que houve uma grande
representação dos profissionais que afirmaram que muitos sãos os factores que que
condicionam a dificuldade da escrita desde a falta de material didáctico, a não
participação dos encarregados de educação, entre outros factores inerentes ao
problema em causa. Com isso o professor tem de usufruir conhecimentos que se sabe
serem decisivos, tanto para identificar e aclarar as dificuldades dos alunos quando
escrevem.

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3.3 ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO DIRIGIDO AOS ALUNOS
Tabela nº 2
Variáveis Sim Não %
M F Tot. M F Tot. Sim Não
Tem sido orientado continuamente a 7 10 17 13 17 30 7% 12%
fazer cópias?
Têm tido avaliações contínuas dessas 5 4 9 15 23 38 4% 15%
cópias?
Têm material didáctico de caligrafia? 0 0 0 20 27 47 0% 19%

Os resultados encontrado na tabela mostra que existe uma maioria de alunos que
afirmam ou alegam ter diversos problemas que condicionam a dificuldade da escrita
naquela escola, desde a ausência do material didático, falta de avaliações contínuas
das cópias e a quase não existência de orientações contínuas aos alunos para
elaboração de cópias. O que nos leva a entender que as dificuldades da escrita estão
na base de vários factores, com os factores educacionais didácticos são essenciais
para dar suporte aos problemas que o aluno enfrenta no seu quotidiano.

9
CONCLUSÕES

Nesta investigação procurámos compreender as dificuldades da escrita, assim como


diferentes factores determinantes que estão na base dos problemas da escrita nos
alunos da 6ª classe da Escola nº7 Comuna de Canbuengo – Mungo. Esta investigação
surgiu da necessidade de compreender as dificuldades da produção escrita, de formas
a criar ou implementar vias / estratégias mobilizadas no processamento das
representações lexicais que permitem a transformação de um estímulo fonológico em
expressão escrita.

Verificou-se que as dificuldades de aprendizagem da escrita são ocasionadas por


factores relacionados diretamente com o ambiente familiar desestruturado, condições
precárias de vida, insucesso social, cultural, problemas emocionais e condições de
saúde.

Neste contexto e sabendo que o saber escrever constitui um saber fazer de tal modo
complexo que a sua didactização implica a articulação de vários referentes teóricos,
a formação para essa didactização torna-se particularmente dedicada.

Para que esse problema seja ultrapassado existem vias ou metas que podem ser
estabelecidas a fim de melhorar ou mesmo dar fim a estas dificuldades, sendo assim,
o professor tem de possuir conhecimentos que se sabe serem determinantes, tanto
para identificar e explicitar as dificuldades dos alunos quando escrevem, como para
montar dispositivos racionais e orientados por princípios objectivados e em que, por
isso, as opções tomadas advenham fundamentalmente de um forte conhecimento dos
textos.

Por fim, dizer que os fatores educacionais pedagógicos são essenciais para dar
suporte aos problemas que o aluno enfrenta no seu quotidiano, por isso novas
estratégias podem influenciar positivamente no desenvolvimento da criança no seu
primeiro ano escolar.

10
RECOMENDAÇÕES

Para minimizar ou dar fim aos problemas da escrita tenho as seguintes


recomendações:

Para uma aprendizagem significante fazendo jus a um olhar mais marcante, incentivar
ou criar práticas de ensino que induzam o aluno em práticas de escrita de forma
adequada e autónoma, o que facilmente o leve a aprender a escrever (criar hábito de
copias).

Que haja sessões de formação em trabalho oficial, solicitando aos formandos a


reescrita de textos autênticos de alunos no sentido de os melhorar e pondo depois em
comum as estratégias mobilizadas constituem também modos formativos que
permitem a interacção com exercícios práticos.

Adquirir material didático para implementação de estratégias didácticas com vista a


melhoria da escrita nos alunos.

Que os professores devem criar, também, situações em que a produção de textos se


revele uma tarefa agradável e que leve o aluno a perceber a importância de planificar,
escrever e rever, podendo realizar actividades de reescrita e que os mesmos utilizem
com maior frequência o material didáctico e que o aluno adquira este material e faça
o uso do mesmo.

Solicitar às entidades competentes a formação constante de professores a nível


básico, médio e superior na especialidade de Língua Portuguesa e não só de formas
a ultrapassar o problema de escrita.

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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, L. S., & Freire, T. (2003). Metodologia da investigação em psicologia e


educação. (3a ed.). Braga: Psiquilíbrios.
AMOR, E. (2001). Didáctica do Português. Fundamentos e metodologia. Lisboa :
Texto Editora.
BARBEIRO, L. F., & PEREIRA, L. A. (2007). Ensino da Escrita: A Dimensão Textual.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
BARBEIRO, L.F. (2005). Ensino da escrita e comunidade de aprendizagem. In:
CARVALHO, J.A.B. et al (Orgs.). A escrita na escola, hoje: problemas e
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CARVALHO, J. A. (1999). O Ensino da Escrita ; da teoria às práticas pedagógica.
Braga, Universidade do Minho: Instituto de Educação e Psicologia.
CARVALHO, J., BARBEIRO, L. F., & PIMENTA, J. (2005). A escrita na escola, hoje :
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CHAROLLES, M. (. (1988). Introdução aos problemas da coerência dos textos:
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palavras no Português: uma contribuição experimental. Vila Real: Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro. Tese de Doutoramento

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ANEXOS

Alunos DA 6ª Classe da Escola nº7 Comuna de Canbuengo – Mungo

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