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RQ - Direito Constitucional

Tema: Poder Executivo


01. O deputado federal Jairo propôs, no exercício de suas atribuições, projeto
de lei de grande interesse para o Poder Executivo federal. Ao perceber que o
momento político é favorável à sua aprovação, a bancada do governo pede ao
Presidente da República que, utilizando-se de suas prerrogativas, solicite
urgência (regime de urgência constitucional) para a apreciação da matéria pelo
Congresso Nacional. Em dúvida, o Presidente da República recorre ao seu
corpo jurídico, que, atendendo à sua solicitação, informa que, de acordo com o
sistema jurídico-constitucional brasileiro, o pleito da base governista

A) é viável, pois é prerrogativa do chefe do Poder Executivo solicitar o regime de


urgência constitucional em todos os projetos de lei que tramitem no Congresso
Nacional.
B) não pode ser atendido, pois o regime de urgência constitucional somente
pode ser solicitado pelo presidente da mesa de uma das casas do Congresso
Nacional.
C) viola a CRFB/88, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser
requerido pelo Presidente da República em projetos de lei de sua própria
iniciativa.
D) não pode ser atendido, pois, nos casos urgentes, o Presidente da República
deve veicular a matéria por meio de medida provisória e não solicitar que o
Legislativo aprecie a matéria em regime de urgência.
02. O Presidente da República cometeu crime comum no exercício da atividade
presidencial, procurado como advogado(a), informe que órgão seria
competente para julgar ilícito dessa natureza cometido pelo Presidente da
República:

A) pelo Supremo Tribunal Federal, após autorização da Câmara dos Deputados


por dois terços de seus membros.
B) pelo Supremo Tribunal Federal, após autorização da Senado Federal por dois
terços de seus membros.
C) pela Câmara dos Deputados, após autorização do Senado Federal por dois
terços de seus membros.
D) pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados por dois
terços de seus membros.
03. O Presidente da República, após manter áspera discussão com um de seus
irmãos, que teve por motivação assuntos relacionados à herança familiar,
efetua um disparo de arma de fogo e mata o referido parente. Abalado com o
grave fato e preocupado com as repercussões políticas em razão de sua
condição de Presidente da República, consulta seu corpo jurídico, indagando
quais as consequências do referido ato no exercício da presidência. Seus
advogados, corretamente, respondem que a solução extraída do sistema
jurídico-constitucional brasileiro é a de que

A) será imediatamente suspenso de suas funções pelo prazo de até 180 dias, se
recebida a denúncia pelo Senado Federal.
B) será imediatamente suspenso de suas funções, se a acusação for autorizada
por dois terços da Câmara dos Deputados e a denúncia recebida pelo Supremo
Tribunal Federal.
C) será criminalmente processado somente após o término do mandato, tendo
imunidade temporária à persecução penal.
D) será imediatamente suspenso de suas funções pelo prazo de até 180 dias, se
recebida a denúncia pelo Supremo Tribunal Federal.
04. Em determinado órgão integrante da administração pública federal,
vinculado ao Ministério da Fazenda, foi apurado que aproximadamente 40
(quarenta) cargos estavam vagos. O Presidente da República, mediante
decreto, delegou ao Ministro da Fazenda amplos poderes para promover a
reestruturação do aludido órgão público, inclusive com a possibilidade de
extinção dos cargos vagos. Sobre a hipótese, com fundamento na ordem
jurídico-constitucional vigente, assinale a afirmativa correta.

A) Somente mediante lei em sentido formal é admitida a criação e extinção de


funções e cargos públicos, ainda que vagos; logo, o decreto presidencial é
inconstitucional por ofensa ao princípio da reserva legal.
B) A Constituição de 1988 atribui exclusivamente ao Presidente da República a
possibilidade de, mediante decreto, dispor sobre a extinção de funções ou
cargos públicos, não admitindo que tal competência seja delegada aos Ministros
de Estado.
C) O referido decreto presidencial se harmoniza com o texto constitucional, uma
vez que o Presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a
extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, sendo permitida a
delegação dessa competência aos Ministros de Estado.
D) A Constituição de 1988 não permite que cargos públicos legalmente criados,
ainda que vagos, sejam extintos, ressalvada a excepcional hipótese de excesso
de gastos orçamentários com pessoal; portanto, o Decreto presidencial é
inconstitucional.
05. Manifestantes, inflamados por grupos oposicionistas, começam a depredar
órgãos públicos locais, bem como invadem e saqueiam estabelecimentos
comerciais, situação que foge do controle das forças de segurança do
Município Delta. Diante do quadro de evidente instabilidade social, o
Presidente da República, por Decreto, institui o estado de defesa no Município
Delta por prazo indeterminado, até que seja restaurada a ordem pública e a
paz social. No Decreto, ainda são fixadas restrições aos direitos de reunião e
ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica. Acerca do caso
apresentado, assinale a afirmativa correta.

A) O decreto é formalmente inconstitucional, porque o Presidente da República


somente poderia decretar medida tão drástica mediante lei previamente
aprovada em ambas as casas do Congresso Nacional.
B) O decreto presidencial, na forma enunciada, não apresenta qualquer vício de
inconstitucionalidade, sendo assegurada, pelo texto constitucional, a
possibilidade de o Presidente da República determinar, por prazo
indeterminado, restrições aos referidos direitos.
C) Durante o estado de defesa, podem ser estabelecidas restrições aos direitos
de reunião e ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, mas o
referido decreto não poderia estender-se por prazo indeterminado, estando em
desconformidade com a ordem constitucional.
D) Ao decretar a medida, o Chefe do Poder Executivo não poderia adotar
medidas de restrição ao sigilo de correspondência e comunicação telefônica, o
que denota que o decreto é materialmente inconstitucional.
06. O Presidente da República descumpriu ordem judicial, emanada de
autoridade competente, impondo à União o pagamento de vantagens
atrasadas, devidas aos servidores públicos federais ativos e inativos. A
Advocacia Geral da União argumentava que a mora era justificável por conta
da ausência de previsão de recursos públicos em lei orçamentária específica.
Apesar disso, um grupo de parlamentares, entendeu ter ocorrido crime de
responsabilidade, procurando você para que, como advogado(a), informe que
órgão seria competente para julgar ilícito dessa natureza. Dito isto e a par da
conduta descrita, é correto afirmar que o Presidente da República deve ser
julgado
A) pelo Supremo Tribunal Federal, após autorização da Câmara dos Deputados
por dois terços de seus membros.
B) pelo Supremo Tribunal Federal, após autorização do Congresso Nacional por
dois terços de seus membros.
C) pela Câmara dos Deputados, após autorização do Senado Federal por dois
terços de seus membros.
D) pelo Senado Federal, após autorização da Câmara dos Deputados por dois
terços de seus membros.
07. Diante da seguinte afirmação: Pode o Presidente da República editar
medida provisória contrária à súmula vinculante. Consultado como advogado
constitucionalista e de acordo com posicionamento do Supremo Tribunal
Federal, tal situação é:

A) proibida, salvo demonstrada a pertinência temática e a mutação


constitucional.
B) proibida, pois a súmula vincula todos os Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário).
C) proibida, pois o Presidente estaria usurpando o poder regulamentar.
D) possível, pois o Presidente da República estaria, nesse caso, exercendo
função legislativa.
08. Projeto de lei estadual de iniciativa parlamentar concede aumento de
remuneração a servidores públicos estaduais da área da segurança e vem a ser
convertido em lei após a sanção do Governador do Estado. A referida lei é:

A) constitucional, desde que a Constituição do Estado-membro não reserve à


Chefia do Poder Executivo a iniciativa de leis que disponham sobre aumento de
remuneração de servidores públicos estaduais.
B) constitucional, em que pese o vício de iniciativa, pois a sanção do Governador
do Estado ao projeto de lei teve o condão de sanar o defeito de iniciativa.
C) inconstitucional, uma vez que os projetos de lei de iniciativa dos Deputados
Estaduais não se submetem à sanção do Governador do Estado, sob pena de
ofensa à separação de poderes.
D) inconstitucional, uma vez que são de iniciativa privativa do Governador do
Estado as leis que disponham sobre aumento de remuneração de servidores
públicos da administração direta e autárquica estadual.
GABARITO

01) C 02) A

03) C 04) C

05) C 06) D

07) D 08) D

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