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MICRONUTRIENTES
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 4
2. VITAMINAS .............................................................................................................. 4
Vitaminas Hidrossolúveis ............................................................................... 5
Vitaminas Lipossolúveis ............................................................................... 14
3. MINERAIS ............................................................................................................... 17
Macrominerais............................................................................................... 18
Microminerais ................................................................................................ 23
4. REVISÃO DA AULA ................................................................................................ 30
5. REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 31
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AULA 2

MICRONUTRIENTES

Proporcionar conhecimento sobre os micronutrientes e seu papel


fisiológico

Compreender a relação entre micronutrientes no metabolismo


energético

Identificar as vitaminas e minerais, suas funções e fontes

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1. INTRODUÇÃO

Os micronutrientes são assim designados por serem requeridos em menores


quantidades quando comparados aos macronutrientes, ou seja, em mg ou mcg (µg) por dia,
ao contrário dos macronutrientes que são requeridos em g por Kg de peso por dia. Os
micronutrientes, compreendem as vitaminas e os minerais.

2. VITAMINAS

As vitaminas são um grupo de compostos orgânicos essenciais para o funcionamento


fisiológico normal, mas que não são sintetizados endogenamente pelo organismo e, portanto,
precisam ser obtidas em pequenas quantidades dos alimentos a partir da dieta. No total, os
seres humanos necessitam de quantidades adequadas de 13 vitaminas: nove vitaminas
solúveis em água (hidrossolúveis), que compreendem a vitamina C e do complexo B que
incluem oito vitaminas: tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ácido pantotênico (B5),
vitamina B6, folato (B9) e vitamina B12, e quatro vitaminas solúveis em lipídios (lipossolúveis),
dentre elas estão as vitaminas A, D, E, K.

As vitaminas B não são agrupadas entre si com base em qualquer semelhança


estrutural química, mas sim com relação à sua solubilidade em água e às funções de
coenzima celular inter-relacionadas que elas desempenham (KENNEDY, 2016).

As vitaminas são substâncias orgânicas que não proporcionam energia, mas


participam de importantes nos processos metabólicos, especialmente na regulação das
reações químicas de produção de energia, ne síntese de substâncias e estruturas vitais
(enzimas, hormônios etc.) e degradação de compostos, sendo classificadas como
substâncias ou compostos reguladores (VIEBIG; NACIF, 2007).

O termo vitaminas é derivado das palavras - amina e vital -, pois são requeridas para
os processos vitais e inicialmente acreditava-se que eram aminas. As vitaminas são
compostos orgânicos requeridas pelo corpo em pequenas quantidades a partir da dieta. Por
sua vez, um composto orgânico é considerado uma vitamina quando a falta deste composto
desencadeia sinais e sintomas clínicos de deficiência.

As vitaminas, que são subdivididas em dois grupos, hidrossolúveis e lipossolúveis.

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Vitaminas Hidrossolúveis

Estas vitaminas compreendem as vitaminas do complexo B e a vitamina C.


Hidrossolúveis porque precisam se solubilizar ou se dissolver em meio aquoso (água) para
serem absorvidas.

a. Vitamina B1 (Tiamina)

A vitamina B1, também conhecida como Tiamina, ficou conhecida por evitar a doença
Beribéri, que provoca danos nos nervos periféricos e disfunção cardiovascular levando a: dor,
percepção sensorial prejudicada, inchaço, fraqueza e dor nos membros, falta de ar, frequência
cardíaca irregular, insuficiência cardíaca (BATES, 2007).

O Beribéri era uma doença muito comum no sudoeste asiático, em que o arroz polido
era a principal fonte alimentar da dieta. O processo de refinamento do grão elimina o farelo
que é porção externa do grão rica nesta vitamina, como pode ser observada na Figura 1.

Figura 1. Estrutura do grão de cereal e vitamina B1. 1

O requerimento de tiamina para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo masculino é de


1,2 mg por dia, enquanto que para o sexo feminino é de 1,1 mg por dia (DRIs, 2011). Entretanto
o requerimento dessa vitamina aumenta durante o crescimento, na gravidez e na lactação.

1 Fonte: WholeGrainsCouncil.Org, acesso em 25.04.2018

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A deficiência de Tiamina é difícil de se detectar porque está associada a deficiência
de outras vitaminas como B2, B3, vitamina A e C. A sua carência provoca atrofia muscular,
paralisia parcial, cardiopatia e convulsões, podendo levar à morte. A quantidade recomendada
situa-se entre 30  diárias.

Fontes dietéticas: quase todos os alimentos contêm Tiamina, sendo que as principais
fontes são as carnes e os pescados, as leguminosas, as raízes, o leite, a gema de ovo, cereais
integrais e as sementes oleaginosas, das quais se destaca o amendoim.

b. Vitamina B2 (Riboflavina)

A riboflavina participa do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. A sua


carência causa a glossite (inflamação da língua), queilose (fissuras nos cantos da boca),
estomatite, conjuntivite, dermatites, cegueira noturna, vascularização da córnea, ardor nos
olhos, sensibilidade à luz, transtornos de crescimento e falta de vigor. Sua principal função é
atuar como componente de duas coenzimas flavina mononucleotídeo (FMN) e flavina
dinucleotídeo (FAD) implicadas no metabolismo energético (remoção de hidrogênios dos
substratos alimentares). A vitamina B2 está envolvida na ativação da vitamina B6 e na
conversão do ácido fólico à suas coenzimas ativas.

O requerimento de riboflavina para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo masculino é


de 1,3 mg por dia, enquanto que para o sexo feminino é de 1,1 mg por dia (DRIs, 2011).
Entretanto o requerimento também aumenta no crescimento, na gravidez e na lactação.

Fontes dietéticas: levedo, fígado, rim, leite e queijos, gema, vegetais folhosos, algumas
frutas e as leguminosas.

c. Vitamina B3 (Niacina)

A niacina pode ser sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano e,


juntamente com seus derivados nicotinamida ou ácido nicotínico, participa das reações
metabólicas de geração de energia (glicólise, ciclo do ácido cítrico e síntese de ácidos graxos
e esteroides) como cofator enzimático de enzimas desidrogenases, que transferem
hidrogênio e elétrons de uma reação para outra. O NAD é um tipo de coenzima usada no
metabolismo celular e contém uma forma oxidada e reduzida. A forma reduzida do NAD é
NADH, enquanto a forma oxidada é NAD+ (Figura 2).

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Figura 2. Estruturas químicas das moléculas de NAD e NAD+. 2

O requerimento diário de niacina para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo


masculino é de 16 mg por dia, enquanto que para o sexo feminino é de 14 mg por dia (DRIs,
2011). O excesso de niacina pode provocar rubor, queimação e formigamento ao redor do
pescoço, na face e nas mãos (PALERMO, 2014).

A deficiência de vitamina B3 é conhecida como pelagra (pele áspera, conhecida como


a doença dos 3 D: diarreia, dermatite e demência). É caracterizada por sintomas que afetam
a pele, o sistema digestório e o sistema nervoso e pode levar à morte se não for tratada. A
vitamina B3 é essencial para evitar lesões da pele, fadiga, insônia, nervosismo, distúrbios
digestivos (PALERMO, 2014).

Fontes dietéticas: Além de sintetizada pelas bactérias do intestino, é fornecida através


de carnes, peixe, amendoim, figo, tâmara, ameixa e no café.

d. Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)

É um componente essencial da Coenzima A (CoA) e responsável pela transformação


de gorduras e açúcares em glicogênio, auxilia também no desenvolvimento do sistema
nervoso central, regula o funcionamento das glândulas suprarrenais e está envolvida na
síntese de colesterol e fosfolipídios.

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Fonte: Adaptado de http://salabioquimica.blogspot.com.br/2017/06/nucleotideos-e-metabolismo-energetico.html

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FIQUE SABENDO:

Coenzimas são moléculas orgânicas que são requeridas por certas enzimas
para realizar a catálise (ou reação química). Elas se ligam ao sítio ativo da
enzima e participam da catálise, mas não são considerados substratos da
reação (Figura 3).

Figura 3. Representação esquemática de Enzima, coenzima e substrato. 3

As coenzimas muitas vezes funcionam como portadores intermediários de elétrons,


átomos específicos ou grupos funcionais que são transferidos na reação geral. Um exemplo
disso seria o papel do NAD na transferência de elétrons em certas reações de redução de
oxidação acopladas.

A presença dessa vitamina no organismo evita doenças do sangue e da pele, e úlceras


do duodeno. Como componente da coenzima A, apresenta diferentes papéis no metabolismo
celular. O ácido pantotênico está presente em todos os tecidos animais e vegetais.

O requerimento diário de ácido pantotênico para indivíduos adultos, saudáveis, de


ambos os sexos é de 4 mg por dia (DRIs, 2011). Não há risco de excesso dessa vitamina, mas
a ingestão exagerada pode provocar diarreia.

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Fonte: LEHNINGHER et al. (2004).

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Fontes dietéticas: Fígado bovino, semente de girassol torrada, truta, iogurte
desnatado, abacate e batata doce são as melhores fontes.

e. Vitamina B6 (Piridoxina)

A vitamina B6 foi isolada por Samuel Lepkovsky em 1938 (ROSENBERG, 2012). A


Vitamina B6 é um termo coletivo para piridoxina, piridoxal e piridoxamina, todos derivados da
piridina, como pode ser visto na Figura 4.

Figura 4: Formas de vitamina B64

A diferença química entre elas é a presença deum grupo funcional ligado ao anel
estrutural (Figura 4). A piridoxina ocorre principalmente nas plantas, enquanto que o piridoxal
e a piridoxamina são encontrados em alimentos obtidos de fontes animais. Todos os três
compostos podem servir como precursores da coenzima biologicamente ativa, o piridoxal-
fosfato. O 7-piridoxal-fosfato funciona como uma coenzima para muitas enzimas,
principalmente naquelas que catalisam reações envolvendo aminoácidos, e como cofator
envolvidos no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.

A vitamina B6 funciona como coenzima de reações de transaminação,


descarboxilação e racemização de aminoácidos, como pode ser visto na Figura 5.

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Fonte: MANSUR (2009)

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FIQUE SABENDO:

- Reações de transaminação. Transferência de um grupo amino de um


aminoácido para o outro.
- Reações de descarboxilação. É uma reação química na qual um grupo
carboxila (COOH) é eliminado de um composto na forma de dióxido de
carbono (CO2).
- Reações de racemização. É uma reação que transforma um composto
opticamente ativo em uma forma inativa ou racêmica.

Figura 5. Reações de transaminação, racemização e descarboxilação do metabolismo de aminoácidos.5

O requerimento diário de ácido pantotênico para indivíduos adultos, saudáveis, de


ambos os sexos é de 1,3 mg por dia (DRIs, 2011). O requerimento de vitamina B 6 por fontes
animais está positivamente relacionada com a sua ingestão de proteínas e aminoácidos. A

5 Fonte: Nelson, Cox (2014)

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deficiência de vitamina B6 é raramente vista em animais, pois a maioria das dietas já está
adequada e os sintomas da falta de piridoxina ainda são inconclusivos, porque geralmente
ocorre carência generalizada e associada a outras vitaminas do complexo B: anemia
hipocrômica, insônia, fadiga, vertigem, distúrbios nervosos (irritabilidade e depressão) e
convulsões.

Fontes dietéticas: Salmão, batata assada com casca, peru, abacate, peito de aves sem
pele assado, espinafre cozido, banana, ameixa seca e sementes oleaginosas.

f. Vitamina B7 (Biotina)

A biotina é um regulador chave na transcrição gênica, além de auxiliar na digestão de


gorduras e de funcionar como parceira da vitamina B5 em várias reações metabólicas. Possui
papel como coenzima na síntese e oxidação de ácidos graxos e na desaminação de certos
aminoácidos.

O requerimento diário de ácido pantotênico para indivíduos adultos, saudáveis, de


ambos os sexos é de 30 µg por dia (DRIs, 2011).

A deficiência de biotina está associada à dermatite, queda de cabelo, unhas fracas e


quebradiças. Uma dieta rica em clara de ovo crua pode ainda agravar os sinais clínicos de
deficiência, pois a clara de ovo crua é rica num fator antinutricional, a avidina, que se combina
com a biotina no intestino, impedindo sua absorção. A ingestão de clara de ovo crua
ocasionalmente não desencadeia um quadro de deficiência.

Fontes dietéticas: A biotina é encontrada em uma grande quantidade de alimentos


como gema de ovo, cogumelos, bananas, melões, morangos, laranjas, fígado, rins, amendoins
e leveduras, além de ser sintetizada pelas bactérias intestinais.

g. Vitamina B9 (Folato ou Ácido Fólico)

O folato é uma vitamina hidrossolúvel encontrada naturalmente em alimentos,


enquanto que a sua forma sintética é o ácido fólico. O folato age como coenzima ou co-
substrato nas reações de transferência simples de carbono como as reações envolvidas na
síntese de ácidos nucleicos e de aminoácidos. É fundamental na divisão celular (mitose e
meiose), principalmente nas células sanguíneas eritrócitos e leucócitos.

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O metabolismo do folato está intrinsicamente ligado ao metabolismo da vitamina B12,
de modo que a deficiência de uma ou outra vitamina está associada à anemia megaloblástica
(fadiga, fraqueza e respiração difícil) e a deficiência de folato causa glossite e transtornos
gastrintestinais (lesões internas e defeitos de absorção e diarreia), além de aumento nos
níveis de homocisteína, que está associada às doenças cardiovasculares. Já na gestação a
deficiência de folato está associada a defeitos na formação do tubo neural levando à
formação de espinha bífida (YANG et al., 2010).

O requerimento diário de folato para indivíduos adultos, saudáveis, de ambos os sexos


é de 400 µg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: As melhores fontes são o fígado, os vegetais folhosos, de


preferência crus, pois a cocção destrói 50% dessa vitamina; leveduras e frutas. Recomenda-
se para o adulto 400 µg diárias, aumentando-se para 8 mg na gravidez e 5 mg na lactação.

h. Vitamina B12 (Cianocobalamina)

A vitamina B12 possui a maior e mais complexa estrutura química de todas as


vitaminas. É única entre as vitaminas em que contém um íon metálico, o cobalto.

A má absorção intestinal da vitamina B12, ao contrário da ingestão inadequada, explica


a maior parte dos quadros de deficiência, pois requer o funcionamento adequado do
estômago, do pâncreas e do duodeno. A acidez e enzimas gástricas ajudam na liberação da
vitamina B12 dos alimentos para que ela se ligue ao fator intrínseco no estomago para que
possa ser absorvida no intestino na presença de cálcio (KOZYRAKI, 2013).

A vitamina B12 e o folato são importantes para o metabolismo da homocisteína. Níveis


elevados de homocisteína no sangue são um fator de risco para doença cardiovascular (DCV).
A vitamina B12 é fundamental na formação de células vermelhas do sangue, da bainha de
mielina dos neurônios, do sistema digestório e das moléculas do DNA. Também desempenha
um papel essencial no metabolismo do folato e na síntese de intermediários do ciclo do ácido
cítrico, como a succinil-CoA, daí a sua importância para o metabolismo energético.

A deficiência de vitamina B12 é comumente associada à inflamação crônica do


estômago, que pode contribuir para uma síndrome autoimune de má absorção da vitamina
B12 chamada anemia perniciosa, além de distúrbios neurológicos em indivíduos deficientes.

A absorção de vitamina B12 ligada a alimentos é comumente prejudicada em indivíduos


com mais de 60 anos de idade, colocando-os em risco de deficiência de vitamina B12, pois no

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envelhecimento se observa uma atrofia das células parietais do estômago e diminuição da
síntese do fator intrínseco.

O requerimento diário de folato para indivíduos adultos, saudáveis, de ambos os sexos


é de 2,4 µg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: as fontes mais ricas dessa vitamina são fígado de porco e de vaca,
rim, gema de ovo, pescados, leite e queijo. As bactérias da flora intestinal do homem
sintetizam essa vitamina.

i. Vitamina C (Ácido Ascórbico)

O ácido ascórbico, também conhecido como fator antiescorbútico, é uma vitamina


hidrossolúvel. Ao contrário da maior parte dos mamíferos, o ser humano não é capaz de
sintetizar esta vitamina tendo que obtê-la por meio da ingestão de alimentos fonte.

No corpo humano a vitamina C funciona com um cofator essencial nas reações


enzimáticas envolvidas na biossíntese de colágeno, da carnitina e das catecolaminas
(adrenalina e noradrenalina), além de agir como antioxidante. É reconhecida também por
aumentar a resistência às infecções, como na prevenção de gripes e resfriados, prevenção do
escorbuto, auxiliar na absorção do ferro de origem vegetal (ferro não heme), na cicatrização
de feridas, e em parceria com o cálcio, fortalece os dentes, gengivas e os vasos sanguíneos.
Essa vitamina não é estocada pelo organismo.

O requerimento diário de vitamina C para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo


masculino é de 90 mg por dia, enquanto que para o sexo feminino é de 75 mg por dia (DRIs,
2011), o que corresponde a uma laranja. O alimento fonte de vitamina C, se cortado ou
manipulado com metais como ferro e cobre (facas, hélice do liquidificador, etc.), ou exposto
ao oxigênio do ar, calor, armazenamento inadequado, ou contato com meio alcalino, pode
sofrer oxidação, com perda de suas características funcionais. Doses exageradas de vitamina
C (mais de 1 g/dia) podem causar diarreia e ter efeito diurético.

Fontes dietéticas: as frutas cítricas são ricas em vitamina C, tais como, limão, laranja,
tangerina, grapefruit, manga, goiaba, abacaxi, caju e tomate. Dos vegetais, as melhores fontes
são, brócolis, couve, repolho, couve-flor, vagem, espinafre, nabo, mostarda, ervilha, pimentão
e agrião.

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Vitaminas Lipossolúveis

Estas vitaminas compreendem as vitaminas A, D, E e K, e como o próprio nome diz


precisam estar dissolvidas em meio gorduroso para serem absorvidas. São armazenadas nos
tecidos gordurosos e no fígado, e muitas vezes se consumidas em excesso na dieta ou na
forma de suplementos pode levar a intoxicação com efeitos fisiológicos graves, como é o
caso da vitamina A.

a. Vitamina A (Retinol)

O retinol ou vitamina é essencial para a visão e para a função imune, crescimento e


desenvolvimento celular. Os carotenoides, conhecidos como provitamina A (β-caroteno),
podem ser convertidos em vitamina A pelo fígado, conforme a necessidade. O fígado é o órgão
de reserva de vitamina A, normalmente na forma de retinil-éster. A vitamina A vai para os
demais tecidos através da circulação sanguínea na forma de retinol ligado a uma proteína.

A carência da vitamina A acarreta em nictalopia ou cegueira noturna (diminuição da


acuidade visual em ambientes pouco iluminados); hemeralopia (baixa reação ao
ofuscamento); xeroftalmia (queratomalácia, ulceração da córnea e cegueira); pele seca e
áspera; baixa resistência às infeções (queratinização dos epitélios, facilitando a penetração
de agentes patogênicos); transtornos do crescimento, na reprodução e no desenvolvimento
dos dentes (ROSS, 2014).

A hipervitaminose A prolongada e grave, resulta em fragilidade óssea, espessamento


dos ossos longos, dor óssea profunda e incapacidade de andar. Os sintomas desaparecerão
em alguns dias após a suspensão da vitamina. A Intoxicação por Vitamina A ocorre com uma
máxima diária de 600 a 3000 µg/dia (UL=limite superior tolerável), promovendo sintomas
como, dor e fragilidade óssea; hidrocefalia e vômitos (criança); pele seca com fissuras; unhas
frágeis; perda de cabelos (alopecia); gengivite; queilose (inflamação da boca e língua);
anorexia; irritabilidade; fadiga; hepatomegalia e função hepática anormal; ascite e hipertensão
portal (ROSS, 2014).

O requerimento diário, para adultos saudáveis, do sexo masculino é de 900 µg,


enquanto que, para as mulheres é de a 700 µg. Vários compostos nos alimentos, como retinol,
retinil éster, retina e ácido retinido têm alguma atividade de vitamina A (DRIs,2011).

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Fontes dietéticas: ovo, fígado, leite, manteiga, folhas verdes, nos talos e nos legumes
amarelos e vermelhos, como a cenoura. Nos alimentos de origem vegetal, a vitamina A
aparece na forma de seus precursores, que são os carotenoides α, β,  carotenos.

b. Vitamina D

Pode ser sintetizada na pele após a exposição à luz solar e metabolizada no fígado e
nos rins, na forma metabolicamente ativa, denominada de 1α, 25-di-hidroxivitamina D (Vit. D3).
Através da ligação ao receptor de vitamina D (VDR), ela pode regular a expressão de centenas
de genes envolvidos no metabolismo ósseo e outras funções biológicas. A vitamina D auxilia
o organismo a assimilar cálcio e fosfato, influenciando o crescimento e a regeneração dos
ossos, prevenindo raquitismo, osteoporose, osteomalácia (idade adulta) e maior incidência de
cárie dentária.

O requerimento diário de vitamina D para crianças, gestantes, nutrizes e adultos que


se expõem ao sol normalmente é de 15 µg por dia. O excesso dessa vitamina pode causar
cefaleia, vômitos, diarreia, redução ponderal, cálculos renais, hipercalcemia (nos pulmões e
membrana timpânica) (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: as melhores fontes são os peixes (lambari, piaba, arenque, atum,
cação, óleo de fígado de bacalhau), leite integral, fígado, manteiga e gema de ovo (PALERMO,
2014).

c. Vitamina E

A vitamina E está presente, naturalmente, nos alimentos e inclui oito isoformas que
são solúveis em gordura: α-, β-, γ-, e, δ-tocoferol e α-, β-, γ-, e, δ-tocotrienol. No entanto, o corpo
utiliza, preferencialmente, α-tocoferol, e apenas a suplementação com α-tocoferol pode
reverter os sintomas de deficiência de vitamina nos indivíduos que não comem os alimentos
fonte dessa vitamina na dieta. Os mecanismos pelos quais a vitamina E pode exercer sua
função biológica, incluem, ação antioxidante e desempenho nos processos anti-inflamatórios;
inibição da agregação plaquetária; e, aumento da resistência imunológica. Há evidências de
que a vitamina exerça um papel antiesterilidade (TRABER, 2006).

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A vitamina E é armazenada no tecido adiposo e nas glândulas pituitária e adrenal.
Doses excessivas podem interferir na atividade da vitamina K, havendo efeito anticoagulante
e prolongamento do tempo de coagulação sanguínea.

Os sintomas graves de deficiência da vit. E incluem, ataxia (transtorno neurológico


caracterizado pela falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de
equilíbrio); neuropatia periférica; fraqueza muscular; e, danos na retina (TRABER, 2006).

O requerimento diário para adultos, saudáveis, de ambos os sexos é de 15 mg (DRIs,


2011). Doses acima de 400 UI provocam hipertensão, tromboflebite, embolismo pulmonar,
fadiga, redução significativa do hormônio tireoidiano (TSH) e elevação dos níveis de
triglicerídeos em mulheres.

Fontes dietéticas: Germe de trigo, óleos vegetais, gema de ovo, vegetais folhosos
verde escuros e legumes são as maiores fontes de vitamina E (ou tocoferol).

d. Vitamina K.

A vitamina K, refere-se a um grupo de vitaminas lipossolúveis com estruturas químicas


semelhantes, que são necessárias para a coagulação do sangue. Existem três principais tipos
de vitamina K: K1 (filoquinona ou fitonadiona), K2 (menaquinonas) e K3 (menadiona). A
vitamina K1 é encontrada nos vegetais folhosos verdes escuros; a vitamina K2 é sintetizada
por algumas bactérias da microbiota intestinal; e, a K3 é a forma sintética usada nos
tratamentos de carência. Cerca de 80-85% da vitamina K é absorvida principalmente no íleo
terminal para o sistema linfático; portanto, os sais biliares e a absorção normal de gordura,
bem como, as vilosidades do íleo em funcionamento normal, são necessários para a absorção
efetiva desta vitamina. Se uma pessoa saudável estiver sujeita a uma completa ausência
dietética de vitamina K, a sua reserva é adequada por 1 semana. Por sua vez, as
menaquinonas fornecem grande proteção contra a osteoporose e calcificação patológica, ou
seja, calcificação das artérias e tecidos moles é uma das principais consequências
conhecidas do envelhecimento. Os antibióticos interferem no crescimento normal de
bactérias saudáveis e causam impacto na produção de vitamina K2.

A deficiência de vitamina K é improvável, exceto em crianças recém-nascidas ou em


indivíduos com doenças de má absorção ou incapacidade de utilizá-la no fígado. Doses
excessivas de vitamina K podem produzir anemia hemolítica.

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O requerimento diário para adultos saudáveis, do sexo masculino é de 120 µg,
enquanto que, para as mulheres é de a 90 µg (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: Fígado, porco, alface, couve, espinafre, repolho e cereais (trigo e
aveia) são as melhores fontes da vitamina K.

3. MINERAIS

Os minerais são compostos inorgânicos necessários para a regulação química celular


e manutenção das estruturas corporais. Os minerais correspondem de 4% a 5% do peso
corpóreo, sendo que 50% é cálcio, e 25% fósforo. Apresentam-se no organismo na forma de
íons e estão envolvidos na atividade enzimática; na manutenção do equilíbrio ácido-base;
regulação da pressão osmótica; facilitam a transferência de nutrientes na membrana;
participam da transmissão nervosa e muscular; constituem alguns tecidos orgânicos. São
subdivididos em três grupos principais:

• Macrominerais - São requeridos em grande quantidade, ou seja, 100 mg ou mais


por dia, e incluem, o cálcio, fósforo, magnésio, enxofre, sódio, cloro e o potássio.

• Microminerais - São requeridos em pequenas quantidades, menos de 100 mg por


dia, dentre eles estão, o ferro, zinco, cobre, iodo, cromo, flúor, cobalto, selênio,
manganês e molibdênio.

• Oligominerais - Recomendação de ingestão não definida. Por exemplo, silício,


vanádio, estanho, níquel e arsênio.

A maioria dos minerais é encontrada nas células vivas, porém nem todos são
essenciais para a vida. Os minerais mais importantes são aqueles encontrados em enzimas,
hormônios e vitaminas. Exercem funções reguladoras e/ou construtoras. Fazem parte do
sangue e auxiliam no equilíbrio osmótico do organismo. Dão resistência e conferem
eletricidade aos nervos, tenacidade e contratilidade aos músculos. O organismo excreta cerca
de 20 a 30 gramas de minerais por dia. A reposição se dá por via alimentar, mas para isso a
dieta deve ser balanceada. São 22 minerais, que somam 4% do peso corporal humano. A
seguir, serão apresentados os minerais mais relevantes para o metabolismo humano.

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Macrominerais

a. Cálcio (Ca)

O cálcio é o mineral mais abundante no nosso organismo, sendo que 99% dele está
presente nos ossos e dentes, essencial para a vida humana. Mantém ossos e dentes fortes,
sendo necessário no processo de calcificação e manutenção óssea, metabolização do ferro,
coagulação sanguínea, transmissão do impulso nervoso entre o cérebro e o resto do corpo,
contração muscular, da lipólise, e, age na oxigenação dos tecidos. Quando os níveis do cálcio
estão reduzidos no sangue (hipocalcemia) o mineral precisa ser retirado dos ossos e dentes,
deixando-os fracos, iniciando assim, um processo de reabsorção óssea, que se não corrigido,
evolui para osteopenia e osteoporose.

A vitamina D e o magnésio aumentam a absorção do cálcio, enquanto que o sódio, a


proteína, o fósforo, o ácido oxálico (frutas), o ácido fítico (presente em casca de cereais e nos
grãos integrais) e o excesso de gordura impedem a sua absorção e aumentam sua excreção.

O requerimento de cálcio para indivíduos adultos e saudáveis, de ambos os sexos, é


de 1000 mg/dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: leite e derivados (queijo, iogurte), feijão, lentilha, mariscos, ostra,
salmão, vegetais com coloração verde-escuro (brócolis, couve, chicória). O requerimento
diário de cálcio para adultos de ambos os sexos é de 1000 mg/dia.

b. Fósforo (P)

O fósforo é um mineral que representa 1% do peso corporal total de uma pessoa. É o


segundo mineral mais abundante no corpo e está presente em todas as células. A maior parte
do fósforo no corpo é encontrada nos ossos e dentes. Produz e estoca energia. Está presente
na composição do código genético (DNA e RNA) e nos ossos, auxiliando na manutenção
óssea. Combinado ao cálcio, o fósforo forma o maior componente dos ossos e dentes. O
corpo precisa do fósforo para equilibrar seu pH e, assim, garantir o sucesso das reações
químicas que mantêm os órgãos funcionando.

A falta desse macromineral ocasiona anemia, fraqueza muscular, diminuição de


apetite, dor nos ossos e maior chances de contrair infecções. O excesso de fósforo no sangue
é raro, apesar de que, quando em excesso se combina ao cálcio, leva a formação de depósitos

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de fosfato de cálcio nos tecidos moles e tecido muscular; o excesso de fósforo impede a
absorção e aumenta a excreção do cálcio.

O requerimento de fósforo para indivíduos adultos e saudáveis, de ambos os sexos, é


de 700 mg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: carne em geral, leite e derivados, ovo, cereais, chocolate,


leguminosas e legumes.

c. Magnésio (Mg)

O magnésio é um mineral que o corpo precisa para se manter saudável. O magnésio é


importante para muitos processos fisiológicos, incluindo a regulação da função muscular e
dos nervos, dos níveis de açúcar no sangue, a pressão sanguínea, a produção de proteínas e
o metabolismo ósseo via DNA.

A carência desse mineral provoca náuseas, tremor, convulsão, diarreia, problemas


diuréticos, alterações de pressão e de personalidade (PALERMO, 2014).

O requerimento de magnésio para adultos saudáveis do sexo masculino é de 400


mg/dia e para mulheres 310 mg/dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: o magnésio é encontrado nos pigmentos verdes dos vegetais,


permitindo a utilização de energia solar e síntese das substâncias orgânicas indispensáveis à
vida vegetal e animal. Alimentos como leite, vegetais verdes e cereais são boas fontes de
magnésio.

d. Enxofre (S).

O enxofre está presente em todas as células do corpo e nos aminoácidos sulfurados,


metionina, cistina e cisteína e, portanto, na estrutura de todas as proteínas do organismo. Está
presente, especialmente, na pele, unhas e cabelo. Ele participa na formação do coágulo
sanguíneo, na síntese do colágeno (substância importante na formação e manutenção da
pele, ossos), no metabolismo das gorduras e carboidratos, na formação de algumas proteínas,
na reparação e síntese de tecidos e de células, e no processo de transferência de energia. Sua
falta no organismo pode provocar dores nas articulações, ardor na garganta e no abdômen,
redução do brilho e textura da pele, sensação de debilidade física, depressão, histerismo e

19
outros problemas do sistema nervoso. O enxofre não apresenta recomendação de ingestão
diária estabelecido.

Fontes dietéticas: frutas e verduras, carnes, peixes, ovos, leite e derivados. O baixo
consumo de proteína aumenta a retenção de enxofre.

e. Sódio (Na)

O sódio é um macromineral e eletrólito, e importantíssimo para o equilíbrio


hidroeletrolítico corporal, regulando a pressão sanguínea, do plasma e dos fluidos
intercelulares, a transmissão dos impulsos nervosos, e do relaxamento e contração muscular.
Mas a sua função mais importante é desempenhada no potencial de membrana.

FIQUE SABENDO:

- O termo eletrólito, refere-se a uma substância que se dissocia em íons


(partículas carregadas) quando em solução, tornando-a capaz de conduzir
eletricidade. A função normal do corpo depende da regulação rigorosa das
concentrações de potássio dentro e de sódio fora das células (PETERSON,
1997).
- Potencial de membrana. As diferentes concentrações de K+ e Na+ através da
membrana celular cria um gradiente eletroquímico conhecido como potencial
de membrana. A adenosina trifosfato (ATP) proporciona energia para
bombear três íons de Na+ para o meio extracelular em troca de dois íons de
K+ para dentro da célula, mantendo então a diferença nas concentrações
intra- e extracelulares de eletrólitos ou potencial de membrana (Figura 6).

20
Figura 6. Potencial de membrana.6

A deficiência de sódio se dá, principalmente, pela sua baixa ingestão associada a um


consumo demasiado de líquido. É excretado pelo suor, urina, ou pode ser eliminado, em
quadros clínicos, como em queimaduras e gastrenterite, causando fadiga, anorexia,
hipotensão (pressão baixa), oligúria (produção insuficiente de urina) e diarreia.

O sódio em excesso pode causar elevação da pressão arterial, causando dor de


cabeça, eritema (vermelhidão) de pele, hipertensão, delírio e até parada respiratória. Também
ocasiona o aumento da excreção de cálcio.

O requerimento de sódio para indivíduos adultos e saudáveis, de ambos os sexos, é de


1,5 mg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: Lentilha, feijão, fígado, carne de boi, de frango, de porco, leite e gema
de ovo são excelentes fontes de sódio.

f. Potássio (K).

O potássio é um macromineral e eletrólito, assim como o sódio, e atua em vários


sistemas e órgãos: na regulação osmótica; manutenção do equilíbrio ácido-base; atividade
muscular; metabolismo dos carboidratos; síntese proteica; no tamponamento do sangue
protegendo as hemácias; na transmissão do impulso; no tônus muscular; na função renal; e,

6 Fonte: Linus Pauling Institure. Oregon University.

21
na contração da musculatura cardíaca. Mas a sua função mais importante é desempenhada
com o sódio, ou cloreto de sódio, no potencial de membrana.

Baixo nível de potássio no sangue, ou hipocalemia, é mais comumente decorrente da


perda excessiva de potássio, por exemplo, por meio de vômitos prolongados, uso de
diuréticos, algumas formas de doença renal ou distúrbios metabólicos. Os sintomas da
hipocalemia estão relacionados a alterações no potencial de membrana e no metabolismo
celular, e incluem fadiga, fraqueza muscular e cãibras e paralisia intestinal, que pode levar a
inchaço, constipação e dor abdominal. A hipocalemia grave pode resultar em paralisia
muscular ou ritmos cardíacos anormais (arritmias cardíacas) que podem ser fatais (SHENG,
2000). Já o excesso de ingestão de potássio, ou hipercalemia, pode desencadear acidente
vascular, osteoporose, cálculo renal.

O requerimento de sódio para indivíduos adultos e saudáveis, de ambos os sexos, é de


4,7 mg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: As melhores fontes de potássio são café solúvel, levedo de cerveja,
chá preto, feijão, grão de bico, caldo de carne, amendoim, soja, avelã, bacalhau, chocolate em
pó, suco de laranja, espinafre, batata, almeirão e banana.

g. Cloro (Cl)

O cloro, combina-se com sódio e potássio no organismo, formando o cloreto de sódio


(Na+Cl-) ou sal de cozinha, e o cloreto de potássio (K+Cl-). Dentre as principais funções que o
cloro exerce no organismo estão, regular a pressão osmótica e o equilíbrio ácido-base para
manutenção do pH nos líquidos corporais (água e sangue); no estômago, é responsável pelo
aumento da acidez e para o início da digestão, além da ativação enzimática.

Sua concentração no organismo é de aproximadamente 90 g para um indivíduo de 60


kg. A baixa concentração de cloro no organismo provoca cãibra muscular, perda de apetite e,
em raros casos, morte. É considerado atóxico.

O requerimento de sódio para indivíduos adultos e saudáveis, de ambos os sexos, é de


2,3 mg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: sal de cozinha, fontes não saudáveis como alimentos processados,
frios e embutidos; alga kelp, azeitonas, centeio, tomates, alface e salsão, apesar de que estas
fontes não fornecem quantidades suficientes para um homem adulto, saudável e ativo.

22
Microminerais

a. Ferro (Fe)

É um micromineral considerado essencial para os seres humanos. Está envolvido em


uma série de funções biológicas essenciais, como transporte de oxigênio, produção de
energia e síntese de DNA. A hemoglobina, a mioglobina, os citocromos e as peroxidases,
requerem o ferro heme como grupo protético para suas atividades biológicas. Sendo assim,
suas principais funções são, síntese de glóbulos vermelhos saudáveis para o transporte de
oxigênio e geração de energia; auxiliar na função imune; equilíbrio redox, pois é um cofator
enzimático para estas enzimas; além de ser um componente estrutural de centenas de
moléculas essenciais.

FIQUE SABENDO:

- Ferro heme: é a forma de ferro ligada à hemoglobina, presente nas proteínas


animais. É a forma de ferro mais biodisponível, ou seja, é aquela que
conseguimos melhor absorver e utilizar nas células. Para se ter uma ideia
conseguimos absorver 15 a 35% desta forma de ferro na dieta.
- Ferro não heme: é a forma presente nos alimentos vegetais, e por isso pior
absorvido. A absorção de ferro não heme é de 2 a 20%, sendo que
potencializadores da absorção deste tipo de ferro como vitamina C e carne
auxiliarão numa maior biodisponibilidade.

O ferro é armazenado, temporariamente, na forma de ferritina nas células mucosas,


então liberado para a circulação e no fígado é armazenado - na forma de hemossiderina.
Quando o ferro não é utilizado, a taxa de absorção é diminuída. O ácido ascórbico intensifica
a absorção do ferro não heme (de origem vegetal) assim como a presença da proteína animal.
O ferro dos vegetais, que está na forma férrica (Fe3+), é menos absorvido do que a forma
presente nos alimentos de origem animal (forma ferrosa, Fe2+), porque o ferro ferroso é
significativamente mais solúvel em pH 7,0 e, portanto, mais aproveitável. A carência de ferro
na dieta causa anemia ferropriva, quando os glóbulos vermelhos se apresentam descorados
e diminuídos em tamanho. O indivíduo apresenta fraqueza, palidez, fadiga fácil e falta de ar.
A ingestão de alimentos ricos em cálcio diminui a absorção de ferro principalmente não heme.

23
O requerimento diário de ferro para indivíduos adultos e saudáveis, do sexo masculino
é de 8 mg/dia e para mulheres 18 mg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas

Ferro heme: carnes, vísceras (fígado), aves e frutos do mar, sendo que estas fontes
são mais biodisponíveis e apresentam tanto ferro heme quanto não heme, apesar da forma
heme ser predominante.

Ferro não heme: é a forma de ferro encontrada nos vegetais e por isso são bem menos
biodisponível, pois as fibras dos alimentos vegetais dificultam sua absorção. As fontes mais
significativas são as leguminosas, a acelga, o espinafre, sementes oleaginosas e uva passa.

b. Zinco (Zn).

O zinco é um elemento essencial para todas as formas de vida. A importância do zinco


na nutrição humana e na saúde pública foi reconhecida a partir dos estudos de Tucker e
Salmon (1955) que descobriram problemas de pele em humanos com dietas deficientes em
zinco. Cerca de 60% do zinco corporal, encontra-se armazenado no tecido muscular.

Este mineral é essencial para o sistema imunológico e participa das reações de síntese
e degradação de carboidratos, proteínas, lipídios e ácidos nucléicos, além de desempenhar
um papel importante no crescimento e desenvolvimento desde a gestação até o final da
adolescência; também na função neurológica e na reprodução. O zinco ainda é essencial para
o paladar e olfato (MAFRA; COZZOLINO, 2004).

O requerimento diário, para indivíduos adultos, saudáveis é de 11 mg para o sexo


masculino e de 8 mg por dia para o sexo feminino (DRIs, 2011).

A deficiência de zinco na dieta causa baixa estatura, hipogonadismo e anemia suave.


Altas doses de ingestão provocam interferência na absorção de cobre.

Fontes dietéticas: As melhores fontes desse mineral são os alimentos de origem


animal, principalmente ostras, carne bovina, fígado, miúdos, ovos e a carne de porco magra;
peixe, aves, leite e derivados não são fontes tão boas. Nozes e leguminosas são fontes
relativamente boas de zinco e os vegetais são pobres em zinco. O fitato e as fibras dos
vegetais interferem na absorção deste mineral, enquanto que, a proteína animal aumenta sua
absorção (Mafra, 2004).

24
c. Cobre (Cu)

É um micromineral essencial, não sintetizado pelo organismo humano, tendo que ser
obtido por meio da dieta. O cobre é um cofator essencial nas reações de oxirredução, além de
desempenhar importantes funções fisiológicas como:

• Transporte de oxigênio, por meio da oxidação do íon férrico (Fe3+) a ferroso (Fe2+),
forma ideal do ferro para se ligar a transferrina (proteína que transporta o ferro)
para a síntese de hemoglobina;
• Auxiliar na síntese do hormônio adrenalina e de hormônios tireoidianos;
• Reversão da hipertrofia cardíaca;
• Síntese de tecido conjuntivo;
• Síntese de melanina, por meio da conversão de tirosina em melanina;
• Síntese de neurotransmissores e neurotransmissão nervosa.

A quantidade de cobre na dieta é inversamente proporcional a quantidade


armazenada, ou seja, uma alta retenção ocorre quando a dieta é pobre e uma baixa retenção
quando a dieta é rica neste micromineral (ILSI BRASIL, 2017).

A ingestão de uma dieta rica em zinco prejudicará a absorção de cobre, de modo que,
essa interação pode também levar à anemia, sendo o caminho: alta ingestão de zinco, com
diminuição da absorção de cobre, cobre insuficiente para atuar no metabolismo de ferro, o
que resultará em anemia (HILL; MATRONE, 1970; ILSI BRASIL, 2017).

O requerimento diário de cobre para indivíduos adultos, saudáveis, de ambos os sexos,


é 900 µg por dia (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: Ostras, fígado, avelã, castanha de caju. Leguminosas.

d. Iodo (I)

O iodo é um constituinte chave dos hormônios tiroidianos, o qual é requerido ao longo


da vida para o crescimento, desenvolvimento neurológico e metabolismo do indivíduo.

A ingestão insuficiente de iodo pode comprometer o funcionamento da tireoide


desencadeando o hipotireoidismo, e sua deficiência severa, pode acarretar bócio e até retardo
físico e mental conhecido como cretinismo. Deficiências de vitamina A, ferro e selênio

25
exacerbam os efeitos da deficiência de iodo. O requerimento diário para adultos, saudáveis,
de ambos os sexos é de 150 µg.

Fontes dietéticas: a melhor fonte de iodo é o bacalhau, peixes marinhos, seguido pelo
sal iodado, leite, batata com casca assada, camarão, frango, peru, e algas marinhas entre
outros (PALERMO, 2014).

e. Cromo (Cr)

O cromo é um micromineral essencial também conhecido como fator potencializador


da insulina. Atualmente, esse mineral tem sido utilizado como suplemento alimentar no meio
esportivo com a proposta de promover maior ganho de massa muscular e maior perda de
gordura corporal. Todavia, a participação do cromo no metabolismo, resume-se ao aumento
da sensibilidade à insulina, por meio da ligação de quatro átomos de cromo a uma proteína
intracelular específica denominada de Apocromodulina, que, por sua vez, liga-se ao receptor
de insulina de células de tecidos periféricos, concomitantemente, à insulina, porém em outro
sítio localizado no domínio intracelular (Figura 7). Essa ligação amplifica a cascata de sinais
intracelulares responsáveis pelo estímulo da translocação de GLUT4 (Transportador de
glicose muscular) e, consequentemente, aumenta a captação de glicose e aminoácidos. O
cromo também inibe a enzima-chave da síntese de colesterol, melhorando o perfil lipídico de
indivíduos com dislipidemias.

Figura 7. Mecanismo proposto para a participação do cromo na ação da insulina. Legenda: Cr3+: cromo trivalente; 4 Cr3+: quatro
íons de cromo trivalente; P: fosforilação da tirosinaquinase; α: subunidade α do receptor extracelular da insulina; β: subunidade
β do receptor transmembrana da insulina; GLUT-4: transportador de glicose da série 4.7

7 FONTE: Adaptado de Fantinatti et al. (2009)

26
O requerimento diário de cromo para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo masculina
é de 35 µg e para o sexo feminino 25 µg.

Fontes dietéticas: levedo de cerveja, e presente em diminutas proporções em


alimentos como carnes, cereais integrais, oleaginosas, leguminosas e nos brócolis.

f. Selênio (Se)

O selênio é um micromineral essencial não sintetizado pelo organismo, tendo que ser
absorvido endogenamente, por meio da dieta. O teor de selênio nos alimentos tem uma
relação diretamente proporcional a quantidade de selênio no solo de onde provem o alimento.

As principais funções do selênio são:

• Redução de peróxidos orgânicos e inorgânicos formados nas reações de


oxirredução;
• Ação anticarcinogênica;
• Potencializador do sistema imunológico;
• Participação na conversão do hormônio tiroxina (T4) em triiodotironina (T3);
• Detoxicação do organismo contra metais pesados;
• Estabilização do metabolismo do ácido graxo araquidônico;
• Favorecer a síntese de metionina a partir da homocisteína, diminuindo o risco de
doenças cardiovasculares, entre outros (COZZOLINO, 2015).

O requerimento diário de selênio para adultos, saudáveis, de ambos os sexos é de 55


µg (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: a fonte mais expressiva de selênio é a castanha do Pará, seguida


pelo atum, ostra, marisco, camarão, salmão, caranguejo, porco, carne vermelha e frango,
cereais integrais e leite.

g. Manganês (Mn)

O manganês é um elemento mineral que é, nutricionalmente, essencial e


potencialmente tóxico. A derivação de seu nome vem da palavra grega e os cientistas estão

27
trabalhando para entender os diversos efeitos da deficiência e da toxicidade do manganês
nos organismos vivos, que não são conclusivos (KEEN, 1999).

Apenas uma pequena porção de Mn da dieta é absorvida, em torno de 2 a 5%. Quanto


maior a ingestão, menor a absorção. A sua excreção ocorre, independentemente da
quantidade consumida na dieta (COZZOLINO, 2015). A sua absorção é comprometida pelo
cálcio, cobalto e ferro.

O Mn é um nutriente essencial envolvido na formação dos ossos, no metabolismo de


carboidratos, de aminoácidos e do colesterol, regulação das enzimas arginase, glutamina
sintetase, fosfoenolpiruvato descarboxilase e manganês superóxido dismutase (COZZOLINO,
2015).

O requerimento diário de manganês para indivíduos adultos, saudáveis, do sexo


masculino é de 2,3 mg e para o sexo feminino de 1,8 mg (DRIs, 2011).

Fontes dietéticas: gérmen de trigo, noz pecan, soja assada, farinha de aveia, arroz
integral cozido, abacaxi, amêndoa, amendoim, espinafre cozido, leguminosas e chá verde.

h. Molibdênio (Mo)

O molibdênio é um micromineral essencial, não sintetizado pelos humanos, por isso


deve ser obtido por meio da dieta. Esse mineral interage com o Tungstênio e o Cobre,
influenciando a sua biodisponibilidade fisiológica. O Mo proveniente da soja não é absorvido
pelos humanos, apesar deste grão ser riquíssimo neste micronutriente (TURNLUND et al.,
1999).

A deficiência de molibdênio é rara em humanos e é limitada principalmente a defeitos


genéticos que levam a anormalidades graves. O Mo é facilmente absorvido da dieta, mas o
seu transporte no sangue e para os tecidos é dependente de um carreador (molécula proteica
de transporte) e sua principal função é agir como cofator enzimático (COZZOLINO, 2015). O
átomo de molibdênio é um do cofator de quatro enzimas em humanos: sulfito oxidase,
xantina oxidase, aldeído oxidase e componente mitocondrial que reduz a amidoxima. Estas
enzimas catalisam importantes transformações químicas nos ciclos globais de carbono,
nitrogênio e enxofre. As enzimas, sulfito oxidase, xantina oxidase e aldeído oxidase, contêm
o mesmo complexo de molibdênio, molibdopterina (RAJAGOPALAN, 1988).

O requerimento diário de molibdênio para adultos, saudáveis, de ambos os sexos é de


45 µg (DRIs, 2011).

28
Fontes dietéticas: lentilha cozida, feijão preto cozido, amêndoa, castanha do Para,
iogurte desnatado, leite, e vegetais folhosos que são fontes desprezíveis (COZZOLINO, 2015).

FIQUE SABENDO:

A sulfito oxidase catalisa a transformação de sulfito em sulfato, uma reação


que é necessária para o metabolismo de aminoácidos contendo enxofre
(metionina e cisteína).
A xantina oxidase catalisa a quebra de nucleotídeos (precursores de DNA e
RNA) para formar o ácido úrico, o que contribui para a capacidade
antioxidante do plasma no sangue.
Aldeído oxidase e xantina oxidase catalisam reações de hidroxilação que
envolvem várias moléculas diferentes com estruturas químicas similares.
Xantina oxidase e aldeído oxidase também desempenham um papel no
metabolismo de drogas e toxinas (ECKHERT, 2006).
O componente mitocondrial redutor de amidoxima (mARC) foi descrito
apenas recentemente WAHL et al. (2010), e sua função precisa está sob
investigação.

A toxicidade de Mo, em animais e humanos, é mais provável do que a deficiência, e os


ruminantes são mais suscetíveis aos efeitos tóxicos do molibdênio do que os animais
monogástricos (VYSKOCIl; VIAU,1999). Os efeitos de toxicidade observados em animais
incluem insuficiência renal, efeitos no sistema reprodutivo, depressão do crescimento e
diminuição da hemoglobina e do hematócrito. A alta ingestão de molibdênio interfere no
metabolismo do cobre, particularmente em ruminantes (VYSKOCIl; VIAU,1999).

FIQUE SABENDO:

Monogástricos são os animais (não ruminantes) que apresentam um


estômago simples (mono=1 gástrico= digestão), com uma capacidade de
armazenamento pequena.

29
4. REVISÃO DA AULA

Nesta aula, alguns pontos importantes precisam ser destacados, em relação aos
micronutrientes:

Vitaminas: hidrossolúveis e lipossolúveis

• As vit. hidrossolúveis não são armazenadas no corpo, por isso não são tóxicas,
quando em excesso.
• As vitaminas do complexo B desempenham funções na geração energia e nas
reações metabólicas.
• Vitamina C é um antioxidante e potencializa a resposta imunológica.
• As vit. lipossolúveis precisam estar dissolvidas em meio gorduroso para serem
absorvidas e armazenadas no tecido adiposo e fígado, e a vitamina A pode ser
tóxica, se ingerida em excesso.
• Vitamina A é importantíssima para a resposta imune e visão.

Minerais

• Subdivididos em macro e micromineral, de acordo com as diferenças no seu


requerimento diário.
• Macrominerais. Cálcio, fósforo e magnésio, importantes para o metabolismo
ósseo e metabolismo energético e a ação de um é influenciada pelos dois outros.
• Microminerais. Ferro, zinco, cobre, selênio e manganês são essenciais para o
metabolismo energético, especialmente o ferro; e a ação de outras associadas ao
ferro são importantíssimas como antioxidantes, atuam na resposta imunológica
e na síntese proteica.
• Cromo. Micromineral que potencializa a ação da insulina, podendo por meio desta,
influenciar a síntese proteica pelo aumento da captação de aminoácidos.

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5. REFERÊNCIAS

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