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ANDRÉ VIANA
Orientador:
Prof. MSc. Anibal César Alves
ANDRÉ VIANA
ANDRÉ VIANA
Comissão Examinadora
Palavras Chaves: Bacia Potiguar; Formação Açu; Diagênese; Petrografia; Porosidade; Análise
de imagens.
ABSTRACT
This following report describes the result of the application of a method to study the pore system
of sedimentary rocks, using a software of image processing (Image J), applied in
photomicrographs of siliciclastic rocks of Acu Formation, Potiguar Basin. The research was
based in the macroscopic description of testimonies from shallow wells: 9-PHRF-RN-16 and
9-PHRF-RN-20, drilled by Petrobras, the 98-km of the BR-304, nearby Assú city (RN), five
lithofacies have been recognized for the range studied, which have been described
petrographically, including both the mineralogical composition such as diagenesis and different
types of porosity. Petrobras also have provided petrophysics data from wells (porosity and
permeability obtained from plugs made in the testimonies), it has allowed results comparison
obtained in this study with laboratory data, collected from measurements made in porosimeter
and permeabilímeter. The sample of twelve thin sections have allowed a microscopic
description of the different type of porosity found in fluvial sands of Açu Formation. The
application of image analysis of photomicrographs of four lithofacies in the range study could
estimate pore size and build distribution graphs as pore size for lithofacies, which were
correlated to permeability values, to obtain an idea of the quality of the reservoir. With the
analysis and interpretation of the former graphs, it was concluded that the lithofacies 4 (thick
sandstone, poorly selected) shows the greatest characteristics in terms of distribution of pore
size and permeability, making it therefore at best lithofacies reservoir. The result highlighted
the importance of methodology worked (charting the pore size distribution from image analysis)
in characterizing reservoirs rocks, due to its simplicity and low cost involved in the process.
Figura 1.1: Mapa de localização e vias de acesso da área de estudo. Partindo de Natal/RN, o acesso se dá pela BR-
304................................................................................................................................... ........................................18
Figura 1.4: Demonstração da ferramenta Straight Line Selection sendo desenhada sobre a escala da imagem.......23
Figura 1.8: Primeira sugestão de limiarização realizada automaticamente pela função Threshold.........................27
Figura 1.9: Limiriação ajustada manualmente com relação aos poros da fotomicrografia.......................................27
Figura 1.10: Caixa de análise de partículas, para determinar o intervalo a ser calculado pelo programa...............28
Figura 1.11: Sobreposição dos pixels limiarizados que foram calculados a partir dos intervalos determinados pela
análise de partículas.................................................................................................................................................29
Figura 1.12: Tabela de contagem dos resultados da distribuição de frequência por área do poro............................30
Figura 2.2 – Arcabouço estrutural Bacia Potiguar. (1) Alto dos Canudos, (2) Alto de Quixaba, (3) Alto de Mossoró
e (4) Alto da Serra do Carmo. A – alto, B – baixo, G – graben, F – Falha. Amaral (2000), adaptado Cremonini et
al., (1996) ................................................................................................................................................................ 33
Figura 2.3 – Perfil esquemático da Bacia Potiguar (Parte terrestre) modificado de Bertani et al., (1989) ................34
Figura 2.4 – Carta Estratigráfica da Bacia Potiguar (Modificado de Pessoa Neto et al.2007) ...............................37
Figura 2.5 - Modelo de evolução estrutural mesozoica, adaptado de Szatmari et al. (1985 e 1987). (a) Jurássico;
(b) Final do Neocomiano; (c) Final do Alagoas; (d) Cretáceo Superior (Santoniano); (e) Cretáceo Superior
(Maastrichtiano)......................................................................................................................................................38
Figura 2.6 – Perfil esquemático da Bacia Potiguar (parte marinha), representando a deposição na fase transicional
e Drifte (Bertani et al.,1990) ...................................................................................................................................39
Figura 2.7 – Carta Estratigrafica da Bacia Potiguar (Pessoa Neto et. Al. 2007), correlacionando a Formação Açu
com a compartimentação informal de Vasconcelos et al., (1990) ............................................................................40
Figura 2.8 – Características das unidades de correlação da Fm. Açu. Adaptado de Vasconcelos et al.(1990) .........40
Figura 3.1: Tipos de canais fluviais baseados na morfologia (Miall, 1977) .............................................................43
Figura 3.2: Bloco diagrama de um sistema fluvial entrelaçado ilustrando a geometria dos corpos arenosos.
Modificado de Richards, 1996; retirado de Scherer 2004 ........................................................................................44
Figura 3.3 - Bloco diagrama de um sistema fluvial meandrante. Modificado de Richards, 1996; retirado de Scherer
(2004) ................................................................................................................ ......................................................45
Figura 3.4 – Elementos arquiteturais básicos de canais fluviais (Miall, 1988) ......................................................47
Figura 3.5 – Elementos arquiteturais básicos externos ao canal fluvial (Miall, 1996) .............................................48
Figura 3.6: Hierarquia de superfícies em depósitos fluviais. Os números representam a hierarquia das superfícies.
Existe uma progressiva ampliação das imagens no diagrama A (estruturação estratigráfica regional) até o E
(detalhamento das litofácies) (Miall, 1988) ............................................................................................. ................50
Figura 4.4: Argilito avermelhado com Skolithos Poço: 9-PHRF-16-RN. T7, CX 01/02, 12,5m.............................52
Figura 4.5: Siltito castanho róseo, coeso. Poço: 9-PHRF-20-RN. T6, CX 01/02, 12,85m........................................53
Figura 4.6: Siltito avermelhado bioturbado com climbing ripples, semifriável. Poço 9-PHRF-20-RN. T4, CX
02/02, 8,85m............................................................................................................................................................53
Figura 4.7: Siltito intercalado com argilito, semifriável. Poço 9-PHRF-20-RN. T8, CX 01/01, 16,50m..................53
Figura 4.8: Arenito fino intercalado com siltito, bioturbado e coeso. Poço: 9-PHRF-20-RN. T4, CX 01/02,
8,75m.......................................................................................................................................................................54
Figura 4.9: Arenito médio caulinizado. Poço: 9-PHRF-16-RN. T8, CX 01/02, 14,45m..........................................55
Figura 4.10: Arenito médio a grosso. Poço: 9-PHRF-20-RN. T7, CX 01/02, 14,55m............................................55
Figura 4.11: Arenito grosso mal selecionado, com fragmentos de k-felsdspato e bolas de argila localizadas. Poço:
9-PHRF-16-RN. T3, CX02/02, 5,90m.....................................................................................................................55
Figura 4.12: Arenito grosso mal selecionado. (A) Apresentando bolas de argila. Poço: 9-PHRF-16-RN. T2, CX
02/02, 3,90m. (B) Apresenta fragmentos de K-Feldspato. Poço: 9-PHRF-20-RN. T2, CX 02/02, 5,58m................56
Figura 4.13: Arenito conglomerático. Poço 9-PHRF-16-RN. T9, CX 01/02, 16,90m..............................................57
Figura 4.14: Arenito conglomerático. Poço: 9-PHRF-20-RN. T3, CX 01/02, 6,65m...............................................57
Figura 4.15: Arenito conglomerático. Poço: 9-PHRF-20-RN. T9, CX 01/02, 18,45m .........................................57
Figura 4.18: Relações esquemáticas de deposição e arquitetura, e hierarquia de contorno, as linhas tracejadas
referem-se ao contato litológico entre os elementos de deposição. (A) megaescala, esboçando o afloramento como
um todo, (B) macroescala demonstrando uma heterogeneidade lateral na granulometria do pacote. Adaptado de
Becker (1996) .........................................................................................................................................................60
Figura 4.19: Paleoambientes de deposição arquitetural classificados de acordo com Miall (1996), onde são
observados depósitos de DA – Acresção frontal e FF – Planície de Inundação........................................................61
Figura 4.20: Paleoambientes de deposição arquitetural classificados de acordo com Miall (1996), onde são
observados depósitos de DA – Acresção frontal.....................................................................................................62
Figura 5.1: Escala de intervalos granulométricos, proposta por Wentworth (1992) ................................................65
Figura 5.2: Quadro de comparação visual para a esfericidade e arredondamento (Pettijohn, 1987) ........................65
Figura 5.3: Grau de seleção de uma rocha sedimentar, baseada em seus constituintes detríticos. (PETTIJHON et
al., 1987) ....................................................................................................................... ..........................................66
Figura 5.5: Travessia de varredura e classes de empacotamento utilizando o índice de Kahn (1956) ......................67
Figura 5.6: Fluxograma para identificação da maturidade textural (Scholle, 1979) ................................................68
Figura 5.7: Classificação do sistema poroso em rochas carbonáticas (Choquete & Pray, 1970) ..............................68
Figura 5.8: Fotomicrografia representativa da litofácies 1. Silte fino. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-20-RN,
8,50m.............................................................................................................. .........................................................69
Figura 5.9: Fotomicrografia representativa da litofácies 1. Silte grosso. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN,
7,50m.......................................................................................................................................................................69
Figura 5.10: Fotomicrografia representativa da litofácie 2. Arenito fino a muito fino. Aumento de 40x. Poço: 9-
PHRF-16-RN, 14,10m.............................................................................................................................................70
Figura 5.11: Fotomicrografia representativa da litofácies 3. Arenito médio a grosso, com argila infiltrada
mecanicamente. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50m...........................................................................71
Figura 5.12: Fotomicrografia representativa da litofácies 3. Arenito médio a grosso, sem argila infiltrada
mecanicamente. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 3,70m.........................................................................71
Figura 5.13: Fotomicrografia representativa da litofácies 4. Arenito grosso a muito grosso mal selecionado.
Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 4,65m......................................................................................................72
Figura 5.14: Fotomicrografia representativa da litofácies 4. Arenito grosso a muito grosso mal selecionado.
Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-20-RN, 5,60m......................................................................................................72
Figura 5.15: Classificação das seções delgadas analisadas de acordo com o Diagrama de Folk (1979) ..................73
Figura 5.16: Diagrama de pressão x temperatura relacionando os regimes da diagênese e metamórficos, além de
gradientes P-T típicos para a crosta terrestre (adaptado de Worden & Burley, 2003) ..............................................74
Figura 5.17: Fotomicrografia mostrando argilas infiltradas mecanicamente, apresentando textura de cutícula (seta
amarela) e ponte (seta vermelha). Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m............................................75
Figura 5.18: Fotomicrografia mostrando argilas infiltradas mecanicamente, apresentando textura de cutícula (seta
vermelha). Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m.................................................................................75
Figura 5.19: Fotomicrografia mostrando grão de muscovita (dúctil) apresentando rearranjo textural. Aumento de
100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 3,15 m.......................................................................................................................76
Figura 5.20: Fotomicrografia mostrando grão de quartzo (rúptil) fraturado. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-
RN, 1,50 m...............................................................................................................................................................76
Figura 5.21: Fotomicrografia mostrando empacotamento frouxo, com contatos flutuantes e retos. Aumento de
100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 14,10 m.....................................................................................................................77
Figura 5.22: Fotomicrografia mostrando empacotamento normal, com contatos retos e côncavos-convexos. A seta
amarela indica a presença de pseudomatriz. Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m..............................77
Figura 5.23: Fotomicrografia mostrando dissolução parcial do grão e geração de porosidade secundária
intragranular. Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m............................................................................78
Figura 5.24: Fotomicrografia mostrando dissolução total do grão e geração de porosidade secudária. Aumento de
100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m.......................................................................................................................78
Figura 5.25: Fotomicrografia apresentando caulinita com textura booklet preenchendo os espaços intergranulares.
Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m...................................................................................................79
Figura 5.26: Fotomicrografia apresentando caulinita próximo ao ortocásio, um dos reagentes da reação de
caulinitização. Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m..............................................................79
Figura 5.27: Fotomicrografia apresentando cristais euédricos de minerais opacos. Aumento de 100x. Poço: 9-
PHRF-16-RN, 7,65 m......................................................................................................................79
Figura 5.28: Fotomicrografia apresentando massa de óxido de Fe preenchendo os espaços entre os grãos. Aumento
de 100x. Poço: 9-PHRF-20-RN, 8,45 m...................................................................................................................79
Figura 6.1: Morfologia dos poros, adaptado de Choquete & Pray (1970) ................................................................81
Figura 6.2: Morfologia dos poros, adaptado de Schimidt & McDonald (1979) ......................................................81
Figura 6.3: Porosidade intragranular. Aumento de 100X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T1, CX 02/02, 1,50m…………81
Figura 6.4: Porosidade de encolhimento. Aumento de 100X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T4, CX 02/02, 7,65m …….81
Figura 6.5: Porosidade intergranular, indicada pela seta amarela; porosidade de fratura, indicada pela seta
vermelha; porosidade de dissolução parcial do grão, indicada pela seta laranja; porosidade de encolhimento,
indicada pela seta verde; porosidade móldica, indicada pela seta roxa. Aumento de 40X. Poço: 9-PHRF-16-RN,
T1, CX 02/02, 1,50m...............................................................................................................................................82
Figura 6.6: Porosidade de dissolução parcial do grão, indicada pela seta vermelha; e dissolução total do grão,
indicada pela seta amarela. Aumento de 40X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T1, CX 02/02, 1,50m................................82
Figura 6.12: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 7,65 m........................................................85
Figura 6.13: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 14,10 m......................................................85
Figura 6.14: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 1,50 m..........................................................86
Figura 6.15: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 3,15 m..........................................................86
Figura 6.16: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 3,75 m........................................................87
Figura 6.17: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 5,80 m..........................................................87
Figura 6.18: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 6,40 m..........................................................88
Figura 6.19: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-20-RN, 4,40 m..........................................................88
Figura 6.20: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-20-RN, 13,25 m........................................................89
Figura 6.21: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-16-RN, 4,65 m..........................................................89
Figura 6.22: Análise do sistema poroso para o poço 9-PHRF-20-RN, 5,60 m.........................................................90
Tabela 3.1 – Classificação de litofácies fluviais (Miall. 1996). Retirado de Scherer (2004).....................................46
Tabela 3.2 – Elementos arquiteturais formados dentro dos canais fluviais (Miall, 1988).......................................48
Tabela 6.1 – Média da porosidade por litofácies, por meio de dados cedidos pela PETROBRAS UO/RN-CE, e
calculados na contagem ponto a ponto pelo software Petroledge............................................................................82
ABREVIAÇÕES
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 17
1.1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................... 17
1.2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS ...................................................................................................... 17
1.3. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO .............................................................................................. 18
1.4. BASE DE DADOS E METODOLOGIA EMPREGADA...................................................................... 19
1.4.1. ANÁLISE DOS TESTEMUNHOS DE SONDAGEM .................................................................. 21
1.4.2. ANÁLISE MICROSCÓPICA .................................................................................................... 21
1.4.3. ANÁLISE DO SISTEMA POROSO .......................................................................................... 22
1.4.4. EDIÇÃO DE IMAGENS, GRÁFICOS, TABELAS E MAPAS ....................................................... 31
2. CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL ......................................................................................... 32
2.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 32
2.2. ARCABOUÇO ESTRUTURAL........................................................................................................ 33
2.3. LITOESTRATIGRAFIA .................................................................................................................. 34
2.4. EVOLUÇÃO TECTONO-SEDIMENTAR ......................................................................................... 38
2.5. FORMAÇÃO AÇU ....................................................................................................................... 39
3. SISTEMA FLUVIAL ..................................................................................................................... 42
3.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 42
3.2. PROCESSOS FLUVIAIS ................................................................................................................ 42
3.3. TIPOLOGIA DOS CANAIS FLUVIAIS ............................................................................................. 43
3.3.1. Rios Anastomosados E Retos .............................................................................................. 44
3.3.2. Rios Entrelaçados................................................................................................................ 44
3.3.3. Rios Meandrantes ............................................................................................................... 45
3.4. ÁREAS EXTERNAS AOS CANAIS .................................................................................................. 45
3.5. FÁCIES........................................................................................................................................ 46
3.6. ELEMENTOS ARQUITETURAIS ................................................................................................... 47
3.7. SUPERFÍCIES LIMÍTROFES .......................................................................................................... 49
4. LITOFÁCIES E PALEOAMBIENTE ................................................................................................ 51
4.1. INTROUÇÃO ............................................................................................................................... 51
4.2. LITOFÁCIES DOS POÇOS RASOS ................................................................................................. 52
4.2.1. Litofácies 1 .......................................................................................................................... 52
4.2.2. Litofácies 2 .......................................................................................................................... 54
4.2.3. Litofácies 3 .......................................................................................................................... 54
4.2.4. Litofácies 4 .......................................................................................................................... 55
4.2.5. Litofácies 5 .......................................................................................................................... 57
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................... 94
APÊNDICES ......................................................................................................................................... 98
ANEXO .............................................................................................................................................. 112
17
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 – APRESENTAÇÃO
Figura 1.1: Mapa de localização e vias de acesso da área de estudo. Partindo de Natal/RN, o acesso se dá
pela BR-304.
19
A base de dados utilizada para este trabalho engloba conhecimentos adquiridos através
de pesquisas bibliográfica da Bacia Potiguar, além de estudos prévios do afloramento em
questão (Becker, 1996), visita ao afloramento, descrição macroscópica de testemunhos de dois
poços rasos e descrição microscópica de doze seções delgadas.
Os métodos de trabalho envolveram seis etapas (Figura 1.2). A primeira etapa abrangeu
um levantamento bibliográfico da Bacia Potiguar e de estudos já realizados no afloramento,
bem como aprofundamento em petrologia sedimentar e sistemas fluviais.
Na segunda etapa, foi efetuada uma visita ao afloramento, onde foi realizada uma
descrição e interpretação macroscópica, visando à identificação litológica, geometria dos
estratos e estruturas sedimentares, parâmetros estes usados para reconhecimento das fácies
deposicionais e do paleoambiente.
A terceira etapa envolveu a descrição de 36,15 m de testemunhos de poços rasos,
visando caracterizar as litofácies, em subsuperfície, tomando-se como base as estruturas
sedimentares e características texturais das litologias pertencentes à Formação Açu.
Na quarta etapa, foi realizada a descrição petrográfica de doze seções delgadas,
provenientes dos testemunhos de poços rasos, visando à análise petrográfica, diagenética e das
propriedades do sistema poroso.
A quinta etapa compreendeu a análise das fotomicrografias das seções delgadas, visando
estimar a porosidade e a distribuição do tamanho dos poros das litofácies presentes.
Por fim, a sexta etapa buscou compreender e integrar os resultados obtidos nas etapas
anteriores, com os valores de porosidade e permeabilidade cedidos pela Petrobras UO-RNCE e
obtidos por Becker (1996).
20
Etapas:
Figura 1.4: Demonstração da ferramenta Straight Line Selection desenhada sobre a escala da imagem.
24
- Realizada a sub etapa anterior, é necessário informar ao software qual a distância conhecida
da escala (Figura 1.5).
Analayze > Set Scale
Este procedimento de calibração deve ser feito sempre que o software é iniciado, no
intuito de realizar uma análise quantitativa das imagens.
25
Figura 1.6: Caixa demonstrando quais opções devem ser selecionadas para que o software calcule.
Figura 1.8: Primeira sugestão de limiarização realizada automaticamente pela função Threshold.
Figura 1.9: Limirização ajustada manualmente com relação aos poros da fotomicrografia.
28
Figura 1.10: Caixa de análise de partículas, para determinar o intervalo a ser calculado pelo
programa.
a) Size – Delimita o tamanho das partículas que devem ser calculadas. As partículas
com área fora da faixa especificada neste campo são ignoradas.
b) Circularity – Partículas com valores de circularidade de tamanho fora do
intervalo especificado neste campo são ignoradas.
Á𝑟𝑒𝑎
4𝜋 x (𝑃𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜2 ) Eq.1.1
Figura 1.11: Sobreposição dos pixels limiarizados que foram calculados a partir dos intervalos
determinados pela análise de partículas.
Junto com a imagem gerada, também é fornecida a tabela de resultados (Figura 1.12),
mostrando a frequência pela área que foi limiarizada. No caso do presente estudo, sobrepõem
a área dos poros.
30
Figura 1.12: Tabela de contagem dos resultados da distribuição de frequência por área do poro.
Sexta etapa: Nesta etapa, com os dados de frequência versus área do poro, gerados na
tabela de resultado anterior, é possível gerar um histograma de frequência versus classes
de tamanho da área do poro (Figura 6.13).
Results > Distributions
Para a exportação dos dados para o Excel 2013, basta clicar na caixa Copy,
e colar no Excel, para então normatizar os dados, gerar histogramas normatizados
e gráficos de curvas acumulativas.
As imagens, gráficos, tabelas e perfis litológicos contidos nesse relatório foram editados
e elaborados utilizando os programas: ArcMap 10.1 da Esri TM ; CorelDRAW Graphics Suite X6,
P P
CorelDRAW Graphics Suite X7, da Corel Corporation®; SedLog 3.0 e Excel 2013 da
Microsoft®.
32
2.1. – INTRODUÇÃO
Figura 2.2 – Arcabouço estrutural Bacia Potiguar. (1) Alto dos Canudos, (2) Alto de Quixaba, (3) Alto de
Mossoró e (4) Alto da Serra do Carmo. A – alto, B – baixo, G – graben, F – Falha. Amaral (2000), adaptado
Cremonini et al., (1996).
Além das estruturas de direção NE-SW presente na bacia, são observadas outras
importantes estruturas de direção NW-SE, interpretadas por Hackspacher et al., (1984), como
produto de reativações pós-campanianas. Matos (1992) interpreta estas estruturas como sendo
falhas de transferência durante a fase rifte inicial. Cremonini et al., (1996) caracterizaram este
padrão de falhamentos NW-SE e NE-SW na porção submersa da bacia como sendo o produto
de superposição de fases de rifteamento.
Figura 2.3 – Perfil esquemático da Bacia Potiguar (Parte terrestre) modificado de Bertani et al., (1989).
2.3 LITOESTRATIGRAFIA
Araripe & Feijó (1994) organizaram a litoestratigrafia da Bacia Potiguar em três grupos:
Areia Branca, Apodi e Agulha. Ainda nessa proposta, a par do preenchimento sedimentar,
ocorreram três episódios vulcânicos individualizados em três formações: Rio Ceará Mirim,
Serra do Cuó e Macau (Figura 2.4).
O Grupo Areia Branca, engloba as Formações Pendências, Pescada e Alagamar, e é
caracterizado por conteúdo essencialmente clástico.
A Formação Pendências caracteriza-se por arenito fino, médio e grosso, cinza-
esbranquiçado, com intercalações de siltito cinzento. Possui idades Neo-Rio da Serra e Jiquiá.
O sistema deposicional aponta para leques aluviais associados a falhamentos flúvio-deltaicos
35
progradando para pelitos lacustres, entremeados por frequentes turbiditos (Della Fávera, 1992;
apud Araripe & Feijó, 1994).
A Formação Pescada é composta por arenito médio branco e arenito fino cinzento, com
intercalações de folhelho e siltito cinzento. O sistema deposicional é constituído de leques
aluviais coalescentes e sistemas flúvio-deltaicos com pelitos lacustres entremeados por
turbiditos, estando esses depósitos geneticamente relacionados ao final da fase rifte na bacia
(Araripe & Feijó, 1994).
A Formação Alagamar é composta por arenitos e lamitos de origem flúvio-deltáica
(Membro Upanema) e transicional (Membro Galinhos), separados por uma camada de
folhelhos pretos e calcilutitos ostracoidais, de ambiente transicional, denominada Camada
Ponta do Tubarão (Araripe & Feijó, 1994).
O Grupo Apodi engloba as Formações: Açu, Jandaíra, Quebradas e Ponta do Mel.
A Formação Açu é composta por rochas siliciclásticas, de conglomerados até argilitos,
de idade Albo-Cenomoniana (Bertani et al.,1990). Devido ao presente estudo abranger rochas
dessa formação, a mesma será caracterizada em maiores detalhes no tópico 2.5.
A Formação Ponta do Mel (Tibana & Terra, 1981; apud Araripe & Feijó, 1994) contém
calcarenito oolítico creme, doloespatito castanho-claro e calcilutito branco, com camadas de
folhelho verde, estando essas rochas associadas a depósitos de plataforma rasa, planície de maré
e mar aberto, de idade neoalbiana.
A Formação Quebradas foi dividida por Araripe & Feijó (1994) em dois membros: o
Membro Redonda, constituído por intercalações de arenito, folhelho e siltito, e o Membro Porto
do Mangue, representado por folhelhos e arenitos subordinados. Ambos são depósitos
marinhos, de plataforma e talude, de idade Cenomaniana.
A Formação Jandaíra é composta por calcarenito bioclástico com foraminíferos
bentônicos, por vezes associado a algas verdes (Sampaio & Schaller 1968; apud Araripe &
Feijó, 1994). Também ocorre calcilutito com marcas de raízes, dismicrito e gretas de contração.
Esse conjunto de fácies aponta para ambiente de planície de maré (Monteiro e Faria, 1998; apud
Araripe & Feijó, 1994); de idades Turoniana a Mesocampaniana.
Por fim, o Grupo Agulha, formado por rochas carbonáticas e clásticas de baixa energia,
englobando as Formações: Guamaré, Ubarana e Tibau.
A Formação Ubarana caracteriza-se por uma espessa seção de folhelho e argilito
cinzento, entremeada por camadas relativamente delgadas de arenito grosso a muito fino
esbranquiçado, siltito cinza-acastanhado e calcarenito fino creme-claro. Trata-se de pelítos
depositados em talude e bacia do Albiano ao Holoceno.
36
Figura 2.4 – Carta Estratigráfica da Bacia Potiguar (Modificado de Pessoa Neto et al.2007).
38
Figura 2.5 - Modelo de evolução estrutural mesozoica, adaptado de Szatmari et al. (1985 e 1987). (a)
Jurássico; (b) Final do Neocomiano; (c) Final do Alagoas; (d) Cretáceo Superior (Santoniano); (e) Cretáceo
Superior (Maastrichtiano).
e calcários lagunares, com influência marinha, intercalados por arenitos deltaicos, que
caracterizam a megassequencia transicional (Pessoa Neto, 2007).
Já a Fase de Deriva (Albiano-Holoceno) corresponde à fase de deriva continental,
caracterizado por uma sedimentação marinha (Figura 2.6). O regime tectônico controlador desta
fase é o de subsidência termal e compensação isostática (Chang & Kowsmann 1987, Chang et
al.,1992; apud Pessoa Neto 2003), típico do contexto de margem passiva. O preenchimento
sedimentar da bacia durante a fase de deriva pode ser dividido em duas fases: transgressiva e
regressiva. A fase transgressiva é representada por sistemas fluviais, costeiros, plataformais, até
marinho profundo. A fase regressiva é representada por sistemas deposicionais costeiros-
plataforma-talude-bacia (Pessoa Neto et al..2007).
Figura 2.6 – Perfil esquemático da Bacia Potiguar (parte marinha), representando a deposição na fase
transicional e Drifte (Bertani et al.,1990).
Figura 2.7 – Carta Estratigrafica da Bacia Potiguar (Pessoa Neto et. Al. 2007), correlacionando a Formação
Açu com a compartimentação informal de Vasconcelos et al., (1990).
Figura 2.8 – Características das unidades de correlação da Fm. Açu. Adaptado de Vasconcelos et al.(1990).
41
3.1 – INTRODUÇÃO
Este capítulo aborda de modo sucinto o sistema fluvial, cujas características variam
significativamente no tempo e no espaço. Fatores como o relevo e a descarga controlam a
capacidade e competência dos rios, refletindo, principalmente, no tipo de sedimento
transportado, e na morfologia do canal (Scherer, 2004).
transportados por saltação. A morfologia das formas de leito é controlada pela granulometria e
pela velocidade do fluxo, considerando-se a profundidade da lâmina de água (Allen, 1982;
Ashley, 1990).
A carga em suspensão transporta sedimentos em suspensão na água, os quais são
depositados pela ação da gravidade em locais de baixa energia. Os processos de suspensão
geram marcas onduladas cavalgantes.
São caracterizados por uma rede de canais interconectados por barras arenosas e
cascalhosa (Figura 3.2). Apresentam alta razão largura/profundidade, normalmente maior que
50 (Bridge,1993). Possui grande variabilidade de descarga, abundância de carga de fundo e
facilidade de erosão das margens (Scherer, 2004).
Figura 3.2: Bloco diagrama de um sistema fluvial entrelaçado ilustrando a geometria dos corpos arenosos.
Modificado de Richards (1996; apud Scherer, 2004).
45
Caracterizam-se por rios com baixa velocidade e carga sedimentar, fluindo em planícies
de inundação quase plana (Figura 3.3). Seus canais possuem alta sinuosidade e geralmente
pouca variação na descarga. Em relação aos rios entrelaçados, os rios meandrantes contêm uma
maior proporção de silte e argila, e menor de areia e cascalho (Walker & James, 1992).
Figura 3.3 - Bloco diagrama de um sistema fluvial meandrante. Modificado de Richards (1996, apud
Scherer, 2004).
As áreas externas aos canais podem ser subdivididas em dois tipos: áreas próximas de
canais ativos (diques marginais e depósitos de espraiamento crevasse) e áreas distantes de
canais ativos (planície de inundação).
Diques marginais são cristas estreitas e contínuas depositadas às margens do canal,
formado por sedimentos finos (areia fina e silte) (Brierley et al., 1997).
Espraiamento de crevasse são lobos arenosos com morfologia similar a leques aluviais
(Figura 3.3), depositados durante o extravasamento do canal, em grandes cheias.
A planície de inundação ocorre em locais de baixo relevo, com pouca drenagem e baixa
taxa de acumulação de sedimentos. Seus depósitos são de granulometria muito fina. Pode
ocorrer o desenvolvimento de uma grande quantidade de subambientes, dependendo do clima
atuante (Nanson & Croke, 1992; Miall, 1994).
46
3.5 – FÁCIES
Tabela 3.1 – Classificação de litofácies fluviais (Miall. 1996, apud Scherer, 2004).
47
Tabela 3.2 – Elementos arquiteturais formados dentro dos canais fluviais (Miall, 1988).
Figura 3.5 – Elementos arquiteturais básicos externos ao canal fluvial (Miall, 1996).
49
De acordo com Miall (1988, 1991), existem seis ordens hierárquicas de superfícies
limítrofes em depósitos fluviais (Figura 3.6).
1ª ordem – Um limite de set, geralmente erosional, mas que não corta estratificações
anteriores. Interpretada como resultado da migração das formas de leitos sob um regime de
fluxo constante;
2ª ordem – São planas, e sem evidência de erosão expressiva, sendo superfícies limitadas
por cosets de litofácies distintas. São interpretadas como resultado de uma mudança nas
condições de fluxo;
3ª ordem – São superfícies erosionais com baixo ângulo de mergulho, relacionadas a
incrementos de macroformas, identificadas por superfícies de reativação. Indicam mudanças na
velocidade ou reorientação do fluxo;
4ª ordem – Separa as unidades individuais deposicionais, acima e abaixo das
macroformas. Morfologicamente são retas a levemente convexas. São resultado da mudança do
padrão das barras fluviais, decorrentes da mudança do fluxo.
5ª ordem – Superfícies limitantes maiores que separam o complexo de canais de lençois
de areia. Tem a forma plana a levemente convexa, e sua gênese se relaciona com a incisão e/ou
migração de canais.
6ª ordem – Define grupos de canais ou paleovales, mapeadas como unidades
estratigráficas. Marcam importantes mudanças no sistema fluvial, relacionadas ao nível de base
estratigráfico.
50
Figura 3.6: Hierarquia de superfícies em depósitos fluviais. Os números representam a hierarquia das
superfícies. Existe uma progressiva ampliação das imagens no diagrama A (estruturação estratigráfica
regional) até o E (detalhamento das litofácies) (Miall, 1988).
51
4.1 – INTRODUÇÃO
4.2.1 Litofácies 1
Composta por argilitos esverdeados (Figura 4.3), por vezes avermelhados, apresentando
estrutura maciça, de natureza semifriável. É frequente a presença de bioturbações, do tipo
Skolithos (Figura 4.4). Também ocorrem intercalados com siltitos (Figura 4.7), e em formas de
bolas de argilas localizadas na base de arenitos.
Figura 4.3: Argilito esverdeado. Poço: 9-PHRF- Figura 4.4: Argilito avermelhado com Skolithos
20-RN. T3, CX 02/02, 7,85m. Poço: 9-PHRF-16-RN. T7, CX 01/02, 12,5m.
53
Figura 4.5: Siltito castanho róseo, coeso. Poço: 9- Figura 4.6: Siltito avermelhado bioturbado com
PHRF-20-RN. T6, CX 01/02, 12,85m. climbing ripples, semifriável. Poço 9-PHRF-20-
RN. T4, CX 02/02, 8,85m.
Figura 4.7: Siltito intercalado com argilito, semifriável. Poço 9-PHRF-20-RN. T8, CX 01/01, 16,50m.
54
4.2.2 Litofácies 2
4.2.3 Litofácies 3
Trata-se da litofácies mais abundante encontrada nos poços. Compreende desde arenitos
médios (Figura 4.9) a grossos (Figura 4.10), de cores branco amarelado, nas porções mais rasas,
a alaranjado, nas porções mais profundas. Seus grãos são de regular a pobremente selecionados,
e subangulares. Esta litofácies é pouco argilosa e de natureza semifriável. Os grãos possuem
uma composição quatzo-feldspática, sendo bastante caulinitizados. Quanto às estruturas
sedimentares, apresenta-se maciça ou com cruzadas planares de baixo ângulo, sendo notório
um afinamento textural para o topo, evidenciando uma granodecrescência ascendente.
55
Figura 4.9: Arenito médio caulinitizado. Poço: 9- Figura 4.10: Arenito médio a grosso. Poço: 9-PHRF-
PHRF-16-RN. T8, CX 01/02, 14,45m. 20-RN. T7, CX 01/02, 14,55m.
4.2.4 Litofácies 4
Composta por arenito grosso a muito grosso e pobremente selecionado (Figura 4.11).
Pouco argilosa, de natureza semi-coesa, esta lifácies apresenta uma coloração esbranquiçada,
em parte branco alaranjada. Também se observam fragmentos de K-feldspato e seixos de
quartzo dispersos, além de fragmentos de folhelhos e bolas de argilas localizadas próximo à
base.
Figura 4.11: Arenito grosso pobremente selecionado, com fragmentos de k-felsdspato e bolas de argila
localizadas. Poço: 9-PHRF-16-RN. T3, CX02/02, 5,90m.
56
Figura 4.12: Arenito grosso pobremente selecionado. (A) Com bolas de argila. Poço: 9-PHRF-16-RN. T2,
CX 02/02, 3,90m. (B) Com fragmentos de K-Feldspato. Poço: 9-PHRF-20-RN. T2, CX 02/02, 5,58m.
57
4.2.5 Litofácies 5
Formada por arenitos conglomeráticos (Figura 4.13), com matriz alaranjada, grãos
pobremente selecionados e subangulares, pouco argilosa, e de natureza semicoesa, por vezes
semifriável. Apresenta-se maciça e, em algumas partes plano-paralela, pouco definida. Nota-se
uma granodecrescência ascendente e bolas de argila na base (Figura 4.14).
Figura 4.13: Arenito conglomerático. Poço 9-PHRF-16- Figura 4.14: Arenito conglomerático. Poço: 9-PHRF-
RN. T9, CX 01/02, 16,90m. 20-RN. T3, CX 01/02, 6,65m.
Figura 4.16
59
Essas camadas areníticas e pelíticas formam um ciclo (Figura 4.18A) em que, no topo
da sequência, encontram-se argilitos e siltitos (litofácies 1) e, logo acima, representando a base
de uma nova sequência, em um contato erosivo, encontram-se os arenitos de granulometria
grossa e os arenitos conglomeráticos (litofácies 4 e 5). Em alguns locais, o pacote arenítico
possui uma variação lateral em sua granulometria (Figura 4.18B), indo de fino a médio
(litofácies 2 e 3). O contato erosivo entre o argilito da base e o arenito sugere uma superfície
hierárquica limítrofe de 5ª ordem, de acordo com a classificação de Miall (1985,1988). Já na
porção intermediária do pacote arenítico, encontram-se arenitos com granulometria mais fina,
intercalados com os grossos, podendo-se inferir superfícies limítrofes de 2ª e 3ª ordem. Essas
mudanças granulométricas indicam a existência de uma variação sazonal no fluxo e,
consequentemente, geram uma variação na porosidade e permeabilidade do arenito
reservatório.
Na porção superior do pacote arenítico, não há contraste granulométrico significativo,
porém é observado um contato superior abrupto com o argilito, sendo definido como uma
superfície limítrofe de 4ª ordem.
60
Figura 4.19: Paleoambientes de deposição arquitetural classificados de acordo com Miall (1996), onde são
observados depósitos de DA – Acresção frontal e FF – Planície de Inundação.
De modo geral, o sistema fluvial entrelaçado apresenta barras arenosas no meio do canal,
depositado por acresção frontal (DA) (Figura 4.21), tal que, ocorre uma granodecrescência
ascendente da base para o topo, como também, em algumas partes, uma variação
granulométrica lateral, a depender da energia empregada no transporte e deposição dos
sedimentos. Também ocorrem intercalados depósitos pelíticos, na forma de lentes
centimétricas, representando o final do ciclo deposisional, devido uma mais baixa energia do
fluxo.
62
Figura 4.20: Paleoambientes de deposição arquitetural classificados de acordo com Miall (1996), onde são
observados depósitos de DA – Acresção fronta, intercalados com lentes pelíticas centimétricas.
A Formação Açu foi afogada pelas rochas carbonáticas da Fm. Jandaíra, durante a
transgressão marinha de idade Turoniana a Mesocampaniana, sendo possível observar as duas
formações na figura abaixo, onde a Fm. Jandaíra está sobreposta à Fm. Açu (Figura 4.22).
5.1 – INTRODUÇÃO
Figura 5.2: Quadro de comparação visual para a esfericidade e arredondamento (Powers, 1953, apud
Pettijohn, 1987).
tamanho dos grãos. Já um bem selecionado é quando a maioria de seus constituintes possui
dimensões aproximadamente semelhantes. Para inferir tal parâmetro, utilizaram-se as figuras
de Pettijohn et al (1949) (Figura 5.3).
Figura 5.3: Grau de seleção de uma rocha sedimentar, baseada em seus constituintes detríticos.
(PETTIJHON et al., 1987).
O conceito de maturidade mineralógica pode ser definido como a extensão por meio da
qual os processos que atuaram na formação do sedimento evoluíram para a litificação e
formação da rocha sedimentar. Arenitos mineralogicamente maduros são constituídos
predominantemente por um tipo de mineral.
Os contatos entre os grãos (Figura 5.4) podem ser classificados em cinco categorias:
flutuante, pontual, reto, côncavo-convexo e suturado. Para caracterizar a frequência na qual
cada tipo de contato ocorre na seção delgada, são utilizados os termos: predominante (P),
comum (C), raro (R) e traço (tr).
Figura 5.5: Travessia de varredura e classes de empacotamento utilizando o índice de Kahn (1956).
Figura 5.6: Fluxograma para identificação da Figura 5.7: Classificação do sistema poroso em rochas
maturidade textural (Scholle, 1979). carbonáticas (Choquete & Pray, 1970).
5.2.1 – Litofácies 1
Essa litofácies é a única representante da classe dos lamitos. Sua granulometria foi
mensurada na fração silte fino (Figura 5.8) (9-PHRF-20-RN, 8,50m) e silte grosso (Figura 5.9)
(9-PHRF-16-RN 7,65m). Seus grãos são bem selecionados, e os mesmos possuem uma boa
esfericidade, sendo subarrendodados a subangulares. Ambas as seções apresentam
empacotamento apertado; são abundantes os contatos pontuais e retos, os côncavos-convexos
69
5.2.2 – Litofácies 2
Essa litofácies representa psamitos com granulometria variando de muito fina a fina
(Figura 5.10). A mesma ocorre muito raramente nos intervalos analisados dos dois poços rasos,
e a única lâmina representativa dessa litofácies é a 9-PHRF-16-RN 14,10 m. Seus grãos
apresentam uma boa esfericidade, sendo bem selecionados, e morfologicamente subangulares
a subarredondados. O empacotamento foi calculado como normal, e contatos pontuais e retos
ocorrem em abundancia, enquanto os côncavos-convexos e flutuantes são raros. É uma
litofácies mineralógicamente imatura e texturalmente submatura.
70
Figura 5.10: Fotomicrografia representativa da litofácies 2. Arenito fino a muito fino. Aumento de 40x.
Poço: 9-PHRF-16-RN, 14,10m.
5.2.3 – Litofácies 3
Trata-se da unidade que ocorre com mais frequência, sendo representada pelas seções
delgadas: 1,50m; 3,15m; 3,75m; 5,80m; e 6,40m do poço 9-PHRF-16-RN, e 4,40m e 13,25m
do poço 9-PHRF-20-RN. Sua granulometria varia de médio a grosso, com as camadas
apresentando um forte padrão de granodecrescência ascendente. Comparando as seções
delgadas analisadas em relação à profundidade, nota-se uma variação textural, na qual as seções
mais próximas à base das camadas, apresentam grãos maiores e pobremente selecionados, com
baixa esfericidade, gradando para grãos menores, e moderadamente selecionados, com uma boa
esfericidade para o topo. O empacotamento varia de apertado na base, gradando para normal
nas porções do topo, apresentando desde contatos pontuais, retos, côncavos-convexos,
suturados, até grãos flutuantes; os grãos são morfologicamente subarredondados e
71
5.2.4 – Litofácies 4
Essa unidade é representada por arenito grosso a muito grosso pobremente selecionado,
descrita nas seções delgadas das profundidades 4,65 m do poço 9-PHRF-16-RN e 5,60 m do
poço 9-PHRF-20-RN. Seus grãos apresentam baixa esfericidade e morfologia subangular a
72
Os valores de quartzo total, feldspato total e litoclastos das amostras analisadas foram
plotados em diagrama triangular de classificação de Folk (1975) (Figura 5.15), sendo
classificadas como Subarcóseos, exceto a amostra 9-PHRF-16-RN 4,65m, classificada como
Arcóseo.
73
Figura 5.15: Classificação das seções delgadas analisadas de acordo com o Diagrama de Folk (1975).
5.3 – DIAGÊNESE
Os estágios diagenéticos foram inicialmente propostos por Choquette & Pray (1970),
subdividindo a diagênese em três estágios progressivos: Eodiagênese, mesodiagênese e
telodiagênese. Esses estágios foram adaptados posteriormente por Schmidt & McDonald
(1979), De Ros, 1987, e Morad et al. (2000).
De acordo com Morad et al. (2000), a eodiagênese ocorre desde a superfície até
profundidades em torno de 2 km e temperatura de 70ºC. A mesodiagênse, por sua vez, foi
subdividida em rasa e profunda. A primeira é caracterizada por profundidades de 2 a 3 km e
temperaturas compreendidas entre 70ºC e 100ºC. A pressão e temperatura são crescentes e os
fluidos diagenéticos são modificados pelas reações com os minerais. A mesodiagênese
profunda atinge profundidades superiores a 3 km e temperatura acima de 100ºC. Este estágio
pode atingir o anquimetamorfismo com o soterramento crescente, ou a telodiagênese com o
soerguimento.
De Ros, (1987) caracteriza a telodiagênese pela reexposição das rochas previamente
soterradas às condições superficiais por soerguimento ou erosão da parte da seção, ou pela
infiltração de água devido à presença de falhamentos, os quais permitem que tais rochas, apesar
de soterradas, sejam afetadas pelas condições superficiais.
75
Os principais eventos diagenéticos atuantes nos arenitos da formação Açu são: (a)
Infiltração mecânica de argilas, (b) Compactação, (c) Crescimento secundário de quartzo e
feldspato, (d) Dissolução, (e) Cimentação por caulinita, (f) Precipitação de minerais opacos e
oxidação.
Figura 5.17: Argilas infiltradas mecanicamente, Figura 5.18: Argilas infiltradas mecanicamente,
apresentando textura de cutícula (seta amarela) e apresentando textura de cutícula (seta vermelha).
ponte (seta vermelha). Aumento de 100x. Poço: 9- Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m.
PHRF-16-RN, 1,50 m.
76
b) Compactação
Figura 5.19: Grão de muscovita (dúctil) Figura 5.20: Grão de quartzo (rúptil) fraturado.
apresentando rearranjo textural. Aumento de Aumento de 40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m.
100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 3,15 m.
Figura 5.21: Empacotamento frouxo, com contatos Figura 5.22: Empacotamento normal, com
flutuantes e retos. Aumento de 100x. Poço: 9- contatos retos e côncavos-convexos. A seta amarela
PHRF-16-RN, 14,10 m. indica a presença de pseudomatriz. Aumento de
40x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m.
d) Dissolução
Figura 5.23: Dissolução parcial do grão e geração Figura 5.24: Poro agigantando a esquerda, e
de porosidade secundária intragranular. Aumento dissolução total do grão e geração de porosidade
de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m. secudária. Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-
RN, 6,40 m.
e) Cimentação
R Microclínio
R Caulinita
79
Figura 5.25: Caulinita com textura booklet Figura 5.26: Caulinita próximo ao ortocásio, um
preenchendo os espaços intergranulares. Aumento dos reagentes da reação de caulinitização. Aumento
de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 1,50 m. de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 6,40 m.
Figura 5.27: Grãos euédricos de minerais opacos. Figura 5.28: Massa de óxido de Fe preenchendo os
Aumento de 100x. Poço: 9-PHRF-16-RN, 7,65 m. espaços entre os grãos. Aumento de 100x. Poço: 9-
PHRF-20-RN, 8,45 m.
80
6.1 - INTRODUÇÃO
6.2 - POROSIDADE
P = porosidade;
Vv = volume de vazios da rocha;
Vt = volume total.
A forma, a dimensão, o grau de empacotamento e o arranjo das partículas influenciam
a porosidade de uma dada rocha.
O estudo da porosidade é de extrema importância para a prospecção de hidrocarbonetos,
águas subterrâneas, e no reconhecimento de barreiras de permeabilidade. Em rochas
sedimentares a porosidade varia de zero, em sílex compacto não fraturado, a 80-90% em argilas.
Todavia, os valores mais frequentes são de 5% a 25%. Valores de porosidade na ordem de 35%
são tidos como excelentes para reservatórios de água e hidrocarbonetos (Suguio, 1980).
A porosidade primária mostra dados sobre o arcabouço deposicional da rocha, enquanto
a porosidade secundária é sugestiva do arcabouço pós-deposicional ou diagenético da rocha
(Choquette & Pray, 1970; Shanmungan,1985).
81
Figura 6.1: Morfologia dos poros. Adaptada de Figura 6.2: Morfologia dos poros. Adaptada de
Choquete & Pray (1970). Schmidt & McDonald (1979).
Figura 6.3: Porosidade intragranular. Aumento de Figura 6.4: Porosidade de encolhimento. Aumento
100X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T1, CX 02/02, 1,50m. de 100X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T4, CX 02/02,
7,65m.
82
Figura 6.5: Porosidade intergranular, indicada Figura 6.6: Porosidade de dissolução parcial do
pela seta amarela; porosidade de fratura, indicada grão, indicada pela seta vermelha; e
pela seta vermelha; porosidade de dissolução microporosidade, indicada pela seta amarela.
parcial do grão, indicada pela seta laranja; Aumento de 40X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T1, CX
porosidade de encolhimento, indicada pela seta 02/02, 1,50m.
verde; porosidade móldica, indicada pela seta roxa.
Aumento de 40X. Poço: 9-PHRF-16-RN, T1, CX
02/02, 1,50m.
Tabela 6.1 – Média da porosidade por litofácies, por meio de dados cedidos pela PETROBRAS
UO/RN-CE, e calculados na contagem ponto a ponto pelo software Petroledge.
Os valores das médias por litofácies cedidos pela PETROBRAS são mais precisos, visto
que foram calculados através de porosímetro, a partir de plugues dos poços. Para a litofácies 1,
foram fornecidos os valores das análises de 10 amostras; já para a litofácies 2, apenas uma
amostra, não representando portanto um valor confiável; para a litofácies 3, foram analisadas
83
Para o teste da eficiência do software Image J, foi criado no software Corel Draw uma
rocha artificial (Figura 6.7) de porosidade conhecida (28%), com poros (cor azul) em diferentes
tamanhos (Figura 6.8).
10 mm 1 mm
1 mm
10 mm
Figura 6.7: Escala da rocha artificial Figura 6.8: Rocha artificial testada no
para determinar a porosidade conhecida. Image J.
A partir da análise do software Image J, foi gerado o histograma abaixo (Figura 6.9),
relacionando frequência versus tamanho do poro, em milímetros.
84
Com os dados fornecidos pela tabela que gerou o histograma acima, é gerado, no Excel 2013,
um histograma com esses valores normatizados a 100%. Esse processo é de fundamental importância
para poder comparar a frequência acumulativa entre as litofácies.
Rocha Artificial
Tamanho Freq. (%) Acumulativa
1 22 22
2 22 44
3 11 56
4 22 78
5 11 89
6 11 100
Com os resultados dos histogramas obtidos para cada seção delgada, foi calculada a
média aritmética da frequência normatizada para as litofácies 3 e 4, visto que as litofácies 1 e 2
apresentam apenas uma seção delgada representando suas litofácies, não sendo necessário o
cálculo da média aritmética. Calculada a média para as litofácies 3 e 4, foi possível correlacionar
todas as seções e juntar em um só gráfico por litofácies (Figura 6.23). A partir da análise
comparativa das curvas acumulativas, conclui-se que a litofácies 4 (arenito grosso pobremente
selecionado) apresenta as melhores características em termos de padrão de distribuição do
tamanho dos poros dentre as quatro litofácies analisadas, pelo fato da curva cumulativa ser
menos acentuada, e apresentar tamanhos de poros maiores em relação às demais fácies.
91
CAPÍTULO 7 – CONCLUSÃO
Com a análise das fotomicrografias provenientes das doze seções delgadas a partir do
software Image J, foi possível estimar a porosidade e a qualidade dos reservatórios, através de
gráficos de distribuição do tamanho dos poros e da comparação dos resultados das curvas
cumulativas obtidas para cada litofácies com os dados de permeabilidade obtidos através de
análises laboratoriais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A2mica%20Externa%20e%20Risco%20Geol%C3%B3gico%22 acessado em 11/08/14 às
14T
13:17.
98
APÊNDICE - A
Software IMAGE J
APÊNDICE - B
Descrição das seções delgadas
57.00
Microclínio 4.33 Óxido de Fe --------------------------------------------- 3.00
Ortoclásio 2.67 Argila Infiltrada Cutícula/pontes e menisco 8,33
Apatita 0.67
Fragmento de rocha 0.67 TIPO COMPOSIÇÃO
Biotita 0.33 Intraclasto Argiloso 0.67
MATRIZ
63.33
Ortoclásio 5.67 Óxido de Fe --------------------------------------------- 1.67
Microclínio 0.67 Argila Infiltrada Cutícula 3.00
Plagioclásio 0.33
Opacos 0.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Deposicional Silte/argila? 7.67
MATRIZ
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento
2- Cimentação por caulinita 6-Infiltração mecânica de argila
3- Compactação mecânica 7-Oxidação
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.: Granulos dispoersos. Grãos menores apresentam alta esfericidade.
101
62
Ortoclásio 2.00 Óxido de Fe --------------------------------------------- 0.33
Plagioclásio 0.67 Argila infiltrada Cutícula 1,67
Microclínio 0.33
Apatita 0.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Epidoto 0.33 Deposicional Silte/argila 3.33
MATRIZ
Biotita 0.67
Opacos 0.33
Muscovita 0.33
47.33
Ortoclásio 14.67 Óxido de Fe --------------------------------------------- 0.33
Microclínio 1.33
Apatita 0.67
Biotita 1.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Opacos 0.33
MATRIZ
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento
2- Cimentação por caulinita 6- Oxidação
3- Compactação mecânica
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.:Seixos e grânulos dispersos. Arenito grosso a muito grosso mal selecionado.
103
60.00
Microclínio 2.00 Óxido de Fe --------------------------------------------- 1.00
Ortoclásio 2.00
Opacos 0.67
Plagioclásio 0.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Apatita 0.33 Deposicional Silte/Argila 3.00
MATRIZ
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento/
2- Cimentação por caulinita 6- Oxidação
3- Compactação mecânica
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.:
104
60.00
Microclínio 1.67 Óxido de Fe --------------------------------------------- 0.67
Ortoclásio 2.33 Argila infiltrada Cutícula 3.00
Muscovita 1.00
Apatita 0.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Biotita 0.67 Intraclasto Argiloso 0.33
MATRIZ
34.33
Ortoclásio 4,33 Óxido de Fe --------------------------------------------- 8,33
Microclínio 4.33 Argila Infiltrada Cutícula 1,00
Plagioclásio 2.33
Biotita 2.00 TIPO COMPOSIÇÃO
Muscovita 0.33 Deposicional Silte/Argila? 17.00
MATRIZ
50.00
Ortoclásio 9.67 Óxido de Fe 0.67
Microclínio 2.00 Infiltrada Argila 4.33
Plagioclásio 1.00
Biotita 0.67 TIPO COMPOSIÇÃO
Muscovita 0.33
MATRIZ
Opacos 2.67
Apatita 0.33
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento
2- Cimentação por caulinita 6-Infiltração mecânica de argila
3- Compactação mecânica 7-Oxidação
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.:
107
69.33
Ortoclásio 2.33 Óxido de Fe --------------------------------------------- 0.33
Microclínio 1.00
Muscovita 0.67
Fragmento de rocha 0.67 TIPO COMPOSIÇÃO
Biotita 0.33
MATRIZ
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento
2- Cimentação por caulinita 6-Oxidação
3- Compactação mecânica
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.:
108
50.67
Ortoclásio 7.00 Óxido de Fe --------------------------------------------- 2.67
Microclínio 3.00 Argila infiltrada Cutícula 9.33
Apatita 0.33
Biotita 0.33 TIPO COMPOSIÇÃO
Opacos 0.33 Deposicional Silte/Argila 7.00
MATRIZ
Quartzo 41,66
Ortoclásio 2,33
Plagioclásio 1,96
Muscovita 1,67
Opacos 3 TIPO COMPOSIÇÃO
Deposicional Silte/Argila? 42,67
MATRIZ
50.33
Ortoclásio 5.00 Óxido de Fe --------------------------------------------- 1.00
Microclínio 1.67 Infiltrada Argila 2.67
Biotita 1.00
Zircão 0.67 TIPO COMPOSIÇÃO
Opacos 0.67 Intraclasto Argiloso 1.00
MATRIZ
EVENTOS DIAGENÉTICOS:
1- Dissolução dos Feldspatos 5-Encolhimento/
2- Cimentação por caulinita 6-Infiltração mecânica de argila
3- Compactação mecânica 7-Oxidação
4- Fraturamento
NOME DA ROCHA: Subarcóseo
OBS.:
111
APÊNDICE - C
Tabela de composição modal das seções delgadas em percentual
112
ANEXO - A
DADOS DE PETROFÍSICA DOS POÇOS: 9-PHRF-16-RN e 9-PHRF-20-RN
Poço Direção da amostra Testemunho Topo(m) Porosidade (%) Permeabilidade (mD)
9-PHRF-16-RN VH1 1 0,75 24,8 1310
9-PHRF-16-RN VH1 1 1,2 25,5 220
9-PHRF-16-RN VH1 1 1,4 23,5 1670
9-PHRF-16-RN VH1 2 2,6 22,9 1920
9-PHRF-16-RN VH1 2 2,9 23 1310
9-PHRF-16-RN VH1 2 3,15 20,1 400
9-PHRF-16-RN VV1 2 3,15 21,5 230
9-PHRF-16-RN VH1 2 3,4 24,7 780
9-PHRF-16-RN VV1 2 3,75 22,3 200
9-PHRF-16-RN VH1 2 3,75 22,7 560
9-PHRF-16-RN VH1 3 4,3 22,9 1410
9-PHRF-16-RN VH1 3 4,65 22,8 1190
9-PHRF-16-RN VH1 3 4,9 24 670
9-PHRF-16-RN VH1 3 5,25 27,1 1450
9-PHRF-16-RN VH1 3 5,55 25,6 1320
9-PHRF-16-RN VH1 3 5,8 24,8 870
9-PHRF-16-RN VV1 4 6,1 21,3 88
9-PHRF-16-RN VH1 4 6,1 19,9 60
9-PHRF-16-RN VH1 4 6,4 23,3 180
9-PHRF-16-RN VV1 4 7,6 22,7 22
9-PHRF-16-RN VH1 4 7,7 22 13,4
9-PHRF-16-RN VH1 4 7,95 20,2 4,4
9-PHRF-16-RN VH1 8 14,1 29 2300
9-PHRF-16-RN VV1 8 14,85 26,7 210
9-PHRF-16-RN VH1 8 14,85 27,6 1630
9-PHRF-16-RN VH1 8 15,5 29,1 4400
9-PHRF-16-RN VV1 9 16,9 19,8 1
9-PHRF-16-RN VH1 10 18,15 23 850
9-PHRF-16-RN VV1 10 18,15 20,7 109
9-PHRF-16-RN VH1 10 18,4 19 430
9-PHRF-20-RN VV1 2 4,4 25,6 1120
9-PHRF-20-RN VH1 2 4,4 25,6 1870
9-PHRF-20-RN VH1 2 4,75 26,4 3600
9-PHRF-20-RN VH1 2 5,05 26,1 6200
9-PHRF-20-RN VV1 2 5,05 27,4 14700
9-PHRF-20-RN VV1 2 5,3 26,5 15700
9-PHRF-20-RN VH1 2 5,6 24,2 300
9-PHRF-20-RN VV1 2 5,6 25,8 1380
9-PHRF-20-RN VH1 3 7,55 26 1660
9-PHRF-20-RN VH1 4 8,85 23,9 11,9
9-PHRF-20-RN VV1 4 8,95 24,2 5,9
9-PHRF-20-RN VH1 6 12,9 24,8 6,5
9-PHRF-20-RN VV1 6 12,9 24,9 4,1
9-PHRF-20-RN VH1 6 13,25 31,5 2600
9-PHRF-20-RN VV1 7 14,85 30,7 790
9-PHRF-20-RN VH1 8 16,95 21,3 2,7