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MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Sistemas Electromecânicos
MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS
Mestrado em Engenharia Mecânica

Revisões sobre conceitos de Corrente Contínua e


Corrente Alternada
Joaquim Monteiro

Área Departamental de Engenharia Mecânica


Secção de Controlo de Sistemas
jmonteiro@dem.isel.pt

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização Ano Lectivo de 2018/2019 – Semestre de Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Corrente Eléctrica
As substâncias metálicas possuem eletrões cujas forças de ligação ao
núcleo são tão fracas que transitam de átomo para átomo.

• Define-se Corrente Elétrica a um movimento orientado de cargas


elétricas, também designadas por portadores de carga;
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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Corrente Eléctrica

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Diferença de Potencial aos
Terminais de um Elemento
• O sentido de referência da diferença de potêncial ddp (tensão)
pode ser arbitrário;

• Se o potencial do terminal “+” é, efetivamente, superior ao do


terminal “-”, a tensão é positiva; caso contrário, é negativa;
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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Diferença de Potencial aos
Terminais de um Elemento

• Se o elemento fornece uma energia de um Joule (1 J) quando a carga de 1C


passa de A para B, essa energia resulta numa ddp de 1 V entre B e A;

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Lei de Ohm

• Resistência R – propriedade física de um elemento


que quantifica a oposição à passagem da corrente.

ρ - Resistividade elétrica, Ω.mm2.m-1


S - Secção reta constante, mm2.
L - comprimento do elemento, m

• Resistividade, é a capacidade de um material resistir à passagem de corrente.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Lei de Ohm

• Resistência R – A ddp aos terminais de uma resistência é diretamente


proporcional à corrente que a percorre.

A tensão entre os terminais A e B:

Potência absorvida pela resistência: Lei de Ohm:

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Conceitos Fundamentais – Lei de Ohm
• Código de cores para as resistências: os valores das resistências são
identificados por riscas coloridas coma uma codificação pré-definida.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Elementos de circuitos
• Elementos Activos – São elementos que, normalmente, fornecem
potência a outros elementos do circuito. P.ex. Fontes de Tensão, de Corrente.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceitos Fundamentais – Elementos de circuitos
• Elementos Passivos – São elementos que absorvem potência.
Exemplos: Resistências.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Circuito Série – Associação de resistências em série

• Aplicando a Lei das Malhas e a Lei de Ohm, obtém-se:

• Resistências em série podem ser substituídas por :

• Resistência equivalente :

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Circuito Série – Divisor de Tensão

• Aplicando a Lei de Ohm, obtém-se: com

• Aplicando o divisor de tensão, obtém-se:

• Generalizando:

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Conceito de potencial e diferença de potencial

• Potencial no terminal
de terra é nulo.

• A diferença de potencial (d.d.p.) aos terminais das resistências:

• O potencial no ponto:

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Circuito Paralelo – Associação de resistências em paralelo

I1 I2 I3
I U R1 R2 R3

• Aplicando a Lei das Malhas e a Lei de Ohm, obtém-se:

• Resistência paralelo • Resistência equivalente:


equivalente:

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Circuito Paralelo – Divisor de Corrente
I1 I2
I U R1 R2

• Aplicando a Lei de Ohm, obtém-se:

• A resistência equivalente é dada por:

• Logo,

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Leis de Kirchhoff
• As Leis de Kirchhoff são ferramentas fundamentais na análise de circuitos
e aplicam-se na determinação de correntes e tensões desconhecidas.

Lei dos Nós (KCL)

• Baseada na conservação de cargas, i.e. num nó a carga é constante.

(Sentido de referência das correntes “positivo” entram, e negativo saem do nó)

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Leis de Kirchhoff – Lei dos Nós (KCL)
• A aplicação da Lei dos Nós ao circuito seguinte permite escrever:

Nó B

Nó C

• Circuito com N Nós existem N-1


equações linearmente independentes.
Exemplo :
Aplicando a Lei dos nós, determine o
valor de I4. Aplicando a Lei dos nós , obtém-se:

Substituindo valores:

O valor da corrente é:
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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Leis de Kirchhoff – Lei das Malhas (KVL)
• A Lei dos Malhas determina que, em qualquer instante, a soma algébrica
das tensões em qualquer malha é nula.

• Circulando na malha no sentido dos ponteiros


do relógio, admitindo o sentido de referência
das tensões, obtém-se:

• A expressão tem o simétrico das tensões u2 e u4 uma vez que o sentido


de referência representado é o oposto ao da circulação.
• Não é determinante escolher o sentido horário ou o anti-horário como refª.
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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Dualidade

Lei de Kirchhoff das tensões (malhas) Lei de Kirchhoff das correntes (nós)
soma algébrica das q.d.t. na malha é nula. soma algébrica das correntes num nó é nula.

Divisor de Tensão Divisor de corrente

Associação série de resistências numa Associação de condutâncias em paralelo


malha (a mesma corrente) num nó (a mesma tensão)

Fonte real de tensão Fonte real de corrente

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Energia e Potência Eléctrica
Formas de Energia:
• Energia Elétrica;
• Energia Mecânica
• Energia Térmica;
• Energia Eólica;
•Energia Luminosa;
•Energia Química;

Energia Potencial Energia Cinética


(Energia armazenada) (movimento)

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Princípio da Conservação da Energia

Uma fonte de energia elétrica (dispositivo ou máquina elétrica) tem a


capacidade de transformar um outro tipo de energia (química, mecânica,
térmica, solar, potencial, cinética) em energia elétrica.

Exemplos de fontes de conversão de energia:

Pilha ou bateria - conversão de energia


Química em energia Elétrica

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Princípio da Conservação da Energia

Gerador - conversão de energia Mecânica em


energia Elétrica

Painel Fotovoltaico - conversão de energia


Solar em energia Elétrica

Motor - conversão de energia Elétrica em


energia Mecânica

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Potência Eléctrica
• A potência mede a taxa de variação, no tempo, da energia transformada.

Unidade : W (Watt) em homenagem a


James Watt, inventor escocês (1736-1819).

• A potência diz-se como sendo


“absorvida” pelo elemento, se for positiva; de
outro modo, diz-se que a potência é “fornecida”
pelo elemento.

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Rendimento e Balanço de Potências
• O transporte de uma carga elétrica Q, entre dois pontos com uma
diferença de potencial V, corresponde à libertação de uma energia:

W = Q. V
W – Energia libertada num recetor

W = V. I. t

A potência em jogo no circuito é: P = V . I

A energia também pode ser dada por: W = P. t

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Energia e Potência Elétrica

A energia fornecida é a soma da energia


das perdas e da energia útil

EF = EU + ED

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Energia e Potência Elétrica

• Rendimento é o quociente entre a potência útil (saída) e a potência


fornecida à máquina (entrada).

Seja: PE = PP + PU

PU
Rendimento: η=
PE

PU
Ou então: η=
PP + PU

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Instrumentos de Medição
ALGUNS EXEMPLOS DE MULTÍMETROS

MULTÍMETROS ANALÓGICOS MULTÍMETROS DIGITAIS

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Análise de Circuitos em Corrente Contínua


Instrumentos de Medição
WATTÍMETROS DIGITAIS
WATTÍMETROS ANALÓGICOS

• 2 terminais • 2 terminais
de tensão de corrente

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Contínua versus Corrente Alternada

A partir de 1882, a CA foi adoptada para o transporte e distribuição de


energia eléctrica em larga escala, nomeadamente, porque:

• A elevação e o abaixamento de tensão são mais simples;

• Os alternadores (geradores de CA) são mais simples e têm melhor


rendimento que os dínamos (geradores de CC);

• Os motores de CA, particularmente os motores de indução são mais


simples e têm melhor rendimento que os motores de CC;

• A CA pode transformar-se facilmente em CC por intermédio de sistemas


rectificadores.

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Leis em Corrente Alternada
Leis de Ohm

Circuitos divisores de tensão e corrente

Leis de Kirchhoff
Lei dos Nós (KCL)

Lei dos Malhas (KVL)

Todas as leis, estudas e utilizadas em corrente contínua, são também


válidas em corrente alternada.

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica
• Gerador de CA, recorre à indução electromagnética de Faraday para converter
a energia mecânica (rotação) em energia eléctrica (onda sinusoidal);

• Par de magnetos permanentes;

• Fluxo magnético;

• Conjunto de espiras que giraram


cortam o fluxo em vários ângulos;

• Escovas de carvão;

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica

Forma de onda da tensão na rede de energia eléctrica

v(t)
+Vm = 2 ⋅ 230 V

20ms
0 π 2π ωt

−Vm

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica – Valor Médio e Eficaz

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica – Valor Médio e Eficaz

O conceito de valor eficaz, de uma tensão ou corrente alternada sinusoidal,


está directamente ligado à potência associada a esse par de grandezas;

Fisicamente, o valor eficaz de uma CA é o valor da CC que produziria, numa


resistência, o mesmo efeito calorífico que a CA em questão.

Matematicamente, o valor eficaz, Xef, de uma grandeza periódica x(t) é:

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica – Desfasagem
Representação no domínio do tempo Tensão

Corrente

Representação em diagrama de fasor

A Corrente está em atraso de A Tensão está em avanço de


30º relativamente à Tensão Corrente 30º relativamente à Corrente
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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Monofásica – Valor Médio e Eficaz

O conceito de valor eficaz, de uma tensão ou corrente alternada sinusoidal,


está directamente ligado à potência associada a esse par de grandezas;

Fisicamente, o valor eficaz de uma CA é o valor da CC que produziria, numa


resistência, o mesmo efeito calorífico que a CA em questão.

Matematicamente, o valor eficaz, Xef, de uma grandeza periódica x(t) é:

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Revisão de Números Complexos
• Representação de números na forma exponencial – Formula de Euler

• Um número complexo é a soma da parte real com a parte imaginária:

• X e Y são respectivamente a parte real e a parte imaginária de Z

• A forma exponencial do número complexo será:

• A formula de Euler:
ou
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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Revisão de Números Complexos
• Representação de números na forma exponencial

• Formas de representação de números complexos

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Circuito Resistivo

UR uR (t) = R.I M sen(ωt )

i(t ) = I M .sen(ωt ) • Representação fasorial da tensão e


I
corrente (domínio da frequência)

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Circuito Indutivo

• Representação no domínio do tempo • Representação fasorial (domínio


da frequência)

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Circuito Capacitivo

• Representação no domínio do tempo • Representação fasorial (domínio


da frequência)

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Potência Complexa
Define-se potência complexa, o produto da amplitude complexa eficaz
da tensão pelo conjugado da amplitude complexa eficaz da corrente.

• A potência complexa pode ser escrita na forma:

Na expressão, define-se a potência activa (ou real), P, em Watts (W) e a


potência reactiva (ou imaginária), Q, em Volt Ampere reactivo (VAr).

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Potência Complexa
A potência complexa pode ser reescrita na forma:

A representação gráfica em termos de triângulo de potências,

• Potência Aparente é representada pelo módulo da potência complexa


Uef.Ief representa-se por S em Volt Ampere (VA)

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada

• O factor de potência, fp , é definido como a razão entre a


potência activa e a potência aparente

A tabela resume algumas expressões relativas às grandezas definidas

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica
- A potência dos geradores de C.A. 3Ø é maior que a dos geradores
C.A. 1Ø ou dos de Corrente Contínua;

- Uma linha de transmissão 3Ø transporta 3 vezes mais potência


ativa que uma linha monofásica para o mesmo valor tensão;

- Maior flexibilidade de utilização que os sistemas CC e outros


sistemas C.A. polifásicos.

- A potência instantânea num sistema 3Ø pode ser constante,


reduzindo as vibrações nas máquinas 3Ø.
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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Tensões Simples e Compostas
• O diagrama vectorial das amplitudes complexas das tensões simples e
compostas, sendo

• Admitiu-se que a fase na origem da tensão simples u1(t) era nula, isto é
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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Uma carga trifásica é um conjunto de 3 monofásicas, isto é, 3 impedâncias.
Se estas 3 impedâncias forem iguais, designa-se por carga equilibrada

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Cargas Equilibradas
As amplitudes complexas das correntes (em valor eficaz) que circulam na carga são:

A corrente de neutro:

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Cargas Desequilibradas
• As cargas são desequilibradas quando pelo menos uma das
impedâncias é diferente das outras em módulo ou fase.

A carga ligada em estrela alimentada por um sistema equilibrado de tensões:

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Transformador (monofásico)
Os transformadores são constituídos por um circuito magnético, em material
ferromagnético e por dois ou mais circuitos eléctricos.

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Transformador (monofásico)
Valores nominais

A potência nominal de um transformador é o produto da tensão nominal


pela corrente, é uma potência aparente.

SN – potência nominal
U1N – tensão nominal do primário
U2N – tensão nominal do secundário
Os valores das correntes nominais do primário e do secundário são
calculados a partir de S=UI, ou no caso dos transformadores trifásicos

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Princípio de funcionamento
Transformador monofásico, com o primário e secundário em colunas separadas.
Admita-se que o valor da resistência dos condutores é desprezável e que o fluxo
magnético circula na totalidade pelo interior do núcleo, não existindo dispersão

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 52 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Princípio de funcionamento
Nestas condições,

Se houver variação no tempo do fluxo, , tem-se:

O parâmetro k designa-se por


razão de transformação

Considere-se agora que a permeabilidade magnética do ferro é infinita. Isto é,


a circulação do campo magnético H ao longo de uma linha de força é nula.

Assim ,obtém-se:

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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Princípio de funcionamento

Com base nas relações anteriores, conclui-se que:


Esta relação mostra um transformador com rendimento unitário.

As equações anteriores mostram o conceito de


transformador ideal, onde se trocou o sentido
de corrente. Esta análise permite resolver
muitos problemas, contudo não descreve um
transformador real.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 54 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Princípio de funcionamento
As transformadores de distribuição trifásico aberto. A função deste
transformador é reduzir a tensão de 30kV para 400V. Este é constituído
por um núcleo com 3 colunas sobre cada uma das quais se encontram
enrolados o primário e o secundário de cada fase.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 55 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Princípio de funcionamento
Arrefecimento tipo ONAF (ventiladores debaixo dos radiadores). O óleo
circula por convecção dentro do transformador subindo da base para o topo,
com a ajuda de ventiladores.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 56 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Indução
As máquinas assíncronas, também designadas por máquinas de indução, são
constituídas por duas partes distintas: o estator e o rotor.
O Estator é a parte fixa da máquina. É constituído por uma carcaça que suporta
um núcleo de chapa magnética. O Rotor é a parte móvel da máquina. É colocado
no interior do estator tendo a forma de um cilindro.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 57 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Indução

O rotor pode ser de dois tipos: rotor bobinado e rotor em gaiola de esquilo.
Sendo este de gaiola simples, de gaiola dupla ou de gaiola de barras profundas.

Constituição do enrolamento do estator.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 58 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


MESTRADO EM ENGENHARIA MECÂNICA
SISTEMAS ELECTROMECÂNICOS

Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Indução

Para a obtenção do circuito equivalente, considere-se uma máquina de indução


de rotor bobinado, com um par de pólos, com o rotor parado e numa posição em
que os enrolamentos do rotor estão alinhados com os enrolamentos do estator,

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 59 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Análise de Circuitos em Corrente Alternada


Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Indução

Nestas condições, os enrolamentos 1-4, 2-5 e 3-6 comportam-se como 3


transformadores. A variação do fluxo criado pela fase 1 vai fazer sentir-se
directamente na fase 4 e também nas fases 5 e 6. A máquina poderá ser
representada por um circuito equivalente por fase semelhante ao do
transformador.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 60 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Corrente Contínua
A máquina de corrente contínua é constituída por duas partes principais:
— uma parte fixa, o estator, com funções de suporte que contém os pólos e
enrolamentos indutores destinados à criação do fluxo indutor;
— uma parte móvel, rotor, que contém duas peças essenciais: o
enrolamento do induzido onde se processa a conversão de energia mecânica
em eléctrica e vice-versa, e o colector que
constitui um conversor mecânico de corrente
alternada-corrente contínua ou vice-versa.

Entre o estator e o rotor encontra-se uma


parte de ar que os separa: o entreferro.

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 61 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno


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Corrente Alternada Trifásica – Máquina de Corrente Contínua
A máquina é constituída por dois enrolamentos essenciais: o enrolamento
de excitação “f”, que se destina a criar um campo de indução magnética
intenso, e o enrolamento do induzido, “a” onde a energia eléctrica é
convertida em energia mecânica e vice-versa.

Rotor da máquina DC com colector,

Perfil: Energia, Refrigeração e Climatização 62 Ano lectivo 2017/2018– Semestre Inverno

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