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³O Espiritismo é uma Ciência de observação, e não produto da imaginação´. (1)


Uma vez que essa Ciência tem o Ser Inteligente, o homem, como objeto de estudo, Ela o faz
compatibilizando-se à Filosofia e à Religião. Não poderia ser de outra forma.

Ela tem uma Revelação. A mediunidade é o instrumento de verificação.

Como essa revelação compulsoriamente melhora o homem, indica-lhe o caminho para o


aperfeiçoamento relativo, ela se constitui numa Religião Natural, está na Natureza, revela-se
por si mesma.

Os agentes dessa revelação são os Espíritos desencarnados, de todas as classes evolutivas.


Os homens, liderados por Allan Kardec, para desvelar-lhes as mensagens, estabeleceram o
método científico para análise da realidade das suas manifestações.

Podemos dizer, por analogia, que os fósseis são os agentes das Revelações da Paleontologia.
Os paleontólogos, usando o mesmo método para esta Ciência ³conversam´ com os fósseis
para penetrar-lhes os segredos e saber o que eles ³querem´ revelar.

(1) Gênese-cap.I ± item 14

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Através dos milênios, o princípio inteligente se aprimorou. Desde a Mônada, estagiou nos
reinos da Natureza e, no Hominal, o pensamento contínuo possibilitou a permuta e
assimilação da energia mental. Essa conquista, caracteriza a faculdade de se comunicar
mentalmente; a Mediunidade.

O aprimoramento intelectual, tecnológico e moral fez com que o homem atual ficasse em
condições de receber uma nova revelação; a Terceira; o Espiritismo.

Ele (O Espiritismo) emerge naturalmente resultado das árduas conquistas da inteligência em


evolução, e o Espírito é, ao mesmo tempo agente intelectual e o objeto de análise,
manifestando-se em todos os pontos sociais, morais, e universalmente, como que a desafiar
a inteligência humana a decifrar a nova fase em que adentra.
Do mesmo modo que as descobertas das Leis da Física, da Química, da Astronomia, etc, etc
não são fruto do trabalho de um só homem e, todas elas se revelam a si mesmas por
oferecer requisitos à pesquisa, os fatos espíritas se apresentam para a elaboração do
Espiritismo.

Quer Deus que assim seja, pois ³ 




 



  
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1  1  ´.(2).

(1) A Gênese cap.17 item 59


(2) A Gênese cap.1 item 13

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No Livro dos Espíritos, item 100, o Codificador apresenta a Escala Espírita. Ele divide
evolutivamente os Espíritos em três grandes ordens (Imperfeitos, bons e Puros) e em dez
classes (de impuros até Puros).

Para a elaboração da Terceira Revelação todos eles se manifestam, independente de sua


colocação na escala evolutiva, ou seja, a manifestação dos Espíritos é universal, não está
restrita a classe alguma.

É compreensível que aqueles que estão no início da sua evolução têm menor recursos que os
mais adiantados.

Entre eles todos há os que esclarecem e os que opinam, os que ensinam e os que servem de
exemplos.
Cabe ao homem, com seu tino, analisar o fato em si para apreender-lhes o que está sendo
revelado.

Façamos analogia com a ocorrência de um crime:

Todos sabemos que a cena de um crime não pode ser violada, pois tudo o que envolve o
acometimento é importante para que ele seja elucidado.Para o investigador todo o universo
da cena é útil.

O investigador, pessoa preparada para a tarefa recolherá os apetrechos e peças que


estiverem no local, não todos, somente os necessários para a aplicação do método científico
conhecido que produzirá as provas para a definição do caso.

Assim também todos os fenômenos espirituais são importantes para a compreensão deles
mesmos.
É tarefa do homem, com seu tino, aplicar o método Científico conhecido para acessar a
revelação.
Somente os que estiverem comprovadamente de acordo com as Leis universais, tanto físicas
quanto morais, é que serão aceitos como conhecimento.

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O bom senso, a precaução, a Razão são recomendados sempre que estivermos diante da
análise de um fato novo.
Aliás, esse é o comportamento da Comunidade Científica. Ela constantemente traz novas
revelações à humanidade, nas mais diversas áreas.

Entretanto nenhuma teoria é divulgada sem que todas as consequências estejam dominadas,
ou, possam ser explicadas comprovadamente. Só podem ser expostas à humanidade quando
já não forem mais hipóteses, mas sim conhecimento.

Conhecimento algum é desenvolvido em um único núcleo; o que falta para um é


complementado e atualizado por outro até que todos em conjunto concluam pela verdade ou
pela falsidade da hipótese aventada. Ou seja, até que a tecnologia que explica o fato novo
esteja plenamente desenvolvida.

O Codificador adverte que esse procedimento também deve ser adotado na elaboração dos
princípios fundamentais da Doutrina Espírita.

Uma vez que a Doutrina Espírita não é revelada somente aos especialistas como nas Ciências
catedráticas, mas a todos indistintamente, o Sr. Allan Kardec demonstra a metodologia
aplicada por ele na sua elaboração a fim de prevenir ao homem comum da necessidade de
estudo da doutrina para lhe conhecer os fundamentos.
Ela é Fé Raciocinada, isto é, não é crença, mas conhecimento.

É nesse sentido que popularmente se diz que ³   3


      
 
 
´.

(1) Allan Kardec - A Gênese, cap. 1 item 55

De: (Na nossa posição, recebendo as comunicações...)


Até: (...cujo poder ninguém pode contestar.)

³Citemos um exemplo. Passa-se, no mundo dos Espíritos, um fato singular, e


que, 3   
  . É o que se refere aos    
3      . Pois bem!      , que sabem muito bem
disso,     antecipadamente:´ Há Espíritos que ainda julgam viver a vida
terrena; conservam seus gostos, seus gostos, seus hábitos e instintos seus ³. 
  3  de Espíritos dessa categoria,   
   . Tendo então deparados com Espíritos incertos de seu estado, ou que
afirmavam ainda pertencer a esse mundo e que acreditavam desempenhar ainda suas
ocupações ordinárias,      3  3 3     . A multiplicidade de
fatos análogos provou que aquilo não era exceção, mas uma das fases da vida espírita.
Permitiu estudar todas as variedades e todas as causas desta singular ilusão; reconhecer que
esta situação é própria, sobretudo, dos Espíritos pouco avançados moralmente, e peculiar a
certos tipos de morte, e que é uma situação temporária, embora possa durar dias, meses e
anos. Foi assim que  3     c3  3    3   
 3    ´.(Grifos meus) (1)

A Revelação Espírita, portanto, tem essa peculiaridade. Não é feita só oralmente,


verbalmente. Ela é, acima de tudo, fenomênica.

Muitos Espíritos altamente adiantados tanto intelectual quanto moralmente, expuseram as


explicações acerca das 3     . É nesse aspecto que devemos entender a
atuação do Codificador que, conhecedor do paradigma humano da época pode constatar a
realidade das revelações vindas do plano espiritual.

Allan Kardec mantinha contado com mais de mil centros espíritas sérios, ou seja, com uma
quantidade muito grande de núcleos de estudos da Terceira Revelação.
Esses núcleos, embasados na Filosofia exposta no Livro dos Espíritos e nas teorias científicas
exaradas no Livro dos Médiuns, relacionando-se em complementando-se entre si,
(procedimento ainda hoje utilizado pela comunidade científica), podiam constatar a realidade
das manifestações, que eram repetidas espontânea e exaustivamente, para serem
analisadas não somente quanto a sua parte humana, mas, principalmente fenomênica.

(1) Allan Kardec - A Gênese, cap. 1 item 15

De: (Suponhamos, portanto...)


Até: (...credulidade irrefletida.)[/i]

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       >    ±. (1)

Sempre há os que se arvoram em portadores da verdade e querem impor suas opiniões


como tais. O campo da espiritualidade, da religiosidade, é propício para isso.

Entretanto, o Espiritismo adotando a metodologia científica fica a cavaleiro dessas


manifestações uma vez que as teorias apresentadas por quem quer que seja, encarnado ou
desencarnado, devem sofrer o crivo da concordância universal, ou seja, não podem
contrariar as descobertas feitas e comprovadas anteriormente acerca do tema.

Comumente vemos as mais absurdas explicações sobre fenômenos espirituais que por si só
desmoronam por não estarem embasadas no conhecimento tanto espiritual quanto material
atingido pelo homem.

O controle universal é o mesmo aplicado pelas Ciências Catedráticas uma vez que o
Espiritismo é a Ciência que estuda os fenômenos espirituais.
O sistema Heliocêntrico prevaleceu em detrimento a todos os esforços contrários.

Tal pensamento não invalida a apresentação de teorias novas, porém, elas devem ser
expostas como opiniões individuais passíveis de aprovação ou de reprovação.

(1) S.JOÃO, Epístola 1ª, cap. IV, v. 1

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    1   1 ´.(1)

A iniciativa dos Espíritos no trabalho da elaboração do Espiritismo consiste na promoção e


explicação dos fenômenos espirituais a fim de que possam ser analisados e assimilados pelo
homem.

De acordo com o avanço conseguido pelos encarnados, o plano maior provoca ensinamentos
cada vez mais aprofundados uma vez que a didática não pode ser desprezada na formação
de um conhecimento novo.
Toda idéia nova necessita de um tempo para amadurecimento.

Esse procedimento por parte dos espíritos é também uma constatação fruto da observação.

Resulta daí que a Doutrina Espírita é progressista e que a cada período do avanço do
conhecimento, novas revelações são passadas.

Espíritos pouco adiantados, geralmente Pseudo-Sábios, a tudo explicam, sem compromisso


com a verdade enquanto que os mais evoluídos nem tudo explicam; seja porquê eles
mesmos não se sentem seguros sobre o tema ou porquê aguardam os homens pre pararem-
se melhor para receber o novo ensinamento.

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Em todos os campos, seja na indústria, no comércio, na arte, na filosofia, etc, quando uma
idéia nova surge, há os que apóiam e os que são contrários.

Com o Espiritismo, sendo uma nova revelação para a humanidade não poderia ser diferente.
Levantam-se opiniões das mais diversas e cada uma se considerando a portadora do
conhecimento, da verdade.

Tal fato torna-se útil e necessário até, pois, com ele, os prós e os contras são analisados e
definidos, desde que haja um critério estabelecido do certo e do errado.

O Espiritismo, como soe acontecer, pois se trata de uma iniciativa natural, fruto do
amadurecimento do pensamento humano, (    Y  ) estabelece o critério
científico e, assim sendo, as teorias sendo submetidas a esse critério, faz com que a verdade
emirja naturalmente.

Portanto, todos os que se envolvem nesse cometimento, encarnados e desencarnados,


compõem o núcleo de onde sai a terceira revelação.

O próprio codificador insere-se nesse contexto, como fica bem claro no seu depoimento a
seguir:
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 [/u]´. (grifo meu) (1)

A Gênese ± cap. 1 item 45 ± obs.1

De: E diante desse poderoso areópago,...


Até: ... qual dos dois sistemas predominará.

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No momento propício, a plêiade de espíritos superiores, sob as ordens do Mestre Jesus,


aportou na Terra, trazendo a Terceira Revelação.

Em uníssono, manifestaram-se em todos os quadrantes no Globo Terrestre. As


individualidades foram anuladas, o ensino concatenado prevaleceu.

O pensamento humano, respaldado pelas conquistas do conhecimento, proporcionaramo


amadurecimento imprescindível para a assimilação das explicações dos fatos espirituais que
descortinaram o mundo espiritual.

Aqueles que têm ³    


  
´ compreenderão que a Terra foi guindada
a um novo paradigma evolutivo. Um novo mundo se apresenta ao homem que, como criança
deslumbrada, se vê diante da eternidade e da Proteção Infinita do Pai Criador.

O Consolador instala-se no Planeta como prometera o Mestre Jesus.

(1) O Espírito de Verdade: O Evangelho Segundo o Espiritismo ± Prefácio

CONHECIMENTO E OPINIÃO

Encerramos nossos comentários sobre a Introdução II de ³O Evangelho Segundo o


Espiritismo´, onde o Codificador analisa a revelação Espírita sob o prisma do Controle
Universal do Ensino dos Espíritos.
Encontramos treze vezes a palavra ³Opinião´ mencionada somente nesse item.

No dicionário encontramos, entre outras, as definições da palavra opinião:


"5,"
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9,
1
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1
 
     0".

É evidente que o Mestre de Lyon não dá a essa palavra a definição encontrada no dicionário.
Se assim fosse a Doutrina Espírita estaria sendo edificada ³sobre a areia´ e não sobre
alicerces bem fincados. A Doutrina estaria sujeita a alterações em seus fundamentos a
qualquer momento.

Tal argumento encontra respaldo na afirmação abaixo:

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    ´. (1)

Uma das grandes dificuldades que temos é o de distinguir o que seja conhecimento e o que
seja opinião.

O conhecimento é um ato mental que reproduz a realidade no pensamento. Para tanto deve
obedecer ao método de elaboração do pensamento, a lógica. Não é qualquer elucubração
que se constitui em saber, como não é uma ordem qualquer de palavras que forma uma
sentença, uma frase.
É um ato mental evolutivo que mais se aprimora quanto mais se conhece o objeto em
estudo. A realidade observada obtém maior riqueza de detalhes à medida que a mente se
enriquece de recursos para captá-la.

Por analogia diríamos que é como um transmissão televisiva em branco e preto e outra
colorida. Na segunda hipótese há uma série de detalhes não percebidos na primeira.

A opinião é também um ato mental. O que a caracteriza, porém, é que os métodos e


princípios utilizados para a obtenção do conhecimento não são observados. É imprecisa,
ametódica, incoerente, contraditória. Não é conhecimento. É crença, fé.
Crença ou fé é simplesmente a afirmação que se aceita algo em que se acredita
particularmente.

Não é possível explicar o porquê das crenças. Simplesmente são aceitas como verdades.
Muitas crenças são tidas como verdades; não que não possam ser. Há as crenças que são
consideradas verdadeiras e as que são verdadeiras.
A crença verdadeira está embasada no conhecimento e pode ser explicada convincentemente
enquanto que há crença também verdadeira mas que por estar apoiada na opinião, na
crença; não consegue ser explicada. É o que se chama de Fé raciocinada e de Fé Cega.

Há os que sabem que o homem pisou na lua e há o que acreditam ou têm fé que esse fato
ocorreu.

Quando o codificador afirma que a opinião dos espíritos prevalece desde que obtenha a
aprovação da maioria, ou seja, que esteja de acordo com o controle universal, refere-se a
que esse controle se constitua de exposição de conhecimentos e não de opiniões.

Quando os espíritos encarregados de trazer a Doutrina Espírita aos homens, dão a explicação
de um fenômeno espiritual, portanto esclarecem um fenômeno desconhecido dos homens,
um fato novo, eles o fazem com base em conhecimentos. Suas explicações podem ser
submetidas ao crivo do conhecimento humano que serão confirmados pois são a reprodução
da realidade, é conhecimento, é universal.

Poucas pessoas estão aptas a fazer essa verificação.


É preciso estar atualizado quanto ao estado do conhecimento da época.

Sob este prisma é que o plano maior não revela o que a ciência humana não pode
confirmar.
O que a humanidade não tem recursos intelectuais e morais para analisar está infenso ao
controle universal.
Não que não possa ser verdade. Apenas seria impossível submetê-lo ao controle universal do
ensino dos espíritos. Seria o mesmo que ensinar temas de adultos às crianças.

A análise dos fatos observados no âmbito do Espiritismo inclui a P.E.S. (Percepção Extra
Sensorial) ou Mediunidade, o que implica na influência decisiva do intelecto e da moralidade
nas conseqüências.

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(1) Livro dos Espíritos: (Introdução ± item 7)


(2) Livro dos Espíritos: ( Perg. 18)

Ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/o-evangelho-segundo-o-espiritismo/introducao-ii-


autoridade-da-doutrina-espirita/#ixzz12U904Adk

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