Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Prezados
leitores!
Em meio a inovações e tecnologias avan- doenças crônicas e outros desafios de saú-
çadas na medicina, grandes discussões têm de pública.” 2
surgido no exercício da profissão e ativi- Ao longo do ano têm sido estabelecidas Dra. Zelina Caldeira - Presidente da AMF
dades médicas. As pesquisas em métodos datas, motivadas pela importância epide-
diagnósticos e terapêuticos devem ser in- miológica, para celebrar algumas patolo-
centivadas. Por outro lado, investimentos gias, mundialmente e, também, no âmbito
sociais são necessários, além da imple- nacional. Nesse primeiro trimestre, cita-se
mentação na assistência básica, prevenção 14 de março, o Dia Mundial do Rim. Tema
e promoção à saúde. Grande parte das abordado nessa edição chama a atenção
questões de saúde está relacionada à po- para o diagnóstico precoce e conseqüên-
breza, à falta de acesso e informação, assim cias da doença renal. Ainda no mês de
como à qualidade de vida. março não se pode deixar de citar, pela
É importante que o ser humano receba grande relevância, o Dia Mundial da Tu-
cuidados desde o processo da gestação e berculose, 24 de março.3
que se perpetue nas diversas fases da vida, De acordo com a OMS, cerca de 10 mi-
permitindo-se alcançar uma senescência lhões de pessoas adoecem por tubercu-
saudável. Os primeiros anos são primor- lose e ocorrem 1,3 milhão de óbitos por
diais para o desenvolvimento da criança e ano em todo o mundo.3,5 O recrudesci-
assim se segue, a cada fase da vida. mento da tuberculose em consequência
Em 7 de abril, comemora-se o Dia Mun- da epidemia de AIDS, o aumento do nú-
dial da Saúde, data instituída pela Organi- mero de casos de tuberculose resistente
zação Mundial da Saúde (OMS) em 1948, aos medicamentos e a concentração da
tendo como objetivo a conscientização TB em populações mais vulneráveis social-
da importância da preservação da saúde mente, mantém a doença como um grave
e que esta tenha um alcance universal, problema de saúde pública.4 No Brasil,
“Saúde para todos”, tema estabelecido em a tuberculose corresponde a quarta causa
2018. O entendimento de saúde universal de mortes por doenças infecciosas. Há re- Referencias bibliográficas:
exige o envolvimento de vários setores da gistros de 72.788 casos novos em 2018, 1- https://www.paho.org/bra. Dia Mundial da
sociedade para combater a pobreza, as la- e 4,5 mil óbitos em 2017, equivalendo a Saúde 2018 | Saúde universal: para todos,
cunas educacionais e as condições de vida um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbi- em todos os lugares.
precárias, entre outros fatores que influen- tos/100 hab.5 2-https://nacoesunidas.org/oms-define-
ciam a saúde do indivíduo.1 Para 2019, Outros temas de importância são explana- 10-prioridades-de-saude-para-2019.
a OMS traçou metas visando ampliar o dos nessa edição com o objetivo de contri- 3- https://www.paho.org/bra. Dia Mundial da
acesso à assistência, principalmente nos buir para a atualização médica. “Pneumo- Tuberculose.
países em desenvolvimento, assim como nia de hipersensibilidade’, patologia que 4-Brasil. Ministério da Saúde. Manual de
na prevenção de doenças evitáveis, sejam muitas vezes tem seu diagnóstico retarda- recomendações para o controle da tuber-
essas infecciosas, através da utilização das do, como se refere o autor Dr. Joeber B. culose no Brasil / Ministério da Saúde, Secre-
vacinas, ou doenças crônicas, não trans- S Souza, e faz diagnóstico diferencial com taria de Vigilância em Saúde, Brasília, 2018.
missíveis, muitas relacionadas com hábitos outras doenças pulmonares. “Bacteriúria 5-Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de
alimentares, sedentarismo, tabagismo etc. assintomática, infecção urinária. Quando Vigilância em Saúde. Brasil livre da tubercu-
Prioridades foram estabelecidas tais como: tratar ?”; “Uso cosmético da toxina botu- lose: Evolução dos cenários epidemiológicos
“combate à poluição ambiental e às mu- línica tipo A” etc. e operacionais da doença. Boletim epidemi-
danças climáticas, infecções transmissíveis ológico: vol 50, março de 2019.
como o ebola, a dengue, a gripe e o HIV, Boa leitura!
revista amf - 3
Índice
Editorial
Xxxxxx xxx xxxxxxx Pág. 03
Artigo Científico
Pneumonia e Hipersensibilidade. Pág. 06
O Dia Mundial do Rim e a
importância das doenças renais. Pág. 11
Bacteriúria Assintomática x Infecção
de Trato Urinário. Quando tratar? Pág. 16
Uso cosmético da toxina botulínica Turismo Agenda Pág. 40
tipo A. Pág. 19 Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Pág. 32
Livro em Foco
SinMed Eu, goumert... O falecido Mattia Pascal Pág. 44
Enverga mas não quebra. Pág. 26 Casal Gourmet
Gilvan e Tania Muzy Pág. 34 Clube de benafícios Pág. 46
Informe
Livro reconta a medicina em Acamerj
Niterói. Pág. 28 Novos tempos novos dias. Pág. 38
Expediente
Associação Médica Fluminense Membros Efetivos Membros Suplentes
Avenida Roberto Silveira, 123 - Icaraí Ana Cristina Peçanha Dantas Kathya Elizabeth do Monte Teixeira
Niterói - RJ - CEP 24230-150 Anadeje Maria da Silva Abunahman Luiz Fernando Jogaib Mainier
Tel.: (21) 2710-1549 Antonio Orlando Respeita Paulo Fernando Rodrigues da Cal
Carlos Alberto de Oliveira Cordeiro
Diretoria da Associação Médica Clovis Abrahim Cavalcanti Assessora Participativa
Eliane Bordalo Cathala Esberard Maria Gomes
Fluminense
Gestão: 2017-2020 Emanuel Decnop Martins Junior
Conselho Editorial da revista
Presidente Heraldo José Victer
Dr. José Trindade Filho
Zelina Maria da Rocha Caldeira Jackson Ferreira Galeno
Dra. Valéria Patrocínio Teixeira Vaz e
Vice Presidente Jorge José Abunahman Dra. Zelina Maria da Rocha Caldeira.
Gilberto Garrido Junior José Gonzaga Rossi da Silva
Secretário Geral Maria da Conceição Farias Stern
Ilza Boeira Fellows Paschoal Balthazar Baltar da Silva
Paulo Cesar Santos Dias Ano XVI - nº 78 - Jan / Fev / Mar - 2019
1º Secretário
Rodrigo Schwartz Pegado
Christina T. Machado Bittar Produzida por LL Divulgação Editora
1º Tesoureiro Cultural Ltda.
Membros Suplentes
Valeria Patrocínio T. Vaz
Carlos Arthur Mendes Gameiro
2º Tesoureiro Redação e Publicidade
Cristiano Bandeira de Melo
José Emídio Ribeiro Elias Tel/Fax: 2714-8896 - www.lldivulga.com.br
Dilson Reis e-mail: lldivulga@gmail.com
Diretor Científico Edilson Ferreira Feres Diretor Executivo - Luthero de Azevedo Silva
José Trindade Filho Enildo Ferreira Feres Diretor de Marketing - Luiz Sergio Alves Galvão
Diretor Sócio Cultural Fernando Cesar Ranzeiro de Bragança Jornalista Responsável: Walmyr Peixoto
Pedro Ângelo Bittencourt Jorge Carlos Mostacedo Lascano Reg. Mtb RJ 19.183
Diretor de Patrimônio José de Moura Nascimento Projeto Gráfico: Luiz Fernando Motta
Andre Luiz Carvalho Vicente Leonardo Jorge Lage Coordenação: Kátia Regina Silva Monteiro
Gráfica: XXXXXXXXX
Mario Roberto Moreira Assad
Conselho Deliberativo Fotos: Daniel Latham
Mauro Romero Leal Passos Supervisão de Circulação:
Membros Natos Miguel Luiz Loureço LL Divulgação Editora Cultural Ltda
Alcir Vicente Visela Chácar Paulo Afonso Lourega de Menezes Tiragem: 5 mil exemplares
Alkamir Issa Renato de Souza Bravo
Aloysio Decnop Martins Wellington Bruno Santos
Benito Petraglia
Glauco Barbieri Conselho Fiscal / Membros Efetivos Os artigos publicados nesta revista são de inteira
Luiz José C. de S. Lacerda Neto Eduardo Duarte de Oliveira responsabilidade de seus autores, não expressando,
Waldenir de Bragança Fritz Alfredo Sanchez Cardenas necessariamente, a opinião da LL Divulgação e da AMF.
Valdenia Pereira de Souza
1 - Professor Associado da Disciplina de Pneumologia do Departamento de Medicina Clínica da UFF. 2 - Professor Associado do Departamento de Radiologia da UFF. 3 -
Especializando do Serviço de Pneumologia do HUAP/UFF. 4 - Residente do Serviço de Pneumologia do HUAP/UFF. 5 - Residente do Serviço de Pneumologia do HUAP/UFF
6 - revista amf
Quadro 1 - Agentes causais Fonte: Derivada e adaptada de Clin Mol Allergy. 2017;15:6
Microrganismos:
Alternaria espécies Madeira ou polpa de madeira Pulmão do carpinteiro
Aspergillus clavatus Grãos mofados Pulmão do trabalhador de malte
Espécies de Aspergillus Mofo de tabaco Pulmão do trabalhador do tabaco
Espécies de Aspergillus Malte mofado Pulmão do trabalhador de malte
Aspergillus versicolor Roupa de cama de animais Doença da casa do cão
Aureobasidium pullulans Pó de sequoia mofado Sequoiose
Espécies de Aureobasidium Água contaminada Doença do usuário de sauna
Bacillus subtilis Enzimas detergentes Pulmão do trabalhador de detergente
Botrytis cinerea Mofo de uva Pulmão do vinicultor
Candida albicans Bocal de saxofone Pulmão Saxofonista
Cephalosporium Esgoto Pulmão do trabalhador de esgoto
Cryptostroma corticale Casca de maple mofada Pulmão de Maple Bark-Stripper
Merulius lacrymans Madeira apodrecida Dry rot lung
Amibas, fungos e bactérias misturadas Humidificadores, aparelhos de ar condicionado Trabalhador de escritório ou pulmão
do aparelho de ar condicionado
Mycobacterium avium Água contaminada Hot tub lung (Jacuzzi)
Espécies de Mycobacterium,
bacilos Gram negativos Fluido de corte de metal Pulmão do operador de máquina
Mucor stolonifer Paprika Pulmão do divisor de paprika
Penicillium casei Mofo de queijo Pulverizador do lavador de queijo
Penicillium Chrysogenum Poeira de madeira mofada Pulmão carpinteiro
Penicillium frequentans Cortiça mofada Suberose (indústria corticeira)
Saccharopolyspora rectivirgula
(micropolyspora faeni) Feno mofado Pulmão do fazendeiro
Thermoactinomyces vulgaris Feno mofado, compostagem Pulmão do fazendeiro, pulmão do
cogumelo, pulmão do composter
Thermoactinomyces sacchari Resíduo de cana de açúcar Bagassosis
Actinomicetos termofílicos Vegetais mofados Pulmão do fazendeiro
Trichosporon cutaneum Mofo em casas japonesas HP do tipo verão
Animais
Proteína de pele animal Pêlo de animal Pulmão de Furrier
Proteínas aviárias Excrementos de aves, sangue ou pena Pulmão do criador de pássaros
Gerbil proteínas Gerbil (pequeno roedor) Pulmão do cuidador de Gerbil
Peixe Pó de comida de peixe Pulmão do criador de peixe
Proteína de casca de molusco Pó de casca de molusco Pulmão da ostra
Proteína de boi e porco Tabaco pituitário (rapé) Pulmão do rapé de pituitária
Proteínas de rato Urina ou soro de rato Pulmão do cuidador de roedor
Proteínas de larvas de vermes de seda Larvas do bicho da seda Pulmão do sericultor
Gorgulho de trigo Farinha Pulmão do moleiro
Plantas
Café Pó de grão de café Pulmão do trabalhador de café
Espécies de Lycoperdon Puffballs Lycoperdonosis
Soja Cascas de soja Pulmão do trabalhador da soja
Produtos químicos
Anidridos Plásticos Pulmão do trabalhador químico
Mistura Bordeaux Fungicida de vinhedo Pulverizador de vinhedo
Isocianatos Tintas, plásticos Pulmão de refinador de tinta
Reagente de Pauli Reagente de cromatografia Pulmão reagente de Pauli
Piretro Insecticidas (cipermetrina) Inseticida pulmonar
Metais
Cobalto Doença pulmonar de metal duro
Berílio Berylliosis
revista amf - 7
gos de tabagistas têm um baixo nível de ex- cia de uma exposição contínua ao agente de consolidação. Dada a rápida resolução
pressão de moléculas coestimulatórias sobre sensibilizante, que causa uma inflamação desses achados, a tomografia é raramente
suas membranas, e que essa expressão não constante provocando ao longo do tempo realizada na avaliação destes pacientes(11).
aumenta mesmo no momento da interação uma fibrose pulmonar irreversível. A forma Um diagnóstico confiável de PH su-
macrófago-linfócito para apresentação de crônica tem um início mais insidioso do que a baguda na TCAR baseia-se na presença de
antígeno(6). Entretanto, esse pode não ser o forma subaguda, desenvolvendo-se ao longo opacidades em vidro fosco, nódulos centro-
caso no cenário de doença pulmonar fibró- de meses ou anos, com dispneia progressiva, lobulares mal definidos (Figura 1) e atenua-
tica, estudos apoiam os efeitos deletérios do estertores teleinspiratórios, emagrecimento ção em mosaico nas imagens inspiratórias e
tabagismo no prognóstico da doença, com e baqueteamento digital, caso não haja inter- no aprisionamento de ar em imagens de TC
pior sobrevida comparado com não-fuman- rupção da exposição ao agente sensibilizante expiratória. PH histologicamente subaguda é
tes.(2, 9). Assim, pacientes tabagistas poderiam a doença evolui para fibrose pulmonar e insu- caracterizada pela presença de bronquiolite
apresentar uma forma aguda da PH menos ficiência respiratória. celular, granulomas não caseosos e pneumo-
expressiva, confundida com a evolução da O diagnóstico de PH baseia-se mais em nite intersticial linfocítica bronquiolocêntrica
própria DPOC, levando a um curso de doen- uma série de sintomas e sinais respiratórios ou pneumonia em organização(3, 11).
ça insidiosa e crônica. inespecíficos, às vezes, associado a sintomas A PH crônica é caracterizada na TCAR
constitucionais como febre na fase aguda e pela presença de reticulação devido à fibrose
Classificação e Apresentação clínica emagrecimento nas demais fases da doença, sobreposta aos achados de PH subaguda. A
Muita confusão ainda envolve a classifica- desenvolvidos em um ambiente apropriado, TCAR e as características patológicas da PH
ção da PH. Suas apresentações clínicas classi- na avaliação criteriosa dos achados na TCAR, crônica frequentemente se sobrepõem aos da
camente foram definidas como aguda, suba- das provas de função pulmonar, da alveolite PINE e da PIU (Figura 2).
guda e crônica. A distinção entre PH aguda linfocítica do LBA, e ou reação granulomatosa O estudo de Wang e cols.(12) fornece da-
e subaguda é muitas vezes difícil, pois ambos nas biópsias pulmonares. dos de um grupo experiente que ilustra cla-
provavelmente representam diferentes mani- A identificação de um potencial antígeno ramente as múltiplas características e padrões
festações de uma única doença que podem agressor é crucial para o diagnóstico clínico patológicos que podem ser encontrados em
estar mais relacionadas ao padrão de exposi- da PH(9). A investigação sobre exposições am- pacientes com PH crônica. Estes incluem
ção ao antígeno do que ao próprio antígeno bientais ocupacionais e domésticas revelará características patológicas que são altamen-
agressor. Além disso, a PH crônica ainda pode mais frequentemente a causa da doença, po- te sugestivas de PH crônica e características
ser ativa e progressiva. Uma outra classifica- rém em alguns estudos o diagnóstico de PH adicionais que podem ser vistas em múltiplos
ção leva em conta a progressão da doença foi feito sem nenhum antígeno identificável, subtipos de DPI. Por exemplo, fibrose cen-
(aguda intermitente, aguda progressiva, crô- o que se denominou como agente oculto. tro lobular (peribronquiolar) isolada, focos de
nica progressiva, crônica não progressiva) que Nestes casos, o diagnóstico deve ser apoiado fibroblasto ou fibrose em ponte (bronquío-
pode ser avaliada apenas retrospectivamente. pela exclusão cuidadosa de outras causas de lo a pleura) sugerem um diagnóstico de PH
Para fins práticos, os pacientes com PH po- linfocitose do LBA, principalmente a sarcoi- crônica mesmo sem um agente sensibilizante
dem ser considerados como tendo doença dose, nos aspectos característicos na TCAR e conhecido(13). A distinção da pneumonite por
ativa ou residual, esta última representando nos achados típicos de PH na biópsia pulmo- hipersensibilidade crônica de outras causas de
sequelas enfisematosas ou fibróticas tardias nar nas fases aguda e subaguda. Na fase crô- fibrose com padrão na TCAR de PIU e PINE
da doença nas quais a linfocitose alveolar típi- nica uma suspeição clínica é fundamental pois é importante, visto que o manejo clínico va-
ca da PH ativa não está mais presente. muitas vezes não há mais linfocitose no LBA, ria em cada uma destas entidades, tais como:
Diante da resposta aguda podemos en- e tanto a TCAR como a biopsia pulmonar re- pneumonia eosinofílica crônica, doenças do
contrar um quadro gripal, com sintomas que velam um padrão de pneumonia intersticial tecido conjuntivo, asbestose, e causas medi-
se iniciam horas após a exposição em indi- não específica (PINE) ou padrão de pneumo- camentosas.
víduos sensibilizados como falta de ar, tosse nia intersticial usual (PIU)(10). A conscientização das várias manifesta-
seca irritante, uma súbita sensação geral de A TCAR proporcionou significativa me- ções da PH e diferentes formas de exposição
doença, febre e calafrios, uma taquicardia, e lhora na acurácia diagnóstica dos métodos de são importantes para o diagnóstico e trata-
taquipneia. Geralmente ocorre poucas horas imagem, sendo observadas anormalidades mento precoces, desta forma, evita-se a pro-
após a exposição ao antígeno e costuma ce- em mais de 90% dos pacientes. As alterações gressão para fibrose irreversível.
der de forma gradual entre 24 a 48h(8). observadas na TCAR são múltiplas e variáveis, A prova de função pulmonar (PFP) mos-
Na PH subaguda, o quadro é intermi- de acordo com as fases evolutiva da doença: tra distúrbio ventilatório restritivo com dimi-
tente e resulta da exposição não continuada distribuição atípica de opacidades em vidro nuição da DLCO. Pode haver distúrbio ven-
ao antígeno. Os principais sintomas são febre, fosco; nódulos centrolobulares; atenuação tilatório obstrutivo concomitante, secundário
tosse produtiva, dispneia, astenia, anorexia e em mosaico; reticulação com bronquiecta- ao acometimento das vias aéreas ou pelo
perda de peso, estertores teleinspiratórios sia de tração e faveolamento; consolidação enfisema encontrado, principalmente, no pul-
que podem persistir por cerca de uma sema- do espaço aéreo; cistos, enfisema,(10). Vale mão do fazendeiro(2). Distúrbio ventilatório
na após o término da exposição do agente ressaltar que a linfadenopatia mediastinal na obstrutivo é explicado pelo processo inflama-
causador, nesta fase os sintomas são muito TCAR não é uma ocorrência rara na HP e tório granulomatoso (bronquiolite) e/ou pela
semelhantes a PH aguda. As exacerbações não apresenta valor diagnóstico negativo(2). fibrose. Este achado também é descrito em
podem coincidir com o retorno ao trabalho e São escassos os dados na literatura sobre outras doenças pulmonares intersticiais crô-
diminuir quando o paciente estiver longe por as manifestações tomográficas na fase aguda, nicas, tal como a sarcoidose(8). A espirometria
um período suficiente do ambiente de traba- sendo observados achados característicos de mostra uma boa correlação com os achados
lho ou do ambiente sensibilizante. edema pulmonar, com extensas áreas de vi- tomográficos, tendo sido demonstrado que a
A PH crônica ocorre como consequên- dro fosco, às vezes associadas a áreas focais extensão das áreas de aprisionamento aéreo
8 - revista amf
Figura 1. Paciente do sexo feminina, 60 anos, tec. de enfermagem, ex-tabagista há Figura 2. Paciente do sexo masculino, 62 anos, jardineiro, tabagista, exposto
2 anos exposta de forma intensa e diária no seu domicílio a inseticida apresentação diariamente em seu trabalho à mofo de plantas e fertilizantes orgânicos. Ima-
em pó - composto principalmente por carbarila e cipermetrina. Imagens axiais gem axial de tomografia de alta resolução do tórax mostrando reticulação com
de tomografia de alta resolução do tórax mostrando atenuação em vidro fosco e bronquiectasias de tração e faveolamento. HUAP/UFF
micronódulos centrolobulares. HUAP/UFF
Resumo atenção médica para as doenças renais çaram a se preocupar com as doenças
O Dia Mundial do Rim (DMR) foi foi em 1827, quando o médico britânico renais, ao constatarem que os registros
lançado em 2006 pela Sociedade Interna- Richard Bright (1789-1858) publicou seu de diálise mostravam que a mortalidade
cional de Nefrologia e Federação Interna- célebre livro3. Através do relato de 23 desses pacientes era muito alta e que os
cional das Fundações do Rim. É celebrado casos que teve sob seus cuidados e ilus- cuidados de prevenção deveriam ser ini-
anualmente toda segunda quinta-feira de trações detalhadas após autópsias, Bright ciados mais precocemente8-9.
março. A cada ano, um tema específico é demonstrou a clara associação entre as
escolhido. O objetivo é transmitir ao pú- alterações estruturais dos rins e doenças Definição e epidemiologia da doen-
blico geral, autoridades governamentais, sistêmicas4-5. Apesar do ineditismo desse ça renal crônica
médicos de outras especialidades, demais autor, a importância dos rins para o cor- A definição e estágios da doença re-
profissionais de saúde, indivíduos e famí- po humano só emerge em 1943, a partir nal crônica (DRC) foram estabelecidos
lias, a mensagem de que a doença renal de uma conferência proferida pelo fisio- em 2002 numa conferência nos EUA10.
é comum, prejudicial e tratável1. Esta re- logista americano Homer Smith (1895- O termo DRC passou a ser usado inter-
visão não tem o propósito de esgotar o 1962) e que foi publicada logo depois6. nacionalmente para definir o conjunto de
assunto e sim provocar uma discussão em Após anos de estudos, Smith esmiuçou a doenças heterogêneas que afetam a es-
alusão ao tema de 2019 que é “Saúde dos base de todo o conhecimento fisiológico trutura e/ou funcionamento dos rins por
Rins para Todos”2. das diversas funções dos rins para a ma- um período superior a três meses11. Uma
nutenção de nossa homeostase7. Porém, classificação em 5 estágios foi criada de
Introdução foi somente no final dos anos 90 que os acordo com a taxa de filtração glomerular,
A primeira tentativa de chamar a sistemas e organizações de saúde come- para melhor estruturação do tratamento,
revista amf - 11
Richard Bright (1789-1858) Homer Smith (1895-1962)
e seu célebre livro de 1827 e sua visão holística dos rins
Agradecimentos
Agradeço à Dra. Zelina Caldeira, pre-
sidente da Associação Médica Fluminense
(AMF), o convite para escrever essa breve
revisão na revista da AMF, justamente no
mês em que é celebrado o Dia Mundial
do Rim.
Referências Bibliográficas:
1. Levey AS, Andreoli SP, DuBose T et al.
CKD: common, harmful, and treatable-
--World Kidney Day 2007. Am J Kidney Dis.
2007;49(2):175-9.
2. https://www.worldkidneyday.org/ (acessado
em 20/02/2019)
3. Bright R. Reports of medical cases selec-
ted with a view of illustrating the symptoms
and cure of diseases by a reference to mor-
bid anatomy. London, Longman, Rees, Orme,
Brown and Green. 1827
4. Slater E A W. Bright and Bright’s Disease.
Res Medica. 1960; 2(2): 43-6.
Tabela 1: classificação da Injúria Renal Aguda pelo KDIGO 22 5. Fine LG. Pathological specimens of the kid-
ney examined by Richard Bright. Kidney Int.
1986 Mar; 29(3):779-83.
(fee for service) para valor32. Antes disso, para alegria e oportunidades da vida. Se
6. Smith HW. Evolution of the kidney. In: Lec-
em 1998, a Kaiser Permanente da Cali- alguma pessoa está doente, ferida ou com
tures on the kidney. Lawrence, KS: University
fórina, EUA, após receber uma consul- dor, ter acesso a cuidados apropriados e of Kansas Press. 1943: 1–23.
toria da MacColl Institute for Healthcare de qualidade é de grande valor. Porém, 7. Vize PD, Smith HW. A Homeric view of kid-
Innovation33, aplicou o modelo chronic segundo Gostin38, é preciso o acesso ao ney evolution: A reprint of H.W. Smith’s clas-
care model. O atendimento de pacientes cuidado seja universal, equitativo, custo sic essay with a new introduction. Evolution of
com doenças crônicas foi redesenhado acessível e de livre escolha. Para que isso the kidney. 1943. Anat Rec A Discov Mol Cell
para ser realizado de forma planejada, seja implantado e mantido de forma ética, Evol Biol. 2004;277(2):344-54.
interagindo o time multiprofissional com democrática e transparente, a perspecti- 8. Foley RN, Parfrey PS, Sarnak MJ. Clinical
familiares e cuidadores, focado em pre- va do paciente deve ser sempre o centro epidemiology of cardiovascular disease in
venção e redução das complicações34. de toda discussão, conforme preconiza chronic renal disease. Am J Kidney Dis. 1998;
A experiência da Kaiser Permanente na National Health Service, que é o sistema 32[Suppl 3]: S115.
nova abordagem das doenças crônicas público de saúde Inglês39. 9. Eknoyan G. Chronic kidney disease defi-
não transmissíveis foi tão bem sucedida35 nition and classification: the quest for refine-
que inspirou a Organização Mundial de Conclusão ments. Kidney Int. 2007; 72(10): 1183–5.
Saúde36 e a Organização Pan-Americana As doenças renais, sejam de apresen- 10. National Kidney Foundation. K/DOQI
da Saúde37 a lançarem o plano de ação tação aguda ou crônica, apresentam ele- clinical practice guidelines for chronic kidney
“Cuidados Inovadores para as Condições vada incidência e prevalência, causando disease: evaluation, classification, and strati-
Crônicas”. É fato que saúde é fundamental grande impacto na saúde das pessoas, au- fication. Am J Kidney Dis. 2002;39(2 Suppl
revista amf - 13
1):S1-266. 21. Brochard L, Abroug F, Brenner M et al. 31. 2010. Mar 23, The Patient Protection
11. Levey AS, Coresh J. Chronic kidney disea- An Official ATS/ERS/ESICM/SCCM/SRLF State- and Affordable Care Act (PPACA), Pub. L.
se. Lancet. 2012;379(9811):165-80. ment: Prevention and Management of Acute No. 111-148, 124 Stat. 119.
12. Ministério da Saúde. Secretaria de Aten- Renal Failure in the ICU Patient: an inter- 32. Provenzano R. The Economics of Late-
ção à Saúde. Departamento de Atenção Es- national consensus conference in intensive -Stage Chronic Kidney Disease. Adv Chronic
pecializada e Temática. Diretrizes Clínicas care medicine. Am J Respir Crit Care Med. Kidney Dis. 2016l;23(4):222-6.
para o Cuidado ao paciente com Doença 2010;181(10):1128-55. 33. The Improving Chronic Illness Care Pro-
Renal Crônica – DRC no Sistema Único de 22. KDIGO. Clinical practice guideline for gram. The Chronic Care Model: Improving
Saúde/ Ministério da Saúde. Secretaria de acute kidney injury. Section 2: AKI definition. Chronic Illness Care [website]
Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Kidney Int Suppl. 2012; 2:19–36. (http://www.improvingchroniccare.org/index.
Especializada e Temática. – Brasília: Ministé- 23. Bello AK, Levin A, Tonelli M et al. Global php?p=The_Chronic_Care_Model&s=2).
rio da Saúde, 2014. Kidney Health Atlas: a report by the Interna- 34. Wagner EH. Chronic disease manage-
13. KDIGO 2012. Clinical practice guide- tional Society of Nephrology on the current ment: what will it take to improve care for
line for the evaluation and management state of organization and structures for kidney chronic illness? Effective Clinical Practice.
of chronic kidney disease. Kidney Int Suppl. care across the globe. https://www.theisn.org/ 1998; 1: 2-4.
2013;3(1):1-150. images/ISN_advocacy/GKHAtlas_Linked_ 35. P Crooks. Managing High-Risk, High-
14. Crews DC, Bello AK, Saadi G. Burden, ac- Compressed1.pdf. 2017. Acessado em 3 de -Cost Patients: The Southern California Kai-
cess, and disparities in kidney disease. Kidney março de 2019. ser Permanente Experience in the Medicare
International. 2019; 95(2): 242 - 248. 24. Alcaide PR, Kirsztajn GM. Gastos do Siste- ESRD Demonstration Project. Perm J. 2005;
15. Chan JC, Gregg EW, Sargent J, Horton R. ma Único de Saúde brasileiro com doença renal 9(2): 93–97.
Reducing global diabetes burden by implemen- crônica. J. Bras. Nefrol. 2018; 40(2): 122-129. 36. World Health Organization. Innovative
ting solutions and identifying gaps:a lancet com- 25. Levin A, Tonelli M, Bonventre J et al. Glo- Care for Chronic Condition: Building Blocks
mission. Lancet. 2016;387:1494–1495 bal kidney health 2017 and beyond: a road- for Action. Global Report. 2002. Disponível
16. Kearney PM, Whelton M, Reynolds K et map for closing gaps in care, research, and em https://www.who.int/chp/knowledge/pu-
al. Global burden of hypertension: analysis of policy. Lancet. 2017;390:1888-1917. blications/icccglobalreport.pdf. Acessado em
worldwide data. Lancet. 2005; 365:217–223 26. Onal EM, Afsar B, Covic A et al. Gut mi- 06/03/2019.
17. Plantinga LC, Miller ER 3rd, Stevens LA crobiota and inflammation in chronic kidney 37. Organização Pan-Americana da Saú-
et al. Blood pressure control among persons disease and their roles in the development de. Cuidados inovadores para condições
without and with chronic kidney disease: US of cardiovascular disease. Hypertens Res. crônicas: organização e prestação de aten-
trends and risk factors 1999–2006. Hyper- 2019;42(2):123-140. ção de alta qualidade às doenças crônicas
tension. 2009;54:47–56. 27. Wang X, Shapiro JI. Evolving concepts in não transmissíveis nas Américas. Washin-
18. Bellomo R, Ronco C, Kellum JA, et al. the pathogenesis of uraemic cardiomyopa- gton, DC : OPAS, 2015. Disponível em
Acute renal failure - definition, outcome mea- thy. Nature Reviews Nephrology. 2019;15: http://iris.paho.org/xmlui/bitstream/hand-
sures, animal models, fluid therapy and infor- 159–175. le/123456789/18640/9789275717387_por.
mation technology needs: the Second Inter- 28. Luyckx VA, Tonelli M, Stanifer JW. The global pdf?sequence=1. Acessado em 06/03/2019.
national Consensus Conference of the Acute burden of kidney disease and the sustainable 38. Gostin LO: Five ethical values to guide
Dialysis Quality Initiative (ADQI) Group. Crit development goals. Bulletin of the World Health health system reform. JAMA. 2017; 318:
Care. 2004;8:R204–12. Organization 2018;96:414-422. 2171–2172.
19. Blatt NB, Cornell TT. Acute Kidney Injury 29. Johnson DS, Meyer KB. Integrated Care 39. Shaw S, Rosen R, Rumbold B. What is in-
scoring systems: from over 30 to 4 (or 1)? Pe- for People with Kidney Disease: The Perspec- tegrated care? An overview of integrated care
diatr Crit Care Med. 2016; 17(9): 892–894. tive of a Nonprofit Dialysis Provider. Clin J Am in the NHS. Nuffield Trust work on integrated
20. Mehta R, Kellum J, Shah S, et al. Acute Soc Nephrol. 2019; 29. [Epub ahead of print] care.2011. Disponível em https://www.nuf-
Kidney Injury Network: report of an initiative 30. Berwick DM, Nolan TW, Whittington J. fieldtrust.org.uk/files/2017-01/what-is-integra-
to improve outcomes in acute kidney injury. The triple aim: care, health, and cost. Health ted-care-report-web-final.pdf. Acessado em
Crit Care. 2007;11:R31–R31. Aff (Millwood). 2008;27(3):759-69. 6/03/2019.
14 - revista amf
“
Artigo Científico
Devemos mencionar,
Uso cosmético da também nos procedimentos
revista amf - 19
“
Sinmed
medicina em Niterói
o tema, que guarda em si
um manancial de
informações
que não podem ser
retratadas em tão
poucas páginas.
“
Fotos: Ulisses Franceschi
Dr Ciro Herdy, Dr Waldenir Bragança, Dra Zelina Caldeira, Dr Alcir Chácar, Regina Chácar, Franciane Barbo-
sa, Maria Gomes e Jourdan Amóra
O lançamento do livro "A História da Me- portantes ao município, incluindo hospitais ativos e
Franciane Barbosa, Zelina Caldeira e Antonio Duarte
dicina em Niterói" foi marcado por um coquetel inativos e entidades classistas e assistenciais, além
no Bistrô MAC, no mês de janeiro, que contou de patrimônios de projeção nacional, como o
com a presença de renomados médicos e pre- Programa Médico de Família, o Instituto Vital Brazil
sidentes de entidades médicas e assistenciais da e a Universidade Federal Fluminense. O trabalho
cidade. Emocionados, eles não pouparam elogios também exalta a rica carreira de alguns dos princi-
à qualidade gráfica e ao ineditismo da obra. Em pais nomes da Medicina da cidade, muitos pionei-
216 páginas, a publicação tem por objetivo trazer ros em âmbito internacional que colaboraram no
um panorama atualizado da trajetória da Medicina admirável vanguardismo de Niterói. A publicação
e da classe médica em Niterói, desde a fundação não tem a pretensão de extinguir o tema, que
da cidade até os dias atuais, atravessando quatro guarda em si um manancial de informações que
séculos de acontecimentos e personalidades que não podem ser retratadas em tão poucas páginas. Rômulo Basileu, Marcelo Mendes, Paula Ganimi,
marcaram tanto a população local quanto os ru- A obra foi produzida por uma equipe composta Franciane Barbosa, Ana Dantas e Antonio Duarte
mos da saúde no estado e no país. pelos jornalistas Irma Lasmar, Verônica Oliveira e (presentes e saudosos), registrando suas realiza-
Produzido por Franciane Barbosa e Antonio Sergio Meirelles, a historiadora Antoane Rodri- ções e qualidades humanas em biografias que os
Duarte, da DB Editora, o livro é um dos primei- gues e o fotógrafo Antonio Schumacher. conservem como exemplo às futuras gerações.
ros a serem realizados através da Lei Municipal de Tratando-se de um projeto cultural incenti- Entre os médicos em atividade constam os se-
Incentivo à Cultura (nº 3182/2015), tendo como vado, o livro A História da Medicina em Niterói guintes nomes: Alair Augusto Sarmet Moreira dos
único incentivador o Complexo Hospitalar de possuiu prazo para a realização, que foram de Santos, Alan Castro Azevedo e Silva, Alcir Vicente
Niterói, cuja diretora Dra. Ilza Fellows abraçou o apenas quatro meses, e número de páginas pré- Visela Chácar, Aloysio Decnop Martins, Antonio
projeto editorial, desde o primeiro momento em -estabelecido. Por esse motivo, a organizadora Cláudio Lucas da Nóbrega, Benito Petraglia, Fran-
que foi apresentado. A lei entrou em vigor a partir Franciane Barbosa, devido ao extenso número cisco José D´Angelo Pinto, Fábio Tinoco Mathias,
do mês de agosto de 2017, com o objetivo de de médicos renomados presentes em Niterói, Geraldo Martins Ramalho, Gesmar Volga Had-
fomentar a cultura na cidade através do incentivo teve que exercer um poder de síntese e, infeliz- dad Herdy, Guilherme Eurico Bastos da Cunha,
a projetos culturais locais por meio de renúncia mente, deixou de contemplar outros profissionais Herbert Praxedes, João Marcio de Moraes Gar-
fiscal do IPTU ou ISS por pessoa física ou jurídi- de igual renome. Entretanto, ela destaca que, ao cia, Leandro Pataro Calvão, Luiz Carlos da Silva
ca. Totalmente acessível, com tiragem de dois mil homenagear um grupo de 25 grandes nomes da Pegado, Luiz Felippe Judice, Mauro Romero Leal
exemplares e distribuição 100% gratuita - assim Medicina, a intenção foi reverenciar toda a classe Passos, Moyzes Pinto Coelho Duarte Damasce-
como sua impressão via internet – o livro está médica da cidade. no, Paulo César Santos Dias, Paulo Cezar de Mal-
direcionado principalmente a bibliotecas, escolas, O livro pretende servir de base a estudiosos ta Schott, Ronaldo Pontes, Salvador Borges Filho,
universidades e instituições médicas. e curiosos sobre o tema, entre profissionais e lei- Vilma Duarte Câmara e Willian Alberto do Amaral
O livro mapeia a história de instituições im- gos, e homenagear mais de cem grandes médicos Ribeiro.
revista amf - 29
“
Conversando com o Especialista
e os desvios da ciência
sequer necessita de
intervenção para o
alongamento do tendão
de Aquiles, quando o
equino se mostra resistente.
“
O PTC tem uma história de tratamento ças no passo a passo proposto por Kite. Mas
muito cruel. As crianças portadoras desta de- como não tinha expressão nacional, não re- Dr. Carlos Alfredo Jasmin
formidade, ao longo de muitos anos, foram cebeu a devida atenção. A técnica de Kite rei- Cirurgião especializado no tratamento e
fadadas ao convívio com as mazelas desta pa- nou isolada por mais de meio século sem ser prevenção de doenças e traumas
tologia, independente de serem submetidas importunada. Tudo que se acrescentou neste do tornozelo e pé.
ou não a tratamentos. período foram complementações cirúrgicas Presidente da Comissão de defesa
Até o início do século passado as crianças tentando minimizar as sequelas. Profissional da AMB – Associação Médica
que nasciam com os pés equino-varo-supi- No final da década de 80, um ortopedis- Brasileira - 2017 / 2020.
nado congênitos eram submetidos aos mais ta recebeu em seu consultório pacientes que
cruéis tratamentos desde a correção feita a afirmaram terem sido portadores de PTC ao
partir da manipulação e contenção com ban- nascer e ao examiná-los, estes não apresenta-
dagens a tratamentos com instrumentos de vam nenhuma das sequelas habituais. Diante entendeu que a adução e supinação seriam
ferro e coisas desta natureza que submetiam do primeiro caso, não deu muita importância, resolvidas num mesmo movimento, leve em
a criança a verdadeiras sessões de torturas. achou que se tratava de erro de diagnóstico. torno da cabeça do tálus e que o equinismo
Mais precisamente em 1930, J. H. Kite Mas diante dos demais e ao verificar que to- só deveria ser objeto de correção depois que
apresentou ao mundo uma técnica onde de- dos eram originários da mesma região, resol- conseguisse abduzir o pé a pelo menos 70º
fendia a correção, sob manipulação, das de- veu investigar e se deparou com Dr. Ignacio em relação ao eixo da perna. Geralmente, a
formidades presentes no PTC, descrevendo Ponsetti, mestre da Universidade de Iowa. grande maioria dos pacientes, sequer necessi-
um passo a passo para a sua realização. Esta Ponsetti, em 1962, conseguiu publicar ta de intervenção para o alongamento do ten-
técnica foi responsável pela introdução de seu estudo, mas foi mantido no ostracismo dão de Aquiles, quando o equino se mostra
manobras menos agressivas e a obtenção de até ser descoberto a partir dos resultados que resistente.
pés mais plantígrados embora em sua maioria produziu. Em 1996 publicou um livro espe- Entretanto, a sua técnica exige a realiza-
resultassem em estruturas rígidas, menores cífico sobre o assunto e foi então finalmente ção de manipulações sucessivas e frequentes,
que o contralateral (quando unilateral) e que reconhecido pela ciência. seguidas da manutenção desta correção pelo
evoluíam com a idade para pés dolorosos. Sua técnica tem basicamente os mesmos uso de suporte específico que mantém o pé
Mas, mesmo assim, obtinha resultados supe- objetivos da técnica de Kite. A grande diferen- na posição corrigida, por pelo menos 3 anos.
riores ao conseguido até então. ça é o método de manipulação e a sequência O uso desta órtese, até iniciar a marcha, é
Na década de 50, em um congresso das deformidades a serem corrigidas. En- feito por 23h ao dia e depois de iniciada, é
realizado nos EUA, um médico do interior do quanto Kite objetivava a correção da adução, utilizada todas as noites durante os três anos
país, que havia sido aluno de Kite, apresentou da supinação e do equino, repetidamente em seguintes.
um estudo onde propunha pequenas mudan- todas as manipulações que realizava, Ponsetti Coisas da Ciência...
30 - revista amf
“
Eu, gourmet...
Receita
Couscous Marroquino
Acompanha bem com Rosbife
de File Mignon ou Paleta de
Carneiro no forno.
“
Casal Gourmet
Gilvan e Tania Muzy
Ingredientes: Obs: Os damascos e passas, devem ser O Dr. Gilvan Renato Muzy de Souza é
colocados em água morna com uma professor universitário aposentado da UFRJ e
300 gramas de couscous começou a cozinhar com o amigo e também
colher de uísque por 10 minutos. Os
400 ml de água com 1 tablete de caldo de professor da UFRJ Dr. Marcus Conde. O
damascos devem ser cortados em tiras
legumes pneumologista, graduado em medicina em
finas.
50 gramas de 10 hastes de aspargos frescos 1967 pela UFF, gosta muito de fazer vários
10 tomates cerejas cortados ao longo. tipos de risoto, sendo o de limão siciliano e
100 gramas de damasco 2º Parte: de camarão os favoritos de sua esposa, a
- Numa frigideira com uma colher de professora do estado, Tania Muzy. Dr. Gilvan
50 gramas de passas amarelas
sopa de manteiga, doure as amêndoas em também faz vários pratos de carne.
50 gramas de passas pretas
lascas e seque num papel toalha. Repita o A professora Tania Muzy prefere sempre estar
50 gramas de nozes em pedaços
processo com as amêndoas inteiras. por perto ajudando no que for preciso, apesar
50 gramas de amêndoas em lascas
- Corte os aspargos em pedaços de 3 cm, de, como ela mesma revela, já ter aprendido
50 gramas de amêndoas sem casca muito. “Quando ele não quer cozinhar, entro
10 pimentas biquinho amassadas desprezando a parte mais grossa do final.
em campo e faço”, revela Tania Muzy.
- Em uma frigideira grande, coloque uma
Conhecidos em Niterói como “Casal
colher de azeite, e uma colher de sopa
Gourmet” Dr. Gilvan e Tania Muzy nos
de manteiga. Abaixe o fogo e coloque os
brinda com uma receita que agrada todos os
aspargos até amacia-los.
paladares:
1º Parte do modo de fazer: - Acrescente os tomates cereja, as
- Coloque a água com o tablete de caldo pimentas, as nozes, amêndoas e depois os
de legumes para ferver. damascos e passas sem a água,
- Espalhe o couscous num refratário misturando todos os ingredientes, por
tamanho médio, passe um fio de azeite, cerca de 5 minutos.
usando um garfo levemente para misturar. Acompanha bem com Rosbife de Filé
- Coloque a mistura de água com o caldo 3 º Parte: Mignon ou Paleta de Carneiro no forno.
de legumes, por cima, usando também - Retire o pano do couscous e acrescente
um garfo para homogeneizar. todos os ingredientes, misturando Sugestão de vinho: Merlot - Don
- Cubra com um pano molhado, e deixe uniformemente. Guerino – Vinícola em Alto Feliz – RS
hidratar por 10 minutos. - Não esquecendo de corrigir o sal.
revista amf - 33
“
Acamerj
novos dias
entrando em cadeiras já
Livro preferido:
Não tenho um livro preferido, mas os que eu mais gosto são os
de suspense, tipo Agatha Christie, e os motivacionais.
Novas óticas
em Niterói
Anderson Azevedo investe na
cidade com duas lojas nos
últimos meses
Fotos: Antonio Schumacher
Quem passou na esquina da Rua Moreira César com a Pre-
sidente Backer, em Icaraí, a partir do mês de novembro do ano
passado, se surpreendeu com uma loja diferente das demais. A
Ótica Lidera possui um espaço amplo, iluminado e sofisticado tra-
zendo para o público de Niterói o melhor do ramo ótico, no
quesito luxo.
Apaixonado por sua profissão, o empresário Anderson Aze-
vedo abriu sua primeira loja na Avenida Ernani do Amaral Peixoto,
oito anos atrás. Hoje, ele possui ao todo cinco óticas, localizadas
em Icaraí, Centro, São Gonçalo e as mais recentes na Rua Coro-
nel Moreira César e no shopping Itaipu Multicenter.
Quando questionado acerca do momento de crise eco- estaria aberto a explorar outros ramos no futuro”, opinou.
nômica que impede as pessoas que pretendem investir e em- O empresário adverte que o investimento no espaço físico
preender, ele se mostrou confiante e destemido. “Além da paixão não vale à pena caso um bom atendimento não seja prioridade.
pelo que faço, acredito no que faço. Eu observo que o consumo “Você pode ter a melhor loja. Mas se não tiver a melhor equipe e
sempre existirá, contudo, em momento de crise, as pessoas ten- o melhor produto, não tem sucesso. É todo um conjunto. Colo-
dem a escolher melhor onde devem consumir. É um tempo que co-me no lugar de cada pessoa que entra. Como gostaria de ser
divide os bons dos ruins, e para manter seu público, é necessário atendido, ser recebido. Essa orientação repasso á minha equipe
fazer um trabalho de excelência, com muita dedicação”, opinou. e é muito satisfatório ver o feedback dos clientes, que tem sido
Niteroiense, Anderson possui apreço pelo público da melhor do que imaginávamos quando inauguramos esta loja em
cidade. “Quando me mudei para Zona Sul de Niterói, percebi novembro. Um cliente tratado com carinho que sai satisfeito vale
que o público da região é muito carente de produtos luxuosos – por 20 – ele é a nossa melhor propaganda”, finalizou.
quando os busca, precisa ir até a capital do estado. A área de pro- Cláudia Gonçalves, advogada, foi a loja para comprar seu
dutos com maior qualidade, marcas de ponta, ainda está em cres- quarto par de óculos. “Sou cliente há um ano e meio, sou mui-
cimento no município – com o consumo mudando também em to bem atendida. Sempre saio satisfeita e feliz, ganho brindes, e,
museus, teatros, na cultura em si – e eu quis uma loja que pudesse além disso, ganho elogios dos amigos pelos meus óculos. É bom
atender ao público. Mas sinto que em diversos segmentos, há falta porque os produtos que eu quero não vendem em outras óticas,
de opções para este nicho específico. Eu possuo apenas ótica, mas eu só encontro aqui”, elogiou.
Agenda AMF
38 - revista amf
Informe Publicitário
SINDHLESTE
representa importantes
instituições de saúde de
Niterói e São Gonçalo
Prosseguir com o trabalho já desenvolvido, ampliar a parce-
ria com as operadoras de saúde, além de oferecer cursos de ca-
pacitação aos colaboradores dos associados, assessoria jurídica e do Complexo Hospitalar de Niterói, Jorge Gerrero, do Hospital
negociação nas convenções coletivas de trabalho, são algumas das São Sebastião e Luiz Otávio Nazar, do Hospital Geral do Ingá. Já
prioridades do SINDHLESTE. os suplentes do conselho fiscal são: Silla Todesco e Rodrigo Lisboa,
A diretoria, que foi eleita para atuar no triênio 2018/2020 no ambos da Clínica de Hemoterapia, e Leandro Alves, do Centro de
Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde de Niterói e São Imagem Icaraí.
Gonçalo, o SINDHLESTE, tem conseguido relevantes conquistas Vinicius Queiroz destaca como prioridade desta Diretoria a
para a categoria. saúde suplementar com foco no cuidado dos pacientes, em um
Entre os seus membros estão: o Diretor Presidente Vinicius processo que exige tecnologia de ponta e capacitação dos profis-
Queiroz, do Hospital de Olhos de Niterói, o Diretor Vice-Presi- sionais da saúde.
dente Aécio Nanci Filho, do Hospital São José dos Lírios, o Diretor - E essa prioridade só é possível atingir quando temos em
Administrativo Sávio Tinoco, do Hospital Icaraí e Hospital & Clínica nossos hospitais e clínicas equipes de médicos e colaboradores
São Gonçalo e o Diretor Financeiro Hector Concha, do Hospital de excelência e uma estrutura hospitalar focada no alto padrão de
Santa Martha. Para o conselho fiscal foram eleitos Jorge Guilherme qualidade. Seguimos trabalhando com toda a Diretoria de nosso
Cerbino, da Casa de Saúde N. S. Auxiliadora, Anderson Pedrosa, Sindicato para ampliarmos a forte parceria com as operadoras de
do Hospital de Clínicas da Alameda e Felipe Albuquerque Maga- saúde, visando sempre a remuneração justa dos serviços prestados
lhães, do São Francisco Hospital e Maternidade. A diretoria ainda e o equilíbrio econômico financeiro de todos os hospitais e clínicas
conta com os suplentes Ricardo Reis, do Niterói D’Or, Ilza Fellows, de Niterói e São Gonçalo.
revista amf - 41
Livro em Foco
revista amf - 43
“
Informe Publicitário
Conheça a Turquia
A Turquia é um país muito
grande, que desfruta de
climas distintos, mas que
na sua maior parte tem um
clima mediterrâneo, com
verões quentes e secos e
invernos suaves e
chuvosos.
“
Catedral de Santa Sofia - Istambul
A Turquia é um país eurasiático com cas, uma vez que o clima será perfeito para
paisagens exóticas e belezas naturais des- passear em Istambul, no Mar Egeu e na Capadócia
lumbrantes, e uma riqueza histórica com costa do Mediterrâneo, e vai ser agradável
marcas de distintas civilizações. na Anatólia Central. Visitar antes de mea- Principais cidades e atrações para
É muito fácil se encantar pela Turquia, dos de junho ou depois de agosto tam- visitar na Turquia
de Istambul à Capadócia, de Pamukkale à bém pode ajudar a evitar mosquitos. Para Istambul
Éfeso: tudo é mágico! Com seus 814.578 quem deseja aproveitar as praias, meados Parada obrigatória em sua visita ao
km², a Turquia é o ponto de encontro en- de maio a setembro é perfeito para o Mar país, é uma das mais fascinantes cidades do
tre o Ocidente e o Oriente. Os passeios Egeu e a costa do Mediterrâneo. A costa mundo. Cortada ao meio pelo Estreito de
incluem desfrutar de praias de águas cor do Mar Negro é mais visitada entre abril e Bósforo, Istambul estende-se por 30 km
turquesa, cataratas majestosas, bosques setembro – ainda choverá, mas não tanto. e faz a ligação do Mar Negro com o Mar
frondosos com interessantes espécies en- É indicado viajar para o leste da Turquia do de Mármara, separando a Ásia da Europa:
dêmicas, vales férteis, grutas e originais final de junho a setembro, mas não antes no lado Europeu, fica o centro de comér-
formações rochosas que permanecem na de maio ou depois de meados de outubro, cio e negócios, já no lado asiático, ficam
memória e no coração de quem os desco- a menos que se esteja preparado para a as residências. Cosmopolita e moderna,
bre. A particularidade de ser um país eura- neve, fechamento de estradas e tempera- esta importante cidade de negócios mescla
siático, com porções de seu território em turas muito baixas. o novo e o antigo, com vistas de tirar o
dois continentes, Europa e Ásia, propor- fôlego. Banhada pelas águas azul-marinho
ciona a seus visitantes, além das paisagens Clima na Turquia do Bósforo, tem certamente o mais belo
exóticas e belezas naturais deslumbrantes, A Turquia é um país muito grande, que pôr do sol que se pode ver. Em Istambul,
uma riqueza histórica que encanta em cada desfruta de climas distintos, mas que na sua também, estão locais de visitação impor-
detalhe com marcas de distintas civiliza- maior parte tem um clima mediterrâneo, tantes pela sua impressionante arquitetura,
ções. Dona do maior museu a céu aberto com verões quentes e secos e invernos como a imponente Hagia Sofia (pronuncia-
do mundo, é sem dúvida um roteiro mag- suaves e chuvosos. A melhor época para -se “Aya Sófya”) ou Basílica de Santa Sofia;
nífico e inesquecível. visitar a Turquia é entre os meses de abril a as Mesquitas Azul e Suleymaniye; palácios
junho e de setembro a outubro, quando as e outros.
Qual a melhor época para visitar a temperaturas estão agradáveis. Já de julho
Turquia? a agosto, as temperaturas ficam mais altas, Capadócia
Primavera (abril a maio) e outono (se- com média de 40°C em algumas regiões Outro ponto alto do turismo na re-
tembro a outubro) são as melhores épo- do país. gião da Turquia Central é a Capadócia,
44 - revista amf
região de natureza geológica ímpar, onde arqueológicas e naturais. Acredita-se, po-
se veem as curiosas formações rochosas rém, que o segredo mais bem guardado
longilíneas conhecidas como Chaminés da Turquia se esconde ao longo do Mar
de Fada. É na Capadócia que fica o “Open Egeu e Mediterrâneo, em Kusadasi. Re-
Air Museum”, um espaço onde se con- gião litorânea conhecida como Riviera
centram as melhores obras de arte. Há Turca, respira encanto, glamour e muito
várias capelas antigas e outras divisões de charme. Pela beleza indiscutível das ro-
um enorme mosteiro diferente do habi- chas esculpidas em frente ao mar e pelas
tual. Tudo era escavado na rocha: salas Pamukkale
águas paradisíacas, de um intenso azul, foi
que eram usadas como refeitório, dormi- batizada, também, de Riviera Turquesa.
tórios e, claro, igrejas das várias fases de azul-turquesa que, aliadas ao brilho do tra- Com 300 dias de sol por ano e milhares
sua existência. vertino sob a luz do sol, criam um lugar de quilômetros de areias quentes, a Rivie-
encantado. Este visual mágico, de vários ra Turca é o local ideal para viver dias de
Pamukkale tamanhos, que se encontram em forma de puro relaxamento.
Situado na zona de Denizli, Pamu- cascata no pequeno monte, recebeu jus-
kkale é um dos mais atraentes pontos de tamente o nome de Pamukkale, que em Bodrum
turismo deste país. A grande atração é a turco significa Castelo de Algodão. Bodrum é um paraíso com mar, bele-
imensidão branca do penhasco com bacias zas naturais, enseadas magníficas e história.
esculpidas cheias de água, como quedas Éfeso Do passado até hoje, Bodrum é um desti-
d’água congeladas que parecem feitas de Pode-se dizer que Éfeso é uma das no turístico famoso por suas casas brancas,
neve, nuvem, algodão. Pamukkale é uma maiores, mais bonitas e mais bem pre- ruas estreitas indo até o mar e vida noturna
montanha coberta por rocha branca cal- servadas cidades antigas do mundo. Lá moderna e agitada.
cária, que há milhões de anos é esculpi- se encontram duas das sete Maravilhas
da pelos sulcos de água que ali correm e do Mundo Antigo: as ruínas do Mausoléu Travelmate Niterói
que lhe concederam um aspecto único de de Maussollos, em Bodrum, e o que resta R. Cel. Moreira Cesar, 229 loja 216
rara beleza. As águas termais brotam do do Templo de Ártemis, a deusa romana Shopping Icaraí - Tel.: (21) 36743008
chão a 35 graus e formam piscinas de água da fertilidade – além de outras belezas niteroi@travelmate.com.br
revista amf - 45
Clube de Benefícios
Instituto Brasileiro de
Línguas Icaraí.
http://unidades.ibl-idio- Desconto de 20% em serviços pontuais
mas.com.br/icarai/ Tel.: (21) 2220-0569
Para os associados da AMF www.marketmed.com.br Desconto de 20% nos serviços
serão concedidos 50% desconto nos idiomas
Inglês, Espanhol e Francês e 40% de desconto
nos idiomas Alemão, Italiano e Japonês
46 - revista amf