LÍNGUA PORTUGUESA
PROF. LUCIANO DIRCEU DOS SANTOS
luciano.ead@gmail.com
I FONOLOGIA
FONEMA
Fonema é o menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as
palavras. Veja abaixo os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras.
Bar – Mar Tela – Vela sEla – sAla
Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal
gráfico que representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas será igual ao número de letras.
Certos fonemas podem ser representados por diferentes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser
representado por:
s – pensar, ç – caçar, c – cinto, ss – passado, x – trouxe, sc – nascer, xc – excelente, sc – desço.
VOGAIS: fonemas resultantes das vibrações das cordas vocais em cuja produção a corrente de ar
passa livremente na cavidade bucal. Podem ser orais ou nasais.
Vogais Orais: Quando a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u.
Ex.: já, pé, vê, ali, pó, dor, uva.
Vogais Nasais: Quando a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A nasalidade pode ser
indicada pelo til (~) ou pelas letras n e m. São elas: ã, ẽ, ĩ, õ, ũ. Ex.: mãe, venda, lindo, pomba, nunca.
As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas, dependendo da intensidade com que são
pronunciadas. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade, como em café, bola, vidro. A vogal
átona é pronunciada com menor intensidade, como em café, bola, vidro.
SEMIVOGAIS: São os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos de uma vogal, formam com ela uma
mesma sílaba. Ex.: papai
CONSOANTES: São os fonemas em que a corrente de ar, emitida para a sua produção, teve de
forçar passagem na boca. Ex.: b, c, d, ...
Ditongo decrescente: é o encontro de uma vogal + semivogal numa mesma sílaba. Ex.: pai
Tritongo: é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal numa mesma sílaba. Ex.: Uruguai
Hiatos: É a sequência de duas vogais numa mesma palavra mas que pertencem a sílabas diferentes,
pois nunca há mais de uma vogal na mesma sílaba. Ex.: saída, juiz.
Consonantais: Ex.: rr, ch, sc, ss, sc, lh, xc, qu, nh, gu.
Vocálicos: Ex.: am, an, em, en, im, in, om, on, um, un
SÍLABA
DIVISÃO SILÁBICA
II – ORTOGRAFIA
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se
no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia,
mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do grego,
significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal). As palavras homônimas dividem-se em
homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo
gostar) e homófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
O fonema s:
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Escreve-se com S e não com C/Ç:
• as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão /
aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir -
compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir -
consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
• os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder -
excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso /
submeter - submissão
• quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
• no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
• os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
• os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
• os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
• nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
• após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
• palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
• os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos
nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
• os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
• as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
• nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
• os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
• após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
• em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
• os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
• os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
• como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
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Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
• as palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
• estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
• as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
• as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
• os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
• depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
• depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
• as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
• as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
• as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
• as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
• as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
• depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
• depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
• as palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
• os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
• os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. Escrevemos
com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
• atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área
(superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir
(mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
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III - PRINCIPAIS MUDANÇAS DO ACORDO ORTOGRÁFICO
I. As letras k, w e y foram incorporadas ao alfabeto. O alfabeto passa a ter 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i,
j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
II. Os adjetivos e os substantivos derivados com terminação -iano e -iense são escritos com i, e não com
e, antes da sílaba tônica.
Exemplos: acriano (de Acre), açoriano, camiliano, camoniano, ciceroniano, eciano, freudiano, goisiano
(relativo a Damião de Góis), sofocliano, torriano (de Torres), zwingliano (Ulrich Zwingli), etc.
III – As palavras paroxítonas com ditongos abertos tônicos éi e ói não são mais acentuados graficamente.
Exemplos: alcateia, apneia, assembleia, ateia, azaleia, boleia, Basileia, Caldeia, Cananeia, catleia,
cefaleia, centopeia, colmeia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, diarreia, dispneia, Dulcineia, epopeia,
epopeico, Eritreia, estreia, europeia, farmacopeia, geleia, gonorreia, ideia, Medeia, nucleico, odisseia,
onomatopeia, onomatopeico, panaceia, pangeia, Pauliceia, pigmeia, plateia, Pompeia, prosopopeia,
seborreia, teodiceia, teteia, traqueia, ureia, verborreia.
IV. As formas verbais que contêm eem não são mais assinaladas com acento circunflexo.
Exemplos: creem, deem, descreem, desdeem, leem, preveem, redeem, releem, reveem, tresleem, veem,
etc.
V. O penúltimo o do hiato oo(s) perde o acento circunflexo.
Exemplos: enjoo (substantivo e flexão do verbo enjoar), povoo (flexão do verbo povoar), voos
(substantivo e flexão do verbo voar).
VI. Deixam de ser acentuadas as seguintes palavras homógrafas:
– para (flexão do verbo parar), homógrafa de para (preposição);
– pela(s) (substantivo e flexão do verbo pelar), homógrafa de pela(s) (combinação de per e la(s));
– pelo (flexão do verbo pelar), homógrafa de pelo(s) (substantivo ou combinação de per e lo(s));
– polo(s) (substantivo), homógrafa de polo(s), combinação de por e lo(s));
– pera (substantivo), homógrafa de pera (preposição).
Observações:
• O verbo pôr continua acentuado.
• Continua a ser acentuada a forma pôde (terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo
poder).
• É facultativo o uso do acento circunflexo em:
– dêmos (primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo dar), homógrafa de demos
(primeira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo dar);
– fôrma (substantivo), homógrafa de forma (substantivo/verbo).
VII. Deixam de ser acentuadas as vogais tônicas i e u das palavras paroxítonas precedidas de ditongo.
Exemplo: baiuca.
Observação:
Permanecem acentuadas as vogais tônicas i e u precedidas de ditongo de palavras oxítonas.
Exemplos: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
VIII. O u tônico dos verbos arguir e redarguir não é mais assinalado com acento agudo nas formas
rizotônicas (quando o acento agudo cai em sílaba do radical) antes de e ou i.
Exemplos: arguis (segunda pessoa do singular do presente do indicativo), argui (terceira pessoa do
singular do presente do indicativo e segunda pessoa do singular do imperativo), arguem (terceira pessoa
do plural do presente do indicativo).
• As formas verbais do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
obliquar, delinquir e afins admitem duas pronúncias diferentes, portanto duas grafias distintas:
a) Se o u dessas formas verbais for tônico, ele deixa de ser acentuado graficamente.
Exemplo: averiguo.
b) Porém, se o a e o i passarem a tônicos, eles devem ser acentuados graficamente.
Exemplo: averíguo.
IX. Trema
O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros.
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Exemplos: hubneriano (de Hubner), mulleriano (de Muller), etc.
X. Hífen
Palavras compostas que perderam, em certa medida, a noção de composição são grafadas
aglutinadamente.
Exemplos: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé, etc.
• Usa-se o hífen em topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou
cujos elementos estejam ligados por artigos.
Exemplos: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, etc.
Os demais topônimos compostos são escritos com os elementos separados, sem hífen.
Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc.
Exceção: Guiné-Bissau, consagrada pelo uso.
• Usa-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não
ligadas por preposição ou qualquer outro elemento.
Exemplos: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-
cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer (também conhecida como margarida ou malmequer);
andorinha-grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d´água, lesma-de-conchinha;
bem-te-vi (pássaro).
O hífen continua a ser empregado nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas
de ligação e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica.
Exemplos: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda-noturno, mato-
grossense, norte-americano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, primeiro-ministro, conta-
gotas, guarda-chuva, etc.
• O advérbio bem, em muitos compostos, aparece aglutinado com o segundo elemento, quer este tenha ou
não vida à parte.
Exemplos: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
Bem-vindo continua com hífen.
• Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando
encadeamentos vocabulares.
Exemplos: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade, a ponte Rio-Niterói, o percurso Lisboa-Coimbra-
Porto, a ligação Angola-Moçambique.
• Usa-se o hífen nas formações com aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-, contra-,
eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-,
neo-, pan-, pluri-, pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-,
ultra-, etc.
a) se o segundo elemento começa por h.
Exemplos: anti-higiênico, co-herdeiro, extra-humano, pré-história, etc.
b) se o primeiro elemento termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica, micro-onda, semi-interno, etc.
c) nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n
(além de h, como já visto).
Exemplos: circum-escolar, circum-murado, circum-navegacao; pan-africano, pan-magico, pan-
negritude.
d) nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super-, quando o segundo elemento começa por r.
Exemplos: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
e) depois dos prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), sota-, soto-, vice- e vizo-.
Exemplos: ex-almirante, sota-piloto, soto-mestre, vice-presidente, vizo-rei.
f) nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-, sempre tônicos e acentuados, quando o segundo
elemento tem vida própria.
Exemplos: pós-graduação, pré-escolar, pró-africano.
Observações:
Não se usa o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nas quais o segundo
elemento perdeu o h inicial.
Exemplos: desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
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Exceção: Nas formações com o prefixo co-, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo
quando iniciado por o.
Exemplos: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar, etc.
Não se usa hífen nas formas átonas (pos-, pre- e pro-).
Exemplos: pospor, prever, promover.
• Não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento
começa por r ou s, sendo que essas consoantes são duplicadas.
Exemplos: antirreligioso, contrarregra, cosseno, extrarregular, infrassom, etc.
• Não se usa hífen nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal, se o segundo elemento
começa por vogal diferente.
Exemplos: antiaéreo, coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial, autoestrada,
autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual, etc.
IV – PARÔNIMOS E HOMÔNIMOS
Parônimos ( emprego do e ou do i )
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Parônimos (emprego do o ou do u )
Acento Inflexão da voz; sinal gráfico Assento Lugar onde a gente se assenta
Acessório Que não é fundamental Assessório Relativo ao assessor
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Apreçar Marcar ou ver o preço de Apressar Tornar rápido
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção
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Cegar Fazer perder a vista a Segar Ceifar; cortar
Cela Aposento de religiosos Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selas
Cenário Decoração de teatro Senário Que consta de seis unidades
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Censual Relativo ao censo Sensual Relativo aos sentidos
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar
Cervo Veado Servo Servente
Cessação Ato de cessar Sessação Ato de sessar
Cessar Interromper Sessar Peneirar
Ciclo Período Siclo Moeda judaica
Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Cinemático Relativo ao movimento mecânico Sinemático Relativo aos estames
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
Corço Cabrito selvagem Corso Natural da Córsega
Decertar Lutar Dissertar Discorrer
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluído
Incipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção ou tenção Propósito Intensão ou Intensidade
tensão
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas se cortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Maçudo Indigesto; monótono Massudo Volumoso
Paço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia
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Coser Costurar Cozer Cozinhar
Revezar Substituir alternadamente Revisar Rever; corrigir
Vês Forma do verbo ver Vez Ocasião
Fúsil Que se pode fundir Fuzil Carabina Fusível Resistência de fusibilidade calibrada
Homônimos (emprego do s ou do x )
V - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Utiliza-se os acentos gráficos ^ e ´ para indicar a sílaba tônica de certas palavras.
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3. PALAVRAS OXÍTONAS: Acentuam-se as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em, ens.
Ex.: sofás, você, avó, armazéns
OBS.: As paroxítonas terminadas em n são acentuadas, mas que terminam em ens não são. Ex.: hifens,
jovens.
5. HIATOS: São acentuados o i e o u tônicos quando formam um hiato com a sílaba anterior,
estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados de s. Ex. sa-ú-de, e-go-ís-mo.
VI - MORFOLOGIA
Os elementos da morfologia:
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns vocábulos são
constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a formação de famílias de
palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o para receber as
desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é impossível a
ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem ser nominais
ou verbais:
As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).
Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e número
(número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.
Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar palavras
novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical (infeliz) e o sufixo,
colocado depois do radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem para facilitar
ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-inho, pobre-t-ão, rat-i-cida,
rod-o-via)
Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz - felicidade).
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• palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos seguintes processos de
formação:
1. Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois tipos de
composição.
2. Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de afixos. São cinco
tipos de derivação.
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para formação de
palavras, como:
5. Abreviação vocabular: redução da palavra até o limite de sua compreensão (metrô, moto, pneu,
extra, dr., obs.)
6. Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma sequência de palavras (Academia
Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
CLASSES DE PALAVRAS:
As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.
• Substantivo • Artigo
• Adjetivo • Numeral
• Pronome • Advérbio
• Verbo • Preposição
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• Interjeição • Conjunção
SUBSTANTIVO
É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e seres em
geral. Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples
(alface) ou composto (guarda-chuva). Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou
próprio (Curitiba), concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). Os substantivos concretos designam seres de
existência real ou que a imaginação apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos
designam qualidade, sentimento, ação e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. Os substantivos
próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maiúsculas. Certos substantivos
próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação imprópria (um judas = traidor / um panamá
= chapéu). Os substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não, materiais ou
não. Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza X
riquezas). Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o sentido em
que se empregam (a redação das leis requer clareza / na redação do aluno, assinalei vários erros).
• biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou
conde X condessa).
• uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão
divididos em:
• epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, badejo, besouro,
codorniz;
• comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distinção dos sexos por
palavras determinantes - aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, médium, silvícola;
• sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos -
algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta
X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua X a
língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a voga).
Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona).
Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X monja,
infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).
Quanto ao número (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em função do final
da palavra.
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos).
Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões.
Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão nominal. São três
graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados através de dois processos:
Certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou diminutiva. (cartão,
cartilha).
• alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão;
• alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é
obrigatório quando o substantivo terminar em vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);
Palavras masculinas:
Palavras femininas:
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• filoxera (inseto e doença); • libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
• gênese, guriatã (ave); • sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
• hélice (FeM classificam como gênero vacilante); • usucapião (FeM classificam como gênero
• jaçanã (ave); vacilante);
• juriti (tipo de aves); • xerox (cópia).
Gênero vacilante:
• acauã (falcão);
• inambu (ave);
• laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de autores pelo
masculino);
• víspora.
Alguns femininos:
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abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo, forno, forro,
fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, socorro, tijolo, toco, torno, torto, troco.
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs (cabelos
brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades religiosas), esponsais (contrato de
casamento ou noivado), esposórios (presente de núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais),
férias, fezes, manes (almas), matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias
(começos, prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes.
Coletivos:
ADJETIVO
É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e características deste.
Mantém com o substantivo que determina relação de concordância de gênero e número.
• adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente são formados pelo acréscimo
de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas por alagoano). Podem ser simples ou compostos,
referindo-se a duas ou mais nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e
erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).
• locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com significado equivalente a adjetivos
(anel de prata = anel argênteo / andar de cima = andar superior / estar com fome = estar faminto).
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São adjetivos eruditos:
açúcar - sacarino; estômago - gástrico; moeda - monetário, numismático;
águia - aquilino; fábrica - fabril; neve - níveo;
anel - anular; fígado - hepático; pedra - pétreo;
astro - sideral; fogo - ígneo; prata - argênteo, argentino, argírico;
bexiga - vesical; guerra - bélico; raposa - vulpino;
bispo - episcopal; homem - viril; rio - fluvial, potâmico;
cabeça - cefálico; inverno - hibernal; rocha - rupestre;
chumbo - plúmbeo; lago - lacustre; sonho - onírico;
chuva - pluvial; lebre - leporino; sul - meridional, austral;
cinza - cinéreo; lobo - lupino; tarde - vespertino;
cobra - colubrino, ofídico; marfim - ebúrneo, ebóreo; velho, velhice - senil;
dinheiro - pecuniário; memória - mnemônico; vidro - vítreo, hialino.
Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam as seguintes características:
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X honesto[a]). Quanto ao gênero, não se diz que um
adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem terminação masculina ou feminina.
No tocante a número, os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos princípios dos
substantivos simples, em função de sua terminação (agradável X agradáveis). Já os substantivos utilizados
como adjetivos ficam invariáveis (blusas cinza).
Os adjetivos terminados em -OSO, além do acréscimo do -S de plural, mudam o timbre do
primeiro -o, num processo de metafonia.
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e superlativo.
O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais
qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: tão alto quanto (como / quão); de superioridade:
mais alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético) e de inferioridade: menos alto (do) que.
O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.
O superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade não se refere à de outros
elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio de intensidade) ou sintético (-íssimo, -érrimo, -
ílimo). (muito alto X altíssimo)
O superlativo pode ser também relativo, qualidade relacionada, favorável ou desfavoravelmente, à
de outros elementos. Pode ser de superioridade analítico (o mais alto de/dentre), de superioridade
sintético (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos alto de/dentre).
São superlativos absolutos sintéticos eruditos da língua portuguesa:
acre - acérrimo; dócil - docílimo; negro - nigérrimo;
alto - supremo, sumo; fiel - fidelíssimo; pobre - paupérrimo;
amável - amabilíssimo; frio - frigidíssimo; sábio - sapientíssimo;
amigo - amicíssimo; humilde - humílimo; sagrado - sacratíssimo;
baixo - ínfimo; livre - libérrimo; são - saníssimo;
cruel - crudelíssimo; magro - macérrimo; veloz - velocíssimo.
doce - dulcíssimo; mísero - misérrimo;
PRONOME
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acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele rapaz é belo). Os pronomes pessoais são sempre
substantivos.
Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor;
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
Pronome pessoal:
Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem também representar, quando na 3ª
pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os
compromissos do chefe).
Pronomes pessoais
Pronomes oblíquos
Número Pessoa Pronomes retos
Átonos Tônicos
Os pronomes pessoais apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem
na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os
oblíquos, geralmente, de complemento.
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo, conosco e
convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.
Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São empregados como
referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa), entretanto, a concordância é feita com a 3ª pessoa.
Também são considerados pronomes de tratamento as formas você, vocês (provenientes da redução de
Vossa Mercê), Senhor, Senhora e Senhorita.
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm regidos de
preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para (não expressas).
Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam da fusão de
dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse = ninguém o disse a mim).
Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos terminados em r, s ou z
e viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal.
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Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo ou verbo no
gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar / Eu o vi sair / Deixei-as
chorando).
A forma você, atualmente, é usada no lugar da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular quanto no
plural, levando o verbo para a 3ª pessoa.
Já as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos diretamente à pessoa
e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura o V. pelo S.
Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como
oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um
verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim fazer).
Os pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma reta e podem
funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos eles).
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos - podem ter valor
reflexivo e recíproco.
As formas si e consigo têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa. Já conosco e
convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós) quando vierem com modificadores
(todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração adjetiva).
Os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do sujeito ou
vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e pronto / Ó, tu, Senhor Jesus).
Quanto ao uso das preposições junto aos pronomes, deve-se saber que não se pode contrair as
preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele continuar, desistiu ≠ Vi as bolsas
dele bem aqui).
Os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro / Pesavam-lhe os
olhos), enquanto alguns átonos são partes integrantes de verbos como suicidar-se, apiedar-se, condoer-se,
ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.
Já os pronomes oblíquos podem ser usados como expressão expletiva (Não me venha com essa).
Pronome possessivo:
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Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço.
São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam
exclusivamente como substitutos de substantivos.
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome
demonstrativo.
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:
• uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);
• uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e aquele
(passado remoto ou bastante vago);
• uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma
informação);
• o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);
• tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante,
quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema
ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não brigue por semelhante causa);
• mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem "idêntico",
"igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram crianças de mesmas
séries);
• como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira
e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos (O médico e a enfermeira
estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);
• pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes demonstrativos (Não
acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de
branco);
• podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava
com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite);
• nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso,
ela entrou triunfante - nisso = advérbio).
Pronome relativo:
Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração dependente,
adjetiva.
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento, armamentomes
relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo (a/s) e quanto (a/s).
Os relativos são chamados relativos indefinidos quando são empregados sem antecedente expresso
(Quem espera sempre alcança / Fez quanto pôde).
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Quanto ao emprego, observa-se que os relativos são usados quando:
• o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre os que lêem ou
não);
• como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto me interessava)
• quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres personificados
expressos;
• quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo precedido de
preposição;
• cujo (a/s) é empregado para dar a ideia de posse e não concorda com o antecedente e sim com seu
consequente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode ser acompanhado de artigo.
Pronome indefinido:
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico,
representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar ideia de conjunto ou quantidade
indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.
São pronomes indefinidos de:
• algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum
resolverá o problema);
• cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);
• alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a
ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei várias balas de sabores
vários)
• bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a
ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
• o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";
• o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está
nada contente hoje);
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• o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está
nada contente hoje);
• existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for,
cada um etc.
• todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda
≠ Toda a cidade parou para ver a banda).
Pronome interrogativo:
São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma pergunta direta
ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você tem? / Não sei quem lhe contou).
Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? / Como foi
tudo?).
VERBO
É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação, estado ou fenômeno da
natureza.
Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar três paradigmas verbais. De
acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas irregularidades. São classificados
como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.
• defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir - no presente do indicativo só
apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais
(vozes ou ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade de confusão com outros
verbos;
• abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais frequente no particípio, devendo-se
usar o particípio regular com ter e haver; já o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso -
tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);
• auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos tempos compostos e
locuções verbais;
• certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o
pronome não tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se, queixar-se etc.);
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• formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonicidade fora do radical - nós
cantaríamos).
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou
advérbio pelas circunstâncias que exprime.
• presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
• presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que
se fala;
• pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
• pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída
ou era uma ação costumeira no passado;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas
não concluída no passado;
• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
• futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
• futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas
ligado a um momento passado;
• futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;
Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos (presente e pretérito perfeito
do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:
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• pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e 3ª conj.) + Desinência
número pessoal (DNP);
• presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou A (2ª e 3ª conj.) + DNP;
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas passeemos).
• imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo afirmativo (as 2ª pessoas vêm do
presente do indicativo sem S, as demais também vêm do presente do subjuntivo).
Quanto à formação, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos auxiliares TER ou HAVER +
particípio do verbo que se quer conjugar, dito principal.
• pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal (VP) [Tenho falado];
• pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Tinha falado);
• futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particípio do VP (Terei falado);
• futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do VP (Teria falado).
• infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do VP (Ter falado / Teres falado);
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• gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do VP (Tendo falado).
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o perfeito e o mais-que-
perfeito nas formas compostas. Não há presente composto nem pretérito imperfeito composto
Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar (ser na maioria das vezes),
como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do
indicativo) / O vento ia levando as folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo
principal).
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir temos uma lista, seguida de
comentários sobre essas dificuldades de conjugação.
• Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, por isso não possui presente do
subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir,
fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)
• Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e pretérito perfeito do indicativo -
com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no
presente do indicativo
• Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir, cerzir, despir, diferir,
digerir, divergir, ferir, sugerir)
• Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coagir, erigir, espargir, refulgir,
restringir, transigir, urgir)
• Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem
(= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) - presente do indicativo - águo, águas..., - pretérito
perfeito do indicativo - aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)
• Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito perfeito do indicativo -
aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouveram
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• Arguir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú), argúis, argúi, arguimos,
arguis, argúem - pretérito perfeito - argui, arguiste... (com trema)
• Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, atraíste... (= abstrair, cair,
distrair, sair, subtrair)
• Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos, atribuís, atribuem - pretérito
perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir)
• Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas (ú), averigua (ú),
averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito perfeito - averiguei, averiguaste... - presente do subjuntivo -
averigúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)
• Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - pretérito perfeito indicativo -
ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam
pronúncia aberta: estréio, estreia...)
• Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam - pretérito perfeito - coei, coaste,
coou... (= abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... -
pretérito perfeito - comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar,
incendiar, odiar)
• Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - compilo, compeles... - pretérito perfeito indicativo
- compeli, compeliste...
• Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... - pretérito perfeito indicativo -
compilei, compilaste...
• Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo - construo, constróis (ou construis), constrói (ou
construi), construímos, construís, constroem (ou construem) - pretérito perfeito indicativo - construí,
construíste...
• Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem - pretérito perfeito indicativo -
cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo - cria, crias, cria, críamos, críeis, criam
• Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo - fali, faliste... (= aguerrir,
combalir, foragir-se, remir, renhir)
• Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - frijo, freges, frege, frigimos,
frigis, fregem - pretérito perfeito indicativo - frigi, frigiste...
• Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito perfeito indicativo - fui, foste...
- presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão
• Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo - jazi, jazeste, jazeu...
• Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos, mobiliais, mobíliam -
pretérito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, obstas... -
pretérito perfeito indicativo - obstei, obstaste...
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• Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem - pretérito perfeito
indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo -
pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pretérito perfeito indicativo - poli, poliste...
• Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos, precaveis-vos - pretérito
perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) - presente do indicativo - provejo, provês,
provê, provemos, provedes, provêem - pretérito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver
(defectivo) - presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo - reouve, reouveste,
reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais com a letra v)
• Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretérito perfeito indicativo - remi, remiste...
• Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretérito perfeito indicativo - requeri,
requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no
pretérito perfeito do indicativo e derivados, sendo regular)
• Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito indicativo - ri, riste... (=
sorrir)
• Saudar (alternância vocálica) - presente do indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito perfeito indicativo - saudei,
saudaste...
• Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... - pretérito perfeito indicativo - suei, suaste, sou... (=
atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)
• Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... - pretérito perfeito indicativo - vali, valeste,
valeu...
Caber
Dar
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• pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram;
• pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem;
• futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Dizer
Seguem esse modelo os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: dito, bendito, contradito, etc.
Estar
Fazer
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito, etc.
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Haver
Ir
Poder
Pôr
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Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor,
sobrepor, supor, transpor são alguns deles.
Querer
Saber
Ser
Ter
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
Trazer
Ver
Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o modelo acima apenas no
presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda
conjugação.
Vir
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Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o pessoal refere-se às
pessoas do discurso, dependendo do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase
maior clareza e ênfase.
Usa-se o impessoal:
Usa-se o pessoal:
• quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal: Eu não te culpo por saíres daqui;
• quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi um erro responderes dessa
maneira;
• quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei baterem à porta.
ARTIGO
Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância. Assim,
qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O 'conhece-te a ti mesmo' é
conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero e número (o/a colega, o/os ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:
• não é obrigatório seu uso diante da maioria dos substantivos, podendo ser substituído por outra
palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este rapaz / Lera numa revista que mulher fica mais
gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir o uso do artigo em provérbios e máximas para
manter o sentido generalizante (Tempo é dinheiro / Dedico esse poema a homem ou a mulher?);
• não se deve usar artigo depois de cujo e suas flexões;
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• outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; caso contrário, dispensa-o (Fiquem dois
aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros conversavam);
• não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos, além das formas
abreviadas frei, dom, são, expressões de origem estrangeira (Lord, Sir, Madame) e sóror ou sóror;
• é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o substantivo a
que se refere (ambos os cônjuges);
• diante do possessivo (função de adjetivo) o uso é facultativo; mas se o pronome for substantivo,
torna-se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos, mas os meus ainda estão em segredo);
• omite-se o artigo definido antes de nomes de parentesco precedidos de possessivo (A moça deixou
a casa a sua tia);
• antes de nomes próprios personativos, não se deve utilizar artigo. O seu uso denota familiaridade,
por isso é geralmente usado antes de apelidos. Os antropônimos são determinados pelo artigo se
usados no plural (os Maias, Os Homeros);
• geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= ter gosto a) e similares (cheirar a jasmim /
isto sabe a vinho);
• não se usa artigo diante das palavras casa (= lar, moradia), terra (= chão firme) e palácio a menos
que essas palavras sejam especificadas (venho de casa / venho da casa paterna);
• na expressão uma hora, significando a primeira hora, o emprego é facultativo (era perto de / da
uma hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como qualquer expressão adverbial feminina);
• diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham modificados por
adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe, Curitiba, Roma, Atenas);
• usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros. Como não se usa artigo nas
denominações geográficas formadas por nomes ou adjetivos, excetuam-se AL, GO, MT, MG, PE,
SC, SP e SE;
• expressões com palavras repetidas repelem artigo (gota a gota / face a face);
• não se combina com preposição o artigo que faz parte de nomes de jornais, revistas e obras
literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusíadas / Está na hora de a onça beber
água);
• depois de todo, emprega-se o artigo para conferir ideia de totalidade (Toda a sociedade poderá
participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos" exige artigo a não ser que seja substituído por
outro determinante (todos os familiares / todos estes familiares);
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• repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na qualificação
antonímica do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na distinção de gênero e número (o
patrão e os operários / o genro e a nora);
• não se repete artigo: a) quando há sinonímia indicada pela explicativa ou (a botânica ou fitologia)
/ b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara, persuasiva e discreta exposição dos
fatos nos abalou).
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração. Classifica-se
como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo (dobro, duplo, triplo),
fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda há os numerais coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiverem
acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se estiverem substituindo um
substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor
adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor substantivo)].
ADVÉRBIO
É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio
(intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância que determina sua
classificação:
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação variável) e
quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são classificadas como advérbios
interrogativos (queria saber onde todos dormirão / quando se realizou o concurso).
Onde, quando, como, se empregados com antecedente em orações adjetivas são advérbios relativos
(estava naquela rua onde passavam os ônibus / ele chegou na hora quando ela ia falar / não sei o modo
como ele foi tratado aqui).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo - à direita, à frente,
à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de manhã, de repente, de vez em
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quando, em breve, em mão (em vez de "em mãos") etc. São classificadas, também, em função da
circunstância que expressam.
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode
apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.
Comparativo:
igualdade - tão + advérbio + quanto
superioridade - mais + advérbio + (do) que
inferioridade - menos + advérbio + (do) que
Superlativo:
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)
analítico - muito + advérbio.
Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As formas mais
bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou a mais bom / mau (adjetivo).
Quanto ao emprego:
• três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e
nenhures, substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar;
• na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume
valor superlativo absoluto sintético (cedinho / pertinho). A repetição de um mesmo advérbio
também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);
• quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só
no último (Falou rápida e pausadamente);
• muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável) ou pronome indefinido (variável -
determina substantivo);
• otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente;
• adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).
• adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais);
• afastamento: embora (Foi embora daqui);
• afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano);
• aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a pé);
• designação: eis (Eis nosso carro novo);
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• exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc.
(Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real);
• explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os clássicos);
• inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta tudo, até água);
• limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa);
• realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?);
• retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro);
• situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).
PREPOSIÇÃO
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de subordinação entre o
termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto indireto, complemento nominal,
adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em:
• essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
• acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme
(= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a,
por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio
aquela taça / Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).
Quanto à diferença entre pronome pessoal oblíquo, preposição e artigo, deve-se observar que a
preposição liga dois termos, sendo invariável, enquanto o pronome oblíquo substitui um substantivo. Já o
artigo antecede o substantivo, determinando-o.
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As preposições podem estabelecer as seguintes relações: isoladamente, as preposições são palavras
vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga noção de tempo e lugar. Nas frases,
exprimem diversas relações:
INTERJEIÇÃO
São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o contexto
emocional. Podem expressar:
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• impaciência - hum!, hem!
• silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!, cruz credo!
CONJUNÇÃO
É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois termos que
exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:
• aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;
• adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (= pelo contrário), não
obstante, apesar disso;
• alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;
• conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso;
• explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez
tipos:
• causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação (subordinação ou
coordenação). As conjunções classificam-se em:
• comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +) que;
• condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a menos que;
• consecutivas (consequência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão etc. - indicadores
de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de maneira que, sem que;
• conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;
• concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda que, mesmo que;
• temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que), até que;
• finais - a fim de que, para que, que;
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• proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+ tanto menos);
• integrantes - que, se.
FRASE
Todo enunciado completo, formado por uma ou mais palavras, que comunica algo a alguém.
Ex.: Silêncio!
Anoiteceu.
Está chovendo.
Luís acabou de chegar.
ORAÇÃO
É uma frase ou parte de uma frase que circula em torno de um verbo ou de uma locução verbal.
Ex.: Fomos ao cinema ontem.
Eles vão fazer uma viagem.
PERÍODO
É a frase constituída de uma ou mais orações. A frase que contém uma oração é chamada de período simples. Essa oração é chamada oração
absoluta. A frase composta de duas ou mais orações é chamada de período composto.
Ex.: Os alunos saíram. um verbo, uma oração = período simples, oração absoluta
Os alunos saíram quando deu o sinal. dois verbos, duas orações = período composto
SUJEITO
É quem pratica ou sofre a ação do verbo na oração. É o elemento do qual se declara alguma coisa.
Ocorre quando não se pode atribuir nenhum sujeito a ação do verbo. Nesse caso, o verbo é considerado impessoal e o sujeito, inexistente. Isso
ocorre em duas situações:
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PREDICADO
É a ação praticada ou sofrida pelo sujeito. É aquilo que se diz ou se declara do sujeito. O predicado pode ser:
TRANSITIVIDADE VERBAL
Dentro das orações, de acordo com o tipo de predicado existente, os verbos podem ser classificados em:
COMPLEMENTOS VERBAIS
Os complementos verbais são dois: o OBJETO DIRETO e o OBJETO INDIRETO, complementos dos verbos transitivo direto e transitivo
indireto, respectivamente:
COMPLEMENTO NOMINAL
O complemento nominal é o complemento de uma palavra da oração que não é verbo, mas é um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Ex.: Ele tem inveja do colega.
inveja = substantivo
do colega = complemento nominal
Ele estava consciente de tudo.
consciente = adjetivo
de tudo = complemento nominal
PREDICATIVO
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Lucas parece feliz.
AGENTE DA PASSIVA
É o termo que indica quem praticou a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva, ou seja, quando o sujeito não pratica,
mas, sofre a ação do verbo.
ADJUNTO ADNOMINAL
ADJUNTO ADVERBIAL
É o termo da oração que funciona como um advérbio, ou seja, acrescenta à oração diferentes circunstâncias, conforme quadro:
APOSTO
É o termo que explica ou esclarece um outro termo da oração. Normalmente aparece entre vírgulas.
Ex.: D. Pedro II, imperador do Brasil, morreu no exílio.
imperador do Brasil = aposto de D. Pedro II
Esta obra foi escrita por Castro Alves, poeta brasileiro conhecido como o “poeta dos escravos”.
poeta brasileiro conhecido como o “poeta dos escravos” = aposto de Castro Alves
VOCATIVO
É o termo que tem a função de invocar ou chamar alguém ou alguma coisa. O vocativo normalmente vem acompanhado de vírgulas.
Ex.: Tenho certeza, amigos, que tudo irá acabar bem.
Venha cá, rapaz!
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VIII - PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
O período composto por coordenação é formado por orações sintaticamente completas, ou seja,
equivalentes.
O período acima é formada por três orações, no entanto essas orações são independentes e
poderiam constituir orações absolutas, caracterizando o período composto por coordenação.
Quanto às orações coordenadas, elas estão divididas em assindéticas e sindéticas, sendo estas
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Um pé-de-vento cobria de poeira a folhagem das imburanas, sinhá Vitória catava piolhos no filho
mais velho, Baleia descansava a cabeça na pedra de amolar.
Dormiu e sonhou.
As orações coordenadas sindéticas aditivas são ligadas por meio de conjunções aditivas. Ocorrem
quando os fatos estão em sequência simples, sem que acrescente outra ideia. As aditivas típicas são e e
nem.
As orações sindéticas aditivas podem também ser ligadas pelas locuções não só, mas (também),
tanto ... como.
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Ora atua com dedicação e seriedade, ora age de forma desleixada e relapsa.
As coordenadas sindéticas conclusivas são introduzidas por conjunções conclusivas. Nesse caso, a
segunda oração exprime conclusão ou consequência lógica da primeira. As conjunções e locuções típicas
são logo, portanto, então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, pois (apenas
quando não anteposta ao verbo).
Quanto às formas, elas podem ser desenvolvidas (apresentam verbos numa das formas finitas
[tempos do indicativo, subjuntivo, imperativo], apresentam normalmente conjunção e pronome relativo) e
reduzidas (apresentam verbos numa das formas nominais [infinitivo, gerúndio, particípio] e não
apresentam conjunções nem pronomes relativos, podem apresentar preposição):
As subordinadas substantivas subjetivas são aquelas orações que exercem a função de sujeito do
verbo da oração principal:
Algumas objetivas diretas são introduzidas pela conjunção subordinativa integrante se e por
pronomes interrogativos (onde, por que, como, quando, quando).
Os verbos auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e os auxiliares sensitivos (ver, sentir, ouvir
e perceber) formam orações principais que apresentam objeto direto na forma de orações subordinadas
substantivas reduzidas de infinitivo:
Nossa constatação é que vida e morte são duas faces de uma mesma realidade.
As orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática dos pronome relativo. Exerce a
função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal, sendo introduzida por pronome
relativo (que, qual/s, como, quanto/a/s, cujo/a/s, onde). Estes pronomes relativos podem ser precedidos de
preposição.
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As subordinadas adjetivas dividem-se em restritivas e explicativas.
Grande Sertão: Veredas, que foi publicado em 1956, causou muito impacto.
Geralmente, as orações explicativas vêm separadas da oração principal por vírgulas ou travessões.
O homem rico que ele era hoje passa por dificuldades - predicativo do sujeito
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso - adjunto adnominal
Cujo sempre funciona como adjunto adnominal; onde como adjunto adverbial de lugar e como será
adjunto adverbial de modo.
• Causal, fator determinante do acontecimento relatado na oração principal. (Saí apressado, porque
estava atrasado)
As principais conjunções são: porque, porquanto, desde que, já que, visto que, uma vez que,
como, que...
• Consecutiva, resultado ou efeito da ação manifesta na oração principal. (Saímos tão distraídos,
que esquecemos os ingressos)
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As principais conjunções são: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), de maneira que, de
forma que...
• Comparativa, comparação com o que aparece expresso na oração principal, buscando entre elas
semelhanças ou diferenças. Pode aparecer com o verbo elíptico. (Naquele lugar chovia, como
chove em Belém)
As principais conjunções são: assim como, tal qual, que, do que, como, quanto...
As principais conjunções são: se (= caso), caso, contanto que, dado que, desde que, uma vez
que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se...
• Conformativa, ideia de adequação, de não contradição com o fato relatado na oração principal.
(Saímos na hora, conforme havíamos combinado)
• Concessiva, admissão de uma circunstância ou ideia contrária, a qual não impede a realização do
fato manifesto na oração principal. (Saímos cedo, embora o espetáculo fosse mais tarde)
As principais conjunções: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de que,
conquanto, sem que...
• Temporal, circunstância de tempo em que ocorreu o fato relatado na oração principal. (Saímos de
casa, assim que amanheceu)
As principais conjunções são: quando, assim que, logo que, tão logo, enquanto, mal, sempre
que...
• Final, objetivo ou destinação do fato relatado na oração principal. (Fomos embora, para que não
houvesse confusão)
As principais conjunções são: para que, para, a fim de que, com a finalidade de...
• Proporcional, relação existente entre dois elementos, de modo que qualquer alteração em um deles
implique alteração também no outro. (Os alunos saíram, à medida que terminavam a prova)
As principais conjunções são: à medida que, à proporção que, enquanto, ao passo que,
quanto...
Uma oração pode ser subordinada a uma principal e, ao mesmo tempo, principal em relação a outra
(ele age / como você / para estar em evidência)
A Norma Gramatical Brasileira não faz referência às orações adverbiais modais e locativas
(introduzida por onde) - Falou sem que ninguém notasse / Estaciona-se sempre onde é proibido.
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• não é introduzida por conectivos, mas equivale a uma oração desenvolvida;
• apresenta verbo numa das três formas nominais.
•
X - CONCORDÂNCIA NOMINAL
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais, pronomes
adjetivos e artigos) alteram sua terminação (gênero e número) para se adequarem a ele, ou a pronome
substantivo ou numeral substantivo, a que se referem na frase.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo refere-se
aos dois substantivos)
• regra geral - a partir desses exemplos, pode-se formular o princípio de que o adjetivo anteposto
concorda com o substantivo mais próximo. Mas, se o adjetivo estiver depois do substantivo, além
da possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode concordar com os dois termos,
ficando no plural, indo para o masculino se um dos substantivos for masculino.
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve estar sempre no plural (As
simpáticas Joana e Marta agradaram a todos).
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos os núcleos a que se relaciona.
(São calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e suas palavras).
Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por dois ou mais adjetivos, podem ser
usadas as seguintes construções:
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora provoque incerteza, é aceita por
alguns gramáticos.
No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo composto, podem ser usadas
as seguintes construções:
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar./ (...) do primeiro e segundo andares.
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Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes indefinidos, ficam normalmente
no masculino singular, podendo surgir concordância atrativa.
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são adjetivos ou pronomes adjetivos, devendo
concordar com o substantivo a que se referem.
Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram chateados) / expressão "em anexo" é
invariável.
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem concordar
com esse substantivo. Quando funcionarem como advérbios, permanecerão invariáveis. "Menos" é
sempre invariável.
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advérbios, mantendo
concordância se fizerem referência a substantivos.
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas do verbo ser + adjetivo Não variam se o
sujeito não vier determinado, caso contrário a concordância será obrigatória.
a) Água é bom;
b) A água é boa;
e) Chuva é necessário;
b) Vieram só os rapazes.
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos vistos).
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é uma moça a mais bela possível / são
moças as mais belas possíveis).
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no plural sem
preposição.
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a) Eles eram uns pseudo-sábios;
Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar sério / ele e a esposa raro vão ao cinema)
Silepse com expressões de tratamento - usa-se adjetivo masculino em concordância ideológica com
um homem ao qual se relaciona a forma de tratamento que é feminina.
XI - REGÊNCIA NOMINAL
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir complementação para seu
sentido precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as palavras que
exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
O pessoal já saiu.
Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o plural concordando com
a ideia de quantidade (silepse de número) - a turma concordava nos pontos essenciais, discordavam
apenas nos pormenores.
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
• sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem).
• precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo
português / as Minas Gerais produzem muito leite).
Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse) com a
palavra obra implícita na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo português).
* expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo partitivo) + adjunto
adnominal no plural - verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o especificador (AA).
* quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o pronome
quem ou concorda com o antecedente.
• com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural (O rancor e o ódio cegou o amante. / O
desalento e a tristeza abalaram-me.).
• com núcleos em gradação - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia passa/passam
rápido).
• dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (estudar e trabalhar é importante.).
• dois infinitivos exprimindo ideias opostas - verbo no plural (Rir e chorar se alternam.).
* sujeito composto posposto - concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais próximo).
Se houver ideia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Estimam-se o chefe e o funcionário.).
Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se pluraliza (Foram
vencedores Pedro e Paulo.).
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• tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e teu colega
estudastes/estudaram?).
* expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um e outro falava/ falavam a verdade.).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a
felicidade.).
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical (nem eu, nem
ela fomos ao cinema).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da ideia transmitida pelo ou.
• ideia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um ou outro
conhece seus direitos)
• ideia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem raciocínio lógico /
riso ou lágrimas fazem parte da vida)
• ideia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou ele irá / ou ele
ou eu irei)
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson Rodrigues que
será apresentada).
• verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de 18 anos / dez
por cento dos sócios saíram da empresa).
• o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40% da lavoura).
• verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os 87% da
produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
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Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político, nenhuma
cidade, nenhum ser humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) - deve-se
preferir o plural, sendo mas raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra, suplicava-lhe o
perdão.
• verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.)
• verbo no singular com vírgulas, ideia de companhia (O presidente, com os ministros, desembarcou
em Brasília.)
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o sujeito.
* locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo parecer varia ou o infinitivo.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (Elas parece zangarem-se com a
moça.)
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as horas.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na 3ª pessoa singular por serem impessoais,
extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais.
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c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir ou acontecer
(J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam sérios
compromissos. / Aconteceram bastantes problemas naquele dia.)
* verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a expressão
numérica ou a palavra a que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. / Hoje é ou são doze. / Daqui ao
centro são treze quilômetros.).
* se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará, preferencialmente, com
a classe que tiver prioridade, independente de função sintática.
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.
* se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o predicativo (A maioria eram adolescentes.
/ A maior parte eram problemas.).
* sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é tanto, verbo
ser no singular (Três mil reais é pouco pelo serviço. / Dez quilômetros já é bastante para um dia.).
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela pode ser
empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos da frase (Na rua dos Bobos,
residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas
orações iniciadas pelos pronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre).
ACONSELHAR (TD e I)
AGRADAR
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
AGRADECER
* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
ASPIRAR
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* No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas.
Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino
(que exija o artigo)
ASSISTIR
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se a ele, a ela,
a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a preposição a.
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica, certifica
alguém de algo.
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Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo feminino (que exija
o artigo)
CHAMAR
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se notado (O
cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade
(predicativo do objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de.
Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
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Cheguei tarde à escola.
* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
COGITAR
COMPARECER (Intransitivo)
COMUNICAR (TD e I)
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é
difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
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Estes sapatos custaram R$ 50,00.
ENSINAR - TD e I
ESQUECER, LEMBRAR
IMPLICAR
* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como consequência, acarretar.
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INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa, informa
alguém de algo.
Moro em Londrina.
NAMORAR (TD)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo.
Pediram-lhe perdão.
PRECISAR
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O mecânico precisou o motor do carro.
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
PROCEDER
QUERER
RENUNCIAR
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Ele renunciou ao encargo.
RESPONDER
REVIDAR (TI)
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem
antipatizar-se.
SOBRESSAIR (TI)
VISAR
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como complemento,
estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
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Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir
são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa,
informa alguém de algo.
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar (de), acreditar
(em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir
(em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a),
renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
reaver.
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XIV - PONTUAÇÃO
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão
presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação.
Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de
frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade.
• ponto:
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era
conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. =
habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
• o ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma
pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam
separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se
uma doidivanas.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
• dois-pontos:
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Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou
atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado
de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para
magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua
vez, isoladamente).
NOTA
Querida amiga:
Prezados senhores,
• ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija
resposta:
- Bem.
- Não.
(José de Alencar)
• ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação
exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito
repousante, Jacinto!
(Eça de Queiroz)
NOTA
Oh!
Valha-me Deus!
• O uso da vírgula:
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser
empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as
unhas.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás,
além disso etc.):
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
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Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Respeitosamente,
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
XV- CRASE
Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o segundo, pode
ser um artigo definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e aquilo. O acento que marca este
fenômeno é o grave (`).
Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição e o termo regido
tem de ser uma palavra feminina que admita artigo.
Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se aparecer ao (s) usa-se
crase, caso apareça a ou o (s) não haverá crase
A crase é obrigatória:
à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à procura de, à
vontade
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- expressão à moda de, mesmo que subentendida.
a) Vende-se a prazo.
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- no meio de expressões com palavras repetitivas.
Havendo determinação, a crase é indispensável (Ele admite ter cedido à pressão dos superiores.)
Na dúvida, e excluída qualquer das hipóteses tratadas, basta substituir a palavra feminina por uma
masculina equivalente. Se ocorrer ao no masculino, haverá crase.
A crase é facultativa:
- antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade pública - sem artigo):
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a determine a
crase é obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for exigida, a crase será
obrigatória (Foi a [à] sua cidade natal e à minha)
a) Iremos a Curitiba.
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c) Iremos à Bahia.
Quando o topônimo não estiver determinado, usa-se o teste da troca do verbo para chegar. Se nesta
troca aparecer chego da, há crase; se for chego de, não há crase.
Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência, alguma
palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio pronome.
Uma dica é trocar aquele (a/s) por este (a/s) e aquilo por isto, se antes aparecer a, há crase.
O pronome demonstrativo a (s) aparece antes de que ou de e pode ser trocado por aquela (s). Deve-
se fazer o teste da troca por um masculino similar e verificar se aparece ao (s)
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (o caminho é paralelo ao que corta a cidade).
Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre crase. Já o pronome qual (s) admite crase
Uma dica é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um masculino, se aparecer ao (s)
há crase
Quando a palavra casa significa lar, domicílio e não vem acompanhada de adjetivo, ou locução
adjetiva, não se usa a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (iremos ao lar assim que chegarmos).
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O Marinheiro forma a terra.
b) Olhava-nos a distância.
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