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A Peshitta sobre Lucas 23:43

Peshitta. Uma tradução antiga da Bíblia no idioma síriaco baseada nos originais das Sagradas Escrituras. Remonta ao
segundo e terceiro século da era cristã. É considerada até hoje pelos estudiosos como sendo a melhor versão já
traduzida da Bíblia e é um dos manuscritos mais antigos existentes, profundamente importante na Crítica Textual.
Encontrei neste link a tradução da Peshitta para o português, e, como era de se esperar, essa valiosíssima tradução
verteu Lucas 23:43 da seguinte maneira:

“E disse-lhe Yeschua: Em êmeth te digo hoje, estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)

Genial. Mais uma versão antiga importantíssima que corrobora com o fato de que a tradução correta de Lucas 23:43 é
com a vírgula depois do semeron (“hoje”), e não antes dele, o que aniquila com o argumentos dos imortalistas, que
creem – contra todas as evidências textuais e complementares – que o ladrão esteve naquele mesmo dia com Cristo no
Paraíso.

Não há absolutamente nenhum manuscrito grego antigo que traduza Lucas 23:43 da forma imortalista, pois não há
vírgulas no original grego e o texto é de duplo sentido, podendo a vírgula ser colocada tanto antes quanto depois do
“hoje”. Por isso, as outras versões antigas da Bíblia, como a Peshitta, são extremamente importantes para definir a
questão, por duas razões: primeiro por ser um manuscrito antigo que foi feito com base em manuscritos hebraicos e
gregos ainda mais antigos, o que dá ainda mais credibilidade à tradução. Segundo, porque o Siríaco continha a
pontuação necessária que o gregokoiné não continha, e coloca a vírgula depois do “hoje”, mostrando como os antigos
entendiam este verso e colocando um ponto final no debate sobre a pontuação de Lucas 23:43.

Se os imortalistas querem nos convencer do contrário, que nos mostrem manuscritos antigos que remetam ao século I,
II ou III e que coloque a vírgula antes do “hoje”, como eles querem. Eu não conheço nenhum.

Um estudo mais completo feito por mim sobre Lucas 23:43 pode ser visto clicando aqui.

Jaz aqui mais um argumento imortalista.

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