Você está na página 1de 11

REDES INTERPLANETÁRIAS E ROTEADORES

ESPACIAIS
Douglas Silva de Lima
Curso de Aperfeiçoamento em Eletrônica para Oficiais (C-Ap-ELT)
CIAW
Rio de Janeiro, RJ, 22 de Fevereiro de 2019

RESUMO

A presente produção textual tem como pauta compreender a importância e relevância


das redes interplanetárias e dos roteadores espaciais, além de elencar os diversos
mecanismos que compõe tal vertente, a partir disto busca-se salientar os aspectos
característicos e a teoria geral acerca de tal assunto, com o intuito de sanar dúvidas e
fortalecer a utilidade de tal ponto frente sociedade atual, visando auxiliar continuamente
o desenvolvimento de tal temática. Com tal ponto esta produção textual justifica-se tendo
em vista a necessidade de preocupação com tal problemática frente a sociedade
contemporânea. O objetivo primordial deste estudo em questão pauta por apresentar os
benefícios inerentes ao processo e as contribuições oriundas por parte do assunto,
buscando desta maneira elencar a validade de tal vertente. Esta produção textual visa
ainda compreender os mecanismos que norteiam tal temática, buscando assim auxiliar
na obtenção de resultados cada vez mais satisfatórios acerca do assunto proposto. A
metodologia utilizada pautou pela realização de uma revisão de literatura para afirmar
a validade dos fatos. Com tal levantamento conclui-se que as redes interplanetárias e
roteadores espaciais utilizados de maneira coerentes são mecanismos de extrema
relevância para a execução dos mais diversos processos contemporâneos.

Palavras-chave: Redes Interplanetárias, Roteadores Espaciais, DTN.


1 INTRODUÇÃO

No Brasil existem diversas áreas remotas, principalmente na região amazônica,


onde a conexão com a Internet é intermitente nas melhores condições e não-existentes
nas piores, sendo que nos diversos casos isso é resultado de diversos fatores que
caracterizam o ambiente, entre eles as condições ambientais severas e a falta de
infraestrutura.
Em regiões da Amazônia Legal e do Pantanal com estas características existem
cerca de 37 mil comunidades indígenas, ribeirinhas e remanescentes, onde o acesso
terrestre é arriscado e diversas vezes impossível, restando apenas como alternativa o
transporte por meio de barcos ou por via aérea.
Dentro dos mais dos 20 mil quilômetros de vias navegáveis da região, o acesso à
serviços básicos, como por exemplo o acesso à hospitais públicos é praticamente
inexistente, tal fato trouxe para a Marinha do Brasil a tarefa de prestar esta assistência
para as populações ribeirinhas, que é realizada através de Navios de Assistência
Hospitalar (NAsH) e Navios-Patrulha Fluviais (NaPaFlu) que disponibilizam assistência
médico-hospitalar, odontológica e sanitária.
A tarefa de prover atendimento e conforto para as populações que vivem em
situações precárias como as ribeirinhas é de caráter temporário, devido aos limitados
recursos do navio que impossibilitam a permanência por longos períodos, fazendo com
que habitantes de muitas destas regiões fiquem sem uma fonte de informação do mundo
externo, o que significa ter de enfrentar dias em barcos ou pegar vôos apenas para realizar
atividades simples como saber as notícias ou verificar a conta bancária.
Para os habitantes destas regiões remotas, ter a possibilidade de conexão com a
Internet evitaria todo esse deslocamento, além de trazer mais conforto e até auxiliar na
educação com informações atualizadas sobre o país e o mundo. Entretanto, um fator
determinante para que

A chamada rede interplanetária ou internet espacial denominada assim para


auxiliar a compreensão em torno do assunto, tem basicamente por intuito facilitar a
comunicação com satélites e estações espaciais, tendo em vista vencer as grandes
distâncias sem perda de dados, tal rede busca expandir a conexão para todo o sistema
solar e além.
Em redes de dados conhecidas, como por exemplo a Internet, computadores se
comunicam através de endereços IP (Internet Protocol), que segundo sendo que caso
sejam interrompidos esta comunicação os dados transmitidos são perdidos devendo ser
reenviados a partir da fonte original. Na internet interplanetária tal ponto ocorre de
maneira diferente, onde na DTN caso a conexão entre dois dispositivos seja perdida os
dados serão armazenados até que a conexão seja reestabelecidas, assim tais dados não
precisariam ser reenviados, com isso missões espaciais seriam beneficiadas com um
sistema de comunicação mais prático, ágil e eficiente, desde missões na órbita da terra,
até a exploração de outros planetas.
A rede interplanetária é composta por "nós", onde as informações são
armazenadas e transmitidas involuntariamente evitando assim erros com quedas de
conexões. Para estabelecer tal conexão são necessários os denominados roteadores
espaciais, a empresa Cisco projetou o primeiro em 2010, e a NASA espera conceder tal
utensílio a todos os laboratórios da estação espacial internacional, para que todos possuam
seus próprios roteadores a fim de que os dados científicos sejam transferidos para os
respectivos controladores de cada experimento.
As redes DTN foram criadas a partir do interesse de fazer de forma eficiente
transferência de dados em ambientes de difícil conexão ou grandes atrasos, evitando a
perda de dados. Tal rede visa funcionar através da comutação de mensagens e constante
armazenamento de dados pelos nós e envio. Este presente produção textual visa discorrer
acerca dos pontos e aspectos que norteiam tal temática relatando sobre como ocorrem as
transmissões, a forma de roteamento e a segurança existente nesse tipo de conexão,
enumerando desta maneira as características das redes interplanetárias e roteadores
espaciais.

1.2 JUSTIFICATIVA

A presente produção textual tem como ênfase primordial salientar a importância


e relevância da internet interplanetária e dos roteadores espaciais pautando pelos ganhos
imensuráveis que podem ser propiciados por tais vertentes a fim de assim esclarecer
aspectos referentes a tal problemática. Desta maneira leva-se em conta seus aspectos e a
ótica econômica e social em torno do assunto, associando tais pontos a inovação oriunda
por parte de tal temática. Tal problemática é recheada de conceitos, mecanismos, fatores
e aspectos importantes que a compõe e a delimitam. A partir deste alinhamento busca-se
pautar em conferir a conceituação de pontos importantes do assunto identificando os
eventuais ganhos e empecilhos enfrentados perante tal necessidade atual que permeia o
âmbito da comunicação, internet e inovação.
A escolha da temática proposta justifica-se, devido ao valor que inovação
possibilita diante a existência humana, buscando desta maneira enumerar uma sucessão
de fatos que propiciam o desenvolvimento e melhora no quadro referente a internet
planetária e os roteados espaciais. Esta produção textual justifica-se ainda pela visível
necessidade de atenção com tal tema, ressaltando que compete a sociedade como um todo
se atentar aos novos conceitos e necessidades contemporâneas referentes as propostas de
mediação da informação, uma vez que a compreensão de tal vertente depende de uma
sucessão de fatos.
A área de conhecimento que envolve a internet interplanetária e os roteadores
espaciais carece de pesquisas e trabalhos constantes sobre o tema para a divulgação de
conhecimento e busca de metodologias que auxiliarão o desenvolvimento contínuo de tal
problemática, a fim de superar os empecilhos encontrados em todo este percurso, esta
produção textual justifica-se tendo em vista a análise da realidade para provocar
transformações que contribuirão satisfatoriamente com o meio da comunicação, da
internet e inovação, tendo em vista a importância de tal seguimento para as gerações
atuais e futuras.

1.3 TEMA E LINHA DE PESQUISA

A presente produção textual parte do questionamento “Qual a importância e


relevância da internet interplanetária e dos roteadores espaciais para a sociedade
contemporânea”? Desta maneira busca-se destrinchar os conceitos, mecanismos e fatores
que compõe tal temática, visando conferir a validade da temática diante a sociedade atual,
elencando suas atribuições e vertentes, identificando deste modo os eventuais ganhos e
empecilhos enfrentados perante tal necessidade que permeia o âmbito da internet,
inovação e comunicação.
A fim de possibilitar o entendimento da proposta deste artigo, busca-se responder
ao questionamento inicial de forma a se aproximar do tema proposto, tendo em vista que
esta temática apresenta diversos pontos e componentes distintos que propiciam a melhora
ou estagnação do desenvolvimento das atividades exploradas por tal meio. Esta produção
textual espera elucidar respostas e caminhos palpáveis para se guiar perante tal âmbito no
processo evolutivo frente a sociedade contemporânea.

1.4 OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo primordial abordar sobre a importância da


internet interplanetária e os roteadores espaciais, a fim de elencar os benefícios oriundos
por parte do assunto para a sociedade como um todo, além de identificar técnicas
utilizadas que auxiliarão o desenvolvimento de tal temática.

2 MATERIAL E MÉTODO

Esta presente produção textual foi elaborada a partir de uma revisão de literatura
de artigos publicados nos últimos anos bem como o auxílio da opinião de autores,
pesquisadores e estudiosos acerca do assunto, sendo possível desta maneira levantar
informações e aspectos pertinentes a temática proposta através da realização de pesquisa
com caráter exploratório, descritivo e qualitativo, pautada através da validade de
informações e dados expostos acerca da problemática. Esse estudo teve por finalidade
realizar uma pesquisa, buscando compreender a problemática em torno da internet
interplanetária e os roteadores espaciais, tendo como finalidade compreender a relevância
do assunto.

A pesquisa científica é a realização de um estudo planejado, sendo o método


de abordagem do problema o que caracteriza o aspecto científico da
investigação. Sua finalidade é descobrir respostas para a questões mediante a
aplicação do método científico. (SOUZA, SANTOS e DIAS, 2013, p. 59)

Desta maneira busca-se elencar citações de artigos encontrados no Scielo.br,


aliadas as informações oriundas de pesquisas bibliográficas realizadas em monografias e
teses nacionais e internacionais, além de recorrer as diversas opiniões expostas por
autores e profissionais da área de concentração do tema em questão. A fim de salientar a
importância de tal temática perante a sociedade mundial com ênfase aos princípios e
aspectos que norteiam esta problemática.
A metodologia utilizada visa conferir maior similaridade para a elaboração de uma
produção textual coerente com os pontos de tal temática, a fim de possibilitar uma
pesquisa concisa e condizente através das informações levantadas, contribuindo desta
maneira com a enumeração de aspectos que possam ser consultados por futuros
estudiosos que busquem analisar tal vertente possibilitando deste modo maior valor e
atribuição à prática de pesquisa, tendo em vista o âmbito de salientar aspectos acerca dos
princípios e teoria de um modo geral.

A metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser


observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar
sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade. (PRODANOV e
FREITAS, 2013, p. 14)
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O desenvolvimento econômico, o crescimento da população, o maior índice


urbano e a revolução tecnológica vêm sendo acompanhados por inovação constante, a
internet na atualidade é mecanismo imprescindível para os mais variáveis níveis de
atuação humana, desta maneira a preocupação e desenvolvimento constante em torno de
aspectos que norteiam tal âmbito são necessários, esta presente revisão bibliográfica tem
por intuito primordial conceituar, relatar e descrever sobre a relevância da internet
interplanetária e dos roteadores espaciais considerando suas características e os fatores
que compõe tais assuntos a fim de conscientizar e provocar transformações perante o
meio acadêmico e a sociedade como um todo.

3.1 INTERNET INTERPLANETÁRIA/ REDE TOLERANTE A ATRASOS (DTN)


A internet é mecanismo utilizado em basicamente todo lugar do globo, sendo
imprescindível para diversos processos, a mesma é uma rede que executa com êxito à
conexão entre vários dispositivos em volta do mundo, tal processo é efetuado por um
grupo homogêneos de protocolos, estes são denominados TCP/IP. Todos os dispositivos
que se encontram em redes e sub-redes utilizam este grupo de protocolos para roteamento
a fim de garantir a integridade da mensagem. Entretanto, em ambientes complexos, a
transferência de dados contínua com qualidade se torna um desafio, seja pelas grandes
distâncias ou pelas interrupções nas conexões, deste modo surge a DTN.

A arquitetura de uma rede interoperável que seja tolerante a atrasos e/ou


rompimentos (DTN) engloba os conceitos de redes ocasionalmente conectadas
que podem sofrer de partições frequentes e podem ser constituídas de mais de
um conjunto divergente de protocolos ou de famílias de protocolos. A base
desta arquitetura encontra-se com a da Internet Interplanetária, que tem como
foco primário a questão da comunicação no espaço profundo em ambientes
com grande atraso entre a transmissão/recebimento da informação (TUDELA
e BASTOS, 2019).

A crescente necessidade de comunicação entre máquinas propiciou o


desenvolvimento e aprimoramento das redes, desta maneira existe uma busca constante
por meios físicos de transmissão e protocolos adequados que auxiliem a possibilidade de
atingir as demandas necessárias. Na atualidade a mobilidade é característica vital para
estabelecer comunicações, sendo que tal ponto possibilita a troca de informações de forma
efetiva, tendo em vista que manter uma conexão interespacial por exemplo, é um trabalho
extremamente complicado, devido a fatores como falta de sinal de transmissão e
recepção.
O desenvolvimento da DTN parte da premissa e necessidade de se comunicar de
forma eficiente a fim de possibilitar a transferência de dados em ambientes remotos de
difícil conexão, ou seja, locais que possuem longos atrasos, podendo enumerar desde a
comunicação com satélites a sensores. A arquitetura da rede DTN busca se apoiar na
comutação de mensagens passando a mensagem por vários nós que armazenam as
mensagens até repassarem para outros nós, tal arquitetura consiste basicamente na
armazenagem de dados pelos nós e envio ao próximo nó, até o encaminhamento ao
destino final.

Uma DTN, Delay-And-Disruption Tolerant Network, ou Rede Tolerante a


Atrasos e Desconexões, é uma rede ad-hoc, ou MANET (Mobile Ad-Hoc
Network), composta por conexões sem fios entre os nós, que se auto-configura
de acordo com a inserção e remoção de novos nós em sua estrutura. Além
disso, consegue comportar-se de forma adequada mesmo com desconexões
repentinas ou atrasos na transmissão de dados entre dois nós (TABARELLI e
CESTARI, 2009).
A DTN, utiliza dos nós para a transmissão de dados, pode-se definir um nó como
uma unidade capaz de recebe, armazenar e enviar o pacote, o modelo de envio dos nós é
denominado store-and-forward, sendo um protocolo que garante a entrega das mensagens
e mantem a comunicação. Desta maneira diferente das redes IP onde a operação “store-
and-foward”, espera-se que o “store” dure apenas um breve período, nas redes DTN o nó
é capaz de armazenar (disk, memória flash, etc.) por tempo determinado (tempo não
depende do nó, mas sim do header) o dado, permitindo a integridade da mensagem mesmo
que o sistema caia ou reinicie.

Figura 1. Comutação de Mensagens Store-and-Foward


Fonte: https://www.gta.ufrj.br/grad/06_2/gustavo/arquitetura.htm.

A comutação de mensagens apesar de ser muito simples, exige que os


responsáveis por encaminhar as mensagens - os roteadores e gateways - possuam grande
capacidade de armazenamento, é possível relatar ainda que os ganhos provenientes das
redes tolerantes a atrasos são imensuráveis, tendo em vista que apesar da internet ser algo
presente no cotidiano de bilhões, algumas regiões permanecem relativamente isoladas do
ponto de vista da conectividade, fatores econômicos e físicos empecilham tal vertente.
Outro ponto relevante em torno desta arquitetura é a comunicação interespacial,
uma vez que a conexão com satélites em órbita, estações, naves espaciais, sondas
interplanetárias e telescópios depende diretamente da movimentação destes elementos e
dos próprios movimentos dos corpos celestes, neste cenário de mobilidade e frequentes
conexões/desconexões é típico das características da rede DTN. As redes Interplanetárias
(IPN) possuem características que complicam bastante a comunicação, como, grande
atraso e perda de conectividade, por causa do movimento dos planetas, satélites e de
naves.
As redes DTN como dito anteriormente se baseiam na transferências de
mensagens nó-a-nó, sendo que cada nó passará a mensagem adiante desde que não seja o
destinatário, a transferência de custódia do nó anterior atribuindo responsabilidade ao nó
seguinte é vital para que tal processo possua êxito, desta maneira caso os nós não
estabeleçam conexões entre si, o nó que possui a custódia procurará outro nó para receber
a custódia facilitando assim o processo de entrega, a custódia pode ser descrita como a
responsabilidade de passar a mensagem adiante.

Quando é necessário um maior grau de confiabilidade na transmissão de


mensagens, podem ser usadas as transferências em custódia. Esse tipo de
transferência ocorre entre camadas de empacotamentos de nós sucessivos no
caminho da mensagem, da seguinte forma: a camada de empacotamento
custodiante da mensagem envia a mensagem para a próxima camada de
empacotamento e inicia um temporizador para esperar uma mensagem de
reconhecimento. Se a camada receptora da mensagem aceitar ser a nova
custodiante da mensagem, então ela envia de volta um reconhecimento
positivo. Caso o tempo de espera pelo reconhecimento expire antes do
transmissor receber o reconhecimento, o transmissor envia novamente a
mensagem. O tempo de espera pelo reconhecimento pode ser distribuído para
os nós através das informações de roteamento ou localmente através de
experiências passadas em transmitir para o próximo nó. O custodiante da
mensagem deve armazenar a mensagem até que outro nó aceite ser o novo
custodiante da mensagem ou o tempo de vida da mensagem expire.
(COUTINHO, 2006).

3.2 ROTEADORES ESPACIAIS

Levando em conta que os nós da rede DTN estão em constante movimento isto
remete a conexões intermitentes, desta maneira torna-se necessária uma abordagem mais
complexa para atribuir confiabilidade e êxito nos processos executados por esta rede,
deste modo a busca pelo desenvolvimento de roteamento de qualidade é imprescindível,
existindo na atualidade diversos meios para explorar tal âmbito. Uma notável e evidente
diferença, quiçá a principal diferença entre o roteamento em redes DTN e a Internet
(TCP/IP) é que na DTN a mensagem precisa chegar até a camada de empacotamento para
ser roteada, diferentemente da Internet aonde o pacote IP só chega até a camada de rede.
Figura 2. Roteamento Internet x Roteamento DTN
Fonte: https://www.gta.ufrj.br/grad/06_2/gustavo/arquitetura.htm.

Basicamente pode-se elencar como diferença que os roteadores DTN são


responsáveis apenas pelo roteamento dentro de uma única região, já os gateways DTN
podem rotear entre diferentes regiões DTN. O que implica que as camadas, abaixo da
camada de empacotamento, de um gateway DTN precisam saber se comunicar usando
diferentes protocolos nas camadas inferiores. É possível relatar sobre quatro modelos de
roteamento espacial que possuem maiores êxitos sendo eles o epidêmico, probabilístico
e de repasse controlado.
O roteamento epidêmico consiste no espalhamento de pacotes pelos nós da rede,
armazenando e trocando informações através do contato com outros nós, isto ocorre de
forma aleatória, em tal modelo de roteamento os nós requerem cópias de mensagens que
ainda não possuem, desta maneira o protocolo busca alastrar a mensagem, tendo em vista
que com a maior quantidade de cópias da mensagem invadas maiores são as chances de
entrega de tal conteúdo e menor o atraso, entretanto o espaço que a tais mensagens
ocupam nos buffers é incomodo, desde modo com alta circulação de mensagens tal
modelo é inviável.
No roteamento probabilístico o que ocorre é que os nós buscam utilizar da
probabilidade para efetuar a entrega, decidindo desta maneira o percurso da mensagem,
basicamente o mesmo decide quando e para quais nós a mensagem será repassada, neste
modelo os nós acabam reconhecendo outros nós da rede através da utilização do histórico
de encontras decidindo deste modo qual maior chance de êxito para entrega das
mensagens, desta maneira a previsibilidade aumento quando dois nós se encontram,
diminuindo as chances de Êxito caso os mesmos se desencontrem.
Já no modelo de roteamento com o repasse controlado o que ocorre é que se geram
poucas cópias, onde os processos são feitos através de transmissões pequenas e
controladas, tal processo consiste basicamente em duas fases, a spray onde as mensagens
tendem a ser repassadas para outros nós e na fase wait onde cada nó com mensagem faz
uma transmissão para o destino caso este ainda não tenha recebido uma cópia da
mensagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema relativo as redes interplanetárias e roteadores espaciais é um tema


relativamente recente, entretanto, já existem diversos estudos publicados e em
desenvolvimento. Ao longo da pesquisa realizada para elaboração desta produção textual
diversos artigos foram consultados e selecionados para leitura, sendo tais utilizados como
suporte para o desenvolvimento deste estudo.
Com a exploração da temática proposta foi possível inferir que a arquitetura
utilizada para as redes interplanetárias é a DTN, sendo uma rede tolerante à atrasos e
interrupções, tendo em vista que tal mecanismos visa solucionar os problemas
enfrentados pelas redes atuais, desta maneira buscou-se com esta produção textual elencar
as principais aplicações, as características, os componentes e o funcionamento de tais
redes.
Desta maneira esta produção textual busca incentivar o interesse, notadamente de
estudantes acerca das redes interplanetárias e dos roteadores espaciais, conferindo
insumos a futuros pesquisadores, a fim de que os mesmos dissertem sobre a temática
proposta, estimulando deste modo suas múltiplas vertentes, neste que é um assunto
extremamente relevante para o presente e futuro das próximas gerações.
Portanto diante da necessidade crescente da autocrítica do setor fica evidente
sendo como fundamental a utilização efetiva de uma ótica inovadora em torno de tal
temática, para conferir a superação das dificuldades e empecilhos enfrentados na
contemporaneidade a fim possibilitar o desenvolvimento intelectual e moral da sociedade
como um todo, tendo em vista os ganhos imensuráveis possibilitados por tal vertente
frente ao cotidiano da população mundial.
Conclui-se que na atualidade a evolução das redes e formas de comunicação são
conteúdos indispensáveis, pois a mesma apresenta aspectos inovadores e atraentes que
podem proporcionar economia de tempo e finanças, auxiliando desta maneira na evolução
da sociedade como um todo, criando assim novas possibilidades para as próximas
gerações.

REFERÊNCIAS

[1] TUDELA, Rafael. BASTOS, R. 2019. Redes DTN. Disponível em <


https://area31.net.br/wiki/Redes_DTN>. Acesso em Fevereiro de 2019.

[2] TABERELLI, Adriano. SILVA, Cestari Caio. 2009. Redes Tolerantes a Atrasos,
Protocolos de Disseminação e Aplicações. Disponível em
<https://www.ime.usp.br/~cef/mac499-09/monografias/adriano-caio/monografia>.
Acesso em Fevereiro de 2019.

[3] COUTINHO, Gustavo Lacerda. 2006. UFRJ. Delay Tolerant Networks (DTN).
Disponível em < https://www.gta.ufrj.br/grad/06_2/gustavo/arquitetura.htm>. Acesso em
Fevereiro de 2019.

[4] DTNRG Website. Disponível em: <http://www.dtnrg.org>. Acesso em Fevereiro de


2019.

http://revistamaritima.web5109.kinghost.net/sites/default/files/rmb-1-
2016.pdf#page=162
Referência sobre as ACISOS com o Elson(2016)

https://www.marinha.mil.br/comflotam/node/27
Referência sobre os navios q prestam assistência hospitalar

Você também pode gostar