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FICHA TÉCNICA:

Autora: Olinda Roseli Pereira Guedes


Retrato autora: Arquivo Pessoal
Capa e diagramação: Ricardo Ranal
Revisão, organização de texto e correção ortográfica: Susy Guedes

Studio: Chácara Colibri – Serra da Graciosa - Piraquara - PR


Retaguarda: Família Real
Escritório: Vera Lucia Araújo
Apoio Online: Sizumi C. Sato Suzuki
Retaguarda: Malu Neves

Ditados e Transcrições: Suzana Langner


Anna Christina Pacheco
Pietra Niccolle S. Derner Carneiro P. Monteiro da Silva
Karina Penha Monteiro da Silva Derner Carneiro
Eleonora De Goes Miranda

Edição e produção: Igor Henrichy/Thais Mika - ZULVIEM |


Produções audiovisuais e artísticas
IMAGEM DA CAPA

PIETÁ

A Pietà de Michelangelo é talvez a Pietà mais conhecida e uma das mais famosas
esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos braços da Virgem
Maria. A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor,
única que se conhece: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. Wikipédia
Artista: Michelangelo
Dimensões: 1,74 m x 1,95 m
Localização: Basílica de São Pedro
Material: Mármore
Criação: 1498–1499
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pietà_(Michelangelo)
Flores e alegrias para cada um:

Para meus pais, porque me entregaram a vida.

Para minha mãe que sempre foi acalanto, zelo e respeito.


Para meu pai, que resistiu bravamente ao passar dos sofrimentos e permanece
entre nós. A quem eu tenho alegria de dizer: Queridos filhos, esse é o Vovô.

Para meus irmãos e cunhadas, por todo amor que me dão. Por todo zelo.

Especial a Mana Susy e João, que quando eu era criança cuidavam de mim, agora
que meus filhos chegaram, tudo fazem por nós. Sou tão grata! À minha cunhada
e comadre Sueli, que sempre acreditou que meus filhos viriam. Lembro bem,
quando num natal ela me presenteou com um par de sapatinhos de bebê. Aquele
gesto foi uma bênção. Aqueceu os pés de nossa Nina, anos depois.

Aos meus filhos, amores de minha vida.

Theodora Maria Beatrice, Camila Maria, João Victor, Gabriel Salomão, Lucas
Felipe, Rian Matheus, Hugo José, Nina Maria Tereza.

Aos meus clientes, em especial à Francisca Barth, com quem muito aprendi
sobre milagres.
Aos meus alunos amados. Também aos que já estão noutro Paraíso. Sinto
saudades!

Olinda Roseli Maria Soares Mello Arruda Camargo de Godoy de Campos


Penteado Dourado de Santana Palmeira Francisco Neves Maranhão e
Pereira da Silva Pereira Guedes
APRESENTANDO ESSA OBRA

Escrever esse livro é algo muito incrível para meu coração.

Porque afinal tudo o que está aqui nasce do meu coração, do meu sentir do
campo. A vida sempre me surpreendeu. Surpreendeu concedendo-me uma
família da roça. Amo as plantas, os animais. Se não me chamasse Olinda,
chamaria Maria ou Francisco. Pelo doce amor que sinto por todos os viventes e
pelas crianças. Amo as pessoas, mas as crianças são mais fáceis de amar porque
são ainda muito inocentes.

Depois, lá um dia colhendo algodão com minha mana querida, Susy Guedes, eu
descobri que queria desvendar os segredos desta tal felicidade: fruto desejado
por todos, mas nem sempre alcançado.

Outra sorte é que descobri que aprender sobre isso iria me levar além dos
bancos das Universidades. Me levaria para o coração da humanidade, para o
amor da manada, o amor que tudo rege e guia: nosso senso de pertencimento, de
retribuir o que recebemos e de honrar o lugar que nos foi concedido.

Não para aí: Sempre desejei ser aprender. Aprender e ensinar. Soube anos
depois que isso era o nome de uma profissão: Professora. Antes de desejar ser
professora, desejei ser mãe. Então, aos três anos de idade estou eu lá eternizada
naquele retrato tão antigo: queria minha filhinha amada. Uma boneca está em
meus braços e juntos em família celebramos o batismo de minha pequena prima
Sonia. Meus pais os felizes padrinhos, meu pai, amoroso e atento, foi à cidade e
para curar meu estado febril buscou-me a boneca linda que parecia uma linda
bebê.

Antigo? Eu escrevi essa palavra? Sim. Escrevi. Faz apenas 47 anos. Quarenta e
quatro anos ainda faltavam para minha filhinha chegar. Com 47 anos, Nina fez a
nascer a mãe em mim e aos 48 anos ganhei meus lindos sêxtuplos. Aos 49 a vida
anunciou duas lindas filhas. Uma está chegando, outra não. Assim, a vida
prossegue me surpreendendo.
Outras surpresas lindas pelo caminho:
Aos vinte e dois anos procurei uma Universidade para dar aula. A senhora
coordenadora disse que se não fosse pela minha idade poderia me contratar.
Agora tenho eu a Escola Real. Uma Escola de verdade, de todo o meu coração, do
jeito que eu queria que fosse: meus alunos aprendem e gostam tanto que
repetem, repetem. Ninguém vem porque é obrigado, vem porque ama. Isso é
minha grande realização. Sou mãe real e professora real, da vida real, de filhos
reais, de alunos reais, de escola real.
Começando ou introdução

Sempre pensei que os cinquenta anos de vida de uma pessoa merecem uma
bonita celebração. Porque ao longo de uma vida, ouvi dizer que uma pessoa
deveria:
Plantar uma árvore.
Ter um filho.
Escrever um livro.

Tenho filhos lindos, vou plantar mais árvores e esse é o terceiro livro.

Essa obra trata sobre percepções acerca da vida, acerca do tema mais difícil e
desafiante: por que sofremos? Por que tanto sofrimento quando poderíamos
viver felizes?
Se somos feitos a imagem e semelhança divina por que sofremos?
O que aconteceu com o paraíso? O que é o tão sonhado paraíso?

Com mais de 30 anos de trabalho agradeço os meus caros clientes, com eles o
aprendizado foi tão imenso que hoje esta obra está aqui. Onde quer que estejam,
minha gratidão tão especial. Porque foi com cada um de vocês que eu aprendi
não só sobre sintomas e suas dinâmicas, mas me tornei uma pessoa melhor, uma
professora do jeito que queria ser. Com vocês e por vocês eu fui além da teoria:
descobrimos e realizamos milagres.
Quando muitos sintomas são considerados incuráveis, vocês me mostraram a
nova vida, a inteligência natural do corpo, respondendo à mágica dos efeitos da
reorganização dos pensamentos, das emoções, das imagens internas.
A prática foi além da teoria. A realidade é belíssima. A esperança é fato.
Milagres, acredito e experiencio milagres. O pouco que fazemos, dentro de nossa
humanidade é suficiente para a perfeição da vida responder com milagres.
Coisas que a ciência ainda vai demorar muito para desvendar.
Boa leitura, bom proveito. Boa jornada . Que ela possa ser fonte de curas, de
muitas bênçãos para sua vida também.

Olinda Guedes
CUIDAR DO SER

Senhor!
Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma


oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São
Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido
inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Oração_de_São_Francisco_de_Assis
A Mãe ou Pietá

Um velho mestre chamou de arquétipos. Outro chama de imagem interna. Fato


que mãe é mãe. Ela mora no centro de todas as memórias, de todos os afetos, de
todas as experiências.
Quem a tem sabe a mágica que é. Quem não a tem, busca. Uma busca incessante
cujo maior efeito é o sofrimento que não admite parar, desistir.
Todos tem genitora. Mãe nem todos tem.
Contudo, todos desejamos a mãe. É nossa maior fome, depois de saciada a fome
de viver, de ter um corpo físico, procuramos o afeto, o amor incondicional da
mãe.
Quando estava criando esse livro, a capa me surgiu durante uma aula. Um aluno
menciona essa obra. Então, veio como um clarão: eis aí!
Não há nada mais triste que ter o filho morto nos braços, isso é uma violação dos
fatos naturais: quem primeiro nasce, primeiro vai.
Mais triste que isso é nascer e jamais ser amparado. Viver sempre à procura da
mãe.
Aprendemos com a abordagem sistêmica que em tudo, em todo o sofrimento vá
para a mãe. Ou seja: vá para o amor, vá para a paz, recolha-se, silencie. Porque
esses são remédios essenciais.

Por isso Pietà é a capa deste livro. A cura para todos os males é o amor da mãe.
Sem ela, nada feito. Porque mesmo em direção ao pai, é a mãe quem libera o
caminho do amor para que o filho chegue ao pai.

Maria quem cuida do Filho. Maria quem cuida da Vida. Mesmo que ali esteja
apenas o corpo sagrado que algum dia habitou o Ser.

Pietà, em português Piedade, de Michelangelo é a obra mais famosa do artista.


Representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito
da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL
ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, «Miguel Angelo
Buonarotus de Florença fez.»
Fica na basílica de São Pedro, na primeira capela da alameda do lado direito.
Desde que a estátua foi atacada em 1972, está protegida por um vidro a prova de
bala. Tem 174 centímetros por 195 centímetros e é feita em mármore.
Sabemos que tudo o que está ao lado direito tem liderança, tem precedência.
Isso é muito significativo aqui. Mesmo que seja uma coincidência.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pietà_(Michelangelo)
O PAI NO CÉU

O sofrimento humano é a busca do amor. Ele é um anjo que nos acompanha


sinalizando a direção que precisa ser ajustada, tomada, modificada, alcançada.
Todos os sintomas sem exceção mostram a dura realidade humana: nada fica
escondido, nada é esquecido. O amor não se cansa.
Muito se fala em algumas abordagens que quem adoece quer chamar atenção.
Isso somente é verdade se ouvirmos assim:
Quando adoecemos, existe algo que precisa de atenção. Algo que não foi cuidado,
zelado. Uma mensagem que precisa ser ouvida, tarefas que precisam ser
realizadas. Quem adoece trabalha para todo um sistema. Por isso merece
respeito e cuidado. Seu sofrimento é resultado para todos os envolvidos.

Também observamos que é natural quando estamos atravessando grande


sofrimentos levantarmos nosso olhar, nossos braços para o Céu.

O Filho falou:
- Pai, afasta de mim esse cálice.

Ele atende o pedido do coração de seus filhos. Entretanto, há que saber pedir.
E o que é saber pedir?
É pedir com verdade, com humildade, com disposição.

Todo sintoma pede uma mudança. Pede o exercício de uma virtude.


NÓS, AQUI NA TERRA

Viver deve ser divertido.


A alegria é uma fome da alma.

Ouvi dizer que havia um Mestre que perguntava aos seus discípulos:
- Você é feliz com o seu trabalho?
- Você experiencia alegria em seus relacionamentos?
- Você é contente com o lugar que você vive?

Ele fazia essas perguntas para saber se seus discípulos estavam saudáveis,
seguros.

Um não, para qualquer dessas perguntas é sinal de alerta: toda doença começa
numa grande insatisfação. Que se transforma em infelicidade. Insatisfação e
infelicidade são alertas que nunca devem ser ignorados.
A ignorância destes sinais é que faz a doença chegar. Porque o amor não se
cansa, não desiste. A doença é apenas uma forma do organismo dizer: estou aqui
e não desisto de viver.
O amor um dia disse: Pai perdoa, eles não sabem o que fazem!
A ignorância é sempre perdoada, entretanto ela tem efeito. O milagre é filho da
sabedoria. A sabedoria é silenciosa, é calma como o coração da mãe, é precisa,
como o coração do pai.
Os ingratos reclamam, os ignorantes sofrem. A ignorância é a mãe do sofrimento,
o milagre é filho, filho da gratidão.
A sabedoria é a unidade da energia a feminina e masculina, só é sábio aquele que
tomou o seu pai e sua mãe, a alegria de vida é a inocência de coração da criança,
só podemos nos curar por meio da inocência e os milagres só são possíveis por
meio da sabedoria.
Retidão e bondade torna possível os milagres.
Para que aconteçam milagres é preciso uma conversão, uma mudança profunda
no jeito de pensar, de agir e sentir, para acontecer um milagre é necessário mais
que uma promessa, é necessário um compromisso com aquilo que o coração
necessita. Um milagre pede renúncia, um milagre exige de nós, exige conversão,
exige desapego, exige humildade.
Milagres chegam muito mais por joelhos dobrados, do que por meio de mentes
barulhentas. Por isso há mais milagres em santuários do que em consultórios,
hospitais.
As mentes barulhentas, as palavras incessantes são apenas o pranto da criança.
As crianças enquanto pranteiam, reivindicam o amor dos pais, as crianças
choram, os adultos falam, o falar incessante de um adulto é um pranto escondido
da criança que um dia foi.
Uma criança que fala demais demonstra agitação do coração dos pais, as
crianças mostram o que os adultos tem no coração. Os pais pensam que
escondem os seus sofrimentos e os filhos se colocam a serviço: falando demais,
não indo pra escola ou tendo febre. As crianças assim como os animais são
inocentes, eles trabalham de forma incessante, para o equilíbrio do todo,
portanto as doenças pediátricas são apenas a expressão do sofrimento dos
adultos do entorno da criança, por ex: os pais sentem muita raiva, se sentem
injustificados no mundo do trabalho, tem vontade de gritar com o chefe ou com
os colaboradores, ou de chutar a canela dos fornecedores, então a criança tem
dores frequentes de garganta, roem as unhas, na escola mordem os coleguinhas
ou é mordido, para eles tanto faz, o que os adultos escondem no coração as
crianças revelam. As tarefas que os pais, os avós, os bisavós, os antepassados
deixaram em aberto, os filhos completam, também os animais.
Um sintoma é um caminho, é um caminho que mostra o que é necessário ser
feito. Um sintoma é honesto, ele carrega a verdade que o ser humano, que o
paciente tentou esquecer, um sintoma é a verdade honesta, direta, sem
desculpas, sem rodeios. A mente disfarça, a mente engana, um sintoma é
fundamental, ele mostra a verdade, o conhecimento.
A verdade vós libertará, já disse o Amor. Isso significa que sem conhecimento,
com ignorância a doença surge e permanece, o caminho dos milagres é o mesmo
caminho dos sintomas, ignorância e conhecimento, são as duas faces da mesma
moeda, da moeda que chamamos verdade. A verdade vos libertará: ela traz cura
e milagre. O que traz o milagre é o propósito de vida. O que faz a diferença na
vida não é a guerra nem a paz, é o propósito.
SOBRE O MENSAGEIRO

É importante discernirmos entre os diversos sintomas porque essa


compreensão leva a entendermos quais as intervenções necessárias.
Sintoma simples é todo sofrimento que é proporcional ao contexto e passa com
uma medicação pontual, uma meditação ou cuja origem pode ser solucionada
com atitudes objetivas e práticas.
Exemplo: dor de cabeça, resfriado, unha encravada, uma pequena inquietude,
uma desgosto passageiro num relacionamento.
Sintoma Complexo: todo sofrimento que demonstra ser desproporcional ao
contexto. Os tratamentos aqui parecem nunca ser suficientes, e os sintomas
arrastam-se de forma crônica ou mostram-se de forma aguda e imperiosa.
Exemplo: bronquite, fibromialgia, tumores, doenças degenerativas, tabagismo.

Todo sintoma complexo é considerado um tema para ser trabalhado com a


ferramenta das Constelações Sistêmicas e compreendido e resolvido por meio de
intervenções sensoriais. Todo tema revela um trauma.
Trauma são experiências de sobrevivência dentro do sistema. Eles podem ser
pessoais ou transgeracionais.
Quando um bebê ainda em vida intrauterina passa por uma infecção
generalizada, junto com sua mãe, ele desenvolve um trauma pessoal. O
nascimento em si origina memórias traumáticas pessoais na maioria das vezes.
Quando uma criança apresenta tumores, câncer, isso é uma expressão de
memórias transgeracionais.
Do mesmo modo que está registrado em nosso DNA nossa fisionomia, também
está ali registrado a experiência emocional de inúmeras gerações.
Como parte de nossa vida, recebemos essas heranças emocionais, que são
tarefas que demandam de nós algo importante a ser efeito. Por vezes, algo maior
que nós. Ao cumprirmos essas tarefas, podemos perceber que a cura não é
pessoal, todo o sistema, todos os integrantes se beneficiam destes resultados
que se parecem mais com milagres, remissão espontânea, do que resultado de
uma simples intervenção humana apenas.
COMO AJUDAR?

A cura é possível. A cura é jornada.


Não é um episódio, por isso tão poucos se curam. Ingerir um comprimido é
muito mais fácil que fazer mudança de vida, de atitudes, de comportamentos.

Quando temos compaixão ajudamos. Só por meio da empatia é possível


estabelecer um relacionamento curativo. A vida não é fácil para ninguém,
costumo afirmar. Essa premissa possibilita a igualdade, a humildade e o servir.
O terapeuta precisa estar consciente disso. Todos sofremos. Ninguém está
imune aos desafios da vida. Marianne Franke-Gricksch afirma que só podemos
ajudar quando o outro, sua vida, sua história, seu sofrimento e seu talento tiver
um bom lugar em nosso coração. Essa é uma forma totalmente poética de
compreendermos sobre qual é a postura necessária para curar. Porque quem se
importa serve, só serve quem se importa.

Entretanto, ajudar não é roubar a cena, não é fazer pelo outro, porque somente
aquele que carrega o sofrimento é possível cumprir a tarefa e ser digno de
pertencer ao seu sistema. Entretanto, cabe a cada um de nós, seres conscientes
de nossa realidade sistêmica, de nossa compaixão e empatia criar condições
para que a tarefa seja cumprida com êxito. Dar pão ao que tem fome, água a
quem tem sede, afirma o Mestre.
Uma imagem belíssima que diz tudo sobre isso é Maria, com seu Filho nos braços
após o sacrifício. Ele passou pelo sofrimento, entretanto, ela esteve ali o tempo
todo, com sua humanidade, com seu amor, amparando. A tarefa de cada um é
bênção para todos. Por isso, devemos ajudamos nossos irmãos, nosso próximo.
Ajudamos nossos filhos, nossos pais, nossos irmãos, nossos amigos, nossos
adversários. Ajudamos porque o êxito de um libera um pouco mais do todo que
precisamos alcançar.
Por isso, uma criança quando está funcional deseja ter irmãos e ama tanto seus
irmãos. Sabe que sua vida é um tanto mais com eles.
Só ajudamos verdadeiramente quando ajudamos que a tarefa possa a ser
realizada com êxito. A ajuda só atrapalha quando queremos simplesmente
combater sintomas, quando simploriamente desejamos que o outro fique logo
bem, porque um sintoma mantém a dignidade; ele precisa ser ouvido e sua
mensagem precisa ser atendida. Sim, devemos oferecer um bálsamo para aliviar
a dor, mas também devemos dizer a verdade:
- Veja! Quanta mágoa sobre seus pais você carrega. Enquanto não resolver isso...
o sofrimento não vai embora. Vá resolva isso.
Talvez então, ofereçamos algumas sessões de terapia, alguns encontros de
constelações. Isso é ajudar verdadeiramente!
Só pode pertencer aquele que tem valor e o valor é uma conquista pessoal e
intransferível. Portanto, todos aqueles que querem ajudar, podem ajudar, desde
que ajude ao outro cumprir a sua tarefa, respeitando seu destino. Aquele que
deixa de cumprir sua tarefa perde a dignidade, por isso eles não podem mudar,
para não perder a dignidade, só ajudamos quando criamos condições para que
alguém realize uma tarefa com êxito.
Alguém quer curar os sintomas da escassez, da falta de dinheiro?
Observe primeiro qual a tarefa implícita e depois qual a tarefa explícita.
Qual é a tarefa implícita na falta de dinheiro? – reconciliar com o pai, pode ser o
próprio pai, ou o pai de memórias anteriores, pode ser pessoal ou
transgeracional. Isso se resolve em terapia, com intervenções sistêmicas,
sensoriais.
Qual é a tarefa explícita da falta de dinheiro? - Organizar planilhas, quanto
ganha e quanto gasta, planejar, disciplina, rigor. Todas essas habilidades são
habilidades masculinas, faz uma diferença enorme. Isso se resolve com
aprendizado objetivo, consultoria, cursos, decisões e atitudes.
Lembremos da empatia fundamental para a cura:
- Sim querido corpo, o que há com você? Sim querido corpo, talvez você precise
de repouso, talvez você precisa de silêncio.
Os animais quando estão doentes ficam em silêncio, se recolhem, não se
alimentam, muitas vezes fazem jejum até de água. Eu concordo com aquilo que
meu organismo pede.
Um sintoma pede mudança, pede transformação, pede submissão, para o
sintoma se transformar a única moeda possível é a submissão, o rigor, a
disciplina.
As doenças crônicas mostram dinâmicas de exclusão, dinâmicas de violação da
ordem, dinâmicas do desequilíbrio entre o dar e receber.
Doenças crônicas trazem a ignorância da rebeldia.
Muitas vezes no âmbito pessoal e transgeracional: uma pessoa tem uma gastrite
há muitos anos, então a gastrite mostra uma tarefa que diz respeito em 1º lugar
a alimentação, esse organismo não está sendo respeitado no equilíbrio químico.
Essa pessoa ama alimentos ácidos.
Deste modo algumas doenças crônicas mostra a rebeldia: gosto de pimenta e
independente dos efeitos ruins para meu organismo, eu continuo me
alimentando com pimenta.
Podem existir também dinâmicas emocionais. Nesta região do corpo, temos a
memória de amor e ódio, com os nossos pais.
Por exemplo: claro que quer bem aos pais, entretanto tem uma infância difícil,
até agora o coração ainda está ferido, porque a memória da infância ainda está
ali presente, ama os pais, mas está ressentida com eles. Amor e ódio dos pais.
O que cura aqui?
Transformar toda a dor em amor, as vezes alimentar-se corretamente já será
suficiente para reorganizar todas essas memórias. Porque aquele que se
alimenta corretamente declara amor incondicional para com a mãe. Aquele que
tem coração ferido com a mãe não pode se alimentar corretamente porque se
assim o fizesse, desculparia a mãe.

Isso é a grande bênção dos movimentos, das atitudes sistêmicas: quando nos
reconciliamos com nossos irmãos, com nossos pais, genitores, nos tornamos
dignos de pertencermos, agradecer pela vida recebida é a primeira moeda de
cura dos sofrimentos humanos. Honrar o bem maior que recebemos, a condição
de estarmos num corpo físico, é liberar nossos pais ou genitores de todos os
julgamentos e expectativas que tivemos sobre eles um dia. É obter uma
autorização absoluta da vida para seguirmos com prosperidade, alegria e saúde.
Concluímos que os sintomas são presentes e que não devemos nunca nos
considerarmos fracassados, humilhados, de má sorte por tê-los. Porque eles são,
antes de tudo, oportunidades evolutivas.
COMO RECONHECER TEMAS?

Um dos sinais sutis sobre o emaranhamento é a condição da pessoa ficar tão


resistente aos sintomas. De negar, de resistir.
O indivíduo diz: - eu não gosto! Justo comigo! Não tenho nada, do jeito que veio,
vai!
Aquele que combate não enxerga, não percebe, aquele que reivindica, tem
apenas uma visão parcial.
Todo sofrimento que não se resolve imediatamente com uma intervenção
mecanicista: joelho ralado, dor de cabeça esporádica, unha encravada é um
tema, é uma resposta a uma memória traumática, é um trauma ativo.
Todo tema precisa ser trabalhado de forma sistêmica. Nenhum trauma se cura
por meio de uma intervenção mecanicista: o medo de avião não será resolvido
enfrentando 12 horas numa aeronave.
Percebemos também que é uma memória traumática porque aquilo que o
indivíduo expressa não conseguimos sentir do mesmo modo. O nervosismo, a
ansiedade, a raiva, a tristeza, o medo, parecem tão descabidos que
imediatamente temos um impulso de dizer para a pessoa: - Calma! Isso tudo vai
passar, não é tão terrível assim. Você apenas está muito assustado, nervoso,
chateado.
O discurso de um indivíduo que está sob o efeito dessas memórias traumáticas
também é evidente: sente-se vítima, queixa-se, crê que a vida acabou, que não há
sofrimento maior que o dele. Tem medo de morrer, afirma que agora a vida
acabou, que tem má sorte.
Toda a reatividade é um tema, é uma expressão de memórias traumáticas. É um
obstáculo à cura, toda resistência é uma barreira para os milagres.
A reconciliação com os pais, com os genitores, só é possível por meio dos filhos.
Por meio da saúde, felicidade e prosperidade, redimimos nossos pais de toda a
culpa. A doença é uma forma de punir os pais. Nada aprisiona mais um
relacionamento entre pais e filhos do que a doença, depois a pobreza e a
infelicidade.
Uma criança mostra o que os pais têm no coração. A criança não para de roer as
unhas, se os adultos de seu entorno estiverem ansiosos, agitados, agressivos,
tristes, falando alto, agitados ou melancólicos, distraídos. Se os pais se
acalmarem, se curarem, os filhos também se curam. O sintoma mostra a
verdade, a terapia é um caminho para tomarmos essa verdade escondida em
nossos medos e julgamentos.
Uma conduta regressiva é uma intenção inconsciente de suprir, de uma memória
que deveria ter sido abastecida em outra etapa da vida.
O que tem na origem do todo abusador, ele foi abusado, todo abuso é um
segredo.
CORAGEM E HUMILDADE são condições essenciais para a cura.
Menos presunção, menos medo, menos importância, mais responsabilidade,
mais amor. Essa é a métrica da cura.
O QUE SÃO INTERVENÇÕES SENSORIAIS OU INTERVENÇÕES SISTÊMICAS?

São intervenções que atuam a nível inconsciente, na causa dos sofrimentos. São
palavras poéticas, cantos, sons, toques, imagens, aromas que atuam diretamente
na mente inconsciente e na interação primária com a vida trazendo proteção,
permissão e empoderamento.
As constelações, renascimento, meditação, Yoga, Imposição de mãos, Florais de
Bach, Homeopatia, etc, são algumas das técnicas terapêuticas que são
consideradas intervenções sensoriais.
Sou apaixonada por esse poema da Viviane Mosé, uma poetisa, capixaba,
filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração e implementação de
políticas públicas.
Ele retrata exatamente tudo isso que quero explicar.

Poemas Presos – autoria Viviane Mosé


A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos
Abscessos, tumores, nódulos, pedras…
São palavras calcificadas, poemas sem vazão.
Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado, prisão de ventre…
Poderiam um dia ter sido poema, mas não…
Pessoas adoecem da razão, de gostar de palavra presa.
Palavra boa é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima.
Lágrima é dor derretida, dor endurecida é tumor.
Lágrima é raiva derretida, raiva endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida, alegria endurecida é tumor.
Lágrima é pessoa derretida, pessoa endurecida é tumor.
Tempo endurecido é tumor, tempo derretido é poema.
E você pode arrancar os poemas endurecidos do seu corpo
Com buchas vegetais, óleos medicinais, com a ponta dos dedos, com as unhas.
Você pode arrancar poema com alicate de cutícula, com pente, com uma agulha.
Você pode arrancar poema com pomada de basilicão, com massagem,
hidratação.
Mas não use bisturi quase nunca,
Em caso de poemas difíceis use a dança.
A dança é uma forma de amolecer os poemas endurecidos do corpo.
Uma forma de soltá-los das dobras, dos dedos dos pés, das unhas.
São os poemas-corte, os poemas-peito, os poemas-olhos,
Os poemas-sexo, os poemas-cílio…
Atualmente, ando gostando dos pensamentos-chão.
Pensamento-chão é grama e nasce do pé,
É poema de pé no chão,
É poema de gente normal, de gente simples,
Gente de Espírito Santo.
Eu venho de Espírito Santo.
Eu sou do Espírito Santo, eu trago a Vitória do Espírito Santo.
Santo é um espírito capaz de operar o milagre sobre si mesmo.

Se puder ouça na voz da autora: https://youtu.be/4CrEFX4Bjns?t=5


UM PEQUENO TRECHO SOBRE MEMÓRIAS DE NASCIMENTO

Uma mãe pergunta: Minha filha sempre fica resfriada ela tem 2 anos e 7 meses o
que poderia ser? O que fazer para solucionar o problema na raiz?
Segue minha resposta.

Querida!
Resfriado são memórias de nascimento. Todos passamos por situações de
sofrimento durante o nascimento.
A forma moderna com que as crianças nascem, a hospitalização do nascimento,
tudo isso faz com que os desafios para o bebê sejam ainda maiores.
Já sabemos que resfriado é tristeza. Nas duas situações os canais lacrimais são
ativados.

O que fazer para resolver?


Não há uma única alternativa. Há várias:
Muito colo, muito aconchego. Agasalhar bem, ficar muito, muito aninhado. Se
possível bebê canguru, cama compartilhada, banho de imersão junto com a mãe.
Amamentação por livre demanda.
Muita massagem para bebês, do tipo Shantala.
Ficar junto em frente ao fogo do fogão à lenha, em frente à lareira.
Oferecer homeopatia, Florais de Bach.
Oferecer nutrientes, polivitamínicos.

Cura é jornada. As crianças precisam entre 3 a 5 anos para curar o trauma do


nascimento.
Tanto é que se diz: até os cinco anos é difícil mesmo, se resfriam muito, mas
depois eles ficam fortinhos e cessa este sofrimento.
Infelizmente, cessar não significa curar. Por vezes, o que acontece é que essa
manifestação traumática modifica-se e logo vem o mau humor, a crise da pré-
adolescência. São apenas formas diferentes de manifestação do trauma de
nascimento, que se diferencia adequando-se a idade, à maturação hormonal e
neurológica.
Mas, se houvessem intervenções adequadas, como aquelas que mencionei acima,
certamente até cinco anos tudo estaria resolvido e muito sofrimento futuro seria
evitado, porque o trauma estaria curado.
EDUCAÇÃO E SAÚDE

Se o professor tiver o conhecimento da Pedagogia Sistêmica uma criança pode


receber alfabetização de letramento e também emocional.
Imagine:
o professor está alfabetizando:
- ``A`` de abelha, abraço, amor, alegria, aconchego, agradecimento.
Vamos abraçar agora? Abracem os coleguinhas mais próximos. Façamos um
grande abraço de abelha.. eu professor, fico aqui no meio e nos abraçamos.
Então, passada a algazarra ele diz: agora sentem-se e fechem os olhinhos,
respirem bem fundo... e abrace seus pais, seu papai, sua mamãe.
Lá vem a pérola:
...ah!...mas o meu pai não abraça minha mãe. Ele bate nela!
Oh, então.. A.. também é de agressão.
Queridos coleguinhas vamos agora fazer uma prece para a paz e o respeito na
casa do Manoelito. Todos fecham os olhos e imaginemos a bondade e o A de
amor... bem grande escrito sobre a casa do Manoelito, um A lindo... do jeito que
você quiser e gostar. Vamos respirar e imaginar isso. Nós temos afeto – A de
amor, de afeto – por você também Manoelito. Eu, professor, também agradeço o
afeto que vocês têm por mim. A no meu peito, A escrito no peito de vocês. Numa
cor bem bonita.
Deste modo, o professor trabalhou tantos conteúdos. Alfabetizando, empodera,
previne o futuro e fortalece para que cada um saiba lidar bem com os desafios da
vida e de seus destinos pessoais.
Um professor por meio da pedagogia sistêmica ele vai além dos parâmetros
curriculares; ele oferece muito mais, ele trabalha com o conteúdo do coração, ele
não é um terapeuta, mas seu trabalho permite o completar de tantos anseios e
sofrimentos que já existem nos pequenos corações.
A cura de um sintoma exige coragem. Estar acostumado não é sinal de estar feliz.
Em todos os nossos relacionamentos podemos nos curar. A escola é um local que
tem potencial imenso de cura ou adoecimento. É mais fácil tomar cuidado e se
proteger nos ambientes hospitalares.
Nas escolas, nas empresas, não se percebe a influência que existe. Devido a essa
sutileza, os danos podem ser muito grandes ao indivíduo. Porque
frequentemente, quando se menos percebe as questões pessoais estão ainda
agravadas pela falta de inteligência emocional, social, que permeia os
relacionamentos em todos os âmbitos da vida.
Um professor tem muito poder sobre a vida de um aluno. Principalmente se este
aluno for ainda criança. Bons professores, são excelentes investimentos em
saúde para nossos filhos. Consideremos e honremos isso.

Para transformar nós em laços, nós precisamos ter discernimento para saber o
que fazer e disposição para realizar as tarefas. A felicidade custa um tanto de
trabalho. A saúde e a prosperidade também.
A MORTE

Na abordagem sistêmica, percebe-se a vida de maneira como um espaço de


transcendência e não só como um espaço de emoção e de comportamento.
Lidamos com a morte como uma situação natural da existência humana, com
muita serenidade e com bastante humildade, sabendo que não cabe a nós
decidirmos o dia e a hora. Alguns vão tão cedo, infelizmente; outros conseguem
viver muitos anos sobre a Terra, talvez porque cuidaram bem das suas vidas, de
sua saúde, das suas emoções, tomaram bastante água, não prejudicaram sua
saúde com o fumo, álcool, substâncias tóxicas ou muita ingestão de açúcares,
proteína animal, carboidratos, pois sabemos que o corpo físico é matéria e precisa
ser cuidado.
Sabemos também que a morte é apenas a desmaterialização do corpo, porque
permanecemos na memória de nossos entes queridos, permanecemos na
memória da comunidade e das pessoas com as quais convivemos. Alguém pode se
eternizar como uma pessoa amorosa, como uma pessoa que praticou tantas
virtudes porque tornou a sua existência como um legado, fez de sua vida
realmente uma obra do bem, como um tempo de contribuição e de honrar a vida,
a esse sopro de vida que nos foi dado num corpo físico. Contudo, uma pessoa
também pode ficar eternizada pelas suas atitudes prejudiciais, p.ex., um
perpetrador fica eternizado na memória das vítimas. Sabemos que pelo bem ou
pelo mal as pessoas continuam existindo na memória das famílias e da
comunidade.
Portanto, a morte faz parte da experiência da existência como um todo. O nascer,
o viver e o morrer são etapas da existência. Do ponto de vista da psicologia
existencial e fenomenológica – através da visão sistêmica, que deixar o corpo
físico é apenas uma das etapas da existência. Sabemos que quando uma pessoa
deixa o seu corpo físico, não significa que aquilo que ela fez, as suas ações, as suas
práticas na vida, o que ela fez de bom ou de ruim, deixa de existir; permanece.
Fato é também que a morte muitas vezes acontece da maneira trágica, e, sobre a
vida, não temos controle. Só sabemos contar o que passou porque o futuro a Deus
pertence. Viver é um ato de humildade, de entrega, de reverência! Nos inclinamos
diante da vida e agradecemos a cada dia porque ele está sendo concedido para
nós; e pedimos, humildemente “vida longa”, longos dias de paz, saúde e bênçãos
sobre a Terra. Entretanto, sabemos que muitas vidas são interrompidas
precocemente e diante desses destinos também nos inclinamos, elaboramos o
luto, pranteamos. Concordamos porque diante dos desígnios da vida, da
existência não temos como controlar quase nada, a não se dizer “Sim” e estar à
serviço.
Realmente não há motivo para sofrimento frente à morte. Do ponto de vista
sistêmico, nós continuamos a existir “ad infinitum”, e, os entes queridos que
deixam o seu corpo físico, eles continuam existindo na nossa memória afetiva, por
meio de seus descendentes; e nós os honramos por meio da alegria, da felicidade,
por meio de contar histórias que eles tiveram, de lembrar de seus sonhos e até
mesmo de dar continuidade.
Por exemplo: se a sua avó gostava de Bolo de Fubá com sementes de erva doce,
então, de vez em quando prepare esse bolo e conte as histórias dela para seus
filhos, com os detalhes: “Ela punha o avental, um lenço na cabeça...”, e hoje eu vou
preparar esse bolo pensando nela e quero contar umas histórias da biza para
vocês: “Ela era tão amorosa, alegre...”. Deste modo, a morte passa a ser
experienciada de um modo muito mais positivo e as pessoas passam a
ressignificar essa condição porque o corpo físico é matéria, e ele passa, entretanto,
o espírito e as nossa ações e até mesmo o núcleo, aquilo que nós somos enquanto
memória celular, permanece “ad infinitum”.
É fundamental entender que “a vida é um sopro...”, por mais que dure tantos anos
quanto viveu o autor dessa frase (Oscar Niemeyer); uns cento e poucos anos. O
que é um século nos milhões de anos da existência desse planeta! Passa tão rápido
e ninguém sabe quanto tempo vamos durar...
Portanto, essa consciência de que somos eternos mas que somos também
efêmeros, de que é tudo tão passageiro, tão rápido, tão breve, nos coloca humildes,
disponíveis e presentes no nosso dia-a-dia; cessa a ansiedade, cessa todo o apego
e a gente vive bem e feliz, respeitando as pessoas que nós amamos, que queremos
bem, honrando nosso trabalho, nossa profissão, tendo ética, justiça e honestidade,
tendo alegria em viver o nosso talento, em tomar os nossos dons, em viver de
forma muito plena os dias que nos são concedidos na Terra e, acima de tudo, viver
é um ato de humildade.
O entendimento sistêmico nos coloca de forma serena perante a vida porque nós
acreditamos, experienciamos a eternidade nesse grande aqui/agora, e sabemos
que pertencemos, que tudo se transforma mas que nada se perde. É um princípio
da física que é aplicado no pensamento sistêmico, na psicologia sistêmica. Que
cada um possa se beneficiar dessas reflexões e permitir que a consciência de que
nós somos efêmeros e de que a morte faz parte do existir, da existência, possa nos
colocar muito mais disponíveis para viver de forma plena, consciente o nosso
momento presente.
Lidamos com serenidade porque experienciamos a transcendência, porque do
ponto de vista sistêmico, deixamos de ter um corpo físico, mas não deixamos de
existir: permanecemos como memória no coração das pessoas que amamos ou
continuamos existindo por meio da nossa descendência, pelo DNA.
Às vezes os mais antigos se encontram e dizem: “Nossa! Fulano é muito parecido
com o bisavô dele! Eu que conheci e convivi com ele, vejo que é igual, não só na
expressão, na fisionomia, mas também nos seus comportamentos, no seu jeito de
falar.” Ou seja, aquele bisavô deixou o corpo físico mas não deixou de existir;
permanece em seu bisneto, em fisionomia e comportamento, ou seja, por meio do
DNA, essa pequena partícula onde Deus deixou esse segredo maravilhoso:
continuamos a existir, com as mesmas características físicas, a nossa matéria
continua existindo, passando de geração para geração. Talvez o paraíso seja o
DNA.
A eternidade é um fato.
Do ponto de vista espiritual talvez a explicação seja bastante diferente, mas do
ponto de vista sistêmico, nós consideramos as informações, p.ex., da biologia, da
memória genética, que é possível comprovar, através de um fio de cabelo, da
saliva ou de uma gotícula de sangue, se a pessoa é descendente de tal pessoa, toda
a sua linhagem étnica. Eu me admiro, não me canso de admirar. Somos eternos.
Essa consciência nos tranquiliza, temos todas as chances do mundo para viver,
para fazer o bem. Temos toda a responsabilidade também, porque aqui se planta,
aqui se saboreia.
O QUE SÃO AS CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS?
- UM POUCO DO Livro ALÉM DO APARENTE -

AS LEIS DO AMOR E OS MOVIMENTOS QUE CURAM

PERTENCIMENTO
COMPENSAÇÃO
ORDEM

CONCORDAR
AGRADECER
PEDIR
REPARAR DANOS CAUSADOS

Fazemos tudo para pertencer, inclusive permanecemos infelizes, pobres ou


doentes. Comentado [SG1]: À Editora:
Todos os capítulos devem estar com layout centralizado na
página.
Bert Hellinger 1 organizou, de maneira ímpar, todo o conhecimento
sistêmico e o tornou disponível para o caminho da cura, do bem estar e do
desenvolvimento humano. A técnica das Constelações pode ser compreendida por
meio dos conhecimentos da Biologia, pesquisados por Maturana2, Varela3 e
Rupert Sheldrake4, notáveis cientistas contemporâneos. É deste último o conceito
do “campo ciente”, ou seja, eu posso não saber, você pode não saber, mas nós
sabemos. O “nós” é o campo, um campo invisível. Sheldrake diz que a informação
se encontra presente sempre no agora, não tem passado, os indivíduos acessam
essas informações com um único propósito, o da sobrevivência, para assegurar a
permanência da vida.

Hellinger percebeu que cada pessoa está comprometida com o destino do


grupo; todo indivíduo está, acima de tudo, muito mais a serviço do seu sistema,
do que a serviço do seu próprio querer. Ele constata que nós temos uma pequena
liberdade diante do destino, pequeníssima liberdade, que consiste apenas em
concordar ou discordar. É importante compreender aqui o significado de
concordar: aceitar o dado como verdadeiro, real, existente. Não significa atribuir
ao mesmo um juízo de valor, de certo ou errado. A negação do destino nos coloca
em conflito (falta de sintonia) com ele, o que inviabiliza o caminho da cura, da
reconciliação e da felicidade. Só quem concorda com o seu destino pode se
reconciliar; por meio desse movimento é possível tomar do destino apenas aquilo
que fortalece e, assim, curar, transformar o que enfraquece. Quem discorda
permanece pequeno e infeliz.

1
Bert Hellinger, terapeuta alemão idealizador/criador da terapia sistêmica denominada Constelação Sistêmica Familiar.
2
Humberto Maturana, biólogo chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da Autopoiese e da Biologia
do Conhecer, junto com Francisco Varela. Faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo
radical.
3
Francisco Varela, biólogo chileno, escreveu sobre sistemas vivos e cognição, autonomia e modelos lógicos. Escreveu
“Princípios de Autonomia Biológica”, um dos textos básicos da Autopoiese, teoria que desenvolveu com Humberto
Maturana.
4
Rupert Sheldrake, biólogo inglês. Pesquisador do conhecimento além da mente racional, do conhecimento disponível
de todos os sistemas, que chamou de “campo ciente” ou campos morfogenéticos.
Hellinger também percebeu: quando atuamos em sintonia com o sistema ao
qual pertencemos, nossa consciência fica tranquila. Por isso, muitas vezes
fazemos algo que perante os outros parece totalmente mau, totalmente errado.
Entretanto, isso foi feito de "consciência tranquila", porque quando agimos
“igual”, tendo as mesmas atitudes, vivenciando os mesmos valores, nos sentimos
pertencentes e seguros.

Deste modo, Pertencimento é o primeiro princípio sistêmico observado,


dentro de um conjunto que Hellinger nominou de Leis do Amor. Outros chamam
de Leis da Vida ou Princípios da Vida, Princípios Sistêmicos ou, simplesmente,
Princípios.

Fazemos tudo para pertencer, inclusive permanecemos infelizes, pobres ou


doentes. Não nos curamos, não prosperamos e não nos tornamos felizes para
dizer aos nossos antepassados, à nossa família de origem e família atual: “eu sou
um de vocês, eu sou leal”.

Compõe nossa família de origem todos os que vieram antes de nós. Todos
que conduziram a vida, geração após geração até chegar ao agora.

Por família atual compreendemos o cônjuge, os filhos, netos, bisnetos. Os


pais e seus descendentes.

Observamos o quanto essa fome de pertencimento é real, por exemplo,


quando uma pessoa diz “eu já fiz de tudo, mas não consigo me livrar desta
enxaqueca, ou: desta falta de dinheiro, ou: desta falta de amor...”. No nível
aparente do aparente o indivíduo quer ser mesmo feliz, próspero e saudável.
Contudo, além do aparente, não podemos tomar nada que nos faça sentirmos
melhores do que os outros, porque sentir-se melhor é o mesmo que ser diferente.
O que é diferente não pertence; a alma faz de tudo para pertencer, a qualquer
preço, porque somente pertencendo é que se experimenta segurança, e, assim,
tem-se a percepção de que poderá manter-se vivo. Mesmo se destruindo, mesmo
sofrendo. O preço pode ser uma depressão profunda, ou uma doença gravíssima,
ou uma falta de dinheiro inexplicável.

Atua sobre nós, também, o Princípio da Compensação ou Princípio


do Equilíbrio, que é a segunda Lei do Amor. Sempre a alma deseja retribuir o que
recebeu. O desejo de retribuir o que recebeu é uma constante em nossa alma.
Portanto, sentir-se endividado ou sentir-se credor são movimentos naturais da
nossa alma; é o que nos mantém vinculados ao sistema. É o que faz com que a vida
seja passada adiante. Os pais são credores e os filhos, devedores; os filhos
reparam suas dívidas para com os pais passando a vida adiante.

Os filhos só conseguem agradecer aos pais quando fazem algo


extraordinário com suas vidas, sem desejar nenhuma recompensa; a maneira
mais grandiosa para fazer isso é passar a vida adiante. Quem tem filhos honra seus
pais e pode finalmente tomar a vida em toda a sua plenitude. Quando essa
oportunidade não é concedida, eles também podem ser honrados quando os filhos
escolhem fazer algo extraordinário para o mundo, sem esperar recompensa. Algo
que se aproxime do amor gratuito dos pais, dessa condição infinita, imensurável
de passar a vida adiante, é a prática do amor incondicional.

Mas quem diz “eu não quero ter filhos” só pode tomar da vida um pouco
menos, esse é o preço. Ao decidir por isso, uma pessoa deixa de ter créditos
perante a vida, pois quem não toma integralmente o amor dos pais, não pode
tomar integralmente as outras bênçãos da vida.

Se um dia, os pais tivessem tido essa mesma atitude, a vida não chegaria até
este filho. Eles se submeteram a tudo, colocaram em risco suas vidas, sua
segurança, suas carreiras profissionais para nos entregar a vida. Enfrentaram o
mistério, o desconhecido, lidaram com seus medos e apreensões, suportaram a
culpa de oferecer um mundo ainda com tanto a ser feito, suportaram a culpa de
ver os filhos lidarem com a vida exatamente como ela é. Como agradecer a tudo
isso? Somente dizendo: “Sim, eu também! Sim, eu também concordo e passo a vida
adiante.” O amor dos pais é de graça.

Quando recebemos algo bom, retribuímos com um pouco mais e quando


causamos um dano devemos proceder à reparação, a fim de que o equilíbrio se
restabeleça.

Para permanecer vivo, o sistema precisa estar organizado. Organização tem


a ver com ordem, com hierarquia, ou seja, cada um deve ocupar o seu lugar.
Ordem: esta é a terceira Lei do Amor. Quando alguém, por algum motivo, não
puder ocupar o seu lugar, outro alguém fará isso.

PARA ENTENDER

Uma mulher morre jovem deixando órfã uma pequena criança.


Posteriormente, uma bisneta dessa mulher que morrera jovem, poderá, desde
muito pequena, muito cedo, querer cuidar e zelar de sua mãe que, pessoalmente,
não passou pela orfandade. Pois bem, essa bisneta, hoje, assume o lugar de sua
bisavó, que não pôde experimentar a maternidade, e projeta em sua mãe a
imagem da avó, que vivenciou a experiência da criança que não pôde usufruir os
cuidados maternos.

No aparente, essa história nem é comentada, tão distante, está esquecida...


e essa bisneta, hoje adolescente/jovem/adulta (não importa), experimenta uma
sensação inexplicável de medo de separação, sendo vista pelas pessoas como
alguém carente, dependente, apegada. E, pelo que ela aparenta, é lhe aplicado um
"rótulo".
“Rótulos”, geralmente, revelam o quanto tantas pessoas estão solitárias e
incompreendidas perante aqueles que serão beneficiados diretamente porque
alguém está fazendo as "tarefas” mais difíceis.

Chamamos de "tarefas" tudo aquilo que deveria ser vivenciado para que o
pertencimento, a compensação e a ordem não fossem princípios violados;
entretanto, devido a fatos, acontecimentos, essas "tarefas" não puderam ser
completas. Por exemplo: o amor e o cuidado entre pais e filhos, o respeito e a ética
entre os sócios de uma empresa, a solidariedade entre irmãos, a compaixão para
com aqueles que sofrem, a gratidão para com aqueles que muito fizeram, etc.

No aparente, a violência dos pais para com um filho fica no passado, mas no
além do aparente, este desamor permanece e pode se mostrar, no agora, por meio
de uma ansiedade profunda em um dos integrantes desses sistemas.

Sabemos que uma das "dinâmicas" que sustenta a ansiedade é "... papai, sem
você... eu tenho que ir rápido demais para o futuro. Sozinho eu tenho medo do
amanhã!"

Tarefas desafiantes são cumpridas, independente da vontade do indivíduo,


para a finalidade de tornar algo completo dentro do destino, assegurando assim,
a perpetuação da vida.

Portanto, para que possamos assumir o nosso lugar no sistema ao qual


pertencemos, todos aqueles que vieram antes de nós precisam ter o seu bom
lugar. Todos, todos!

Faz parte também da ordem, o sistema maior ao qual pertencemos. A


sociedade humana é formada pela união homem e mulher, os quais somente estão
em harmonia e reconciliados quando reconhecem mutuamente o lugar de cada
um e assumem, respectivamente, suas funções.
SOBRE SERVIR E SER SERVIDO

NA TRADIÇÃO JUDAICO-CRISTÃ, o maior serve o menor – e aqui o


sentido de servir é exatamente o que Jesus Cristo fez na última ceia,
conforme o relato em João 13:4-14. Assim, o homem serve e a mulher é
servida. O homem vem em primeiro lugar, depois a mulher e depois os
filhos. Portanto, quando a mãe está amparada pelo seu marido, pelo pai,
então ela pode amparar e cuidar dos filhos. Porém, um homem só pode
assumir o seu lugar, andar, zelar e prover se ele estiver reconciliado com
a sua mãe. E uma mulher só poderá aceitar ser cuidada, protegida e
amada se ela estiver reconciliada com o seu pai; isso é a ordem.

Faz parte também da ordem, que os pais não sejam "amigos" dos
filhos, ou seja, que preservem sua intimidade, medos, preocupações e
segredos. Quando os filhos se tornam confidentes dos pais, estes se
enfraquecem. E, quando os filhos querem consertar os pais, aqueles
também se enfraquecem. A hierarquia mostra que os pais são os grandes
e os filhos, os pequenos. Pais são pais, filhos são filhos. Só assim o sistema
se fortalece e entra em equilíbrio.

Capítulo 1 do livro Além do Aparente – autora Olinda Guedes Ed. Appris, 2015
Pags 29 a 37.
O CORPO FALA

Aquilo que sentimos, pensamos, fica impregnado por onde passamos,


onde vivemos, com quem estamos. Inclusive em nosso corpo, como
memórias pessoais ou como memórias transgeracionais.
Nosso corpo interage, recebe e envia informações.
Como seres racionais muitas vezes contrariamos a natureza e fazemos
o inverso do que outros seres fazem: fazemos o inverso,
transformamos adubo em lixo, ao invés de lixo em adubo.
A paz se faz com hospitalidade, isso também diz respeito a saúde.
Se a maior fome é o pertencimento, a hospitalidade é o grande
movimento da paz. Sem segurança não há saúde. Onde há
hospitalidade há paz, a segurança só é possível com a paz presente.
Marianne Franke-Gricksch, a precursora da Pedagogia Sistêmica no
mundo sempre aconselha: Nunca saia de casa sem os seus pais. O medo
não é um bom companheiro para passear por ai, os nossos pais, sim.
Imagine sempre um anjo da guarda consigo: Uma asa é o pai, a outra é
a mãe. Eles nos deram a vida.
A sabedoria popular diz, que a vida começa aos quarenta anos.
Entretanto, eu afirmo: a vida começa a partir do momento que somos
amadurecidos. Enquanto não amadurecemos a vida não deslancha, não
vai para diante, caminha-se em círculos em torno dos emaranhamentos
e lealdades sistêmicas.
Amadurecer é entender quais são as tarefas que nosso destino pede de
nós e realizá-las. Amadurecer é não brigar com a realidade, é dizer sim
para a vida de um modo totalmente sábio e disponível.
Do ponto de vista sistêmico a saúde existe quando os excluídos têm um
bom lugar, o lugar certo em nosso coração. Quando são olhados com
amor e entendimento, dando a eles o que eles mais necessitam: o amor
sem julgamento. Todos sabemos que os ressentimentos nos fazem
manter o sofrimento, aprisionam nossa atenção e nossa possibilidade
de viver a paz, a serenidade, a alegria. Estados esses fundamentais para
a saúde mental, física e espiritual.
Quando tornamos completos a estranheza é um sinal. A nova vida, é
mesmo um tanto esquisita. A transformação vem de dentro, vem da
alma, e não do ego. A consequência de estar junto é que nos faz ver e
sentir a paz.
AS EXPRESSÕES POPULARES DEMONSTRAM A LINGUAGEM DO
CORPO.

Quando há perigo, ameaça, isto não me cheira bem.


Quando é ameaçador, quando é rude não suporta nem chegar perto,
não quero tocar.
Quando a vida está difícil não suportamos olhar. Quando há perigo fica
com seu olhar para isso ou os olhos ficam arregalados: medo!
Quando a vida está difícil pode ser um osso duro de roer, então, o
indivíduo pode desenvolver doenças ósseas: reumatismos,
osteoporose.
As pessoas vivem de saco cheio. Observe o índice de doenças de
próstata, mamas, útero, ovário.
Coisas difíceis de engolir , as dores de garganta, de estômago.
Se arrastar na vida. Observe quantas pessoas com problemas de
locomoção, de realização.
Todas essas expressões demonstram o saber dos sentidos.
A linguagem dos sentidos corresponde a cada sensação destas
afirmações. A função de cada um dos sentidos percebe como comandos
essas premissas ditas com tanta verdade.
Se a vida é tão feia, é melhor não enxergar. Se as palavras são tão
rudes, é melhor não escutar.
Se não há perfumes, para que o olfato?!
Se a vida está sem tempero, por que o paladar?
O organismo é nosso grande aliado, o aliado que se comunica o tempo
todo, entre o abstrato e o concreto. O concreto e o abstrato. O nosso
corpo é o lado visível da alma, e a alma o aspecto invisível do corpo. os
sentidos é a expressão desta conexão, se está tudo bem, sente-se bem,
senão está bem eles falam.
OLHOS, OUVIDOS E NARIZ
À medida que os olhos acumulam imagens de sofrimento, imagens
esteticamente desarmoniosas, eles naturalmente diminuem a
acuidade, como uma resposta natural de saúde, o incongruente
registrados nas retinas, cria uma resposta natural de não, de não ver,
de ver menos.
As nossas retinas precisam estar impregnadas de boas imagens porque
senão começamos a enxergar mal e temos que usar lentes corretivas.
Vista cansada significa desânimo, falta de brilho no futuro,
esgotamento, cansaço, perigo, chega de ver, morrer antes.
Na adolescência depara-se com essa crise: afinal, o mundo é bom ou
não é?! Posso fazer algo incrível? É possível ter alegrias e viver uma
vida bem legal? Para muitos a resposta é “Não! Não é possível!”.
Então, muitos jovens passam a usar óculos.
Vista cansada é um sintoma de senilidade, é o desânimo da alma
mostrada nos olhos. Senilidade não tem a ver com idade, senilidade
diz respeito ao estado de falta de viço, de entusiasmo.
Algumas crianças saem do ventre para a luz excessiva da luz do centro
cirúrgico, isso fere as retinas, por isso mais e mais crianças precisam
de lentes corretivas. Excesso de luz, cega.
Assim na terra como no céu.
A tristeza é falta de luz, é escuridão. Em épocas de tristeza é comum
diminuir a visão.
Portanto curar os olhos é recuperar a visão, o ânimo com a vida na
medida que amadurecem, voltam a enxergar.
O mesmo acontece com os ouvidos, com a audição:
Quando os sons, as palavras, as informações objetivas ou subjetivas,
quando as palavras ou a melodia é desarmoniosa , naturalmente a
acuidade auditiva é diminuída, ou experienciam-se dores, infecções.
Quando ouvimos coisas desagradáveis podemos até ficar surdos. Deus
é maravilhoso! Ele cuida de nós e não nos permite ouvir coisas ruins.

SOBRE O OLFATO E O PALADAR:


Quando o que a vida apresenta é percebido como desagradável, sem
sabor, sem alegria, sem tempero, fazendo nos sentir ameaçados,
enfraquecidos, diminuímos a acuidade olfativa e do paladar.
O olfato é a forma mais sutil de perceber a realidade.
Quando algo não está bem, logo percebemos. Quando nada fazemos
para resolver essas situações, olfato e paladar, vem ao mesmo socorro,
esperamos. Ficamos sem apetite, não percebemos o sabor.
Os nossos sentidos é a expressão da nossa alma.
Portanto, um mundo bom e belo é o princípio de uma vida saudável,
aquele que tem e quer ter saúde, precisa aprender a importância da
estética, da arte, da harmonia.

Quando há ameaça à vida, quando há agressão, tortura, a percepção


total é diminuída, todos os sentidos se fecham e diminuem sua
capacidade perceptiva para que a sobrevivência esteja minimamente
assegurada.
Quando a vida se apresenta de modo bom e belo, seguro, terno,
compassivo, gentil, hospitaleiro, podemos ter acuidade em todos os
sentidos.
O CORPO É O LADO VISÍVEL DA ALMA. A ALMA É O ASPECTO
INVISÍVEL DO CORPO.

Trauma é uma experiência sensorial intensa de sofrimento, por isso


fica registrada no organismo de forma pessoal ou transgeracional.
Doenças graves tem registro traumáticos muito antigos.
Câncer, tumores malignos, tem a ver com energias que não foram
transformadas, as células estão em desordem.
Uma doença, um sintoma é a expressão visível da frequência do
espírito em seu sistema.
Todo sintoma, toda doença, antes de ser diagnosticada, se manifesta
como insatisfação, cansaço, tristeza, mágoa, frustração, raiva, desgosto.
Qualquer sentimento que nos afasta da vida, da graça, da bem-
aventurança, é um princípio de um sintoma, é onde se origina um
sintoma.
Todas as dores do corpo físico são expressões do corpo espiritual, do
corpo emocional. Uma pessoa fica chateada com algo. Não é feito nada
para resolver essa situação e recuperar o bem-estar. Esse sentimento
não é transformado em nível de energia, não se movimenta, não se
transforma, ele se materializa no corpo físico como resfriado. Quando
estamos resfriados ou chateados ficamos amuados do mesmo jeito. Um
resfriado sempre acontece quando estamos com baixa vitalidade,
cansados ou aborrecidos. Os olhos de uma pessoa aborrecida
lacrimejam, de uma pessoa resfriada também. Assim na terra como no
céu. Tenho dito.
Quando estamos chateados, baixamos a nossa energia, o nosso ânimo.
Uma chateação significa, estou aborrecido, para dentro; do jeito que
está não pode mudar, precisa se transformar. Então o corpo pede para
se retirar um pouco, descansar, silenciar, tomar uma sopa, o ânimo
volta, o resfriado vai embora, portanto um sintoma é sempre uma
oportunidade.
Os inseguros não param, não sossegam.
A segurança vem do relacionamento curado, do vínculo de amor
saudável dos filhos para com seus pais.
Para curar é preciso o pai e a mãe. O arquétipo saudável do pai e da
mãe.
Por vezes, o arquétipo do pai no sistema está órfão e o arquétipo da
mãe carrega a condição da bruxa malvada, da madrasta. O paciente não
se cura, a criança não cresce. Porque a cura não vem apesar de tudo. A
cura só é possível quando as resoluções acontecem. Existe uma frase
linda que eu sempre digo: o amor não cansa, não desiste.
Permanecemos crianças esperando o amor chegar, até ele chegar. Para
sempre até ele chegar.
O que cura é o que nos faz lembrar, o que nos cura, é o que re- conecta
por isso o amor é o maior remédio, paz, amor e cura, amor-medicina e
milagres é a canção de cura.
O profissional que mais cura, não é o mais letrado, o que mais cura é
aquele que, além de competente naquela área de conhecimento,
acredita em milagres. Acredita na perfeição do corpo, crê que cada
organismo é templo do espírito e revela esse sopro por meio de seus
diversos estados: de saúde ou de doença.
Existe um cirurgião, um cardiologista que assim que ele fez a
intervenção para salvar o coração, assim que se concluiu a cirurgia que
o paciente já realizou o suporte necessário, que saiu da anestesia, que
recobrou lucidez suficiente, ele vai até o quarto e pergunta:
- “Diga-me, João, com o que o seu coração está tão ferido?”
Este médico diz que não houve uma vez sequer que não houve
nenhuma resposta. Todos os pacientes responderam imediatamente:
fui traído por um sócio, sofri uma grande decepção no amor, uma
grande perda material,
Esse homem é Dean Ornisch, um de seus livros chama-se Amor e
Sobrevivência. O que cura o coração ferido é recuperar o amor. Essa é a
medicina real. Cirurgia e outras intervenções são apenas suporte para
o organismo poder suportar aquela condição até a cura completa
chegar, até as tarefas serem realizadas.
Um sintoma é um anjo da guarda, é uma benção. Um sintoma sempre
traz oportunidades.
Cuidar do corpo é uma forma de agradecer a mãe.
Ter saúde é uma forma de declarar que está reconciliado com os pais.
Com a vida.
Nada é pior para os pais que a tristeza, o fracasso e a doença dos filhos.
Aqueles que estão feridos em relação aos seus pais os agridem vivendo
infelizes, na escassez e doentes.
Cuidar da vida é uma forma de validar os pais.
Os felizes, os prósperos e os saudáveis estão reconciliados com seus
pais.
Constelar é compreender, é completar, é integrar, a medicação é um
recurso, entretanto o que cura é uma ação.
LEITURA CORPORAL

CABEÇA, SISTEMA NEUROLÓGICO


Mostram como o sistema usa a lógica, a coerência, o bom senso, a
razão. Todos os sistemas tem os “Cuca fresca” não se importam muito
com o que acontece. Vão levando a vida. Todos os sistemas tem
também os “Cabeça quente” que fazem tempestade em copo d’água e
não levam desaforo para casa. Tem os “Cabeça dura” vivem cometendo
os mesmos erros, não usam o bom senso.
Nosso sistema neurológico é a teia da vida, como isso está
representado por uma rede de sinapses e conexões altamente
complexas e precisas. Quando alguns neurônios morrem, existe uma
infinidade deles disponíveis para agir e fazer aquelas funções. É um
verdadeiro espetáculo de liderança, trabalho em equipe, cooperação,
disposição e discernimento como nosso sistema neurológico trabalha.
Já sabemos que quanto mais utilizarmos nosso cérebro, mais ele se
mantem num estado de excelência. Isso é fantástico, é a mensagem
divina: o movimento é a vida. Se quer ter uma vida saudável não deixe
ficar estagnado. Movimente-se. Isso se aplica a tudo: amor precisa ser
declarado, dinheiro precisa circular, alimento precisa ser ingerido,
exercício precisa ser praticado e cérebro precisa ser utilizado.
Operações matemáticas, linguísticas, espaciais, estéticas, artes
manuais, tecer, cantar, meditar, são atividades que rejuvenescem nosso
cérebro e nossa vida.

CABELOS
Representam a vaidade, a auto estima, o poder, a energia mental.
Também a vitalidade e a alegria. É comum em época de exaustão
existir queda capilar. Comum também nos homens a calvície. Porque
numa sociedade patriarcal, eles são os responsáveis por pensar e agir
de modo estratégico para prover. É natural que sintam-se cansados e
sobrecarregados.
DENTES
É o poder de nossa identidade pessoal, de ser quem somos, é a nossa
primeira e mais sutil capacidade de conquista, de proteção, de auto-
estima. Alguns povos primitivos consideram que os dentes é a primeira
manifestação divina no corpo físico. A maneira com que os dentes
estão dispostos, como acontece a oclusão afeta todo o equilíbrio do
organismo e, consequentemente, sua vida.

PELE
Identidade pessoal, identidade afetiva. Carrega nossa fome de
relacionamento, de contato, de relacionamento, de ser quem somos.

PESCOÇO
Tem a função de sustentar a razão, de coordenar razão e emoção, de
perceber opções, direções, de ser flexível. É o controle entre o que
mostramos que somos e o que realmente somos. Quando isso está em
conflito ou quando não queremos olhar o que a vida nos mostra,
podemos ter torcicolos ou outros problemas no pescoço.

OMBROS
Os ombros carregam o peso da vida, da responsabilidade. Eles
mostram se estamos ou não em harmonia com relação ao nossos pais.
Ombro esquerdo carrega as crenças em relação à figura parental do
mesmo sexo.
Ombro direito carrega as crenças em relação à figura parental do sexo
oposto.

Por exemplo:
Um homem com bursite no ombro esquerdo e uma mulher com o
mesmo sintoma no ombro direito ambos revelam conflitos em relação
ao que pensa e sente sobre o pai.
Uma mulher que frequentemente machuca seu ombro esquerdo e um
homem que frequentemente machuca seu ombro direito, ambos
mostram conflitos com a mãe.
COSTAS, COLUNA
Representam a sustentação da vida, representam toda a memória
transgeracional, a ligação dos aspectos abstratos e concretos da vida, o
prazer de existir, de realizar, de sentir.

ABDÔMEN:
Carrega a memória de digerir o mundo, de interagir com a realidade
cotidiana. A nossa memória de poder. Doenças no abdômen
demonstram dinâmicas regressivas em direção à mãe. Barriga é mãe.
Poder vem da mãe. Poder de assimilar, criar e descriar a matéria.
BAIXO VENTRE, PÉLVIS, QUADRIS E GENITÁLIA:
Informam sempre sobre nossa vitalidade. Sobre a alegria de viver,
sobre o prazer de viver.
Disfunções desses órgãos demonstram memória sistêmica de medo, de
desproteção das figuras parentais, por exemplo: num bombardeio, uma
criança é atingida. Em sua alma acontece um registro de dor em
relação aos seus pais: “Onde eles estavam que não me ampararam?”
Para a criança o mundo é os seus pais. Então ela faz xixi, ela tem dor de
barriga ou prende o intestino. Esta criança permanece viva em nós
esperando a proteção chegar, muitas vezes, por gerações. Então, o
medo permanece.
O medo é a base da disfunção erétil, da ejaculação precoce e da frigidez.
Também da incontinência urinária e da constipação intestinal.

BRAÇOS
A função dos braços é defender, proteger, guiar, ser meio, ser recurso.
Problemas nos braços significa fragilidade em proteger-se, em colocar
limites.

MÃOS
Mostram a capacidade da realização, do fazer acontecer, de
materializar as coisas da vida, de criar recursos, de potência, de
subsistência. Mãos de vaca e mão aberta são expressões comumente
usadas que mostram a que servem às mãos: a cuidar dos bens
materiais, da realização material.
PERNAS
Sua função é de estrutura, de sustentação, de autonomia, de carregar o
destino, a vida, e conduzir a vida com todas as suas diversas demandas.
Bem ou mal.
Quando nos deparamos com algo assustador as pernas costumam ficar
bambas, mostrando desconforto e fragilidade.
Mal das pernas significa sem estrutura, sem recursos e forças
materiais. Fracassado.
Nossas pernas e pés estão, diretamente, relacionados à figura do pai, à
condição do masculino, do arquétipo do guerreiro.

JOELHOS
Eles representam o dobrar-se, a humildade, a reverência. Quando se
exige que uma pessoa dobre os joelhos está se exigindo que ela
diminua seu poder. Os problemas tão comuns nos joelhos em nossa
cultura mostram o quão comum são os jogos de poder, o desrespeito e
a presunção. Aquele que sente-se humilhado pode ter seus joelhos
adoecidos. Antigamente, o castigo para as crianças era aplicado
deixando-as de joelho sobre um grão de milho, o que além de ser
humilhante era extremamente doloroso.
Nossos joelhos carregam a memória sistêmica do orgulho e da
humilhação. Dor nos joelhos significa medo de ser humilhado diante do
inimigo, são as memórias de perdas nos sistemas.
PÉS
Nossos pés carregam as dinâmicas das possibilidades de fazer
escolhas, de saber a direção correta. Também carregam a permissão de
avançar, de movimentar-se. Eles são o leme de nossa vida.
A forma com que cada pessoa caminha mostra como está o seu
movimentar-se na vida, seu fazer acontecer.
Observe uma sola de um sapato usada frequentemente.
O desgaste homogêneo mostra que está indo pela vida com equilíbrio.
Desgaste na ponta da sola do sapato: pisando em ovos, cuidado
excessivo, insegurança.
Desgaste no calcanhar: freando, não deslancha. Como acelerar um
carro e ao mesmo tempo deixar o freio de mão puxado. O indivíduo até
consegue realizações, mas cansa tanto. Porque tudo tornar-se muito
mais pesado.
Desgaste do lado interno da sola: buscando seu próprio diálogo
interno, pensa e pensa e demora para agir, com muitas cobranças
sobre si mesmo.
Desgaste do lado externo da sola: buscando sempre a validação alheia
sobre o que está fazendo, valor excessivo sobre opiniões. A vontade
própria raramente tem espaço na vida dessa pessoa.
DOENÇA É NÃO, É ABANDONO, É INDIFERENÇA.

Doença significa estar esquecido, renegado, excluído.


As doenças incuráveis mostram a urgência da alma. Algo que não pode
mais expressar, que muitas vezes esteve reprimido por gerações e
gerações, as incuráveis poderão ser chamadas de doenças da negação,
poderão ser chamadas de desespero da alma, poderão ser chamados de
amor esquecido por um longo tempo, portanto são sintomas que
dependem de auto estima de uma profunda conversão de voltar para
casa.
Podemos dizer que existem sintomas que exigem menos e sintomas
que exigem mais. Todos os sintomas são sinais, são como mensagens,
são anjos da guarda.
Quando um sintoma é percebido torna o organismo mais fortalecido,
mais criativo, empoderado. Nem sempre um sintoma é uma doença.
Torna-se uma doença quando sua essência é ignorada. Quando ouvida
sua essência transforma-se em pérola, em algo precioso, deixa de ser
um obstáculo, um limite, um empreendimento, é uma ponte, uma
alavanca, mesmo que a condição do organismo não se reverta.
Um homem com cegueira total pode ser o ponto de visão de todo um
sistema, pode ser os olhos, por meio dos quais o passado e o futuro se
encontram, um homem que aos 21 anos foi acometido por uma
infecção e perdeu 100% da visão. Esse homem estava no início de sua
vida profissional, no início de sua vida. A infecção cessou. A visão
nunca mais voltou. Contudo, por meio de seu destino, de sua história,
de suas atitudes, todo seu sistema teve a chance de ir além, de ver
além do aparente, por meio dele, de seu trabalho todos agora podem
observar a história do povo polonês, da pátria mãe tão ferida. Ele é um
pedagogo, sua história, sua profissão foi a ponte para a cura do corpo
de dor daquele sistema. Trabalha com menores em conflito
com a lei , e sua condição e sua postura cria um ambiente de respeito e
admiração, onde muitos podem efetivamente sair da escuridão e viver
um mundo bom e belo. Ele ensina a aprender. A aprender para que o
mundo tenha luz.
SAÚDE É SIM, É INCLUSÃO, É ATENÇÃO.

MILAGRES EXIGEM CONVERSÃO.


A cura pede atitude, pede mudança, sem movimento, sem
transformação, não há cura. A medicina da cura exige além da
necessidade, exige empenho, exige dedicação, um milagre depende de
resiliência , de flexibilidade, da disciplina e de humildade. A medicina
dos milagres exige renúncia, exige conversão. Para ser algo totalmente
novo, é preciso abrir mão dos velhos hábitos de identidades limitantes,
de comportamento interligados. A medicina dos milagres exige
inocência e autonomia.
Essa é a métrica dos milagres: a sabedoria cura.
A métrica de todo sofrimento humano é a ignorância. A ignorância
adoece.
O sábio se cura. O ignorante sofre. Os dois aspectos vivem em nós.
Aqueles que já testemunharam a cura de “sintomas incuráveis”, sabe
que aqueles que se curam, se tornam novas pessoas. Não é
simplesmente o sintoma que desaparece, nasce um novo ser. Renasce
uma nova expressão, nos olhos, um outro tom de pele e muitas vezes
um outro tipo de cabelo. É fênix que renasce um novo ser.
Quando o sinal é ouvido, quando a mensagem é atendida o sintoma
desaparece. Quando realmente uma cura acontece um novo ser é
percebido. Cada célula se reorganiza. Uma outra frequência é
estabelecida. A frequência da presença, do amor, da perfeição, da
completude.
Saúde significa incluído, completo, desperto, presente. Milagre
significa: o impossível se tornou matéria.
Um sintoma só é uma doença quando reagimos, quando nos colocamos
como vítimas; quando ignorantes, queremos logo nos livrar dele.
Quando os percebemos como inimigos. Um sintoma carrega a
informação da cura.
Para que isso seja possível é necessário ser humilde, tornar –se
pequeno, escutar o que ele pede, não brigar, não resistir, aceitar. Ter
sabedoria diante dele, estar com amor e disponível. Como um aprendiz,
como um estudante.
Um sintoma é um anjo, anjo da guarda, um amigo, um mestre, um
sábio, um guardião. É um código, quando decifrado, a saúde volta.
Por isso a alopatia, a medicação deveria ser utilizada como suporte,
apoio, retaguarda. Por exemplo, por ocasião de um incêndio, é super
importante o uso de máscaras. Entretanto, passado o perigo iminente,
quando se faz necessário outros recursos, continuar e usar somente
máscaras, mostra mais a ignorância que traz ainda mais sofrimentos.
Saúde também é questão de ordem:
o que deve permanecer? o que deixar ir? o que deve ser ajustado,
ampliado?
Saúde pede atitude, muitas vezes, atitude do conhecimento.
Deixar de ter uma conduta reativa com o sintoma faz a saúde renascer.
A primeira mensagem de um sintoma é cuida de mim!
Então, com amor, me inclino diante dessa circunstância e ouço a
mensagem. Com humildade, me coloco a serviço. A cura acontece.
Todo sintoma mostra um risco. Portanto um sintoma pede cuidado,
pede o restabelecimento da ordem. Todo sintoma é relacionamento
consigo mesmo, com outrem, com a existência. Alguém autoriza,
alguém pede, alguém oferece.
Muitas vezes tudo o que um sintoma pede é que alguém autorize: a ir
para casa, vá para casa e repare-se. Tudo o que um sintoma pede é que
se restabeleça o equilíbrio entre repouso e movimento.
Contudo, numa sociedade esquecida o direito de cuidar-se é privado, é
a relação da criança e seus pais: sempre precisa pedir autorização e
mesmo assim não se dá ao direito de repousar, de usufruir da quietude
tão necessária para a cura chegar.
Parece um lamento, um choro sem fim: por favor me permita, por
favor me dê um atestado!
Aquele que não pode ficar parado, não pode se curar. Porque repouso
significa amor de graça, aquele que se permite repousar tomou o amor
de graça dos pais e, grato, pode experienciar milagres.
OS SINTOMAS E AS DINÂMICAS SISTÊMICAS

Ao longo dos anos, em minha vivência clínica – individual e em grupos,


centenas de casos, fui observando que há sempre padrões que são
revelados pelos sintomas. Dinâmicas sistêmicas implícitas que mostram
exatamente o que o indivíduo está vivenciando além do aparente.
Ao perceber que existem dinâmicas que estão ocultas nos sintomas, é
possível o acesso aos conteúdos individuais e totalmente singulares do
destino pessoal.
A partir daí a cura torna-se possível. O que estava escondido agora
revelado por meio do conhecimento, do discernimento , torna-se
recursos para ir além, para transformar sofrimentos em pérolas, em
verdadeiras riquezas, liberando o destino para algo maior: para a
missão e o propósito de vida.
A verdade vos libertará. Essa premissa é a mãe da sabedoria.
Desejo a você que descubra suas verdades por meio dessas palavras tão
singulares, resultados de milhares de horas de observação, de cuidado,
de servir, de cuidar do ser. Bom proveito!

Muitos já me perguntaram como eu sei o que sei. Mas, isso é como


perguntar ao oleiro como ele sabe o ponto certo que a argila se
transformará em arte. Ele simplesmente sabe.
MEMÓRIA PESSOAL

Sintoma: Ansiedade.

Dinâmica Sistêmica: Memória de movimento da alma procurando pelo


pai. Quando o vínculo com o pai está interrompido a alma percebe esta
urgência. Para se proteger deste perigo, inicia-se um movimento
rápido, cujo sentimento é apreensão. Somos apreensivos quando
sabemos que estamos em perigo. Quando o pai está presente, a
ansiedade vai embora.

Sintoma: Automutilação

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de vida intrauterina.


Necessidade de amor incondicional.

“Querida mamãe, querida vida, sinto sua falta. Só consigo te encontrar


em meu próprio corpo, em cada célula do meu corpo, no sangue de
meu corpo.”

Sintoma: Ácido úrico alto

Dinâmica sistêmica: Dificuldade em expressar as emoções de forma


assertiva. Infância muito reprimida: ao invés de expressar a raiva,
sente medo.
Sintoma: Afecções Cerebrais em Geral

Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Huntington


e esclerose múltipla; acidentes vasculares cerebrais (AVC), neoplasias,
epilepsia, ou disfunções psiquiátricas diversas, demências, senilidade.

Dinâmica: A vida não mostra suavidade, a realidade demonstra ser


exigente demais. Sobrecarga racional, lógica. Memórias de sofrimentos
intensos.

Sintoma: Afecções dos Ossos

Artralgia, Artrose, Cervicalgia, Osteopenia, Reumatismo, Tumor Ósseo,


Lordose.

Dinâmica Sistêmica: Conflito com os pais, principalmente com o


sistema de crenças do pai.

Sintoma: Afta

Dinâmica sistêmica: Cansaço, dificuldades de pedir o que precisa, de


expressar sentimentos de ser ouvido.

Sintoma: Alergia

Dinâmica Sistêmica: Mostram dinâmicas de conflitos velados,


inconscientes, não elaborados entre aqueles que estão vivos.
Geralmente os motivos destes conflitos tem a ver com afeto, com
espontaneidade, com confiança, com abrir coração uns para os outros
com confiança e receber proteção.

Sintoma: Anemia

Dinâmica Sistêmica: Mamãe! Eu ainda estou muito ressentida com


você. Onde está você?

Sintoma: Bursite

Dinâmica Sistêmica: Memória de raiva. Projetos de vida foram


interrompidos por dificuldade de se colocar em primeiro lugar.

Sintoma: Bronquite

Dinâmica Sistêmica: Por favor! me dê liberdade de ser, de viver, de me


alegrar. Me permita usufruir das coisas simples da vida, mamãe e papai
queridos!

Sintoma: Bruxismo

Dinâmica Sistêmica: Raiva, lidando com situações em que sente frágil


para lidar, como se precisasse de recursos mais arcaicos.

O organismo reage como se precisasse digerir, literalmente.


Sintoma: Cansaço

Dinâmica Sistêmica: Oferecer mais do que tem, desequilíbrio entre


vigília e repouso.

Sintoma: Colesterol LDL Alto

Dinâmica Sistêmica: Dificuldades de elaborar, de transformar


sofrimentos e contrariedades da vida. Lealdades a figuras parentais.

Sintoma: Cólica no bebê

Dinâmica sistêmica: Mamãe me cuida! me zela... cuida de mim. Me


abraça, fica pertinho. Tenho saudades de seu corpo.

Sintoma: Conjuntivite

Dinâmica Sistêmica: Algo que vejo não me agrada, entristece e


aborrece. Tenho irritação. Mas, não expresso, não resolvo.

Sintoma: Consumismo

Dinâmica Sistêmica: Nada é suficiente! sempre precisa de mais e mais.


Cadê meus pais? Cadê meu pai, para prover?
Sintoma: Coriza

Dinâmica Sistêmica: Vou prantear o que não consigo expressar, um


pedido inconsciente de ajuda.

Sintomas: Ciúmes

Dinâmica Sistêmica: Revela desejo inconsciente de que o outro o faça


sofrer, de abandono. De modo consciente faz o outro sofrer,
assumindo sempre o papel de vítima, de injustiçado. Está identificado
com os perpetradores do sistema: “não tenho outra alternativa:
sempre irão me abandonar porque sempre existe gente melhor que
eu.”

Sintoma: Consumo de drogas

Dinâmica Sistêmica: Eu vou no seu lugar. Para encontrar você pai e


mãe: Eu morro! Nem que seja morrendo, eu não desisto de encontrar a
alegria de viver, que vem do amor de graça dos pais.

Sintomas: Cisto de Bartholin

Dinâmica Sistêmica: Necessidades de cuidado com a identidade


feminina, de proteção, de alegria, com o ser e sentir-se mulher.
Sintoma: Dermatite atópica em crianças

Dinâmica Sistêmica: Por favor, me toque, me acalante, me zele, me dê


seu tempo, sua alegria, sua convivência.

Sintoma: Diabete

Dinâmica Sistêmica: Por favor! Dê a mim a doçura da vida, a doçura do


amor da mãe.

Sintoma: Disfunções da Tireóide

Dinâmica Sistêmica: Medo de lidar com a vida, desamparo oriundo o


relacionamento parental, desarmonia, solidão no relacionamento
conjugal. A vida tem exigido demais. Sobrecarga.

Sintoma: Dentes quebrados

Dinâmica Sistêmica: Fragilidade, muita fragilidade diante das


demandas da vida. Precisando se fortalecer espiritualmente, física e
mentalmente.

Sintoma: Depressão

Dinâmica Sistêmica: Inversão de ordem, de vazio. Quando os filhos têm


que crescer rápido, quando os pais não conseguem ser grandes e
atender os filhos, quando os pais querem ser iguais aos filhos, jovens
iguais, falam como se fossem irmãos, amigos. Então, os filhos ficam
vazios de pais. É uma fome infinita de cuidado e proteção. Tem pais,
principalmente mães, que tem um verdadeiro apreço por serem tão
jovens quanto suas filhas; tem orgulho de parecerem irmãs. Perigo à
vista!

Sintoma: Descontrole de esfíncteres

Dinâmica Sistêmica: Medo, insegurança estabelecido nos primeiros


meses de vida. Ausência de memória de proteção das figuras parentais.

Sintoma: Desconforto

Dinâmica: Mamãe! Será que posso confiar no meu pai, será que ele
realmente vai prover e trazer segurança de subsistência para nossa
família?

Sintoma: Desemprego

Dinâmica Sistêmica: Melhor permanecer criança esperar pelos pais,


porque eles devem tratar, prover os filhos. Permanecer infantilizados,
esperando o amor chegar.
Sintoma: Diverticulite

Dinâmica Sistêmica: Raiva das coisas que a vida empurra goela abaixo.

Sintoma: Doença de Crohn

Dinâmica Sistêmica: Raiva por situações experienciadas na infância em


função de atitudes das figuras parentais.

Sintoma: Doenças na cabeça

Dinâmica Sistêmica: diz respeito à função do pensar, do racional, a


função da compreensão

Sintoma: Doenças nos ouvidos

Dinâmica Sistêmica: Diz respeito ao conflito de mensagens, ao conflito


de conceitos.

Sintoma: Dores nas Articulações

Dinâmica Sistêmica: O que te causou tanta decepção que faz doer os


ossos? Sofrimentos, decepções que fazem doer o âmago do ser.
Sintoma: Dor

Dinâmica Sistêmica: Tristeza por estar sendo subjugado, raiva por


sentir que nada pode fazer.

Sintoma: Dor de garganta

Dinâmica Sistêmica: Se tivesse expressado o sentimento de indignação,


não teria esse sofrimento. Conflito entre aquilo que sinto e aquilo que
posso expressar. É comum quando crianças estão aprendendo sobre
proibições, terem dor de garganta. Quanto mais repressivo um sistema,
mais as crianças têm dores de garganta. Garganta é o centro emocional
da comunicação, da expressão, do controle de quem somos e do que
permitimos expressar. Portanto, sintomas na garganta sempre revelam
dinâmicas de conflitos entre o que sente e o que expressa. Por
exemplo: sente tristeza, contrariedade, mas não se sente à vontade, não
sabe como expressar, como resolver.

Sintoma: Dores de estômago

Dinâmica: O que você engoliu que te fez mal? Vivendo contrariedades


de modo disfuncional, sem defender-se ou agir de forma justa e
equilibrada.
Sintoma: Escoliose

Dinâmica Sistêmica: Estou sobrecarregado demais. Por favor, me


ajude!

Sintoma: Falar demais

Dinâmica Sistêmica: Por favor! me socorra, por favor me ampare, eu


tenho medo de perecer, de ninguém me ajudar, de permanecer
invisível. Quem fala demais, pranteia.

Sintoma: Fígado/Pâncreas

Dinâmica Sistêmica: Vínculo de amor interrompido com os pais. Ama e


ao mesmo tempo sente raiva por conta de algum trauma na relação.

Sintoma: Fobia Social

Dinâmica Sistêmica: Famílias cujas crianças não são respeitadas por


adultos, não são consideradas e respeitadas como seres humanos. São
tratadas como menos. Aqui as crianças não valem. Descendentes
poderão carregar essa memória, sentindo medo do convívio social.
Sintoma: Formigamento nas Mãos

Dinâmica Sistêmica: Raiva, muita raiva. Vontade de torcer alguns


pescocinhos.

Sintoma: Glaucoma

Dinâmica Sistêmica: Sobrecarga, dificuldade em fazer escolhas em prol


de si mesmo, lealdades às figuras parentais. Geralmente à mãe, ou à
mãe do pai.

Sintoma: Gordura Localizada

Dinâmica sistêmica: Necessidade de proteção, de cuidados, de alegria.

Sintoma: Gordura localizada na barriga

Dinâmica sistêmica: Necessidade de proteção, de cuidado com o modo


com que zela pelos relacionamentos, de como ajuda as pessoas.
Geralmente, são pessoas que tem mais facilidade de cuidar dos outros
do que de si mesmo.

Sintoma: Gordura localizada nas coxas

Dinâmica sistêmica: normalmente são pessoas que fazem mais do que


conseguiriam. Fazem tudo para ajudar ao próximo e muitas vezes
esquecem de si. Carregam mais peso, mais obrigações do que seria
natural.

Sintoma: Gordura localizada na lombar

Dinâmica sistêmica: Pessoas que dão atenção em trazer alegrias para


outras vidas, em ajudar a aliviar o peso da vida, mas que se deixam
facilmente em segundo lugar.

Sintoma: Gripe

Dinâmica Sistêmica: Cansaço, apatia, contrariedades cotidianas. Falta


de alegria nas pequenas coisas. Necessidade de diminuir movimentos e
repousar.

Sintoma: Hérnia Umbilical

Dinâmica: Esforço para se conectar com a energia vital, interrupção


precoce do vínculo com a mãe.

Sintoma: Hipermetropia

Dinâmica Sistêmica: Dificuldade de distinguir o que tem pela frente, o


que está perto, próximo. Medo de ser julgado, de não corresponder às
expectativas das figuras parentais. Medo de lidar com as coisas do aqui
e agora.

Sintoma: Hipertensão

Dinâmica Sistêmica: Raiva, contrariedades desde muito cedo na vida,


não permissão para expressar suas vontades e necessidades. Memórias
traumáticas pessoais de opressão, abuso."

Sintoma: Intolerância a glúten e a lactose

Pai: trigo. Memórias de conflito com o pai. Desequilíbrio com relação


ao vigor, determinação, clareza.

Mãe: lactose, memórias de conflito com a mãe. Desequilíbrio com


relação ao afeto, criatividade, alegria.

Sintoma: Inveja

Dinâmica Sistêmica: “Esse amor de graça que você tem eu não tenho!”

Sintoma: Insônia

Dinâmica Sistêmica: Há perigo! Querido papai, eu velo, eu cuido por


você.
Sintomas: Ínguas

Dinâmica sistêmica: Querida mamãe! Por favor, cuide de mim.

Sintoma: Infecção Urinária

Dinâmica Sistêmica: Medo, sensação de ser invadido, perda de poder,


necessidade de demarcação de território.

Sintoma: Joanete

Dinâmica Sistêmica: A vida exigiu que muito cedo se equilibrasse


sobre os próprios pés. Faltou apoio na infância. Sobrecarga.

Sintoma: Labirintite

Dinâmica Sistêmica: Insegurança, muitos pensamentos e muitas


emoções atuando ao mesmo tempo, preocupações, demandas
racionais, de subsistência e o medo de não as atender. Sentimento de
solidão, longe do pai e da mãe.

Sintoma: Miopia

Dinâmica Sistêmica: Desencanto, medo do futuro, apatia. A vida parece


perigosa. Melhor não se aventurar, não ir longe. O futuro gera medo.
Sintoma: Medo/Insegurança

Dinâmica Sistêmica: Por favor, veja que eu existo. Por favor, me cuide!
Necessidade de amparo da figura parental masculina, do pai.
Sintoma: Não desenvolvimento Mandibular- Queixo de acordo com a
idade

Dinâmica Sistêmica: Será que posso realmente tomar posse de tudo


que a vida me oferece? Será que é seguro crescer? Será que meus pais
estão mesmo disponíveis para me cuidar e amparar?

Sintoma: Problemas Intestinais

Dinâmica Sistêmica: Pais preocupados com subsistência, insegurança,


raiva, medo.

Sintoma: Problemas no Nervo ciático

Dinâmica Sistêmica: Inflexibilidade, chateação com o cotidiano,


dificuldade de adaptar-se, necessidade de tornar a vida mais feliz, mais
suave. Ressentimento

Sintoma: Problemas Pulmonares

Dinâmica Sistêmica: Tristeza em relação à vida, à existência,


melancolia, desesperança. A felicidade vem da mãe. Portanto,
problemas pulmonares pedem a presença, a recuperação do vínculo
positivo de amor com mãe.
Sintoma: Psoríase

Dinâmica Sistêmica: Por favor, me toque com afeto, me acalante. Por


favor, mamãe, preciso do seu afago.

Sintoma: Pressão Alta

Dinâmica Sistêmica: Vou explodir! Dificuldade de expressar o que


sente. Ao invés de agir de forma assertiva, reage de forma
infantilizada, com condutas improdutivas.

Sintoma: Perda de objetos/Pertences

Dinâmica Sistêmica: Procura por irmãos ignorados ou desconhecidos.

Sintoma: Pedras na vesícula

Dinâmica Sistêmica: O amargo da vida, quando fica demais, a alma não


suporta, o corpo adoece. Há que perdoar algo, na maioria das vezes
uma frustração nas expectativas. O que era óbvio não veio: essa é uma
justa razão.

Sintoma: Perda de Proteína pela Urina (Proteinúria)

Dinâmica sistêmica: Tristeza, perda da vitalidade.


Sintoma: Retenção de Líquidos, inchaço nos pés e pernas

Dinâmica Sistêmica: Sobrecarga física, desequilíbrio de sono,


alimentação; cansaço, deixando os cuidados consigo mesmo em
segundo lugar.

Sintoma: Reumatismo

Dinâmica Sistêmica: Um pedido do coração para que se confie na graça


do pai, para alegrar-se! Confie no amor incondicional e de graça do Pai.

Sintoma: Retenção de Líquidos

Dinâmica Sistêmica: Estagnação, emoções não vivenciadas, tristezas


guardadas.

Sintoma: Rinite/Sinusite

Dinâmica Sistêmica: Dinâmica de tristeza e raiva, ao mesmo tempo.


Geralmente memórias de infância. Sentimento de incapacidade de lidar
com contrariedades.

Sintoma: Surdez

Dinâmica Sistêmica: Verdades que não podem ser tomadas, ouvidas,


percebidas, segredos, melhor ficar surdo. A surdez, por vezes é uma
forma de honrar o sofrimento dos antepassados, não ouvindo o que se
teima em revelar.

Sintoma: Senilidade

Dinâmica Sistêmica: Eu não quero mais viver, estou cansado.

Sintoma: Sobrepeso

Dinâmica sistêmica: Aquele que não dá lugar para a mãe no coração, dá


um lugar no corpo.

Sintoma: Terror Noturno

Dinâmica Sistêmica: Memória Traumática pessoal de sofrimentos


experienciados em vida intrauterina.
Sintoma: Terçol

Dinâmica Sistêmica: Aquilo que é visto não é o que gostaria,


entretanto, não sente-se capaz de mudar o cenário. É também um
lamento do organismo por estar vivendo situações difíceis.
Necessidade de mais beleza nas pequenas coisas do cotidiano.

Sintoma: Tosse

Dinâmica Sistêmica: Tem um pranto, tem um sofrimento, tem uma


chateação, tem algo que não se sabe como dizer, que deve ser expresso.
Não tem mais como guardar no silêncio.

Sintoma: Torcicolos

Dinâmica Sistêmica: Resistência. Grandes dificuldades de lidar com


situações que a vida tem apresentado. Conflito de crenças, de
sentimentos.

Sintoma: Timidez

Dinâmica Sistêmica: Papai, por favor, olhe para mim e me aprove.


Somente com sua validação eu percebo meu valor.
Sintoma: Trombose

Dinâmica Sistêmica: Energia ameaçada. Necessita fazer novo acordo


com a vida, retomar o equilíbrio sistêmico: pertencimento,
compensação e ordem.

Sintoma: Urticária

Dinâmica Sistêmica: Movimento dirigido aqueles com quem se convive


no cotidiano: Por favor, mais tato, no contato! Necessidade de mais
gentileza, mais ternura, mais maciez.
MEMÓRIA TRANSGERACIONAL

Sintoma: Abuso

Dinâmica sistêmica: Carrega o medo da vida perecer, carrega a


memória da vítima.

Sintoma: Acidente Vascular Cerebral

Dinâmica Sistêmica: algo esquecido há gerações pede socorro, pede


novas atitudes, novos caminhos, novo ritmo. Memória traumática
transgeracional.

Sintoma: Apneia do sono.

Dinâmica: memórias de vida intrauterina ou memória de gerações


anteriores de pessoas que tiveram problemas pulmonares não
tratados.

Sintoma: Assédio

Dinâmica Sistêmica: ‘Mamãe, eu não me importo com você. Porque


papai não se importa também.’ Lealdade à figura parental masculina.”
Sintoma: Asma

Dinâmica Sistêmica: uma tristeza que sufoca. Saudades da mãe.


Memória de orfandade, sentimento total de desproteção e medo de
morrer por abandono.”

Sintoma: Astigmatismo

Dinâmica Sistêmica: Falta de alegria com a existência. Lealdades com


as figuras maternas.

Sintoma: Ausência de Crescimento

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional ou pessoal de abandono,


orfandade. ‘Queridos pais, eu espero o amor chegar! Eu espero um
lugar para mim!

Sintoma: Alzheimer

Dinâmica sistêmica: Memória traumática transgeracional. Algo terrível


que envolveu vida e morte, abandono, exclusão, fome. Que precisa ser
esquecido.

Sintoma: Azoospermia
Dinâmica Sistêmica: Memórias transgeracionais traumáticas de
segredo. Segredos relacionados á vida e morte, homicídios, guerras.

Sintoma: Artrose

Dinâmica sistêmica: Preciso fazer mudanças, mas não me permito.


Proibição de expressar raiva, tristeza. Não pode sentir. Memória
transgeracional de orfandade.

Sintoma: Artrite reumatóide

Dinâmica Sistêmica: Raiva, raiva,raiva. Impotência diante dos fatos.


Memória transgeracional de solidão e opressão.

Sintoma: Alopécia (queda de cabelo, calvície)

Dinâmica Sistêmica: Perder os cabelos trás a condição de perda de


energia vital. Poe estafa, sobrecarga. Por não conseguir dizer não, por
delimitar aquilo que é possível para si. Geralmente, a sobrecarga é
apenas consequência de Memória transgeracional de ter que carregar
o mundo nas costas, de solidão, de viuvez ou de orfandade.

Sintoma: Atrofia Medular


Dinâmica sistêmica: Tem algo no sistema que precisa ser solucionado
urgente, memória transgeracional de abandono injustiças. Perdão
irreparáveis.

Sintoma: Autismo

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de abandono infantil.

Mamãe! só posso nascer se você me olhar nos olhos, se o olhar do seu


coração encontrar o meu coração, então posso nascer, enquanto isso
não acontece, eu espero, eu me acalanto.

Sintoma: Autoritarismo

Dinâmica Sistêmica: Desamparo, memória transgeracional de


orfandade. A criança, perante o sofrimento, a perda pode reagir de
forma mágica: se eu comandar a mamãe não morre, se eu comandar, se
eu quiser, mamãe levantará desse caixão.

Sintoma: Bebês que nascem com síndromes.

Dinâmica Sistêmica: aqui começa um novo ciclo em todo esse sistema


familiar.

Algo muito antigo, uma memória que precisava ser elaborada, agora
vem à tona e cessa todo sofrimento. Um dano causado, agora, por meio
do amor incondicional é totalmente reparado e resolvido. Um bebê
com alguma síndrome em uma família é sinal de um grande completar
dentro daquele sistema. É um divisor de águas. Antes e depois daquela
criança! Todos viverão mais livres. São seres que carregam o amor
sagrado para cada sistema.”

Sintoma: Bipolar

Dinâmica sistêmica: Memória transgeracional. Identificação com


memória do perpetrador e vitima alternadamente.

Sintoma: Boderline

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de abuso, desproteção,


orfandade, ausência da figura materna.

Sintoma: Benfigo

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática transgeracional de abandono


infantil, orfandade, tortura, acidente gravíssimo, memória de ter ficado
entre a vida e a morte.
Sintoma: Câncer

Dinâmica Sistêmica: Agora nossos segredos se tornam luz, ao


carregamos sozinhos nossos sofrimentos. Agora nos curamos.
Memórias transgeracionais de tortura, abuso, loucura.

Sintoma: Celibato

Dinâmica Sistêmica: Queridos Pais, por nós, abro mão do outro!


Sacrifício em função de segredos, de sofrimentos sistêmicos.

Sintoma: Cleptomania

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de orfandade, não vou


pedir para os pais, vou puni-los, vou tomar para mostrar a minha dor.

Sintoma: Cólica Menstrual

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de desvalia por ser


mulher.

‘Dinâmica revela mãe foi criada como menos importante na família


europeia. Os homens valiam mais. Ficou órfã cedo. Frase
emaranhamento: "Mamãe, que raiva de ser mulher!" Frase que
completa: Agora eu posso viver a alegria, agora nós podemos viver a
bênção de sermos mulheres e poder passar a vida adiante, mesmo que
tenha um preço.
Sintoma: Comer sem moderação

Dinâmica Sistêmica: Onde está o afeto? Onde está o amor gratuito?


Quem não foi valorizado por ser quem era, independente de posição
social, situação financeira? Por quem mais está se alimentando?

Sintoma: Comprometimento Cognitivo (Deficiência Intelectual)

Dinâmica Sistêmica: ‘Agora nossa família realmente pode fazer algo


significativo, aprender a amar de forma gratuita. Experienciar o amor
de graça.’

Sintoma: Compulsões sexuais

Dinâmica Sistêmica: Tentativas inconscientes de não morrer, de


preservar a vida. É funcionar para um adulto ter desejo sexual, mas não
é funcional ele não conseguir viver em celibato, ou em castidade. Não
ter desejo sexual é ‘tudo bem morrer’. Compulsão sexual é ‘tenho pavor
da morte’.

Sintoma: Compulsões em Geral

Dinâmica Sistêmica: Quero viver, mas não consigo evitar a morte.


Memória transgeracional de tortura, guerras, homicídios.
Sintoma: Constipação Intestinal

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática pessoal de escassez.


Necessidades afetivas atendidas parcialmente na infância. Medo de
deixar ir e nunca mais ter. Medo de perder.

Sintoma: Corpo de Dor – memórias traumáticas em geral.

Dinâmica Sistêmica: Urgência no sistema, precisa dizer sim, são dores


além do aparente, além daquilo que é percebido de forma objetiva. São
sofrimentos inexplicáveis.

Sintoma: Dependência Emocional

Dinâmica Sistêmica: Mamãe cadê seu colo?

Memória transgeracional de orfandade.

Sintoma: Desmaio (Síncope)

Dinâmica Sistêmica: Memória de insegurança, desproteção.

Sintoma: Dificuldade de libido entre casais


Dinâmica Sistêmica: Âmbito relacional: o outro não é mais
interessante, não tem mais o mesmo valor, proibição de fazer o outro
feliz, importante. Um modo sutil... inconsciente de desqualificar, de
menosprezar o outro. Âmbito transgeracional: eu não passo a vida
adiante, a vida que recebi, não é tão importante assim. Por meus pais,
avos, bisavós, carrego um ressentimento.

Sintoma: Dislexia

Dinâmica Sistêmica: Carrega a dinâmica do pânico dos assassinatos,


carrega a paralisia do medo. Onde há dislexia há assassinatos em
gerações anteriores.

Sintoma: Dificuldade de aprendizado, principalmente de matemática


Dificuldade de compreender e memorizar, de assimilar.
Dinâmica Sistêmica: Memória traumática. Morte, assassinato no
sistema. Pode ter acontecido na geração dos pais ou antes.

Sintoma: Doenças Auto Imunes

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de abandono, solidão,


orfandade.

Sintoma: Doenças no abdômen

Dinâmica Sistêmica: Nossa memória de digerir o mundo, de interagir


com a realidade cotidiana. Nossa memória de poder. Poder de
assimilar, criar e descriar a matéria. Nosso baixo ventre, nossa pélvis,
nossos quadris, nossa genitália, informam sempre sobre nossa
vitalidade. Sobre a alegria de viver, sobre o prazer de viver. Disfunções
desses órgãos demonstram memória sistêmica de medo, de
desproteção das figuras parentais, por exemplo: num bombardeio, uma
criança é atingida. Em sua alma acontece um registro de dor em
relação aos seus pais: “Onde eles estavam que não me ampararam?

Sintoma: Dor miofascial

Dinâmica Sistêmica: Lealdade aqueles que mais sofreram no sistema.


Necessidade inconsciente de melhorar a vida dos que mais sofrer e
tomar para si suas dores.

Sintoma: Dores nos ombros

Dinâmica Sistêmica: Constelação colocada mostra sobrecarga de


trabalho. Uma avó teve seus pais gravemente doentes e ela precisou
cuidar dos 8 irmãos mais novos.

Sintoma: Ejaculação Retardada ou Precoce

Dinâmica Sistêmica: Ansiedade. Memória transgeracional de tortura,


dor. Liberar o sêmen ou não liberar são dois aspectos do medo de não
sobreviver.

‘Constelação revela antepassados enriqueceram às custas de africanos


escravizados. Chicoteavam, puniam. Um prazer sádico. Com medo, não
há orgasmo. Com insegurança, não há prazer. A tortura é
reexperimentada em cada intimidade. Dor e amor, de mãos dadas.’

Sintoma: Ella - Esclerose Lateral Amiotrófica

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de sobrecarga para poder


sobreviver. Enfrentamento de fome, guerra, orfandade.

Sintoma: Encoprese

Dinâmica Sistêmica: memória pessoal ou transgeracional de medo, de


sentir-se ameaçado em relação a própria existência, ameaça de aborto
ou experiências de aborto, necessidade de voltar a experienciar a
segurança do ventre materno e ter permissão para viver com respeito
e amor.

Sintoma: Endometriose

Dinâmica Sistêmica: necessidade de reconciliação com o masculino.


Memórias de sofrimentos em relação ao masculino.

Sintoma: Enurese Noturna

Dinâmica Sistêmica: necessidade de proteção orgânica, memória


pessoal ou transgeracional de insegurança, de território ameaçado.
Sintoma: Enxaqueca

Dinâmica Sistêmica: Memória pessoal de trauma de nascimento ou


memória transgeracional traumática de ameaça à vida, orfandade,
abuso sexual.

Sintoma: Epilepsia

Dinâmica Sistêmica: Trauma, muito medo, muita ameaça á vida.


Quando seguida de convulsão, memória traumática transgeracional de
assassinato.

Sintoma: Estupro

Dinâmica sistêmica: Me dê um lugar, nem que seja para eu te matar e


colocar minha vida em total risco, mas por favor, não suporto mais
viver sem ter meu lugar e viver sem o amor de graça. Lealdade à figura
parental feminina.

Sintoma: Estrabismo

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática transgeracional ou pessoal


de vida intrauterina. Medo, dificuldade de estabelecer um só objetivo.
Conflito entre emoção e razão.
Sintoma: Esquizofrenia

Dinâmica Sistêmica: uma verdade fora do espaço e do tempo. Uma


verdade que precisa ser revelada fora do espaço e do tempo. Um
segredo que não pode mais ser guardado.

Tema: Falta de desejo, baixa libido

Constelação mostra dinâmica: 'Querida mamãe, se eu desejar meu


companheiro, serei desleal a você. Porque o papai nunca foi bom o
suficiente como homem para você.' Consequências claras de um tema
tão moderno, chamado alienação parental.

Sintoma: Fenilcetonúria

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de tortura, de morte por


envenenamento. Pessoas inocentes que pereceram.

Sintoma: Filhos Trocados

Dinâmica sistêmica: Pode ter certeza que teve filhos, em gerações


anteriores, crianças, crianças ou que foram dadas em adoção ou que
foram roubadas. São memórias sistêmicas que atuam profundamente e
permanecem por gerações até que os segredos saiam debaixo do
tapete e, saindo debaixo do tapete, acontece isso e daí um é trocado, o
outro é trocado também e depois eles se encontram, e as famílias por
vezes se tornam amigas. Por vezes, eles nem se destrocam. Ficam
tempo na casa de um, tempo na casa de outro, como dois lares. E isso é
muito lindo, é o viver em comunidade, que a manada conhece bem.

Sintoma: Fibromialgia

Dinâmica Sistêmica: Quero sair dessa situação. Eu sei o que preciso,


mas não me sinto no direito de tomar essa atitude, tenho culpa. Ou
memória transgeracional de tortura.

Sintoma: Fobias de Inseto

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de castigo, tortura ou


abuso.

Sintoma: Ginecomastia

Dinâmica Sistêmica: Agora todos neste sistema somos nutritivos e nos


cuidamos mutuamente. Oportunidade de curar memórias limitantes a
respeito de conceitos de masculinidade e feminilidade.

Sintoma: Hemorróidas

Dinâmica sistêmica: dor imensurável em relação à subsistência, medo


de escassez. Sinal de segredos sistêmicos: humilhação por não ter o
suficiente para sobreviver.

Sintoma: Hérnia de Disco/Lombalgia


Dinâmica Sistêmica: Sobrecarga. Há quantas gerações carregamos a
solitude, o fazer sem parceria, sem cooperação?

Sintoma: Herpes Zoster

Dinâmica Sistêmica: Baixa imunidade, memória transgeracional de


fragilidade de pertencimento, traumas de guerra, fome, abandono,
tortura.

Sintoma: Joelho – dor, sofrimento.

Dinâmica Sistêmica: memória de honra e humilhação. Uma vítima é


sempre colocada de joelhos perante seu perpetrador. Quando nos
sentimos pequenos, fracos, caímos de joelhos. Quando humilhados,
temos dores nos joelhos. Quando um atleta começar a fracassar, esse
sintoma é mostrado no joelho.

Sintoma: LER – Lesão por Esforço Repetitivo

Dinâmica Sistêmica: Doença da vida sem sentido: aquela pessoa faz o


que não gosta e não sente que pode fazer o que lhe traria alegria. É
uma espécie de memória traumática de opressão, de escravidão.

Sintoma: Lúpus
Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de constrangimento,
injustiça, desqualificação, não conseguir se defender, sendo quem é.
Desejo inconsciente de ser outra pessoa para experimentar respeito e
honra.

Sintoma: Melasma - manchas escuras na pele, que normalmente


aparecem no rosto

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de vergonha,


constrangimento. De não ser aceito por alguma situação que a
sociedade julga: condição física, financeira, mental, étnica.

Sintoma: Menopausa Precoce

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de negação do feminino,


do sofrimento de ser mãe, mulher. Desejo inconsciente de deixar de
sofrer.

Sintoma: Morte precoce no sistema

Dinâmica Sistêmica: Vamos voltar pra casa. Desejo inconsciente,


memória transgeracional de saudades da Pátria Mãe.

Sintoma: Mulher que carrega sozinha as responsabilidades domésticas,


inclusive a provisão da família. Companheiro ausente.
Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de viuvez ou de
orfandade, memória pessoal ou transgeracional de machismo.

Sintoma: Medos Excessivos

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional. Certamente ouve


trauma, ameaça, situação de grande perigo nalguma geração anterior.

Sintoma: Não gostar de aprender

Dinâmica Sistêmica: Está ocupado com o passado, com memórias


sistêmicas. Estudar é olhar para o futuro. Quando o passado é urgente,
é necessário renunciar e olhar para ele.

Sintoma: Olheiras

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de exílio, de saudades da


pátria mãe.

Sintoma: Nódulos

Dinâmica Sistêmica: Dificuldade em elaborar sentimentos, memória


traumática transgeracional.
Sintoma: Pensar que sempre fará grandes negócios e encontrará a
fortuna

Dinâmica Sistêmica: Memória de tesouros, bens perdidos em


mudanças, ou devido adversidades climáticas, guerras.

Sintoma: Presbiopia

Dinâmica Sistêmica: Desânimo. Trauma de Senilidade. Sentir-se velho


perante a vida. Pulsão inconsciente de morte.

Sintoma: Prevenção, cuidado excessivo para não faltar proventos.

Dinâmica sistêmica: Memória traumática de grandes perdas.

Sintoma: Problemas circulatórios, circulares

Dinâmica Sistêmica: Vitalidade ameaçada, memórias de escassez,


situações de fome, de ameaça à vida.

Sintoma: Problemas Dentários

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de insegurança, de não


ter aprovação por ser quem é, exílio, abandono, tortura.
Sintoma: Problemas de coluna

Dinâmica Sistêmica: sempre ligado à mãe, ao feminino do sistema. Ao


prazer de existir, de realizar, de expressar. Estes sintomas mostram
sobrecarga, solidão.

Pode não estar diretamente relacionado à mãe biológica, mas a


memória do feminino dentro do sistema. Por exemplo: a mãe do avô
paterno foi órfã, ainda pequena carregou tudo sozinha.

Sintoma: Problemas na cervical

Dinâmica Sistêmica: Memória de inflexibilidade no sistema familiar.


Exigência de submissão do sistema, pensar mais e sentir menos.
Problema na cervical é conflito de pensar e sentir.

Sintoma: Problemas na lombar

Dinâmica Sistêmica: Conflitos, proibições, de ter prazer em viver. Não


poder ter prazer. Na região da lombar, também está o nosso baixo
ventre, nossos quadris e ali também está a memória de permissão de
alegria, passar a vida adiante e de vida e de morte.
Sintoma: Problemas no aparelho reprodutor

Dinâmica Sistêmica: Proibição de ser quem é. Existem julgamentos


intensos do tipo: não é certo que você é uma mulher, deveria ser um
homem ou seria melhor que fosse uma mulher.

Sintoma: Perfeccionismo

Dinâmica sistêmica: Tenho que sobreviver sozinho. Papai, cadê você?


Memória transgeracional ou pessoal de ausência de figura parental
fortalecida e presente.

Sintoma: Rins, problemas nos rins

Dinâmica Sistêmica: Memórias de relacionamento, de parcerias,


medos, traição.

Sintoma: Roer unhas

Dinâmica Sistêmica: Quem está faltando? Excluídos no sistema.

Sintoma: Ronco

Dinâmica Sistêmica: Gemido, sensação de abandono, pedido de


socorro. Dorme bem, aquele cujo sistema está em paz.
Sintoma: Rosácea

Dinâmica Sistêmica: Memória pessoal ou transgeracional de estafa,


vergonha de ser quem é, falta de valorização pela figura parental do
sexo oposto.

Sintoma: Síndrome do Pânico

Dinâmica Sistêmica: memória de quase morte no sistema.

Sintoma: Sinusite

Dinâmica Sistêmica: Proibição inconsciente em confiar na própria


intuição, dificuldades de sair de relacionamentos devido a lealdades,
apesar de sentir muita raiva, de muita indignação.

Sintoma: Siringoma

Dinâmica Sistêmica: A inteligência do corpo necessitando ser


reorganizada, necessidade sistêmica de ser reorganizada, necessidade
sistêmica de ser aceito como é. por exemplo: tudo bem ser indígena,
americano, polonês, asiático.

Sintoma: Solidão
Dinâmica Sistêmica: Eu procuro minha família. Memória
transgeracional de orfandade.
Sintoma: Síndrome de West

Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de abandono, tortura,


violência, orfandade, guerra.

Sintoma: Síndrome Vasovagal

Dinâmica Sistêmica: memória pessoal da infância ou transgeracional


de grande susto.

Sintoma: Síndrome do Pânico

Dinâmica Sistêmica: Me dê amor! Me proteja! Memória transgeracional


ou pessoal de ausência de figura parental fortalecida e presente.

Sintoma: Síndrome Maniforme

Dinâmica Sistêmica: Memória de grandes traumas, que colocaram a


vida em ameaça, adversidades climáticas, guerras ou outros conflitos
coletivos.

Sintoma: Sindrome de Sjogögren

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de orfandade paterna e


materna.
Sintoma: Sonambulismo

Dinâmica Sistêmica: Condição de expressão do que estava na mente


inconsciente, que a pessoa está elaborando. O que foi durante a vigília,
diz o que a pessoa necessita quando se expressa no sonambulismo.
Podem ser memórias traumáticas pessoais ou transgeracionais e
geralmente são sentimentos de desproteção, de sobrecarga.

Sintoma: Tensão pré-menstrual

Dinâmica Sistêmica: o pranto por ser mulher, feminino ferido, violado,


história de abuso, de repressão no sistema.

Sintoma: Tontura

Dinâmica Sistêmica: Memória de insegurança, desproteção. Memória


traumática pessoal ou transgeracional de acidente, de ameaça.

Sintoma: Transtorno de personalidade Bordeline

Dinâmica Sistêmica: memória transgeracional de abuso, desproteção,


orfandade, ausência de figura materna.

Sintoma: Transtorno de Personalidade repetido há três gerações de


mulheres.
Dinâmica Sistêmica: Memória traumática transgeracional em relação
ao feminino: abortos obrigatórios, violência doméstica.

Sintoma: Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática transgeracional de tortura,


de perigo extremo.

Sintoma: Trapaças nos negócios, contratos não honrados, perdas

Dinâmica Sistêmica: Memória de orfandade, quando teve os bens


usurpados por familiares.

Sintoma: Trato urinário – problemas no.

Dinâmica Sistêmica: Será que nosso território, nossa vida está segura?
Temos medo, não nos sentimos seguros. Medo de sermos invadidos.

Sintoma: Tristeza, melancolia

Dinâmica Sistêmica: Memórias da dor do órfão, a restrição de


alimentos, o medo da fome, da guerra, das adversidades climáticas.

Sintoma: Varicocele
Dinâmica Sistêmica: Memórias de esforço excessivo para superar as
dificuldades cotidianas e assegurar a subsistência..

Sintoma: Tuberculose

Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de tristeza, de orfandade, de


perda dos pais. Desproteção, tortura.

Sintoma: Vitiligo

Dinâmica sistêmica: Algo envergonha terrivelmente, desejo


inconsciente de esconder um segredo, em ser diferente de quem
somos. Não podemos ser nós mesmos. Uma vergonha em nível de
identidade, vergonha de ser mulher, homem, criança, adulto.

Sintoma: Vício em Jogo

Dinâmica Sistêmica: Procurando a infância feliz, Orfandade paterna


como memória transgeracional ou pessoal.

Sintoma: Xantelasma - conjunto de pequenas bolsas amareladas


ligeiramente salientes, situadas nas pálpebras e constituídas por
depósitos de colesterol; xanteloma.
Dinâmica Sistêmica: Memória traumática de senilidade.
Envelhecimento precoce.
COMPULSÕES

Quando alguém sofre de compulsão, atua em sua mente inconsciente


uma vontade muito grande de viver.

Contudo, uma força maior ainda puxa para a morte. É uma dualidade:
quer viver e não consegue evitar a morte.

Não é depressão. Não é suicídio.

É apenas perceber a morte como uma força que atua além do próprio
desejo saudável e natural de viver.

Diante dessas duas forças, a compulsão tem lugar como algo que tem a
intenção de proteger desta morte perigosa, fora de tempo e espaço.

Quando se acumula, quando se consome muito, enfim, quando se


experimenta de modo intenso tudo, tem-se a sensação ilusória de que a
morte se afasta.

Entretanto, ela se aproxima mais ainda.

Lembremos dos casos das compulsões sexuais: o risco de vida torna-se


intenso, muitas vezes levando a homicídios.
"Na verdade, sou um filósofo. Além disso, faço terapia.

No fundo é Filosofia aplicada. Nesse sentido não sou terapeuta.

Contudo eu reflito sobre a vida. Assim gostaria de continuar a


trabalhar a serviço da vida, como ela é, sem desejar que ela seja
diferente. Não existe nada melhor do que aquilo que é. Sem pais
melhores do que aqueles que temos, nenhum futuro melhor do que
aquele que está à nossa frente. O que é, é o maior. E felicidade significa
que eu tome isso em meu coração do jeito que é, e me alegre com isso.

Essa é a felicidade completa, quando se alegra com a realidade, como


ela é, com nossos pais como são, com nosso passado como ele foi, com
nosso parceiro como ele ou ela é, com os filhos como são, exatamente
como são. Esse é o bonito. A alegria é a felicidade completa".

Bert Hellinger – Livro Ordens da Ajuda, Ed. Atman


AGORA É COM VOCÊ!

O que você aprendeu ao saborear esse livro?


Caíram algumas fichas?
O que tocou seu coração?

Tudo aquilo que nos toca, que faz nosso coração transbordar, que cria
um espaço de alegria, de leveza, de paz, de luz, de maciez nos completa,
nos constela.

Eu adoraria que você aproveitasse agora e completasse esse capítulo


com uma cartinha para mim, com se tivesse conversando comigo,
contando suas percepções, entendimentos, descobertas e curas.

Faço isso agora porque recebo muitas mensagens de leitores dos dois
livros que publiquei anteriormente. Então, neste livro, honrando o
nosso relacionamento, a alegria que meus leitores me deram de criar
seu capítulo e enviar-me suas lindas histórias de cura do que aquelas
linhas que publiquei lhes trouxe, eu deixo consigo o papel e a tinta.

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Envie-me seu relato publicando no blog www.sabersistemico.com.br


usando a Hashtag #leitor.
Vou amar conhecer um pouco de sua história.

Um abraço feliz e florido

Olinda Guedes
#hafloresemtudoquevejo #cuidardoser #alemdoaparente
#avidaehumsopro #averdadesobreosofrimentohumano
ESCOLA REAL

Olinda Guedes sempre sonhou em ser mãe e professora.

Então, os alunos chegaram e depois os filhos. Nesta ordem.

É um trocadilho e uma poesia a respeito da vida. Seus filhos chegavam,


nascia sua família, com toda concretude que é uma família, a quem ela
sempre chamou de Filhos Reais, Família Real.

Então, nesse ínterim seu trabalho tomava forma expressiva, indo além
do físico para o e-learning. Os alunos aumentaram de forma
exponencial. A Escola Real se manifestou.

Hoje Olinda Guedes é um método, uma forma de trabalhar, uma


metodologia de intervenção terapêutica, um estilo de vida, uma
inspiração e uma realidade.

Instituto Anauê-Teiño continua sendo sua expressão jurídica.

As formações são desenhadas segundo os princípios sistêmicos, num


formato circular, onde o aluno pode iniciar a qualquer tempo e concluir
seus estudos de acordo com sua disponibilidade.

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OLINDA GUEDES é mãe, professora, terapeuta, autora, palestrante.


Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis, a Escola
Real, a Escola de Terapeutas Olinda Guedes. Uma iniciativa cujo
objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma
vida mais feliz, próspera e saudável.

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“A quem o sofrimento pessoal é poupado, deve sentir-se chamado a
diminuir o sofrimento dos outros.”
Albert Schweitzer

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