PIETÁ
A Pietà de Michelangelo é talvez a Pietà mais conhecida e uma das mais famosas
esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos braços da Virgem
Maria. A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor,
única que se conhece: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. Wikipédia
Artista: Michelangelo
Dimensões: 1,74 m x 1,95 m
Localização: Basílica de São Pedro
Material: Mármore
Criação: 1498–1499
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pietà_(Michelangelo)
Flores e alegrias para cada um:
Para meus irmãos e cunhadas, por todo amor que me dão. Por todo zelo.
Especial a Mana Susy e João, que quando eu era criança cuidavam de mim, agora
que meus filhos chegaram, tudo fazem por nós. Sou tão grata! À minha cunhada
e comadre Sueli, que sempre acreditou que meus filhos viriam. Lembro bem,
quando num natal ela me presenteou com um par de sapatinhos de bebê. Aquele
gesto foi uma bênção. Aqueceu os pés de nossa Nina, anos depois.
Theodora Maria Beatrice, Camila Maria, João Victor, Gabriel Salomão, Lucas
Felipe, Rian Matheus, Hugo José, Nina Maria Tereza.
Aos meus clientes, em especial à Francisca Barth, com quem muito aprendi
sobre milagres.
Aos meus alunos amados. Também aos que já estão noutro Paraíso. Sinto
saudades!
Porque afinal tudo o que está aqui nasce do meu coração, do meu sentir do
campo. A vida sempre me surpreendeu. Surpreendeu concedendo-me uma
família da roça. Amo as plantas, os animais. Se não me chamasse Olinda,
chamaria Maria ou Francisco. Pelo doce amor que sinto por todos os viventes e
pelas crianças. Amo as pessoas, mas as crianças são mais fáceis de amar porque
são ainda muito inocentes.
Depois, lá um dia colhendo algodão com minha mana querida, Susy Guedes, eu
descobri que queria desvendar os segredos desta tal felicidade: fruto desejado
por todos, mas nem sempre alcançado.
Outra sorte é que descobri que aprender sobre isso iria me levar além dos
bancos das Universidades. Me levaria para o coração da humanidade, para o
amor da manada, o amor que tudo rege e guia: nosso senso de pertencimento, de
retribuir o que recebemos e de honrar o lugar que nos foi concedido.
Não para aí: Sempre desejei ser aprender. Aprender e ensinar. Soube anos
depois que isso era o nome de uma profissão: Professora. Antes de desejar ser
professora, desejei ser mãe. Então, aos três anos de idade estou eu lá eternizada
naquele retrato tão antigo: queria minha filhinha amada. Uma boneca está em
meus braços e juntos em família celebramos o batismo de minha pequena prima
Sonia. Meus pais os felizes padrinhos, meu pai, amoroso e atento, foi à cidade e
para curar meu estado febril buscou-me a boneca linda que parecia uma linda
bebê.
Antigo? Eu escrevi essa palavra? Sim. Escrevi. Faz apenas 47 anos. Quarenta e
quatro anos ainda faltavam para minha filhinha chegar. Com 47 anos, Nina fez a
nascer a mãe em mim e aos 48 anos ganhei meus lindos sêxtuplos. Aos 49 a vida
anunciou duas lindas filhas. Uma está chegando, outra não. Assim, a vida
prossegue me surpreendendo.
Outras surpresas lindas pelo caminho:
Aos vinte e dois anos procurei uma Universidade para dar aula. A senhora
coordenadora disse que se não fosse pela minha idade poderia me contratar.
Agora tenho eu a Escola Real. Uma Escola de verdade, de todo o meu coração, do
jeito que eu queria que fosse: meus alunos aprendem e gostam tanto que
repetem, repetem. Ninguém vem porque é obrigado, vem porque ama. Isso é
minha grande realização. Sou mãe real e professora real, da vida real, de filhos
reais, de alunos reais, de escola real.
Começando ou introdução
Sempre pensei que os cinquenta anos de vida de uma pessoa merecem uma
bonita celebração. Porque ao longo de uma vida, ouvi dizer que uma pessoa
deveria:
Plantar uma árvore.
Ter um filho.
Escrever um livro.
Tenho filhos lindos, vou plantar mais árvores e esse é o terceiro livro.
Essa obra trata sobre percepções acerca da vida, acerca do tema mais difícil e
desafiante: por que sofremos? Por que tanto sofrimento quando poderíamos
viver felizes?
Se somos feitos a imagem e semelhança divina por que sofremos?
O que aconteceu com o paraíso? O que é o tão sonhado paraíso?
Com mais de 30 anos de trabalho agradeço os meus caros clientes, com eles o
aprendizado foi tão imenso que hoje esta obra está aqui. Onde quer que estejam,
minha gratidão tão especial. Porque foi com cada um de vocês que eu aprendi
não só sobre sintomas e suas dinâmicas, mas me tornei uma pessoa melhor, uma
professora do jeito que queria ser. Com vocês e por vocês eu fui além da teoria:
descobrimos e realizamos milagres.
Quando muitos sintomas são considerados incuráveis, vocês me mostraram a
nova vida, a inteligência natural do corpo, respondendo à mágica dos efeitos da
reorganização dos pensamentos, das emoções, das imagens internas.
A prática foi além da teoria. A realidade é belíssima. A esperança é fato.
Milagres, acredito e experiencio milagres. O pouco que fazemos, dentro de nossa
humanidade é suficiente para a perfeição da vida responder com milagres.
Coisas que a ciência ainda vai demorar muito para desvendar.
Boa leitura, bom proveito. Boa jornada . Que ela possa ser fonte de curas, de
muitas bênçãos para sua vida também.
Olinda Guedes
CUIDAR DO SER
Senhor!
Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.
Por isso Pietà é a capa deste livro. A cura para todos os males é o amor da mãe.
Sem ela, nada feito. Porque mesmo em direção ao pai, é a mãe quem libera o
caminho do amor para que o filho chegue ao pai.
Maria quem cuida do Filho. Maria quem cuida da Vida. Mesmo que ali esteja
apenas o corpo sagrado que algum dia habitou o Ser.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pietà_(Michelangelo)
O PAI NO CÉU
O Filho falou:
- Pai, afasta de mim esse cálice.
Ele atende o pedido do coração de seus filhos. Entretanto, há que saber pedir.
E o que é saber pedir?
É pedir com verdade, com humildade, com disposição.
Ouvi dizer que havia um Mestre que perguntava aos seus discípulos:
- Você é feliz com o seu trabalho?
- Você experiencia alegria em seus relacionamentos?
- Você é contente com o lugar que você vive?
Ele fazia essas perguntas para saber se seus discípulos estavam saudáveis,
seguros.
Um não, para qualquer dessas perguntas é sinal de alerta: toda doença começa
numa grande insatisfação. Que se transforma em infelicidade. Insatisfação e
infelicidade são alertas que nunca devem ser ignorados.
A ignorância destes sinais é que faz a doença chegar. Porque o amor não se
cansa, não desiste. A doença é apenas uma forma do organismo dizer: estou aqui
e não desisto de viver.
O amor um dia disse: Pai perdoa, eles não sabem o que fazem!
A ignorância é sempre perdoada, entretanto ela tem efeito. O milagre é filho da
sabedoria. A sabedoria é silenciosa, é calma como o coração da mãe, é precisa,
como o coração do pai.
Os ingratos reclamam, os ignorantes sofrem. A ignorância é a mãe do sofrimento,
o milagre é filho, filho da gratidão.
A sabedoria é a unidade da energia a feminina e masculina, só é sábio aquele que
tomou o seu pai e sua mãe, a alegria de vida é a inocência de coração da criança,
só podemos nos curar por meio da inocência e os milagres só são possíveis por
meio da sabedoria.
Retidão e bondade torna possível os milagres.
Para que aconteçam milagres é preciso uma conversão, uma mudança profunda
no jeito de pensar, de agir e sentir, para acontecer um milagre é necessário mais
que uma promessa, é necessário um compromisso com aquilo que o coração
necessita. Um milagre pede renúncia, um milagre exige de nós, exige conversão,
exige desapego, exige humildade.
Milagres chegam muito mais por joelhos dobrados, do que por meio de mentes
barulhentas. Por isso há mais milagres em santuários do que em consultórios,
hospitais.
As mentes barulhentas, as palavras incessantes são apenas o pranto da criança.
As crianças enquanto pranteiam, reivindicam o amor dos pais, as crianças
choram, os adultos falam, o falar incessante de um adulto é um pranto escondido
da criança que um dia foi.
Uma criança que fala demais demonstra agitação do coração dos pais, as
crianças mostram o que os adultos tem no coração. Os pais pensam que
escondem os seus sofrimentos e os filhos se colocam a serviço: falando demais,
não indo pra escola ou tendo febre. As crianças assim como os animais são
inocentes, eles trabalham de forma incessante, para o equilíbrio do todo,
portanto as doenças pediátricas são apenas a expressão do sofrimento dos
adultos do entorno da criança, por ex: os pais sentem muita raiva, se sentem
injustificados no mundo do trabalho, tem vontade de gritar com o chefe ou com
os colaboradores, ou de chutar a canela dos fornecedores, então a criança tem
dores frequentes de garganta, roem as unhas, na escola mordem os coleguinhas
ou é mordido, para eles tanto faz, o que os adultos escondem no coração as
crianças revelam. As tarefas que os pais, os avós, os bisavós, os antepassados
deixaram em aberto, os filhos completam, também os animais.
Um sintoma é um caminho, é um caminho que mostra o que é necessário ser
feito. Um sintoma é honesto, ele carrega a verdade que o ser humano, que o
paciente tentou esquecer, um sintoma é a verdade honesta, direta, sem
desculpas, sem rodeios. A mente disfarça, a mente engana, um sintoma é
fundamental, ele mostra a verdade, o conhecimento.
A verdade vós libertará, já disse o Amor. Isso significa que sem conhecimento,
com ignorância a doença surge e permanece, o caminho dos milagres é o mesmo
caminho dos sintomas, ignorância e conhecimento, são as duas faces da mesma
moeda, da moeda que chamamos verdade. A verdade vos libertará: ela traz cura
e milagre. O que traz o milagre é o propósito de vida. O que faz a diferença na
vida não é a guerra nem a paz, é o propósito.
SOBRE O MENSAGEIRO
Entretanto, ajudar não é roubar a cena, não é fazer pelo outro, porque somente
aquele que carrega o sofrimento é possível cumprir a tarefa e ser digno de
pertencer ao seu sistema. Entretanto, cabe a cada um de nós, seres conscientes
de nossa realidade sistêmica, de nossa compaixão e empatia criar condições
para que a tarefa seja cumprida com êxito. Dar pão ao que tem fome, água a
quem tem sede, afirma o Mestre.
Uma imagem belíssima que diz tudo sobre isso é Maria, com seu Filho nos braços
após o sacrifício. Ele passou pelo sofrimento, entretanto, ela esteve ali o tempo
todo, com sua humanidade, com seu amor, amparando. A tarefa de cada um é
bênção para todos. Por isso, devemos ajudamos nossos irmãos, nosso próximo.
Ajudamos nossos filhos, nossos pais, nossos irmãos, nossos amigos, nossos
adversários. Ajudamos porque o êxito de um libera um pouco mais do todo que
precisamos alcançar.
Por isso, uma criança quando está funcional deseja ter irmãos e ama tanto seus
irmãos. Sabe que sua vida é um tanto mais com eles.
Só ajudamos verdadeiramente quando ajudamos que a tarefa possa a ser
realizada com êxito. A ajuda só atrapalha quando queremos simplesmente
combater sintomas, quando simploriamente desejamos que o outro fique logo
bem, porque um sintoma mantém a dignidade; ele precisa ser ouvido e sua
mensagem precisa ser atendida. Sim, devemos oferecer um bálsamo para aliviar
a dor, mas também devemos dizer a verdade:
- Veja! Quanta mágoa sobre seus pais você carrega. Enquanto não resolver isso...
o sofrimento não vai embora. Vá resolva isso.
Talvez então, ofereçamos algumas sessões de terapia, alguns encontros de
constelações. Isso é ajudar verdadeiramente!
Só pode pertencer aquele que tem valor e o valor é uma conquista pessoal e
intransferível. Portanto, todos aqueles que querem ajudar, podem ajudar, desde
que ajude ao outro cumprir a sua tarefa, respeitando seu destino. Aquele que
deixa de cumprir sua tarefa perde a dignidade, por isso eles não podem mudar,
para não perder a dignidade, só ajudamos quando criamos condições para que
alguém realize uma tarefa com êxito.
Alguém quer curar os sintomas da escassez, da falta de dinheiro?
Observe primeiro qual a tarefa implícita e depois qual a tarefa explícita.
Qual é a tarefa implícita na falta de dinheiro? – reconciliar com o pai, pode ser o
próprio pai, ou o pai de memórias anteriores, pode ser pessoal ou
transgeracional. Isso se resolve em terapia, com intervenções sistêmicas,
sensoriais.
Qual é a tarefa explícita da falta de dinheiro? - Organizar planilhas, quanto
ganha e quanto gasta, planejar, disciplina, rigor. Todas essas habilidades são
habilidades masculinas, faz uma diferença enorme. Isso se resolve com
aprendizado objetivo, consultoria, cursos, decisões e atitudes.
Lembremos da empatia fundamental para a cura:
- Sim querido corpo, o que há com você? Sim querido corpo, talvez você precise
de repouso, talvez você precisa de silêncio.
Os animais quando estão doentes ficam em silêncio, se recolhem, não se
alimentam, muitas vezes fazem jejum até de água. Eu concordo com aquilo que
meu organismo pede.
Um sintoma pede mudança, pede transformação, pede submissão, para o
sintoma se transformar a única moeda possível é a submissão, o rigor, a
disciplina.
As doenças crônicas mostram dinâmicas de exclusão, dinâmicas de violação da
ordem, dinâmicas do desequilíbrio entre o dar e receber.
Doenças crônicas trazem a ignorância da rebeldia.
Muitas vezes no âmbito pessoal e transgeracional: uma pessoa tem uma gastrite
há muitos anos, então a gastrite mostra uma tarefa que diz respeito em 1º lugar
a alimentação, esse organismo não está sendo respeitado no equilíbrio químico.
Essa pessoa ama alimentos ácidos.
Deste modo algumas doenças crônicas mostra a rebeldia: gosto de pimenta e
independente dos efeitos ruins para meu organismo, eu continuo me
alimentando com pimenta.
Podem existir também dinâmicas emocionais. Nesta região do corpo, temos a
memória de amor e ódio, com os nossos pais.
Por exemplo: claro que quer bem aos pais, entretanto tem uma infância difícil,
até agora o coração ainda está ferido, porque a memória da infância ainda está
ali presente, ama os pais, mas está ressentida com eles. Amor e ódio dos pais.
O que cura aqui?
Transformar toda a dor em amor, as vezes alimentar-se corretamente já será
suficiente para reorganizar todas essas memórias. Porque aquele que se
alimenta corretamente declara amor incondicional para com a mãe. Aquele que
tem coração ferido com a mãe não pode se alimentar corretamente porque se
assim o fizesse, desculparia a mãe.
Isso é a grande bênção dos movimentos, das atitudes sistêmicas: quando nos
reconciliamos com nossos irmãos, com nossos pais, genitores, nos tornamos
dignos de pertencermos, agradecer pela vida recebida é a primeira moeda de
cura dos sofrimentos humanos. Honrar o bem maior que recebemos, a condição
de estarmos num corpo físico, é liberar nossos pais ou genitores de todos os
julgamentos e expectativas que tivemos sobre eles um dia. É obter uma
autorização absoluta da vida para seguirmos com prosperidade, alegria e saúde.
Concluímos que os sintomas são presentes e que não devemos nunca nos
considerarmos fracassados, humilhados, de má sorte por tê-los. Porque eles são,
antes de tudo, oportunidades evolutivas.
COMO RECONHECER TEMAS?
São intervenções que atuam a nível inconsciente, na causa dos sofrimentos. São
palavras poéticas, cantos, sons, toques, imagens, aromas que atuam diretamente
na mente inconsciente e na interação primária com a vida trazendo proteção,
permissão e empoderamento.
As constelações, renascimento, meditação, Yoga, Imposição de mãos, Florais de
Bach, Homeopatia, etc, são algumas das técnicas terapêuticas que são
consideradas intervenções sensoriais.
Sou apaixonada por esse poema da Viviane Mosé, uma poetisa, capixaba,
filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em elaboração e implementação de
políticas públicas.
Ele retrata exatamente tudo isso que quero explicar.
Uma mãe pergunta: Minha filha sempre fica resfriada ela tem 2 anos e 7 meses o
que poderia ser? O que fazer para solucionar o problema na raiz?
Segue minha resposta.
Querida!
Resfriado são memórias de nascimento. Todos passamos por situações de
sofrimento durante o nascimento.
A forma moderna com que as crianças nascem, a hospitalização do nascimento,
tudo isso faz com que os desafios para o bebê sejam ainda maiores.
Já sabemos que resfriado é tristeza. Nas duas situações os canais lacrimais são
ativados.
Para transformar nós em laços, nós precisamos ter discernimento para saber o
que fazer e disposição para realizar as tarefas. A felicidade custa um tanto de
trabalho. A saúde e a prosperidade também.
A MORTE
PERTENCIMENTO
COMPENSAÇÃO
ORDEM
CONCORDAR
AGRADECER
PEDIR
REPARAR DANOS CAUSADOS
1
Bert Hellinger, terapeuta alemão idealizador/criador da terapia sistêmica denominada Constelação Sistêmica Familiar.
2
Humberto Maturana, biólogo chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da Autopoiese e da Biologia
do Conhecer, junto com Francisco Varela. Faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo
radical.
3
Francisco Varela, biólogo chileno, escreveu sobre sistemas vivos e cognição, autonomia e modelos lógicos. Escreveu
“Princípios de Autonomia Biológica”, um dos textos básicos da Autopoiese, teoria que desenvolveu com Humberto
Maturana.
4
Rupert Sheldrake, biólogo inglês. Pesquisador do conhecimento além da mente racional, do conhecimento disponível
de todos os sistemas, que chamou de “campo ciente” ou campos morfogenéticos.
Hellinger também percebeu: quando atuamos em sintonia com o sistema ao
qual pertencemos, nossa consciência fica tranquila. Por isso, muitas vezes
fazemos algo que perante os outros parece totalmente mau, totalmente errado.
Entretanto, isso foi feito de "consciência tranquila", porque quando agimos
“igual”, tendo as mesmas atitudes, vivenciando os mesmos valores, nos sentimos
pertencentes e seguros.
Compõe nossa família de origem todos os que vieram antes de nós. Todos
que conduziram a vida, geração após geração até chegar ao agora.
Mas quem diz “eu não quero ter filhos” só pode tomar da vida um pouco
menos, esse é o preço. Ao decidir por isso, uma pessoa deixa de ter créditos
perante a vida, pois quem não toma integralmente o amor dos pais, não pode
tomar integralmente as outras bênçãos da vida.
Se um dia, os pais tivessem tido essa mesma atitude, a vida não chegaria até
este filho. Eles se submeteram a tudo, colocaram em risco suas vidas, sua
segurança, suas carreiras profissionais para nos entregar a vida. Enfrentaram o
mistério, o desconhecido, lidaram com seus medos e apreensões, suportaram a
culpa de oferecer um mundo ainda com tanto a ser feito, suportaram a culpa de
ver os filhos lidarem com a vida exatamente como ela é. Como agradecer a tudo
isso? Somente dizendo: “Sim, eu também! Sim, eu também concordo e passo a vida
adiante.” O amor dos pais é de graça.
PARA ENTENDER
Chamamos de "tarefas" tudo aquilo que deveria ser vivenciado para que o
pertencimento, a compensação e a ordem não fossem princípios violados;
entretanto, devido a fatos, acontecimentos, essas "tarefas" não puderam ser
completas. Por exemplo: o amor e o cuidado entre pais e filhos, o respeito e a ética
entre os sócios de uma empresa, a solidariedade entre irmãos, a compaixão para
com aqueles que sofrem, a gratidão para com aqueles que muito fizeram, etc.
No aparente, a violência dos pais para com um filho fica no passado, mas no
além do aparente, este desamor permanece e pode se mostrar, no agora, por meio
de uma ansiedade profunda em um dos integrantes desses sistemas.
Sabemos que uma das "dinâmicas" que sustenta a ansiedade é "... papai, sem
você... eu tenho que ir rápido demais para o futuro. Sozinho eu tenho medo do
amanhã!"
Faz parte também da ordem, que os pais não sejam "amigos" dos
filhos, ou seja, que preservem sua intimidade, medos, preocupações e
segredos. Quando os filhos se tornam confidentes dos pais, estes se
enfraquecem. E, quando os filhos querem consertar os pais, aqueles
também se enfraquecem. A hierarquia mostra que os pais são os grandes
e os filhos, os pequenos. Pais são pais, filhos são filhos. Só assim o sistema
se fortalece e entra em equilíbrio.
Capítulo 1 do livro Além do Aparente – autora Olinda Guedes Ed. Appris, 2015
Pags 29 a 37.
O CORPO FALA
CABELOS
Representam a vaidade, a auto estima, o poder, a energia mental.
Também a vitalidade e a alegria. É comum em época de exaustão
existir queda capilar. Comum também nos homens a calvície. Porque
numa sociedade patriarcal, eles são os responsáveis por pensar e agir
de modo estratégico para prover. É natural que sintam-se cansados e
sobrecarregados.
DENTES
É o poder de nossa identidade pessoal, de ser quem somos, é a nossa
primeira e mais sutil capacidade de conquista, de proteção, de auto-
estima. Alguns povos primitivos consideram que os dentes é a primeira
manifestação divina no corpo físico. A maneira com que os dentes
estão dispostos, como acontece a oclusão afeta todo o equilíbrio do
organismo e, consequentemente, sua vida.
PELE
Identidade pessoal, identidade afetiva. Carrega nossa fome de
relacionamento, de contato, de relacionamento, de ser quem somos.
PESCOÇO
Tem a função de sustentar a razão, de coordenar razão e emoção, de
perceber opções, direções, de ser flexível. É o controle entre o que
mostramos que somos e o que realmente somos. Quando isso está em
conflito ou quando não queremos olhar o que a vida nos mostra,
podemos ter torcicolos ou outros problemas no pescoço.
OMBROS
Os ombros carregam o peso da vida, da responsabilidade. Eles
mostram se estamos ou não em harmonia com relação ao nossos pais.
Ombro esquerdo carrega as crenças em relação à figura parental do
mesmo sexo.
Ombro direito carrega as crenças em relação à figura parental do sexo
oposto.
Por exemplo:
Um homem com bursite no ombro esquerdo e uma mulher com o
mesmo sintoma no ombro direito ambos revelam conflitos em relação
ao que pensa e sente sobre o pai.
Uma mulher que frequentemente machuca seu ombro esquerdo e um
homem que frequentemente machuca seu ombro direito, ambos
mostram conflitos com a mãe.
COSTAS, COLUNA
Representam a sustentação da vida, representam toda a memória
transgeracional, a ligação dos aspectos abstratos e concretos da vida, o
prazer de existir, de realizar, de sentir.
ABDÔMEN:
Carrega a memória de digerir o mundo, de interagir com a realidade
cotidiana. A nossa memória de poder. Doenças no abdômen
demonstram dinâmicas regressivas em direção à mãe. Barriga é mãe.
Poder vem da mãe. Poder de assimilar, criar e descriar a matéria.
BAIXO VENTRE, PÉLVIS, QUADRIS E GENITÁLIA:
Informam sempre sobre nossa vitalidade. Sobre a alegria de viver,
sobre o prazer de viver.
Disfunções desses órgãos demonstram memória sistêmica de medo, de
desproteção das figuras parentais, por exemplo: num bombardeio, uma
criança é atingida. Em sua alma acontece um registro de dor em
relação aos seus pais: “Onde eles estavam que não me ampararam?”
Para a criança o mundo é os seus pais. Então ela faz xixi, ela tem dor de
barriga ou prende o intestino. Esta criança permanece viva em nós
esperando a proteção chegar, muitas vezes, por gerações. Então, o
medo permanece.
O medo é a base da disfunção erétil, da ejaculação precoce e da frigidez.
Também da incontinência urinária e da constipação intestinal.
BRAÇOS
A função dos braços é defender, proteger, guiar, ser meio, ser recurso.
Problemas nos braços significa fragilidade em proteger-se, em colocar
limites.
MÃOS
Mostram a capacidade da realização, do fazer acontecer, de
materializar as coisas da vida, de criar recursos, de potência, de
subsistência. Mãos de vaca e mão aberta são expressões comumente
usadas que mostram a que servem às mãos: a cuidar dos bens
materiais, da realização material.
PERNAS
Sua função é de estrutura, de sustentação, de autonomia, de carregar o
destino, a vida, e conduzir a vida com todas as suas diversas demandas.
Bem ou mal.
Quando nos deparamos com algo assustador as pernas costumam ficar
bambas, mostrando desconforto e fragilidade.
Mal das pernas significa sem estrutura, sem recursos e forças
materiais. Fracassado.
Nossas pernas e pés estão, diretamente, relacionados à figura do pai, à
condição do masculino, do arquétipo do guerreiro.
JOELHOS
Eles representam o dobrar-se, a humildade, a reverência. Quando se
exige que uma pessoa dobre os joelhos está se exigindo que ela
diminua seu poder. Os problemas tão comuns nos joelhos em nossa
cultura mostram o quão comum são os jogos de poder, o desrespeito e
a presunção. Aquele que sente-se humilhado pode ter seus joelhos
adoecidos. Antigamente, o castigo para as crianças era aplicado
deixando-as de joelho sobre um grão de milho, o que além de ser
humilhante era extremamente doloroso.
Nossos joelhos carregam a memória sistêmica do orgulho e da
humilhação. Dor nos joelhos significa medo de ser humilhado diante do
inimigo, são as memórias de perdas nos sistemas.
PÉS
Nossos pés carregam as dinâmicas das possibilidades de fazer
escolhas, de saber a direção correta. Também carregam a permissão de
avançar, de movimentar-se. Eles são o leme de nossa vida.
A forma com que cada pessoa caminha mostra como está o seu
movimentar-se na vida, seu fazer acontecer.
Observe uma sola de um sapato usada frequentemente.
O desgaste homogêneo mostra que está indo pela vida com equilíbrio.
Desgaste na ponta da sola do sapato: pisando em ovos, cuidado
excessivo, insegurança.
Desgaste no calcanhar: freando, não deslancha. Como acelerar um
carro e ao mesmo tempo deixar o freio de mão puxado. O indivíduo até
consegue realizações, mas cansa tanto. Porque tudo tornar-se muito
mais pesado.
Desgaste do lado interno da sola: buscando seu próprio diálogo
interno, pensa e pensa e demora para agir, com muitas cobranças
sobre si mesmo.
Desgaste do lado externo da sola: buscando sempre a validação alheia
sobre o que está fazendo, valor excessivo sobre opiniões. A vontade
própria raramente tem espaço na vida dessa pessoa.
DOENÇA É NÃO, É ABANDONO, É INDIFERENÇA.
Sintoma: Ansiedade.
Sintoma: Automutilação
Sintoma: Afta
Sintoma: Alergia
Sintoma: Anemia
Sintoma: Bursite
Sintoma: Bronquite
Sintoma: Bruxismo
Sintoma: Conjuntivite
Sintoma: Consumismo
Sintomas: Ciúmes
Sintoma: Diabete
Sintoma: Depressão
Sintoma: Desconforto
Dinâmica: Mamãe! Será que posso confiar no meu pai, será que ele
realmente vai prover e trazer segurança de subsistência para nossa
família?
Sintoma: Desemprego
Dinâmica Sistêmica: Raiva das coisas que a vida empurra goela abaixo.
Sintoma: Fígado/Pâncreas
Sintoma: Glaucoma
Sintoma: Gripe
Sintoma: Hipermetropia
Sintoma: Hipertensão
Sintoma: Inveja
Dinâmica Sistêmica: “Esse amor de graça que você tem eu não tenho!”
Sintoma: Insônia
Sintoma: Joanete
Sintoma: Labirintite
Sintoma: Miopia
Dinâmica Sistêmica: Por favor, veja que eu existo. Por favor, me cuide!
Necessidade de amparo da figura parental masculina, do pai.
Sintoma: Não desenvolvimento Mandibular- Queixo de acordo com a
idade
Sintoma: Reumatismo
Sintoma: Rinite/Sinusite
Sintoma: Surdez
Sintoma: Senilidade
Sintoma: Sobrepeso
Sintoma: Tosse
Sintoma: Torcicolos
Sintoma: Timidez
Sintoma: Urticária
Sintoma: Abuso
Sintoma: Assédio
Sintoma: Astigmatismo
Sintoma: Alzheimer
Sintoma: Azoospermia
Dinâmica Sistêmica: Memórias transgeracionais traumáticas de
segredo. Segredos relacionados á vida e morte, homicídios, guerras.
Sintoma: Artrose
Sintoma: Autismo
Sintoma: Autoritarismo
Algo muito antigo, uma memória que precisava ser elaborada, agora
vem à tona e cessa todo sofrimento. Um dano causado, agora, por meio
do amor incondicional é totalmente reparado e resolvido. Um bebê
com alguma síndrome em uma família é sinal de um grande completar
dentro daquele sistema. É um divisor de águas. Antes e depois daquela
criança! Todos viverão mais livres. São seres que carregam o amor
sagrado para cada sistema.”
Sintoma: Bipolar
Sintoma: Boderline
Sintoma: Benfigo
Sintoma: Celibato
Sintoma: Cleptomania
Sintoma: Dislexia
Sintoma: Encoprese
Sintoma: Endometriose
Sintoma: Epilepsia
Sintoma: Estupro
Sintoma: Estrabismo
Sintoma: Fenilcetonúria
Sintoma: Fibromialgia
Sintoma: Ginecomastia
Sintoma: Hemorróidas
Sintoma: Lúpus
Dinâmica Sistêmica: Memória transgeracional de constrangimento,
injustiça, desqualificação, não conseguir se defender, sendo quem é.
Desejo inconsciente de ser outra pessoa para experimentar respeito e
honra.
Sintoma: Olheiras
Sintoma: Nódulos
Sintoma: Presbiopia
Sintoma: Perfeccionismo
Sintoma: Ronco
Sintoma: Sinusite
Sintoma: Siringoma
Sintoma: Solidão
Dinâmica Sistêmica: Eu procuro minha família. Memória
transgeracional de orfandade.
Sintoma: Síndrome de West
Sintoma: Tontura
Dinâmica Sistêmica: Será que nosso território, nossa vida está segura?
Temos medo, não nos sentimos seguros. Medo de sermos invadidos.
Sintoma: Varicocele
Dinâmica Sistêmica: Memórias de esforço excessivo para superar as
dificuldades cotidianas e assegurar a subsistência..
Sintoma: Tuberculose
Sintoma: Vitiligo
Contudo, uma força maior ainda puxa para a morte. É uma dualidade:
quer viver e não consegue evitar a morte.
É apenas perceber a morte como uma força que atua além do próprio
desejo saudável e natural de viver.
Diante dessas duas forças, a compulsão tem lugar como algo que tem a
intenção de proteger desta morte perigosa, fora de tempo e espaço.
Tudo aquilo que nos toca, que faz nosso coração transbordar, que cria
um espaço de alegria, de leveza, de paz, de luz, de maciez nos completa,
nos constela.
Faço isso agora porque recebo muitas mensagens de leitores dos dois
livros que publiquei anteriormente. Então, neste livro, honrando o
nosso relacionamento, a alegria que meus leitores me deram de criar
seu capítulo e enviar-me suas lindas histórias de cura do que aquelas
linhas que publiquei lhes trouxe, eu deixo consigo o papel e a tinta.
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Olinda Guedes
#hafloresemtudoquevejo #cuidardoser #alemdoaparente
#avidaehumsopro #averdadesobreosofrimentohumano
ESCOLA REAL
Então, nesse ínterim seu trabalho tomava forma expressiva, indo além
do físico para o e-learning. Os alunos aumentaram de forma
exponencial. A Escola Real se manifestou.
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“A quem o sofrimento pessoal é poupado, deve sentir-se chamado a
diminuir o sofrimento dos outros.”
Albert Schweitzer