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ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HISTÓRIA ECONÓMICA E SOCIAL - APHES


XXVIII Encontro

Tema Principal:

Consumo e Cultura Material da Idade Média ao Presente

Consumption and Material Culture from the Middle Ages to the Present

Nome Pedro Miguel Gomes januário

E-mail pedro.januario@netcabo.pt Telef: Telm: 938734909

Endereço Institucional ou outro : Rua Arroios 52, 2ºF, 1150-055 Lisboa

Título da Comunicação: Teatro real Ópera do Tejo: estudo económico sobre um teatro de ópera do século XVIII em Portugal

O século XVIII em Portugal foi um dos períodos mais interessantes em termos de construção arquitectónica e importação de
novas ideias. A possibilidade oferecida pelas riquezas das Índias Ocidentais permitiu a contratação pela coroa de valiosos
artistas que foram o elo difusor de tais ideais.
Com a subida ao trono de D José I em 1750, o desejo de materializar o gosto pelos espectáculos de ópera à italiana suscitou
a real aspiração de construir um teatro digno de qualquer grande capital europeia. É dentro deste contexto que surge a
contratação de diversos músicos, cantores, compositores, arquitectos, cenógrafos e pintores, que tinham servido com
reconhecido mérito nas principais cortes da Europa.
Referido como um dos mais belos, sumptuosos e luxuosos teatros de ópera à italiana no século XVIII, teve a infelicidade de
ser destruído pelo terrível Terramoto de 1755. Contudo, e apesar de sua efémera existência de sete meses, permaneceu na
memória colectiva da cidade de Lisboa e nos autos dos grandes teatros à italiana.
Sumário:
O objecto de estudo do presente trabalho é o Teatro real da Ópera do Tejo, da autoria do arquitecto Giovanni Carlo Sicinio
Galli Bibiena, tendo sido inaugurado a 31 de Março de 1755 e destruído pelo Terramoto de 1755.
Tivemos por objectivo fazer o estudo económico dos custos directos e indirectos relativos ao teatro. Através do
levantamento sistemático da informação, em alguns casos inédita, de todos os documentos existentes em Portugal relativos
aos diversos encargos para com a Ópera do Tejo, os seus operários e artistas.
Como resultado: foi possível, pela primeira vez, determinar os custos directos com a construção do teatro e os custos
indirectos associados aos diversos intervenientes, contribuindo deste modo para se ter a noção global do custo da obra;
estabelecer relações hierárquicas entre os vários operários e os seus cargos; ou ainda, determinar a proporção paga às
principais figuras artísticas em função do custo total.

Nota: O sumário não deve exceder as 500 palavras

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