COM AFETIVIDADE
EDITORA
FUNDAÇÃO
EDUCAR
DPASCHOAL
EDUCAÇÃO
COM AFETIVIDADE
coleção jovem voluntário, escola solidária
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EXPEDIENTE
AUTOR
Ivan Roberto Capelatto
REVISÃO D E TEXTO
Fátim a M endonça Couto
COLABORADORES
Ana M aria M archi
M aria G isela G erotto
IM PRESSÃO
G ráfica Editora M odelo Ltda.
REALIZAÇ ÃO
Editora Fundação ED U CAR D Paschoal
w w w .educardpaschoal.org.br
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L S C aros educadores e educadoras,
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L O trab alho volun tário tem sido para n ós, do Faça
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E C Parte – Instituto Brasil Voluntário, o principal m eio de
V S exercer a solidariedade e a cidadania e de colaborar na
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J construção de um Brasil m ais justo e hum ano. Essa foi a
razão que nos levou a enviar-lhes este livro, a fim de
ajudar a form ar educandos m ais preparados para a vid a
no sentido m ais am plo.
Milú Villela
Presidente do Faça Parte
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“
O voluntariado é a expressão de um povo que acredita na preservação
da dignidade de todo e qualquer cidadão. É a expressão m áxim a da
dem ocratização de um a nação.”
SOBRE OAUTOR
Ivan Roberto C apelatto é psicólogo clínico e psicoterapeuta de crianças,
adolescentes e fam ílias.Fundador do G rupo de Estudos e Pesquisas em
Autism o e O utras Psicoses In fantis (G EPAPI), e supervisor do G rupo de
Estudos e Pesquisas em Psicopatologias da fam ília na infância e adoles-
cência (GEIC ) de C uiabá e Londrina. Professor convidado do The M ilton
H . Erickson Foundation Inc. (Phoenix,Arizona, U SA) e professor do cur-
so de pós-graduação da Faculdade de M edicina da PU C –PR.Autor da
obra “
D iálogos sobre a Afetividade – o nosso lugar de C uidar”
.
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N Ao falar de voluntariado, não podem os deixar de discutir
E conceitos com o solidariedade e cidadania, que são atos de
S
E cuidar de si, do outro e do am biente. É esse cuidar que o
R psicólogo e psicoterapeuta Ivan Roberto C apelatto considera
P essen cial para q ue possam os ajudar a co n struir Seres
A H um anos. Professores e p ais são im prescindíveis nesse
processo.
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ÍNDICE:
Introdução ...
..
..........
..
..........
..
..........
..
.....7
O que é a afeti
vidade ....................
...................
...........8
Reflexões fin
ais..
.............................18
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T N o m undo atual, os valores e regras que sustentam o equi-
líb rio d o in divíd uo n a socied ad e são con stan tem en te
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I negados e violados,o que dificulta terrivelm ente a tarefa dos
organism os que trabalham para m elhorar a qualidade de vida
do plan eta, com o a O rgan ização M un dial de Saú de . A
saúde, principalm ente a m ental, é um dos elem entos funda-
m entais para que tal objetivo seja alcançado.
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O QUE É A
AFETIVIDADE
A afetividade é a dinâm ica m ais profunda e com plexa de que o ser
hum ano pode participar. Inicia-se a partir do m om ento em que um
sujeito se liga a outro pelo am or -- sentim ento único que traz no seu
núcleo um outro, tam bém com plexo e profundo: o m edo da perda.
Esse sujeito cuidador, em nom e do afeto que sente pelo jovem , vai
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O cuidador deve im por os lim ites necessários com autoridade, m as
sem ser autoritário. Ao dizer a um a criança: “
não quero que você m e
bata”e segurar sua m ão, im pedindo-a de realizar o ato, estou estabele-
cendo um lim ite. D izer à criança que ela está errada em querer m e
bater, que ela está tendo um desejo ruim , etc., im plica desvalo rizá-la e
im por-lhe um a outra identidade diversa da que ela m anifesta no
m om ento. O s prejuízos dessas posturas inadequadas são conhecidos
por todos nós.Estabelecer um limiteé oferecer à criança os extrem os,
a fronteira até onde ela pode ir ou não naquele m om ento.
U m jovem sadio, norm al vai reagir ao lim ite com crises. E é nesse
m om ento de restrição que o indivíduo terá a oportunidade de aprender
que pode suportar frustrações.
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A FAMÍLIAE A
AFETIVIDADE
O que verificam os atualm ente é que um grande núm ero de pais acredi-
tam no falso m ito da liberdade total. Libertam os filhos antes m esm o de
eles terem criado asas para vôos m ais altos, e o resultado disso é um
com po rtam ento de sastroso na m aioria das vezes. O jovem qu e se
deixa levar pelo im pulso em direção ao prazer im ediato (natural do ser
im aturo) vai dirigir seu vôo para alturas in adequadas ao tam anho de
suas asas, e, com certeza, se desorganizar e se ferir. E a perm is-
sividade dos pais será sentida com o desinteresse,abandono, desam or,
negligência.
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A fam ília é o âm bito em que a criança vive suas m aiores sensações de
Por isso, a fam ília é o cam po de ação de brigas e gritos,m as tam bém do
am or. U m a fam ília sadia sem pre tem m om entos de grata e prazerosa
em oção alternados com m om entos de tristeza,discussões e desenten-
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A SOCIEDADE
EM COLABORAÇÃO
COM AFAMÍLIA
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N um a sociedade, sujeitos saudáveis poderão sentir que cuidando de si
m esm os e de suas coisas (do seu eu) e cuidando dos outros e do que
pertence aos outros (do deles), irão iniciar um processo afetivo caracte-
rizado pelo surgim ento do nós, entidade que engloba todos os sujeitos
de u m a m esm a sociedade n um a com unidade. O desejo de cuidar de
si, do outro e do nós d esperta em sujeitos saudáveis a noção de solida-
riedade e de cidadania, que é o ato de cuidar da cidade onde a socie-
dade se assenta. N isso consiste a ética das relações entre as pessoas:
quanto m elhor o outro estiver -- alim entado, trabalhando, estudando ou
sendo ensinado, etc. --, m elhor todos estarão. Valorizar a própria vida, o
cuidado pessoal, é poder ter a noção do valor da vida do próxim o.
Existe, portanto, num sujeito que tem prazer em ser cuidador, a presen-
ça do respeito ao outro, do sentim ento de im portância que o outro tem
num contexto social, num a com unidade.
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ESCOLA A
- PARCEIRA
NECESSÁRIA
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oportunidade de se estabelecer um vínculo afetivo com a criança,para
quem a escola passa a ser um lugar de desprazer. N esses m om entos é
que faz parte da sabedoria da escola instaurar diálogos que perm itam a
form ação de valores: por quê? o que será m ais adequado? a quem se
atinge? É nas situações tensas que se propõem lim ites,se trabalham as
frustrações e se abrem as portas da com preensão. C aso contrário, as
inform ações recebidas acabam sendo desvalo rizadas e esquecidas por-
que faltou afetividade para estruturar os sentim entos vivenciados nesse
processo de aprendizagem .
N esse possível jogo de em purra-em purra, a fam ília tam bém tende a
transferir tudo para a escola: educação sexual, definição política, form a-
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FAMÍLIA EESCOLASÃO
COMPLEMENTARES
H oje, percebe-se que a escola não pode viver sem a fam ília e a fam ília
não pode viver sem a escola - são instituições interdependentes e com -
plem en tares. Algum as delas têm incluído os pais no program a de
ensino, convidando-os a participar de eventos e discutindo com eles as
questões dos jovens. Tem os que ter sem pre em m ente que o que o
jovem faz em casa,faz na escola; ele transfere para a escola coisas da
casa, e isso constitui o m aior fundam ento para justificar a união cons-
tante e perpétua dessas únicas duas in stituições de educação.
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O O A escola é hoje a m ais im portante instituição para a
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REFLEXÕES FINAIS
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“Só se constrói um a nação com cidadãos.
Só se con stroem cidad ãos com educação.”
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N C riada com a m issão de estim ular pessoas e in stituições
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F a refletirem sobre o valor e o papel da educação com o
base para a cidadan ia p len a, a Fun dação E D U C A R
desenvolve program as qu e destacam os exem plos de
sucesso em projetos de incentivo à leitura, ética, cidada-
nia, reconstrução social, m edidas socioeducativas,
voluntariado e protagonism o juvenil.
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FAÇA PARTE- INSTITUTO
BRASILVOLUNTÁRIO
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“
Aprender a ser,a fazer,a viver juntos e a conhecer constituem aprendizagens
indispensáveis que devem serperseguidas de form a perm anente pela política
educacio nalde todos os países.
”
Jacques D elors,educador.
EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO
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DPASCHOAL