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AVISO ACÚSTICOS
E LUMINOSOS
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IEFP
“Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, confinanciado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE”
ÍNDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS...................................................................E.1
CORPO DO MÓDULO
0 – INTRODUÇÃO....................................................................................................... 0.1
1 - BUZINAS................................................................................................................. 1.1
1.4.3 - AVARIAS...........................................................................................................1.10
3 - LUZES DE TRAVAGEM........................................................................................................3.1
3.1 - LEGISLAÇÃO...............................................................................................................3.1
3.4 - SINALIZADORES..........................................................................................................3.8
4.1 - LEGISLAÇÃO................................................................................................................4.1
5.1 - CARACTERÍSTICAS.....................................................................................................5.1
5.2 - CONSTITUIÇÃO............................................................................................................5.2
6 - LUZES DE PRESENÇA........................................................................................................6.1
6.1 - LEGISLAÇÃO...............................................................................................................6.1
7.3 - SIRENES.......................................................................................................................7.3
10 - LÂMPADAS.......................................................................................................................10.1
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................................... C.1
DOCUMENTO DE SAÍDA
PÓS-TESTE............................................................................................................................... S.1
ANEXOS
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
Intensidade do som
Frequência do som
Tensão de alimentação
Corrente consumida
PRÉ-REQUISITOS
Lubrificação de Sistemas de
Sistemas de Alimentação Diesel Sistemas de Ignição Sistemas de Carga e
Motores e Alimentação por
arrefecimento Arranque
Transmissão Carburador
Diagnóstico e Rep. de
Sistemas de Direcção Geometria de Órgãos da Suspensão Ventilação Forçada e Sistemas de
Avarias no Sistema de
Mecânica e Assistida Direcção e seu Funcionamento Ar Condicionado Segurança Activa
Suspensão
Diagnóstico e Diagnóstico e
Análise de Gases de Reparação em Reparação em Manutenção
Escape e Opacidade Rodas e Pneus Termodinâmica
Sistemas com Gestão Sistemas Eléctricos Programada
Electrónica Convencionais
Constituição de
Funcionamento do Processos de
Gases Carburantes e Noções de Mecânica Legislação Específica Processos de Corte e
Equipamento Traçagem
Combustão Automóvel para GPL sobre GPL Desbaste
Conversor para GPL e Puncionamento
Legenda
Módulo em Pré-Requisito
estudo
0 - INTRODUÇÃO
Nos automóveis actuais os Sistemas de Aviso Acústicos e Luminosos assumem uma importância
fundamental. É imprescindível que durante a marcha de um veículo o seu condutor possa informar os
outros das manobras que esteja ou pretenda vir a efectuar.
Embora todos os sistemas tratados neste módulo devam existir de origem em todos os veículos, o
técnico deve estar devidamente habilitado para proceder à sua manutenção, bem como efectuar
eventuais modificações, sempre de acordo com a legislação.
1 - BUZINAS
Quando um corpo vibra, produz um som. A energia ou força das vibrações transmite-se às
moléculas do ar circundante e põe-nas em movimento. Por sua vez, as moléculas de ar
ao moverem-se, chocam com outras moléculas vizinhas, e estas com as seguintes. Isto
significa que as moléculas juntam-se e voltam a separar-se. Este movimento provoca uma
variação na pressão do ar a que se dá o nome de onda sonora. A onda sonora propaga-
se sob a forma de uma onda longitudinal, com uma velocidade de 340 m/s (na água com
1430 m/s e no aço com 5000 m/s).
As buzinas do primeiro tipo são as mais utilizadas enquanto que as do segundo tipo só
se utilizam em casos específicos (por exemplo camiões), já que geram sons de maior
intensidade.
Na figura 1.4 temos representadas as posições que as buzinas dos dois tipos ocupam
normalmente nos camiões.
A fixação à estrutura do veículo deve ser feita através de um dispositivo flexível, de modo
a evitar que as vibrações da buzina se transmitam à estrutura e interfira com a frequência
e com o volume do som.
O funcionamento das buzinas é sensível à tensão que chega aos seus terminais. Por isso
normalmente são alimentadas a partir de um relé, principalmente quando são instaladas
duas buzinas em paralelo.
A – placa móvel
B – condensador
C – contactos
L – enrolamento
M – membrana vibratória
N - núcleo
Como se pode ver, é constituída por um núcleo magnético laminado (N) que constitui o
núcleo de um electroíman. Sobre este núcleo existe uma bobine eléctrica (L), que ao ser
percorrida por uma corrente eléctrica irá criar uma força que atrai a placa móvel (A), a
qual está acoplada à membrana vibratória (M). Quando o íman atrai a placa móvel (A),
separam-se os contactos (C) e na bobina (L) a corrente é interrompida. Não havendo
circulação de corrente, o electroíman deixa de actuar, e a placa móvel (A) volta á posição
inicial de repouso, por acção da membrana. Nessa posição, os contactos (C) voltam a
fechar-se, ligando o circuito. Assim o electroíman volta a atrair a membrana, a qual separa
novamente os contactos, e assim sucessivamente. Este ciclo repete-se enquanto a buzina
for alimentada.
Em paralelo com os contactos (C) existe um condensador (B), através do qual os contactos
são protegidos. Se o condensador não existisse, no momento em que os contactos se
separassem, interrompendo a corrente eléctrica, saltaria uma faísca entre eles, que levaria
à sua rápida destruição. Com o condensador em paralelo, a corrente tende a desviar-se
para ele no momento em que se abrem os contactos.
A distância do entreferro entre a placa móvel e o núcleo magnético pode variar através de
um parafuso de afinação. Através dele a vibração da membrana (M) pode ser mais rápida
ou mais lenta, o que faz com que o maior ou menor número de vibrações por minuto tome
o som mais agudo ou mais grave.
Sobre um corpo com a forma de trompa em espiral (1), está fixada a placa de suporte
(2). Em ambos os lados encontra-se a membrana (3), à qual está fixado o perno central
(4). No centro da placa de suporte (2) está colocado o núcleo (5), no qual se encontra a
bobine (6), responsável pela força magnética que faz funcionar a buzina. O perno central
(4), que atravessa o núcleo, é fixado à armadura (7) através da porca (8). A membrana (3),
com o perno central (4) e a armadura (7), formam a parte móvel da buzina. No suporte (9)
estão fixados os componentes do ruptor (10): o contacto fixo (11) e o contacto móvel (12),
montado num braço flexível.
Como se pode ver na figura, os contactos estão fechados enquanto a buzina está em
repouso.
Ao passar pelo enrolamento (2) a corrente magnetiza o núcleo (3), e este atrai a armadura
(8), como mostra a figura 1.8.
Entretanto os contactos (5) abrem, por acção da armadura (8), interrompendo novamente
a corrente. Então o núcleo volta a ficar desmagnetizado, e a mola faz com que ele volte
à sua posição de repouso (novamente figura 4). Os contactos (5) voltam a fechar-se, a
corrente circula e o ciclo repete-se.
Este processo repete-se um elevado número de vezes por minuto, o que dá origem ao
som. A frequência do som é igual ao número de vibrações que a membrana sofre por
segundo.
Embora o aspecto das buzinas possa variar de fabricante para fabricante, a sua configuração
básica é sempre semelhante. Na figura 1.9 apresenta-se uma buzina electromagnética
típica sem a tampa que a protege e aos seus elementos mecânicos contra o pó.
de ligação
1 - Parafuso de ajuste
Hoje em dia, as buzinas são constituídas de tal forma que a sua reparação quase não é
necessário. Optando-se quase sempre pela sua substituição quando acontece qualquer
avaria.
Mesmo as mais antigas buzinas não exigem grandes trabalhos de afinação e manutenção.
A única excepção ocorre quando os contactos se desgastam ao fim de muitas horas de
serviço.
As vibrações excessivas podem diminuir a vida destes equipamentos pelo que se deve
garantir que as buzinas se encontrem sempre bem fixas, através de um suporte flexível
que a isole das vibrações próprias do motor e das irregularidades do solo por onde circula o
veículo. Nestas condições, a buzina poderá durar toda a vida útil do veículo. Os contactos,
no entanto, sofrem um desgaste natural, embora sejam protegidos pelo condensador.
Podem, por isso, necessitar de um ajuste pontual, para o que existe um parafuso, acessível
do exterior, para afinação.
Na figura 1.10, pode-se ver esse parafuso (1). Os parafusos (2) servem para fixar a
bobine eléctrica. Na mesma figura, podemos também ver umas porcas que tem o mesmo
objectivo. A afinação com os referidos parafusos é pouco frequente e, normalmente, basta
rodar 15 a 30º para conseguir um som semelhante ao original. Deste modo, compensa-se
o desgaste produzido nos contactos devido ao uso.
1.4.3. AVARIAS
A primeira coisa a verificar é a alimentação eléctrica. Para isso basta desligar o cabo de
alimentação da buzina e verificar com um voltímetro se chega corrente a esse ponto,
quando se acciona o botão de comando. Se nestas condições não chegar corrente, deve
verificar-se o estado do fusível, do interruptor de comando e do próprio cabo. No entanto,
se chegar uma tensão aproximadamente igual à da bateria, a avaria estará na buzina.
Verificar então se existe uma boa massa e se a fixação está correcta. Se isso acontecer,
o defeito poderá estar num de dois pontos possíveis:
Quando a buzina deixa de emitir um som claro e afinado, é sinal que existe uma avaria.
Deve-se, antes de tudo, ajustar-se o entreferro.
A corrente de ar pode ser gerada por um motor eléctrico ou por uma instalação pneumática.
Em qualquer dos casos, o comando da buzina poderá ser eléctrico.
1 – Fusível de protecção
2 – Unidades de ar comprimido
3 – Unidades de comando
4 – Interruptor de buzina
As buzinas múltiplas também são designadas como buzinas de dois ou mais sons ou
buzinas associadas.
Como se disse no capítulo 1.2, a largura de banda de uma buzina devem situar-se entre
1800 e 3550 KHz. Atendendo ao mecanismo de propagação do som no ar, a buzina ideal
deveria emitir um som que cobrisse toda essa banda de frequências, de forma a que o
mesmo fosse audível a longas distâncias e em situações de ruído ambiente intenso. No
entanto, como foi dito nos capítulos anteriores, quer a intensidade, quer a frequência do
som emitido, dependem das características físicas da buzina, e torna-se quase impossível
cobrir toda a banda de frequências (1800kHz – 3550kHz) com uma única buzina.
O esquema eléctrico da figura 1.13 inclui uma buzina deste tipo (B2 e B3), que é alimentada
através dum relé (K1).
S1 – Comutador de chave
S2 – Interruptor de coman-
do
Note-se que nos esquemas das figuras 1.12 e 1.13 as buzinas só funcionam se o
comutador principal de chave estiver accionado. Na prática isto nem sempre acontece.
É vulgar as buzinas funcionarem independentemente de o interruptor de ignição estar
accionado ou não. Nestes casos a buzina é alimentada directamente a partir da bateria.
a) Número:
b) Para além das luzes referidas na alínea anterior, é permitida a montagem nos
veículos automóveis ligeiros e pesados de luzes indicadoras de mudança de
direcção laterais;
Faróis
Luz de mar- Luz de cha-
Luz dianteira do pis- pa de ma-
cha-trás
ca de direcção Luz traseira do pis-
trícula
ca de direcção
Em largura:
Em altura:
A alavanca de comando pode ocupar duas posições para além da de repouso, quando
accionada pelo condutor. O retorno à sua posição de retorno é feito de forma automática,
através de um dispositivo accionado pelo eixo da direcção, que é movido pelo volante.
Quando este volta à sua posição normal, o eixo desloca consigo o dispositivo que faz
com que a alavanca de comando do comutador volte à posição de repouso.
A queda de tensão provocada pela resistência F é tal que a corrente que chega às
lâmpadas é tão pequena, que as mesmas não chegam a acender.
A corrente ao passar pela resistência F faz com que aqueça por efeito de Joule, provocando
a dilatação do fio E, e o consequente fecho dos contactos D e G. Neste caso, a corrente
que chega a D passa directamente para o contacto G e daqui para a bobine H, terminal
L, comutador e lâmpadas.
A tensão que chega agora às lâmpadas não sofreu nenhuma queda significativa, pelo que
as mesmas vão acender. A corrente que passa pela bobine H cria um campo magnético
suficiente para atrair o contacto C que toca em K. Nesta altura a lâmpada sinalizadora,
ligada a P, acende.
A frequência com que as lâmpadas acendem e apagam poderá ser alterada através do
fio E. Se este estiver muito esticado será necessário mais tempo para que a corrente
que passa por ele faça com que os contactos se fechem. Esta frequência é ajustada pelo
fabricante.
Para garantir uma boa visibilidade das luzes indicadoras de mudança de direcção em
qualquer situação, utilizam-se lâmpadas de 15 a 20 W de potência.
Quando funde uma lâmpada a resistência do circuito aumenta, pelo que o divisor de
tensão formado pela resistência R3 e pelas próprias lâmpadas, faz com que aumente
a tensão positiva aplicada ao colector do transístor T4 e ele deixe de conduzir. Como
consequência também o transístor T3 deixa de conduzir e a lâmpada sinalizadora L
permanece constantemente apagada, avisando assim o condutor de que existe uma
avaria.
2.4.2. FUNCIONAMENTO
Para esta função é utilizado o mesmo automático das luzes indicadoras de mudança de
direcção, utilizando-se um circuito como o representado na figura 2.8. Quando o interruptor
de comando está desligado circuito funciona normalmente, tal como descrito no ponto
anterior; quando está na posição de ligado faz com que as lâmpadas de ambos os lados
do veículo sejam alimentadas.
No exemplo da figura 2.10 a lâmpada sinalizadora está ligada aos terminais de saída
do comutador S2. Deste modo, quando o comutador está na posição L, por exemplo,
acendem normalmente as lâmpadas E1 e E2 bem como a lâmpada H1. Nesta situação
as lâmpadas E3 e E4 são percorridas pela mesma corrente que percorre H1. No entanto,
como a potência da lâmpada H1 é muito menor que a das lâmpadas E3 e E4, a corrente
não é suficiente para acender estas últimas.
O circuito da figura 2.11 possui duas lâmpadas sinalizadoras, ligadas em paralelo com as
lâmpadas esquerdas e direitas, respectivamente. Desta forma, quando o comutador S2
está na posição L acende o avisador H1, quando está na posição R acende o avisador
H2.
2.6 - AVARIAS
No quadro da figura 2.16 são apresentadas as causa para algumas avarias típicas dos circui-
tos de luzes avisadoras de mudança de direcção.
TESTES A
SINTOMAS CAUSAS REPARAÇÃO
EFECTUAR
Uma das lâmpadas não Verificar com lâmpada de
Condutor interrompido Reparar instalação
acende provas se chega tensão
Lâmpada fundida Testar na bateria Substituir lâmpada
Verificar contacto das lâmi-
Suporte de lâmpada defeituoso Substituir suporte
nas com lâmpada
Ligação à massa com defeito Medir com voltímetro Reparar ligação
Não acende nenhuma Testar trocando a saída com
lâmpada de um dos lados Comutador defeituoso o terminal do lado que funci- Reparar instalação
ona
Condutor de alimentação corta- Verificar com lâmpada de
Substituir fusível
do entre comutador e lâmpadas provas
Não acende nenhuma Fusível fundido Verificar fusível Substituir fusível
lâmpada
Verificar se chega e sai
Comutador defeituoso Substituir comutador
tensão do comutador
Condutor de alimentação do Verificar com lâmpada de
Reparar instalação
comutador interrompido provas
Fazer shunt entre terminal de
Automático de piscas defeituo- Substituir automático
entrada e de saída para
so de piscas
o comutador
Condutor de alimentação do Verificar se chega tensão à
Reparar instalação
automático de piscas avariado central
As lâmpadas acendem, Verificar com uma central
Automático de piscas avariado Substitui central
mas não piscam nova
O período de intermitên- Lâmpadas com potência dife-
Verificar a potência das lâm-
cia é muito longo ou mui- rente da indicada (maior ou me- Substituir lâmpadas
padas
to curto nor)
Quedas de tensão devido a Verificar quedas de tensão
Reparar instalação
ligações defeituosas com voltímetro
Verificar com umas central
Automático de piscas avariado Substitui central
nova
Lâmpada sinalizadora fundida Verificar com bateria Substituir lâmpada
Luz sinalizadora de pis-
Verificar com uma central
cas não funciona Automático de piscas avariado Substitui central
nova
3. LUZES DE TRAVAGEM
3.1. LEGISLAÇÃO
a) Número:
Em comprimento:
Em altura:
Para que estas luzes sejam facilmente identificadas e visíveis ao acenderem, mesmo
quando estão acesas as luzes de presença existentes na traseira do veículo, utilizam-
se lâmpadas de 18 W a 25 W. Estas lâmpadas devem, portanto, emitir uma intensidade
luminosa muito superior à das lâmpadas de presença, de forma a não serem confundidas
e a serem visíveis a longas distâncias, mesmo quando sobre elas incida luz solar.
Para garantir esta condição, na maioria dos veículos automóveis ligeiros actuais existe
uma terceira luz de travagem, instalada a meio das duas luzes obrigatórias e num plano
mais elevado, como se pode ver na figura 3.3. Esta terceira luz acende sempre que
acendem as outras duas. De salientar que é a única luz indicadora existente na traseira
que poderá ser instalada isoladamente e a meio da largura do veículo.
Luz de marcha-atrás
1 2 3 1,2,3 – Comando
pneumático
4, 5, 6 – comando
hidráulico
4 5 6
A figura 3.8 representa a localização deste interruptor junto do pedal do travão, fixado a B
de modo a que o seu veio móvel se apoie sobre o próprio pedal. Desta forma, ao pisar o
pedal do travão o veio do interruptor é libertado e o circuito eléctrico é fechado.
Um dos condutores A traz corrente através de um fusível e o outro leva para as lâmpadas,
quando o pedal é accionado e o circuito fechado.
3.3. SINALIZADORES
Travão de estacionamento
ISO 2575 nº 4.32
Cor da luz do avisador: vermelho
Fig. 3.9 – Sinalizador de accio- Fig. 3.10 – Interruptor mecânico para alavanca
namento do travão do travão de estacionamento
Neste último caso, as pastilhas ou cintas utilizadas nestes sistemas possuem um condutor
eléctrico inserido no seu interior, que entra em contacto com o disco ou tambor quando
a pastilha atinge um determinado desgaste, fechando à massa o circuito que alimenta
o sinalizador de avaria no sistema de travagem (figura 3.13). Este tipo de pastilhas está
representado na figura 3.12.
1 – Fusível
2 – Caixa de fusíveis do habitáculo
3 – Interruptor de travagem
4 – Lâmpadas de travagem
5 – Conector
6 – Massa
3.5 – AVARIAS
No quadro seguinte são apresentadas as causas para algumas avarias típicas dos circuitos
das luzes indicadoras de travagem.
Tab. 3.1
4. LUZES DE MARCHA-ATRÁS
4.1. LEGISLAÇÃO
a) Número:
Em largura:
Em comprimento:
Em altura:
São interruptores do tipo normalmente aberto, que fecham o circuito eléctrico quando
a marcha-atrás é engrenada, fazendo com que as luzes de sinalização desta manobra
acendam.
A figura 4.3 mostra a localização das luzes de marcha-atrás num veículo pesado e a 4.4
num ligeiro.
Luz de marcha-atrás
1 – Interruptor de marcha-atrás
2 – Caixa de fusíveis do habitáculo
3 – Fusível
4 – Conector
5 – Lâmpadas de marcha-atrás
6 - Massa
5.1. CARACTERÍSTICAS
Em largura:
Quando a luz de nevoeiro for única, deve estar situada do lado es-
querdo do plano longitudinal médio do veículo;
Em comprimento:
Em altura:
1 - Luz de travagem
2 - Luzes de nevoei-
ro à retaguarda
(duas unidades)
3 – Luz de nevoeiro à
retaguarda (uma
unidade)
5.2. CONSTITUIÇÃO
As luzes de nevoeiro à retaguarda possuem um circuito eléctrico que depende das luzes
de presença. Embora sejam comandadas a partir de um interruptor próprio, estas luzes
só acendem se as luzes de médios estiverem ligadas. Ao desligar as luzes de médios as
luzes de nevoeiro à retaguarda também desligam.
Nalguns casos a luz de nevoeiro está separada do sistema óptico traseiro. A figura 5.3
representa um destes casos, podendo ver-se o reflector 3, que permite uma radiação
luminosa uniforme e muito mais potente que outra luz qualquer existente na traseira do
veículo. A carcaça 2 onde é fixado o reflector e o vidro 1 que facilita a concentração do feixe lu-
minoso, completam o grupo, que é fixado na parte traseira do veículo, do lado esquerdo.
6. LUZES DE PRESENÇA
6.1. LEGISLAÇÃO
À FRENTE
b) Número:
Esta distância pode reduzir-se a 200 mm, quando a largura total do veí-
culo for inferior a 1300 mm.
Em comprimento:
Devem estar colocadas na frente do veículo;
Em altura:
À RETAGUARDA
a) Número:
Devem estar situadas a uma distância máxima aos bordos que limitam
as dimensões máximas do veículo de 400 mm;
Quando a largura total do veículo for inferior a 1300 mm, aquela distân-
cia pode ser reduzida para 200 mm;
Em comprimento:
Em altura:
A – Ficha de ligação
B – Casquilho de fixação
C – Lâmpada de halogéneo de du-
plo filamento
D – Encaixe da lâmpada de presença
E – Luz de presença
F – Suporte da lâmpada de presença
Na figura 6.6 pode ver-se um dispositivo que agrupa as luzes indicadoras de direcção
(piscas) com as luzes de presença. Embora neste caso sejam utilizadas lâmpadas
distintas, há casos em que é utilizado um único suporte de lâmpada onde se instala uma
lâmpada de duplo filamento: um para a luz de presença e outro para o pisca.
A luz de presença incorpora também a luz de travagem, utilizando uma lâmpada de duplo
filamento. A tampa transparente que cobre as lâmpadas tem uma cor diferente para cada
uma das luzes: branca para a luz de marcha atrás, laranja para os piscas e vermelha para
a luz de travagem e presença. A legislação não permite que o veículo circule, em situação
alguma, com a as luzes da retaguarda tapadas ou encobertas. Por este motivo, a fixação
de películas ou filtros coloridos, com objectivos estéticos, decorativos ou outros, está
completamente proibida por lei.
Tal como para as luzes da frente, a potência das lâmpadas utilizadas na retaguarda situa-
se entre os 4 e os 5 W. Quando se utiliza a mesma lâmpada para presença e travagem
(figura 3.4) os pinos de fixação existentes no casquilho são assimétricos, de modo a
garantir que a lâmpada só possa ser montada numa posição. As luzes de travagem
(capítulo 3) utilizam lâmpadas com potência de 21W, pelo que não podem ser confundidas
com as luzes de presença.
Para evitar que o condutor do veículo se esqueça de desligar as luzes de presença quando
desliga e abandona a viatura, podem ser utilizados diferentes sistemas.
Nalguns casos as luzes de presença desligam sempre que se desliga o motor do veículo
e se desliga completamente o interruptor de ignição. Noutros casos utiliza-se um sistema
avisador que informa o condutor sempre que ele abre a porta do veículo com o motor
desligado, através de um sinal acústico.
1 – Luzes dianteiras
2 – Luzes traseiras
3 – Interruptor de chave
4 – Interruptor de comando
5 – Caixa de fusíveis
6 – Lâmpada sinalizadora
7 – Bateria
8 – Luz de matrícula
S1 – Interruptor de comando
F1, F2 – Fusíveis
E1, E2 – Luzes dianteiras
E3, E4 – Luzes traseiras
E5 – Luz de matrícula
Em largura:
Em comprimento:
Em altura:
Podemos dizer que as luzes amarelas sinalizam situações de perigo e as azuis sinalizam
situações de urgência.
No caso dos sinalizadores intermitentes não existem partes móveis (figura 7.2). Isto significa
que não têm dificuldade em arrancar em condições extremas de temperatura, nem são
sensíveis à sujidade. Por outro lado, o circuito electrónico deve ser resistente às vibrações
e à corrosão. O calor gerado pelo circuito pode ser dissipado à custa de um suporte
metálico dissipador. A intensidade luminosa deve ser constante, independentemente da
temperatura ambiente ou do tempo de utilização.
O sistema óptico de lentes garante um eficaz distribuição da luz num raio de 360º, mesmo
quando o veículo se encontra num plano inclinado.
7.3. SIRENES
As sirenes de dois sons são alimentadas com um sinal constituído por uma sequência de
impulsos temporizados. Este sinal é gerado por um dispositivo electrónico, que controla a
frequência e a intensidade dos impulsos, e enviado alternadamente para duas buzinas de
elevada potência e diferentes tonalidades.
1 – Buzinas;
2 – Sinalizador rotativo;
3 – Lâmpada avisadora;
4 – Multivibrador astável
5 – Multivibrador Monostável;
6 – Circuito de controlo
Os relés são dimensionados de acordo com a corrente que as buzinas de tons diferentes
consomem. Existe um relé de comutação para cada buzina.
Para além dos dois multivibradores o dispositivo possui dois andares de controlo. Estes
dois andares têm uma função semelhante à utilizada nos automáticos de pisca, destinam-
se a verificar e controlar o funcionamento das luzes rotativas. A avaria numa das luzes
rotativas é sinalizada pelas luzes indicadoras (3), instaladas no painel de instrumentos.
1 - Luzes rotativas
Fig. 7.5 – Elementos que constituem o sistema utilizado pelos veículos prioritários
Não poderíamos falar de sistemas de aviso acústico e luminosos, sem falar dos indicadores
que existem no painel de instrumentos de qualquer automóvel. Estes indicadores consistem
em símbolos que se iluminam com o objectivo de informar permanentemente o condutor
do estado em que se encontram os vários circuitos, tanto eléctricos como hidráulicos e
mesmo mecânicos que fazem parte do automóvel. De acordo com a importância e conteúdo
da informação que lhe é transmitida, o condutor deverá agir de forma conveniente.
Estas luzes indicadoras estão incorporadas no circuito impresso que forma a base do
painel de instrumentos e na realidade são constituídas por díodos emissores de luz (LED).
Por cima destas luzes existe uma pequena membrana na qual está gravada um símbolo.
Este símbolo tem um significado adaptado às normas internacionais, de forma a poder ser
interpretado por qualquer condutor.
A cor azul está reservada para indicar que se encontram ligados os fa-
róis de longo alcance e, portanto, pode ser provocado encandeamento
nos condutores que se deslocam em sentido contrário.
Por último, utiliza-se a cor amarela para indicar algumas funções es-
peciais, próprias do veículo que se conduz. Os indicadores de luz de
nevoeiro à retaguarda, de desembaciamento do óculo traseiro, da re-
sistência de aquecimento dos motores diesel, do nível de combustí-
vel, etc., são amarelos. Também são amarelos os indicadores relacio-
nados com o controlo de tracção, bloqueio do diferencial, filtro de óleo,
etc., que se utilizam nos camiões.
De acordo com a legislação europeia, sempre que alguns sistemas luminosos são
accionados deve ser activado um indicador correspondente no painel de instrumentos.
Dos sistemas tratados nos capítulos anteriores, estão nesta situação as luzes indicadores
de mudança de direcção (piscas), as luzes avisadoras de perigo ou emergência, as luzes
de nevoeiro à retaguarda e as luzes de presença. Neste último caso, o avisador não
é exigido se o dispositivo de iluminação do painel de instrumentos só puder ser ligado
simultaneamente com as luzes de presença.
Para além dos avisadores referidos no parágrafo anterior, é ainda obrigatório o indicador
de luzes de estrada (máximos).
O avisador das luzes indicadoras de mudança de direcção pode ser óptico ou acústico. Se
for exclusivamente acústico, deve ser claramente audível e apresentar uma mudança de
frequência acentuada no caso de funcionamento defeituoso de qualquer uma das luzes
indicadoras de direcção da frente ou da retaguarda.
Se for óptico, deverá emitir uma luz intermitente, e corresponder ao símbolo representado
na figura 8.2.
O avisador deve apagar-se, ficar aceso sem intermitência ou apresentar uma mudança
de frequência acentuada, no caso de funcionamento defeituoso de qualquer uma das
luzes indicadoras de mudança de direcção da frente ou da retaguarda. As duas setas que
constituem o símbolo do avisador poderão acender em simultâneo ou separadamente.
Neste caso a seta esquerda acenderá com as luzes indicadoras da esquerda e a seta
direita com as luzes da direita.
Quando um veículo estiver equipado para atrelar um reboque, deve possuir um avisador
óptico especial para as luzes indicadoras de mudança de direcção do reboque, excepto
se o avisador do veículo tractor detectar a avaria de qualquer uma das luzes do conjunto
do veículo assim formado.
O avisador das luzes de perigo ou emergência deve ser vermelho e intermitente, podendo
funcionar em conjunto com o avisador da figura 8.2. O seu símbolo está representado na
figura 8.3.
Este avisador, quando existir, não deverá ser intermitente e corresponderá ao símbolo
representado na figura 8.5.
Com já foi referido anteriormente, deverá ainda existir um indicador que informe o condutor
sempre que as luzes de estrada estiverem ligadas. Este avisador deverá ser independente
de qualquer outro e emitir uma luz não intermitente de cor azul. O seu símbolo está
representado na figura 8.6.
Indicadores vermelhos
Indicadores verdes
Indicadores amarelos
Quando um veículo automóvel reboca um atrelado, é natural que esse atrelado oculte
as luzes sinalizadoras existentes na traseira do veículo. Nessa situação, o atrelado
deve possuir, obrigatoriamente, na sua traseira as luzes indicadoras principais, cujo
accionamento deverá ser feito em simultâneo com as do veículo que o reboca. Estão nessa
situação as luzes indicadoras de mudança de direcção, as de perigo, as de travagem, as
de presença e a luz da chapa de matrícula. A montagem de luzes de marcha – atrás e de
nevoeiro é facultativa.
Desta forma, quando um veículo automóvel é adaptado para poder rebocar um atrelado,
deve também ser-lhe instalada uma ficha que permita que os sinais eléctricos que
comandam estas luzes cheguem até ao atrelado.
10 – LÂMPADAS
Nos automóveis são utilizados fundamentalmente dois tipos de lâmpadas, que pelo facto
de terem formas e características diferentes serão analisadas em separado. Esses dois
tipos são:
Lâmpadas de incandescência
Lâmpadas de halogéneo
Lâmpadas de Incandescência
Além das lâmpadas que acabamos de descrever, existem outros tipos, de menor potência,
que são utilizadas principalmente nos diversos sistemas de sinalização: luzes de presença,
indicadores de mudança de direcção, luzes de travagem e de marcha atrás, etc.
Na tabela da figura 10.3 são apresentadas algumas lâmpadas de diferentes tipos, com
as respectivas aplicações. De referir ainda que as lâmpadas podem ser de 6, 12 ou 24 V.
Para evitar possíveis trocas, os casquilhos dos diversos tipos de lâmpadas são diferentes
entre si. Deve ser prestada muita atenção a estes aspectos quando se substitui uma
lâmpada.
Fig. 10.3 – Lâmpadas utilizadas nos sistemas de aviso luminosos dos automóveis
BIBLIOGRAFIA
PÓS TESTE
d) Ampere e Hertz............................................................................
b) Entre 20 Hz e 2 KHz.....................................................................
3. As buzinas electromagnéticas:
b) Pode ser apenas uma, e neste caso deve estar situada no lado
direito do veículo. A sua cor deve ser vermelha..........................
c) Pode ser apenas uma, e neste caso deve estar situada no lado
esquerdo do veículo. Deve existir, obrigatoriamente, um avisa-
dor de accionamento desta luz....................................................
CORRIGENDA DO PÓS-TESTE
1 C 1.33
2 D 1.33
3 A 1.33
4 D 1.33
5 C 1.33
6 C 1.33
7 D 1.33
8 B 1.33
9 A 1.33
10 C 1.33
11 C 1.33
12 D 1.33
13 A 1.33
14 C 1.33
15 C 1.33
Cotação 20
EXERCÍCIOS PRÁTICOS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- 1 Buzina electromagnética
- Platinados (contactos) de substituição
- Chaves de fendas diversas
- Alicates diversos
- 1 Multímetro
- Ferro de soldar e solda
- Material de limpeza
- 1Bateria 12 V (ou fonte de alimentação)
TAREFAS A EXECUTAR
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
3 Ligue uma luz sinalizadora, de forma a que acenda de forma sincronizada com os
piscas.
4 Ligue as duas luzes de sinalização, de forma a que uma indique o sinal de mudança
de direcção para a esquerda e a outra para a direita.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
TAREFAS A EXECUTAR
- Montar uma ficha para atrelado, garantindo a ligação para as diversas luzes sinaliza-
doras existentes na traseira do veículo. Utilizar o procedimento a seguir descrito, ten-
do em conta as regras de higiene e segurança, bem como a legislação correspon-
dente.
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- 1 Veículo automóvel
- 1 Ficha de reboque
- Cabos eléctricos e terminais de ligação
- Manga para protecção de cabos eléctricos
- Alicates diversos
- Alicate para cravação de terminais
- Fita isoladora
- 1 Multímetro
- Chaves de fendas diversas
- Berbequim e brocas
- Ferro de soldar e solda
TAREFAS A EXECUTAR
GUIA DE AVALIAÇÃO
DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20
GUIA DE
NÍVEL DE
TAREFAS A EXECUTAR AVALIAÇÃO
EXECUÇÃO (PESOS)
CLASSIFICAÇÃO 20