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Aula 02

Raciocínio Lógico p/ PF - Agente - 2014


Professor: Marcos Piñon
Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
AULA 02: Lógica (Parte 2)

SUMÁRIO PÁGINA
1. Resolução das questões da Aula 01 1
2. Tautologia, Contradição e Contingência 18
3. Implicação 21
4. Equivalência Lógica 22
5. Exercícios Comentados nesta aula 42
6. Exercícios Propostos 45
7. Gabarito 49

Olá! Vocês viram como as questões se repetem? Pois é, por isso que é importante
a resolução do maior número de questões possíveis. Vamos começar resolvendo
as questões que deixei na aula passada. Mãos à obra!

1 - Resolução das questões da Aula 01

57 - (MCT – 2008 / CESPE) A sentença “O feijão é um alimento rico em


proteínas” é uma proposição.

Solução:

Essa é bem simples, não podemos errar. Uma questão dessa na prova tem que
ser considerada ponto garantido!

Lembram-se da definição de proposição? É a sentença a qual podemos atribuir


um valor lógico Verdadeiro ou Falso. Nessa questão, caso o feijão seja realmente
um alimento rico em proteínas, essa sentença será verdadeira, caso contrário, a
sentença será falsa. Portanto, a sentença é uma proposição. Item correto!

58 - (MCT – 2008 / CESPE) A frase “Por que Maria não come carne
vermelha?” não é uma proposição.

Solução:

Mais uma questão que pede apenas que você identifique se a sentença é uma
proposição ou não. Como não podemos atribuir um valor lógico para essa frase,

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não se trata de uma proposição. Lembram-se da dica? Frases interrogativas,
exclamativas ou no imperativo não são proposições. Item correto!

59 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Os Fundos Setoriais de Ciência e


Tecnologia são instrumentos de financiamento de projetos.” é uma
proposição.

Solução:

Mais uma no mesmo estilo. Nessa frase, se os Fundos Setoriais de Ciência e


Tecnologia forem instrumentos de financiamento de projetos, atribuiremos um
valor lógico verdadeiro para ela, caso contrário, atribuiremos um valor lógico falso.
Assim, trata-se efetivamente de uma proposição. Item correto!

60 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “O que é o CT-Amazônia?” é uma


proposição.

Solução:

Lembram-se da dica? Frase interrogativa, portanto, não se trata de uma


proposição. Item errado!

61 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Preste atenção ao edital!” é uma


proposição.

Solução:

Mais uma vez, lembram-se da dica? Frase no imperativo, uma ordem, assim, não
se trata de uma proposição. Item errado!

62 - (FINEP – 2009 / CESPE) A frase “Se o projeto for de cooperação


universidade-empresa, então podem ser pleiteados recursos do fundo
setorial verde-amarelo.” é uma proposição.

Solução:

Nesse item temos uma sentença maior, mas não vamos nos assustar! Vamos no
sentido inverso, para facilitar a explicação. Trata-se de uma afirmação, não é uma
pergunta, nem uma exclamação, muito menos uma ordem, portanto, é provável
que seja uma proposição. Vimos na aula passada as proposições compostas do
tipo “se... então ...”, é justamente o caso dessa frase. Se o projeto for de
cooperação universidade-empresa e não puderem ser pleiteados recursos do
fundo setorial verde, a sentença será falsa. Caso contrário, será verdadeira. Item
correto!

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63 - (BB – 2007 / CESPE) Há duas proposições no seguinte conjunto de


sentenças:

(I) O BB foi criado em 1980.


(II) Faça seu trabalho corretamente.
(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade.

Solução:

Vamos analisar cada sentença:

(I) O BB foi criado em 1980.

Essa sentença é uma proposição, pois podemos avaliar se ela é verdadeira ou


falsa sabendo o ano correto em que o BB foi fundado. É proposição.

(II) Faça seu trabalho corretamente.

Frase no imperativo, uma ordem, assim, não se trata de uma proposição. Não é
proposição.

(III) Manuela tem mais de 40 anos de idade.

Sabendo a real idade de Manuela, podemos avaliar se esta sentença é verdadeira


ou falsa. É proposição.

Portanto, temos duas proposições. Item correto.

64 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A proposição “O SEBRAE facilita e orienta o


acesso a serviços financeiros” é uma proposição simples.

Solução:

Nessa questão basta ter atenção pra não cair na pegadinha. Vamos reescrever a
frase colocando o sujeito e o complemento para cada verbo:

“O SEBRAE facilita e orienta o acesso a serviços financeiros”

é o mesmo que:

“O SEBRAE facilita o acesso a serviços financeiros e o SEBRAE orienta o acesso


a serviços financeiros”

Temos, como pode ser visto acima, duas proposições simples unidas pelo
conectivo “e”, formando uma proposição composta. Como a questão afirma que se
trata de uma proposição simples, este item está errado!

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65 - (TRT / 5ª Região – 2008) Considerando que, além de A e B, C, D, E e F


também sejam proposições, não necessariamente todas distintas, e que N
seja o número de linhas da tabela-verdade da proposição
[A → (B v C)] ↔ [(D ∧ E) → F], então 2 ≤ N ≤ 64.

Solução:

Não se assuste com essa questão, ela é simples! Na última aula, quando mostrei
como se constrói a tabela-verdade, eu disse que devemos contar a quantidade de
variáveis distintas “n” para sabermos a quantidade de linhas da tabela verdade,
que é dada por 2n. Para essa questão, basta saber isso! Assim, como A, B, C, D,
E e F não são necessariamente proposições distintas, o “n” pode variar de 1 (com
todas as proposições iguais) até 6 (com todas as proposições distintas). Com isso,
temos:

Para n = 1, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 21 = 2 linhas.


Para n = 2, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 22 = 4 linhas.
Para n = 3, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 23 = 8 linhas.
Para n = 4, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 24 = 16 linhas.
Para n = 5, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 25 = 32 linhas.
Para n = 6, o número de linhas da tabela-verdade (N) é dado por 26 = 64 linhas.

Assim, o valor de “N” varia de 2 até 64, ou seja, 2 ≤ N ≤ 64. Item correto!

66 - (MPE/AM – 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice


perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco
olhou o relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco não olhou o relógio,
então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser simbolizada por
(~B) → (~A).

Solução:

Nessa questão, devemos checar se a proposição “Se o Coelho Branco não olhou
o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser representada por
(~B) → (~A). Vamos lá!

B: O Coelho Branco olhou o relógio


~B: O Coelho Branco não olhou o relógio

A: Alice perseguiu o Coelho Branco


~A: Alice não perseguiu o Coelho Branco

Agora, olhando a proposição e conferindo o conector, temos:

~B → ~A
Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho
Branco

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Portanto, o item está correto!

67 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considerando que as proposições “Seu chefe


lhe passa uma ordem” e “Você não aceita a ordem sem questioná-la” sejam
V, a proposição “Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você aceita a
ordem sem questioná-la” é julgada como F.

Solução:

Vamos começar passando as sentenças para a linguagem simbólica:

P: Seu chefe lhe passa uma ordem (valor lógico verdadeiro)


Q: Você não aceita a ordem sem questioná-la (valor lógico verdadeiro)

Agora a proposição composta:


P → ~Q
Se seu chefe lhe passa uma ordem, então você aceita a ordem sem questioná-la

Vimos que o P é verdadeiro e que o Q também é verdadeiro. Nessa proposição


composta, a segunda proposição é o ~Q, que possui valor lógico falso, já que diz
“você aceita a ordem sem questioná-la”. Com isso, numa condicional
(se...então...), com a primeira proposição verdadeira e a segunda proposição falsa,
o valor lógico da proposição composta é falso. Assim, este item está correto!

68 - (TRT / 5ª Região – 2008) Considere as proposições abaixo.

T: “João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em


ambos”;
A: “João será aprovado no concurso do TRT”;
B: “João será aprovado no concurso do TSE”.

Nesse caso, a proposição T estará corretamente simbolizada por


(A v B) ∧ [~(A ∧ B)].

Solução:

Agora, o que a questão pede é que transformemos a sentença “T” para a


linguagem simbólica. Vamos lá:

T: “João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em ambos”

Para facilitar, vamos separar as sentenças, e reescrevê-las:

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Sentença 1 Sentença 2
“João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em ambos”

Sentença 1: João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE


Sentença 2: não em ambos

Reescrevendo a sentença 1 temos:

A v B
Sentença 1: João será aprovado no concurso do TRT ou João será aprovado no
concurso do TSE

Sentença 1: A v B

Reescrevendo a sentença 2 temos:

Sentença 2: João não será aprovado nos concursos do TRT e do TSE ao mesmo
tempo

Essa sentença 2 apresenta a negação de uma proposição composta que é “João


será aprovado no concurso do TRT e no concurso do TSE”. Assim, a sentença 2
pode ser representada por ~(A ∧ B).

Sentença 2: ~(A ∧ B)

Unindo as duas sentenças, temos:

T: (A v B) mas [~(A ∧ B)]

E agora? Como representamos o “mas”? Na maioria das vezes o “∧” vem


representado na linguagem corrente como “e”. Na aula passada eu mostrei que o
“∧” simboliza tanto o “e” como o “mas”. Assim, a proposição “T” fica representada
com (A v B) ∧ [~(A ∧ B)]. Portanto, o item está correto!

69 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A proposição simbólica


(A ∧ B) → (~(A → (~B))) é sempre julgada como V, independentemente de A e
B serem V ou F.

Solução:

Vamos direto para a tabela-verdade?

Número de linhas: 22 = 4
Número de colunas: 2 (variáveis) + 5 (operações) = 7

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A B ~B A → (~B) ~(A → (~B)) A∧B (A ∧ B)→(~(A → (~B)))
V V F F V V V
V F V V F F V
F V F V F F V
F F V V F F V

Portanto, conforme vemos na última coluna, o item está correto!

70 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Se A, B e C são proposições simples, então


existem exatamente duas possibilidades para que a proposição
(A ∧ B) ∧ C seja avaliada como V.

Solução:

Mais uma vez, vamos para a tabela-verdade?

Número de linhas: 23 = 8
Número de colunas: 3 (variáveis) + 2 (operações) = 5

A B C A∧B (A ∧ B) ∧ C
V V V V V
V V F V F
V F V F F
V F F F F
F V V F F
F V F F F
F F V F F
F F F F F

Portanto, conforme vemos na última coluna, o item está errado!

Aqui, vale uma observação. Para uma conjunção possuir valor lógico verdadeiro,
todas as suas proposições devem ser verdadeiras. Assim, sempre só existirá uma
possibilidade de uma conjunção ser verdadeira (com todas as proposições
verdadeiras). Por exemplo: (A ∧ B) ∧ (C ∧ D) ∧ (E ∧ F) só terá um valor lógico
verdadeiro. Pode conferir!!!

71 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Considerando-se que A e B sejam proposições


ambas V ou sejam ambas F, então a proposição ~((~A) ∧ B) será F.

Solução:

Agora vamos fazer diferente. A questão informou que A e B podem ser ambas “V”
ou ambas “F”. Vamos testar as duas hipóteses:

Com ambas “V”:

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~((~A) ∧ B) (substituímos o valor “V” nas proposições “A” e ”B”)
~((~V) ∧ V) (realizamos a operação dentro dos parênteses (~V))
~(F ∧ V) (realizamos a operação dentro dos parênteses (F ∧ V))
~(F) = V

Agora, testamos com ambas “F”:

~((~A) ∧ B) (substituímos o valor “F” nas proposições “A” e ”B”)


~((~F) ∧ F) (realizamos a operação dentro dos parênteses (~F))
~(V ∧ F) (realizamos a operação dentro dos parênteses (V ∧ F))
~(F) = V

Portanto, vemos que tanto para ambas “V” como para ambas “F”, o valor lógico da
proposição ~((~A) ∧ B) é sempre verdadeiro. Assim, o item está errado!

72 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) Proposições na forma


(~(A ∧ (B v C))) v (A ∧ (B v C)) têm somente valores lógicos V, para quaisquer
que sejam os valores lógicos de A, B e C.

Solução:

Essa parece trabalhosa hein? Vamos observar com cuidado a expressão:

(~(A ∧ (B v C))) v (A ∧ (B v C))

Viram o meu destaque em azul? Vou batizar essa expressão destacada de “p”.
Assim temos:

p: A ∧ (B v C)

Com isso, reescrevendo a expressão, temos:

~p v p

Ficou fácil agora? Vamos desenhar essa tabela-verdade?

Número de linhas: 21 = 2
Número de colunas: 1 (variável) + 2 (operações) = 3

p ~p ~p v p
V F V
F V V

Olhando para a última coluna, podemos ver que qualquer que seja o valor lógico
de “p”, a expressão “~p v p” será sempre verdadeira. Assim, independentemente
dos valores lógicos de “A”, “B” ou “C”, a expressão “A ∧ (B v C)” poderá ser
verdadeira ou falsa. Porém, isso pouco importa, pois vimos que tanto faz que seja
“V” ou “F”, a expressão resultante será sempre “V”. Assim, o item está correto!

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(Texto para as questões 73 a 75) Com a finalidade de reduzir as despesas


mensais com energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar,
nas áreas de circulação, sensores de presença e de claridade natural que
atendem à seguinte especificação:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há


claridade natural suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue os itens seguintes.

73 - (TCDF - 2012 / CESPE) Se fiscais visitarem um local da repartição em


horário no qual haja claridade natural suficiente e, enquanto se
movimentarem nesse local, a luz permanecer acesa, será correto inferir que
o dispositivo instalado atende à especificação P.

Solução:

Para facilitar o entendimento, vamos passar a especificação “P” para a linguagem


simbólica:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há


claridade natural suficiente no recinto.

p: A luz permanece acesa


q: há movimento
r: não há claridade natural suficiente no recinto

P: p ↔ (q ∧ r)

Na questão, foi dito que “fiscais visitam um local da repartição em horário no


qual há claridade natural suficiente”, ou seja, r é falso. Foi dito também que
“se movimentam nesse local” ou seja, q é verdadeiro. Por fim, foi dito que “a
luz permanece acesa”, ou seja, p é verdadeiro. Assim, temos:

p é verdadeiro
q é verdadeiro
r é falso

Substituindo os valores lógicos de p, q é r, em “P”, temos:

P: p ↔ (q ∧ r)

P: V ↔ (V ∧ F)

P: V ↔ (F) = F

Portanto, o dispositivo instalado não atende à especificação. Item errado.

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74 - (TCDF - 2012 / CESPE) A especificação P pode ser corretamente


representada por p ↔ (q ∧ r), em que p, q e r correspondem a proposições
adequadas e os símbolos ↔ e ∧ representam, respectivamente, a
bicondicional e a conjunção.

Solução:

Utilizando as informações da questão anterior, podemos perceber que este item


está correto, pois podemos representar a especificação “P” por p ↔ (q ∧ r), onde:

p: A luz permanece acesa


q: há movimento
r: não há claridade natural suficiente no recinto

Item correto.

75 - (TCDF - 2012 / CESPE) Em recinto onde tiver sido instalado um


dispositivo que atenda à especificação P, a luz permanecerá acesa enquanto
não houver claridade natural suficiente.

Solução:

O que este item está afirmando é que basta não haver claridade natural para a luz
permanecer acesa. Será mesmo? Vejamos a especificação novamente:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade


natural suficiente no recinto.

p: A luz permanece acesa


q: há movimento
r: não há claridade natural suficiente no recinto

P: p ↔ (q ∧ r)

O que devemos analisar é se basta o r ser verdadeiro para que o p também seja.

P: p ↔ (q ∧ V)

Podemos ver que isso não é verdade, pois caso o q seja falso, ou seja, não haja
movimento, o (q ∧ V) será falso, e fará com que o p também tenha que ser falso
(ou seja, a luz não permanece acesa) para que o “P” seja verdadeiro.

Item errado.

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(Texto para as questões 76 a 78) Julgue os itens que se seguem, a respeito
de estruturas lógicas.

76 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A expressão “Uma revisão dos pisos


salariais dos professores assegurará a revolução na educação básica a que
a sociedade aspira, pois qualquer reforma para melhorar a qualidade do
ensino deverá passar pela valorização do educador” pode ser representada
pela sentença lógica P → Q, em que P e Q sejam proposições
convenientemente escolhidas.

Solução:

Essa é uma questão que confunde bastante. Temos aqui uma relação de causa e
consequência, da mesa forma que temos numa condicional. A diferença aqui é a
ordem das frases. Vejamos:

“Uma revisão dos pisos salariais dos professores assegurará a revolução na


educação básica a que a sociedade aspira, pois qualquer reforma para
melhorar a qualidade do ensino deverá passar pela valorização do educador”

Esta frase poderia ser reescrita da seguinte forma que continuaria com o mesmo
sentido:

“Se qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar


pela valorização do educador, então uma revisão dos pisos salariais dos
professores assegurará a revolução na educação básica a que a sociedade
aspira”

Agora ficou mais fácil. Assim, batizando as proposições P e Q, temos:

P: Qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar pela


valorização do educador

Q: Uma revisão dos pisos salariais dos professores assegurará a revolução na


educação básica a que a sociedade aspira

P → Q: Se qualquer reforma para melhorar a qualidade do ensino deverá passar


pela valorização do educador, então uma revisão dos pisos salariais dos
professores assegurará a revolução na educação básica a que a sociedade aspira

Portanto, item correto.

77 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A frase “O gaúcho, o mato-grossense e o


mineiro têm em comum o amor pelo seu estado natal” pode ser representada
logicamente na forma P ∧ Q ∧ R, em que P, Q e R sejam proposições simples
convenientemente escolhidas.

Solução:

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Essa é uma questão que pode nos confundir na hora da prova. Porém, percebam
que a proposição afirma que os três "têm em comum" algo, ou seja, não diz o que
eles têm, mas sim o que eles têm em comum. Dessa forma, não podemos separar
esta proposição em três proposições distintas, pois assim teremos outro sentido
para a proposição. Assim, se eu dissesse que “O gaúcho tem amor pelo seu
estado natal, o mato-grossense tem amor pelo seu estado natal e o mineiro
tem amor pelo seu estado natal” não estaríamos dizendo a mesma coisa que
“O gaúcho, o mato-grossense e o mineiro têm em comum o amor pelo seu
estado natal”. Com isso, podemos concluir que o item está errado.

78 - (UNIPAMPA - 2013 / CESPE) A proposição “A estabilidade econômica é


dever do Estado e consequência do controle rígido da inflação” pode ser
representada pela sentença lógica P → Q, em que P e Q sejam proposições
simples convenientemente escolhidas.

Solução:

Nessa questão, vamos passar a proposição para a linguagem simbólica:

“A estabilidade econômica é dever do Estado e consequência do controle


rígido da inflação”

Reescrevendo a proposição, temos:

“A estabilidade econômica é dever do Estado e a estabilidade econômica é


consequência do controle rígido da inflação”

P: A estabilidade econômica é dever do Estado


Q: A estabilidade econômica é consequência do controle rígido da inflação

Assim, a proposição fica:

P ∧ Q: A estabilidade econômica é dever do Estado e consequência do controle


rígido da inflação

Item errado.

(Texto para a questão 79) Considerando que P, Q e R sejam proposições


simples, a tabela abaixo contém elementos para iniciar a construção da
tabela-verdade da proposição P ↔ (Q ∧ R).

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P Q R P ↔ (Q ∧ R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

A partir dessas informações, julgue o próximo item.

79 - (STF - 2013 / CESPE) Completando-se a tabela, a coluna correspondente


à proposição P ↔ (Q ∧ R), conterá, na ordem em que aparecem, de cima para
baixo, os seguintes elementos: V, F, F, F, V, V, V, V.

Solução:

Para resolver essa questão basta preencher a tabela-verdade. Para isso, vou
incluir mais uma coluna, com o valor lógico de (Q ∧ R), para facilitar o
preenchimento:

P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Agora, vamos preencher a tabela, começando com a coluna (Q ∧ R). Como temos
uma conjunção, o resultado só será verdadeiro quando Q e R forem verdadeiros
ao mesmo tempo:

P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V V
V V F F
V F V F
V F F F
F V V V
F V F F
F F V F
F F F F

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Agora, preenchemos a última coluna, onde temos uma bicondicional. A


bicondicional será verdadeira quando P e (Q ∧ R) tiverem o mesmo valor lógico (V
e V, ou F e F) e será falsa quando P e (Q ∧ R) tiverem valores lógicos distintos:

P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V V V
V V F F F
V F V F F
V F F F F
F V V V F
F V F F V
F F V F V
F F F F V

Percebam que o valor lógico de P ↔ (Q ∧ R) encontrado na 5ª linha é F e no


enunciado foi dito que seria V. Portanto, o item está errado.

80 - (CADE - 2014 / CESPE) A sentença “Os candidatos aprovados e


nomeados estarão subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores
Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais” é uma
proposição lógica composta.

Solução:

Bom, nessa questão temos um sujeito (os candidatos aprovados e nomeados),


temos apenas um verbo (estarão) e o complemento desse verbo (subordinados ao
Regime Jurídico Único dos Servidores Civis da União, das Autarquias e das
Fundações Públicas Federais). Portanto, temos uma proposição simples.

Item errado.

81 - (TCE/ES - 2013 / CESPE) A sentença “A democracia é consequência de


um anseio, de um desejo do homem por decidir seu próprio destino e buscar
por felicidade à sua própria maneira” constitui uma proposição lógica
simples.

Solução:

Essa questão é bem semelhante à anterior. Foi dito apenas que a democracia é
consequência de um fato, ou seja, temos apenas um sujeito (democracia) e uma
informação sobre este sujeito (é consequência de um fato). Portanto, temos sim
uma proposição simples.

Item correto.

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(Texto para as questões 82 e 83)

P Q R S
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

A tabela acima corresponde ao inicio da construção da tabela-verdade da


proposição S, composta das proposições simples P, Q e R. Julgue os itens
seguintes a respeito da tabela-verdade de S.

82 - (AFT - 2013 / CESPE) Se S = (P → Q) ∧ R, então, na ultima coluna da


tabela-verdade de S, aparecerão, de cima para baixo e na ordem em que
aparecem, os seguintes elementos: V, F, V, V, F, V, F e V.

Solução:

Nessa questão, vamos simplesmente preencher a tabela. Antes disso, vamos


incluir uma coluna para facilitar o preenchimento:

P Q R P→Q (P → Q) ∧ R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Vamos começar preenchendo a coluna P → Q, que só será falsa quando P for


verdadeira e Q for falsa ao mesmo tempo:

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P Q R P→Q (P → Q) ∧ R
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V

Agora, vamos preencher a última coluna (P → Q) ∧ R, que só será verdadeira


quando P → Q for verdadeira e R for verdadeira ao mesmo tempo:

P Q R P→Q (P → Q) ∧ R
V V V V V
V V F V F
V F V F F
V F F F F
F V V V V
F V F V F
F F V V V
F F F V F

Podemos perceber que apenas os dois primeiros valores lógicos listados no


enunciado estão corretos. Portanto, item errado.

83 - (AFT - 2013 / CESPE) Se S = (P ∧ Q) v (P ∧ R), então a ultima coluna da


tabela-verdade de S conterá, de cima para baixo e na ordem em que
aparecem, os seguintes elementos: V, F, V, V, F, V, F e F.

Solução:

Mais uma questão semelhante. Agora, vamos inserir mais duas colunas (P ∧ Q) e
(P ∧ R):

P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Vamos preencher primeiro a coluna P ∧ Q, que será verdadeira apenas quando P


e Q forem verdadeiras simultaneamente:

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Teoria e exercícios comentados
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P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F

Agora, vamos preencher a coluna P ∧ R, que será verdadeira apenas quando P e


R forem verdadeiras simultaneamente:

P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F F
F V V F F
F V F F F
F F V F F
F F F F F

Por fim, vamos preencher a coluna (P ∧ Q) v (P ∧ R), que será falsa apenas
quando P ∧ Q e P ∧ R forem falsas simultaneamente:

P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V V V
V V F V F V
V F V F V V
V F F F F F
F V V F F F
F V F F F F
F F V F F F
F F F F F F

Podemos ver que a sequência do enunciado é diferente da sequência encontrada


na tabela. Portanto, item errado.

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Ufa!!! Agora, vamos ver a teoria da aula de hoje.

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2 - Tautologia, Contradição e Contingência

Esses assuntos são bem simples. Tratam-se, na verdade, de casos particulares


das proposições compostas. Por meio da tabela-verdade é possível identificá-los
de maneira rápida e direta. Vejamos:

Tautologia - Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia (ou uma
proposição logicamente verdadeira) quando, ao testarmos todos os possíveis
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a
última coluna contém somente a letra V. Ou melhor, é toda proposição composta
cujo valor lógico será sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos
de suas proposições simples.

Exemplo:

p v ~p

p ~p p v ~p
V F V
F V V

Contradição - Dizemos que uma proposição composta é uma contradição (ou


uma proposição logicamente falsa) quando, ao testarmos todos os possíveis
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a
última coluna contém somente a letra F. Ou melhor, é toda proposição composta
cujo valor lógico será sempre F (falsidade), independentemente dos valores
lógicos de suas proposições simples. A contradição é o oposto da tautologia, pois
enquanto na tautologia há unanimidade da letra V na última coluna da tabela-
verdade, na contradição somente aparece a letra F.

Exemplo:

p ∧ ~p

p ~p p ∧ ~p
V F F
F V F

Aqui vale fazer uma observação: Toda negação de uma tautologia consiste numa
contradição e toda negação de uma contradição resulta numa tautologia.

A contingência é toda proposição composta que não é nem uma tautologia nem
uma contradição. Há, pelo menos, um V e um F na última coluna da tabela-
verdade. É bem simples, caso a proposição composta não seja nem uma
tautologia nem uma contradição, será chamada de contingência.

Exemplo:

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p∧q

p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Vamos às questões!!!

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84 - (Polícia Militar/DF - 2009 / CESPE) A proposição (A ∧ B) → (A v B) é uma


tautologia.

Solução:

Nessa questão, deveremos saber que uma proposição composta será uma
tautologia se, para todos os possíveis valores lógicos de suas proposições
simples, seu valor lógico é sempre verdadeiro. A melhor forma de saber isso é
construindo sua tabela-verdade:

N° de linhas: 2 2 = 4
N° de colunas: 2 (variáveis) + 3 (operações “ ∧”, “→” e “v”) = 5

A B A∧B AvB (A ∧ B) → (A v B)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V

Observando a última coluna da tabela-verdade, percebemos que o valor lógico da


proposição composta é sempre verdadeiro, independentemente dos valores
lógicos das proposições simples “A” e “B” que a compõem. Portanto, o item está
correto!

85 - (SERPRO - 2008 / CESPE) A proposição (A → B) → (~A v B) é uma


tautologia.

Solução:

Mais um tipo de questão que se repete bastante. Como na questão anterior, basta
construir a tabela-verdade:

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A B ~A (A → B) ~A v B (A → B) → (~A v B)
V V F V V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V V V V

Mais uma vez, percebemos que o valor lógico da proposição composta é sempre
verdadeiro, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que
a compõem. Portanto, o item está correto!

86 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição ~(A v B) → (~A) v B é uma tautologia

Mais uma para praticar. Vamos direto para a tabela-verdade:

A B ~A AvB ~(A v B) (~A) v B ~(A v B) → (~A) v B


V V F V F V V
V F F V F F V
F V V V F V V
F F V F V V V

Novamente, vemos que realmente trata-se de uma tautologia. Item correto!

87 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “A Constituição brasileira é moderna


ou precisa ser refeita” será V quando a proposição “A Constituição brasileira
não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.

Solução:

Essa questão afirma que quando uma proposição é verdadeira a outra é falsa e
vice-versa. Assim, o que devemos observar é se a proposição “A Constituição
brasileira é moderna ou precisa ser refeita” e a proposição “A Constituição
brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” apresentam valores lógicos
opostos para os possíveis valores lógicos das proposições simples que as
compõem. Assim, temos:

p: A Constituição brasileira é moderna


q: A Constituição brasileira precisa ser refeita

Proposição 1: p v q
Proposição 2: ~p ∧ ~q

Construindo a tabela verdade, temos:

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p q ~p ~q pvq ~p ∧ ~q
V V F F V F
V F F V V F
F V V F V F
F F V V F V

Assim, comparando as duas últimas colunas da tabela, percebemos que seus


valores lógicos são opostos. Veremos mais na frente que ~p ∧ ~q é a negação da
disjunção p v q. Assim, o item está correto!

88 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) Se A, B, C e D são proposições, em que B é


falsa e D é verdadeira, então, independentemente das valorações falsa ou
verdadeira de A e C, a proposição A v B → C ∧ D será sempre verdadeira.

Solução:

Nessa questão, temos a informação que B é falsa e D é verdadeira. Assim,


podemos ir direto construir a nossa tabela-verdade, sabendo que B e D só
possuem um valor lógico possível. Isso faz com que a quantidade de variáveis
diminua para duas (apenas A e C são variáveis, já que sabemos que B é falsa e D
é verdadeira):

A B C D AvB C∧D AvB→C∧D


V F V V V V V
V F F V V F F
F F V V F V V
F F F V F F V

Olhando para a última coluna da tabela, podemos perceber que nem sempre o
valor lógico da expressão A v B → C ∧ D será verdadeiro, ou seja, não se trata de
uma tautologia. Logo, o item está errado.

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3 - Implicação Lógica

Dizemos que uma proposição “A” implica em outra “B”, se “B” é verdadeira todas
as vezes que “A” é verdadeira. Assim, em nenhuma linha da tabela-verdade de “A”
e “B” aparece VF, ou seja, não temos simultaneamente o “A” verdadeiro e o “B”
falso. Usamos para a implicação o símbolo ”⇒”. Vamos ver um exemplo:

p ⇒ (p v q)

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p q pvq
V V V
V F V
F V V
F F F

Podemos dizer que p ⇒ p v q, pois sempre que o “p” é verdadeiro, “p v q” também


é verdadeiro.

Devemos notar que uma proposição “A” implica numa proposição “B”, sempre que
a condicional “A → B” for verdadeira.

Das possíveis implicações, a mais importante para concurso é a propriedade


transitiva:

(p → q) ∧ (q → r) ⇒ p → r

p q r p→q q→r (p → q) ∧ (q → r) p→r


V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F V F V
V F F F V F F
F V V V V V V
F V F V F F V
F F V V V V V
F F F V V V V

4 - Equivalência Lógica

Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas forem formadas pelas
mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade forem iguais. Ou seja, pra os
mesmos valores lógicos de suas proposições simples, seus valores resultantes
serão sempre os mesmos. Usamos para a equivalência o símbolo "⇔". Vamos
ver um exemplo:

A proposição “~p v q” e a proposição “p → q”:

p q ~p ~p v q p→q
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Podemos dizer que ~p v q ⇔ p → q, pois as suas tabelas-verdade são iguais,


conforme mostrado acima.

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Devemos notar que uma proposição “A” é equivalente à proposição “B”, sempre
que a bicondicional “A ↔ B” for verdadeira.

Negação de proposições compostas

Algumas das principais equivalências são aquelas que negam as proposições


compostas.

Já vimos o operador “~” (negação) utilizado numa proposição simples. Veremos,


agora, o que ocorre se negarmos uma proposição composta. O resultado
dependerá da estrutura dessa proposição.

• Negação da conjunção: ~(p ∧ q)

Para realizar a negação de uma conjunção, executaremos 3 passos:

1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “e” pelo “ou”

Portanto, a negação de (p ∧ q) é (~p v ~q). Podemos dizer então que:

~(p ∧ q) ⇔ ~p v ~q

Não iremos demonstrar aqui, como chegamos a este resultado. Basta saber que a
tabela-verdade da proposição composta e de sua negação devem ser opostas, ou
seja, sempre que uma for verdadeira, a outra deverá ser falsa e sempre que uma
for falsa a outra deverá ser verdadeira.

p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p v ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V

• Negação da disjunção: ~(p v q)

Para realizar a negação de uma disjunção, executaremos, também, 3 passos:

1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “ou” pelo “e”

Portanto, a negação de (p v q) é (~p ∧ ~q). Podemos dizer então que:

~(p v q) ⇔ ~p ∧ ~q

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Da mesma forma que a conjunção, vamos apenas demonstrar a tabela-verdade:

p q ~p ~q pvq ~(p v q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V

• Negação da condicional: ~(p → q)

Para realizar a negação de uma condicional, executaremos, mais uma vez, 3


passos:

1- Mantemos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “se ... então...” pelo “e”

Portanto, a negação de (p → q) é (p ∧ ~q). Podemos dizer então que:

~(p → q) ⇔ p ∧ ~q

Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade:

p q ~p ~q p → q ~(p → q) p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F V F F
F F V V V F F

• Negação da bicondicional: ~(p ↔ q)

Na negação da bicondicional (p ↔ q), que vimos na aula passada, é o mesmo que


(p → q) ∧ (q → p), faremos o que já aprendemos para a negação da conjunção e
da condicional. Vejamos:

1- Chamamos “p → q” de k
2- Chamamos “q → p” de j

Teremos então uma conjunção: k ∧ j

Para negar uma conjunção, já vimos que devemos negar as proposições e trocar o
operador “e” por “ou”. Assim:

~(k ∧ j) = ~k v ~j

Retornando os valores de k e j, temos:

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~(p → q) v ~(q → p)

Substituindo, agora, o que aprendemos para a negação da condicional, temos:

~(p → q) v ~(q → p) = (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)

Portanto, a negação de (p ↔ q) é (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p).

~(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)

Vamos, mais uma vez, apenas demonstrar a tabela-verdade:

p q ~p ~q p ↔ q ~(p ↔ q) (p ∧ ~q) (q ∧ ~p) (p ∧ ~q) v (q ∧ ~p)


V V F F V F F F F
V F F V F V V F V
F V V F F V F V V
F F V V V F F F F

Uma observação importante que podemos fazer aqui é sobre a disjunção


exclusiva (ou...ou...). Qual seria a negação da disjunção exclusiva? Bom, ainda
não vi nos livros de matemática qual seria a negação da disjunção exclusiva, mas
já vi em uma questão do CESPE o que esta banca considera como uma possível
negação para a disjunção exclusiva. Vejam esta questão do MCTI aplicada em
2012:

"Julgue os próximos itens, considerando proposição P, a seguir:

O desenvolvimento científico do país permanecerá estagnado se, e somente se,


não houver investimento em pesquisa acadêmica no Brasil.

44 A negação da proposição P está corretamente enunciada da seguinte forma:


“Ou o desenvolvimento científico do país permanecerá estagnado, ou não haverá
investimento em pesquisa acadêmica no Brasil”."

Essa questão foi considerada correta. Vejam que a disjunção exclusiva foi
considerada como negação da bicondicional "..se e somente se ...". Percebam que
isso faz todo o sentido, já que suas tabelas verdade são inversas, ou seja, quando
uma é verdadeira a outra é falsa, e vice versa. Assim, para provas do CESPE,
podemos considerar a bicondicional como sendo a negação da disjunção
exclusiva, e vice versa.

Vejamos algumas questões!

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89 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “ter
inabilidade de lidar com a raiva e apresentar depressão” é “ter habilidade de
lidar com a raiva ou não apresentar depressão”.

Solução:

Começamos batizando as proposições simples e transformando a sentença para a


linguagem simbólica:

p ∧ q
ter inabilidade de lidar com a raiva e apresentar depressão

Assim, deveremos negar uma proposição do tipo p ∧ q, que já sabemos que é


~p v ~q. Assim, temos:

p: “ter inabilidade de lidar com a raiva”


q: “apresentar depressão”

~p: “não ter inabilidade de lidar com a raiva” (que é o mesmo que “ter habilidade
de lidar com a raiva”)
~q: “não apresentar depressão”

Assim, voltando para a linguagem corrente, temos:

~p v ~q: “ter habilidade de lidar com a raiva ou não apresentar depressão”

Portanto, o item está correto!

90 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “Carlos é juiz e é muito competente”


tem como negação a proposição “Carlos não é juiz nem é muito
competente”.

Solução:

A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” pode ser assim dividida:

p: Carlos é juiz
q: Carlos é muito competente

Dessa forma, a proposição pode ser escrita como p ∧ q. Assim, já sabemos que:

~(p ∧ q) = ~p v ~q

Com isso, a negação de “Carlos é juiz e é muito competente” é “Carlos não é juiz
ou Carlos não é muito competente”. Quando se fala “Carlos não é juiz nem é
muito competente”, está se falando que “Carlos não é juiz e não é muito
competente”. O “nem” pode ser substituído por “e não”. Em linguagem simbólica
seria ~p ∧ ~q.

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Portanto, item errado.

91 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição


(P v ~Q) ∧ R é (~P v Q) ∧ (~R).

Solução:

Essa questão é direta, simplesmente devemos encontrar a negação da proposição


composta (P v ~Q) ∧ R. Para facilitar nossa vida, vamos chamar (P v ~Q) de “A”.
Assim, devemos negar a proposição A ∧ R. A negação de uma conjunção p ∧ q
nós já sabemos que é ~p v ~q.

Assim, a negação de A ∧ R é igual a (~A) v (~R).

Para chegar ao resultado final, basta agora encontrarmos quem é ~A. Substituindo
A por (P v ~Q), teremos que descobrir a negação dessa disjunção. Já sabemos
que a negação de p v q é igual a “~p ∧ ~q”. Assim, a negação de (P v ~Q) é igual
a “~P ∧ Q”. Portanto, ~A v ~R é igual a (~P ∧ Q) v (~R). Concluímos, então, que o
item está errado!

Vou resumir o que fizemos nessa questão:

~[(P v ~Q) ∧ R] (negação de uma conjunção, negamos as duas proposições e


trocamos o “e” pelo “ou”)

~(P v ~Q) v ~R (em seguida, negamos a disjunção dentro dos parênteses, ou seja,
negamos o “P” e o “~Q” e trocamos o “ou” pelo “e”)

(~P ∧ Q) v ~R (Assim encontramos o resultado, que é diferente do demonstrado


no enunciado)

92 - (Polícia Militar/DF – 2009 / CESPE) A negação da proposição “O


concurso será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB” estará
corretamente simbolizada na forma (~A) ∧ (~B), isto é, “O concurso não será
regido por este edital nem será executado pelo CESPE/UnB”.

Solução:

Logo de início já devemos identificar que a proposição “O concurso será regido


por este edital e executado pelo CESPE/UnB” pode ser representada por A ∧ B,
com A sendo “O concurso será regido por este edital” e B sendo “O concurso será
executado pelo CESPE/UnB”. A negação do A ∧ B já sabemos que é ~A v ~B, que
na linguagem corrente fica “O concurso não será regido por este edital ou não
será executado pelo CESPE/UnB”. Portanto, o item está errado!

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Voltando para a teroria...

Mais Equivalências

• Lei Associativa

(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)

Essa propriedade, que vale apenas para a conjunção e para a disjunção, pode ser
verificada por meio da tabela-verdade. Vamos demonstrar a propriedade para a
conjunção:

A B C A ∧ B (A ∧ B) ∧ C B ∧ C A ∧ (B ∧ C)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F

O mesmo pode ser verificado para a disjunção (tente em casa!).

• Lei Distributiva

A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)

Mais uma vez, a propriedade só vale para a conjunção e para a disjunção. Vamos
demonstrar, por meio da tabela-verdade:

A B C BvC A ∧ (B v C) A ∧ B A ∧ C (A ∧ B) v (A ∧ C)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F

• Dupla Negação

~(~A) ⇔ A

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Essa é bem intuitiva. Vamos direto para a tabela-verdade:

A ~A ~(~A)
V F V
F V F

• Equivalências da Condicional

~A → A ⇔ A

Vamos direto para a tabela-verdade:

A ~A ~A → A
V F V
F V F

A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A

Essas são as equivalências mais importantes. Vamos demonstrar as duas com


uma única tabela-verdade:

A B ~A ~B A → B ~A v B ~B → ~A
V V F F V V V
V F F V F F F
F V V F V V V
F F V V V V V

• Equivalências da Bicondicional

A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)

Para concluir, as duas últimas equivalências:

A B A → B B → A A ↔ B (A → B) ∧ (B → A)
V V V V V V
V F F V F F
F V V F F F
F F V V V V

A B ~A ~B A ∧ B ~A ∧ ~B A ↔ B (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)
V V F F V F V V
V F F V F F F F
F V V F F F F F
F F V V F V V V

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Agora, para fixar, vamos listar todas as equivalências citadas acima:

(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)
~(~A) ⇔ A
~A → A ⇔ A
A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)

Não é preciso decorar essas equivalências, pois todas elas podem ser
demonstradas a qualquer momento. No entanto, na medida em que formos
resolvendo as questões, iremos perceber que elas podem ser muito úteis. Com o
tempo, algumas dessas equivalências serão decoradas por você naturalmente.
Isso fará com que você ganhe tempo na hora da prova.

Vamos às questões!!!

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

93 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A → B é equivalente à proposição


~B → ~A.

Solução:

Vamos relembrar o conceito de proposições equivalentes? São proposições


compostas formadas pelas mesmas proposições simples e que possuem tabelas-
verdade iguais. Assim, podemos ver que as duas proposições compostas da
questão “A → B” e “~B → ~A” possuem as mesmas proposições simples “A” e “B”.
Agora, falta saber se suas tabelas-verdade são iguais:

A B ~A ~B A→B ~B → ~A
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Vemos que suas tabelas-verdade também são iguais. Portanto, as proposições


são equivalentes. Item correto!

94 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) As proposições “Se Mário é assessor de Pedro,


então Carlos é cunhado de Mário” e “Se Carlos não é cunhado de Mário,
então Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes.

Solução:

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Agora complicou! Que nada! Vamos passar para a linguagem simbólica:


A → B
Frase 1: Se Mário é assessor de Pedro, então Carlos é cunhado de Mário

A: Mário é assessor de Pedro


B: Carlos é cunhado de Mário

Frase 1: A → B

~B → ~A
Frase 2: Se Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de
Pedro

Frase 2: ~B → ~A

Portanto, a questão está afirmando que “A → B” é equivalente a “~B → ~A”.


Lembrando o conceito de proposições equivalentes, “São proposições compostas
formadas pelas mesmas proposições simples e que possuem tabelas-verdade
iguais”. Percebemos que as proposições simples são as mesmas (A e B). Agora,
basta construir a tabela-verdade:

A B ~A ~B A→B ~B → ~A
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Percebemos que suas tabelas-verdade também são iguais. Portanto, as


proposições são equivalentes. Item correto!

E então, já decorou essa equivalência?

p → q ⇔ ~q → ~p

Essa, talvez, seja a mais importante. Com o passar do tempo você verá como ela
se repete!

95 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice


perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco
olhou o relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então
Alice não perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição “O Coelho
Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”.

Solução:

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Teoria e exercícios comentados
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Vamos começar organizando as informações:

A: Alice perseguiu o Coelho Branco


B: O Coelho Branco olhou o relógio

Proposição 1: Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu o


Coelho Branco

Proposição 1: B → ~A

Proposição 2: O Coelho Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o


Coelho Branco

Proposição 2: ~B v ~A

Vamos, agora, construir a tabela-verdade e verificar se as proposições são


equivalentes:

A B ~A ~B B → ~A ~B v ~A
V V F F F F
V F F V V V
F V V F V V
F F V V V V

Olhando as duas últimas colunas da tabela, vemos que as proposições são


equivalentes. Portanto, o item está correto!

96 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A sentença “como hoje o alarme


não foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores não estavam
ligados” é logicamente equivalente a “se José foi ao banco ou os sensores
estavam ligados, então hoje o alarme foi acionado”.

Solução:

Mais uma questão bem parecida com as que vimos agora. Vamos começar
passando as proposições para a linguagem simbólica:

A: Hoje o alarme não foi acionado


B: José não foi ao banco
C: Os sensores não estavam ligados

“como hoje o alarme não foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores
não estavam ligados”

A → (B ∧ C)

“se José foi ao banco ou os sensores estavam ligados, então hoje o alarme foi
acionado”

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(~B v ~C) → ~A

Assim, deveremos verificar se

A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A

Poderíamos simplesmente construir a tabela-verdade e verificar essa informação.


Ocorre que temos 3 variáveis, o que necessitaria de uma tabela com 8 linhas
(lembra que o número de linhas é igual a 2n, onde n é o número de variáveis?).
Assim, existe uma forma mais simples de resolver esta questão. Vamos olhar com
mais cuidado para a equivalência:

A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A

Olhando com mais atenção para o termo destacado em azul:

(~B v ~C) = ~(B ∧ C)

Assim, podemos reescrever a equivalência da seguinte forma:

A → (B ∧ C) ⇔ ~(B ∧ C) → ~A

Chamando “B ∧ C” de K, temos:

A → (K) ⇔ ~(K) → ~A

Que é uma equivalência já demonstrada anteriormente. Se você não lembrar dela


na hora da prova, basta construir a tabela-verdade e verificar o que demonstramos
aqui. Portanto, o item está correto!

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Continuando com a teoria, vamos aprender mais algumas simbologias e sua


aplicação na lógica.

Lembram quando eu disse na aula passada que era possível transformar


sentenças abertas em proposições com a utilização de quantificadores? Pois é,
isso nós veremos agora!

Já sabemos que a expressão “x + 5 = 10” é uma sentença aberta (também


chamada de “função proposicional”), e, portanto, não é considerada uma
proposição, já que ela possui um elemento (o “x”) que não permite sabermos se é
verdadeira ou falsa. Mas se eu disser que “existe x tal que x + 5 = 10”. Será que
agora poderemos atribuir um valor lógico a essa sentença? Claro que sim! E esse
valor lógico é V, já que realmente existe x (nesse caso x = 5) que torna a sentença
verdadeira.

Mas como representamos simbolicamente esses quantificadores?

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Os principais quantificadores são representados da seguinte forma:

∃: (lê-se: existe; existe pelo menos um; existe um)


∀: (lê-se: para todo; qualquer que seja; para cada)
∃|: (lê-se: existe só um; existe um e um só; existe só um) (este aparece muito
pouco em concurso)

Assim, para transformar a sentença aberta “x + 5 = 10” em proposição,


adicionamos um quantificador e representamos assim:

(∃ x)(x + 5 = 10): (lê-se: existe x tal que x mais cinco é igual a dez)

Nesse caso, o valor lógico dessa proposição é verdadeiro, pois para x = 5,


x + 5 = 10.

Ou então:

(∀ x)(x + 5 = 10): (lê-se: para todo x, temos que x mais cinco é igual a dez)

Nesse caso, o valor lógico é falso, pois para x = 4 (por exemplo), x + 5 ≠ 10.

É preciso saber também, a negação desses quantificadores. Vejamos:

- A negação de “existe... que é...” (∃) é “todo... não é...” (∀).


- A negação de “todo... é...” (∀) é “existe... que não é...” (∃).

Portanto, a negação de “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...” e a
negação de “todo ... é ...” é dado por “existe ... que não é ...”.

Aqui, podemos introduzir o conceito que o Cespe utiliza para a Lógica de Primeira
Ordem. Alguns de vocês podem já ter estudado este assunto e verão que não
estou aprofundando nada dele. Eu retirei de uma prova do próprio Cespe o que a
banca considera suficiente sabermos sobre este assunto:

“Na lógica de primeira ordem, uma proposição é funcional quando é


expressa por um predicado que contém um número finito de variáveis e é
interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F) quando são atribuídos valores
às variáveis e um significado ao predicado. Por exemplo, a proposição “Para
qualquer x, tem-se que x – 2 > 0” possui interpretação V quando x é um
número real maior do que 2 e possui interpretação F quando x pertence, por
exemplo, ao conjunto {-4, -3, -2, -1, 0}.”

Vejam que é basicamente o que acabamos de ver.

Vamos ver umas questões para tentar melhorar o entendimento.

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97 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) A negação da proposição “existe um


triângulo equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo
equilátero é isósceles”.

Solução:

Este item pede que verifiquemos se a negação da proposição “existe um triângulo


equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo equilátero é
isósceles”.

Vimos que a negação do “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...”. Assim,
vamos negar a proposição utilizando esse formato:

A: existe um triângulo equilátero e não isósceles

Reescrevendo essa frase para facilitar o entendimento, temos:

A: existe um triângulo equilátero que não é isósceles

Assim, a negação fica da seguinte forma:

~A: todo triângulo equilátero é isósceles.

Trocamos o “existe ... que é” por “todo... não é”. Como a proposição original já
afirmava que “...não é”, ao negarmos o “não”, acabamos com a afirmação ”...é...”.

Comparando o enunciado da questão com o que encontramos, podemos afirmar


que essa questão está correta!

98 - (TRT - 2008 / CESPE) Considerando que P seja a proposição “Todo


jogador de futebol será craque algum dia”, então a proposição ~P é
corretamente enunciada como “Nenhum jogador de futebol será craque
sempre”.

Solução:

Organizando as informações, temos:

P: Todo jogador de futebol será craque algum dia

A questão pede que verifiquemos se a negação de P é a proposição “Nenhum


jogador de futebol será craque sempre”.

Podemos observar que temos uma proposição com aquelas expressões “todo”,
“existe”, etc. O “P” afirma que “Todo jogador de futebol será craque algum dia”.
Vimos que a negação de “todo... é...” é dado por “existe ... que não é ...”. Assim, a
negação de “P” é dado por:

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~P: Existe jogador de futebol que não será craque algum dia.

Observe que a questão tenta lhe induzir ao erro com o termo “algum dia”, para que
você pense que terá que negar essa parte da proposição também. O importante é
perceber que o “algum dia” dá apenas o momento em que a ação irá acontecer. É
como se a negação de “vai chover hoje” fosse “não vai chover amanhã”.
Perceberam? São informações diferentes que não são excludentes entre si.
Portanto, o item está errado!

99 - (EMBASA - 2009 / CESPE) A negação da afirmação “Todas as famílias da


rua B são preferenciais” é “Nenhuma família da rua B é preferencial”.

Solução:

Mais uma questão que pede apenas a negação de uma proposição com o
quantificador “Todo”. Vimos que para negar uma proposição do tipo “todo... é...”
fazemos “existe... que não é...”. Assim,

A: “Todas as famílias da rua B são preferenciais”


~A: “Existe família da rua B que não é preferencial”

Assim, dizer que “Existe família da rua B que não é preferencial” não é o mesmo
que dizer “Nenhuma família da rua B é preferencial”. Portanto, o item está errado.

100 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Julgando-se como V a proposição


“Alguns textos contêm erros de impressão”, então também será julgada
como V a proposição “Todos os textos contêm erros de impressão”.

Solução:

O que esta questão está dizendo é que sempre que a proposição “Alguns textos
contêm erros de impressão” for verdadeira, a proposição “Todos os textos contêm
erros de impressão” também será verdadeira. Intuitivamente percebemos que
essa questão é errada, pois alguns não é o mesmo que todos. Vamos
demonstrar com um exemplo.

Suponhamos que o total de textos seja dez e que dois desses dez textos
contenham erros de impressão. Assim, a afirmação “alguns textos contêm erros de
impressão” terá valor lógico verdadeiro e a afirmação “Todos os textos contêm
erros de impressão” terá valor lógico falso. Com isso, podemos concluir que esta
questão está errada.

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101 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se
que x2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que estão no conjunto
 5 3 1
5, , 3, , 2,  .
 2 2 2

Solução:

Nessa questão, devemos observar se TODOS os elementos do conjunto


 5 3 1 2
5, , 3, , 2,  satisfazem a proposição “Para qualquer x, tem-se que x > x”, ou
 2 2 2
seja, se os elementos tornam a proposição verdadeira. Para isso, vamos testar
cada elemento:

Testando x = 5

x2 > x
52 > 5
25 > 5 (verdadeiro)

5
Testando x =
2

x2 > x
2
5 5
  >
2 2
25 5
>
4 2
25 10
> (verdadeiro)
4 4

Testando x = 3

x2 > x
32 > 3
9 > 3 (verdadeiro)

3
Testando x =
2

x2 > x
2
3 3
  >
2 2
9 3
>
4 2
9 6
> (verdadeiro)
4 4

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Testando x = 2

x2 > x
22 > 2
4 > 2 (verdadeiro)

1
Testando x =
2

x2 > x
2
 1 1
  >
2 2
1 1
>
4 2
1 2
> (falso)
4 4

 5 3 1
Portanto, nem todos os elementos do conjunto 5, , 3, , 2,  satisfazem a
 2 2 2
proposição, o que torna o item errado.

102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10,
15, 16}.

Solução:

Bom, nessa questão, devemos verificar se existe algum elemento do conjunto que
torne a proposição “Existem números que são divisíveis por 2 e por 3”
verdadeira. Para a proposição ser verdadeira, é necessário que o número seja
divisível por 2 e por 3, ou seja, deve ser divisível pelos dois números. Vamos
checar cada elemento do conjunto:

2: Só é divisível por 2
3: Só é divisível por 3
9: Só é divisível por 3
10: Só é divisível por 2
15: Só é divisível por 3
16: Só é divisível por 2

Portanto, não há nenhum elemento do conjunto que torne a proposição


verdadeira. Item errado.

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Vimos, até agora, as proposições do tipo “se Marcos ... então Pedro ...” ou então
“(A v B) → C”. Ocorre que as proposições também podem aparecer na forma de
expressões matemáticas, por exemplo: “Se X > 0 então X ∈ R”. E então, se eu
pedir para vocês me falarem a negação dessa proposição, como fica? Calma, que
eu explico!

É bem simples, da mesma forma que fizemos quando tínhamos as sentenças na


linguagem corrente, faremos para as expressões matemáticas: passaremos tudo
para a linguagem simbólica. Vamos ao nosso exemplo:

Proposição: Se X > 0 então X ∈ R (lê-se “se X é maior do que zero, então a raiz
quadrada de X pertence ao conjunto dos números reais”)

Batizando as proposições simples, temos:

A: X > 0
B: X ∈ R

Assim, estamos diante de uma proposição A → B. Para encontrar o resultado da


negação dessa proposição, fazemos:

~(A → B) = A ∧ ~B

O “A” continua o mesmo, resta saber qual é a negação do “B” ( X ∈ R). Como
você negaria essa proposição se ela lhe fosse apresentada na linguagem
corrente? Isso mesmo: “a raiz quadrada de X não pertence ao conjunto dos
números reais”. Agora é só escrever isso na forma de uma expressão matemática:

~B: X ∉ R”

Assim, a negação de “Se X > 0 então X ∈ R” é dado por:

X>0e X ∉R

Não é simples? Pois é, o que pode dificultar é você não se lembrar desses
símbolos utilizados na matemática. Vou apresentar uma tabela para ajudar vocês
a se lembrarem.

Símbolo da
Símbolo Significado Significado
Negação
= Igual ≠ Diferente
> Maior que ≤ Menor ou igual que
< Menor que ≥ Maior ou igual que
∈ Pertence ∉ Não pertence
⊂ Está contido ⊄ Não está contido

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Vamos às questões!

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103 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a


proposição “2 + 5 = 7”.

Solução:

Bom, essa questão é bem direta: Devemos saber a negação de uma expressão
matemática “2 + 5 = 9”. Para entendermos melhor a negação dessa proposição,
vamos escrevê-la em linguagem corrente “dois mais cinco é igual a nove”. Como
negamos esta afirmação? Isso mesmo, “dois mais cinco não é igual a nove”.
Voltando para o formato matemático, e lembrando que dizer que algo “não é igual”
é o mesmo que dizer que algo “é diferente”, temos:

A: “2 + 5 = 9”
~A: “2 + 5 ≠ 9”.

Portanto, a questão está errada.

104 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) A negação da proposição (∃x)(x + 3 = 25) pode


ser expressa corretamente por (∀x)(x + 3 ≠ 25).

Solução:

Mais uma vez, vamos organizar as informações:

A: (∃x)(x + 3 = 25) (lê-se: existe x tal que x mais três é igual a vinte e cinco)

Vimos que podemos negar o “existe...que é...” afirmando que “todo ... não é...”.

Primeiro vamos tentar negar o “A” utilizando a linguagem corrente:

A: existe x tal que x mais três é igual a vinte e cinco

~A: para todo x, x mais três não é igual a vinte e cinco

Assim, vamos verificar o que a questão está informando que é a negação de A:

(∀x)(x + 3 ≠ 25) (lê-se: para todo x, x mais três é diferente de vinte e cinco)

Ora, comparando a forma como negamos o “A” com a forma que foi apresentada a
negação do “A” na questão, podemos perceber que se trata da mesma afirmação,
pois dizer que “A não é igual a B” é o mesmo que dizer que “A é diferente de B”.
Logo, o item está correto!

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Por hoje é só. Um grande abraço, e não se esqueçam de resolver as questões
propostas. A resolução delas será apresentada na próxima aula.

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5 - Questões comentadas nesta aula

84 - (Polícia Militar/DF - 2009 / CESPE) A proposição (A ∧ B) → (A v B) é uma


tautologia.

85 - (SERPRO - 2008 / CESPE) A proposição (A → B) → (~A v B) é uma


tautologia.

86 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição ~(A v B) → (~A) v B é uma tautologia

87 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou


precisa ser refeita” será V quando a proposição “A Constituição brasileira não é
moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.

88 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) Se A, B, C e D são proposições, em que B é falsa


e D é verdadeira, então, independentemente das valorações falsa ou verdadeira
de A e C, a proposição A v B → C ∧ D será sempre verdadeira.

89 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “ter inabilidade de


lidar com a raiva e apresentar depressão” é “ter habilidade de lidar com a raiva ou
não apresentar depressão”.

90 - (TRT - 2009 / CESPE) A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem


como negação a proposição “Carlos não é juiz nem é muito competente”.

91 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição


(P v ~Q) ∧ R é (~P v Q) ∧ (~R).

92 - (Polícia Militar/DF – 2009 / CESPE) A negação da proposição “O concurso


será regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB” estará corretamente
simbolizada na forma (~A) ∧ (~B), isto é, “O concurso não será regido por este
edital nem será executado pelo CESPE/UnB”.

93 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A → B é equivalente à proposição


~B → ~A.

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94 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) As proposições “Se Mário é assessor de Pedro,
então Carlos é cunhado de Mário” e “Se Carlos não é cunhado de Mário, então
Mário não é assessor de Pedro” são equivalentes.

95 - (MPE/AM - 2007 / CESPE) Supondo que A simboliza a proposição “Alice


perseguiu o Coelho Branco” e B simboliza a proposição “O Coelho Branco olhou o
relógio”, a proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não
perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição “O Coelho Branco não
olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”.

96 - (Banco da Amazônia - 2009 / CESPE) A sentença “como hoje o alarme não


foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores não estavam ligados” é
logicamente equivalente a “se José foi ao banco ou os sensores estavam ligados,
então hoje o alarme foi acionado”.

97 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) A negação da proposição “existe um triângulo


equilátero e não isósceles” pode ser escrita como “todo triângulo equilátero é
isósceles”.

98 - (TRT - 2008 / CESPE) Considerando que P seja a proposição “Todo jogador


de futebol será craque algum dia”, então a proposição ~P é corretamente
enunciada como “Nenhum jogador de futebol será craque sempre”.

99 - (EMBASA - 2009 / CESPE) A negação da afirmação “Todas as famílias da rua


B são preferenciais” é “Nenhuma família da rua B é preferencial”.

100 - (SEPLAG/DF - 2009 / CESPE) Julgando-se como V a proposição “Alguns


textos contêm erros de impressão”, então também será julgada como V a
proposição “Todos os textos contêm erros de impressão”.

101 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se que
x2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que estão no conjunto
 5 3 1
5, , 3, , 2,  .
 2 2 2

102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15,
16}.

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103 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a
proposição “2 + 5 = 7”.

104 - (TCE/RN - 2009 / CESPE) A negação da proposição (∃x)(x + 3 = 25) pode


ser expressa corretamente por (∀x)(x + 3 ≠ 25).

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6 - Questões para praticar! A solução será apresentada na próxima aula

105 - (MPS - 2009 / CESPE) Considerando as proposições P, Q e R e os símbolos


lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se ..., então), é correto afirmar que a
proposição ~((~P) → R) → ~(P ∧ (~Q)) é uma tautologia.

106 - (DETRAN/DF - 2008 / CESPE) A proposição (A v B) ∧ [(~A) ∧ (~B)] é


sempre falsa.

107 - (TRT - 2008 / CESPE) A proposição A ∧ (~B) → ~(A ∧ B) é uma tautologia.

108 - (MPS - 2010 / CESPE) Considerando as proposições P e Q e os símbolos


lógicos: ~ (negação); v (ou); ∧ (e); → (se, ... então), é correto afirmar que a
proposição (~P) ∧ Q → (~P) v Q é uma tautologia.

109 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Independentemente dos valores lógicos


atribuídos às proposições A e B, a proposição [(A → B) ∧ (~B)] → (~A) tem
somente o valor lógico F.

110 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) A negação da proposição “se Paulo


está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem mais de 30
anos” é “se Paulo não está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então
Luísa não tem mais de 30 anos”.

111 - (SEBRAE - 2008 / CESPE) As proposições na forma ~(A ∧ B) têm


exatamente três valores lógicos V, para todos os possíveis valores lógicos de
A e B.

112 - (TRT - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O juiz determinou a


libertação de um estelionatário e de um ladrão” é expressa na forma “O juiz não
determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

113 - (TER/ES - 2009 / CESPE) A negação da proposição “A pressão sobre os


parlamentares para diminuir ou não aprovar o percentual de reajuste dos seus
próprios salários” está corretamente redigida na seguinte forma: “A pressão sobre
os parlamentares para não diminuir e aprovar o percentual de reajuste dos seus
próprios salários”.

114 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Considere as seguintes proposições.

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A: Jorge briga com sua namorada Sílvia.


B: Sílvia vai ao teatro.

Nesse caso, independentemente das valorações V ou F para A e B, a expressão


~(A v B) correspondente à proposição C: “Jorge não briga com sua namorada
Sílvia e Sílvia não vai ao teatro”.

115 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A negação da proposição “havia um caixa


eletrônico em frente ao banco ou o dinheiro foi entregue à mulher de Gavião.” é
logicamente equivalente à proposição “Não havia um caixa eletrônico em frente ao
banco ou o dinheiro não foi entregue à mulher de Gavião”.

116 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente
de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou
Pedro não está aposentado”.

117 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “O cartão de Joana tem


final par ou Joana não recebe acima do salário mínimo” é “O cartão de Joana tem
final ímpar e Joana recebe acima do salário mínimo”.

118 - (TRT - 2009 / CESPE) As proposições (~A) v (~B) e A → B têm os mesmos


valores lógicos para todas as possíveis valorações lógicas das proposições A e B.

119 - (MPE/RR - 2008 / CESPE) Se A e B são proposições, então


~(A ↔ B) tem as mesmas valorações que [(~A) → (~B)] ∧ [(~B) → (~A)].

120 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) As proposições A ∧ (~B) ∧ (~C) e


~[(A → (B v C)] têm os mesmos valores lógicos, independentemente dos valores
lógicos das proposições A, B e C.

121 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) As proposições [A v (~B)] → (~A) e


[(~A) ∧ B] v (~A) são equivalentes.

122 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A proposição “se havia um caixa eletrônico
em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião;” é logicamente
equivalente à proposição “Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia
um caixa eletrônico em frente ao banco”.

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Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
123 - (Escrivão-PF - 2009 / CESPE) Se A for a proposição “Todos os policiais são
honestos”, então a proposição ~A estará enunciada corretamente por “Nenhum
policial é honesto”.

124 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) Dizer que “todas as senhas são
números ímpares” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que “pelo
menos uma das senhas não é um número ímpar”.

125 - (UNIPAMPA - 2009 / CESPE) Se a proposição A → B v C é F, então a


proposição (A ∧ B) v (A ∧ C) é V.

126 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Toda pessoa


pobre é violenta” é equivalente a “Existe alguma pessoa pobre que não é violenta”.

127 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) A negação da proposição “Se houver


corrupção, os níveis de violência crescerão” é equivalente a “Se não houver
corrupção, os níveis de violência não crescerão”.

128 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que Jorge não seja pobre,
mas pratique atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um contraexemplo para
a afirmação: “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos”.

(Texto para a questão 129) Com a finalidade de reduzir as despesas mensais com
energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas de
circulação, sensores de presença e de claridade natural que atendem à seguinte
especificação:

P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade


natural suficiente no recinto.

Acerca dessa situação, julgue o item seguinte.

129 - (TCDF - 2012 / CESPE) A negação da especificação P é logicamente


equivalente à proposição “A luz não permanece acesa se, e somente se, não há
movimento ou há claridade natural suficiente no recinto”.

130 - (MPU - 2013 / CESPE) A negação da proposição “Não apareceram


interessados na licitação anterior e ela não pode ser repetida sem prejuízo para a
administração” está corretamente expressa por “Apareceram interessados na
licitação anterior ou ela pode ser repetida sem prejuízo para a administração”.

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Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
(Texto para as questões 131 a 134)

— Mário, você não vai tirar férias este ano de novo? Você trabalha demais!

— Ah, João, aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias.

Considerando o diálogo acima, julgue os itens seguintes, tendo como referência a


declaração de Mário.

131 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A negação da declaração de Mário pode ser


corretamente expressa pela seguinte proposição: “Aquele que não trabalha com o
que não gosta não está sempre de férias”.

132 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A declaração de Mário é equivalente a “Se o


indivíduo trabalhar com o que gosta, então ele estará sempre de férias”.

133 - (SERPRO - 2013 / CESPE) A proposição “Enquanto trabalhar com o que


gosta, o indivíduo estará de férias” é uma forma equivalente à declaração de
Mário.

134 - (SERPRO - 2013 / CESPE) “Se o indivíduo estiver sempre de férias, então
ele trabalha com o que gosta” é uma proposição equivalente à declaração de
Mário.

(Texto para as questões 135 e 136) Considerando que, P, Q e R são proposições


conhecidas, julgue os próximos itens.

135 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A proposição [(P ∧ Q) → R] v R é uma tautologia,


ou seja, essa proposição é sempre verdadeira independentemente dos valores
lógicos de P, Q e R.

136 - (DEPEN - 2013 / CESPE) A Proposição ~[(P → Q) v Q] é equivalente à


proposição P ∧ (~Q), em que ~P é a negação de P.

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Raciocínio Lógico p/ Polícia Federal (Agente)
Teoria e exercícios comentados
Prof Marcos Piñon – Aula 02
7 - Gabarito

84 - C 111 - C
85 - C 112 - E
86 - C 113 - C
87 - C 114 - C
88 - E 115 - E
89 - C 116 - E
90 - E 117 - C
91 - E 118 - E
92 - E 119 - E
93 - C 120 - C
94 - C 121 - C
95 - C 122 - C
96 - C 123 - E
97 - C 124 - C
98 - E 125 - E
99 - E 126 - C
100 - E 127 - E
101 - E 128 - E
102 - E 129 - E
103 - E 130 - C
104 - C 131 - E
105 - C 132 - C
106 - C 133 - C
107 - C 134 - E
108 - C 135 - E
109 - E 136 - C
110 - E

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