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SUMÁRIO PÁGINA
1. Resolução das questões da Aula 01 1
2. Tautologia, Contradição e Contingência 18
3. Implicação 21
4. Equivalência Lógica 22
5. Exercícios Comentados nesta aula 42
6. Exercícios Propostos 45
7. Gabarito 49
Olá! Vocês viram como as questões se repetem? Pois é, por isso que é importante
a resolução do maior número de questões possíveis. Vamos começar resolvendo
as questões que deixei na aula passada. Mãos à obra!
Solução:
Essa é bem simples, não podemos errar. Uma questão dessa na prova tem que
ser considerada ponto garantido!
58 - (MCT – 2008 / CESPE) A frase “Por que Maria não come carne
vermelha?” não é uma proposição.
Solução:
Mais uma questão que pede apenas que você identifique se a sentença é uma
proposição ou não. Como não podemos atribuir um valor lógico para essa frase,
Solução:
Solução:
Solução:
Mais uma vez, lembram-se da dica? Frase no imperativo, uma ordem, assim, não
se trata de uma proposição. Item errado!
Solução:
Nesse item temos uma sentença maior, mas não vamos nos assustar! Vamos no
sentido inverso, para facilitar a explicação. Trata-se de uma afirmação, não é uma
pergunta, nem uma exclamação, muito menos uma ordem, portanto, é provável
que seja uma proposição. Vimos na aula passada as proposições compostas do
tipo “se... então ...”, é justamente o caso dessa frase. Se o projeto for de
cooperação universidade-empresa e não puderem ser pleiteados recursos do
fundo setorial verde, a sentença será falsa. Caso contrário, será verdadeira. Item
correto!
Solução:
Frase no imperativo, uma ordem, assim, não se trata de uma proposição. Não é
proposição.
Solução:
Nessa questão basta ter atenção pra não cair na pegadinha. Vamos reescrever a
frase colocando o sujeito e o complemento para cada verbo:
é o mesmo que:
Temos, como pode ser visto acima, duas proposições simples unidas pelo
conectivo “e”, formando uma proposição composta. Como a questão afirma que se
trata de uma proposição simples, este item está errado!
Solução:
Não se assuste com essa questão, ela é simples! Na última aula, quando mostrei
como se constrói a tabela-verdade, eu disse que devemos contar a quantidade de
variáveis distintas “n” para sabermos a quantidade de linhas da tabela verdade,
que é dada por 2n. Para essa questão, basta saber isso! Assim, como A, B, C, D,
E e F não são necessariamente proposições distintas, o “n” pode variar de 1 (com
todas as proposições iguais) até 6 (com todas as proposições distintas). Com isso,
temos:
Assim, o valor de “N” varia de 2 até 64, ou seja, 2 ≤ N ≤ 64. Item correto!
Solução:
Nessa questão, devemos checar se a proposição “Se o Coelho Branco não olhou
o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho Branco” pode ser representada por
(~B) → (~A). Vamos lá!
~B → ~A
Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não perseguiu o Coelho
Branco
Solução:
Solução:
Sentença 1 Sentença 2
“João será aprovado no concurso do TRT ou do TSE, mas não em ambos”
A v B
Sentença 1: João será aprovado no concurso do TRT ou João será aprovado no
concurso do TSE
Sentença 1: A v B
Sentença 2: João não será aprovado nos concursos do TRT e do TSE ao mesmo
tempo
Sentença 2: ~(A ∧ B)
Solução:
Número de linhas: 22 = 4
Número de colunas: 2 (variáveis) + 5 (operações) = 7
Solução:
Número de linhas: 23 = 8
Número de colunas: 3 (variáveis) + 2 (operações) = 5
A B C A∧B (A ∧ B) ∧ C
V V V V V
V V F V F
V F V F F
V F F F F
F V V F F
F V F F F
F F V F F
F F F F F
Aqui, vale uma observação. Para uma conjunção possuir valor lógico verdadeiro,
todas as suas proposições devem ser verdadeiras. Assim, sempre só existirá uma
possibilidade de uma conjunção ser verdadeira (com todas as proposições
verdadeiras). Por exemplo: (A ∧ B) ∧ (C ∧ D) ∧ (E ∧ F) só terá um valor lógico
verdadeiro. Pode conferir!!!
Solução:
Agora vamos fazer diferente. A questão informou que A e B podem ser ambas “V”
ou ambas “F”. Vamos testar as duas hipóteses:
Portanto, vemos que tanto para ambas “V” como para ambas “F”, o valor lógico da
proposição ~((~A) ∧ B) é sempre verdadeiro. Assim, o item está errado!
Solução:
Viram o meu destaque em azul? Vou batizar essa expressão destacada de “p”.
Assim temos:
p: A ∧ (B v C)
~p v p
Número de linhas: 21 = 2
Número de colunas: 1 (variável) + 2 (operações) = 3
p ~p ~p v p
V F V
F V V
Olhando para a última coluna, podemos ver que qualquer que seja o valor lógico
de “p”, a expressão “~p v p” será sempre verdadeira. Assim, independentemente
dos valores lógicos de “A”, “B” ou “C”, a expressão “A ∧ (B v C)” poderá ser
verdadeira ou falsa. Porém, isso pouco importa, pois vimos que tanto faz que seja
“V” ou “F”, a expressão resultante será sempre “V”. Assim, o item está correto!
Solução:
P: p ↔ (q ∧ r)
p é verdadeiro
q é verdadeiro
r é falso
P: p ↔ (q ∧ r)
P: V ↔ (V ∧ F)
P: V ↔ (F) = F
Solução:
Item correto.
Solução:
O que este item está afirmando é que basta não haver claridade natural para a luz
permanecer acesa. Será mesmo? Vejamos a especificação novamente:
P: p ↔ (q ∧ r)
O que devemos analisar é se basta o r ser verdadeiro para que o p também seja.
P: p ↔ (q ∧ V)
Podemos ver que isso não é verdade, pois caso o q seja falso, ou seja, não haja
movimento, o (q ∧ V) será falso, e fará com que o p também tenha que ser falso
(ou seja, a luz não permanece acesa) para que o “P” seja verdadeiro.
Item errado.
Solução:
Essa é uma questão que confunde bastante. Temos aqui uma relação de causa e
consequência, da mesa forma que temos numa condicional. A diferença aqui é a
ordem das frases. Vejamos:
Esta frase poderia ser reescrita da seguinte forma que continuaria com o mesmo
sentido:
Solução:
Essa é uma questão que pode nos confundir na hora da prova. Porém, percebam
que a proposição afirma que os três "têm em comum" algo, ou seja, não diz o que
eles têm, mas sim o que eles têm em comum. Dessa forma, não podemos separar
esta proposição em três proposições distintas, pois assim teremos outro sentido
para a proposição. Assim, se eu dissesse que “O gaúcho tem amor pelo seu
estado natal, o mato-grossense tem amor pelo seu estado natal e o mineiro
tem amor pelo seu estado natal” não estaríamos dizendo a mesma coisa que
“O gaúcho, o mato-grossense e o mineiro têm em comum o amor pelo seu
estado natal”. Com isso, podemos concluir que o item está errado.
Solução:
Item errado.
Solução:
Para resolver essa questão basta preencher a tabela-verdade. Para isso, vou
incluir mais uma coluna, com o valor lógico de (Q ∧ R), para facilitar o
preenchimento:
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Agora, vamos preencher a tabela, começando com a coluna (Q ∧ R). Como temos
uma conjunção, o resultado só será verdadeiro quando Q e R forem verdadeiros
ao mesmo tempo:
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V V
V V F F
V F V F
V F F F
F V V V
F V F F
F F V F
F F F F
P Q R (Q ∧ R) P ↔ (Q ∧ R)
V V V V V
V V F F F
V F V F F
V F F F F
F V V V F
F V F F V
F F V F V
F F F F V
Solução:
Item errado.
Solução:
Essa questão é bem semelhante à anterior. Foi dito apenas que a democracia é
consequência de um fato, ou seja, temos apenas um sujeito (democracia) e uma
informação sobre este sujeito (é consequência de um fato). Portanto, temos sim
uma proposição simples.
Item correto.
P Q R S
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Solução:
P Q R P→Q (P → Q) ∧ R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
P Q R P→Q (P → Q) ∧ R
V V V V V
V V F V F
V F V F F
V F F F F
F V V V V
F V F V F
F F V V V
F F F V F
Solução:
Mais uma questão semelhante. Agora, vamos inserir mais duas colunas (P ∧ Q) e
(P ∧ R):
P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V
V V F V
V F V F
V F F F
F V V F
F V F F
F F V F
F F F F
P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F F
F V V F F
F V F F F
F F V F F
F F F F F
Por fim, vamos preencher a coluna (P ∧ Q) v (P ∧ R), que será falsa apenas
quando P ∧ Q e P ∧ R forem falsas simultaneamente:
P Q R P∧Q P∧R (P ∧ Q) v (P ∧ R)
V V V V V V
V V F V F V
V F V F V V
V F F F F F
F V V F F F
F V F F F F
F F V F F F
F F F F F F
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Tautologia - Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia (ou uma
proposição logicamente verdadeira) quando, ao testarmos todos os possíveis
valores lógicos de suas proposições simples, por meio de sua tabela-verdade, a
última coluna contém somente a letra V. Ou melhor, é toda proposição composta
cujo valor lógico será sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos
de suas proposições simples.
Exemplo:
p v ~p
p ~p p v ~p
V F V
F V V
Exemplo:
p ∧ ~p
p ~p p ∧ ~p
V F F
F V F
Aqui vale fazer uma observação: Toda negação de uma tautologia consiste numa
contradição e toda negação de uma contradição resulta numa tautologia.
A contingência é toda proposição composta que não é nem uma tautologia nem
uma contradição. Há, pelo menos, um V e um F na última coluna da tabela-
verdade. É bem simples, caso a proposição composta não seja nem uma
tautologia nem uma contradição, será chamada de contingência.
Exemplo:
p q p∧q
V V V
V F F
F V F
F F F
Vamos às questões!!!
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Solução:
Nessa questão, deveremos saber que uma proposição composta será uma
tautologia se, para todos os possíveis valores lógicos de suas proposições
simples, seu valor lógico é sempre verdadeiro. A melhor forma de saber isso é
construindo sua tabela-verdade:
N° de linhas: 2 2 = 4
N° de colunas: 2 (variáveis) + 3 (operações “ ∧”, “→” e “v”) = 5
A B A∧B AvB (A ∧ B) → (A v B)
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V
Solução:
Mais um tipo de questão que se repete bastante. Como na questão anterior, basta
construir a tabela-verdade:
Mais uma vez, percebemos que o valor lógico da proposição composta é sempre
verdadeiro, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que
a compõem. Portanto, o item está correto!
Solução:
Essa questão afirma que quando uma proposição é verdadeira a outra é falsa e
vice-versa. Assim, o que devemos observar é se a proposição “A Constituição
brasileira é moderna ou precisa ser refeita” e a proposição “A Constituição
brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” apresentam valores lógicos
opostos para os possíveis valores lógicos das proposições simples que as
compõem. Assim, temos:
Proposição 1: p v q
Proposição 2: ~p ∧ ~q
Solução:
Olhando para a última coluna da tabela, podemos perceber que nem sempre o
valor lógico da expressão A v B → C ∧ D será verdadeiro, ou seja, não se trata de
uma tautologia. Logo, o item está errado.
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3 - Implicação Lógica
Dizemos que uma proposição “A” implica em outra “B”, se “B” é verdadeira todas
as vezes que “A” é verdadeira. Assim, em nenhuma linha da tabela-verdade de “A”
e “B” aparece VF, ou seja, não temos simultaneamente o “A” verdadeiro e o “B”
falso. Usamos para a implicação o símbolo ”⇒”. Vamos ver um exemplo:
p ⇒ (p v q)
Devemos notar que uma proposição “A” implica numa proposição “B”, sempre que
a condicional “A → B” for verdadeira.
(p → q) ∧ (q → r) ⇒ p → r
4 - Equivalência Lógica
Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas forem formadas pelas
mesmas proposições simples e suas tabelas-verdade forem iguais. Ou seja, pra os
mesmos valores lógicos de suas proposições simples, seus valores resultantes
serão sempre os mesmos. Usamos para a equivalência o símbolo "⇔". Vamos
ver um exemplo:
p q ~p ~p v q p→q
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “e” pelo “ou”
~(p ∧ q) ⇔ ~p v ~q
Não iremos demonstrar aqui, como chegamos a este resultado. Basta saber que a
tabela-verdade da proposição composta e de sua negação devem ser opostas, ou
seja, sempre que uma for verdadeira, a outra deverá ser falsa e sempre que uma
for falsa a outra deverá ser verdadeira.
p q ~p ~q p∧q ~(p ∧ q) ~p v ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F F V V
F F V V F V V
1- Negamos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “ou” pelo “e”
~(p v q) ⇔ ~p ∧ ~q
p q ~p ~q pvq ~(p v q) ~p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V V F F
F V V F V F F
F F V V F V V
1- Mantemos o “p”
2- Negamos o “q”
3- Substituímos o “se ... então...” pelo “e”
~(p → q) ⇔ p ∧ ~q
p q ~p ~q p → q ~(p → q) p ∧ ~q
V V F F V F F
V F F V F V V
F V V F V F F
F F V V V F F
1- Chamamos “p → q” de k
2- Chamamos “q → p” de j
Para negar uma conjunção, já vimos que devemos negar as proposições e trocar o
operador “e” por “ou”. Assim:
~(k ∧ j) = ~k v ~j
~(p → q) v ~(q → p)
Essa questão foi considerada correta. Vejam que a disjunção exclusiva foi
considerada como negação da bicondicional "..se e somente se ...". Percebam que
isso faz todo o sentido, já que suas tabelas verdade são inversas, ou seja, quando
uma é verdadeira a outra é falsa, e vice versa. Assim, para provas do CESPE,
podemos considerar a bicondicional como sendo a negação da disjunção
exclusiva, e vice versa.
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Solução:
p ∧ q
ter inabilidade de lidar com a raiva e apresentar depressão
~p: “não ter inabilidade de lidar com a raiva” (que é o mesmo que “ter habilidade
de lidar com a raiva”)
~q: “não apresentar depressão”
Solução:
p: Carlos é juiz
q: Carlos é muito competente
Dessa forma, a proposição pode ser escrita como p ∧ q. Assim, já sabemos que:
~(p ∧ q) = ~p v ~q
Com isso, a negação de “Carlos é juiz e é muito competente” é “Carlos não é juiz
ou Carlos não é muito competente”. Quando se fala “Carlos não é juiz nem é
muito competente”, está se falando que “Carlos não é juiz e não é muito
competente”. O “nem” pode ser substituído por “e não”. Em linguagem simbólica
seria ~p ∧ ~q.
Solução:
Para chegar ao resultado final, basta agora encontrarmos quem é ~A. Substituindo
A por (P v ~Q), teremos que descobrir a negação dessa disjunção. Já sabemos
que a negação de p v q é igual a “~p ∧ ~q”. Assim, a negação de (P v ~Q) é igual
a “~P ∧ Q”. Portanto, ~A v ~R é igual a (~P ∧ Q) v (~R). Concluímos, então, que o
item está errado!
~(P v ~Q) v ~R (em seguida, negamos a disjunção dentro dos parênteses, ou seja,
negamos o “P” e o “~Q” e trocamos o “ou” pelo “e”)
Solução:
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Mais Equivalências
• Lei Associativa
(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)
Essa propriedade, que vale apenas para a conjunção e para a disjunção, pode ser
verificada por meio da tabela-verdade. Vamos demonstrar a propriedade para a
conjunção:
A B C A ∧ B (A ∧ B) ∧ C B ∧ C A ∧ (B ∧ C)
V V V V V V V
V V F V F F F
V F V F F F F
V F F F F F F
F V V F F V F
F V F F F F F
F F V F F F F
F F F F F F F
• Lei Distributiva
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)
Mais uma vez, a propriedade só vale para a conjunção e para a disjunção. Vamos
demonstrar, por meio da tabela-verdade:
A B C BvC A ∧ (B v C) A ∧ B A ∧ C (A ∧ B) v (A ∧ C)
V V V V V V V V
V V F V V V F V
V F V V V F V V
V F F F F F F F
F V V V F F F F
F V F V F F F F
F F V V F F F F
F F F F F F F F
• Dupla Negação
~(~A) ⇔ A
A ~A ~(~A)
V F V
F V F
• Equivalências da Condicional
~A → A ⇔ A
A ~A ~A → A
V F V
F V F
A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A
A B ~A ~B A → B ~A v B ~B → ~A
V V F F V V V
V F F V F F F
F V V F V V V
F F V V V V V
• Equivalências da Bicondicional
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)
A B A → B B → A A ↔ B (A → B) ∧ (B → A)
V V V V V V
V F F V F F
F V V F F F
F F V V V V
A B ~A ~B A ∧ B ~A ∧ ~B A ↔ B (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)
V V F F V F V V
V F F V F F F F
F V V F F F F F
F F V V F V V V
(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧ C)
(A v B) v C ⇔ A v (B v C)
A ∧ (B v C) ⇔ (A ∧ B) v (A ∧ C)
A v (B ∧ C) ⇔ (A v B) ∧ (A v C)
~(~A) ⇔ A
~A → A ⇔ A
A → B ⇔ ~A v B
A → B ⇔ ~B → ~A
A ↔ B ⇔ (A → B) ∧ (B → A)
A ↔ B ⇔ (A ∧ B) v (~A ∧ ~B)
Não é preciso decorar essas equivalências, pois todas elas podem ser
demonstradas a qualquer momento. No entanto, na medida em que formos
resolvendo as questões, iremos perceber que elas podem ser muito úteis. Com o
tempo, algumas dessas equivalências serão decoradas por você naturalmente.
Isso fará com que você ganhe tempo na hora da prova.
Vamos às questões!!!
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Solução:
A B ~A ~B A→B ~B → ~A
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
Solução:
Frase 1: A → B
~B → ~A
Frase 2: Se Carlos não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor de
Pedro
Frase 2: ~B → ~A
A B ~A ~B A→B ~B → ~A
V V F F V V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V
p → q ⇔ ~q → ~p
Essa, talvez, seja a mais importante. Com o passar do tempo você verá como ela
se repete!
Solução:
Proposição 1: B → ~A
Proposição 2: ~B v ~A
A B ~A ~B B → ~A ~B v ~A
V V F F F F
V F F V V V
F V V F V V
F F V V V V
Solução:
Mais uma questão bem parecida com as que vimos agora. Vamos começar
passando as proposições para a linguagem simbólica:
“como hoje o alarme não foi acionado, então José não foi ao banco e os sensores
não estavam ligados”
A → (B ∧ C)
“se José foi ao banco ou os sensores estavam ligados, então hoje o alarme foi
acionado”
(~B v ~C) → ~A
A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A
A → (B ∧ C) ⇔ (~B v ~C) → ~A
A → (B ∧ C) ⇔ ~(B ∧ C) → ~A
Chamando “B ∧ C” de K, temos:
A → (K) ⇔ ~(K) → ~A
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(∃ x)(x + 5 = 10): (lê-se: existe x tal que x mais cinco é igual a dez)
Ou então:
(∀ x)(x + 5 = 10): (lê-se: para todo x, temos que x mais cinco é igual a dez)
Nesse caso, o valor lógico é falso, pois para x = 4 (por exemplo), x + 5 ≠ 10.
Portanto, a negação de “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...” e a
negação de “todo ... é ...” é dado por “existe ... que não é ...”.
Aqui, podemos introduzir o conceito que o Cespe utiliza para a Lógica de Primeira
Ordem. Alguns de vocês podem já ter estudado este assunto e verão que não
estou aprofundando nada dele. Eu retirei de uma prova do próprio Cespe o que a
banca considera suficiente sabermos sobre este assunto:
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Solução:
Vimos que a negação do “existe ... que é ...” é dada por “todo ... não é ...”. Assim,
vamos negar a proposição utilizando esse formato:
Trocamos o “existe ... que é” por “todo... não é”. Como a proposição original já
afirmava que “...não é”, ao negarmos o “não”, acabamos com a afirmação ”...é...”.
Solução:
Podemos observar que temos uma proposição com aquelas expressões “todo”,
“existe”, etc. O “P” afirma que “Todo jogador de futebol será craque algum dia”.
Vimos que a negação de “todo... é...” é dado por “existe ... que não é ...”. Assim, a
negação de “P” é dado por:
~P: Existe jogador de futebol que não será craque algum dia.
Observe que a questão tenta lhe induzir ao erro com o termo “algum dia”, para que
você pense que terá que negar essa parte da proposição também. O importante é
perceber que o “algum dia” dá apenas o momento em que a ação irá acontecer. É
como se a negação de “vai chover hoje” fosse “não vai chover amanhã”.
Perceberam? São informações diferentes que não são excludentes entre si.
Portanto, o item está errado!
Solução:
Mais uma questão que pede apenas a negação de uma proposição com o
quantificador “Todo”. Vimos que para negar uma proposição do tipo “todo... é...”
fazemos “existe... que não é...”. Assim,
Assim, dizer que “Existe família da rua B que não é preferencial” não é o mesmo
que dizer “Nenhuma família da rua B é preferencial”. Portanto, o item está errado.
Solução:
O que esta questão está dizendo é que sempre que a proposição “Alguns textos
contêm erros de impressão” for verdadeira, a proposição “Todos os textos contêm
erros de impressão” também será verdadeira. Intuitivamente percebemos que
essa questão é errada, pois alguns não é o mesmo que todos. Vamos
demonstrar com um exemplo.
Suponhamos que o total de textos seja dez e que dois desses dez textos
contenham erros de impressão. Assim, a afirmação “alguns textos contêm erros de
impressão” terá valor lógico verdadeiro e a afirmação “Todos os textos contêm
erros de impressão” terá valor lógico falso. Com isso, podemos concluir que esta
questão está errada.
Solução:
Testando x = 5
x2 > x
52 > 5
25 > 5 (verdadeiro)
5
Testando x =
2
x2 > x
2
5 5
>
2 2
25 5
>
4 2
25 10
> (verdadeiro)
4 4
Testando x = 3
x2 > x
32 > 3
9 > 3 (verdadeiro)
3
Testando x =
2
x2 > x
2
3 3
>
2 2
9 3
>
4 2
9 6
> (verdadeiro)
4 4
Testando x = 2
x2 > x
22 > 2
4 > 2 (verdadeiro)
1
Testando x =
2
x2 > x
2
1 1
>
2 2
1 1
>
4 2
1 2
> (falso)
4 4
5 3 1
Portanto, nem todos os elementos do conjunto 5, , 3, , 2, satisfazem a
2 2 2
proposição, o que torna o item errado.
102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10,
15, 16}.
Solução:
Bom, nessa questão, devemos verificar se existe algum elemento do conjunto que
torne a proposição “Existem números que são divisíveis por 2 e por 3”
verdadeira. Para a proposição ser verdadeira, é necessário que o número seja
divisível por 2 e por 3, ou seja, deve ser divisível pelos dois números. Vamos
checar cada elemento do conjunto:
2: Só é divisível por 2
3: Só é divisível por 3
9: Só é divisível por 3
10: Só é divisível por 2
15: Só é divisível por 3
16: Só é divisível por 2
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Proposição: Se X > 0 então X ∈ R (lê-se “se X é maior do que zero, então a raiz
quadrada de X pertence ao conjunto dos números reais”)
A: X > 0
B: X ∈ R
~(A → B) = A ∧ ~B
O “A” continua o mesmo, resta saber qual é a negação do “B” ( X ∈ R). Como
você negaria essa proposição se ela lhe fosse apresentada na linguagem
corrente? Isso mesmo: “a raiz quadrada de X não pertence ao conjunto dos
números reais”. Agora é só escrever isso na forma de uma expressão matemática:
~B: X ∉ R”
X>0e X ∉R
Não é simples? Pois é, o que pode dificultar é você não se lembrar desses
símbolos utilizados na matemática. Vou apresentar uma tabela para ajudar vocês
a se lembrarem.
Símbolo da
Símbolo Significado Significado
Negação
= Igual ≠ Diferente
> Maior que ≤ Menor ou igual que
< Menor que ≥ Maior ou igual que
∈ Pertence ∉ Não pertence
⊂ Está contido ⊄ Não está contido
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Solução:
Bom, essa questão é bem direta: Devemos saber a negação de uma expressão
matemática “2 + 5 = 9”. Para entendermos melhor a negação dessa proposição,
vamos escrevê-la em linguagem corrente “dois mais cinco é igual a nove”. Como
negamos esta afirmação? Isso mesmo, “dois mais cinco não é igual a nove”.
Voltando para o formato matemático, e lembrando que dizer que algo “não é igual”
é o mesmo que dizer que algo “é diferente”, temos:
A: “2 + 5 = 9”
~A: “2 + 5 ≠ 9”.
Solução:
A: (∃x)(x + 3 = 25) (lê-se: existe x tal que x mais três é igual a vinte e cinco)
Vimos que podemos negar o “existe...que é...” afirmando que “todo ... não é...”.
(∀x)(x + 3 ≠ 25) (lê-se: para todo x, x mais três é diferente de vinte e cinco)
Ora, comparando a forma como negamos o “A” com a forma que foi apresentada a
negação do “A” na questão, podemos perceber que se trata da mesma afirmação,
pois dizer que “A não é igual a B” é o mesmo que dizer que “A é diferente de B”.
Logo, o item está correto!
101 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se que
x2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que estão no conjunto
5 3 1
5, , 3, , 2, .
2 2 2
102 - (BB - 2007 / CESPE) A proposição funcional “Existem números que são
divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15,
16}.
116 - (MPS - 2009 / CESPE) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente
de trabalho ou Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou
Pedro não está aposentado”.
122 - (Polícia Civil/ES - 2010 / CESPE) A proposição “se havia um caixa eletrônico
em frente ao banco, então o dinheiro ficou com Gavião;” é logicamente
equivalente à proposição “Se o dinheiro não ficou com Gavião, então não havia
um caixa eletrônico em frente ao banco”.
124 - (Banco da Amazônia - 2010 / CESPE) Dizer que “todas as senhas são
números ímpares” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale a dizer que “pelo
menos uma das senhas não é um número ímpar”.
128 - (Polícia Civil/CE - 2012 / CESPE) Considerando que Jorge não seja pobre,
mas pratique atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um contraexemplo para
a afirmação: “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos”.
(Texto para a questão 129) Com a finalidade de reduzir as despesas mensais com
energia elétrica na sua repartição, o gestor mandou instalar, nas áreas de
circulação, sensores de presença e de claridade natural que atendem à seguinte
especificação:
— Mário, você não vai tirar férias este ano de novo? Você trabalha demais!
— Ah, João, aquele que trabalha com o que gosta está sempre de férias.
134 - (SERPRO - 2013 / CESPE) “Se o indivíduo estiver sempre de férias, então
ele trabalha com o que gosta” é uma proposição equivalente à declaração de
Mário.
84 - C 111 - C
85 - C 112 - E
86 - C 113 - C
87 - C 114 - C
88 - E 115 - E
89 - C 116 - E
90 - E 117 - C
91 - E 118 - E
92 - E 119 - E
93 - C 120 - C
94 - C 121 - C
95 - C 122 - C
96 - C 123 - E
97 - C 124 - C
98 - E 125 - E
99 - E 126 - C
100 - E 127 - E
101 - E 128 - E
102 - E 129 - E
103 - E 130 - C
104 - C 131 - E
105 - C 132 - C
106 - C 133 - C
107 - C 134 - E
108 - C 135 - E
109 - E 136 - C
110 - E