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Zilda Ribeiro dos Santos, Advogada OAB/RJ 186.

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EXCELENTISSIMO DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 01º JUIZADO


ESPECIAL CÍVEL REGIONAL DA BARRA DA TINUCA RJ

Processo n° 0005946-39.2019.8.19.0209

RAIMUNDO CANDIDO NERI, devidamente qualificado nos autos acima


referenciados, por sua advogada, vem respeitosamente apresentar as CONTRA
RAZÕES AO RECURSO INOMINADO interposto, requerendo a remessa dos
autos para superior instancia para manutenção da r. sentença recorrida.

Pede deferimento

Rio de Janeiro, 06 de abril de 2019.

Zilda Ribeiro dos Santos


OAB/RJ186.817

Estrada do Gabinal nº 313 sala 242-A Rio Shopping - Freguesia Rio de Janeiro RJ CEP 22760-151
(21) 98129-1311
Zilda Ribeiro dos Santos, Advogada OAB/RJ 186.817
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CONTRA RAZÕES AO RECURSO INOMINADO

Processo nº 0005946-39.2019.8.19.0209
Recorrido: RAIMUNDO CANDIDO NERI
Recorrente: LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A

EGRÉGIA TURMA RECURSAL

COLENDA TURMA

Merece ser mantida integralmente a r. Sentença recorrida, em razão da


correta apreciação das questões de fato e de direito, conforme restará
demonstrado.

O RECORRIDO FEZ DE TUDO PARA QUE A ENERGIA FOSSE


RELIGADA, NO ENTANTO A RECORRENTE O CASTIGOU DEIXANDO SEM
SERVIÇOS DE ELETRICIDADE POR 22 DIAS. A ENERGIA SOMENTE FOI
RELIGADA POR ORDEM JUDICIAL.

DAS RAZÕES DE FATO E DE DIREITO

Trata de ação movida contra a Recorrente por indenização pelos danos


morais causados ao Recorrido por mantê-la sem energia por 22 dias, mesmo
as contas estando todas quitadas, além de inúmeras ligações e
comparecimento do Autor na agencia da Ré para religar a energia.

O fato narrado na inicial está devidamente provado através dos


protocolos apresentados além de foto do relógio desligado.

DA SENTENÇA RECORRIDA

PROJETO DE SENTENÇA PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO


RIO DE JANEIRO I Juizado Especial Cível da Comarca da Barra da
Tijuca Processo n°: 0005946-39.2019.8.19.0209

Autor: RAIMUNDO CANDIDO NERI

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Réu: LIGHT S/A PROJETO DE SENTENÇA

Dispensado o relatório nos termos do art. 38 da Lei 9.099/95. A parte


autora alega ter sofrido uma suspensão no serviço de luz prestado pela
ré. Requer o restabelecimento do serviço e indenização por danos
morais. Em contestação, a ré argui prejudicial de decadência e no mérito
sustenta que houve um mera interrupção, e ainda que nas outras data
informadas não houve interrupção do serviço, assim não há dano moral
a ser indenizado. Quanto a prejudicial de decadência do direito do autor,
não é possível reconhecer, uma vez que os fatos narrados configuram
falha na prestação do serviço, incidindo a norma contida no art. 27 do
CDC, que estabelece prazo prescricional de 05 (cinco) anos. Os fatos
caracterizam relação de consumo, enquadrando-se a ré no conceito de
fornecedor contido no art. 3º do CDC, devendo o ônus da prova ser
invertido com base no art. 6°, inciso VIII, da Lei 8.078/90, em virtude
da hipossuficiência da parte autora e da verossimilhança de suas
alegações. A ré não impugnou especificamente os fatos narrados na
petição inicial, como exige o CPC, presumindose verdadeiras, portanto,
as alegações da parte autora. A par disso, não apresentou qualquer
documento que comprovasse a prestação do serviço tal como
contratado. Percebe-se, portanto, que o corte de energia fora indevido,
nos exatos termos mencionados na petição inicial. Assim sendo,
deverão ser julgados procedentes os pedidos autorais, devendo a verba
a título de dano moral ser fixada em valor razoável e compatível com
os prejuízos que a parte autora sofreu pelo corte de energia indevido, a
qual arbitro no montante de R$ 10.000,00 (dez mil) reais.

Por fim, não restou demonstrado por parte da autora as penas de


litigância de má-fé.

Isto posto: 1) JULGO PROCEDENTE o pedido de condenação da ré


no pagamento de verba a título de danos morais, a qual arbitro no valor
de R$ 10.000,00 (dez mil reais), acrescida de juros legais de 1% ao mês
a contar da citação e correção monetária a contar da publicação da
sentença Torno definitiva a tutela antecipada de fls. 26 Em

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consequência, JULGO o processo extinto, com julgamento do mérito,


na forma do artigo 487, I, do CPC. Por fim, com fundamento no art.
487, I, do CPC, JULGO IMPROCEDENTE O PEDIDO de litigância
de má-fé, pelos motivos acima expostos Sem ônus sucumbenciais, face
ao disposto no artigo 55 da Lei 9.099/95. A parte ré fica ciente que
deverá depositar as quantias acima fixadas, referentes à condenação em
pagar quantia certa, no prazo de 15 (quinze) dias após o trânsito em
julgado, sob pena da multa de 10% prevista no art. 523, do Código de
Processo Civil, nos termos do Enunciado Jurídico 13.9.1 do Aviso
23/2008. Na forma do artigo 40 da Lei 9099/95, remeto o presente
projeto de sentença para homologação do MM. Juiz de Direito, para que
produza os devidos efeitos legais. Rio de Janeiro, 10 de maio de 2019
TIAGO DA FONTOURA GALVÃO Juiz Leigo

A falta de serviço da Ré lhe trouxe grandes danos, perdeu tudo que tinha
no congelador e ainda sofreu com as noites quentes sem poder usar o ventilador
ou ar condicionado. Foram 22 dias de agonia, sem conseguir dormir por
conta do calor, sem uma água gelada para beber, sem uma luz para
acender.

DOS DANO MORAL

A condenação foi perfeitamente aplicada no caso em tela, veja bem


Vossas Excelências, O RECORRIDO FEZ DE TUDO PARA QUE A ENERGIA
FOSSE RELIGADA, NO ENTANTO A RECORRENTE O CASTIGOU
DEIXANDO SEM SERVIÇOS DE ELETRICIDADE POR 22 DIAS. A ENERGIA
SOMENTE FOI RELIGADA POR ORDEM JUDICIAL.

A condenação foi justa e condizente com o caso que ocorreu com o


Recorrido, pois lutou todos s dias através de idas a agencia e ligações para ter
sua energia restabelecida, mas a Recorrente cometeu tal ato, arbitrariamente,
injustamente. O Recorrido somente conseguiu que seu serviço de energia
elétrica fosse restabelecido, depois que moveu processo e o juiz deferiu
a TUTELA ANTECIPADA.

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DO PEDIDO

Diante dos fatos descritos, requer que essa Egrégia Turma Recursal
negue provimento ao recurso inominado interposto e condene o Recorrente ao
pagamento dos honorários de sucumbência fixado em 20%.

Pelos fatos e fundamentos expostos.

Pede deferimento.

Rio de Janeiro,06 de junho de 2019.

Zilda Ribeiro Dos Santos

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