Você está na página 1de 2

1) Sendo adultos e profissionais do Colégio SESI, como podemos contribuir para o

desenvolvimento das potencialidades dos adolescentes e jovens?

Márcia Rigon, idealizadora das Oficinas de Aprendizagem, disse que o jovem deve ser
visto e trabalhado como “um campo de potencialidades e sonhos a serem desenvolvidos”. Ou
seja, um jovem não é apenas um conjunto de habilidades latentes, mas também é constituído
por sonhos – muito particulares. Se conseguirmos, portanto, aliar esses dois caráteres
essenciais da juventude, teremos condições de dar encaminhamento mais adequado aos
nossos alunos e, consequentemente, lograremos melhor êxito em nosso trabalho.

Ora, mas como fazer isso?

O método mais acertado seria o de, buscando conhecer os sonhos (ou, melhor, as
intenções de vida) de determinado aluno, mostrar como ele os poderá conquistar, colocando-
o no caminho do desenvolvimento de habilidades capazes de auxiliá-lo.

O problema, porém, está em como conhecer os sonhos do aluno, tendo em vista que
muitas vezes nem os nossos próprios nós conhecemos. Certamente, não há fórmula para isso.
No entanto, no desenvolvimento de atividades, na conversa, no tato com os alunos, é possível
avaliar as suas disposições para certos assuntos, de modo que nos é oportunizado perceber
que encaminhamento podemos lhes dar. Para isso, mais do que qualquer coisa, é necessário
atenção. Atenção aos alunos! - Aliás, esse é um ponto interessante: na metodologia do SESI, o
aluno deve prestar atenção na gestão do professor, mas, tão importante quanto isso, é o olhar
do professor sobre o aluno.

Nesse sentido, podemos dizer que, enquanto profissionais do Colégio SESI, nossa
maior contribuição para o desenvolvimento das potencialidades dos jovens está em lhes dar
orientações capazes de lhes encaminhar em direção as suas intenções de vida. Isso fará com
que o desenvolvimento de suas capacidades aconteça quase que naturalmente.

2) Enquanto professor, o que devo aproveitar das características da geração atual para
fazer da minha sala de aula um espaço produtivo, prazeroso e saudável?

Há muitos estudos sobre como podemos classificar a geração atual, mas fato é que
nenhum deles converge para um modelo específico de jovem. Isto é, não encontramos um tipo
padrão de pessoa nos dias de hoje. Além disso, as mudanças tecnológicas recentes e a
globalização fizeram com que períodos bastante curtos de tempo se transformassem em
distâncias linguísticas e psicológicas enormes. Notemos, por exemplo, como alguém que
possui 35 anos hoje se expressa e pensa de um jeito bastante diferente de quem possui 15 ou
16.

No entanto, embora toda essa variação e complexidade pareçam problemáticas, é


possível que vejamos nisso uma oportunidade para o exercício do professorado. O fato de os
alunos possuírem características distintas pode auxiliar na produção de conceitos que
carreguem perspectivas complementares a respeito de um mesmo assunto, enriquecendo a
construção do conhecimento. Além disso, uma sala com essas características possibilita o
desenvolvimento otimizado das atividades em equipe, pois é capaz de reunir um grupo com
habilidades que se suplementam e melhoram a dinâmica das oficinas - tornando o trabalho
mais atrativo e favorável a todos.

Você também pode gostar