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DA ASSESSORIA
DE IMPRENSA
PARA TI
ÍNDICE
Introdução 3
O que é uma notícia? 5
Características da notícia 6
A importância do follow-up 17
O que faz um assessor de imprensa? 19
Relação com os media: para quem enviar o comunicado 21
Dicas para cultivar relações com os media 23
Vantagens e desvantagens do exclusivo 26
Não basta fazer assessoria, há que medir os resultados 29
Conclusão 31
Sobre a OUTMarketing 33
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O que é a assessoria de imprensa e como se faz? É realmente importante as
empresas de Tecnologias de Informação apostarem nesta área? A minha empresa
tem dimensão suficiente para rentabilizar o investimento? Porque é que não falo
diretamente com o jornalista e lhe digo o que é para escrever?
Estas são apenas algumas das questões que o diretor de uma empresa coloca
quando esta questão lhe é apresentada pelo seu departamento de marketing. Esta é
uma área que, apesar de estar presente no dia-a-dia de todos os profissionais, levanta
ainda muitas dúvidas.
Então, como pode a sua empresa do setor das TI tirar partido destas circunstâncias?
Reunimos neste eBook um conjunto de ideias-chave para ajudar a esclarecer e
clarificar este tema.
Vamos a isto?
Características da notícia
• Novidade – uma notícia tem de traduzir sempre um facto novo, uma novidade, algo
que acontece pela primeira vez.
• Relevância – esta é uma das mais controversas caraterísticas da notícia. Os factos não
são relevantes, na mesma medida, para todos os editores, repórteres ou jornalistas.
A verdade é que nem tudo merece ser noticiado. Um dos maiores desafios da
assessoria de imprensa é a relevância dos factos dos seus clientes, ou seja, o que
pode ou não ser passível de publicação pelos meios de comunicação social.
Importa destacar que o que pode ser muito relevante para uma empresa, pode
ser relativamente irrelevante para os jornalistas.
• Veracidade – na era das redes sociais, esta característica assume ainda mais
importância. Com a panóplia de «hoaxes» e «fails» que inundam a Internet
diariamente, é extremamente importante assegurar a credibilidade das notícias e a
veracidade da informação que se divulga. Os media dão cada vez mais importância a
esta característica, pelo que, divulgar algo que não é verdadeiro pode ferir de morte a
fonte da comunicação, seja uma agência ou uma empresa.
O QUE É UM COMUNICADO
DE IMPRENSA?
Um comunicado de imprensa, ou Press Release (PR), é uma informação emitida
por uma empresa ou por uma agência de comunicação em seu nome, com
vista a divulgar um ou vários factos relevantes sobre a sua atividade:
resultados, contratações, iniciativas de expansão internacional, novos
escritórios, lançamentos de produtos ou serviços, entre outros.
• Data e local: todos os PRs começam com a data e local de onde a notícia é enviada.
Assim, fica facilitada a identificação.
• Título: o título do comunicado deve ser curto e muito apelativo. Muitos jornalistas
apenas vão ler o título do seu PR, pelo que se não conseguir chamar a sua atenção
nessa altura, a oportunidade morreu.
• Lead: o PR deve ser o mais fiel possível a uma notícia, para evitar que o jornalista
tenha muito trabalho. O ideal é estar o mais próximo possível de uma notícia final.
Por isso, o lead do nosso PR deve conter as respostas às perguntas tradicionais de
uma notícia: quem, o quê, onde e quando.
COMO UM COMUNICADO
PODE SER NOTÍCIA?
Nem todos os assuntos servem para fazer um Press Release (PR). É muito importante
que as empresas compreendam esta premissa, pois, por vezes, há diretores que
querem comunicar tudo o que a empresa faz, caindo no erro de banalizar a sua
comunicação.
Os jornalistas recebem centenas de PRs por dia, por isso, é cada vez mais importante
definir o âmbito do que se pretende comunicar. Enumeramos algumas dicas de
assuntos com potencial para atrair a atenção dos jornalistas
na área das Tecnologias de Informação (TI).
Imagine o seguinte cenário: a sua empresa do setor das TI desenvolveu uma app que
simplifica a criação da lista de compras para quando vai ao supermercado e que o
avisa quando algum dos produtos acaba ou está a chegar ao fim.
Chegando a esta fase é muito importante ressalvar que a notícia publicada não
é necessariamente igual ao comunicado de imprensa enviado. O jornalista é livre
de fazer edição, de retirar e acrescentar informação, de confirmar os factos ou até de
pedir reações à concorrência ou aos clientes do produto ou serviço. O comunicado
de imprensa é uma base de trabalho para o jornalista desenvolver a notícia e não a
versão final do que será publicado!
É muito importante que quem faz assessoria de imprensa deixe bem claro esta
questão aos seus clientes para que ninguém saia com as expetativas defraudadas.
Os comunicados de imprensa, quando bem escritos, podem até ser publicados
diretamente no meio de comunicação. Mas, por norma, são apenas a base de
trabalho para os jornalistas desenvolverem conteúdo.
2. Defina o seu argumento. Como o nome indica, o texto deve conter uma opinião
estruturada. Se não está entusiasmado com o tema ou não o domina, deve escolher
outro.
3. Sustente a sua opinião. Artigos de opinião fortes são construídos com base em factos
válidos, reais, key-numbers, ou seja, dados que sustentam o seu argumento e não
apenas o seu ponto de vista. Fundamente a sua opinião. Pode eventualmente utilizar
citações de experts no tema e relatórios/estudos independentes para basear os seus
argumentos.
4. Não referencie a sua empresa. Artigos de opinião não devem referenciar a empresa
do autor para não tornar o texto comercial. Ao assinar o artigo como colaborador
da empresa X, e escrever sobre determinado tema, é porque é aquilo que a empresa
defende e pratica. Está assim a divulgar as boas práticas da sua empresa de forma
indireta, subtil e credível.
5. Seja curto e conciso. Cada meio de comunicação social é diferente, mas a maioria
solicita um artigo de opinião até 3.500 caracteres (incluindo espaços). Utilize frases e
parágrafos curtos. Exponha a sua opinião de forma prática, percetível e sucinta.
6. Adeque a sua linguagem ao leitor. Evite a utilização de voz passiva e jargão técnico.
O leitor quer ficar informado sobre determinado tema e não inundado num mar de
dúvidas.
A IMPORTÂNCIA DO FOLLOW-UP
Quer se trate do envio de um comunicado ou de um artigo de opinião, o follow-up
é uma parte fundamental do trabalho! O tempo dos jornalistas é tremendamente
escasso, o que faz com que nem sempre consigam dar a devida atenção a todos
os PRs que recebem, podendo ignorar alguns factos relevantes. Existem dezenas
de fatores que podem fazer com que um jornalista não receba ou não dê a devida
atenção ao PR enviado.
Não se pense que o trabalho do assessor de imprensa termina com o envio do PR.
Há que assegurar que o jornalista recebe realmente o PR e que o abre para ler o
conteúdo. E isso só se consegue através do follow-up. Ligar a alertar para o envio do
PR ou simplesmente perguntar se o recebeu e se já teve oportunidade de o ler é
meio caminho andado para o jornalista abrir o e-mail com a informação remetida.
Por vezes, pode ser que a notícia não seja publicada logo na altura,
mas motive uma entrevista ou um artigo mais alargado,
posteriormente. Alguns jornalistas, inclusive, guardam os PRs para
dossiers temáticos que publicam mais tarde.
Para cultivar uma relação é preciso tempo e contacto regular. Fizemos uma lista com
algumas dicas:
• Faça follow-up: enviar comunicados de imprensa não chega para cultivar uma boa
relação com os media. O follow-up é o momento certo para pegar no telefone e falar
de viva voz com os jornalistas. Aproveite este momento para conhecer melhor o seu
interlocutor, de forma a ir mais de encontro às suas expetativas em envios futuros.
• Saiba ouvir: não utilize o follow-up apenas para falar sobre o seu cliente e perguntar
se a matéria vai ou não ser publicada. Este tipo de contacto soa a pressão e
geralmente não é bem-recebido. Utilize o follow-up para propor matérias adicionais
ao comunicado, convidar o jornalista a entrevistar os interlocutores da empresa que
representa ou apresentar à avaliação do meio um artigo de opinião. Depois de feita
a sua proposta, oiça atentamente o que o jornalista tem a dizer. Na presença de um
“não”, tente saber o porquê. Oiça os jornalistas, mostre-se compreensivo face aos seus
constrangimentos e use o conhecimento que obtiver para trabalhos futuros.
• Não desanime: os jornalistas são pessoas geralmente com muito pouco tempo e
com demasiadas solicitações vindas de assessores de imprensa e da atualidade
propriamente dita. Têm de fazer conviver num meio de comunicação
com espaço limitado muitos assuntos, sendo que grande parte
deles perdem atualidade se a publicação não for feita de
imediato. Deste modo, as informações veiculadas pelos assessores
de imprensa são frequentemente ignoradas ou adiadas. Saiba
viver com isso e nunca desista.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO EXCLUSIVO
Quando um assessor de imprensa fornece o exclusivo de uma informação a um
meio de comunicação social está, na prática, a abdicar de todos os outros. Deste
modo, tem de ter um bom motivo para o fazer!
Vantagens:
Desvantagens:
• Menos visibilidade: o exclusivo implica que o conteúdo seja publicado por apenas
um meio de comunicação, pelo que terá, teoricamente, menos visibilidade. No
entanto, dependendo do meio de comunicação social em questão, poderá ser melhor
sair num só meio de grande tiragem do que em vários com baixa audiência.
• Menos media value: nem sempre esta questão se coloca, mas antes de conceder
um exclusivo, pense no desempenho que esse conteúdo teria se fosse massificado. Se
o conteúdo for muito apelativo aos media, optar por um exclusivo poderá reduzir o
media value expetável.
CONCLUSÃO
A assessoria de imprensa é uma peça fundamental numa estratégia de marketing
integrado e as empresas devem considerar a aposta nesta atividade quando
elaboram o seu plano de marketing anual. Uma notícia num meio de comunicação
social é uma forma de chegar a um público mais amplo, de forma credível e com
um investimento relativamente baixo.
Esperamos que este eBook tenha respondido às suas questões sobre assessoria de
impresa! Mas, se ficou com alguma dúvida ou quer trocar algumas ideias sobre este
tema, fale connosco.