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O BÊ-A-BÁ

DA ASSESSORIA
DE IMPRENSA
PARA TI
ÍNDICE
Introdução 3
O que é uma notícia? 5
Características da notícia 6

O que é um comunicado de imprensa? 8


Boas práticas para a escrita de PRs 9

Como um comunicado pode ser notícia? 11


Diferenças entre comunicado e notícia 12

Diferenças entre comunicado e artigo de opinião 13

A importância do follow-up 17
O que faz um assessor de imprensa? 19
Relação com os media: para quem enviar o comunicado 21
Dicas para cultivar relações com os media 23
Vantagens e desvantagens do exclusivo 26
Não basta fazer assessoria, há que medir os resultados 29
Conclusão 31
Sobre a OUTMarketing 33
INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO
O que é a assessoria de imprensa e como se faz? É realmente importante as
empresas de Tecnologias de Informação apostarem nesta área? A minha empresa
tem dimensão suficiente para rentabilizar o investimento? Porque é que não falo
diretamente com o jornalista e lhe digo o que é para escrever?

Estas são apenas algumas das questões que o diretor de uma empresa coloca
quando esta questão lhe é apresentada pelo seu departamento de marketing. Esta é
uma área que, apesar de estar presente no dia-a-dia de todos os profissionais, levanta
ainda muitas dúvidas.

Quando bem-feita, a assessoria de imprensa é uma importante ferramenta de


alavancagem de negócio. Sem o pedirmos, ao longo do dia somos “bombardeados”
por notícias, seja no carro enquanto estamos no trânsito, num scroll rápido pelas
redes sociais, em newsletters que recebemos por email ou simplesmente quando
paramos na pastelaria para beber um café e a televisão está ligada.

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INTRODUÇÃO

Então, como pode a sua empresa do setor das TI tirar partido destas circunstâncias?
Reunimos neste eBook um conjunto de ideias-chave para ajudar a esclarecer e
clarificar este tema.

Vamos a isto?

A assessoria de imprensa é fundamental para as empresas que atuam no setor das


Tecnologias de Informação. Dar a conhecer a empresa e os seus produtos, chegar
ao seu público-alvo e tornar-se uma referência na área em que atua são apenas
algumas das vantagens da aposta na assessoria de imprensa.

No entanto, são ainda muitas as dúvidas e questões em torno da assessoria de


imprensa, dos critérios dos jornalistas e da melhor forma de abordar os meios de
comunicação social. Que tal começarmos pelo início?

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O QUE É UMA NOTÍCIA?

O QUE É UMA NOTÍCIA?


Este é um tema que não é verdadeiramente consensual entre a comunidade
jornalística. É frequente assistir-se, nas redações, a discussões acaloradas sobre o
que é ou não notícia e sobre o que deve ou não ser noticiado. No entanto, e apesar
da disparidade de opiniões, há traços comuns que uma notícia deve ter para ser
considerada como tal.

Uma notícia tem de responder a 4 perguntas fundamentais: quem, o quê, onde


e quando. Estas são as perguntas consideradas essenciais para que uma notícia
cumpra a sua função de informar e devem ser respondidas
logo no início do artigo.

Mais abaixo, no corpo do texto, é a vez de desenvolver


o assunto, procurando responder às perguntas:
como e porquê.
NEWS
Mas, se estes fossem os únicos critérios para definir
uma notícia, qualquer assunto poderia ser explorado
pelos jornalistas e isso não acontece. Então, quais
são as características de uma notícia?

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O QUE É UMA NOTÍCIA?

Características da notícia

Existem quatro características fundamentais que uma notícia deve reunir


simultaneamente: novidade, relevância, atualidade e veracidade.

• Novidade – uma notícia tem de traduzir sempre um facto novo, uma novidade, algo
que acontece pela primeira vez.

• Relevância – esta é uma das mais controversas caraterísticas da notícia. Os factos não
são relevantes, na mesma medida, para todos os editores, repórteres ou jornalistas.
A verdade é que nem tudo merece ser noticiado. Um dos maiores desafios da
assessoria de imprensa é a relevância dos factos dos seus clientes, ou seja, o que
pode ou não ser passível de publicação pelos meios de comunicação social.
Importa destacar que o que pode ser muito relevante para uma empresa, pode
ser relativamente irrelevante para os jornalistas.

• Atualidade – a notícia tem um período de vida relativamente curto. Esta caraterística


é muito importante em termos de assessoria de imprensa, dado permitir estipular os
timings para o envio de Press Releases, assim como para o seu follow-up. O que é
notícia hoje, certamente não o será amanhã, a não ser que se verifique um facto
novo sobre o mesmo assunto.

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O QUE É UMA NOTÍCIA?

• Veracidade – na era das redes sociais, esta característica assume ainda mais
importância. Com a panóplia de «hoaxes» e «fails» que inundam a Internet
diariamente, é extremamente importante assegurar a credibilidade das notícias e a
veracidade da informação que se divulga. Os media dão cada vez mais importância a
esta característica, pelo que, divulgar algo que não é verdadeiro pode ferir de morte a
fonte da comunicação, seja uma agência ou uma empresa.

Como vimos, é muito importante que, no contacto com jornalistas, as empresas


tenham estes critérios bem presentes. De nada adianta enviar comunicados de
imprensa para os meios de comunicação social se não cumprirem estes parâmetros,
podendo ser até prejudicial para a empresa!

Ao enviar informação para os media há um conjunto de passos que devem ser


seguidos, para potenciar a probabilidade de a informação vir a ser publicada. Já ouviu
falar de comunicados de imprensa? O que são e como devem ser escritos?

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O QUE É UM COMUNICADO DE IMPRENSA?

O QUE É UM COMUNICADO
DE IMPRENSA?
Um comunicado de imprensa, ou Press Release (PR), é uma informação emitida
por uma empresa ou por uma agência de comunicação em seu nome, com
vista a divulgar um ou vários factos relevantes sobre a sua atividade:
resultados, contratações, iniciativas de expansão internacional, novos
escritórios, lançamentos de produtos ou serviços, entre outros.

Um PR deve obedecer a regras pré-estabelecidas e a uma formatação


tipo, para o jornalista perceber, de imediato, de que se trata
de informação fidedigna e relevante para a sua atividade diária.
Estas regras inserem-se no conjunto de boas práticas para escrever
conteúdo relevante e apelativo para jornalistas.

Então, como escrever um comunicado de imprensa? Identificámos


um conjunto de boas práticas para a elaboração deste documento.

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O QUE É UM COMUNICADO DE IMPRENSA?

Boas práticas para a escrita de PRs

• Designação: o nome do documento do comunicado deve conter a designação


PR e o título do comunicado, de modo a facilitar a identificação do assunto. Pode
ainda incluir a data, para facilitar ainda mais a sua identificação na amálgama de
comunicados recebidos pelos jornalistas.

• Data e local: todos os PRs começam com a data e local de onde a notícia é enviada.
Assim, fica facilitada a identificação.

• Título: o título do comunicado deve ser curto e muito apelativo. Muitos jornalistas
apenas vão ler o título do seu PR, pelo que se não conseguir chamar a sua atenção
nessa altura, a oportunidade morreu.

• Lead: o PR deve ser o mais fiel possível a uma notícia, para evitar que o jornalista
tenha muito trabalho. O ideal é estar o mais próximo possível de uma notícia final.
Por isso, o lead do nosso PR deve conter as respostas às perguntas tradicionais de
uma notícia: quem, o quê, onde e quando.

• Corpo da notícia: o comunicado deve ser dividido em parágrafos, espaçados entre


si para facilitar a leitura. Os bullets ou pontos podem ajudar a leitura e podem ser
incluídos sempre que se justifique. Devem ser incluídas citações de responsáveis da
empresa que envia a informação, para dar mais credibilidade ao comunicado. Por
vezes, essas citações podem ser realçadas a negrito para dar maior destaque.

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O QUE É UM COMUNICADO DE IMPRENSA?

• Ligações: na era da Internet, importa colocar links no comunicado, que ajudem


o jornalista a encontrar mais informação sobre o tema, se julgar necessário. O link
para a empresa sobre a qual versa o PR é obrigatório.

• «Background» - no final do comunicado, deve ser colocado um parágrafo com


informação de «background» sobre a empresa ou organização a que se refere o PR.
Este parágrafo deve ser um resumo da atividade da empresa e conter um link para
o seu website.

• Contatos: no final do comunicado, é essencial colocar o nome e contatos do assessor


de imprensa, nomeadamente o endereço de e-mail e os números de telefone fixo e
móvel. Pode ser também incluído o endereço Skype, quando aplicável.

Um bom comunicado de imprensa deve seguir esta estrutura para simplificar


o trabalho do jornalista e aumentar a probabilidade de a informação passar de
comunicado a notícia. Mas, como é feito este processo? Quais os critérios para
definir que comunicados são trabalhados e passam a notícia?

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

COMO UM COMUNICADO
PODE SER NOTÍCIA?
Nem todos os assuntos servem para fazer um Press Release (PR). É muito importante
que as empresas compreendam esta premissa, pois, por vezes, há diretores que
querem comunicar tudo o que a empresa faz, caindo no erro de banalizar a sua
comunicação.

Os jornalistas recebem centenas de PRs por dia, por isso, é cada vez mais importante
definir o âmbito do que se pretende comunicar. Enumeramos algumas dicas de
assuntos com potencial para atrair a atenção dos jornalistas
na área das Tecnologias de Informação (TI).

• Lançamentos de produtos ou serviços


• Fusões ou aquisições de empresas
• Contratação de recursos
• Nomeação de cargos dirigentes
• Resultados financeiros
• Iniciativas de responsabilidade social
• Abertura de novos escritórios
• Expansão internacional

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

Antes de enviar uma comunicação para os media, é importante fazer um pequeno


exercício de autoavaliação. Se ao consultar os meios de comunicação social se
deparasse com uma notícia sobre o tema que propõe, mas sobre outra empresa,
parava para ler ou ouvir?

Diferenças entre comunicado e notícia

Imagine o seguinte cenário: a sua empresa do setor das TI desenvolveu uma app que
simplifica a criação da lista de compras para quando vai ao supermercado e que o
avisa quando algum dos produtos acaba ou está a chegar ao fim.

Vai começar a disponibilizar a sua app ao mercado e quer comunicar esta


informação nos media. Faz um comunicado, envia para os jornalistas, faz o follow-
up e, quando a notícia é publicada está diferente do comunicado que tinha sido
enviado! Como é que isto aconteceu?

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

Chegando a esta fase é muito importante ressalvar que a notícia publicada não
é necessariamente igual ao comunicado de imprensa enviado. O jornalista é livre
de fazer edição, de retirar e acrescentar informação, de confirmar os factos ou até de
pedir reações à concorrência ou aos clientes do produto ou serviço. O comunicado
de imprensa é uma base de trabalho para o jornalista desenvolver a notícia e não a
versão final do que será publicado!

É muito importante que quem faz assessoria de imprensa deixe bem claro esta
questão aos seus clientes para que ninguém saia com as expetativas defraudadas.
Os comunicados de imprensa, quando bem escritos, podem até ser publicados
diretamente no meio de comunicação. Mas, por norma, são apenas a base de
trabalho para os jornalistas desenvolverem conteúdo.

Diferenças entre comunicado e artigo de opinião

Ao contrário do que acontece com os comunicados de imprensa, que são


habitualmente enviados para vários meios de comunicação social e onde os
jornalistas têm toda a liberdade para editar o conteúdo, nos artigos de opinião
acontece precisamente o contrário.

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

O artigo de opinião é enviado para apenas um meio de comunicação


social e o texto não é editado pelos jornalistas. Os medias têm
definidos espaços específicos para a introdução destes textos, que
são sempre assinalados como opinião e assinados pela pessoa que os
escreve. São habitualmente acompanhados pela fotografia de quem
assina o artigo.

É igualmente importante que os artigos sejam conteúdo rico


e didático sobre o tema em análise e não uma descrição exaustiva
das vantagens de trabalhar com a sua empresa! Dando-lhe um
exemplo para o setor da TI: é muito mais interessante apostar num
artigo sobre riscos e cibersegurança do que focar o conteúdo nas
vantagens do antivírus que a sua empresa comercializa.

O artigo deve ser relevante e comentar uma temática da atualidade. No entanto,


não é fundamental que seja assinado pelo CEO da empresa! O Diretor de Operações
conhece muito bem o mercado em que a sua empresa atua e as suas necessidades?
Poderá ser uma boa opção. Cabe ao assessor de imprensa analisar cada meio e
propor ao seu cliente que temas poderão ter interesse para os jornalistas.

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

Para o ajudar na construção dos seus artigos de opinião, elencámos


7 ideias chave para a produção deste conteúdo:

1. Escolha um tema e título atrativos. Existe sempre tempo e espaço para um tema


atraente e a primeira impressão está no título. Use a criatividade e chame a atenção,
em primeiro lugar do jornalista (para publicar o artigo) e em segundo lugar do leitor
(é para este que o artigo é escrito e tem mesmo de se sentir tentado a lê-lo).

2. Defina o seu argumento. Como o nome indica, o texto deve conter uma opinião
estruturada. Se não está entusiasmado com o tema ou não o domina, deve escolher
outro.

3. Sustente a sua opinião. Artigos de opinião fortes são construídos com base em factos
válidos, reais, key-numbers, ou seja, dados que sustentam o seu argumento e não
apenas o seu ponto de vista. Fundamente a sua opinião. Pode eventualmente utilizar
citações de experts no tema e relatórios/estudos independentes para basear os seus
argumentos.

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COMO UM COMUNICADO PODE SER NOTÍCIA?

4. Não referencie a sua empresa. Artigos de opinião não devem referenciar a empresa
do autor para não tornar o texto comercial. Ao assinar o artigo como colaborador
da empresa X, e escrever sobre determinado tema, é porque é aquilo que a empresa
defende e pratica. Está assim a divulgar as boas práticas da sua empresa de forma
indireta, subtil e credível.

5. Seja curto e conciso. Cada meio de comunicação social é diferente, mas a maioria
solicita um artigo de opinião até 3.500 caracteres (incluindo espaços). Utilize frases e
parágrafos curtos. Exponha a sua opinião de forma prática, percetível e sucinta.

6. Adeque a sua linguagem ao leitor. Evite a utilização de voz passiva e jargão técnico.
O leitor quer ficar informado sobre determinado tema e não inundado num mar de
dúvidas.

7. Conclua confirmando a ideia principal. Retome a ideia inicial e termine o artigo


comprovando essa mesma ideia.

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A IMPORTÂNCIA DO FOLLOW-UP

A IMPORTÂNCIA DO FOLLOW-UP
Quer se trate do envio de um comunicado ou de um artigo de opinião, o follow-up
é uma parte fundamental do trabalho! O tempo dos jornalistas é tremendamente
escasso, o que faz com que nem sempre consigam dar a devida atenção a todos
os PRs que recebem, podendo ignorar alguns factos relevantes. Existem dezenas
de fatores que podem fazer com que um jornalista não receba ou não dê a devida
atenção ao PR enviado.

• O PR pode ter ido para a pasta de spam


• O jornalista não estava na redação e o PR perdeu-se no meio dos demais
• O jornalista estava de folga ou de férias
• O PR não chegou porque a caixa de correio eletrónico do jornalista estava cheia
• O PR foi acidentalmente apagado

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A IMPORTÂNCIA DO FOLLOW-UP

Não se pense que o trabalho do assessor de imprensa termina com o envio do PR.
Há que assegurar que o jornalista recebe realmente o PR e que o abre para ler o
conteúdo. E isso só se consegue através do follow-up. Ligar a alertar para o envio do
PR ou simplesmente perguntar se o recebeu e se já teve oportunidade de o ler é
meio caminho andado para o jornalista abrir o e-mail com a informação remetida.

Por vezes, pode ser que a notícia não seja publicada logo na altura,
mas motive uma entrevista ou um artigo mais alargado,
posteriormente. Alguns jornalistas, inclusive, guardam os PRs para
dossiers temáticos que publicam mais tarde.

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O QUE FAZ UM ASSESSOR DE IMPRENSA?

O QUE FAZ UM ASSESSOR


DE IMPRENSA?
Agora que já analisámos como é importante criar um bom conteúdo e fazer o
seu acompanhamento depois de enviado para as redações, há uma questão que
se impõe: afinal o que faz um assessor de imprensa? Limita-se a escrever, enviar o
comunicado e fazer follow-up?

Longe disso! O assessor de imprensa é um profissional da área das relações públicas


que gere a relação de uma empresa, marca, instituição ou pessoa com os meios de
comunicação social (TV, rádio, online e imprensa), com o objetivo de dar visibilidade
às suas atividades e iniciativas. A relação que estabelece com os jornalistas baseia-se
no fornecimento de informação que permite que seja criada matéria jornalística.

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O QUE FAZ UM ASSESSOR DE IMPRENSA?

Para atingir os seus objetivos, o assessor de imprensa deve desenvolver uma


estratégia, decidir o que comunicar, a quem e em que momento, escrever press-
releases, sugerir artigos aos meios de comunicação social, agendar entrevistas,
convidar jornalistas para eventos, reunir as notícias publicadas sobre os seus clientes
(clipping), dar formação de media training e apresentar relatórios de atividades e
resultados.

O trabalho de um assessor de imprensa não pode ser


considerado publicidade! O assessor de imprensa partilha
a informação com os jornalistas, sugere abordagens
vantajosas para os seus clientes mas, no final,
Relações
são os jornalistas que decidem que temas são
Públicas
ou não publicados.

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RELAÇÃO COM OS MEDIA: PARA QUEM ENVIAR O COMUNICADO

RELAÇÃO COM OS MEDIA:


PARA QUEM ENVIAR O
COMUNICADO
Agora que já percebemos o que faz um assessor de imprensa e quais as suas
principais funções, é importante perceber que critérios devem ser analisados antes
de enviar um comunicado. De nada adianta produzir um PR muito bom se depois
falhar completamente o alvo!

Ao enviar um comunicado de imprensa, é necessário ter em conta o destinatário


e se a informação a veicular é ou não relevante para o jornalista ou meio
de comunicação social que a vai receber.

Imagine o seguinte exemplo: ao selecionar os destinatários de um comunicado de


imprensa sobre os resultados anuais de uma empresa do setor das tecnologias da
informação, deveremos incluir todos os meios de comunicação social económicos
e, à partida, fará sentido excluir os meios desportivos. Mas e se houver um jornal
desportivo que tem nas suas páginas uma pequena secção de economia? Será que
a informação a veicular se enquadra no tipo de notícias que essa secção contempla?

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RELAÇÃO COM OS MEDIA: PARA QUEM ENVIAR O COMUNICADO

É neste tipo de análise que o papel do assessor de imprensa se torna fundamental.


Este profissional deve conhecer em profundidade a linha editorial dos meios de
comunicação social mais relevantes para selecionar aqueles que poderão ter
interesse em publicar determinada informação. Deve ler regularmente os jornais
e revistas com as quais interage para conhecer o tipo de assuntos abordados e até
o tom em que são redigidos os conteúdos. Depois de feita esta primeira seleção,
o assessor de imprensa deverá escolher, dentro de cada meio de comunicação, o
jornalista a quem enviar o comunicado.

A escolha do jornalista pode ter uma multiplicidade de critérios, sendo os mais


importantes a relevância e a proximidade. Voltando ao exemplo do comunicado de
imprensa sobre os resultados anuais de uma empresa de tecnologias da informação,
fará sentido optar, num meio generalista, por um jornalista da secção de economia,
em detrimento de um jornalista da área política. Neste caso, o fator relevância é
preponderante.

No entanto, como selecionar o destinatário do comunicado num jornal económico,


onde todos os jornalistas escrevem sobre economia? Poderemos ir novamente pela
relevância, tentando perceber se existe alguém especializado em tecnologias da
informação, ou pela proximidade, optando por um jornalista com o qual tenhamos
um contacto regular e/ou privilegiado.

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DICAS PARA CULTIVAR RELAÇÕES COM OS MEDIA

DICAS PARA CULTIVAR


RELAÇÕES COM OS MEDIA
Não existe nenhuma fórmula secreta que nos diga como cultivar uma relação com
os media. Os jornalistas, antes de mais, são pessoas, e como tal, aplicam-se aqui as
regras elementares do relacionamento humano. O assessor de imprensa deve ser
cordial, amável e bom ouvinte, bem como resistente ao stress e tolerante à palavra
“não”, de resto, aquela que ouvirá na maioria das vezes.

Para cultivar uma relação é preciso tempo e contacto regular. Fizemos uma lista com
algumas dicas:

• Faça follow-up: enviar comunicados de imprensa não chega para cultivar uma boa
relação com os media. O follow-up é o momento certo para pegar no telefone e falar
de viva voz com os jornalistas. Aproveite este momento para conhecer melhor o seu
interlocutor, de forma a ir mais de encontro às suas expetativas em envios futuros.

• Seja sempre cordial: em nenhum momento perca a compostura perante uma


recusa ou comentário impróprio de um jornalista. Lembre-se que está a representar
uma empresa e que a sua postura, em última análise, é associada ao seu cliente. Por
outro lado, perder as “estribeiras” com um jornalista que poderá ser-lhe útil noutras
situações e com outros clientes nunca é boa ideia.

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DICAS PARA CULTIVAR RELAÇÕES COM OS MEDIA

• Conheça o seu interlocutor: a vida não é só trabalho. O seu contacto com os


jornalistas tem por base a informação que pretende veicular, mas isso não significa
que seja proibido falar um pouco sobre trivialidades para desde logo tornar a
conversa agradável e descontraída. Pode e deve perguntar como estão as coisas,
comentar o estado do tempo, dar palpites sobre o Orçamento de Estado e dizer
coisas como “então e o nosso Benfica?”. Mostrar-se calmo e bem-disposto gera
proximidade e facilita a comunicação.

• Conheça as bases do jornalismo: um bom assessor de imprensa conhece em


profundidade o trabalho do jornalista. É importante saber como funcionam os
mecanismos de decisão nos meios de comunicação social e as regras elementares
do código deontológico. Com base neste conhecimento é mais fácil propor matérias
passíveis de publicação.

• Saiba ouvir: não utilize o follow-up apenas para falar sobre o seu cliente e perguntar
se a matéria vai ou não ser publicada. Este tipo de contacto soa a pressão e
geralmente não é bem-recebido. Utilize o follow-up para propor matérias adicionais
ao comunicado, convidar o jornalista a entrevistar os interlocutores da empresa que
representa ou apresentar à avaliação do meio um artigo de opinião. Depois de feita
a sua proposta, oiça atentamente o que o jornalista tem a dizer. Na presença de um
“não”, tente saber o porquê. Oiça os jornalistas, mostre-se compreensivo face aos seus
constrangimentos e use o conhecimento que obtiver para trabalhos futuros.

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DICAS PARA CULTIVAR RELAÇÕES COM OS MEDIA

• Não desanime: os jornalistas são pessoas geralmente com muito pouco tempo e
com demasiadas solicitações vindas de assessores de imprensa e da atualidade
propriamente dita. Têm de fazer conviver num meio de comunicação
com espaço limitado muitos assuntos, sendo que grande parte
deles perdem atualidade se a publicação não for feita de
imediato. Deste modo, as informações veiculadas pelos assessores
de imprensa são frequentemente ignoradas ou adiadas. Saiba
viver com isso e nunca desista.

• Dê tempo ao tempo: criar uma boa relação com os media demora


algum tempo. Tal como uma amizade que não se constrói de um dia
para o outro, também a relação com um jornalista precisa de tempo
para se fortalecer. No entanto, o trabalho de fomentar relações com
os media nunca termina e cada relação conquistada deve
ser tratada com cuidado. Lembre-se que um pequeno passo
em falso pode arruinar em segundos uma relação
que levou meses a criar!

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VANTAGENS E ESVANTAGENS DO EXCLUSIVO

VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO EXCLUSIVO
Quando um assessor de imprensa fornece o exclusivo de uma informação a um
meio de comunicação social está, na prática, a abdicar de todos os outros. Deste
modo, tem de ter um bom motivo para o fazer!

Normalmente, o “bom motivo” é o apelo do meio de comunicação


em questão, seja por uma questão de reputação, seja por uma questão
de media value. Independentemente dos motivos que levem o assessor
de imprensa a optar por um exclusivo, é importante ter em conta
as vantagens e desvantagens que esta opção implica.

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VANTAGENS E ESVANTAGENS DO EXCLUSIVO

Vantagens:

• Reputação/Media Value: a reputação e/ou o media value de um meio de


comunicação em particular pode justificar a opção, com vantagens para o cliente,
para optar pelo exclusivo.

• Conteúdo de difícil publicação: quando um conteúdo tem poucas probabilidades


de ser publicado em vários meios, a cedência do exclusivo pode dar ao meio
escolhido a ilusão ou sensação de vantagem face à concorrência, visto que terá
a hipótese de publicar algo a que os outros media não têm acesso. O assessor de
imprensa consegue, desta forma, publicar um conteúdo difícil de massificar e ainda
reforça a sua relação com aquele meio de comunicação em particular.

• Entrevistas: muitas vezes as entrevistas são concedidas sob a forma de exclusivo


simplesmente porque o entrevistado não tem tempo para se multiplicar em
conversas com jornalistas ou porque tem preferência por um ou outro meio de
comunicação social. Nestes casos o exclusivo é uma excelente opção.

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VANTAGENS E ESVANTAGENS DO EXCLUSIVO

Desvantagens:

• Menos visibilidade: o exclusivo implica que o conteúdo seja publicado por apenas
um meio de comunicação, pelo que terá, teoricamente, menos visibilidade. No
entanto, dependendo do meio de comunicação social em questão, poderá ser melhor
sair num só meio de grande tiragem do que em vários com baixa audiência.

• Concorrência: a cedência de um exclusivo a um determinado meio de comunicação


social pode causar algum desconforto ao seu concorrente. Saiba gerir esse tipo de
situação com uma distribuição uniforme de exclusivos por vários media ao longo do
tempo.

• Menos media value: nem sempre esta questão se coloca, mas antes de conceder
um exclusivo, pense no desempenho que esse conteúdo teria se fosse massificado. Se
o conteúdo for muito apelativo aos media, optar por um exclusivo poderá reduzir o
media value expetável.

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NÃO BASTA FAZER ASSESSORIA, HÁ QUE MEDIR OS RESULTADOS

NÃO BASTA FAZER ASSESSORIA,


HÁ QUE MEDIR OS RESULTADOS
É essencial medir os resultados das ações de comunicação e marketing para
perceber a sua eficácia. Com a assessoria de imprensa passa-se o mesmo. De
nada adianta à sua empresa de TI fazer bons comunicados de imprensa e
excelentes artigos de opinião se depois não medir os resultados destas ações.
Então, por onde começar?

Para medir os resultados gerados pela assessoria de imprensa é fundamental que


contrate uma empresa de clipping. Estas empresas são especializadas em reunir
todas as notícias que saem nos meios de comunicação social sobre a sua marca e
medir o seu media value.

O media value é, de forma simplificada, o valor monetário de cada notícia e é


calculado em função do custo publicitário de cada milímetro quadrado em cada
publicação. Este é um valor que varia de meio para meio e é calculado em função
das tabelas de publicidade.

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NÃO BASTA FAZER ASSESSORIA, HÁ QUE MEDIR OS RESULTADOS

Esta é uma forma de comprovar o retorno do investimento feito na assessoria


de imprensa, uma vez que mede quanto é que a empresa teria de pagar em
publicidade para aparecer naquela área, daquela página, do meio de comunicação
em questão. Esta é habitualmente a forma como as empresas medem o impacto da
assessoria de imprensa.

Existem igualmente empresas que privilegiam a quantidade de notícias


publicadas e não o seu media value, preferindo estar em diversos meios, mesmo
que seja com notícias mais pequenas e com um valor inferior. Esta opção é,
por norma, escolhida por empresas às quais interessa sobretudo
dar a conhecer a marca ao maior número de pessoas possível.

Qualquer umas das fórmulas é válida para medir o retorno do


investimento feito. O mais importante é a empresa definir à priori
os seus objetivos, se são de media value ou em quantidade de
notícias, e a partir daí o assessor de imprensa definirá o melhor
plano para alcançar os objetivos traçados.

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CONCLUSÃO

CONCLUSÃO
A assessoria de imprensa é uma peça fundamental numa estratégia de marketing
integrado e as empresas devem considerar a aposta nesta atividade quando
elaboram o seu plano de marketing anual. Uma notícia num meio de comunicação
social é uma forma de chegar a um público mais amplo, de forma credível e com
um investimento relativamente baixo.

No entanto, e como vimos, é fundamental que a assessoria de imprensa seja


extremamente bem-feita para que a empresa não fique com a sua reputação
“manchada” junto dos jornalistas.

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CONCLUSÃO

Cabe às empresas e ao assessor de imprensa identificar temas interessantes e


relevantes para apresentar aos meios de comunicação e propor a publicação de
notícias. Apesar disto, os diretores devem ainda perceber que os jornalistas têm
liberdade para editar os conteúdos que lhes são enviados mantendo, claro está, a
veracidade da informação veiculada. Por isso, não deve esquecer que a notícia pode
ser diferente do comunicado de imprensa enviado. Esta é, inclusive, uma boa prática
jornalística!

Para as empresas do setor das Tecnologias de Informação, a assessoria de imprensa é


uma excelente oportunidade de dar a conhecer os seus serviços de forma didática e
não comercial, através de artigos de opinião sobre o mercado.

Esperamos que este eBook tenha respondido às suas questões sobre assessoria de
impresa! Mas, se ficou com alguma dúvida ou quer trocar algumas ideias sobre este
tema, fale connosco.

O BÊ-A-BÁ DA ASSESSORIA DE IMPRENSA PARA TI 32 © OUTMarketing 2017


Sobre a OUTMarketing

A OUTMarketing foi fundada em 2007 para responder a uma la-


cuna existente no mercado: disponibilizar todos os serviços típicos
do departamento de Marketing de uma empresa de tecnologia
da informação (TI), mas em regime de outsourcing.

Atualmente a OUTMarketing possui escritórios no Brasil e em


Portugal, sendo uma empresa outsourcing de marketing de re-
sultados especializada no setor de Tecnologia da Informação.
Disponibilizamos soluções integradas de inbound e outbound
marketing com foco na geração de leads e retorno do investimen-
to, de acordo com as melhores abordagens, práticas e processos
do mercado.

Além disso, somos parceiro Gold da Resultados Digitais. Selecio-


namos a ferramenta de automação de marketing RD Station do
nosso parceiro Resultados Digitais como suporte a toda a estraté-
gia de marketing integrado.

Preparado para comprovar o sucesso desta abordagem?


Entre em contato connosco!

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