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NATAL/RN
2019
RAUL LEITE DA COSTA
DIOGO TANILLE
NATAL/RN
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 4
2 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA 5
2.1 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA 6
2.2 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA 9
2.3 CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS DA ÁGUA 13
2.4 CARACTERÍSTICAS HIDROBIOLÓGICAS 13
2.5 PADRÃO DE POTABILIDADE DA ÁGUA 14
3 CONSIDERAÇÕES INICIAIS PARA TRATAMENTO DE ÁGUA 20
PARA CONSUMO HUMANO
4 COAGULAÇÃO 22
5 UNIDADE DE MISTURA RÁPIDA 25
6 FLOCULAÇÃO 28
7 SEDIMENTAÇÃO 29
8 FLOTAÇÃO 30
9 FILTRAÇÃO 34
9.1 FILTRAÇÃO LENTA 35
9.2 FILTRAÇÃO DIRETA 36
9.3 DUPLA FILTRAÇÃO 38
9.4 FILTRAÇÃO POR MEMBRANA 38
10 ADSORÇÃO 41
10.1 CARACTERÍSTICAS DOS ADSORVENTES 41
10.2 TIPOS DE ADSORVENTES 42
11 OXIDAÇÃO 43
12 DESINFECÇÃO 44
13 CONTAMINANTES EMERGENTES 46
13.1 CONTAMINANTES EMERGENTES: CAUSAS, EFEITOS E ANÁLISE 46
METODOLOGIAS ATUAIS PARA IDENTIFICAÇÃO E
13.2 QUANTIFICAÇÃO DOS CONTAMINANTES EMERGENTES 47
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO PARA REMOÇÃO DE
13.3 CONTAMINANTES EMERGENTES 47
REFERÊNCIAS 48
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que para termos uma água pura, ou seja, de boa qualidade, faz-
se necessário que essa não apresente cor, cheiro, sabor, assim como possua uma alta
transparência. Cumpre destacar que não existe uma água que possua um estado absoluto
de pureza, isso se dá pelo fato da água ser um excelente solvente, o que por sua vez
apresenta inúmeras impurezas (RICHTER, 2013).
Grande parte dos componentes químicos conhecidos são encontrados na
água, podendo acontecer de várias formas, por exemplo, o gás carbônico presente na
atmosfera, bem como no solo, o qual é resultado da decomposição da matéria orgânica é
dissolvido na água, aumentando assim a qualidade de solvente que essa apresenta.
Dentre as impurezas encontradas nas águas, os estados em que se
encontram, as mais conhecidas são:
ESTADO EM
QUE SE IMPUREZAS PRINCIPAIS EFEITOS
ENCONTRA
1- Algas e protozoários; 1 - Sabor e odor, cor,
2 - Areia, silte e argila; turbidez;
EM SUSPENSÃO 3- Resíduos industriais e 2 - Turbidez.
domésticos;
4 – Fungos e vírus;
5 – Vermes e lavas;
6 - Bactérias e Vírus; 6 - Muitos são patogênicos;
7 - Substância de origem algumas bactérias podem
vegetal; causar prejuízos as
COLOIDAL 8 - Sílica e argila. instalações.
8 – Cor, acidez, sabor.
8 – Turbidez.
(3) Este valor deve atender ao padrão de turbidez de acordo com o especificado no §
2º do art. 30.
Tabela 6 Padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde
NOTAS:
CIANOTOXI
NAS
Parâmetro( Unidade VMP(²)
1)
Microcistin µg/L 1,0 (³)
as
Saxitoxinas µg equivalente 3,0
STX/L
NOTAS:
(1) A frequência para o controle de cianotoxinas está prevista na tabela do Anexo XII.
NOTAS: (1) Sob solicitação da Comissão Nacional de Energia Nuclear, outros radionuclídeos
devem ser investigados.
Tabela 8 PADRÃO ORGANOLÉPTICO DE POTABILIDADE
NOTAS:
As águas podem ser encontradas nas mais diversas formas na natureza, seja subterrânea,
bem como superficiais.
Já os mananciais superficiais são aqueles que têm toda parte de sua água sobre a
superfície terrestre compreendendo os córregos, ribeirões, rios, lagos e reservatórios artificiais.
As águas superficiais comparadas com as águas subterrâneas requerem um tratamento mais
complexo, uma vez que há uma maior variação na sua qualidade. Esse tipo de manancial está
mais susceptível a poluição, pois de certa forma, encontram-se mais expostos.
Figura 1 Fluxogramas das tecnologias mais usuais para tratamento de águas destinadas ao
consumo humano
A dispersão do coagulante na água bruta se dar nas unidades de mistura rápida. O tempo
e o gradiente de velocidade são os parâmetros de projeto dessa unidade. O gradiente de
velocidade está relacionado à intensidade de agitação da massa líquida necessária para que se
garanta a adequada dispersão dos produtos químicos usados na coagulação. Os gradientes de
velocidade médios de mistura rápida variam de 500 s–1, ou menos, a valores superiores a 7.000
s–1 e o tempo de mistura rápida verificado nas ETAs é da ordem de 1 segundo a mais de 3
minutos.
A qualidade da água bruta, o tipo de tecnologia de tratamento utilizada na ETA e as
condições de coagulação, influenciam diretamente nos valores dos parâmetros de dosagem,
visando à otimização do desempenho da unidade de mistura rápida, as quais, dependem
principalmente do tipo e dosagem de coagulante e de polímero. Sendo assim, o tempo e o
gradiente de velocidade médio de mistura rápida precisam, preferencialmente, ser determinados
com base em testes experimentais em laboratório. Valores indevidos desses parâmetros podem
afetar negativamente a qualidade da água produzida, elevar os custos de construção e de
operação, sejam estes provenientes do maior consumo de produto químico, do maior volume
de lodo gerado na ETA ou da redução do volume efetivo de água produzida em decorrência das
carreiras de filtração de curta duração.
Geralmente, o gradiente de velocidade de mistura rápida pode ser aplicado, enquanto o
mecanismo da adsorção-neutralização de carga é mais restritivo, necessitando de gradientes de
velocidade mais elevados.
Entende-se que para cada tempo de mistura rápida há um gradiente de velocidade médio
que leva a melhores resultados. A otimização desses parâmetros deve ser feita tanto no caso de
tratamento de ciclo completo quanto para a coagulação da água visando à filtração direta.
Mesmo que na literatura sejam citados valores típicos de Gmr e Tmr, estes somente devem ser
adotados quando não for possível a realização de ensaios, uma vez que podem não ser os
mesmos para águas diferentes, e até para a mesma água os valores otimizados podem diferentes
em função do tipo e da dosagem de coagulante usados.
A mistura rápida nas ETAs pode ser realizada por sistemas hidráulicos, mecanizados ou
dispositivos especiais. No Brasil, muitas ETAs utilizam o vertedor Parshall para realizar a
mistura rápida, assim com para medir a vazão afluente à estação, como mostra a figura a seguir.
Figura 4 Calha Parshall
Depois da mistura do coagulante, o tempo máximo que será percorrido pela água até o
floculador deve corresponder a 1 minuto, este tempo pode ser aumentado para até 3 minutos
quando, entre a mistura e a floculação, houver um sistema capaz de garantir à água gradiente
de velocidade idêntico ou superior ao utilizado no início do floculador.
Podem ser misturados por um sistema de agitação que confira à água gradiente de
velocidade entre 100 e 250 s–1, os produtos químicos que não se hidrolisam.
Produtos químicos dosados a seco devem ser previamente dispersos ou dissolvidos em
água, antes de sua aplicação.
Sempre que mais de um produto químico tem que ser aplicado para realizar a
coagulação, será necessário prever diferentes pontos para a aplicação desses produtos, cada um
com seu dispositivo de mistura, possibilitando assim que o operador realize sua aplicação na
ordem que for considerada conveniente.
Como unidades de mistura rápida, temos as unidades mecânicas e as unidades
hidráulicas. As unidades mecanizadas permitem a variação do gradiente de velocidade médio
em função da mudança da água bruta caso seja necessário, diferentemente das unidades
hidráulicas onde não é possível fazer essas variações. Vale destacar que as unidades
mecanizadas são mais versáteis que as hidráulicas. Já as unidades hidráulicas são em geral,
vertedores do tipo Parshall ou retangular, utilizadas também como medidor de vazão da ETA.
Logo, as unidades hidráulicas possuem menor custo de implantação e de manutenção.
Para estimativa do gradiente de velocidade médio os procedimentos de cálculo podem
ser obtidos na literatura específica sobre o projeto dessas unidades. Quando se escolhe o tipo
de unidade de mistura rápida, faz necessário que também se leve em consideração as
dificuldades locais referentes à manutenção de equipamentos mecanizados, uma vez que no
Brasil é comum que os equipamentos passem boa parte de sua vida útil parados, o que
compromete a eficiência do tratamento da água, em virtude da falta de manutenção corretiva
ou preventiva das instalações em questão.
6. FLOCULAÇÃO
7 SEDIMENTAÇÃO
8 FLOTAÇÃO
9 FILTRAÇÃO
A filtração é uma das etapas mais importantes do processo de tratamento de água e tem
como função a remoção das impurezas em forma de sólidos suspensos e coloidais, bem como
a remoção de microrganismos. Na maioria dos casos, é ela que precede o processo de
desinfecção, tornando-se a última barreira, que irá influir decisivamente na eficácia de remoção
dos patógenos (DI BERNARDO et al., 2003).
As estações convencionais de tratamento de água ou de ciclo completo, são estações
que realizam, em unidades separadas, a mistura rápida, a floculação, a decantação e por último
a filtração. Quando os filtros recebem água coagulada ou floculada, sem passar pelo decantador,
dizemos que a estação de tratamento é do tipo filtração direta.
Existem diversos tipos de unidades filtrantes empregadas na clarificação de águas de
abastecimento, considerando-se a taxa de aplicação utilizada, a filtração pode ser classificada
em lenta ou rápida, já considerando o sentido do escoamento teremos ascendente ou
descendente. Sendo necessário, ainda, distinguir os filtros de pedregulho utilizados como
unidades de pré-tratamento agregados à filtração lenta, classificados de acordo com o sentido
de escoamento - vertical ou horizontal (LIBÂNIO, 2010). Na tabela 09 podemos constatar as
tecnologias de filtração de acordo com as características da água.
Tabela 9 - Tecnologias de Filtração de acordo com as características da água
A filtração lenta em areia é uma tecnologia relativamente simples, sendo indicada para
locais que não possuem mão de obra especializada. É empregada na purificação de águas com
baixa cor verdadeira, turbidez e concentração de algas, operando com taxas de 2 a 6 m³/m².dia,
que faz necessário a disponibilidade de grandes áreas. Os filtros lentos possuem elevada
eficiência na remoção de patogênicos, devido à filtração biológica realizada pelos
microrganismos que se desenvolvem no meio filtrante (LIBÂNIO, 2010). Esse tipo de filtração
imita o processo de purificação natural, quando a água atravessa os extratos da crosta terrestre
e forma os aquíferos ou rios subterrâneos.
Basicamente um filtro lento é constituído de um tanque com uma camada superior de
água que possui um leito filtrante de areia, sistema de drenagem e dispositivos de controle e
regularização do fluxo. O filtro lento se caracteriza por ser um sistema simples, limpo e eficiente
para o tratamento de água.
Comparando com o filtro rápido, requer áreas maiores para tratar o mesmo volume de
água, portanto, tem um maior custo inicial, no entanto, sua simplicidade e baixo custo
operacional e de manutenção o torna um sistema ideal para zonas rurais e pequena
comunidades, tendo em vista que os custos por área do terreno são comparativamente menores
nestas localidades.
9.2 Filtração direta
Segundo Di Bernardo (2003), a filtração direta é uma das principais tecnologias de
tratamento de água para abastecimento público.
Diferente do tratamento convencional, na filtração direta temos apenas as etapas de
coagulação, mistura rápida e desinfecção, podendo existir ou não uma etapa de pré-oxidação.
O filtro rápido é formado de uma camada de areia e pode ainda possuir outra camada de
um meio poroso mais grosso e menos denso, como o antracito, que é colocado sobre a areia, o
que permite taxas de filtrações ainda maiores.
O funcionamento dos filtros rápidos depende das condições hidráulicas previstas no
dimensionamento, envolvendo a carga hidráulica disponível e a taxa de filtração para que
resultem carreiras de filtração com duração razoável e produção de água com pequena
quantidade de impurezas, para que a desinfecção final seja realizada de forma satisfatória.
Legenda: FAP - Filtro Ascendente de Pedregulho. FRD - Filtro Rápido Descendente - FAAG
- Filtro Ascendente de Areia Grossa.
Fonte: Di Bernardo et al. 2003
9.4 Filtração por membrana
Os Processos de separação com membranas apresentam diversas aplicações na
separação e purificação de misturas gasosas e líquidas. As membranas são produzidas a partir
de diferentes materiais, que dão origem a características específicas de filtragem (por exemplo,
tamanho dos poros, carga superficial e hidrofobicidade) que determinam o tipo de contaminante
que pode ser retido. Os processos de membrana baseiam-se no uso de pressão hidrostática para
remover sólidos suspensos e solutos de alto peso molecular e permitir a passagem de água
e solutos de baixo peso molecular. A filtração por membrana pode ser classificada como:
ultrafiltração (UF), nanofiltração (NF), microfiltração (MF), osmose frontal(FO) e osmose
reversa (RO).
A filtração com membranas é uma filtração absoluta, baseada na exclusão por tamanho,
garantindo a qualidade da água e ausência microbiana. Neste sentido, atua na purificação da
água e representa uma garantia de saúde e qualidade para os produtos, podendo ser utilizada
em diversas aplicações no setor hospitalar, na fabricação de medicamentos e de alimentos.
Membranas de microfiltração e ultrafiltração possuem muitas outras aplicações tais
como:
● Concentração e purificação de proteínas e enzimas
● Pasteurização do leite e outras bebias lácteas;
● Recuperação de corantes;
● Concentração de tintas;
● Produção de água estéril para hospitais e aplicações farmacêuticas;
● Biotecnologia e farmácia;
● Purificação bacteriológica de meios de cultura;
● Purificação bacteriológica de meios injetáveis;
● Purificação de ar;
● Purificação da qualidade do ar em sistemas de ar condicionado;
● Purificação do ar em processo de biotecnologia;
● Fornecimento de ar isento de bactérias para centros cirúrgicos e UTIs;
● Pré-tratamento de processos de nanofiltração e osmose reversa – protegem as
membranas de nanofiltração e de osmose reversa, eliminando todo material em
suspensão e aumentando a vida útil das membranas.
As membranas usadas no tratamento de água, utilizam pressão como força motriz para
a separação. Dentro dessa categoria de membranas, existem diversos tipos, sendo que cada um
deles é mais adequado para um determinado propósito de tratamento de água. A microfiltração
e a ultrafiltração, que são processos a baixas pressões, removem mais eficientemente partículas
e microrganismos.
O processo de osmose reversa dessaliniza e remove compostos orgânicos e inorgânicos
sintéticos e matéria organiza natural, enquanto que a nanofiltração remove íons cálcio e
magnésio. As vantagens associadas a filtração por membranas são a produção de um menor
volume de lama, menor espaço ocupado na usina, potencial de automação do processo e uma
redução considerável das unidades utilizadas em clarificação para processos que se utilizem
dessas duas técnicas de separação sólido-líquido.
A principal desvantagem da filtração por membranas é a possibilidade de obstrução
irreversível dos poros devido a presença de sólidos em suspensão, havendo a necessidade prévia
de remoção desses sólidos por outros métodos. A tabela a seguir mostra as principais
características das membranas.
10 ADSORÇÃO
A adsorção é um processo que decorre de ações interfaciais que permitem que moléculas
do asorvato sejam transferidas para a superfície do adsorvente e fiquem retidas no mesmo, nesse
processo o composto adsorvido é denominado adsorvato e o sólido que proporciona a superfície
onde ocorre a adsorção se designa adsorvente.
Os principais compostos de interesse da adsorção são os que conferem sabor e odor à
água, sendo eles orgânicos naturais e sintéticos (2-metilisoborneol - MIB - e geosmina,
fármacos, agrotóxicos, cianotoxinas, precursores da formação de subprodutos da desinfecção e
desreguladores endócrinos), os compostos inorgânicos capazes de provocar malefícios à saúde
humana (metais pesados, como arsênio) e ainda a adsorção pode-se prestar à remoção do
residual de cloro. O carvão ativado granular ou pulverizado é o adsorvente mais utilizado em
tratamento de água.
Para uma maior eficiência do processo de adsorção, o conhecimento de algumas
propriedades do adsorvente e do adsorvato torna-se necessário. Compostos mais hidrofóbicos
(apolares) apresentam menor solubilidade em água do que substâncias hidrofílicas (polares),
logo, devido a menor afinidade com a água e a maior com o adsorvente, as substâncias
hidrofóbicas tenderão a deixar o meio líquido e serem adsorvidos na superfície do adsorvente.
11 OXIDAÇÃO
12 DESINFECÇÃO
A desinfecção pode ser considerada como a última etapa do tratamento para se obter
água de consumo livre de microrganismos patogênicos (bactérias, vírus, protozoários e
vermes), cuja inativação se dá através de agentes físicos e/ou químicos (LIBÂNIO, 2016). Essa
etapa é extremamente necessária, uma vez que os processos físico-químicos convencionalmente
utilizados no tratamento de água para abastecimento não garantem a remoção total desses
microrganismos (RICHTER, 2009).
A escolha de um desinfectante depende:
● Habilidade de controlar e destruir os diferentes agentes infecciosos sob condições
normais de operação;
● Características que possam ameaçar pessoas e ambiente durante a aplicação e depois;
● Segurança de manuseio, estocagem e transporte;
● Custo.
Os principais agentes físicos utilizados na desinfecção são radiação UV, radiação gama,
radiação solar e, em nível domiciliar, fervura. Os agentes químicos incluem cloro, dióxido de
cloro, peróxido de hidrogênio, ácido acético, bromo, iodo, permanganato de potássio, cloreto
de bromo e ozônio (LIBÂNIO, 2016). A tabela a seguir apresenta o potencial de oxidação de
alguns desinfetantes químicos utilizados no tratamento de água.
Cada vez mais estamos consumindo produtos industrializados, com isso ficamos cada
vez mais expostos aos agentes químicos que causam diversas alterações nos nossos organismos
e são irreparáveis a saúde humana. A comunidade científica internacional tem dedicado atenção
especial aos efeitos causados pelos contaminantes emergentes nos seres humanos e também nos
animais aquáticos.
Nos últimos 20 anos houve um avanço tecnológico significativo no tocante à
identificação, quantificação e remoção desses contaminantes presentes na água.
Os contaminantes emergentes são um grande grupo de produtos químicos e que
continuam a crescer à medida que novos produtos são identificados como parte dessa
classificação. Richardson e Ternes, apresentam uma revisão semestral onde incluem uma
ampla variedade de compostos para o grupo dos contaminantes emergentes, incluindo sucralose
e outros adoçantes artificiais, nanomateriais, compostos perfluorados, subprodutos de
desinfecção de piscinas, protetores solares e Filtros UV, retardadores de chama, benzotriazóis
e benzotiazóis, siloxanos , ácidos naftênicos, almíscares, toxinas de algas e líquidos iônicos e
priões. Com os crescentes avanços na indústria química, a variedade de compostos que estão
sendo liberados para o ambiente, que são potencialmente prejudiciais para os seres humanos e
para o ecossistema a longo prazo, deve crescer significativamente ao longo dos anos, (Mcelroy.
C R. et Al 2015).
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