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DIDÁTICA DO
ENSINO SUPERIOR
SUMÁRIO
Bons Estudos!
Entre os séculos XVI e XVII, a produção feudal da Idade Média era aos
poucos superada por uma nova e poderosa classe socioeconômica, que
impulsionou e modificou os meios de produção, em função de um sistema
baseado na cooperação, precursor do denominado trabalho em série do século
XX, apresentado por meio de atos coletivos.
Era ainda proposto que em cada família deveria existir uma escola
materna, em cada município ou aldeia uma escola primária, em cada cidade Didática do Ensino Superior
um ginásio e em cada capital, uma universidade. O ensino seria unificado,
ficando a escola materna responsável pelo cultivo dos sentidos e do saber
falar; a escola primária desenvolveria a língua materna, a leitura e a escrita; o
ginásio desenvolveria o estudo das ciências e a universidade, trabalhos
práticos e viagens.
Seriam válidas as propostas de Comênio para a Pedagogia
atual?
Síntese
Neste sentido surge uma acomodação, já que a instituição segue as Didática do Ensino Superior
realizações que lhe são tradicionais, sem buscar a participação familiar efetiva,
com isso deixando de lado a integração que se faz necessária, no sentido de
aproximar a comunidade do âmbito educacional: “Parece haver, por um lado,
uma incapacidade de compreensão por parte dos pais (...); por outro lado, uma
falta de habilidade dos professores para promoverem essa comunicação”
(PARO, 2000, p. 68).
Assim, deve ser considerada a atuação dos professores,
complementada pelo apoio da gestão escolar, para que a devida interação com
as famílias possa ser promovida, em torno do bem comum que vem a ser o
aprendizado realizado de maneira eficaz, com conteúdos relacionados à prática
exigida pela vida cotidiana do educando.
Para tanto, é necessário ter a habilidade de integrar e motivar toda a Didática do Ensino Superior
equipe para garantir o êxito de tais processos. Isso significa que a liderança
exercida pelo gestor irá influenciar na condução dos processos de trabalho e,
consequentemente, nos resultados esperados para a escola na gestão
democrática.
Síntese
Considerações Finais
Finalizando o módulo 1, esperamos que você tenha compreendido a Didática do Ensino Superior
origem e fundamentação da Didática, as tendências e práticas condizentes
com esta área, os enfoques positivista, tecnicista e construtivista, assim como
as técnicas didáticas em função da aprendizagem.
MÓDULO 2 - TEORIAS E CORRENTES PEDAGÓGICAS:
ABORDAGENS DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
Bons Estudos!
Aos pensarmos na premissa de Sócrates era “só sei que nada sei”, onde
a partir dela eram realizados questionamentos constantes a indivíduos
desconhecidos, para que os mesmos pudessem compreender que através de
tais questionamentos é que poderiam alcançar determinadas explicações para
que compreendessem a realidade.
Aristóteles por sua vez, nos trás o conceito do pensamento lógico, tendo
o homem enquanto “animal social” e um modo de pensamento que
posteriormente seria seguido pela Filosofia Moderna.
Didática do Ensino Superior
Sua lógica resume-se ao silogismo, que consiste em ideias que se
relacionam, segundo Aranha e Martins (1993): “Todo humano é mortal.
Sócrates é humano. Logo, Sócrates é mortal”, sendo que tal lógica pode
abranger temas mais complexos que podem trazer erros simplesmente pelo
fato de usar a razão de modo abrangente.
Seria então a verdade pautada em ideias tendo ligação à
essência humana?
Síntese
A Filosofia Oriental possui também sua contribuição para a formação Didática do Ensino Superior
das ideias pedagógicas, considerando a contribuição do filósofo chinês
Confúcio (gerador do Confucionismo), que em seus diálogos elucidou diversos
fatores relacionados aos indivíduos e suas relações.
Síntese
Síntese
Na condução de um trabalho docente mais bem elaborado e eficaz, com Didática do Ensino Superior
base nas necessidades atuais do público discente, verifica-se a importância
das tendências pedagógicas, pois é o reconhecimento docente destas
tendências, bem como das perspectivas que se podem ter a partir das
mesmas, que permitem que o processo de aprendizagem tenha sentido para o
aluno.
Além disso, o professor também pode se questionar sobre o que
ensinar, para quem ensinar, como, para quê e por quê, questionamentos
fundamentais para que se alcance a prática pedagógica de modo efetivo, além
de promover junto ao profissional docente uma segurança maior com relação
às ações que ele precisa efetivar no processo de ensino-aprendizagem.
Tal reformulação nas realizações do professor promovem para com o Didática do Ensino Superior
mesmo as opções de diversificação referentes às suas ações. A insatisfação
discente pode ser, portanto, combatida por meio de novos conhecimentos,
habilidades e atitudes, estimulados por meio de recursos inovadores, que
permitem tanto a professores quanto a alunos explorarem suas potencialidades
com relação aos procedimentos pertinentes à educação.
No contexto atual, alunos e professores sentem-se
verdadeiramente motivados pelo processo de ensino-
aprendizagem?
Síntese
Conversa Inicial
Ótimo aprendizado!
3.1 Conteúdos da Didática e a Formação do Professor
Essas questões são atos que compõem a didática moderna e que visam
o desenvolvimento das capacidades mentais, bem como da participação ativa
do educando no processo de aprendizagem.
Para finalizar a explanação da importância do processo sociocultural nos
estudos de didática ressalta-se que na base epistemológica seguida por
Vygotsky, o Materialismo Histórico – Dialético, o sujeito constrói o mundo ao
seu redor e também a si mesmo, compreendendo assim que o homem é
historicamente determinado como também é um determinante da história.
4.1.1 Behaviorismo
“Dêem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso
para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-ei para
se tornar um especialista que eu selecione: um médico, um comerciante, um advogado e, sim,
até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências,
aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados.” (WATSON)
Síntese
Teoria Behaviorista
4.1.2 Cognitivismo
Didática do Ensino Superior
O Cognitivismo abrange a análise dos processos mentais superiores,
com o ato de pesquisar como o ser humano conhece o mundo. A Ciência foi
assim, invadida por experiências sociais que recolocaram em cena a
problemática relação entre a experiência e a narrativa que lhe corresponde,
entre o objeto e o sujeito que o apreende.
Zona de desenvolvimento proximal: este conceito trata da distância entre Didática do Ensino Superior
as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda
depende de ajuda. É a distância entre o nível cognitivo real do indivíduo,
medido por sua capacidade de resolver problemas independentemente, e o seu
nível de desenvolvimento potencial, medido por meio da solução de problemas,
sob orientação ou em colaboração com companheiros capazes.
Síntese
Cognitivismo
Henry Wallon - foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mas também suas
emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos
que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu
como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é
sinônimo de expulsar, negar, excluir.
As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É
por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são
manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado
pelos modelos tradicionais de ensino.
Jean Piaget - esquemas de ação são as formas como o ser humano interage com o
mundo. Nesse processo, ele organiza mentalmente a realidade para entendê-la,
desenvolvendo a inteligência. As formas de interação evoluem progressivamente conforme a
faixa etária e as experiências individuais. Segundo Piaget, o desenvolvimento se dá em quatro
períodos: sensório-motor (até 2 anos), pré-operatório (de 3 a 7 anos), operatório concreto (de 8
a 11 anos) e operatório formal (a partir de 12 anos).
Lev Vygotsky - a aquisição de conhecimentos é realizada por meio de um elo
intermediário entre o ser humano e o ambiente. Para Vygotsky, há dois tipos de elementos
mediadores: os instrumentos e os signos - representações mentais que substituem objetos do
mundo real. Segundo ele, o desenvolvimento dessas representações se dá sobretudo pelas
interações, que levam ao aprendizado. As interações são a base para que o indivíduo consiga
compreender (por meio da internalização) as representações mentais de seu grupo social -
aprendendo, portanto. A construção do conhecimento ocorre primeiro no plano externo e social Didática do Ensino Superior
(com outras pessoas) para depois ocorrer no plano interno e individual. Nesse processo, a
sociedade e, principalmente, seus integrantes mais experientes (adultos, em geral, e
professores, em particular) são parte fundamental para a estruturação de que e como
aprender.
4.1.3 Humanismo
Síntese
Didática do Ensino Superior
Isso depende muito de para onde você quer ir, respondeu o Gato.
Oh, você pode ter certeza que vai chegar se você caminhar bastante,
disse o Gato.”
O professor, às vezes, evita entrar no mundo dos alunos, pois ele não foi
preparado para estar naquela realidade.
Didática do Ensino Superior
O Brasil é uma colcha de realidades diferenciadas e o professor é
formado para uma única direção. Não consegue conviver com o mundo dos
alunos e nem exatamente levar o mundo dele para a sala de aula, então o
professor perde os referenciais.
Considerações Finais
Ótimo aprendizado!
Paulo Freire
Aprender a ser - a educação deve contribuir para o desenvolvimento Didática do Ensino Superior
total da pessoa – espírito, corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético,
reponsabilidade pessoal e espiritualidade. Todo o ser humano deve receber
uma educação que lhe dê ferramentas para o despertar do pensamento crítico
e autônomo, assim como para formular seus juízos de valor e ser autônomo
intelectualmente.
Síntese
Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever
grandes consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a
absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante de quem
ensina deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter
raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo;
enfim, ser socialmente competente.
.
“ Tolice é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados
diferentes”.
Albert Einstein
Síntese
Dimensão ética: não basta ser um bom professor na sua disciplina se não
comprometer-se com o bem comum. Ensinar seus alunos para a construção de
uma cidadania, de uma sociedade respeitosa, justa e solidária, para que,
apropriando-se dos saberes, os sujeitos possam estar ampliando a sua vida.
Essa compreensão é difícil, pois estamos em uma sociedade utilitária,
pragmática.
O professor não ensina somente o conteúdo, ensina um jeito de ser,
uma forma de relacionar-se com os outros, ensina e socializa valores, por isso,
o professor precisa estar atento quando realiza seu trabalho.
É preciso, por outro lado, reinsistir em que não se pense que a prática
educativa vivida com afetividade e alegria, prescinda da formação
científica séria e da clareza política dos educadores ou educadoras. A
prática educativa é tudo isso: afetividade, alegria, capacidade
científica, domínio técnico a serviço da mudança ou,
lamentavelmente, da permanência do hoje. (FREIRE, 1996, p.90)
Síntese
“A educação será tão mais plena quanto mais esteja sendo um ato de
conhecimento, um ato político, um compromisso ético e uma experiência
estética.”
Paulo Freire
Considerações Finais
Todo ser humano em algum momento de sua vida planeja suas ações. O
planejamento faz parte da vida humana, pois temos que nos planejar para a
tomada de decisões.
6.1.1 Planejamento
Síntese
Segundo ZABALA (1998) devemos entender por “conteúdos” como tudo quanto
se tem que aprender para alcançar determinados objetivos que não apenas
abrangem as capacidades cognitivas, como também incluem as demais
capacidades. Deste modo, os conteúdos de aprendizagem não se reduzem
unicamente às contribuições das disciplinas ou matérias tradicionais. Portanto,
também serão conteúdos de aprendizagem todos aqueles que possibilitem o
desenvolvimento das capacidades motoras, afetivas, de relação interpessoal e
de inserção social.
Fonte: http://acervo.novaescola.org.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml.
Acesso em 18/10/16
Nos planejamentos com uma concepção construtivista de ensino e Didática do Ensino Superior
aprendizagem as estratégias de ensino dos conteúdos conceituais devem
colocar o aluno diante de experiências ou situações que potencializem a
aprendizagem ou que lhe permita compreender os conceitos e princípios em
pauta. Há para esses conteúdos uma exigência de estratégias mais complexas
que exigem um processo de elaboração e construção pessoal do conceito.
Trata-se sempre de atividades que favoreçam a compreensão do
conceito a fim de utilizá-lo para a interpretação ou o conhecimento de
situações, ou para a construção de novas ideias.
Síntese
O processo de abstração do pensamento em uma escola que privilegia a Didática do Ensino Superior
palavra se, unido a uma escola fragmentada, segmentada, isolada da
sociedade, que privilegia a passividade, o acúmulo de conhecimento, não
consegue formar alunos críticos e reflexivos.
Fonte: http://acervo.novaescola.org.br/lingua-portuguesa/coletaneas/calvin-seus-amigos-428892.shtml
acesso em 18/10/16
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 4
Didática do Ensino Superior
ARROYO, M. G. Ofício de mestre: imagens e autoimagens. 3.ed. Petrópolis:
Vozes, 2000.
BAUM, W. M. (1999). Compreender o Behaviorismo: ciência,
comportamento e cultura (M. T. A. Silva, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas.
(Trabalho original publicado em 1994)
CARROLL, L. Alice no país das maravilhas. Brasil: Arx, 2010
GALVÃO, I. Uma reflexão sobre o pensamento pedagógico de Henri
Wallon. In: Cadernos Ideias, construtivismo em revista. São Paulo, F.D.E.,
1993.
LA TAILLE. Y. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias Psicogenéticas em
discussão. São Paulo: Summus Editorial, 1992.
Módulo 6