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CONCURSO:
LÍNGUA PORTUGUESA
Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e
argumentativo);
interpretação e organização interna.
Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos;
Estilística: figuras de linguagem.
mecanismos de coesão textual.
Ortografia.
Acentuação gráfica.
emprego de tempos e modos dos verbos em português.
Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais;
padrões gerais de colocação pronominal no português;
mecanismos de flexão dos nomes e verbos.
concordância nominal e verbal;
processos de formação de palavras;
Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração;
processos de coordenação e subordinação;
transitividade e regência de nomes e verbos;
Emprego do sinal indicativo de crase.
Pontuação.
Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta.
Observação: os itens deste programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o
ponto de vista de sua participação na estruturação significativa dos textos.
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INTERPRETAR COMPREENDER
------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------------------------------------
explicar, comentar, julgar, intelecção, entendimento,
tirar conclusões, deduzir. atenção ao que realmente está escrito.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal.
Faça leitura atenciosa de cada período, busque identificação da palavra-chave.
TIPOLOGIA TEXTUAL
Narrativo
Caracteriza-se pela enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo e no espaço.
Exemplo
(...)
Chegou à porta, olhou as folhas amarelas das catingueiras. Suspirou. Deus nos havia de permitir outra desgraça.
Agitou a cabeça e procurou ocupações para entreter-se. Tomou a cuia grande, encaminhou-se ao barreiro, encheu
de água o caco das galinhas, endireitou o poleiro. Em seguida foi ao quintalzinho regar os craveiros e as panelas de
losna. E botou os filhos para dentro da casa, que tinham barro até nas meninas dos olhos. Repreendeu-os:
— Safadinhos! Porcos! Sujos como...
— Deteve-se. Ia dizer que eles estavam sujas como papagaios.
Os pequenos fugiram, foram enrolar-se na esteira da sala, por baixo do caritó, e sinhá Vitória voltou para junto da
trempe, reacendeu o cachimbo. A panela chiava; um vento morno e empoeirado sacudiu as teias de aranha e as
cortinas de pucumã do teto; Baleia, sob o jirau, coçava-se com os dentes e pegava moscas. (...)
(Adaptado de Graciliano Ramos. Vidas Secas.)
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Descritivo
• Revela-se pela enumeração de características de um ser, de um objeto, de um ambiente, de uma cena.
(...)
Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia
alargando-se até a calva, vasta e polida, um pouco alongada no alto; tingia os cabelos que duma orelha a outra faziam colar
por trás da nuca — e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode. Tinha-o
grisalho, farto e caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e
as orelhas grandes muito despegadas do crânio.
Fora outrora diretor geral do ministério do reino, e sempre que dizia — El Rei! Erguia-se um pouco na cadeira. Os
seus gestos eram medidos, mesmo a tomar rapé. Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
empregava restituir.
(...)
(Adaptado de Eça de Queirós. O Primo Basílio).
Dissertativo expositivo
• Estrutura-se na enunciação de fatos e dados sem defender uma opinião específica. Apenas expõe ideias sobre um
determinado assunto. Privilegia a informação.
O TELEFONE CELULAR
A história do celular é recente, mas remonta ao passado – e às telas de cinema. A mãe do telefone móvel é a austríaca
Hedwig Kiesler (mais conhecida pelo nome artístico Hedy Lamaar), uma atriz de Hollywood que estrelou o clássico Sansão e
Dalila (1949).
Hedy tinha tudo para virar celebridade, mas pela inteligência. Ela foi casada com um austríaco nazista fabricante de
armas. O que sobrou de uma relação desgastante foi o interesse pela tecnologia.
Já nos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial, ela soube que alguns torpedos teleguiados da Marinha
haviam sido interceptados por inimigos. Ela ficou intrigada com isso, e teve a ideia: um sistema no qual duas pessoas podiam
se comunicar mudando o canal, para que a conversa não fosse interrompida. Era a base dos celulares, patenteada em 1940.
Dissertativo argumentativo
• Estrutura-se no encadeamento das ideias com a finalidade de defender um determinado ponto de vista.
É possível afirmar que o celular é o dispositivo mais usado no mundo, ele deixa de ser uma agenda telefônica e passa
a ter várias utilidades (notícias, pesquisas, filmes e séries, redes sociais), podemos perceber que atualmente a utilização do
aparelho tornou-se um vício para os indivíduos. O uso de celular durante a aula é um utensílio de desatenção ou de auxílio?
Por meio do uso do celular é possível esclarecer dúvidas realizando pesquisas, que anteriormente eram feitas em
bibliotecas, assistir a "vídeo-aulas" e debater sobre determinado assunto por meio de grupos em redes sociais, a exemplo de
Facebook, Whatsapp, Twitter.
Podem-se destacar também pontos negativos. Segundo a pesquisa do "Hypescience" (hiperciência), o uso excessivo
do celular pode prejudicar a memória, assim afetando também a saúde. Além disso, faz que o aluno tenha desconcentração,
pois, com o uso do "smarthphone", fica ainda mais difícil de obter a atenção do aluno, assim não tendo absorção completa
do assunto.
Portanto, faz-se necessário os filhos terem educação por parte dos pais ou responsáveis para que haja a utilização
do dispositivo apenas quando necessário e de forma adequada, deve-se impor regras para o uso moderado, assim
beneficiando o professor e o aluno, o que permite a aula fluir melhor.
Injuntivo
• Revela-se pela finalidade de instruir e de prescrever atividades para o leitor realizar uma determinada ação.
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Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo.
Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com
regras de comportamento; textos de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de
natal, aniversário).
-Instrucional: O texto apresenta apenas um conselho, uma indicação e não uma ordem.
-Prescrição: O texto apresenta uma ordem, a orientação dada no texto é uma imposição.
Exemplo:
BOLO DE CENOURA
Ingredientes
Massa
3 unidades de cenoura picadas
3 unidades de ovo
1 xícaras (chá) de óleo de soja
3 xícaras (chá) de farinha de trigo
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colheres (sopa) de fermento químico em pó
Cobertura
1/2 xícara (chá) de leite
5 colheres (sopa) de achocolatado em pó
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de Margarina
Como fazer
Massa
Coloque os ingredientes no liquidificador, e acrescente aos poucos a farinha.
Leve para assar em uma forma untada.
Depois de assado cubra com a cobertura.
Cobertura
Misture todos os ingredientes e leve ao fogo e deixe ferver até engrossar.
PREDIÇÃO
Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer.
É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, previsões escatológicas / apocalípticas.
DIALOGAL / CONVERSACIONAL
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, chat.
BREVE RESUMO PARA FIXAÇÃO
Narração: Personagens, Enredo, Espaço...
Descrição: Enumeração, Comparação, Retrato Verbal...
Dissertação: Expositiva, Argumentativa, Debater...
Injunção: Instrucional (Manuais, Receitas, Bulas...)
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GÊNEROS TEXTUAIS
GÊNERO CRÔNICA: a crônica é um gênero narrativo. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal e
trata de acontecimentos cotidianos. A crônica artística se diferencia do jornal por não buscar exatidão da informação.
Diferente da notícia, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação
comum, vista por outro ângulo, singular.
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor faz
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo
contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. Jornalismo e literatura: É assim
que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a observação atenta da realidade
cotidiana e do outro, a construção da linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro, para garantir sua
durabilidade no tempo.
TIPOLOGIA: Narrativo
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis:
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto,
agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos
fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um
suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: Editora Ática, 1994)
GÊNERO FÁBULA: é uma narrativa curta, onde os personagens mais importantes geralmente são animais que pensam e
agem como pessoas. A história termina com uma moral, que tem objetivo de ensinar uma lição. TIPOLOGIA: Narrativo
O Leão e o Rato
– Um Leão dormia sossegado, quando foi acordado por um Rato, que passava correndo em cima de seu rosto. Com um
ataque ágil ele o agarrou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato implorou: Por favor, se o senhor me soltar, tenho
certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a ideia, assim mesmo, ele resolveu solta-lo. Pouco
tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia
mexer-se. O Rato, ouvindo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse: O senhor riu da ideia de
que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que
mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
(Baseada na obra de ESOPO).
Moral da História
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais.
GÊNERO APÓLOGO: texto protagonizado por coisas inanimadas (plantas, pedras, rios, relógios, montanhas, estátuas) que
adquirem certos dotes humanos.
● Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida por meio de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas,
objetos ou animais, seres animados ou inanimados;
● Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de
maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem
moral e social
● Diferencia-se da parábola, pois esta trata de questões religiosas e lições éticas, enquanto o apólogo fala de qualquer tipo
de lição de vida, mesmo que esta não seja a que é adotada pela maioria como a maneira correta de agir.
TIPOLOGIA: Narrativo
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EXEMPLO DE APÓLOGO
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
- Deixe-me, senhora.
- Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei
sempre que me der na cabeça.
- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça.
Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
- Mas você é orgulhosa.
- Decerto que sou.
- Mas por quê?
- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
- Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…
- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu
faço e mando…
- Também os batedores vão adiante do imperador.
- Você é imperador?
Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai
fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma
baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a
agulha:
- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa
comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como
quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também,
e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plicplic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o
sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e
ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no
corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro,
arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
- Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é
que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das
mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre
agulha:
- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
GÊNERO EDITORIAL: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre
determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
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EDITORIAL 23/06/2016
Enfim, Lei das Estatais é aprovada
A matéria irá agora à sanção presidencial. Caso não sofra vetos, representa passo importante para a administração
pública brasileira
O plenário do Senado aprovou a Lei de Responsabilidade das Estatais que estabelece normas de governança
corporativa e regras para compras, licitações e contratação de dirigentes realizadas por empresas públicas e sociedades de
economia mista, como a Petrobras. A matéria irá agora à sanção presidencial. Caso não sofra vetos, o projeto representa um
passo muito importante para a administração pública brasileira.
O texto da lei é abrangente. As normas serão aplicadas a toda e qualquer empresa pública e sociedade de economia
mista da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluindo estatais que exploram atividade econômica,
como o Banco do Brasil, as que prestam serviços públicos, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as que
exploram atividade econômica sujeita ao regime de monopólio da União, como a Casa da Moeda.
Desfigurada pela Câmara dos Deputados, que aprovou emendas ao texto que, na prática, inviabilizavam os objetivos
norteadores do projeto, a matéria voltou para o Senado que restabeleceu os seus princípios. Entre os quais, uma série de
critérios cujo objetivo principal é a profissionalização da gestão das empresas públicas. É o caso, por exemplo, da regra que
proíbe a nomeação para o comando das estatais ou empresas de economia mista de pessoas com atuação partidária ou com
cargos políticos.
A lei determina ainda que os presidentes de conselho de estatais e diretores executivos, incluindo o presidente, terão
de comprovar experiência mínima de 10 anos na área de atuação da empresa. Pelo texto, esses profissionais devem ter
formação acadêmica compatível com o cargo. Outro item importante é o que obriga que pelo menos 25% dos indicados para
o conselho não poderão ter vínculo com a estatal (empregados, fornecedores ou prestadores de serviço).
A lei das estatais avança também em pontos relacionados à transparência na gestão ao determinar a obrigação de
divulgar dados financeiros e operacionais que informem o custo de operação e a criar políticas de “compliance”. É um avanço
que, caso já fosse uma prática, certamente teria livrado as estatais brasileiras da rapinagem detectada pela operação Lava
Jato.
GÊNERO TEXTO DE OPINIÃO: faz a defesa de ideias ou ponto de vista do autor. O texto, além de explicar, também persuade
o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo.
TIPOLOGIA: Argumentativo
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LIDE: (Este termo deriva de uma palavra inglesa – lead). Nesta parte precisamos encontrar todas as informações necessárias
para responder às seguintes perguntas: Onde aconteceu o fato? Com quem? O que aconteceu? Quando? Como? Qual foi o
assunto?
CORPO DA NOTÍCIA: Nela, há um detalhamento maior dos fatos, de modo a destacar os detalhes mais importantes,
fundamentais à compreensão do interlocutor.
TIPOLOGIA: Relatar
GÊNERO REPORTAGEM: é um gênero textual jornalístico que tem por objetivo informar e levar os fatos ao leitor de uma
maneira clara, com linguagem direta.
Manchete: título principal da reportagem
Imagem: (é um recurso que pode ou não estar presente) é uma estratégia para chamar a atenção dos leitores.
Lide: pequeno resumo que aparece depois do título afim de chamar a atenção do leitor. - Corpo: desenvolvimento do
assunto abordado, é um texto maior do que a notícia, com linguagem direcionada ao público alvo.
TIPOLOGIA: Relatar
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GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros por
meio de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Sua estrutura é composta por
ilustrações, balões: espaço onde aparece a fala, pensamento, onomatopeias: São palavras que imitam a voz de animais ou
ruídos de objetos.
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Ex: BUUM!!! (explosão), TOC-TOC! (batendo à porta); Metáforas visuais: Produzem uma sensação de movimento).
TIPOLOGIA: Narrativo
GÊNERO CHARGE: linguagem verbal e não verbal, permeadas pelo humor e uma fina ironia, são tipos de textos que podem
ser usados para denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e a sociedade.
TIPOLOGIA: Argumentativa
GÊNERO CARTUM se caracteriza com uma anedota gráfica em que nele podemos visualizar a presença da linguagem verbal
associada à não verbal.
Suas abordagens dizem respeito a situações relacionadas ao comportamento humano, mas não estão situadas no tempo, por
isso são denominadas de atemporais e universais, ou seja, não fazem referência a uma personalidade em específico.
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GÊNERO POEMA: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes.
Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição.
Pode ou não ser poético.
Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado,
dramático. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.
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COESÃO POR REFERENCIAÇÃO: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas:
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os...
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso...
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo...
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá...
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Talresultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o
objetivo que tanto almejava.
COESÃO POR SUBSTITUIÇÃO: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar), verbos, períodos ou trechos do texto por
uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto.
Ex.:
Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”;
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”;
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A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
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CONTINUAÇÃO
além disso
do mesmo modo
ainda por cima
bem como
outrossim
CONCLUSÃO
Enfim,
Dessa forma,
Em suma,
Nesse sentido,
Portanto,
Afinal,
CIRCUNSTÂNCIA TEMPORAL
logo após
ocasionalmente
posteriormente
atualmente
enquanto isso
imediatamente
não raro
concomitantemente
SEMELHANÇA, CONFORMIDADE
igualmente
segundo
conforme
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assim também
de acordo com
EXEMPLIFICAÇÃO, ESCLARECIMENTO
então
por exemplo
isto é
a saber
em outras palavras
ou seja
quer dizer
rigorosamente falando
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de
vida.
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Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação. Como expresso por meio do
exemplo a seguir:
Ex: Não obteve êxito na sua apresentação. Dessa forma, o trabalho precisou ser refeito.
POLISSEMIA
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode apresentar
diferentes significados, dependendo dos usos linguísticos em que possa aparecer.
A palavra "vela" é um dos exemplos de polissemia. Ela pode significar
a vela de um barco;
a vela feita de cera que serve para iluminar
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AMBIGUIDADE
A qualidade ou estado do que é ambíguo, ou seja, aquilo que pode ter mais do que um sentido ou significado.
A ambiguidade pode apresentar a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação.
Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”.
A ambiguidade pode estar em palavras, frases, expressões ou sentenças completas. É bastante aplicável em textos de teor
literário, poético ou humorístico, mas deve ser evitado em textos científicos ou jornalísticos, por exemplo.
Ambiguidade é também um substantivo que nomeia a falta de clareza em uma expressão. Exemplo: “Pedro disse ao amigo
que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
Exemplo: “O celular se tornou um grande aliado do homem, mas esse nem sempre realize todas as suas tarefas”.
As palavras “esse” e “suas” podem se referir tanto ao celular, quanto ao homem, dificultando a direta interpretação da frase
e causando ambiguidade.
Exemplo: “O rapaz pediu um prato ao garçom”.
No exemplo acima, a palavra “prato” pode se referir ao objeto onde se coloca a comida ou à um tipo de refeição.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
Denotação E Conotação referem-se, de forma geral, aos significados atribuídos às palavras e orações empregadas na língua
portuguesa, sendo recursos essenciais para a adequada interpretação de textos. Para saber exatamente o significado delas,
ver exemplos e demais informações relevantes, confira nosso artigo.
O QUE É DENOTAÇÃO?
Denotação refere-se a sentido denotativo que, por sua vez, significa um sentido próprio, literal e real independentemente
do contexto em que a palavra, oração ou período aparecem. Resumidamente, podemos dizer que denotação é o sentido
exato da palavra, não cabendo maiores interpretações.
Exemplos:
O gato é um mamífero.
Já li esta notícia do jornal.
O empregado limpou o jardim.
A mulher estava cansada.
Como é possível observar, o uso da denotação tem por objetivo transmitir uma mensagem ao receptor de forma objetiva e
clara, evitando equívocos na interpretação e desempenhando uma função estritamente prática e utilitária. Por essas razões,
esse tipo de linguagem é muito utilizado em textos informativos, tais como: regulamentos, jornais, manuais de instrução,
artigos científicos, bulas de medicamentos etc.
O QUE É CONOTAÇÃO?
O termo conotação está associado a sentido conotativo que, por sua vez, refere-se a palavras utilizadas no sentido figurado,
ou seja, que pode ter diferentes significados de acordo com o contexto no qual ela é empregada. Por esse motivo, textos
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construídos utilizando conotações requerem maior habilidade de interpretação, já que a linguagem não é tão objetiva como
nos casos da denotação.
Exemplos:
Hélio tem um coração de pedra.
Mariana é um sol na vida de todos.
Minha vida é um mar de esperanças.
Conforme é possível perceber, a conotação assume um sentido simbólico e figurado, o qual o grande objetivo é provocar
sentimentos em quem está recebendo a mensagem. Esse recurso é muito perceptível na literatura, na linguagem poética, em
letras musicais, nos anúncios publicitários e em conversas informais no dia a dia.
SINONÍMIA/ANTONÍMIA
SINONÍMIA
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados
contextos linguísticos, podem ser substituídas por outras significações correspondentes.
Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos.
Exemplos:
Tecido branco = tecido alvo
Alcançar o meu alvo = atingir meu objetivo
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo:
peito – seio – busto
dor de cabeça – cefaleia
são usados em diferentes contextos.
ANTONÍMIA
São palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por prefixo:
Leal x desleal;
feliz x infeliz;
típico x atípico
Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra:
Claro x escuro
Rico x pobre
HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA
A hiperonímia indica uma relação hierárquica de significado que uma palavra superior estabelece com uma palavra inferior.
O hiperônimo é uma palavra hierarquicamente superior porque apresenta um sentido mais abrangente que engloba o
sentido do hipônimo, uma palavra hierarquicamente inferior, com sentido mais restrito.
A hiponímia indica, assim, essa mesma relação hierárquica de significado. Foca-se, no entanto, na perspectiva da palavra
hierarquicamente inferior - hipônimo, que, a nível semântico, pode ser incluída numa classe superior que abrange o seu
significado - hiperônimo.
País é hiperônimo de Brasil.
Mamífero é hiperônimo de cavalo.
Jogo é hiperônimo de xadrez.
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Comprimento – extensão
Cumprimento – saudação, ato de cumprir
Delatar – denunciar
Dilatar – alargar, ampliar
Descriminar - inocentar
Discriminar - distinguir
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Destratar - insultar
Distratar - desfazer trato, anular, rescindir
Estância - morada
Instância - jurisdição, urgência
Incerto - duvidoso
Inserto - inserido, incluído
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Precedente - antecedente
Procedente – proveniente, oriundo
Ratificar - confirmar
Retificar – tornar reto, endireitar
Recrear - divertir
Recriar - criar novamente
Tráfego – trânsito
Tráfico – comércio ilegal
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Coser: costurar
Cozer: cozinhar
Cerrar – fechar
Serrar – cortar
Cesto – balaio
Sexto – ordinal de seis
Chá – bebida
Xá – título do ex-imperador do Irã
Coser – costurar
Cozer – cozinhar
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Incerto - duvidoso
Inserto - inserido, incluído
HOMÔNIMAS PERFEITAS
Homônimas perfeitas: são palavras que possuem mesma pronúncia e mesma grafia, porém apresentam sentidos
diferentes.
Eu CEDO livros para a biblioteca.
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INTERTEXTUALIDADE
Referência explícita ou implícita de um texto em outro.
Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela.
Toda vez que uma obra fizer ALUSÃO à outra ocorre a intertextualidade.
INTRATEXTUALIDADE
Ocorre quando o autor é capaz de criar elos de aproximação entre os textos de sua própria autoria.
EXEMPLO:
Em seguida, após relatar tal episódio, Brás conta que cresceu normalmente. Foi à escola, que ele chama de enfadonha, onde
teve aulas com um professor de nome Ludgero Barata. É justamente ali que conhece um de seus melhores amigos de
infância, Quincas Borba, com quem se reencontrará mais tarde. Ambos os garotos se revelam travessos e mimados, já que o
Quincas era filho único, adorado pela mãe, que o vestia muito bem, mandando um pajem indulgente acompanhá-lo a todos
os lugares.
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Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)
PARÁFRASE
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade)
COMENTÁRIO:
O poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido
principal do texto que é a saudade da terra natal.
PARÓDIA
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos; ruptura com as ideologias impostas.
Estimula-se uma reflexão crítica de verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os
dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica.
TEXTO ORIGINAL
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
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PARÓDIA
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade)
O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste
texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que
foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de linguagem são recursos usados na fala ou na escrita para tornar mais expressiva a mensagem transmitida.
Compreender e saber usar as figuras de estilo capacita o uso mais eficaz da linguagem como fenômeno social, ajudando a
vislumbrar o simbolismo de algumas conversas e obras literárias, por exemplo.
Figuras de Palavras
Metáfora: estabelece uma relação de semelhança ao usar um termo com significado diferente do habitual. Ex.: “A menina é
uma flor”.
Comparação: parecida com a metáfora, a comparação é uma figura de linguagem usada para qualificar uma característica
parecida entre dois ou mais elementos. No entanto, no caso da comparação, existe uma palavra de conexão (como, tal qual,
assim). Ex: "O olhar dela é como a lua, brilha maravilhosamente".
Metonímia: substituição lógica de uma palavra por outra semelhante. Ex.: “Beber um copo de vinho”.
Catacrese: emprego de uma palavra no sentido figurado por não haver um termo próprio. Ex.: “A perna dos óculos”.
Sinestesia: mistura de diferentes impressões sensoriais. Ex.: “O doce som da flauta”.
Onomatopeia: imitação de um som. Ex.: “trrrimmmmm” (telefone).
Perífrase: uso de uma palavra ou expressão para designar algo ou alguém. Ex.: “Cidade Luz” (Paris).
Figuras de Pensamento
Antítese: palavras de sentidos opostos. Ex.: bom/mau
Paradoxo: referente a duas ideias contraditórias em uma só frase ou pensamento. Ex: "Ainda me lembro daquele silêncio
ensurdecedor”.
Eufemismo: intenção de suavizar um fato ou atitude. Ex.: “Foi para o céu” (morreu).
Hipérbole: exagero intencional. Ex.: “Morto de sono”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa. Ex.: “É um santo!” (para alguém com mau comportamento).
Prosopopeia ou Personificação: atribuição de predicativos próprios de seres animados a seres inanimados. Ex.: “O sol está
tímido”.
Ironia: afirmação contrária daquilo que se pensa.
Ex.: É um santo! (para alguém com mau comportamento)
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Figuras de Construção
Pleonasmo: repetição de um termo, redundância. Ex.: “Subir para cima”.
Aliteração: repetição de determinados sons consonantais nos versos ou frases. Ex: “O rato roeu a roupa...”.
Assonância: repetição de determinados sons vocálicos. Ex: “Na messe, que enlourece, estremece a quermesse...” (Eugênio
de Castro)
Anacoluto: alteração da construção normal da frase. Ex.: “O homem, não sei o que pretendia”.
Anáfora: repetição intencional de uma palavra ou expressão para reforçar o sentido. Ex.: “Noite-montanha. Noite vazia.
Noite indecisa. Confusa noite. Noite à procura, mesmo sem alvo”. (Carlos Drummond de Andrade).
Elipse: omissão de um termo que pode ser identificado facilmente. Ex.: “No trânsito, carros e mais carros”. (há).
Zeugma: omissão de um termo já expresso anteriormente. Ex: “Ele gosta de Inglês; eu, (gosto) de Alemão”.
Polissíndeto: repetição da conjunção entre os termos da oração. Ex.: “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas”.
Assíndeto: classifica a junção de diferentes orações sem o uso de conectivos, por norma, são separadas por vírgulas ou
outros sinais de pontuação. Ex: “Vim, vi, venci.” (Júlio César)
Silepse: concordância com a ideia que se quer passar, um termo oculto, e não com o termo da frase. Ex: "a linda (ilha de)
Fernando de Noronha".
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Funções da linguagem são as formas como cada indivíduo organiza sua fala dependendo da mensagem que se quer
transmitir. A linguagem pode ser usada para expressar sentimentos, para informar, para influenciar outras pessoas etc. A
transmissão dessa mensagem pressupõe um emissor, um receptor, um contexto, um código e um canal entre o emissor e o
receptor.
As funções da linguagem são:
1 – Função emotiva ou expressiva – quando a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seus sentimentos,
suas emoções. Ex.: “Solto a voz nas estradas/ Já não posso parar/ Meu caminho é de pedra/ Como posso sonhar”.
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2 – Função apelativa ou conativa – quando o emissor organiza a mensagem com o objetivo de influenciar o receptor. É
muito usada em mensagens publicitárias. Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias.
3 – Função referencial ou denotativa – quando a intenção do emissor é falar objetivamente sobre o contexto real. É a
linguagem de caráter informativo. Ex.: Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos etc.
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4 – Função metalinguística – quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das próprias palavras (códigos).
Ex.:.
5 – Função fática – quando a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um canal de
comunicação. Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade?.
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6 – Função poética - quando a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras,
com o jogo de ideias. Ex.: Textos literários, provérbios.
SAIBA MAIS
QUADRO SINTÉTICO DAS FUNÇÕES DA LINGUAGEM
No processo da comunicação, todos os elementos estão, de certa forma, presentes. O que há é uma predominância de um
sobre os demais; por conta disso, um deles determina a função da linguagem.
O PREDOMÍNIO DO(A) IMPLICA FUNÇÃO DA LINGUAGEM
Emissor O predomínio da Emotiva (Expressiva)
Receptor O predomínio da Conativa (Apelo)
Canal O predomínio da Fática
Código O predomínio da Metalinguística
Referente O predomínio da Referencial
Mensagem O predomínio da Poética
Campo semântico
É um conceito que trata de um conjunto de palavras que mantêm uma familiaridade de sentido por pertencerem à mesma
área. Nosso conhecimento de mundo nos norteia quanto à escolha de palavras que se correlacionam.
Na informática, por exemplo, as seguintes palavras pertencem ao mesmo campo semântico: computador, monitor,
impressora, teclado e tecnologia.
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Já na área do futebol, podemos dizer que as palavras árbitro, bola, gol, equipe, estádio, torcida, cartão, craque, pertencem ao
mesmo campo. Como já disse, muitos estudiosos entendem que tais grupos de palavras ou expressões pertencem ao mesmo
campo semântico.
Campo semântico em torno do conceito de morte: falecer, bater as botas, ir desta para melhor, apagar-se.
Portanto, é o conjunto dos significados, dos conceitos, que uma palavra possui. Um mesmo termo tem ou pode ter vários
sentidos, os quais são escolhidos de acordo com o contexto abordado. Assim, são exemplos de campos semânticos:
a) levar: transportar, carregar, retirar, guiar, transmitir, passar, receber.
b) natureza: seres que constituem o universo, temperamento, espécie, qualidade.
c) nota: anotação, breve comunicação escrita, comunicação escrita e oficial do governo, cédula, som musical, atenção.
d) breve: de pouca duração, ligeiro, resumido.
ORTOÉPIA ou ORTOEPIA
Ortoépia é a correta pronúncia dos grupos fônicos.
A ortoépia está relacionada com a perfeita emissão das vogais, a correta articulação das consoantes e a ligação de vocábulos
dentro de contextos.
Erros cometidos contra a ortoépia são chamados de cacoepia.
Alguns exemplos:
a) pronunciar erradamente as vogais quanto ao timbre:
- pronúncia correta, timbre fechado (ê, ô): alcova, crosta...
- pronúncia errada, timbre aberto (é, ó): alcova, crosta...
b) omitir fonemas:
- cantar/ cantá,
- abóbora/abóbra,
- prostrar/ prostar,
- reivindicar/revindicar...
c) acréscimo de fonemas:
- pneu/peneu,
- freada/ freiada,
- bandeja/ bandeija...
d) substituição de fonemas:
- cutia/cotia,
- cabeçalho/ cabeçário,
- bueiro/ boeiro.
f) nasalização de vogais:
- sobrancelha/ sombrancelha,
- mendigo/ mendingo,
- bugiganga/ bungiganga ou buginganga
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PROSÓDIA
A prosódia está relacionada com a correta acentuação das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta.
Abaixo estão relacionados alguns exemplos de vocábulos que frequentemente geram dúvidas quanto à prosódia:
1) oxítonas:
cateter condor hangar mister Nobel
refém recém ruim sutil ureter
2) paroxítonas:
avaro barbárie caracteres cartomancia ciclope
erudito ibero gratuito ônix poliglota
pudico rubrica tulipa libido
3) proparoxítonas:
aeródromo alcoólatra álibi âmago antídoto
lêvedo protótipo quadrúmano vermífugo zéfiro
Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:
acrobata e acróbata
crisântemo e crisantemo
Oceânia e Oceania
réptil e reptil
xerox e xérox.
Válido: adjetivo
1. que tem existência ou valor legal, que tem eficácia, é capaz de produzir efeitos legais
2. que foi produzido respeitando as formalidades legais
3. que tem embasamento bem fundado; correto, certo
Vivido: adjetivo
1. que viveu muito
2. com intensa experiência de vida
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Vívido: adjetivo
1 que tem vivacidade, animação; vivo
TIPOS DE LINGUAGEM
É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está
relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens
para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais
(linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como
qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.
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Tipos de Linguagem
A linguagem pode ser:
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação).
Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de
sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.
Elementos da Comunicação
Conheça os principais elementos da comunicação.
Com os elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação, informação, expressão e significados os
diversos sistemas simbólicos das diferentes linguagens. A forma de comunicação está dividida entre:
Emissor – o que emite a mensagem.
Receptor – o que recebe a mensagem.
Mensagem – o conjunto de informações transmitidas.
Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o
receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…
Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
Ruído – qualquer perturbação na comunicação.
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O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem
tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc.
Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de
vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos
intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no
WhatsApp, blogs, etc.
Pressuposto e subentendido
Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por
marcas linguísticas ou pelo contexto. Cabe ao leitor, numa leitura proficiente, ir além da informação que se encontra
explícita, identificando e compreendendo as informações implícitas, ou seja, lendo nas entrelinhas.
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Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor,
sendo da sua responsabilidade.
Exemplos:
- Heloísa está cansada de ser professora.
Pressuposto: Heloísa é professora.
Subentendido: Talvez porque o salário é baixo ou há muita indisciplina.
- Infelizmente, meu marido continua trabalhando fora do país
Pressuposto: O marido está trabalhando fora do país e a mulher não está satisfeita com essa situação.
Subentendido: Talvez por ter melhor salário fora do país ou por não encontrar trabalho no seu país.
Pressupostos
Os pressupostos são informações implícitas adicionais, facilmente compreendidas devido a palavras ou expressões presentes
na frase que permitem ao leitor compreender essa informação implícita. O enunciado depende dessa pressuposição para que
faça sentido. Assim, o pressuposto é verdadeiro e irrefutável.
Exemplos de pressupostos:
- Decidi deixar de comer carne.
Pressuposto: A pessoa comia carne antes.
- Finalmente acabei minha monografia.
Pressuposto: Demorou algum tempo para terminar a monografia.
- Alunos que estudam de manhã costumam ter melhor rendimento.
Pressuposto: Há alunos que não estudam de manhã.
- Desde que ela mudou de casa, nunca mais a vi.
Pressuposto: Costumava vê-la antes dela mudar de casa.
Marcas linguísticas que facilitam a identificação de pressupostos:
Verbos que indicam fim, continuidade, mudança e implicações: começar, continuar, parar, deixar, acabar, conseguir,...
Advérbios: felizmente, finalmente, ainda, já, depois, antes,...
Pronome introdutório de orações subordinadas adjetivas: que
Locuções que indicam circunstâncias: depois que, antes que, desde que, visto que,...
Subentendidos
Os subentendidos são insinuações, informações escondidas, dependentes da interpretação do leitor. Não possuem marca
linguística, sendo deduzidos através do contexto comunicacional e do conhecimento que os destinatários têm do mundo.
Podem ser ou não verdadeiros e podem ser facilmente negados, visto serem unicamente da responsabilidade de quem
interpreta a frase.
Exemplos de subentendidos:
- Quando sair de casa, não se esqueça de levar um casaco.
Subentendido: Está frio lá fora.
- Já tenho a garganta seca de tanto falar.
Subentendidos: Quero beber um copo de água ou quero parar de falar neste momento.
- Você vai a pé para casa agora?
Subentendidos: Eu posso lhe dar uma carona ou é perigoso andar a pé na rua a estas horas.
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Variações Linguísticas
A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos,
revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo
nossa inserção ao convívio social.
E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade
e o de informalidade.
O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral.
Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos.
Quanto ao nível informal, por sua vez, representa-se a linguagem do dia a dia, das conversas informais que temos com
amigos, familiares etc.
Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as
variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:
Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, observam-se transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante
representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que era grafada com
“ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão dos vocábulos.
Analisemos, pois, o fragmento exposto:
Antigamente
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a
asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio."
Carlos Drummond de Andrade
VÍCIO NA FALA
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
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CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns “rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
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CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter
valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções,
estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
APROFUNDAMENTO IMPORTANTÍSSIMO
As classes gramaticais e funções sintáticas de uma palavra são:
SUBSTANTIVO
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam:
- lugares: Rio Grande do Sul, Morro branco...
- sentimentos: paixão, saudade...
- estados: satisfação, inquietude...
- qualidades: agilidade, praticidade...
- ações: corrida, pescaria...
DETERMINANTES DO SUBSTANTIVO
Determinantes do substantivo são palavras que se relacionam com o substantivo, determinando, por exemplo, o gênero e
número do substantivo.
O determinante pode também acrescentar informações ao substantivo.
teu sorvete - esse sorvete - três sorvetes – o sorvete – sorvete saboroso - sorvete de morango
O determinante concorda com o substantivo em gênero e em número.
Existem diversos tipos de determinantes e são classificados em função da significação que dão ao substantivo.
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- Numerais
Classificam-se como determinantes os numerais que modificam o substantivo. Também são chamados de numerais
adjetivos:
• Numeral cardinal: Três batidas foram ouvidas.
• Numeral ordinal: A terceira batida acordou-me.
• Numeral multiplicativo: Esta festa me dá uma dupla satisfação.
• Numeral fracionário: Comi meio chocolate.
- Pronomes
São classificados como determinantes os pronomes que modificam o substantivo. Chamados também de pronomes
adjetivos:
• Pronomes possessivos: Adoro meus colegas.
• Pronomes demonstrativos: Só convidei estes colegas.
• Pronomes indefinidos: Tenho muitos colegas.
• Pronomes interrogativos: Quantos colegas virão?
• Pronomes relativos: Aqui está meu colega, em cuja opinião eu confio!
Observação: não são determinantes os pronomes que desempenham a função de substantivo:
Aquilo me alegrou.
Quem tudo quer nada tem.
MORFOSSINTAXE DO SUBSTANTIVO
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva.
Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do
objeto ou como núcleo do vocativo.
Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por
grupos de palavras.
FUNÇÕES SINTÁTICAS
(funções na frase)
Sujeito
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Exemplos:
Esta questão só tem um pró. (substantivo)
Branca, você me ama? (substantivo)
O três é um numeral cardinal. (substantivo)
Ele tem um jeito moleque. ( adjetivo)
Você é um judas safado! ( substantivo comum)
DERIVAÇÃO REGRESSIVA
Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução.
Exemplos:
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
- Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas.
O mesmo fato não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá
origem ao verbo ancorar.
Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos
deverbais.
FORMAÇÃO DO PLURAL
Plural dos Diminutivos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos animai(s) + zinhos = animaizinhos
botõe(s) + zinhos =botõezinhos chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
farói(s) + zinhos = faroizinhos tren(s) + zinhos = trenzinhos
colhere(s) + zinhas = colherezinhas flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas papéi(s) + zinhos = papeizinhos
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas funi(s) + zinhos = funizinhos
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos pai(s) + zinhos = paizinhos
pé(s) + zinhos = pezinhos pé(s) + zitos = pezitos
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Aninha, já falou com sua mãezinha aqui, que está cheia de saudades?
Orgulho / admiração
O cara fez um golaço!
Uau, que carrão...
OBS.: Além de sua função clássica, pode indicar valores e intenções, ou seja, a escolha dos sufixos indicadores de grau pode
relacionar-se tanto à afetividade quanto ao desprestígio.
Nossa, para escrever um textinho desses precisava demorar tanto.
Ai você está tão lindinha! Parece um filhote de baleia.
Você é um cabeção mesmo, entendeu tudo errado
Que mulherzinha complicada!
Querida, trouxe uma florzinha para você.
Que bebê fofucho!
Amorzão, estou morrendo de saudade.
Queridinha, já te falei duas vezes que não quero esse plano.
ADJETIVO
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se encaixa diretamente ao lado de um
substantivo. Observe o exemplo seguinte:
Aquele homem bondoso sempre me ajuda.
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser encaixada
diretamente ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
moça bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
MORFOSSINTAXE DO ADJETIVO
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como
predicativo (do sujeito ou do objeto).
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A presença de características semelhantes revela, sem dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns
questionamentos, principalmente quando o assunto diz respeito à análise sintática.
Dessa forma, de modo a constatar a diferença que demarca ambos os elementos linguísticos, veja a análise de alguns
enunciados, evidenciados a seguir:
Os alunos consideraram a prova fácil.
No intuito de descobrir se o termo em questão (fácil) se classifica como um adjunto adnominal ou como um predicativo do
objeto, basta substituí-lo por um pronome substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:
Os professores consideraram-na difícil.
Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo
havendo tal substituição, o termo “difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que
a ele está relacionado.
Considera-se, dessa forma, tratar-se de um predicativo do objeto direto.
Veja, pois, outro exemplo:
Os alunos resolveram uma questão fácil.
Realizando o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente:
Os alunos resolveram-na.
Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na fácil” configuraria uma inadequação.
É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo “fácil”, em se tratando desse caso, classifica-se como um adjunto
adnominal, haja vista que ele é parte do objeto direto, e não um termo que a ele se relaciona, assim como ocorre com o
predicativo.
LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se
locução.
Às vezes, uma preposição + (substantivo, advérbio, pronome, verbo, numeral) tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
locução adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo).
Por exemplo: Aves da noite (aves noturnas),
paixão sem freio (paixão desenfreada),
jornal de ontem, almoço de hoje,
carro dela,
máquina de enxugar,
dinheiro das duas
GRAU DO ADJETIVO:
Os adjetivos sofrem flexão em grau, indicando assim gradação nas qualidades representadas pelos adjetivos.
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Observe que:
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau,
respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre
duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais
pequeno.
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4) Sou menos alto (do) que você. (Comparativo de inferioridade) Sou menos passivo (do) que tolerante.
SUPERLATIVO
Um adjetivo no grau superlativo absoluto sintético caracteriza um ou mais seres atribuindo-lhes qualidades em grau muito
elevado.
O teste foi facílimo.
O professor é sapientíssimo.
A sobremesa é dulcíssima.
velocíssimo;
…
Adjetivos que terminam em -m:
Quando os adjetivos terminam em -m, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -níssimo:
comuníssimo;
joveníssimo;
boníssimo;
…
Adjetivos que terminam em -ão:
Quando os adjetivos terminam em -ão, ocorre a adaptação da forma latina primitiva para -aníssimo:
saníssimo;
cristianíssimo;
vaníssimo;
…
Adjetivos com forma erudita:
Existem diversos adjetivos que apresentam uma forma alatinada erudita de formação do grau superlativo:
macérrimo;
paupérrimo;
celebérrimo;
nigérrimo;
…
Observe alguns superlativos sintéticos:
Benéfico – beneficentíssimo Bom – boníssimo ou ótimo Célebre – celebérrimo
Comum – comuníssimo Cruel – crudelíssimo Difícil – dificílimo
Doce – dulcíssimo Fácil – facílimo Fiel – fidelíssimo
Frágil – fragílimo Frio – friíssimo Humilde – humílimo
Jovem – juveníssimo Livre – libérrimo Magnífico – magnificentíssimo
Magro – macérrimo ou magríssimo Manso – mansuetíssimo Mau – péssimo
Necessário - necessariíssimo Nobre – nobilíssimo Pequeno – mínimo
Pobre – paupérrimo ou pobríssimo Precário - precariíssimo Próspero – prospérrimo
Sábio – sapientíssimo Sagrado – sacratíssimo Sério - seriíssimo
Superlativo absoluto
Comparativo de
Adjetivos Superlativo relativo
Superioridade regular irregular
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ATENÇÃO!
Podemos usar o ADJETIVO com valor de SUBSTANTIVO. Para tanto, basta colocar antecedendo de um artigo, ou seja, basta
colocar um artigo antes do adjetivo.
Exemplo:
"O pouco com Deus é muito".
"Devemos contemplar o azul do céu".
"Precisamos conservar o verde" .
O adjetivo pode ser “móvel”, isto é, pode ser deslocado de sua posição com relação ao nome determinado, ficando ora antes
ora depois dele. Tal deslocamento pode ou não alterar o sentido do adjetivo:
a) “Isaque é um cavalheiro perfeito.”
b) “Isaque é um perfeito cavalheiro.”
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Não podemos afirmar que as duas frases acima são idênticas. O simples fato de invertermos a ordem das palavras indica que
são semelhantes (não idênticas) e se há uma nuance de diferença, essa fica imperceptível.
A alteração de sentido a que nos referimos é muito mais profunda:
a) “Ela é uma mulher pobre.” (= sem recursos financeiros)
“Ela é uma pobre mulher.” (= infeliz)
b) “O Diretor é um grande homem.” (= notável)
“O Diretor é um homem grande.” (= alto)
c) “Misael é um professor simples.” (= modesto)
“Misael é um simples professor.” (= insignificante)
d) “Chame qualquer pessoa.” (= qualquer uma)
“Não sou uma pessoa qualquer.” (= vulgar, insignificante)
e) “Li algum livro de Mitologia.” (em frase afirmativa)
“Não li livro algum de Mitologia.” (em frase negativa)
Há adjetivos que devem ocupar uma posição fixa na oração, imobilizando-se, sempre antes, ou sempre depois do
determinado. Quando dizemos que há imobilização do adjetivo, estamos tratando da impossibilidade de tal determinante se
deslocar para outra posição: ou ele não faz sentido em outra posição, ou muda o sentido da frase:
a) “Encontrei Vítor por mero acaso.”
b) “Levante a mão direita.”
c) “Compre uma caneta comum.”
d) “Eles estavam de comum acordo.”
PRONOME
Palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um substantivo, indicando-o como pessoa do
discurso.
PRONOMES PESSOAIS
Retos Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI) Oblíquos Tônicos antecedido de preposição
1ª p.s. Eu me me mim, comigo
2ª p.s. Tu te te ti, contigo
3ª p.s. Ele, ela se, o, a se, lhe si, consigo
1ª p.p. Nós nos nos nós, conosco
2ª p.p. Vós vos vos vós, convosco
3ª p.p. Eles, Elas Se, os, as se, lhes si, consigo
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Os pronomes oblíquos tônicos sempre são acompanhados de uma preposição, em geral as preposições A, PARA, DE e COM.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
mesmo e próprio: usados para reforçar os pronomes pessoais ou para fazer referência a algo expresso anteriormente.
tal e semelhante: usados como equivalentes dos pronomes esse, essa, aquela.
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PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome
citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo
PRONOMES INTERROGATIVOS
Variáveis Invariáveis
Qual, quais Que
Quanto, quanta Quem
Quantos, quantas
PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando estamos em um ambiente de maior prestígio social, no qual estão demarcados os graus hierárquicos mais elevados,
necessitamos de uma linguagem mais elaborada, formal.
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Para melhor trabalharmos com as formas de tratamento, nós temos os pronomes de tratamento. Vejamos quais são:
3. Demonstrativo
4. Relativo
5. Indefinido
6. Interrogativo
1. Palavra que se flexiona em gênero, número e pessoa, cujas funções são: substituir ou acompanhar um substantivo.
Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo
a) O Pronome Pessoal é sempre Substantivo: substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro)
b) Pode-se dizer que os outros pronomes podem ser Adjetivos e Substantivos:
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica.
Este moço é meu irmão.
Alguma coisa me deixou alegre.
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É importante saber quem são e para que servem as pessoas do discurso. Pessoas do discurso:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor.
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
Pessoais:
Apresentam variações de forma dependendo da função sintática que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos
desempenham, normalmente, função de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.
PRONOMES PESSOAIS
São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os
pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para
fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso
oblíquo.
PRONOMES RETOS
1ª pessoa eu
Singular 2ª pessoa tu
3ª pessoa ele/ela
1ª pessoa nós
3ª pessoa eles/elas
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
Por exemplo:
Nós compramos flores.
As vítimas do caso somos nós.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular: eu
- 2ª pessoa do singular: tu
- 3ª pessoa do singular: ele, ela
- 1ª pessoa do plural: nós
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na
rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
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formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
"Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, por meio de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto.
Por exemplo:
Fizemos boa viagem. (Nós)
PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão porque marca a pessoa do discurso.
Os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição.
Possuem acentuação tônica fraca.
PRONOMES PESSOAIS
Oblíquos Átonos(OD) Oblíquos Átonos (OI)
me me
te te
se, o, a se, lhe
nos nos
vos vos
Se, os, as se, lhes
Por exemplo:
Ele me deu um presente.
Observações:
• Por acompanhar diretamente uma preposição (A ou PARA), o pronome lhe exerce, normalmente, a função de objeto
indireto na oração.
• Os pronomes me, te, se, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
• Os pronomes o, a, os e as atuam normalmente como objetos diretos.
ATENÇÃO:
O, A, OS, AS serão PRONOMES OBLÍQUOS
O, A, OS, AS SERÃO PRONOMES DEMONSTRATIVOS
O, A, OS, AS serão ARTIGOS
A é PREPOSIÇÃO
Os pronomes o, os, a, as sofrem variações depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -r, -s ou -z, o
pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
Por exemplo:
dizer + a verdade = dizer + a= dizê-la
fazeis + o pedido = fazeis + o=fazei-lo
fiz + o trabalho = fiz + o=fi-lo
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
Por exemplo:
viram + o menino = viram + o = viram-no
repõe + os dados = repõe + os = repõe-nos
retém + a substância = retém + a = retém-na
tem + as respostas = tem + as = tem-nas
Objeto indireto
LHE
Complemento Nominal
Alguns verbos podem ser classificados, normalmente, como transitivos indiretos. Eis alguns:
aspirar(a) caber(a); candidatar-se(a); referir-se(a);
impor(a); levar(a); pertencer(a); dar(a);
relacionar-se(a) aludir(a) desdenhar (de); necessitar (de);
acreditar (em); consentir (em); ansiar (por); pertencer(a);
obedecer(a); querer(a); oferecer(a); destinar-se(a);
somar-se(a); passar(a) dedicar(a) visar(a)
responder(a) gozar (de); gozar (de); desfrutar(de)
deparar (com); contribuir(para)
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Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais
repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.
A forma contraída dos pronomes tônicos (comigo, contigo, conosco e convosco) é obrigatória na construção dos pronomes
de 1ª e 2ª pessoas do singular e do plural. As terceiras pessoas do singular e plural, por possuírem uma forma iniciada por
vogal (ele, por exemplo), se apresentam separadas da preposição "com" (com ele, com elas).
Saiba que:
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como
mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso
dessas formas nos exemplos que seguem:
- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito
raro.
PRONOMES POSSESSIVOS
Observe o quadro:
Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade.
Por exemplo: - Não faça isso, minha filha.
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PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao
contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
No espaço:
• Compro este carro (aqui).
O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala, localiza os seres em relação ao emissor.
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No tempo:
Este (presente, futuro)
Este ano está sendo bom para nós.
Esta manhã de aulas foi maravilhosa.
Logo mais, esta festa será perfeita.
IMPORTANTÍSSIMO
Como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências,
respectivamente, em apostos distributivos
Este refere-se à pessoa mencionada em segundo lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar.
• O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta, calma / ou: esta, calma e aquele, amedrontado);
• Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: aquela era de partido opositor, esta pertencia ao grupo situacionista.
Quando se der a ocorrência de mais de dois elementos, não se usam os demonstrativos (este e aquele).
Deve-se, neste caso, usar os ordinais.
• Aécio, Marina e Dilma fizeram uma ativa campanha: a segunda era de partido contrário aos ideais governistas, a terceira
pertencia ao grupo situacionista, enquanto o primeiro tentava resgatar o prestígio do partido social-democrata.
IMPORTANTE
Uso anafórico, em referência ao que já foi dito ou catafórico ao que será dito:
este (novo enunciado = catafórico)
esse (retoma informação = anafórico);
Os demonstrativos este(s), esta(s) e isto são utilizados no discurso para citar coisas que ainda não foram ditas.
Por exemplo:
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Quando o rei D. João V faleceu e D. José ocupou o trono, este recorreu a Sebastião José para ser Ministro da Guerra e dos
Negócios Estrangeiros.
Dois antecedentes masculinos. Com ‘ele’ no lugar de ‘este’, à primeira vista poderíamos pensar ter D. João V, e não D. José,
nomeado Sebastião José (o Marquês de Pombal) ministro.
Macpherson dirige sua crítica a Rawls quando este admite serem os princípios éticos da justiça econômica capazes de regular
o mercado.
Pelo demonstrativo, fica claro que Rawls é o sujeito de ‘admite’, não Macpherson.
Se não há essa situação especial, as retomadas no português são normalmente feitas com esse, essa e isso:
Na compra, havia verduras, carnes, peixes e frutas.
O(A) QUE
PRONOMES INDEFINIDOS
DICA:
Algum, após o substantivo, a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
Computador algum resolverá o problema.
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Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino
o qual / os quais a qual / as quais que
cujo / cujos Cuja / cujas quem
quanto / quanto quanta / quantas onde
OCORRÊNCIA IMPORTANTÍSSIMA
IDENTIFICAÇÃO DA FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO
1. Identifica-se o relativo. Caso exista preposição antes do relativo, isole-a também.
______________________________________
2. Isola a oração introduzida pelo relativo
______________________________________
3. Agora, coloque o termo antecedente no lugar do pronome relativo. Identifique a função sintática desse termo
substituído
________________________________________________________________________________________
4. A função sintática do termo substituído será a função sintática do pronome relativo
______________________________________
A cantora que acabou de se apresentar é desagradável. (= a qual = a cantora)
Os grupos que vão jogar hoje chegaram cedo. (= os quais = os grupos)
As cantoras que se apresentaram eram desagradáveis. (= as quais = as cantoras)
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Observe (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de).
"Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
A casa onde (em que) morava foi assaltada.
USO DO CUJO
“Cujo" é um pronome relativo, usado para unir orações.
Expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o "possuidor" e o consequente," a coisa possuída".
Observe:
Oração (1): "A mulher é advogada".
Oração (2): "O carro da mulher foi roubado".
"A mulher cujo carro foi roubado é advogada".
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Atenção:
Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por:
o qual - a qual - os quais -as quais
Por Exemplo:
Refiro-me ao aluno que é estudioso.
Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
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Saiba que:
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
pela vírgula.
É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de
fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações
restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de
acordo com o que se pretende dizer.
Exemplo 1:
Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma.
No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que
mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é
preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Exemplo 2:
Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma.
Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em
Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador,
diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar.
Observações:
As orações subordinadas adjetivas podem:
Ter um pronome como antecedente.
Por Exemplo:
Não sei O que vou almoçar.
o = antecedente
que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
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• pronome indefinido
em quantidade indefinida, mas elevada; muito(s)
Exs.: há bastantes exemplos de sua sabedoria
o novo equipamento tem bastantes recursos
• advérbio
em quantidade, grau ou intensidade elevada; muito
Exs.: não estou com fome, almocei bastante.
não é milionário, mas é bastante rico
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação pronominal faz parte da sintaxe e se encarrega do correto posicionamento dos pronomes oblíquos, que podem
ser postos antes, no meio ou depois do verbo. A esses posicionamentos denominamos, respectivamente, próclise, mesóclise
e ênclise.
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CASOS DE PRÓCLISE
• Depois de palavras ou expressões negativas, caso estas não antecedam sinais de pontuação: não, nunca, nem, nenhum,
jamais, sequer, tampouco, ninguém.
Exemplos:
Nunca se queixa nem se aborrece.
Não me contaram a verdade.
CUIDADO!
Não. Ajude-me, por favor.
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• Depois de conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, que, logo, ainda que etc.
Exemplo:
Não iria, ainda que me convidassem.
Quando lhe disseram a verdade, ele desmaiou.
• Depois de advérbios, caso estes não antecedam sinais de pontuação: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em quando,
sempre.
Exemplos:
Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil.
Mas:
Aqui em casa, trabalha-se.
Agora. Conte-me a verdade.
2. A próclise também
• Em orações optativas (exprimem desejo), interrogativas e exclamativas, com sujeito anteposto ao verbo.
Exemplos:
A terra lhe seja breve!
Quem se atreveria a isso?
Quanto te arriscas com esses procedimentos!
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Observações:
Depois de pronomes demonstrativos (esta, aquele, aquilo etc.)
Ex.:
Aquilo lhe fez muito bem ou Aquilo fez-lhe muito bem.
Isto me pertence ou Isto pertence-me.
• Depois de pronomes retos e de substantivos, pode ser feita a próclise ou a ênclise, indiferentemente.
Exemplos:
Ele a convidou para a festa.
Ela convidou-a para a festa.
Mamãe falou-me de você.
Mamãe me falou de você.
CASOS DE MESÓCLISE
• Com o futuro do presente (sem palavra atrativa).
Exemplo:
Dir-me-á que a redação não é importante.
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CASOS DE ÊNCLISE
• No início do período: (menos quando o verbo estiver no futuro).
Exemplo:
Vai-se a primeira pomba despertada.
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OBS: Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio, se não houver palavra atrativa, o
pronome oblíquo pode estar também antes do principal (sem hífen)
– Devo lhe esclarecer o ocorrido.
– Estavam me chamando pelo rádio.
Por motivo de eufonia, a tradição gramatical diz que se elimina o S final dos verbos na 1a pessoa do plural seguidos do
pronome NOS:
– Inscrevemos + nos no curso = Inscrevemo-nos no curso.
– Conservamos + nos jovens = Conservamo-nos jovens.
Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais, o pronome oblíquo pode vir:
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no infinitivo ou no gerúndio, NUNCA se estiver no particípio.
Ex.:
Eu quero contar-lhe a verdade.
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2. você hoje é usado no lugar das 2ª pessoas (tu/vós), levando o verbo e pronomes para a 3ª pessoa.
3. quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a funcionar como oblíquos;
4. eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é
para eu fazer ≠ para mim fazer);
Vejamos as particularidades dos oblíquos tônicos:
Mim
– Nunca houve nada entre mim e ti.
- Trouxe lembrancinhas para mim e ti
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Adjetivo
Releia e responda: Entender Matemática sempre foi muito difícil para mim/para eu?
– Comprei vários livros para mim aprender Matemática. (errado)
Dica:
se for possível apagar ou deslocar a expressão para mim, isso é sinal de que o mim não funciona como sujeito do verbo no
infinitivo.
Logo, nestas condições, a expressão pode vir sem problemas diante do verbo. Veja como ficaria:
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POSSESSIVO
Note que:
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
possuído.
Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
1. Normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste
último caso, pode até alterar o sentido da frase, seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso
do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?);
2. Pode indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos), posse figurada (Minha terra tem palmeiras), valor de
indefinição = algum (Tenho cá as minhas dúvidas!);
3. Nas expressões do tipo ― Seu João, seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.
PREPOSIÇÃO
Palavra que não se flexiona, cuja função é ligar dois termos ou orações entre si, estabelecendo relação de subordinação
(regente - regido).
Divide-se em:
• Essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.
• Acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição): afora, conforme (= de acordo com),
consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão, mediante, visto (= devido a, por causa de).
(Vestimo-nos conforme a moda e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem)
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos
pronomes pessoais. (Falei sobre ti/ Todos, exceto eu, vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição – abaixo de, acerca de, a
fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, apesar
de, devido a.
ADVÉRBIO
Palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Denota em si mesma uma circunstância que determina sua classificação:
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TIPOS DE ADVÉRBIOS
• lugar – longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures, abaixo, adiante, embaixo, detrás, ...
• tempo – breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda, mais (em frases negativas),afinal, antes, ontem, logo,
anteontem, ...
• modo – bem, mal, melhor, pior, devagar, assim, depressa, alerta, debalde, à vontade, a maioria dos advérbios com sufixo –
mente
• negação – não, qual nada, tampouco, absolutamente, de forma alguma, de modo nenhum, ...
• dúvida – quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente...
• intensidade – muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão, nada, tanto, quase, sobremaneira....
• afirmação – sim, certamente, deveras, com efeito, mesmo, decerto, sem dúvida, na realidade, ...
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Grau do Advérbio
Apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio pode apresentar variações de grau comparativo ou
superlativo.
Comparativo:
a) igualdade – tão+ advérbio+ quanto
b) superioridade – mais+ advérbio+ (do) que
c) inferioridade – menos+ advérbio+ (do) que
Superlativo:
a) sintético – advérbio + sufixo (-íssimo)
b) analítico – muito + advérbio
Atenção: bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior.
As formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais bem informado do que eu).
Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (advérbio) ou a mais bom / mau (adjetivo).
Emprego do Advérbio
1. Três advérbios-pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures, substituídos por em
algum, em outro e em nenhum lugar.
2. Na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o advérbio assume valor superlativo absoluto
sintético (cedinho/pertinho), nesse caso, há uma interferência semântica que não influi na classe gramatical. A repetição de
um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo).
3. Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último (Falou rápida
e pausadamente).
4. muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável ou pronome indefinido [variável – determina substantivo]).
5. Otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal, respectivamente.
6. Adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho / ele falou claro).
PALAVRAS DENOTATIVAS
Série de palavras que se assemelham ao advérbio.
A NGB considera-as apenas como palavras denotativas, não pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais.
Classificam-se em função da ideia que expressam:
• Adição: ainda, além disso. (Comeu tudo e ainda queria mais):
• Afastamento: embora (Foi embora daqui).
• Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano).
• Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de. (É quase 1h a pé).
• Designação: eis (Eis nosso carro novo).
• Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas. (Todos saíram, menos ela /
Não me descontou sequer um real).
• Explicação: isto é, por exemplo, a saber. (Li vários livros, a saber, os clássicos).
• Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive. (Eu também vou / Falta tudo, até água).
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• Limitação: só, somente, unicamente, apenas. (Apenas um me respondeu / Só ele veio à festa).
• Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque. (E você lá sabe essa questão?).
• Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes. (Somos três, ou melhor, quatro).
• Situação: então, mas, se, agora, afinal. (Afinal, quem perguntaria a ele?).
Circunstâncias:
• AFIRMAÇÃO - sim, deveras, certamente
• DÚVIDA - talvez, quis, porventura.
• EXCLUSÃO - só, somente, apenas.
• INTENSIDADE - muito, pouco, mais, menos, bem, mal, etc.
• LUGAR - aqui, ali, acolá, além, aquém, cá, lá, fora, etc.
• MODO - bem, mal, assim, etc.
• NEGAÇÃO - não.
• TEMPO - hoje, ontem, amanhã, cedo, tarde, logo, nunca, jamais, etc.
• INTERROGATIVO - como? quando? onde?
INTERJEIÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
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VERBO
1. Tipos de verbos
2. Flexões verbais
3. Tempos
4. Vozes
5. Verbos notáveis
6. Infinitivo pessoal ou impessoal?
Sabe-se que uma palavra é verbo quando essa palavra, de modo geral, pode ser antecedida de pronome reto.
Nesse caso, o verbo é uma palavra que obrigatoriamente tem: número, pessoa, tempo, modo e voz.
Observe o exemplo:
Eu canto.
4. MODO: indicativo.
5. VOZ: ativa.
Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:
1) Os da primeira conjugação terminam em -Ar: cantar.
2) Os da segunda conjugação terminam em -Er: bater.
3) Os da terceira conjugação terminam em -Ir: partir.
Observações:
– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo da segunda conjugação.
Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os
diversos acidentes gramaticais.
ELEMENTOS MÓRFICOS
Radical V.T. Desinências
cant- -a -r
Cant- ᶲ -o
bat- -e -r
Bat- -i -a -s
part- -i -r
Part- -i - mos
Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desinência número-pessoal
indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.
Tipos de verbos
Conforme visto nos elementos mórficos, os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se
criar três paradigmas verbais.
De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
1. Regulares - seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
2. Irregulares - não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As irregularidades podem aparecer no
radical ou nas desinências (ouvir – ouço/ouve, estar – estou/estão);
Atenção:
Entre os irregulares, destacam-se os verbos anômalos que apresentam profundas irregularidades.
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São os mais clássicos exemplos os verbos ser e ir como anômalos. Outros autores incluem também o verbo pôr, estar, haver,
ter e vir.
Futuro do subjuntivo
Quando/se eu for
Quando/se tu foress
Quando/se ele/ela for
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VERBO TER:
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS
Presente Indicativo Presente Indicativo Pret. mais-que-perfeito
tu tens tu manténs Eu mantivera
ele/ela tem ele/ela mantém Tu mantiveras
eles/elas têm eles/elas mantêm Ele mantivera
Pretérito imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo
se eu mantivesse Quando/se eu mantiver
se tu mantivesses Quando/se tu mantiveres
se ele/ela mantivesse Quando/se ele/ela mantiver
VERBO PÔR
OBSERVAR SOBRETUDO OS DERIVADOS
Pretérito imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo
se eu pusesse Quando/se eu puser
se tu pusesses Quando/se tu puseres
se ele/ela pusesse Quando/se ele/ela puser
VERBO VER
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES
Presente Indicativo Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito subjuntivo
eu vejo EU VI SE EU VISSE
tu vês tu viste se tu visses
ELE/ELA VÊ ele viu se ele visse
nós vemos NÓS VIMOS
vós vedes vós vistes
ELES/ELAS VEEM eles viram
Futuro Subjuntivo
QUANDO EU VIR
quando tu vires
quando ele vir
quando nós virmos
quando vós virdes
quando eles virem
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VERBO VIR
OBSERVAR ESTAS CONJUGAÇÕES
Presente Indicativo Pretérito perfeito INTERVIR Pretérito perfeito PROVIR
eu venho eu interviM eu proviM
tu vens tu intervieste tu provieste
ele VEM ele/ela intervEIO ele/ela provEIO
nós VIMOS nós interviemos nós proviemos
vós vindes
eles VÊM
Pretérito imperfeito Futuro
se eu viesse Quando/se eu vier
se tu viesses Quando/se tu vieres
se ele/ela viesse Quando/se ele/ela vier
se nós viéssemos
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VERBO IR
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1. VERBO TER:
Atenção: Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
Obs.: Somente verbos transitivos diretos podem ser usados na voz passiva.
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Voz Ativa:
Saiba que:
Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para
voz passiva. Veja:
As mulheres julgam os homens insensíveis
Sujeito V.T.D. O.D. Predicativo do Objeto
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando
passamos a oração para a voz passiva.
Praticando:
VERBO SER:
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MODO INDICATIVO
Presente do Indicativo
VOZ ATIVA: O professor elogia o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Pretérito Perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiou o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Pretérito Imperfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiava o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Pretérito mais-que-perfeito
VOZ ATIVA: O professor elogiara o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Futuro do Presente
VOZ ATIVA: O professor elogiará o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Futuro do Pretérito
VOZ ATIVA: O professor elogiaria o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
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MODO SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
VOZ ATIVA: Eu espero que o professor elogie o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Eu espero que o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor
Futuro do subjuntivo
VOZ ATIVA: Tudo dará certo quando o professor elogiar o aluno dedicado
VOZ PASSIVA: Quando o aluno dedicado ________ elogiado pelo professor...
4. Enquanto nos tempos compostos o particípio passado é invariável, na voz passiva analítica ele concorda em gênero e
número com o sujeito:
Ex:
O engenheiro havia planejado a ideia
A ideia havia sido planejadA pelo engenheiros
Jornalistas têm alcançadO diversos setores da sociedade
Diversos setores da sociedade têm sido alcançadOS por jornalistas.
OBS: O verbo HAVER é sempre TRANSITIVO DIRETO, mas NÃO aceita VOZ PASSIVA.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de
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Por exemplo:
A casa ficou cercada de soldados.
Particípio: guiado.
2. VERBO PÔR
Atenção: Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, decompor, depor,
descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor,
supor, transpor são alguns deles.
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DEPOR
• Indicativo Presente: deponho, depões, depõe, depomos, depondes, depõem.
• Pretérito Perfeito: depus, depuseste, depôs, depusemos, depusestes, depuseram.
• Pretérito Imperfeito: depunha, depunhas, depunha, depúnhamos, depúnheis, depunham.
• Futuro do Presente: deporei, deporás, deporá, deporemos, deporeis, deporão.
• Futuro do Pretérito: deporia, deporias, deporia, deporíamos, deporíeis, deporiam.
• Subjuntivo Presente: deponha, deponhas, deponha, deponhamos, deponhais, deponham.
• Subjuntivo Imperfeito: depusesse, depusesses, depusesse, depuséssemos, depusésseis, depusessem.
• Subjuntivo: depuser, depuseres, depuser, depusermos, depuserdes, depuserem.
• Gerúndio: depondo.
• Particípio: deposto.
• Infinitivo Pessoal: depor, depores, depor, depormos, depordes, deporem.
• Infinitivo Impessoal: depor.
VERBO VER
Por este, conjugam-se os compostos: antever, entrever, prever, rever, mas não prover.
Também não se conjuga pelo modelo de ver, o verbo precaver, que dele não é derivado.
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Obs.: Prover é composto de ver em alguns tempos e por ele se conjuga, salvo no pretérito perfeito, no mais-que-perfeito, no
imperfeito do subjuntivo e no particípio. O E da sílaba ver é sempre fechado. Por ele se conjuga desprover. Não confundir
com provir.
• Indicativo Presente: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.
• Pretérito Perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.
• Pretérito Imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.
• Futuro do Presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.
• Futuro do Pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.
• Subjuntivo Presente: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.
• Subjuntivo Imperfeito: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.
• subjuntivo Futuro: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.
• Gerúndio: provendo.
• Particípio: provido.
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VERBO VIR
CUIDADO!
VERBOS TER E VIR
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus
derivados (deter, conter, manter, reter, advir, convir, intervir). Veja:
Ele tem Eles têm
Ele retém Eles retêm
Ela vem Elas vêm
Ele intervém Eles intervêm
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3. VERBO HAVER
OBS: Por este verbo, conjuga-se o reaver, que é um verbo defectivo, mas possui apenas as formas em que há a letra v.
Não há presente do subjuntivo e, portanto, nem imperativo negativo.
REAVER (Defectivo)
• Indicativo Presente: (não possui todas as pessoas) reavemos, reaveis.
• Pretérito Perfeito: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouveram.
• Pretérito Imperfeito: reavia, reavias, reavia, reavíamos, reavíeis, reaviam.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis, reouveram.
• Futuro do Presente: reaverei, reaverás, reaverá, reaveremos, reavereis, reaverão.
• Futuro do Pretérito: reaveria, reaverias, reaveria, reaveríamos, reaveríeis, reaveriam.
• Presente do subjuntivo: (não há formais para esse tempo)
• Imperfeito Subjuntivo: reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reouvésseis, reouvessem.
• Futuro do Subjuntivo: reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes, reouverem.
• Gerúndio: reavendo.
• Particípio: reavido.
• Infinitivo Pessoal: reaver, reaveres, reaver, reavermos, reaverdes, reaverem.
• Infinitivo Impessoal: reaver.
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4. VERBO PODER
Verbos dicendi – os verbos que antecedem uma declaração, uma pergunta, é um verbo declarativo, como:
Aconselhar afirmar, anuir bradar,
Concordar contestar declarar determinar,
Dizer exclamar, indagar, interrogar
gritar, mandar, negar, objetar,
ordenar pedir perguntar, solicitar
Verbo vicário é o que fica no lugar de outro, que substitui um verbo para ele não se repetir. Isto é possível porque, em
determinado contexto, o verbo vicário é sinônimo daquele do qual faz as vezes. Os que mais se empregam com essa
finalidade são fazer e ser:
“Renato vinha muito aqui, mas há meses que não o faz” (o faz = vem aqui)
“Ela não canta mais como fazia antigamente” (fazia = cantava)
“O concerto realizou-se, mas não foi como se esperava” (foi = realizou-se)
FLEXÕES VERBAIS
1. número – singular ou plural;
2. pessoa gramatical – 1ª, 2ª ou 3ª;
3. tempo - referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro);
Atenção: o modo imperativo só tem um tempo, o presente.
4. voz – ativa, passiva e reflexiva;
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5. modo:
• indicativo (certeza de um fato ou estado),
• subjuntivo (possibilidade ou desejo de realização de um fato ou incerteza do estado)
• imperativo (expressa ordem, advertência, súplica ou pedido).
Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de
maneira vaga, imprecisa, impessoal.
1º) Infinitivo: plantaR, vendeR, feriR.
2º) Gerúndio: plantaNDO, vendeNDO, feriNDO.
3º) Particípio: plantaDO, vendiDO, feriDO.
Atenção:
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função exclusivamente verbal.
• Infinitivo tem valor e forma do substantivo: o andar.
• o particípio tem valor e forma de adjetivo: tempo perdido
• enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias que exprime: água fervendo
TEMPOS VERBAIS
Valor semântico dos tempos verbais:
1. presente do indicativo – indica um fato real situado no momento ou época em que se fala;
2. pretérito perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada e concluída no passado;
3. pretérito imperfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída ou era
uma ação costumeira no passado;
4. pretérito mais-que-perfeito do indicativo – indica um fato real cuja ação é anterior a outra ação já passada;
5. futuro do presente do indicativo – indica um fato real situado em momento ou época vindoura;
6. futuro do pretérito do indicativo – indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado;
7. presente do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala;
8. pretérito imperfeito do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
concluída no passado;
9. futuro do subjuntivo – indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura;
CORRELAÇÃO VERBAL
Ocorre pela articulação temporal entre duas formas verbais. Ao construir um período, os verbos que ele possa apresentar
estabelecem uma relação, uma correspondência, ajustando-se, convenientemente, um ao outro.
Exemplo:
Se eu tivesse filhos, faria uma casa maior.
- “Tivesse” indica hipótese.
- “Faria” expressa uma possibilidade (fazer o curso) que depende da realização ou não, do fato contido em tivesse.
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Se no lugar da forma verbal ― faria – empregássemos a forma ― fazia, teríamos uma correlação verbal inadequada.
Veja exemplo de correlação inadequada:
Se eu tivesse filhos, fazia uma casa maior.
Tivesse: tempo que indica hipótese.
“Fazia” passa uma ideia de processo não concluído.
Indica o que no passado era frequente ou contínuo.
Mais exemplos:
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pres. subj.
Peço-lhe que não me diga não.
• 1.ºverbo: pret. perf. ind. – 2.º verbo: pret. imperf. subj.
Pedi-lhe que não me dissesse não.
• 1.º verbo: pres. ind. – 2.º verbo: pret. perf. comp. subj.
Espero que você tenha feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: pret. imper. ind. – 2.º verbo: mais-que-perf. comp. subj.
Queria que ele tivesse feito um ótimo curso.
• 1.º verbo: fut. subj. – 2.º verbo: fut. pres. ind.
Se você me trouxer o vinho, eu o degustarei.
• 1.º verbo: pret. imperf. subj. – 2.º verbo: fut. pret. ind.
Se você me trouxesse o vinho, eu o degustaria.
• 1.º verbo: pret. mais-que-perf. comp. subj. 2.º verbo: futuro do pret. simp. ou comp. ind.
Se o jogador tivesse se empenhado, teríamos, hoje, um outro campeão.
• 1.º verbo: fut. Subj. - 2.º verbo: fut. pres. comp. ind.
Quando chegarmos ao estádio, o jogador já terá saído.
Outros exemplos:
• Está paralelo o período:
Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e manter a garantia do emprego.
Os trabalhadores precisam garantir o poder de compra dos salários e a manutenção da garantia do emprego.
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OBSERVAR:
Atenção: Todos os verbos terminados em EAR são irregulares.
Os verbos terminados em IAR são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar, intermediar e odiar.
VERBOS DO MARIO
M – medIAR
A – ansIAR
R – remedIAR
I – incendIAR, intermedIAR
O – odIAR
Outros exemplos:
VERBOS TERMINADOS EM –EAR
Arrear, frear, pentear, grampear, passear, rodear, cear, nortear, folhear,...
(arreio, freio, penteio, grampeio, passeio, rodear, ceio, norteio, folheio)
Verbo criar
Eu crio
Tu crias
Ele cria
Nós criamos
Vós criais
Eles criam
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Outros exemplos:
VERBOS REGULARES EM –IAR
Arriar, adiar, afiar, agenciar, criar, comerciar, desfiar, diligenciar, premiar, sentenciar,...
(arrio, adio, afio, agencio, crio, comercio, desfio, diligencio, premio, sentencio)
NOMEAR
• Indicativo Presente: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.
• Pretérito Imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam.
• Pretérito Perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam.
• Subjuntivo Presente: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.
• Imperativo Afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem, etc.
Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear,
recrear, estrear, etc.
COPIAR
• Indicativo Presente: copio, copias, copia, copiamos, copiais, copiam.
• Pretérito Perfeito: copiei, copiaste, copiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: copiara, copiaras, etc.
• Subjuntivo Presente: copie, copies, copie, copiemos, copieis, copiem.
• Imperativo Afirmativo: copia, copie, copiemos, copiai, copiem,.
ODIAR
• Indicativo Presente: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.
• Pretérito Imperfeito: odiava, odiavas, odiava, etc.
• Pretérito Perfeito: odiei, odiaste, odiou, etc.
• Pretérito Mais-Que-Perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram.
• Subjuntivo Presente: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.
• Imperativo Afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem.
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Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do plural, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (Os
procedimentos e instruções) bem como a forma verbal são desenvolvidos concorda com os produtos e a atividade da
empresa.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico.
Dessa forma, vejamos:
Existir
Ocorrer,
Faltar,
Restar,
Surgir,
Acontecer,
Bastar,
Chegar,
Sobrar,
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• Existir:
Sofria sem que houvesse motivos.
Há plantas carnívoras.
Havia rosas em todo o canto.
• Acontecer, Suceder:
Houve casos difíceis.
Não haja desavenças entre vós.
• Decorrer, Fazer:
Há meses que não o vejo.
Haverá nove dias que ele nos visitou.
Havia já duas semanas que não trabalhava.
• Realizar-se:
Houve festas e jogos.
Obs.: O verbo haver transmite a sua impessoalidade aos verbos que com ele formam locução, os quais, por isso,
permanecem invariáveis na 3ª pessoa do singular:
Vai haver eleições e não “Vão haver”
Locução verbal
Deve haver homens na sala e não “Devem haver...”.
OBS.: Não se pode, no entanto, dizer que o verbo “haver” nunca vai para o plural, pois isso não é verdade. Ele pode, por
exemplo, ser um verbo auxiliar (sinônimo de “ter” nos tempos compostos), situação em que pode ir para o plural. Assim:
Eles haviam chegado cedo.
Eles tinham chegado cedo
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OBS.:
Atenção:
Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível colocá-los no plural.
Por Exemplo:
Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
VERBO FAZER
Conjugação do verbo FAZER (indicando tempo):
IMPESSOAL: sempre na 3ª pessoa do singular
(A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria
O verbo FAZER indicando tempo decorrido fica sempre no singular, portanto impessoal.
_____________ ( Faz – Fazem) muito tempo que trabalho naquela empresa.
_____________ ( Faz – Fazem) quatro anos que ele foi admitido.
_____________ ( Vai fazer – Vão fazer) quatro anos que ele foi admitido.
NÃO ESQUECER
MESMO AS LOCUÇÕES VERBAIS com os verbos haver (sentido de existir, fazer) e fazer (indicando tempo decorrido) são
impessoais, mantêm-se no singular.
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VERBO IMPESSOAL: formas sempre na 3ª pessoa do singular (A leitura com as duas frases serve para todas as formas)
Faz
Fazia
Fez + um ano de sua partida
Fizera
Fará
Faria
Entendendo a Partícula Se
As construções em que ocorre a partícula SE podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito
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Veja:
Exemplos:
Em certas cidades, ainda vendem terrenos baratinhos.
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Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto)
No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
O verbo fica no singular se o sujeito for coletivo não especificado.
No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo, via de regra, permanecerá na terceira pessoa
do singular ou, segundo alguns gramáticos, poderá concordar com o antecedente desse pronome:
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Ex:
A maior parte dos funcionários aprovou/aprovaram a decisão.
A expressão mais de um associada a verbos que retratem reciprocidade: O verbo necessariamente permanecerá no plural.
Ex:
Mais de um vestibulando se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de um – quando esta vier REPETIDA:
O verbo necessariamente permanecerá no plural.
Ex:
Mais de um professor, mais de um aluno se abraçaram durante a comemoração pela vitória.
A expressão mais de + número – impõe que o verbo concorde com o número:
O verbo permanecerá, portanto, no singular ou no plural.
Ex:
Mais de um aluno passará no concurso.
Mais de dois alunos viajarão para Massapê, terra de homem sério e endinheirado.
Quantidade aproximada – É o caso em que o sujeito é formado por expressões que indicam quantidade aproximada (cerca
de, menos de, perto de) seguidas de numeral e substantivo:
O verbo concordará com o substantivo.
Ex:
Perto de um aluno compareceu à entrega dos resultados.
Cerca de mil pessoas participaram da manifestação.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a
ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente,
ocupa-se da relação entre nomes.
Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto
adnominal.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais:
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MESMO, BASTANTE
Como advérbios: invariáveis
Exemplos:
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
Como pronomes ou adjetivos: seguem a regra geral.
Exemplos:
Os rapazes mesmos fizemos isso.
Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
MEIO
Como advérbio: invariável.
Exemplo:
Estou meio insegura.
Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia laranja pela manhã.
Tomei meias jarras de suco de laranja.
MENOS, ALERTA
Em todas as ocasiões são invariáveis.
Exemplos:
Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
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Nomes próprios – a concordância neste caso deverá ser feita levando em consideração a presença ou ausência do artigo.
Com o artigo, o verbo é grafado no plural ou no singular
Sem o artigo, o verbo é grafado no singular.
Ex:
Os Estados Unidos formam a grande potência mundial.
O Amazonas é um rio muito caudaloso.
Goiás é um estado bastante acolhedor.
Dentre os casos particulares do gênero dos substantivos, destaca-se aquele em que o gênero do substantivo varia segundo
sua significação. A palavra grama é um substantivo que se encaixa nesse caso.
Quando grama tiver sentido de planta cultivada em áreas como jardim, tratar-se-á de um substantivo feminino.
Quando grama tiver sentido de unidade de medida de peso, tratar-se-á de um substantivo masculino.
Exemplos:
Admirávamos o grama que implantaram naquele jardim.[Inadequado]
Admirávamos a grama que implantaram naquele jardim. [Adequado]
Por favor, dê-me trezentas gramas de azeitona! [Inadequado]
Por favor, dê-me trezentos gramas de azeitona! [Adequado]
Como o substantivo grama com sentido de medida de peso é masculino, todos os substantivos compostos que também
expressem medida formados a partir dele também serão masculinos: miligrama, quilograma.
Exemplo:
Quantas miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Inadequado]
Quantos miligramas de bicarbonato existem nesse produto? [Adequado]
CONJUNÇÃO
Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção.
Por exemplo:
A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
segurou a boneca
a menina mostrou
viu as amiguinhas
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Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
1ª oração: A menina segurou a boneca
2ª oração: e mostrou
3ª oração: quando viu as amiguinhas.
A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras
"e" e "quando" ligam, portanto, orações.
Observe:
Gosto de natação e de futebol.
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está
ligando termos de uma mesma oração.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
Morfossintaxe da Conjunção
As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação da Conjunção
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no
entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos
elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função
gramatical.
Subdividem-se em:
1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acréscimo, soma, sequência ou adição.
São elas: e, nem (= e não), não só...mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.
Por exemplo:
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
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1. COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS – Quando apresentam ideia de soma, acréscimo, adição, sequência de
pensamentos.
Trabalho e estudo.
Trabalho mas também estudo.
Nem trabalho, nem estudo.
Observem os Pares Correlatos: NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, NÃO SÓ ... COMO TAMBÉM, NÃO SOMENTE...MAS AINDA, NÃO
SOMENTE...MAS TAMBÉM: quando aparecem, dizemos que as orações são Coordenativas Aditivas e que são
Correlacionadas:
Não só trabalho, mas também estudo.
CUIDADO!
Exs:
Estude com regularidade, e será recompensado. (= logo, por isso – conclusão /consequência)
Não tendo ficado satisfeito com a brincadeira, vou chamar-lhe e dar-lhe uma bronca. (= para – finalidade)
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante, senão, antes (= pelo contrário), em todo caso:
Por exemplo:
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
2. COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS – Quando expressam contraste, oposição, ressalva, compensação:
Trabalho, mas estudo.
Trabalho, porém estudo.
Trabalho, entretanto estudo.
3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam
separadamente.
São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez.
Por exemplo:
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
3. COORDENADAS SINDÁTICAS ALTERNATIVAS – Quando expressam alternância, exclusão e são introduzidas por
Conjunções Alternativas: OU, OU...OU, ORA...ORA, JÁ...JÁ, QUER...QUER, SEJA...SEJA:
Trabalha ou estuda.
Ou trabalha ou estuda.
Ora trabalha ora estuda.
OU TRABALHA OU ESTUDA – Em frases assim, as duas orações devem ser consideradas COORDENADAS ALTERNATIVAS.
4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.
Por exemplo:
Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
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4. COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS – Quando expressam conclusão, dedução, consequência e são introduzidas
por Conjunções Conclusivas: LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, POIS (posposto ao verbo), POR ISSO:
Trabalho, logo ganho dinheiro.
Trabalho, portanto ganho dinheiro.
Trabalho, ganho dinheiro, pois.
5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida.
Por exemplo:
Não demore, que o filme já vai começar.
5. COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS – Quando expressam uma explicação, motivo, razão e são introduzidas por
Conjunções Explicativas: QUE, PORQUE, POIS (anteposto ao verbo):
Não passaste de ano, que não estudaste.
Não passaste de ano porque não estudaste.
Não passaste de ano, pois não estudaste.
NOTA:
É possível haver confusão entre Orações Coordenadas Explicativas e Orações Subordinadas Adverbiais Causais.
Oração Coordenada Explicativa – Explica o motivo da declaração anterior:
O menino deveria estar doente, porque chorava muito.
Oração Subordinada Adverbial Causal – Exprime a causa de um fato:
O menino chorava muito porque estava doente.
Saiba que:
a) Os conectores "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas".
Por exemplo:
Carlos fala, e não faz.
O bom educador não proíbe, antes orienta.
Sou muito bom; agora, bobo não sou.
Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.
c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo,
etc.) podem vir no início ou no meio.
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d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence.
Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.
Quando é conjunção explicativa," pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que
pertence.
Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
NOTA:
As Orações Coordenadas são autônomas quanto à estrutura sintática, porém são inter-relacionadas, interdependentes,
quanto ao sentido.
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da ou